THE PERFORMANCE OF THE NURSE IN HEMOTHERAPY: A LITERATURE REVIEW SUMMARY
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8118528
Werllison Mateus Silva Lobato1
Elizabeth dos Santos Silva Lobato2
Ana Paula de Nazaré Soares Rego3
Helena Beatriz Marques Macedo4
Thayse do Socorro Pereira de Souza5
Ana Carolina Soares Gonçalves6
Jose Paula Farias Andrade7
Kemille Roque Gonçalvez8
Gabrielly Machado de Souza9
RESUMO
A hemoterapia é uma das muitas áreas de cuidados de saúde em que os enfermeiros exercem a sua profissão. Nesse contexto, o enfermeiro desempenha um importante papel na assistência aos doadores e/ou receptores, no preparo de hemocomponentes, na oferta de tratamento e no desenvolvimento de pesquisas. Além disso, trata-se de um tratamento complexo que requer materiais, local, especialistas qualificados e adequados, devendo a tarefa dos especialistas de nível técnico na equipe de tratamento ser dirigida e orientada pelo enfermeiro responsável pela área conforme a resolução que regulamenta as atividades no campo da hemoterapia. O objetivo deste estudo é evidenciar a assistência de enfermagem em hemoterapia. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão integrativa. Na presente pesquisa foram analisados 7 artigos, 4 que relataram a atuação do enfermeiro no cuidado em hemoterapia, 1 referente a gerência de enfermagem em hemoterapia e 2 sobre o protagonismo da enfermagem no processo hemoterápico. Nesse estudo constatou-se que há uma necessidade constante de capacitação dos profissionais que entram em contato com o processo hemoterápico em seu cotidiano, devendo a educação continuada ser permanente pois conduz à segurança, não apenas aos pacientes que vivem esta realidade, mas também doadores e profissionais da área.
Palavras-chave: Atuação do Enfermeiro. Hemoterapia. Assistência Hemoterápica.
SUMMARY
Blood therapy is one of the many areas of health care in which nurses work. In this context, the nurse plays an important role in assisting donors and/or recipients, in the preparation of blood components, in the provision of treatment and in the development of research. In addition, it is a complex treatment that requires materials, location, qualified and adequate specialists, and the task of specialists at a technical level in the treatment team must be directed and guided by the nurse responsible for the area, in accordance with the resolution that regulates activities in the field of hemotherapy. The aim of this study is to highlight nursing care in hemotherapy. This is a bibliographic research of the integrative review type. In this research, 7 articles were analyzed, 4 that reported the role of nurses in hemotherapy care, 1 referring to nursing management in hemotherapy and 2 on the role of nursing in the hemotherapy process. In this study, it was found that there is a constant need for training of professionals who come into contact with the hemotherapy process in their daily lives, and continuing education must be permanent because it leads to safety, not only for patients who live this reality, but also for donors and professionals in the field.
Keywords: Nurse’s performance. Hemotherapy. Hemotherapy Assistance.
1 INTRODUÇÃO
O setor de hemoterapia é uma área essencial para estudo e desenvolvimento, pois é um mercado carente e com muitas necessidades devido ao crescimento populacional e aos avanços tecnológicos significativos na área da saúde. Hemocentros, serviços de tratamento de sangue e bancos de sangue são instituições socialmente importantes que apoiam muitas terapias, como transplantes, quimioterapia e várias cirurgias que atendem pacientes que não sobreviveriam sem transfusão de sangue. Por lei, um hospital não pode funcionar sem uma unidade de hemoterapia (JUNIOR; ANDRADE, 2020).
A transfusão de sangue é um importante coadjuvante terapêutico no tratamento de diversas doenças e procedimentos cirúrgicos. A segurança do processo de transfusão de sangue requer comprometimento e integração dos enfermeiros, há erros no processo gerencial na avaliação do paciente sobre a necessidade de transfusão de sangue e na distribuição de hemoderivados aos pacientes. A transfusão de sangue é de alto risco, seja recebendo sangue total ou frações do sangue, como hemocomponentes e hemoderivados, o sistema imunológico hematológico pode desencadear uma série de reações quando os protocolos de transfusão falham, seja por imprudência, negligência ou imperícia profissional dos especialistas responsáveis em transfusão de sangue (MOTA et al., 2022).
Verifica-se que a transfusão de sangue contribui para a melhora significativa do paciente em uma variedade de condições clínicas quando administrada adequadamente, muitas vezes sendo a única opção viável para salvar uma vida ou estabilizar a condição de um paciente. Mas, se feito de forma incorreta, pode piorar o quadro e levar à morte do paciente (TORRES et al., 2021).
A hemoterapia é uma das muitas áreas de cuidados de saúde em que os enfermeiros exercem a sua profissão. Nesse contexto, o enfermeiro desempenha um importante papel na assistência aos doadores e/ou receptores, no preparo de hemocomponentes, na oferta de tratamento e no desenvolvimento de pesquisas. Além disso, trata-se de um tratamento complexo que requer materiais, local, especialistas qualificados e adequados, devendo a tarefa dos especialistas de nível técnico na equipe de tratamento ser dirigida e orientada pelo enfermeiro responsável pela área conforme a resolução que regulamenta as atividades no campo da hemoterapia (NAVES et al., 2020).
Na enfermagem, o processo de trabalho pode se manifestar em diferentes dimensões:
ajudar, orientar, treinar e pesquisar. A natureza do trabalho confere ao profissional a capacidade de formular o processo de trabalho da enfermagem e da assistência à saúde. O enfermeiro é um profissional que desenvolve atuação em diversas áreas e tem um processo de trabalho diferenciado dos demais trabalhadores da saúde em termos de atribuições, pois sabe coordenar o processo de trabalho da enfermagem, dirigir o processo de trabalho em saúde e realizar atividades auxiliares ao mesmo tempo. Estudos nacionais e internacionais mostram que o conhecimento da enfermagem durante a formação profissional em hemoterapia ainda é incipiente, mas a realização de atividades hemoterápicas faz parte da rotina desses profissionais, o que mostra a desproporção entre a formação profissional e as atividades exercidas (FRANTZ et al., 2020).
Conhecimentos e habilidades de enfermagem apropriados, aplicados no momento certo, são uma forma eficaz de garantir a segurança do processo transfusional. Tal habilidade é necessária para garantir o bom desempenho profissional e evitar situações indesejadas no tratamento. Portanto, a enfermagem, responsável por promover uma assistência competente, direcionada e segura, é essencial para o sucesso desse processo. Portanto, o enfermeiro deve estar atento aos eventos que podem ocorrer durante uma transfusão de sangue para que possa agir com cautela e rapidez (BEZERRA et al., 2022).
Portanto, é relevante evidenciar que o papel da enfermagem é muito importante em todo o processo hemoterápico. A atuação do enfermeiro está presente em várias etapas, começando com o exame de doação realizado na recepção do doador, e posterior treinamento de especialistas para a realização de todo o processo de transfusão de sangue (SILVA et al., 2021).
Embora desempenhe um papel muito importante no campo da hemoterapia, que se relaciona principalmente com o tratamento e na terapia transfusional, os resultados das pesquisas de enfermagem em hemoterapia diminuíram no Brasil. Acredita-se que a baixa produção se justifique, entre outras coisas, pelo fato de ser uma profissão de enfermagem não consolidada no país. Devido à falta de estudos que abordem esse tema, entende-se a importância desta pesquisa.
O objetivo deste estudo é descrever a importância da enfermagem na hemoterapia. Diante disso, procurar compreender a atuação de um especialista nesta área, para se tornar um meio de busca do assunto em questão, que ajude os acadêmicos de enfermagem e até mesmo os profissionais da área que queiram trabalhar com esta qualificação profissional.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Evidenciar a assistência de enfermagem em hemoterapia.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar as competências do profissional de enfermagem no processo hemoterápico.
Entender os fatores de risco da hemoterapia.
Compreender a importância do diálogo e sanação de dúvidas na vivência enfermeiro paciente na hemoterapia.
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre o tema exposto, cujas fontes de pesquisa foram as seguintes bases de dados: BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e o LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Os descritores utilizados na pesquisa foram hemoterapia, enfermagem em hemoterapia, enfermagem, cuidado em hemoterapia. Foram encontrados 1,760 artigos dos últimos 5 anos e somente da língua portuguesa, em seguida foram selecionados os 7 artigos que melhor abordaram o conteúdo escolhido para a elaboração do presente estudo de revisão integrativa da literatura. Este estudo não passou pelo comitê de ética tendo em vista que não foram utilizados seres vivos na elaboração da pesquisa e nem dados secundários, apenas artigos disponíveis na íntegra.
A realização da revisão seguiu as seguintes etapas: escolha do tema, identificação do problema, criação do plano de assunto, formulação das hipóteses, identificação do objetivo geral e dos objetivos específicos, a escolha do tipo de pesquisa, a metodologia da coleta de dados, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, seleção dos estudos, avaliação dos resultados e analises e a apresentação das evidências encontradas.
Nos critérios de inclusão utilizou-se os artigos indexados de 2018 a 2023, em periódicos nacionais e internacionais, disponibilizados na íntegra (texto completo e acesso livre), nos idiomas português e inglês, que respondiam à temática do estudo, sendo utilizados os descritores: hemoterapia, enfermagem em hemoterapia, enfermagem, cuidado em hemoterapia. Já para os critérios de exclusão foram direcionados ao material publicado em anos anteriores a 2018, pois se entende a importância de apresentar discussões mais recentes, artigos que não abordavam com precisão a temática proposta, e textos que se encontravam incompletos e indisponíveis na íntegra e que forneciam poucas informações acerca da temática do estudo.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 A segurança do paciente no processo transfusional
Toda transfusão de sangue é um transplante, pois o sangue é formado por diferentes células, qualquer componente do sangue infundido pode causar efeitos colaterais no sistema imunológico que podem levar a riscos à saúde, inclusive a morte. Nem mesmo uma gota de sangue pode ser removida do leito vascular do receptor após a transfusão. Os casos de transfusão sanguínea são classificados em imediatos e tardios. Entre os tardios estão relacionadas às doenças infectocontagiosas (por exemplo HIV, Chagas, Hepatite, HTLV, Sífilis, Malária), que podem ser diagnosticadas a partir da segunda semana de contaminação. Os sintomas imediatos estão relacionados ao sistema imunológico (reações hemolíticas e não hemolíticas) e podem ser diagnosticados nas primeiras 24 horas após a instilação do hemocomponente. A segurança transfusional e a gestão da qualidade estão diretamente relacionadas, pois a qualidade dos cuidados de saúde significa oferecer ao paciente um menor risco com base na instrumentação e maximizar a terapia e o benefício. Para tanto, a criação de um plano e política de gerenciamento de riscos, como protocolos consolidados, contribuem para a segurança na organização e beneficia as partes envolvidas: o paciente, o funcionário e a instituição (JUNIOR; ANDRADE, 2020).
A enfermagem possui habilidades apropriadas que são aplicadas no momento certo, são uma forma eficaz de garantir a segurança do processo transfusional. Tal habilidade é necessária para garantir o bom desempenho profissional e evitar situações indesejadas no tratamento. Portanto, a enfermagem, responsável por promover uma assistência competente, direcionada e segura, é essencial para o sucesso desse processo. Portanto, o enfermeiro deve estar atento aos incidentes que podem ocorrer durante a transfusão de sangue para que possa agir com atenção e sem demora (BEZERRA et al., 2022).
A segurança transfusional de sangue é entendida como um conjunto de medidas quantitativas e qualitativas implementadas para reduzir o risco para doadores e receptores de sangue, como recrutamento e seleção de doadores e testes sorológicos. Essas medidas reduzem significativamente a possibilidade de propagação da doença por meio de transfusão de sangue, mas não isentam os pacientes dos riscos. Para alcançar a segurança dos hemoderivados utilizados em transfusões de sangue, indicadores rigorosos de qualidade devem ser seguidos. A segurança transfusional refere-se a medidas quantitativas e qualitativas destinadas a reduzir o risco de doadores e receptores de sangue e garantir reservas estratégicas de sangue que possam cobrir a necessidade de transfusão de sangue. Apesar de toda a pesquisa sobre a segurança das transfusões de sangue, não existe transfusão sem risco. Portanto, é importante realizar efetivamente o ciclo da hemoterapia, cujo processo se inicia com o recrutamento e seleção do doador, seguido da triagem sorológica e imunohematológica, processamento e fracionamento das unidades coletadas, doação, transfusão e avaliação pós transfusional (JUNIOR; ANDRADE, 2020).
4.2 Atuação dos profissionais de enfermagem no processo de doação de sangue
A participação do enfermeiro em todas as etapas do processo, desde a captação de doadores até a transfusão de sangue, garante a segurança das transfusões de sangue, fornece produtos de alta qualidade aos doadores e receptores de sangue e minimiza os riscos à saúde. É por isso que é importante realizar um ciclo eficaz de hemoterapia, cujo processo começa com recrutamento e seleção de um doador, seguido de triagem sorológica e imunohematológica, processamento. e fracionamento das unidades coletadas, doação, transfusão e posterior avaliação transfusional de sangue (JUNIOR; ANDRADE, 2020).
O planejamento que o enfermeiro deve fazer no pré-procedimento é determinar o tipo sanguíneo do paciente se necessário, o paciente coleta sangue e determina o sistema de coleta (aberto ou fechado), levando em consideração o material da unidade. Além de verificar o volume e preencher corretamente a etiqueta com todas as informações necessárias, é também dever da equipe de enfermagem verificar a temperatura de armazenamento e determinar o tempo de trabalho da bolsa. Também é dever do profissional enfermeiro determinar a qualidade do produto administrado. Uma das maneiras para realizar esse controle de qualidade antes da administração é uma avaliação visual da bolsa para determinar a presença de cor, textura, lipemia e hemólise, evitando a administração de um componente inapropriado (MOTA et al., 2022).
A enfermagem é de extrema importância para a segurança das transfusões de sangue. Ela deve conhecer as indicações de transfusão de sangue, informações importantes que devem ser checadas para evitar erros (receita, testes de adequação, rotulagem das bolsas), orientar os pacientes sobre o procedimento, controlar a administração do hemocomponente e tentar identificar precocemente se no sangue há componentes indesejados, documentar todo o processo e garantir que os sinais vitais sejam aferidos antes, durante e após a transfusão (NAVES et al., 2020).
Para que o enfermeiro desempenhe suas funções de forma satisfatória, ele deve ter tanto conhecimento geral da profissão quanto conhecimentos específicos. Nesse sentido, é importante ressaltar que o conteúdo de hemoterapia ainda é pouco citado nas graduações de enfermagem.. Portanto, o conhecimento especializado na área ainda não leva em conta a necessidade de conhecimento para atuar. A colocação de enfermeiros com pouca ou nenhuma experiência em hemoterapia é típica de concursos e processos seletivos de enfermeiros, independentemente da especialidade. Portanto, muitas instituições de saúde nacionais e internacionais, devido às especificidades da região e à carência de cursos de capacitação, implementam programas de educação continuada em suas instituições de saúde, que visam formar especialistas para melhorar a qualidade dos serviços. Assim, um dos ingredientes necessários para que o enfermeiro seja efetivo na hemoterapia é a gestão do conhecimento, caso contrário, ele deve primeiro ser capacitado para exercer as funções profissionais posteriormente. Nesse caso, fica clara a norma técnica do trabalho hemoterápico do enfermeiro, quando diz que o especialista deve atuar nos serviços de hemoterapia somente após treinamento para garantir um enfermeiro competente, direcionado e seguro (FRANTZ et al., 2020).
Um atributo do enfermeiro que está diretamente relacionado com a qualidade do trabalho de enfermagem e promove melhor trabalho e desempenho é o gerenciamento do cuidado. Discutir a gestão do cuidado nesse sentido amplia as considerações sobre o triângulo cuidado-gestão-educação na perspectiva da enfermagem. Num estudo relacionado com a gestão de enfermagem, os investigadores identificaram oito medidas cuja descrição revelou a ligação e complementaridade do cuidado, gestão e educação na prática de enfermagem e a sua importância na formação académica (BEZERRA et al., 2022).
No processo de doação de sangue, o papel da enfermagem é enfatizado principalmente na triagem de um doador. Na triagem, o enfermeiro deve desenvolver seu trabalho segundo princípios como comunicação, empatia e ética. Além disso, exerce um papel educativo e incentivador junto ao cliente doador/receptor do banco de sangue, atuando como membro da equipe multidisciplinar. Estudos mostram que os sinais vitais, as medidas antropométricas e a avaliação da hemoglobina são as principais tarefas de enfermagem em um ensaio clínico. O processo deve ser visto de forma singular e holística, que se estende desde o acolhimento até as orientações e encaminhamentos necessários na prática assistencial. Vale ressaltar que para ser um profissional da triagem não basta apenas conhecer a legislação vigente, mas estar preparado para lidar com todas as situações possíveis e agir de acordo com a individualidade de cada doador (SILVA et al., 2021).
4.3 Cuidados pré, peri e pós transfusionais
De acordo com Silva et al. (2021) a Conduta de Enfermagem nos cuidados pré, peri e pós transfusionais são:
Cuidados do enfermeiro na pré-transfusão, identificação do paciente, confirmação da prescrição e verificação dos sinais vitais, informar o paciente sobre o procedimento, lavar as mãos, usar os equipamentos de proteção individual, determinar a taxa de infusão e registrar as atividades, verificar o histórico médico do paciente, verificar o tipo e quantidade do hemoterápico, confirmar a compatibilidade cruzada e orientação do paciente sobre questões importantes a respeito da pré-transfusão.
O tratamento durante a transfusão de sangue significa um monitoramento cuidadoso do paciente, principalmente durante os primeiros 10 minutos, para responder a possíveis reações. No entanto, o sucesso da terapia é influenciado pela liderança e conhecimento da equipe de enfermagem e da equipe de saúde.
No período pós-transfusional, os autores mencionam unanimemente que o principal papel da equipe assistencial é combater as reações transfusionais, monitorar seus sinais e agir quando ocorrem. Além do monitoramento dos sinais vitais, enfatiza o reconhecimento da reação e a resposta imediata, que deve incluir: reconhecimento, notificação, avaliação das complicações transfusionais, monitoramento do paciente por pelo menos uma hora após o término da infusão, registro do término da infusão e o volume recebido por encaminhamento do paciente, bem como reconhecer e manejar as reações transfusionais e a retirada correta da bolsa.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na presente pesquisa foram analisados 7 artigos, 4 que relataram a atuação do enfermeiro no cuidado em hemoterapia, 1 referente a gerência de enfermagem em hemoterapia e 2 sobre o protagonismo da enfermagem no processo hemoterápico. A análise ocorreu conforme a caracterização do quadro a seguir.
Quadro 1 – Caracterização dos artigos quanto ao título do artigo, autor, ano, metodologia e conclusão.
TÍTULO DO ARTIGO | AUTOR | ANO | METODOLOGIA | CONCLUSÃO |
Trabalho e competência do enfermeiro nos serviços de hemoterapia: uma abordagem ergológica | FRANTZ,S. R. S. et al. | 2020 | Pesquisa qualitativa, guiada pelo Materialismo Histórico Dialético e pela Ergologia. | A experiência adquirida é determinante para o sucesso na tomada de decisão. Além disso, condições adequadas de trabalho, atualização de conhecimentos e habilidade no trabalho em equipe favorece um cenário de práticas seguras. |
Enfermeiro como protagonista na segurança transfusional no serviço de hemoterapia: uma revisão integrativa | JUNIOR, R. S. A. M.;ANDRADE,N. B. S | 2020 | Revisão integrativa da literatura | Conclui-se uma produção científica reduzida, fato que pode ser justificado por esta ser uma especialidade ainda recente no País |
Equipe de enfermagem e sua inserção em hemoterapia | NAVES, A.L. A. et al. | 2020 | Pesquisa descritiva, exploratória e com abordagem qualitativa | Conclui-se que o número dos profissionais de enfermagem ainda se encontra reduzido na área de hemoterapia, e faz-se importante a capacitação, ampliação e investimento das Instituições. |
Atuação do enfermeiro frente à hemoterapia: uma revisão integrativa | SILVA, C.M. et al. | 2021 | Revisão integrativa da literatura | Conclui-se através dessa revisão bibliográfica, a importância da atuação dos profissionais da enfermagem na área de hemoterapia para a segurança transfusional, por serem eles os profissionais que estão em todos os períodos envolvidos no processo hemoterápico, desde o processo de doação realizando a triagem e os cuidados com o doador, até o processo transfusional em si, destacando que os cuidados de enfermagem realizados neste processo fazem toda a diferença para o sucesso da terapêutica. |
Atuação do enfermeiro em hemoterapia: a visão do formando | TORRES,R. C. et al | 2021 | Pesquisa descritiva e exploratória de enfoque quanti qualitativo | Torna-se necessário que as atribuições do enfermeiro em hemoterapia seja um tema abordado com mais frequência durante os cursos de graduação, em especial nas disciplinas de semio técnica, visando o atendimento assertivo ao doador de sangue e também a garantia da segurança transfusional. |
Gerência do cuidado de enfermagem na hemoterapia em serviço hospitalar de enfermagem | BEZERRA,H. N. M. etal | 2022 | Pesquisa descritiva, analítica, de abordagem qualitativa. | As ações mais representadas nas falas dos enfermeiros estavam relacionadas às competências técnicas adquiridas no contexto formativo, enquanto as ações menos mencionadas relacionaram-se às competências e habilidades que comumente permeiam lacunas da educação formal. |
A atuação do enfermeiro na segurança hemoterápica: desafios e perspectivas | MOTA, L.M. T. et al. | 2022 | Pesquisa de caráter descritiva, exploratória de abordagem qualitativa por meio de uma revisão literária | Evidencia-se a importância do profissional enfermeiro no processo de transfusão sanguínea bem como o direcionamento para a garantia da segurança durante a realização do procedimento mediado pela amplitude do desenvolvimento de suas atividades bem como a possibilidade de fortalecimento das práticas de saúde por meio das formações continuadas a equipe do setor de hemoderivados. |
Fonte: Pesquisa direta em base de dados, Belém, 2022.
De acordo com Mendes et al. (2022) os enfermeiros não trabalham apenas em suas operações diárias de assistência direta ao paciente, mas também sua organização em todas as variáveis relacionadas ao processo de tratamento. Portanto, seu lado gerencial deve ser desenvolvido para interagir adequadamente com todo o ambiente organizacional, capacitandoo a participar mais do processo de cuidar. O papel do enfermeiro nos serviços de hemoterápicos é revelado tanto na prestação de assistência em hemoterapia e/ou assistência hematológica, como em quase todas as etapas da ciclo sanguíneo, inclusive na questão da aférese, cuja finalidade é a coleta individual de hemocomponentes.
Segundo Bezerra et al. (2021) onde ressalta que a indicação e prescrição adequadas não garantem o sucesso do processo de hemotransfusão. Nesse sentido, a enfermagem é fundamental para garantir o sucesso do procedimento por meio do gerenciamento e acompanhamento da hemotransfusão e acompanhamento do paciente. É importante mostrar as habilidades necessárias, conhecer o tratamento que norteia esse processo e suas possíveis complicações. O enfermeiro deve saber o horário correto de administração do hemocomponente/derivado, pois se for ultrapassado, os produtos perdem suas propriedades sob a influência da temperatura, o que leva ao aumento do número de bactérias.
Partindo da temática deste estudo, verifica-se que Moraes et al. (2021) expõe que o enfermeiro tem papel fundamental em todas as etapas do processo, desde a seleção do doador até o tratamento transfusional do paciente. Isso ajuda a garantir a segurança para todo o processo de transfusão de sangue, prestando serviços de alta qualidade aos doadores e
receptores de sangue e reduzindo os riscos à sua saúde. Desta forma, é importante completar efetivamente todo o ciclo da hemoterapia, começando com o recrutamento e seleção de um doador, seguido de triagem sorológica e imunohematológica, processamento e fracionamento das unidades coletadas, doação, transfusão e transfusões pós-avaliação. Entende-se que a atuação do enfermeiro na assistência ao sangue é muito importante para garantir a segurança da transfusão sanguínea, mas são poucos os estudos no Brasil que incluem a enfermagem neste campo. O profissional enfermeiro que atua na hemoterapia necessita de habilidades, incluindo conhecimento teórico-científico e capacidade de trabalhar em equipe. O enfermeiro deve buscar constantemente atualizar seus conhecimentos e estimular sua equipe a se educar cada vez mais para garantir um ambiente de trabalho seguro.
Para Souza & Cerqueira (2019) de modo geral, a enfermagem passou a se destacar no atendimento ao doador e receptor de sangue trabalhando em unidades de hemoterapia. Nesse sentido, um grande avanço na enfermagem hemoterápica no Brasil ocorreu a partir de 1990, quando enfermeiros atuantes em hematologia e hemoterapia passaram a discutir em eventos científicos os cuidados que o enfermeiro deve prestar aos doadores e receptores em toda a
ciclo sanguíneo. Ressalta-se que o enfermeiro que atua em serviços de hemoterapia deve possuir conhecimento técnico e científico sobre os efeitos colaterais que podem ocorrer no hemoterapia e suas manifestações clínicas, para que possa implementar medidas sistemáticas de tratamento. O conhecimento prático científico confere ao especialista um conhecimento mais amplo que possibilita um atendimento mais dinâmico e humanizado. O conhecimento prático científico confere ao especialista um conhecimento mais amplo que possibilita um atendimento mais dinâmico e humanizado.
Nesse contexto Ribeiro (2019) ressalta que todos os profissionais de enfermagem que prestam assistência ao pautente durante o procedimento de hemotransfusão devem andar capacitados a perceber quaisquer sinais e sintomas que indiquem a circunstância de uma possível reação transfusional. A garantia na gestão da vida depende de um serviço seguro e competente. Os profissionais não levemente administram as transfusões, mas também devem ver as indicações, realizar a conferência de dados importantes na precaução de erros, orientar os pacientes sobre a transfusão, detectar, relatar e atuar no serviço das reações transfusionais e registar todo o processo. A assistência segura destes profissionais pode diminuir significativamente os riscos do paciente que recebe a transfusão, evitando danos se a administração do seguimento transfusional assaltar com a eficiência necessária.
Silva (2018) enfatiza que o trabalho da enfermagem baseia-se no acompanhamento das funções vitais e na avaliação contínua do doador. A tarefa imediata da enfermagem atribuída ao doador é a mensuração e o registro das funções vitais, o que leva em consideração uma avaliação preliminar para o planejamento das atividades da equipe de enfermagem. O tratamento individualizado se qualifica como cuidado hemoterápico se for dada atenção às reais necessidades do paciente. Diante dessa realidade, observou-se que a transfusão de sangue é um procedimento que não pode ser repleto de riscos, sendo necessário um acompanhamento adequado quando da sua realização.
No estudo de Frazão, Melo e Santana (2023) percebe-se que a enfermagem baseia-se no processo de tratamento, destacam-se os diagnósticos de enfermagem mais importantes: risco de infecção, risco de sangramento, desconforto ou dor aguda, distúrbio de troca gasosa, ansiedade, náusea/vômito, anorexia, transtorno da imagem corporal. A terapia consiste em monitorar possíveis preocupações psicológicas relacionadas às alterações da imagem corporal, como ansiedade, estimular o autocuidado, estimular a ingestão de líquidos, fornecer suporte emocional ao usuário e à família. Os profissionais de saúde que administram hemocomponentes e hemoderivados devem sempre manter informações no prontuário do paciente, como data, horário de início e término, registrar sinais vitais, incluir a identificação do responsável e anotar se o paciente apresentou algum evento adverso durante o uso do produto instalado. Esses registros permitem a detecção e notificação precoce de possíveis efeitos colaterais, o que garante um tratamento seguro e sem erros.
Ressalta-se ainda que, na assistência de enfermeiros e técnicos em enfermagem nos serviços de hemoterapia são necessários para garantir que todas as etapas dos procedimentos de transfusão de sangue e hemocomponentes sejam realizadas e registradas para que as reações transfusionais possam ser monitoradas. Sabe-se também que os casos de transfusão devem ser sistematicamente identificados, diagnosticados, investigados, notificados e analisados (VIEIRA et al., 2021).
6 CONCLUSÃO
Por meio desta revisão da literatura, chega-se a uma conclusão sobre a importância da atuação do enfermeiro na área de hemoterapia do ponto de vista da segurança transfusional, pois são especialistas que estão envolvidos em todas as etapas do hemo tratamento, desde o processo de doação, triagem e cuidado do doador, realizando até mesmo o próprio processo de transfusão de sangue, enfatizando que o trabalho da enfermagem realizado nesse processo determina o sucesso do tratamento.
Em suma, a cerca dos materiais analisados, constatou-se que há uma necessidade constante de capacitação dos profissionais que entram em contato com o processo hemoterápico em seu cotidiano, devendo a educação continuada ser permanente pois conduz à segurança, não apenas aos pacientes que vivem esta realidade, mas também doadores e profissionais da área.
Novas pesquisas sobre a atuação do enfermeiro em serviços de hemoterapia são necessárias, relacionadas à captação e seleção de doadores de sangue, considerando seu papel educativo para a população e equipe de enfermagem, além da produção científica ter diminuído, o que pode ser explicado pelo fato de ser uma profissão ainda nova no país e não tão comentada durante a jornada acadêmica. Ressalta-se também a relevância de evidenciar a responsabilidade das instituições públicas, privadas e da sociedade em geral na divulgação do processo de doação de sangue para que esse suprimento essencial não se esgote.
Embora seja significativo que o número de publicações sobre hemoterapia esteja aumentando, ainda há necessidade de pesquisas e esforços para estimular a discussão desse tema na enfermagem, o que contribui para o conhecimento, reconhecimento e valorização da enfermagem no geral, enfrentados por pacientes, outras profissões e a sociedade.
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1Graduando do Curso de Enfermagem Werllisonlobato25@gmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA
2Graduanda do Curso de Enfermagem Bettysantos530@gmail.com Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN
3Graduanda do Curso de Enfermagem Anapauladensr@gmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA
4Graduanda do Curso de Enfermagem Helenapj.marques@hotmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA
5Graduanda do Curso de Enfermagem Thaysedosocorro@gmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA
6Graduada em Odontologia Anacarolsoaresregon@hotmail.com Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU
7Graduanda do Curso de Enfermagem Joseandradef01@gmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA
8Graduanda do Curso de Enfermagem Kemilleroque65@gmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA
9Graduanda do Curso de Odontologia Gabrielly.machado157@gmail.com Universidade da Amazônia – UNAMA