A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NOS CUIDADOS PALIATIVOS DOMICILIARES A PACIENTES COM CÂNCER EM ESTÁGIO TERMINAL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202505191740


Karolynne Almeida Cardoso; Luana Cristine Lima De Sousa; Juliana Furtado de Moura; Jeniffer Almeida Cunha Silva; Raika Sueli Pereira da Silva; Orientador(a): Prof. Esp. Pedro Rodrigues Alencar.


Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar o acompanhamento de pacientes com câncer terminal no contexto dos cuidados paliativos no home care, enfatizando a atuação da equipe multiprofissional e o impacto dessa abordagem na qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, de caráter bibliográfico, fundamentada na análise de artigos científicos selecionados a partir de repositórios acadêmicos utilizando o método PRISMA. Os resultados evidenciam que os cuidados paliativos domiciliares proporcionam maior conforto ao paciente, cuidam das internações hospitalares e fortalecem os laços. No entanto, desafios como a sobrecarga dos cuidadores e a necessidade de capacitação profissional ainda se fazem presentes. Conclui-se que a ampliação de políticas públicas e estratégias de suporte a pacientes e familiares é essencial para garantir um atendimento humanizado e eficaz no âmbito domiciliar.

Palavras-chave: Cuidados paliativos. Cuidados domiciliares. Câncer terminal. Equipe multiprofissional. Qualidade de vida.

Abstract: This study aims to analyze the monitoring of terminal cancer patients in the context of palliative care in home care, emphasizing the role of the multidisciplinary team and the impact of this approach on the quality of life of patients and their caregivers. This is a qualitative, bibliographical study based on the analysis of scientific articles selected from academic repositories using the PRISMA method. The results show that home palliative care provides greater comfort to patients, takes care of hospital admissions and strengthens bonds. However, challenges such as caregiver overload and the need for professional training are still present. It is concluded that the expansion of public policies and strategies to support patients and their families is essential to ensure humanized and effective care in the home setting.

Keywords: Palliative care. Home care. Terminal cancer. Multidisciplinary team. Quality of life.

1 INTRODUÇÃO

O câncer em estágio terminal representa um desafio significativo para os sistemas de saúde em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças graves e progressivas, oferecendo suporte multidimensional que inclui alívio da dor, apoio psicossocial e assistência domiciliar quando necessário.

Estima-se que, globalmente, mais de 56,8 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos anualmente, sendo que apenas cerca de 14% dessas recebem assistência adequada (WHO, 2021). Em países de baixa e média renda, essa disparidade é ainda mais acentuada devido à falta de políticas públicas estruturadas e à escassez de profissionais capacitados na área.

No Brasil, a implementação de cuidados paliativos tem avançado nos últimos anos, impulsionada por diretrizes do Ministério da Saúde e por iniciativas de organizações não governamentais.

No entanto, o acesso ainda é desigual, com maior disponibilidade nos grandes centros urbanos e dificuldades para pacientes em regiões mais remotas. De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), apenas 177 serviços especializados em cuidados paliativos estão registrados no país, número insuficiente para atender a crescente demanda da população (ANCP, 2022). 

O modelo de home care surge como uma alternativa para proporcionar assistência integral e humanizada a pacientes em estado avançado da doença, permitindo que permaneçam em um ambiente familiar, o que pode trazer benefícios emocionais e clínicos significativos. Estudos apontam que pacientes que recebem cuidados paliativos domiciliares têm uma redução de até 40% nas hospitalizações desnecessárias e maior satisfação com o atendimento recebido (Silva et al., 2023).

Os cuidados paliativos, conforme definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020), visam melhorar a qualidade de vida de pacientes e suas famílias diante de doenças que ameaçam a vida, prevenindo e aliviando o sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Essa abordagem não se limita ao controle da dor, mas inclui intervenções voltadas para o bem-estar global do paciente, promovendo dignidade e conforto nos estágios finais da vida (Carvalho & Lopes, 2018).

No contexto domiciliar, a atuação da enfermagem é fundamental para garantir cuidados contínuos e humanizados a pacientes com câncer em estágio terminal. Enfermeiros desempenham um papel essencial na monitorização de sintomas, administração de medicamentos, suporte emocional e orientação à família, contribuindo para o alívio do sofrimento e a manutenção da qualidade de vida (Pereira et al., 2021). Além disso, esses profissionais estabelecem vínculos de confiança com os pacientes, possibilitando uma abordagem mais empática e centrada nas necessidades individuais (Santos & Oliveira, 2020).

Portanto, com home care, essa assistência torna-se ainda mais relevante, pois busca minimizar hospitalizações desnecessárias e garantir uma transição mais suave para a fase final da vida. Segundo um estudo de Carvalho et al. (2022), cerca de 78% dos pacientes em cuidados paliativos domiciliares relatam melhor controle da dor e maior conforto emocional em comparação aos que permanecem hospitalizados.

A atuação da equipe multiprofissional é essencial no cuidado paliativo domiciliar. Fisioterapeutas, enfermeiros, médicos, assistentes sociais e psicólogos desempenham papéis complementares na assistência ao paciente, promovendo o alívio dos sintomas, a mobilidade funcional e o suporte emocional (Silva & Martins, 2020). Esse trabalho conjunto é fundamental para garantir um cuidado humanizado e eficaz, respeitando a autonomia e os desejos do paciente e de seus familiares (Almeida et al., 2019).

A fisioterapia, em particular, contribui significativamente para a manutenção da função respiratória, alívio da dor musculoesquelética e melhora da qualidade de vida por meio de técnicas voltadas ao conforto e à funcionalidade. Um levantamento realizado por Oliveira et al. (2021) demonstrou que intervenções fisioterapêuticas regulares reduzem em até 35% a incidência de dispneia em pacientes terminais, além de melhorar a qualidade do sono e diminuir o uso de opioides.

Os cuidados paliativos são uma abordagem terapêutica voltada para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com doenças crônicas progressivas e de seus familiares. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa estratégia busca aliviar o sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, por meio da detecção precoce e do tratamento adequado dos sintomas (WHO, 2021). Os princípios fundamentais dessa prática incluem a valorização da autonomia do paciente, o controle eficaz da dor e de outros sintomas debilitantes, além da promoção da dignidade no processo de terminalidade.

Pesquisas indicam que a introdução precoce dos cuidados paliativos pode impactar positivamente não apenas a qualidade de vida, mas também a sobrevida de alguns pacientes, especialmente quando associada a tratamentos modificadores da doença (Martins & Souza, 2023). A adoção dessa abordagem deve ser multidisciplinar, oferecendo suporte contínuo e individualizado ao paciente e seus familiares, de modo a minimizar o impacto emocional e psicológico da enfermidade (Pereira et al., 2022).

Um aspecto crucial dos cuidados paliativos é a comunicação eficaz entre profissionais de saúde, pacientes e familiares. Segundo Santos et al. (2022), o modo como informações sobre prognóstico e terapias são transmitidas influencia diretamente a adesão ao tratamento e a percepção da qualidade da assistência. Estratégias centradas no paciente, respeitando seus desejos e preferências, contribuem significativamente para uma abordagem humanizada e ética.

Dessa forma, o acompanhamento de pacientes com câncer terminal por meio de cuidados paliativos no home care apresenta-se como uma alternativa relevante dentro da assistência à saúde, contribuindo para a humanização do tratamento e para a melhoria da qualidade de vida. A compreensão dos desafios e benefícios dessa abordagem torna-se fundamental para aprimorar as políticas públicas e a formação dos profissionais envolvidos nesse processo.

2 REFERECIAL TEÓRICO 

2.1 Câncer em Estágio Terminal e Suas Implicações

O câncer em estágio terminal representa uma fase avançada e irreversível da doença, em que as possibilidades de cura se tornam inexistentes e o foco do cuidado passa a ser exclusivamente paliativo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2023), aproximadamente 290 mil pessoas morreram em decorrência do câncer no Brasil no último ano, número que evidencia a magnitude do problema e a urgência de estratégias voltadas à humanização do cuidado nesses casos. O reconhecimento da terminalidade é fundamental para evitar intervenções desnecessárias e para redirecionar os esforços médicos e familiares à promoção da qualidade de vida.

Os impactos do câncer terminal vão além das manifestações clínicas da doença. Do ponto de vista emocional, estima-se que entre 60% e 70% dos pacientes oncológicos em estágio terminal desenvolvam quadros significativos de ansiedade, depressão ou ambos (Silva et al., 2022). Esses transtornos, muitas vezes negligenciados, contribuem para o sofrimento global do paciente e podem interferir negativamente na adesão ao tratamento paliativo. Assim, o suporte psicológico contínuo deve ser parte integrante do cuidado, tanto para o paciente quanto para os seus familiares.

A esfera social também é profundamente afetada nesse contexto. Familiares, especialmente aqueles que assumem a função de cuidadores, frequentemente enfrentam desafios para os quais não estão preparados. Estudos mostram que a maioria desses cuidadores não possui capacitação prévia e vivencia altos níveis de estresse, exaustão e sentimentos de impotência (Gomes & Ribeiro, 2023). Essa sobrecarga compromete não apenas a saúde do cuidador, mas também a qualidade da assistência prestada ao paciente, tornando essencial a oferta de apoio institucional e orientação profissional.

Do ponto de vista clínico, a dor é um dos sintomas mais prevalentes e angustiantes no câncer em fase terminal, afetando mais de 80% dos pacientes, segundo dados de Carvalho et al. (2023). Além da dor, outros sintomas como fadiga intensa, dispneia, náuseas e anorexia são comuns e impactam diretamente a autonomia e o bem-estar do paciente. O manejo eficaz desses sintomas requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais, com foco na individualização do cuidado e no alívio do sofrimento.

Nesse sentido, os cuidados paliativos emergem como uma abordagem central no enfrentamento do câncer terminal. Quando iniciados precocemente, esses cuidados são capazes de melhorar não apenas os sintomas físicos, mas também aspectos emocionais e espirituais da experiência de morrer (World Health Organization [WHO], 2021). Além disso, evidências apontam que o cuidado paliativo integrado reduz em até 50% a necessidade de hospitalizações de emergência e intervenções invasivas, promovendo um fim de vida mais digno e sereno (Carvalho et al., 2023).

Por fim, é imprescindível que políticas públicas garantam o acesso equitativo a cuidados paliativos, especialmente no sistema de saúde pública brasileiro. A capacitação de profissionais e a criação de redes de suporte domiciliar podem representar um avanço significativo na assistência ao paciente terminal. Como destacam Almeida e Torres (2022), a humanização do cuidado no fim da vida é um indicativo de civilidade e respeito aos direitos humanos, sendo dever do Estado e da sociedade proporcionar condições adequadas para um morrer com dignidade.

2.2 Cuidados Paliativos no Contexto do Home Care

A assistência domiciliar aos pacientes em cuidados paliativos tem se tornado uma prática cada vez mais relevante no cenário da saúde, sobretudo diante do envelhecimento populacional e do aumento de doenças crônicas avançadas. O modelo de home care possibilita ao paciente permanecer em um ambiente familiar, cercado por entes queridos, o que pode trazer benefícios significativos à saúde emocional e à qualidade de vida (CARVALHO et al., 2023). A familiaridade com o ambiente doméstico contribui para a redução do estresse e da ansiedade, aspectos essenciais na terminalidade da vida.

No entanto, a adoção dessa modalidade de cuidado requer uma infraestrutura mínima e uma equipe capacitada, o que nem sempre é uma realidade, especialmente no sistema público de saúde. A falta de profissionais treinados, a dificuldade no acesso a medicamentos de uso controlado e a ausência de protocolos claros para o atendimento domiciliar são obstáculos frequentes. Como destacam OLIVEIRA et al. (2021), a ausência de políticas públicas mais abrangentes compromete a efetividade do home care, tornando-o limitado a certos grupos sociais com maior poder aquisitivo.

A capacitação dos cuidadores familiares é outro ponto fundamental na efetivação dos cuidados paliativos em domicílio. Muitos familiares assumem esse papel sem orientação técnica, o que pode gerar sobrecarga física e emocional. Segundo SANTOS e ALMEIDA (2022), a falta de preparo e suporte adequado aumenta o risco de internações desnecessárias e reduz a qualidade do cuidado prestado. Programas educativos e suporte contínuo aos cuidadores são, portanto, estratégias indispensáveis para o sucesso do modelo.

O acompanhamento multiprofissional é considerado uma das bases mais sólidas para a efetividade do cuidado paliativo domiciliar. Enfermeiros, médicos, psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais devem atuar de forma integrada, garantindo atenção às múltiplas dimensões do sofrimento do paciente. Para GOMES e LIMA (2023), essa atuação conjunta favorece não apenas o controle de sintomas físicos, mas também o suporte emocional, espiritual e social do paciente e de sua rede de apoio.

Outro fator relevante na implantação dos cuidados paliativos domiciliares é a disponibilidade de recursos e insumos adequados. Equipamentos como camas hospitalares, concentradores de oxigênio, bombas de infusão e medicamentos de controle especial precisam estar acessíveis para garantir a segurança e o conforto do paciente. FERREIRA et al. (2022) reforçam que a falta desses recursos compromete a continuidade do cuidado e pode levar ao agravamento do quadro clínico, resultando em reinternações.

Por fim, do ponto de vista econômico, a assistência domiciliar paliativa apresenta vantagens consideráveis. Estudos apontam que a adoção de protocolos bem estruturados pode reduzir significativamente os custos com internações hospitalares. De acordo com FERNANDES e CASTRO (2022), os cuidados domiciliares reduzem em até 30% os gastos com hospitalizações, sem prejuízo à qualidade da assistência – pelo contrário, com ganhos expressivos em termos de conforto, autonomia e dignidade para o paciente.

2.3 Atuação da Equipe Multiprofissional: Ênfase na Enfermagem

A enfermagem ocupa um papel central nos cuidados paliativos, sendo a categoria que está mais próxima do paciente e da família ao longo da jornada de terminalidade. O profissional de enfermagem atua no alívio dos sintomas, na promoção do conforto e na escuta ativa, sendo responsável por identificar necessidades físicas e emocionais com sensibilidade. Segundo Pereira e Andrade (2021), a presença contínua do enfermeiro é decisiva para garantir que o cuidado seja individualizado e baseado na dignidade humana.

Além da assistência direta, a enfermagem é responsável pela administração de medicamentos, incluindo analgésicos e sedativos, fundamentais no manejo da dor e de sintomas como dispneia, náuseas e ansiedade. A atuação técnica precisa é combinada com empatia, criando uma relação de confiança com o paciente. De acordo com Rocha et al. (2022), enfermeiros treinados em cuidados paliativos têm maior eficácia na identificação precoce de alterações clínicas e na intervenção oportuna.

Outro aspecto fundamental é o suporte aos familiares. A enfermagem desempenha um papel educativo ao orientar sobre cuidados com higiene, posicionamento, alimentação e administração de medicamentos em domicílio. Esse apoio reduz a insegurança da família e melhora a qualidade da assistência. Lima e Furtado (2020) afirmam que o enfermeiro é um elo entre o paciente e o restante da equipe, promovendo segurança e acolhimento emocional ao cuidador.

Na atenção domiciliar, o enfermeiro assume responsabilidades ampliadas, muitas vezes sendo o primeiro profissional a identificar agravamentos do quadro clínico. Além disso, é ele quem realiza visitas regulares, monitora sinais vitais e garante a continuidade do plano de cuidados estabelecido pela equipe. Como destacam Almeida e Santos (2022), a autonomia e o raciocínio clínico do enfermeiro são imprescindíveis nesse contexto de cuidado integral.

A comunicação é uma competência essencial na prática paliativa, e os enfermeiros têm papel ativo na mediação de conversas difíceis, como a discussão sobre a morte e a definição de diretrizes antecipadas de cuidado. Para Souza e Carvalho (2021), a capacidade de comunicarse com sensibilidade e clareza contribui para o fortalecimento do vínculo e para a tomada de decisões compartilhadas.

No contexto hospitalar, os enfermeiros também atuam na prevenção de procedimentos fúteis, evitando intervenções agressivas e sem benefício clínico, em consonância com os princípios dos cuidados paliativos. A presença de protocolos assistenciais baseados em evidências, conduzidos por enfermeiros especialistas, tem demonstrado redução de sofrimento e maior satisfação dos pacientes e familiares (Ferreira et al., 2023).

No entanto, o enfermeiro atua como agente transformador dentro da equipe multiprofissional, promovendo práticas humanizadas, integrativas e baseadas em escuta qualificada. Sua atuação fortalece a interdisciplinaridade e assegura que o cuidado ao paciente terminal seja feito com respeito, compaixão e competência técnica. De acordo com Costa e Ribeiro (2022), o protagonismo da enfermagem em cuidados paliativos é cada vez mais reconhecido, sendo essencial para o êxito da abordagem multiprofissional.

2.4 Políticas Públicas e Diretrizes sobre Cuidados Paliativos

A Política Nacional de Cuidados Paliativos, instituída pelo Ministério da Saúde, representa um avanço na consolidação do direito ao cuidado digno para pacientes com doenças incuráveis em estágio avançado. Essa política reconhece a importância da atenção humanizada e contínua, envolvendo todos os níveis de atenção à saúde. Contudo, ainda existem obstáculos na aplicação prática das diretrizes, como a desigualdade regional no acesso aos serviços e a escassez de profissionais preparados, especialmente enfermeiros (Ministério da Saúde, 2020).

No que se refere à formação profissional, a enfermagem carece de uma estrutura sólida para atuar plenamente nos cuidados paliativos. Apesar de estar presente em praticamente todos os serviços de saúde, muitos enfermeiros não possuem capacitação específica para lidar com as complexidades físicas e emocionais do paciente terminal. Segundo Santos e Cardoso (2021), a ausência dessa formação compromete a qualidade da assistência e gera insegurança no manejo clínico e emocional do paciente.

A atuação da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) tem sido fundamental na criação de diretrizes assistenciais que orientam a prática da enfermagem nesse campo. A ANCP destaca a necessidade da atuação colaborativa, onde o enfermeiro ocupa papel central na coordenação do cuidado, no acolhimento da família e no controle de sintomas (ANCP, 2022). Entretanto, o desafio permanece na disseminação e aplicação dessas diretrizes em todas as regiões do país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também reforça a relevância dos cuidados paliativos como parte integrante dos sistemas de saúde, recomendando sua incorporação à atenção primária. Nessa perspectiva, o enfermeiro da Estratégia Saúde da Família (ESF) tem papel essencial, pois é muitas vezes o primeiro a identificar pacientes que necessitam desse tipo de cuidado. Conforme Souza et al. (2021), a capacitação desses profissionais é estratégica para garantir o acesso precoce e contínuo aos cuidados paliativos.

Além disso, políticas públicas como o Programa Melhor em Casa reconhecem o papel do enfermeiro no acompanhamento domiciliar, promovendo autonomia e alívio do sofrimento dos pacientes. O enfermeiro, nesse contexto, atua como elo entre a família, o paciente e os demais profissionais da equipe, oferecendo suporte integral. De acordo com Lima e Barreto (2022), essa atuação é fundamental para evitar internações desnecessárias e preservar a qualidade de vida no domicílio.

Outro ponto importante é a necessidade de políticas que valorizem e protejam os profissionais de enfermagem atuantes na área. A sobrecarga, a baixa remuneração e a ausência de suporte psicológico impactam diretamente na motivação e na saúde mental desses profissionais. Segundo Ferreira e Almeida (2023), para que os cuidados paliativos avancem no Brasil, é necessário investir na valorização dos enfermeiros, com melhores condições de trabalho e incentivos à formação continuada.

Portanto, para que as políticas públicas sejam efetivas, é fundamental ouvir os profissionais que estão na linha de frente do cuidado. A construção de diretrizes deve ser participativa e considerar as experiências da enfermagem, que vivencia diretamente as demandas do paciente em terminalidade. Como destacam Oliveira e Mendes (2023), o fortalecimento da enfermagem nos cuidados paliativos depende de políticas baseadas em evidências, mas também da valorização do cuidado ético, humano e sensível.

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa caracteriza-se como um estudo bibliográfico de abordagem qualitativa, fundamentado na análise de produções científicas sobre cuidados paliativos no contexto do home care. A escolha desse tipo de investigação justifica-se pela necessidade de compreender, a partir da literatura existente, as contribuições, desafios e perspectivas da assistência a pacientes com câncer terminal. Segundo Gil (2019), o estudo bibliográfico é essencial quando se deseja conhecer o estado da arte de determinado tema e subsidiar teoricamente uma análise crítica.

Para a seleção dos artigos utilizados na revisão de literatura, foi adotada a metodologia PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), um protocolo reconhecido internacionalmente que proporciona maior transparência e reprodutibilidade nas revisões sistemáticas. Conforme Page et al. (2021), o PRISMA organiza o processo em quatro fases principais: identificação, triagem, elegibilidade e inclusão dos estudos, promovendo clareza na seleção e minimizando viés.

A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), consideradas fontes relevantes no campo da saúde pública e da enfermagem. Foram utilizados os descritores controlados “câncer terminal”, “cuidados paliativos” e “home care”, associados por operadores booleanos (AND/OR), conforme orientações do DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). A escolha desses termos buscou captar estudos que abordassem especificamente o cuidado domiciliar a pacientes oncológicos em estágio terminal (Silva & Andrade, 2020).

Os critérios de inclusão definidos para o estudo contemplaram: artigos publicados entre 2019 e 2024, em português ou inglês, com acesso ao texto completo, e que abordassem direta ou indiretamente a assistência domiciliar em cuidados paliativos, a atuação multiprofissional e os impactos sobre a qualidade de vida. Estudos duplicados, com enfoques divergentes ou que não apresentavam relação direta com a temática foram excluídos. A definição desses critérios buscou garantir a relevância e a atualidade dos dados analisados, como recomendado por Mendes et al. (2019).

O processo seletivo envolveu duas etapas principais: a leitura dos títulos e resumos, seguida da leitura integral dos textos potencialmente elegíveis. Para evitar viés de seleção, dois pesquisadores realizaram essa análise de forma independente e, em caso de discordância, um terceiro revisor foi consultado. Segundo Santos e Cardoso (2021), esse tipo de procedimento colaborativo fortalece a confiabilidade dos achados e assegura maior rigor metodológico em revisões bibliográficas.

Após a seleção dos artigos, os dados foram organizados em um quadro sinóptico contendo informações como: autores, ano, objetivo, tipo de estudo, metodologia e principais conclusões. Essa sistematização possibilitou a comparação dos achados e a identificação de padrões, como a importância da atuação da enfermagem na atenção paliativa domiciliar e as dificuldades relacionadas à capacitação e à infraestrutura. De acordo com Bardin (2016), esse tipo de análise categorial permite a interpretação aprofundada do conteúdo e a construção de inferências significativas.

Dessa forma, a metodologia adotada nesta pesquisa permitiu uma abordagem sistemática e consistente da literatura científica, apoiando a construção de um panorama teórico abrangente sobre os cuidados paliativos em home care. A associação entre a abordagem qualitativa, o protocolo PRISMA e o rigor na seleção dos estudos conferiu robustez à pesquisa, contribuindo para o aprofundamento da análise sobre as práticas de cuidado e os desafios enfrentados pela equipe de enfermagem nesse contexto (Minayo, 2021).

4 RESULTADOS

Os resultados obtidos a partir da análise dos estudos selecionados evidenciam diferentes perspectivas sobre os cuidados paliativos no contexto do home care, considerando tanto a percepção dos cuidadores familiares quanto a dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento a pacientes com câncer terminal. Essa diversidade de olhares contribui para uma compreensão ampliada dos desafios e das possibilidades desse modelo assistencial, ressaltando a complexidade inerente à terminalidade.

A busca literária, a partir do cruzamento dos descritores nas bases de dados resultou em um total de 250, destes 40 artigos foram selecionados para leitura na íntegra, e foram elencados ao final 07 artigos; os demais foram excluídos por dois motivos: 1 – não contemplar de fato a temática; 2 – não estarem disponíveis na íntegra.

O percurso de busca e seleção estão apresentados abaixo, no fluxograma 1, adaptado de PRISMA (PAGE et al., 2021).

FONTE: Autoria própria, 2025.

A tabela 1 clarifica tal distribuição e apresenta o nível de evidência, o autor(es), o ano de publicação, assim como o objetivo dos estudos e os principais achados.

TABELA 1. Quadro sinóptico com a distribuição e organização dos artigos selecionados considerando ano, autor(es), país, nível de evidência, população e/ou amostra, objetivo e principais achados.

 Nível de evidência População                e/ou amostra Objetivo Principais achados 
Oliveira et al., 2017, Brasil Estudo descritivo qualitativo 6 cuidadores familiares de pacientes com câncer terminal em cuidados paliativos domiciliares Conhecer a percepção dos cuidadores sobre os cuidados paliativos domiciliares Identificou-se a importância dos cuidados paliativos no domicílio para minimizar o sofrimento e garantir a dignidade na morte. 
Muniz et al., 2023, BrasilEstudo do coorte retrospectiva 108 pacientes com câncer terminal em cuidados paliativos hospitalares Avaliar fatores associados ao Karnofsky Performance Status (KPS) no último mês de vida O KPS diminuiu no último mês de vida, com diferentes intensidades conforme o tipo de tumor.
Silva et al., 2024, BrasilEstudo descritivo, qualitativo 30 cuidadores familiares de pacientes com câncer terminal Analisar as representações sociais sobre os cuidados paliativos Os cuidadores vivenciaram sofrimento junto ao paciente e precisam de apoio físico e emocional. 
Santos Platel et al., 2024, BrasilEstudo Qualitativo Enfermeiros que atuam com pacientes terminaisCompreender a percepção dos enfermeiros sobre os cuidados paliativos Destaca-se a importância dos cuidados paliativos na promoção da dignidade do paciente e no apoio aos familiares 
Duarte I.V., Fernandes K.F Freitas S.C. 2013, Brasil.Revisão Bibliográfica Acidentes Infantis: Conhecer para PrevenirArtigos nacionais publicados entre 2006 e 2013Compreender o papel do cuidador familiar em cuidados paliativos domiciliares Identificaram aspectos conceituais                dos cuidados paliativos e caracterizaram o cuidador familiar, destacando as repercussões físicas e psicológicas desse papel.
Almeida P.C., Lima M.A., Almeida          M.A., Souza M.A., Souza M.L. 2017, Brasil.Estudo Descritivo Dados secundários do SAI/SUS de pacientes com neoplasias malignas em cuidados paliativos domiciliares (2013-2015)Descrever o perfil dos pacientes oncológicos em cuidados paliativos na atenção domiciliar Observou-se predominância masculina, com cânceres de próstata e mana mais frequentes; atenção básica foi a principal fonte de encaminhamento.
Souza D.L., Almeida M.A., Lima M.A., Almeida P.C. 2018, Brasil.Estudo Qualitativo 11 cuidadores familiares de pacientes de Pacientes terminais em internação domiciliar Analisar as relações entre cuidadores familiares, pacientes, e internações domiciliares Destacaram a importância e os desafios enfrentados pelos cuidadores, incluindo a ocultação da terminalidade ao paciente.
Fonte: Autoria própria, 2025.


5 DISCUSSÃO 

O estudo de Oliveira et al. (2017) destaca os cuidados paliativos domiciliares como estratégia eficaz para minimizar o sofrimento e preservar a dignidade do paciente. Cuidadores familiares apontaram maior conforto do paciente em casa e melhor acompanhamento, ainda que relatassem sobrecarga emocional. Segundo os autores, o ambiente familiar contribui para um acolhimento mais humanizado.

Muniz et al. (2023) apresentaram uma análise quantitativa da evolução do Karnofsky Performance Status (KPS) no último mês de vida. O declínio funcional foi mais acentuado em pacientes com neoplasias gastrointestinais, cabeça/pescoço e tecido ósseo conjuntivo, enquanto pacientes com câncer de pulmão e sistema nervoso central iniciaram com índices mais baixos, mas com queda menos abrupta.

No estudo de Silva et al. (2024), os cuidadores familiares relataram forte envolvimento emocional com os pacientes, reforçando a necessidade de suporte psicológico. As representações sociais indicam que o cuidado domiciliar é vivido como um processo relacional que impacta profundamente a vida do cuidador.

Santos Platel et al. (2024) analisaram a perspectiva de enfermeiros, que apontaram a comunicação como fundamental para o acolhimento de pacientes e familiares, bem como a importância da equipe multiprofissional. Destacaram ainda a necessidade de capacitação contínua para a comunicação de más notícias.Já Duarte et al. (2013) evidenciaram os desafios físicos e emocionais enfrentados por cuidadores familiares, reiterando a sobrecarga que esse papel impõe. A ausência de suporte contínuo pode comprometer a qualidade do cuidado prestado ao paciente.

Dessa forma, Almeida et al. (2017) analisaram o perfil de pacientes oncológicos em cuidados domiciliares, identificando predominância do sexo masculino e neoplasias de próstata. O estudo reforça a relevância da atenção básica como porta de entrada ao cuidado paliativo no

SUS. Souza et al. (2018) complementam com uma perspectiva qualitativa sobre a comunicação entre cuidadores, pacientes e equipe, mostrando a tendência de ocultar informações sobre a terminalidade, o que dificulta a condução do cuidado.

A partir dos dados levantados, observa-se que os cuidados paliativos domiciliares oferecem vantagens significativas em termos de conforto, autonomia e dignidade para pacientes em estágio terminal, como destacado por Oliveira et al. (2017). No entanto, a carga emocional dos cuidadores exige atenção especial por parte da equipe de saúde, apontando a necessidade de medidas de apoio psicológico e capacitação específica.

No campo das representações sociais, como discutido por Silva et al. (2024), o papel do cuidador transcende o assistencial, sendo vivido de forma intensa e afetiva. A ausência de suporte emocional adequado pode causar exaustão psíquica, um risco que precisa ser mitigado com intervenções profissionais estruturadas.

A perspectiva dos enfermeiros, conforme Santos Platel et al. (2024), destaca a centralidade da comunicação na prática paliativa. A capacitação profissional para lidar com a terminalidade e suas implicações éticas, emocionais e técnicas deve ser contínua, considerando que a comunicação inadequada pode prejudicar a experiência de morte digna.

Duarte et al. (2013) chamam atenção para o impacto do cuidado sobre os familiares, especialmente em casos de assistência prolongada. O esgotamento físico e mental desses cuidadores pode comprometer tanto sua saúde quanto a qualidade da assistência oferecida, reforçando a urgência de políticas públicas voltadas ao suporte a esse grupo.

Almeida et al. (2017) e Souza et al. (2018) revelam que o acesso aos cuidados paliativos ainda depende fortemente da estrutura da atenção básica, e que as barreiras na comunicação podem interferir na clareza e efetividade das condutas assistenciais. Essas constatações reforçam a importância de fortalecer a rede de cuidados e investir em educação permanente em saúde.

Dessa forma, os estudos analisados apontam que, para garantir a efetividade do cuidado domiciliar em oncologia paliativa, é essencial desenvolver políticas que integrem apoio ao cuidador, capacitação da equipe, organização dos serviços e estratégias de comunicação efetiva e empática. O fortalecimento da atenção básica como coordenadora do cuidado também se mostra como um dos caminhos mais viáveis para a ampliação do acesso e da qualidade dos cuidados paliativos no Brasil.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A análise dos estudos revisados permitiu uma compreensão aprofundada sobre os cuidados paliativos no contexto do home care, evidenciando a relevância dessa abordagem para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com câncer terminal e de seus cuidadores. A pesquisa destacou a importância de uma assistência humanizada, multidisciplinar e centrada nas necessidades individuais do paciente, contribuindo para um cuidado mais efetivo e digno no final da vida.

Os achados reforçam que a assistência domiciliar possibilita um ambiente mais acolhedor para o paciente, promovendo conforto emocional e evitando hospitalizações desnecessárias. No entanto, também foram identificados desafios, como a sobrecarga emocional dos cuidadores familiares e a necessidade de suporte profissional adequado para orientação e acompanhamento desses cuidadores. A literatura aponta que a falta de preparo pode impactar negativamente a saúde mental dos familiares, tornando essencial a implementação de programas de apoio psicológico e educativo.

A evolução dos pacientes em cuidados paliativos também se mostrou um aspecto relevante, evidenciado pela avaliação do Karnofsky Performance Status (KPS), que demonstrou a necessidade de ajustes contínuos no plano terapêutico conforme a progressão da doença. Essa abordagem individualizada permite intervenções mais eficazes no controle da dor e de outros sintomas, contribuindo para uma maior qualidade de vida nos estágios finais da enfermidade.

Outro ponto crucial identificado foi a necessidade de aprimoramento da comunicação entre profissionais de saúde, pacientes e familiares. A literatura destaca que um diálogo aberto e sensível é fundamental para o acolhimento dos pacientes e para o suporte emocional das famílias. No entanto, ainda existem lacunas na formação dos profissionais quanto à comunicação de más notícias, o que pode impactar negativamente a experiência dos envolvidos no processo de terminalidade.

Diante dos achados apresentados, os resultados indicam a necessidade de investimentos em políticas públicas que ampliem a disponibilidade e a qualidade dos serviços de cuidados paliativos domiciliares. A capacitação de profissionais, a estruturação de redes de apoio e a ampliação do acesso a tratamentos adequados são aspectos fundamentais para garantir um atendimento mais equitativo e humanizado.

Em decorrência dos dados evidenciados, reforça-se que os cuidados paliativos no home care representam uma alternativa viável e benéfica para pacientes em estágio terminal, desde que haja um suporte adequado para os envolvidos no processo. A implementação de estratégias eficazes para otimizar essa modalidade assistencial é essencial para assegurar um atendimento digno, respeitando a autonomia, os desejos e o bem-estar dos pacientes e de seus familiares.

REFERÊNCIAS

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