REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10045125
Valdirene Felisberto da Cruz Sousa¹
Gisleynne Maria Bento Lopes Cansado²
RESUMO
As doenças crônicas encontram-se entre os principais problemas de saúde pública, e com isso é necessário ofertar cuidados necessários no fim da vida que proporciona aumentar a qualidade de vida dos pacientes e familiares, tratando da dor e outros problemas sociais, psicossociais, físicos, espirituais que acometem os indivíduos com doenças terminais, essa assistência consiste nos cuidados paliativos, sendo uma modalidade prestada no domicilio ou na unidade hospitalar que busca minimizar o sofrimento. Nesse sentido, a enfermagem contribui para assistência de modo individual e humanizado visando as necessidades reais de cada paciente estabelecendo comunicação e compreensão das fases da doença e do tratamento. O objetivo do estudo busca compreender a assistência prestada aos pacientes em cuidado paliativos. Trata-se de uma abordagem do tipo bibliográfico e exploratório em base de dados como o Google acadêmico, Scielo e BVS Saúde. Os artigos encontrados apontam que desde o diagnóstico até os cuidados paliativos deve existir uma relação entre a enfermagem e o paciente com o objetivo de minimizar o sofrimento da doença. Além disso, o estudo demonstra que o papel da enfermagem nos cuidados paliativos é fundamental para uma melhor assistência por meio da comunicação e assim conduzindo para aceitação do diagnóstico. O apoio, a humanização o conforto, a solidariedade e a compaixão oferecido pelo enfermeiro tanto ao paciente, quanto para família durante a assistência são essenciais na fase do sofrimento proporcionando cuidados menos dolorosos e mais dignos.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Enfermagem. Conforto do Paciente.
ABSTRACT
Chronic diseases are among the main public health problems, and therefore it is necessary to offer the necessary care at the end of life that increases the quality of life of patients and their families, dealing with pain and other social, psychosocial, physical, that affect individuals with terminal illnesses, this assistance consists of palliative care, being a modality provided at home or in the hospital unit that seeks to minimize suffering. In this sense, nursing contributes to assistance in an individual and humanized way, aiming at the real needs of each patient, establishing communication and understanding of the stages of the disease and treatment. The objective of the study seeks to understand the assistance provided to patients in palliative care. It is a bibliographic and exploratory approach based on databases such as Google Scholar, Scielo and BVS Saúde. The articles found indicate that from diagnosis to palliative care there must be a relationship between nursing and the patient in order to minimize the suffering of the disease. In addition, the study demonstrates that the role of nursing in palliative care is fundamental for better assistance through communication and thus leading to acceptance of the diagnosis. The support, humanization, comfort, solidarity and compassion offered by the nurse to both the patient and the family during care are essential in the suffering phase, providing less painful and more dignified care.
Keywords: Palliative care. Nursing. Patient Comfort.
1 INTRODUÇÃO
As doenças crônicas encontram-se entre os principais problemas de saúde pública, entretanto existem doenças que a terapêutica não é eficaz para aquela situação, necessitando de um cuidado que minimize o sofrimento e oferte cuidado ao fim da vida. Assim, surge o cuidado paliativo que consiste em proporcionar uma qualidade de vida para o paciente e os familiares por meio da prevenção e do alívio da dor. Desse modo, é importante destacar que os indivíduos apresentam sintomas desagradáveis como depressão, ansiedade, fadiga, constipação, dor, náusea e distúrbio no padrão do sono (SANTOS et al., 2020).
Segundo Verri et al. (2019) o cuidado paliativo deve exercer, conforme a Lei nº52/2012 como uma modalidade que presta cuidados aos indivíduos em situações graves e incuráveis, por profissionais qualificados e treinados respeitando a autonomia, dignidade e individualidade. Carvas (2022) aponta alguns princípios dos cuidados paliativos como: respeitar a dignidade; autonomia; comunicação clara e objetiva organização dos cuidados; promover uma qualidade de vida e continuidade nos cuidados ao indivíduo.
Nessa perspectiva, Couto e Rodrigues (2020) afirma que esse cuidado paliativo busca por uma assistência de qualidade àqueles indivíduos com enfermidade sem cura ou com patologia de evolução incurável. Outrossim, o enfermeiro é responsável por essa assistência permitindo maior efetividade, vínculo entre o paciente, familiares e a equipe. Logo, Santos et al. (2020) aponta que a enfermagem desempenha o papel de identificação dos problemas de saúde, já que está na linha de frente no cuidado e em contato direto.
Ademais, espera-se que os cuidados paliativos aumentem no futuro, à medida que a população envelhece e o número de doenças não transmissíveis cresça. A cada ano, 56,8 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos, 25,7 milhões requerem cuidados de fim de vida (últimas horas, dias ou semanas de vida) e cerca de 78% daqueles que necessitam de cuidados paliativos vivem em países de renda média e baixa como o Brasil, e destes apenas 14 % recebem essa assistência (CARVAS, 2022)
A enfermagem juntamente com a utilização da Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) contribui para um cuidado direcionado baseado na problemática realista que o indivíduo apresenta podendo assim oferecer uma melhor qualidade de vida nessa fase final. Assim, os cuidados paliativos envolvem quatros eixos principais de abordagem: físico, familiar/social, espiritual e psíquicos que devem ser trabalhados fornecendo apoio e reduzindo as preocupações e estresse (XAVIER et al., 2019).
A enfermagem aborda uma visão holística voltada para a integralidade do indivíduo levando em consideração os aspectos físicos, funcionais, sociais e da espiritualidade (COUTO; RODRIGUES, 2020). Diante desse cenário, busca identificar os desafios que a enfermagem enfrenta para realizar uma assistência de qualidade e humanizada nos cuidados paliativos.
Nesse sentindo, justifica a necessidade de conhecer os desafios da prática no cuidado paliativo no Brasil, bem como o conhecimento da assistência prestada como estratégia para elaboração de ações voltadas a esse público, de forma a contribuir para as discussões sobre o tema, a fomentar a relevância da intervenção dos órgãos envolvidos, visando a melhoria da qualidade de vida e intermediando na prevenção e no cuidado.
O estudo tem como objetivo geral compreender a assistência prestada aos pacientes em cuidado paliativos. Já os objetivos específicos buscam descrever sobre os cuidados paliativos; apontar as principais manifestações clínicas apresentadas ao indivíduo; identificar os principais fatores que interferem para prestar uma assistência de qualidade e destacar o papel da enfermagem aos cuidados paliativos.
2 METOGOLOGIA
Trata-se de uma abordagem do tipo bibliográfico e exploratório e narrativa. Os descritores utilizados na busca estão presentes na lista dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e MeSH: “cuidados paliativos”, “enfermagem em cuidados paliativos”, “conforto do paciente” e cuidados paliativos integrativos.
A coleta de dados foi por meio da identificação e a seleção de estudos através de publicações cientificas indexadas na base de dados disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Acadêmico, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Electronic Library On line (SciELO).
O recorte temporal da pesquisa foram os últimos 10 anos, os critérios de inclusão foram artigos segundo o tema abordado redigidos na íntegra em idiomas de português, inglês e espanhol, incluindo no total de 16 artigos. Logo os critérios de exclusão foram artigos duplicados e incompletos e que não atendia o objetivo do estudo no total 14.
3 CUIDADOS PALIATIVOS
Atualmente, algumas condições patológicas não existem tratamento e cura, entretanto existe intervenções que busca reduzir o sofrimento e promover conforto, conhecido por cuidados paliativos. Essa abordagem tem como finalidade estimular uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente como para família (SILVA et al., 2020).
Segundo Mairello et al. (2022) as doenças seja, aguda ou crônica, com ou sem possibilidade de reversão ou tratamento curativo, merecem um cuidado amplo e especializado em termos de sofrimento do paciente e da família. Esse tipo de cuidado foi definido como cuidado paliativo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002.
O termo paliativo tem origem do latim palliun, que significa proteção em que a medicina curativa não consegue a cura, necessitando de outras alternativas para aliviar o sofrimento (SILVA et al., 2017).
Em se tratando do Brasil, ele ocupa a categoria 3b de cuidados paliativos que consiste em oferecer essa assistência de forma generalizada, juntamente com outros países como Albânia, Colômbia e Panamá. Essa categoria tem fontes de financiamento, com maior disponibilidade de morfina, centros de treinamentos e disposição do serviço à população (CARVAS, 2022).
Segundo as estimativas globais da Organização mundial de Saúde (OMS) as principais doenças que necessita de cuidados paliativos no contexto dos adultos incluem, as cardiovasculares (38,5%), as neoplasias (34,0%), a doença pulmonar obstrutiva crônica (10,3%), a AIDS (5,7%) e o diabetes mellitus (4,6%) (INCA, 2022).
Segundo Carvas (2022) é importante reconhecer os cuidados paliativos como uma forma de assistência, de abordagem multidisciplinar com foco no ser humano. Esse cuidado deve ser realizado o mais precoce possível ofertando um tratamento adequado, é importante deixar claro que a evolução da doença pode não atingir o resultado esperado.
Verri et al. (2019) salienta que os cuidados paliativos têm os seguintes princípios: minimizar os sintomas de desconforto; deixar claro que a morte é um processo natural; abordar questões psicossociais e espirituais; oferecer suporte e sistema de apoio a família, cuidador, abordagem multidisciplinar e entender e gerenciar situações estressantes.
Além desses princípios, Carvas (2022) adiciona outros, como respeitar a autonomia e a escolha do tratamento; comunicação clara e objetiva com os familiares, cuidadores e pacientes, oferecer serviços de atendimento psicológico e social; manter suporte educacional e continuidade dos cuidados oferecidos e proporcionar acesso ao apoio terapêutico.
Segundo o estudo de Verri et al. (2019) percebe-se que os pacientes sem prognóstico de cura, o tratamento é voltado para uma visão de terminalidade. Desse modo, a assistência é prestada fornecendo conforto e acolhimento ao paciente e familiares com uso de medicações para alívio da dor e promoção de qualidade de vida. No contexto brasileiro, as diretrizes sobre a organização dos cuidados paliativos em um sistema integrado de saúde esclarecem os papéis da atenção primária, hospitalar e domiciliar, com o objetivo da aceitação da morte e integração dos aspectos psicossociais e psicológicos. Isso se dá por meio da Resolução nº 41 de outubro de 2018 que visa identificação dos fatores estressantes relacionados à doença; promoção do alívio da dor e da qualidade de vida; aceitação da morte como processo natural e oferecimento de um sistema de apoio e suporte (BRASIL, 2018).
A assistência paliativa está presente em todos os níveis de atendimento, primário, secundário e serviços especializados. Pode ser ministrado como abordagem, por todos os profissionais de saúde treinados e qualificados, como cuidados paliativos gerais prestados por profissionais de cuidados primários e profissionais que tratam de doenças potencialmente ameaçadoras e por uma equipe especializada (INCA, 2022).
Os cuidados paliativos podem ser prestados na modalidade domiciliar com objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida, prevenir ou aliviar o sofrimento e tratar os sintomas sociais, físicos e espirituais. Além disso, pode incluir redução de procedimentos invasivos e medicamentos (ROSA, 2022).
Segundo Brasil (2018) engloba outros pontos de atenção à saúde, tais como: Atenção Básica prevalecendo o cuidado longitudinal; Atenção Domiciliar para aqueles com restrição ao leito ou domicílio; Atenção Ambulatorial; Urgência e Emergência ofertando cuidados centrado no conforto e dignidade e Atenção Hospitalar.
Os pacientes vivenciam perdas, com impacto emocional, social e econômico. Assim, a raiva, a frustração, o medo e a tristeza causam ansiedade e sofrimento existencial. Desse modo, contam com o apoio de uma equipe para dar dignidade à progressão da doença e proporcionar qualidade e conforto reconhecendo os limites do cuidado dentro das possibilidades (INCA, 2022).
É importante identificar os fatores de enfrentamento no processo de doença de cada indivíduo e apoiar as crenças e práticas. Deve-se lembrar que o objetivo é atender às necessidades do paciente, apoiar as famílias, incluindo apresentar os melhores planos de tratamento disponíveis para garantir qualidade de vida neste momento, auxiliando no enfrentamento das adversidades sociais (INCA, 2022).
Os pacientes que recebem cuidados paliativos devem estar cientes de seu estado de doença e prognóstico. Isso permite uma melhor discussão e definição das preferências de tratamento e implementação do plano de cuidados. Os detalhes desse plano devem ser individualizados, tendo em vista que cada problema é único e, portanto, os aspectos culturais, espirituais e sociais do cuidado devem ser identificados para atender às necessidades específicas do paciente e da família (INCA, 2022).
4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CUIDADOS PALIATIVOS
Os desafios para a implementação dos cuidados paliativos tornam-se cada vez mais evidentes nessa categoria de atuação, principalmente pela atenção que os profissionais dispensam aos pacientes terminais e seus familiares, bem como a outros profissionais, explicitando a necessidade da interdisciplinaridade na prática do cuidado a esta terapia (COUTO; RODRIGUES, 2020).
Diante isso, é necessário que algumas questões sejam abordadas pela equipe na prestação de cuidado paliativos como, realizar exames futuros e indicar sempre se há necessidade ou não de intervenção terapêutica; informar sobre a situação atual, especialmente para pacientes que não podem se responsabilizar por si mesmos e encontrar representantes legais e familiares (INCA, 2022).
As interações entre membros da equipe interdisciplinar, familiares, cuidadores e pacientes são caracterizadas pelo desenvolvimento de comportamentos e atitudes baseados em evidências científicas, experiência e pensamento crítico. Esse processo de cuidado humanizado beneficia não só o paciente, mas também a família, cuidadores e membros da equipe médica (INCA, 2022).
A enfermagem pode desempenhar um papel na facilitação da aprendizagem e aplicação de novos conhecimentos de saúde. Para que o exame tenha um resultado positivo na qualidade de vida do paciente, o profissional deve respeitar a individualidade e especificidade de cada paciente e estabelecer um diagnóstico para determinar a intervenção necessária para cada caso (INCA, 2022).
A enfermagem é parte da equipe multiprofissional paliativa que pode atuar tanto no plano terapêutico como na gerência de cuidados direcionando a atenção conforme as necessidades do paciente e da família, planejamento e implementando os cuidados (ANDRADE et al.,2019).
A enfermagem envolve o planejamento e a implementação de projetos de tratamento individual, tais práticas garantem que as necessidades específicas dos indivíduos sejam levadas em consideração, implementado a partir da identificação e derivação de pontos para melhorar a qualidade de vida e a saúde (INCA, 2022).
Segundo Silva et al. (2021) os pacientes em cuidados paliativos podem apresentar diversas manifestações clínicas como: depressão, náusea, dor, dificuldade na concentração, constipação, ansiedade e distúrbios no padrão de sono. Esses problemas podem ser identificados pelos profissionais de enfermagem que estão em contato com estes pacientes. Além disso, destaca que é importante o profissional estar buscando conhecimento e atualizando para garantir uma assistência de saúde de qualidade.
O profissional de enfermagem mediante esse contexto dos cuidados paliativos fornece uma assistência holística, centrada no indivíduo e deve levar em consideração os aspectos físicos, funcionais, sociais e espirituais. É essencial que esses cuidados sejam prestados conforme as necessidades que os indivíduos apresentam, bem como orientar nas circunstâncias crônicas e degenerativas da fase terminal, para determinar a assistência adequada (COUTO; RODRIGUES, 2020).
Segundo Couto e Rodrigues (2020) a enfermagem apresenta desafios para prestar uma assistência adequada. Segundo o estudo do autor, à prática baseada em evidência contribui na assistência de enfermagem paliativa com a necessidade de implementação de planos de ensino específicos e capacitações para profissionais que atuam na área paliativa.
Além disso, Almeida et al. (2020) aponta que outros desafios comprometem a assistência como, a falta de insumos hospitalares; o rompimento de vínculo com os pacientes que vão ao óbito; déficit de acompanhamento psicológico; sobrecarga dos profissionais devido à alta demanda; e a falta de educação continuada aos profissionais.
O enfermeiro deve realizar uma assistência humanizada com visão voltada para as necessidades do paciente, sendo necessário identificar de modo rápido (FRANCO et al., 2017). Nesse sentindo, a equipe de enfermagem e os demais profissionais, sejam providos de simpatia, amor, compaixão, carinho e dedicação priorizando o bem estar e conforto do paciente (VERRI et al., 2019).
Verri et al. (2019) aponta no estudo que a vivência da equipe de enfermagem com pacientes paliativos pode interferir na vida pessoal devido a angústia, sofrimento e medo do cotidiano. Ademais, parte dos profissionais tem dificuldade em lidar com a morte, justamente pelo ensino abordar a cura e a reabilitação da doença, desse modo, desprepara o profissional para a realidade.
O estudo realizado por Almeida et al. (2020) constatou que 90% dos profissionais de enfermagem encontra-se sobrecarregados e cansados com a demanda dos pacientes, entretanto buscavam fornecer um atendimento reduzindo o sofrimento da patologia.
Segundo o estudo de Almeida et al. (2020) foi possível analisar que 75 % dos profissionais ofertam a terapia paliativa com o propósito de diminuir o sofrimento do paciente, enquanto 20 % continuam ofertando a terapia curativa a fim de obter uma melhora no quadro do paciente e 5% afirmam que não havia nada que poderia ser feito em pacientes em estado terminal.
A consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, caso seja a primeira vez na instituição, é importante realizar o levantamento de algumas informações como a identificação; história atual e pregressa; regulação neurológica e imunológica (INCA, 2022). Além disso, a equipe de enfermagem deve investigar o autocuidado como banho de aspersão ou se é necessário banho no leito, alimentação e independência para as atividades diárias.
Levando em consideração a sistematização de enfermagem, o estudo de Xavier et al. (2019) identifica alguns problemas mais comuns relacionados aos cuidados prestados aos pacientes com cuidados paliativos como deficiência nutricional, dor crônica, integridade da pele prejudicada, desesperança, sentimento de medo e impotência. Os diagnósticos em destaque foram identificados, segundo Xavier et al. (2019) no início do tratamento. Os cuidados de enfermagem humanizados são fundamentais porque visam qualidade de vida, respeito e solidariedade. Nesse sentido, estabelece vínculo com o paciente, trazendo, assim confiança e otimismo (SANTOS; LIRA; COSTA, 2018).
Espera-se que a equipe multiprofissional em cuidados paliativos esteja preparada para lidar com a ansiedade, o medo e o sofrimento dos pacientes e seus familiares, o que inclui conhecimentos científicos e técnicos, além de atividades interdisciplinares, devendo ser considerada também a compreensão dos aspectos individuais, respeitando os princípios éticos de autonomia, dignidade e privacidade (INCA, 2022).
5 CONCLUSÃO
Os cuidados paliativos tem a finalidade de proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente. Desse modo, as intervenções são voltadas para as questões supracitadas e também para os sinais e sintomas no curso da patologia levando para situações emergências. Nesse sentido, o enfermeiro deve estar preparado e capacitado para identificar esses agravos, e por conseguinte ter tomada de decisão para melhor prestação de cuidado tanto para o paciente quanto para a família.
Ainda é nítido que faltam informações necessárias para a prestação de serviços ao paciente e família, bem como a relação enfermeiro-paciente. No entanto, os enfermeiros enfrentam desafios diários na assistência como, a falta de insumos dos hospitais, de educação continuada e sobrecarga devido à enorme demanda dos pacientes. Os cuidadores são considerados parte essencial e integrante desse cuidado, pois entram em contato direto, percebe-se que há uma grande necessidade de aprofundar e melhorar a educação nos cuidados paliativos.
Assim destaca-se a relevância de buscar conhecimento acerca da atenção integral a saúde do paciente sob cuidados paliativos buscando identificar as necessidades do indivíduo no âmbito psicossociais, psicobiológicas e psicoespirituais, importantes questões para a manutenção do equilíbrio a saúde. Portanto, espera-se que este estudo possa contribuir para a prática clínica de enfermagem frente ao paciente sob CP, subsidiando intervenções de enfermagem que visem contemplar todas as necessidades dos pacientes em processo de terminalidade.
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¹Acadêmica do 10ºperíodo do curso de enfermagem do Centro Universitário do Sudoeste Goiano, Rio Verde – Goiás.
²Professora Mestre do Centro Universitário do Sudoeste Goiano