REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7378827
Alessandra Donato De Oliveira Silva¹
Orientador: Fabiano Lacerda De Carvalho²
RESUMO
O Diabetes Tipo 2 é um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina. Com tratamentos cada vez mais individualizados, e com paciente no centro das decisões, a atenção farmacêutica é uma peça fundamental no tratamento da doença como um agente de mudança através da educação. O tratamento é fundamentado em mudança de estilo de vida, alimentação saudável e adesão terapêutica, afim de baixar a glicemia, e evitar complicações. Este estudo esclareceu a importância do farmacêutico com seus conhecimentos em medicação e terapias, e como um educador em diabetes, não somente conferindo receita e entregando a medicação, mas educando as pacientes sobre a importância da adesão terapêutica, e conhecimento sobre os melhores manejos do diabetes, para retardar/prevenir complicações que porventura possa acometer essas pacientes evitando assim desfechos trágicos.
Palavras–chave: diabetes; diabetes tipo 2; tratamento de diabetes; mulheres com diabetes; educação em diabetes;
ABSTRACT
Type 2 diabetes is a metabolic disorder of heterogeneous etiologies, characterized by hyperglycemia and disturbances in the metabolism of carbohydrates, proteins and fats, resulting from defects in insulin secretion and/or action. With treatments increasingly individualized, and with the patient at the center of decisions, pharmaceutical care is a fundamental piece in the treatment of disease as an agent of change through education. Treatment is based on lifestyle changes, healthy eating and therapeutic adherence, in order to lower blood glucose and avoid complications. This study clarified the importance of the pharmacist with their knowledge of medication and therapies, and as a diabetes educator, not only prescribing and delivering medication, but educating patients about the importance of therapeutic adherence, and knowledge about the best diabetes management, to delay/prevent complications that may affect these patients, thus avoiding tragic outcomes.
Keyword: diabetes; type 2 diabetes; diabetes treatment; women with diabetes; diabetes education;
INTRODUÇÃO
Houve um aumento epidêmico na prevalência de diabetes, confirmando a doença como um desafio global significativo para a saúde e o bem-estar de indivíduos, famílias e sociedades (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). O termo “diabetes mellitus” refere-se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina (WORLD HEALTH ORGANIZATION,2014).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes cerca de 6,9% da população nacional foi diagnosticado com diabetes mellitus e segundo o IBGE (2019), as mulheres (8,4%) apresentaram maior proporção de relato que os homens (6,9%).
A Sociedade Brasileira de Diabetes, em estudos esclarece que a diabetes tipo 2 tem maior incidência em mulheres que adquiriram Diabetes Gestacional, Mulheres com Síndrome do Ovário Policístico, e mulheres em menopausa, que é um momento em que a doença precisa ter um controle diferenciado.
Com estas informações alarmantes, a educação em diabetes é um dos principais instrumentos que temos para a garantia do autocuidado que possibilitará o autocontrole por parte da paciente (SILVA , 2020) https://diabetes.org.br/a-importancia-da-educacao-em-diabetes/. A educação em diabetes experimentou inovações nos últimos anos. Assim, as técnicas atuais de incentivo e treinamento para o autocuidado utilizam um modelo mais focado no paciente, promovendo mudança em um comportamento de saúde mais positivo, está relacionada ao processo de desenvolvimento de habilidades específicas e a incorporação de ferramentas necessárias para atingir as metas estabelecidas em cada etapa do tratamento do diabetes (TOLEDO,2016).
Atenção farmacêutica é o conjunto de atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, com o foco centrado no paciente, visando uma farmacoterapia racional para uma melhor qualidade de vida (STORPIRTIS, 2008).
A sociedade Brasileira de diabetes, reitera a importância da RDC 44/09 ao regulamentar a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, como a aferição de glicemia capilar e a atenção farmacêutica, pois atenção farmacêutica a diabéticos se dá, principalmente, no acompanhamento farmacoterapêutico e orientações de manejos que podem retardar as complicações do diabetes e obtenção de uma melhor qualidade de vida.
A Federação Internacional de Diabetes (2022) em estudos realizados, relata que a pedra angular do controle do diabetes tipo 2 é um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta saudável, atividade física regular, não fumar e manter um peso corporal saudável, porém mesmos com todos os cuidados, estudos mostram que um estilo de vida saudável, pode não ser suficiente para manter os níveis de glicose no sangue sob controle e as pessoas com diabetes tipo 2 podem precisar tomar medicação oral. Se o tratamento com um único medicamento não for suficiente, podem ser prescritas opções de terapia combinada.
O presente trabalhado, descreverá a importância da atenção farmacêutica no tratamento e educação permanente e continuada do diabetes tipo 2 em mulheres até 60 anos, a partir do diagnóstico de diabetes tipo 2, as pacientes e seus familiares devem adquirir conhecimento e desenvolver habilidades necessárias ao autocuidado (TOLEDO, 2016).
OBJETIVO GERAL
Analisar os principais tratamentos e educação em diabetes para manejo do diabetes tipo 2 em mulheres adultas até 60 anos.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
- Conceituar diabetes tipo 2;
- Conceituar atenção farmacêutica;
- Identificar os fatores risco do diabetes tipo 2 em mulheres adultas;
- Verificar os principais tratamentos para diabetes tipo 2 em mulheres adultas;
- Educação em diabetes para manejo do diabetes tipo 2;
METODOLOGIA
Este estudo constitui uma revisão literária a respeito da atenção farmacêutica do tratamento e educação permanente e continuada do diabetes tipo 2 em mulheres até 60 anos.
Utilizou-se para as pesquisas, as bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS), Nacional Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), IBGE. Foi feito um levantamento bibliográfico através de sites governamentais, dissertações e artigos. Foram utilizadas palavras chaves como: diabetes, diabetes tipo 2, tratamento, mulheres adultas, educação em diabetes. A junção destas informações, facilitou obter conhecimento sobre diabetes melitus tipo 2, atenção farmacêutica, tratamentos adequados e educação em diabetes entre 2001 e 2022.
JUSTIFICATIVA
O Diabete Tipo 2 é uma doença crônica e progressiva que vem crescendo em grande escala mundial. O tratamento é complexo e exige a participação intensiva do paciente que precisa ser capacitado para o autocuidado. O farmacêutico é uma fonte confiável de conhecimento, ele é um profissional capacitado para orientar quanto ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Suas habilidades conduz o paciente e seus familiares a uma farmacoterapia racional, além de educação no tratamento, gerando transformação.
REFERENCIAL TEÓRICO
1 Conceito de diabetes tipo 2
A Associação Americana de Diabetes (2021) descreve diabetes como uma condição que faz com que os níveis de açúcar no sangue (glicose no sangue) aumentem superior ao normal. Hiperglicemia é o termo que os médicos usam para descrever açúcar sanguíneo. A Sociedade Brasileira de
Diabetes (2022) recomenda a classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que compreende o diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2, o diabetes gestacional e os outros tipos de diabetes. O Diabetes tipo 2 é caracterizado por uma resistência à sinalização da insulina, o que pode levar a deficiências subsequentes na produção da mesma (HUNTER, 2016.). A sociedade Brasileira de diabetes completa que a diabetes tipo 2 está associado à obesidade, estilo de vida, envelhecimento, deficiência parcial de secreção de insulina pelas células ß pancreáticas, além de alterações na secreção de incretinas.
2 Conceito de atenção farmacêutica
Atenção Farmacêutica, prática recente da atividade farmacêutica, prioriza a orientação e o acompanhamento farmacoterapêutico e a relação direta entre o farmacêutico e o usuário de medicamentos (PEREIRA; FREITAS, 2008) Segundo Cipolle e colaboradores (2000), a atenção farmacêutica envolve um processo de assistência ao paciente, lógico, sistemático e global, que envolve três etapas: a) análise da situação das necessidades do paciente em relação aos medicamentos; b) elaboração de um plano de seguimento, incluindo os objetivos do tratamento farmacológico e as intervenções apropriadas; e c) a avaliação do seguimento para determinar os resultados reais no paciente. Complementando com Barbosa e Nerilo (2017), a atenção farmacêutica, está dentro do contexto da Assistência Farmacêutica, sendo que a atenção farmacêutica é voltada para o paciente e seu tratamento farmacológico, e a assistência farmacêutica é voltada para o uso racional de medicamentos e o seu ciclo de dispensação.
3 Fatores de risco de diabetes tipo 2 em mulheres adultas.
A diretriz da sociedade brasileira de diabetes (2010-2020) , considera fatores de risco para diabetes tipo 2 indivíduos com 45 anos de idade ou, em qualquer idade, pacientes com sobrepeso/obesidade, hipertensão arterial, história familiar da doença, história prévia de diabetes gestacional, portadoras da Síndrome do Ovário Policístico e uso de medicações como corticoides, diuréticos tiazídicos e antipsicóticos. Destacaremos a seguir as condições que são específicas em mulheres aumentando as chances de adquirir a condição de diabetes tipo 2.
3.1 Síndrome do Ovário Policístico
A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma das endocrinopatias mais frequentes nas mulheres. Constitui uma patologia de expressão clínica variável que se manifesta com uma combinação de disfunção menstrual e de hiperandrogenismo, que frequentemente se inicia na puberdade (SILVA et al, 2020).
Pontes et al (2011) continua afirmando que, pelo menos metade das mulheres com SOP são obesas e a maioria, senão todas, apresenta resistência completa, à insulina (intrínseca à SOP e independente da obesidade) e hiperinsulinemia, e esta condição clinica desencadeia a Diabetes Tipo 2.
Na última década o interesse pela SOP aumentou exponencialmente, uma vez que a presença da patologia se associa a um maior risco de desenvolver infertilidade, hirsutismo, acne e obesidade, além de síndrome metabólica, resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares (SILVA et al, 2020). .
3.2 Diabetes Gestacional
O diabetes gestacional é definido como qualquer grau de redução da tolerância à glicose, cujo início ou detecção ocorre durante a gravidez (WEINERT et al, 2011)
A Sociedade Brasileira de Diabetes (2020) afirma que a disglicemia é a alteração metabólica mais comum na gestação. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia descreve a diabete gestacional como uma intolerância aos carboidratos de gravidade variável, que se inicia durante a gestação, caracteriza-se o problema metabólico mais comum na gestação, dependendo do grupo étnico, a incidência de diabetes gestacional tem aumentado em paralelo com o aumento do diabetes tipo 2 e da obesidade na população.
A Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019/2020) descreve que na primeira consulta prénatal, deve ser solicitada glicemia de jejum, com o intuito de detectar o diabetes preexistente. Se glicemia plasmática em jejum for ≥ 92 mg/dL e < 126 mg/dL, será feito o diagnóstico de diabetes gestacional e deve-se confirmar o resultado com uma segunda dosagem da glicemia de jejum. A Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019/2020) continua afirmando que a maioria das mulheres apresenta normalização das glicemias nos primeiros dias após o parto, tendo a necessidade de uma reclassificação idealmente, seis semanas após o parto para todas as mulheres que tiveram diabetes gestacional, e nas revisões médicas anuais, é fundamental indicar a manutenção do peso adequado, revisando as orientações sobre dieta e atividade física . Mulheres com intolerância à glicose e histórico de diabetes gestacional devem mudar seus hábitos de vida, com dieta adequada e exercícios físicos, mantendo um peso próximo do ideal para evitar o aparecimento do diabetes tipo 2.
4 Principais tratamentos para diabetes tipo 2
A otimização do estilo de vida é multifacetada, contínua e deve envolver toda a equipe de diabetes. No entanto, esses esforços não devem atrasar a farmacoterapia necessária, que pode ser iniciada simultaneamente e ajustada com base na resposta do paciente aos esforços do estilo de vida (GARBER et al, 2016).
O tratamento no diabetes é basicamente realizado por terapia medicamentosa e não medicamentosa (atividade física e nutrição) (GOMES, 20200).
4.1 Tratamento não medicamentoso
As práticas relativas à alimentação são determinadas no convívio familiar e social. A modificação da dieta e a proposta de formação de novos hábitos alimentares devem respeitar as preferências dos indivíduos, levando em consideração seu ambiente familiar e seu meio social. (PONTIERI; BACHION, 2007).
CHAUVEAU; KAUFMAN (1887) afirman que o exercício físico é um aliado no controle glicêmico, redução de gordura corporal entre outros, tendo que se atentar a detalhes como intensidade e horários das praticas físicas.
Com isso, os principais componentes da terapia de estilo de vida incluem terapia nutricional médica, atividade física regular, quantidade suficiente de sono, suporte comportamental e cessação do tabagismo. No tratamento não medicamentoso é essencial mudanças no estilo de vida (educação em saúde, alimentação e atividade física) conforme declara a Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes.
4.2 Tratamento medicamentoso
A escolha desse medicamento baseia-se nos seguintes aspectos: mecanismos de resistência à insulina (RI), falência progressiva da célula beta, múltiplos transtornos metabólicos (disglicemia, dislipidemia e inflamação vascular) e repercussões micro e macrovasculares que acompanham a história natural do diabetes tipo 2. (Diretriz da sociedade brasileira de diabetes, 2019).
A efetividade do tratamento de doenças crônicas depende, essencialmente, de dois fatores: a eficácia do tratamento prescrito e a adesão do paciente ao seu tratamento. Entre as causas mais comuns de descumprimento incluem-se: não adquirir a medicação; tomar dose incorreta ou adequada, porém em intervalos incorretos; existir falha na comunicação profissional de saúdepaciente, entre outros.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), juntamente com outras sociedades, recomenda que a meta para a hemoglobina glicada seja < 7%.
Conforme a Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes , os agentes antidiabéticos orais (Tabela 1) são medicamentos que reduzem a glicemia, a fim de mantê-la em níveis normais (em jejum < 100 mg/dL e pósprandial < 140 mg/dL), A escolha da medicação é individualizada de acordo com o quadro de necessidades da paciente.
5 Educação em diabetes para manejo do diabetes tipo 2
Baptista et al. (2016) declara que educação voltada para a autogestão do diabetes tipo 2 é o processo de facilitação de conhecimentos, habilidades e capacidades necessárias ao autocuidado da doença, afim de orientar o autogerenciamento, resolução de problemas, apoiar a tomada de decisão e promover uma comunicação ativa entre o paciente e a equipe de saúde.
Farmacêuticos são profissionais com grande potencial para realizar educação em diabetes, principalmente no que diz respeito às orientações sobre o uso de medicamentos. A capilaridade e o grande número de farmácias no Brasil os deixam numa posição de destaque, pois pessoas com diabetes visitam sete vezes mais uma farmácia do que os consultórios de seus médicos.
Os farmacêuticos não são somente um agente de entrega de medicações, mas também um agente educador em diabetes (CORRER et al., 2020).
Os educadores em diabetes estão desempenhando um papel cada vez mais central nas equipes de atendimento multidisciplinar com pessoas em risco de diabetes, aqueles que têm diabetes e aqueles com outras condições crônicas (RINKER et al, 2017).
A educação para o autocontrole do diabetes é um elemento crítico do cuidado para todas as pessoas com diabetes e é necessária para melhorar os resultados dos pacientes. Não existe um “melhor” programa ou abordagem educacional; no entanto, programas que incorporam estratégias comportamentais e psicossociais demonstram melhores resultados. Estudos mostram que programas culturalmente e apropriados para a idade melhoram os resultados e que a educação em grupo é efetiva de acordo com a Associação Americana de Diabetes (2011).
Toledo (2016), descreve sete áreas na avaliação comportamental para reconhecer a qualidade dos resultados obtidos com um programa de educação eficaz, e são elas: 1) Alimentação Saudável: fazendo escolhas alimentares saudáveis 2) Ser Ativo: praticar atividade física de forma regular 3) Monitoramento dos níveis de glicose, pressão arterial, cetona urinária e peso corporal. 4) Tomar os medicamentos prescritos para o tratamento, adesão terapêutica 5) Resolução de Problemas, a pessoa com diabetes deve desenvolver habilidades para resolver problemas com hiperglicemia e hipoglicemia, 6) Redução de Riscos: comportamentos de redução de risco devem ser incentivados, como está com os pés sempre protegidos 7) Enfrentamento Saudável: a saúde e a qualidade de vida são afetadas por fatores psicológicos e sociais que podem influenciar na motivação de uma pessoa para manter seu diabetes sob controle.
Por fim, a Sociedade Brasileira de Diabetes (2022) conclui dizendo que à educação em diabetes envolve o processo de ensino e aprendizagem, o qual deve ser realizado todos os dias e a todo contato com o paciente. Dado isto, o farmacêutico educador em diabetes desempenha um papel importante no incentivo e na orientação do paciente, por ser um profissional que mantem contato recorrente com o paciente, que precisa constantemente adquirir a medicação conforme descreve o Conselho Federal de Farmácia . Portanto, o farmacêutico educador em diabetes deve renovar constantemente o seu conhecimento sobre o diabetes, dominar o processo de ensino e aprendizagem, ter equilíbrio emocional, intelectual, ético e educacional para fazer seu trabalho de forma segura e responsável.
6 CONCLUSÃO
Diante das bibliografias dispostas, o diabetes tipo 2 é uma doença que vem alcançando uma proporção gigantesca no Brasil e no mundo, caracterizada uma doença genética, mas também adquirida por uma rotina alimentar hipercalórica e sedentarismo, a doença se inicia em sua maioria por uma resistência a insulina e ao longo do tempo há um agravamento reduzindo a produção ou deixando de produzir insulina, aumentando a circulação de glicemia no sangue, caracterizando assim o diabetes tipo 2. Condições como Síndrome do Ovário policístico, diabetes gestacional entre outros, tornam as mulheres um alvo maior a doença, uma vez que tais diagnósticos tem relação direta com a glicemia e a insulina.
O diabetes tipo 2 possui dois tratamentos, o farmacológico e não farmacológico. E a educação em diabetes foi confirmada como uma grande aliada no manejo da doença, podendo ser caracterizada um tratamento direto, pois ela torna o paciente uma agente principal no gerenciamento da doença.
A atenção farmacêutica com o seu conjunto de ação, é uma importante aliada, no tratamento e na educação em diabetes, pois o numero de mulheres com diabetes cresce cada vez mais a cada ano que passa, e este profissional e o profissional farmacêutico possui todas as habilidades necessárias para auxiliar essas pacientes.
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¹Autora
²Orientador