THE APPLICABILITY OF COGNITIVE BEHAVIORAL THERAPY AS A TOOL IN GAD TREATMENT
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7577294
Henrique Martins de Freitas1
Maicol de Oliveira Brognoli2
RESUMO
Este artigo teve como objetivo, compreender como Terapia Cognitivo Comportamental atua como abordagem no manejo do Transtorno de Ansiedade Generalizada, definindo as características da ansiedade saudável e a ansiedade patológica, além de, demonstrar as novas propostas terapêuticas da Terapia Cognitivo Comportamental de terceira onda. O método utilizado foi no formato de pesquisa bibliográfica, do tipo revisão narrativa, com abordagem da análise de dados qualitativos, sendo utilizados apenas artigos disponíveis na língua portuguesa dos últimos 5 anos. Destaca-se que, a Terapia Cognitivo Comportamental é uma forma eficaz de tratamento em casos de pacientes acometidos pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada. Assim, sua aplicabilidade pode ser potencializada por meio de terapeutas competentes que conseguem desenvolver um bom vínculo com seus pacientes e estão sempre em busca do aprimoramento profissional, ficando aptos para a utilização de novas abordagens de terceira onda.
Palavras-chave: Ansiedade; Transtorno de Ansiedade Generalizada; Terapia Cognitivo Comportamental.
ABSTRACT
This article aimed to understand how Cognitive Behavioral Therapy acts as an approach in the management of Generalized Anxiety Disorder, defining the characteristics of healthy anxiety and pathological anxiety, in addition to demonstrating the new therapeutic proposals of third wave Cognitive Behavioral Therapy. The method used was in the bibliographic research format, of the narrative review type, with an approach to qualitative data analysis, using only articles available in Portuguese from the last 5 years. It is noteworthy that Cognitive Behavioral Therapy is an effective form of treatment in cases of patients affected by Generalized Anxiety Disorder. Thus, its applicability can be enhanced through competent therapists who are able to develop a good bond with their patients and are always in search of professional improvement, being able to use new third-wave approaches.
Keywords: Anxiety; Generalized Anxiety Disorder; Cognitive behavioral therapy.
1 INTRODUÇÃO
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada por inúmeros estudos como uma das mais eficientes abordagens terapêuticas para o tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, apresentando reduções significativas de sintomas. Além disso, seu tratamento é altamente recomendado, por apresentar resultados semelhantes, com ou sem o uso de medicamentos (ARAÚJO et al., 2020).
Outra vantagem é que este modelo de terapia, focaliza diretamente no problema, e por isso, suas sessões costumam ser mais objetivas e breves. Durante o tratamento, o terapeuta em conjunto com o paciente irá trabalhar para corrigir as distorções cognitivas, pois elas possuem influência direta nas emoções e no comportamento do indivíduo. Ou seja, a TCC propõe a existência de uma inter-relação entre cognição, emoções e comportamento (MOURA et al., 2018).
Apesar da ansiedade ser uma emoção normal a todas as pessoas, ela pode ser considerada uma patologia quando ocorre em excesso, afetando a rotina do indivíduo, envolvendo todos os aspectos da vida do sujeito. Pessoas diagnosticadas com Transtornos de Ansiedade costumam relatar sentimentos de preocupação demasiada e medo. Uma das particularidades do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é que estes sentimentos ocorrem de forma corriqueira, e na maioria das vezes, não condizem com a realidade (LOPES et al., 2021).
O objetivo deste trabalho é fornecer informações acerca da aplicabilidade da Terapia Cognitivo-Comportamental como abordagem no manejo do Transtorno de Ansiedade Generalizada, e contemplar novas propostas terapêuticas a serem utilizadas em conjunto com a TCC clássica.
2 MÉTODO
Esta pesquisa, compõe-se de um estudo qualitativo do tipo revisão narrativa da literatura. As pesquisas qualitativas são interpretativas e envolvem uma contínua reflexão perante os dados obtidos, utilizando pressupostos teóricos que nortearam a investigação. Além disso, os pesquisadores qualitativos podem utilizar diversas formas para coletar os dados necessários, seja por meio de exame de documentos, de observações ou entrevista com os participantes (CRESWELL, 2010).
Já a revisão narrativa da literatura fundamenta-se na análise ampla da literatura, não recorrendo a uma metodologia rigorosa e replicável em nível de reprodução de dados e respostas quantitativas para questões específicas (VOSGERAU; ROMANOWSKI, 2014). Além de uma análise com implicação mais pessoal, este tipo de estudo possibilita trabalhar com uma temática ampla, cujas fontes da pesquisa podem ser mais restritas propondo-se a discutir o desenvolvimento ou “estado da arte”, sob um ponto de vista teórico ou contextual (CORDEIRO et al., 2007).
Para responder à questão norteadora: a terapia cognitivo comportamental mostra-se eficaz no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada? Utilizou-se as bases de dados a seguir para a realização do levantamento bibliográfico e assim, obter as informações necessárias: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Scholar. Os descritores utilizados foram “Ansiedade Adaptativa”, “Transtorno de Ansiedade”, “Transtorno de Ansiedade Generalizada”, combinados de diversas maneiras com palavras-chaves do tipo “Terapia Cognitivo-Comportamental”, “Terceira Onda” e “Terceira Geração”.
Após este processo, foi iniciado uma análise dos resumos, através da leitura exploratória, a fim de selecionar artigos que se enquadram dentro do tema proposto. Como critérios de inclusão, adotou-se apenas artigos publicados nos últimos 5 anos vigentes, em língua portuguesa, com disponibilidade gratuita e na integra em formato eletrônico, preferencialmente dentro das áreas de psicologia e saúde. As buscas ocorreram no período de março a outubro de 2022.
Ademais, os critérios de exclusão utilizados foram os trabalhos que fugiam da temática sugerida, Dissertações, Teses, Capítulos de livros, publicações fora do tempo determinado, e artigos que possuíam acesso restrito ou pago.
A análise dos dados ocorreu por meio da Técnica de Temática baseada em Minayo (2007). Nela busca-se os núcleos de sentidos que estabelecem uma conexão acerca da frequência ou da presença de algum significado para o objeto que será analisado. Portanto, seguram-se três etapas: a pré-análise (ordenação dos dados obtidos); exploração do material (classificação dos dados visando alcançar o núcleo de compreensão do texto através da formulação de categorias); e o tratamento e interpretação dos dados alcançados (articulação dos dados apreendidos respondendo as questões da pesquisa) (MINAYO, 2007). Posteriormente, realizou-se uma leitura flutuante de todo o material, buscando explorá-lo, catalogá-lo e modificá-lo em núcleos temáticos, finalizando pela interpretação dos resultados levantados na pesquisa.
3 RESULTADOS
Para melhor compreensão do estudo realizado, a Tabela 1 é uma amostra dos periódicos utilizados, seus autores, ano de publicação e um resumo dos objetivos propostos.
Tabela 1 – Análise de dados.
Autores/Anos | Título | Objetivos |
A1. Almeida et al. (2022) | ACT em Grupo para Manejo de Ansiedade entre Universitários: Ensaio Clínico Randomizado | Avaliar a eficácia e efetividade de um protocolo semiestruturado de psicoterapia em grupo baseado nos princípios da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) para o tratamento de ansiedade. |
A2. Almeida & Neufeld (2022) | Terapia Focada na Compaixão para Pessoas com Obesidade: um estudo de viabilidade | Analisar a viabilidade do programa de TFC para pessoas com obesidade com a intenção de planejar um futuro ensaio clínico randomizado. |
A3. Almeida et al. (2021) | Uma Intervenção de Terapia Focada na Compaixão em Grupos Online no Contexto da Pandemia por COVID-19 | Apresentar uma intervenção em grupo de TFC realizada em ambiente virtual, avaliando possíveis mudanças nos níveis de depressão, ansiedade, estresse e autocompaixão. |
A4. Almeida & Marinho (2021) | Terapia Cognitivo-Comportamental Transdiagnóstica: uma revisão da literatura | Averiguar as vantagens que o modelo transdiagnóstico oferece em relação à TCC convencional e seu potencial de tratamento de comorbilidades simultaneamente. |
A5. Aleixo et al. (2022) | Construção e Validação da Escala de Metacognição de Pensamentos e Sentimentos | Construir a Escala de Metacognição de pensamentos e sentimentos (EMETAPS) e analisar as evidências de validade baseadas no conteúdo e na estrutura interna. |
A6. Araujo et al. (2020) | Tratamento do TAG nas Terapias Cognitivas de Terceira Geração | Revisão da literatura sobre o tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG) pelas terapias cognitivas de terceira geração. |
A7. Azevedo et al. (2022) | Terapias Comportamentais e Cognitivas: Ondas do mesmo Mar ou Praias Diferentes? | Discutir a pertinência da nomenclatura de ondas ou gerações de psicoterapias comportamentais e cognitivas com base no modelo teórico, no objetivo terapêutico e no método clínico de cada uma delas. |
A8. Campos et al. (2021) | Ansiedade Social: o que a boca não fala o corpo sente | Aplicar um questionário para avaliar o medo e a preocupação de jovens aprendizes ao se depararem com a situação de falar em público. |
A9. Cândido & Ferreira (2022) | Terapia Analítico-Comportamental: reflexões sobre a sistematização de uma prática | Discutir a sistematização da TAG e apresenta a questão da sistematização e formalização de modelos de intervenção psicoterápica. |
A10. Costa et al. (2019) | Prevalência de Ansiedade e Fatores Associados em Adultos | Identificar a prevalência de transtornos de ansiedade em uma amostra de base populacional e fatores associados. |
A11. Hiany et al. (2020) | Perfil Epidemiológico dos Transtornos Mentais na População Adulta no Brasil: uma revisão integrativa | Descrever o conhecimento produzido sobre o perfil epidemiológico dos transtornos mentais na população adulta brasileira. |
A12. Lopes et al. (2021) | Transtorno de Ansiedade Generalizada: uma revisão narrativa | Ampliar os conhecimentos sobre Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). |
A13. Machado (2022) | Terapia Cognitivo Comportamental como Auxílio Terapêutico para Pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada | Discorrer sobre a definição de TAG, o que é, e mostrar os tratamentos que mais se adéquam dentro da TCC. |
A14. Moura et al. (2018) | A Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada | Breve revisão a respeito do TAG e das técnicas Cognitiva e Comportamentais mais eficazes no tratamento do TAG. |
A15. Oliveira (2022) | O Uso da Atenção Plena como Auxílio no Tratamento de Pensamentos Automáticos que Levam a Depressão na Adolescência | Conhecer os resultado de pesquisas sobre o uso e a eficácia da atenção plena como auxílio no tratamento de pensamentos automáticos que levam a depressão em adolescentes. |
A16. Pinheiro (2022) | Transtorno de Pânico e Ansiedade: Condições Multifatoriais | Pesquisar o Transtorno de Pânico e Ansiedade, considerando as condições multifatoriais, bem como os tratamentos. |
A17. Santos (2020) | Vulnerabilidade Psicológica e Transtorno de Ansiedade Generalizada: do diagnóstico ao tratamento de ansiedade generalizada | Apresentar e discutir o TAG, seus conceitos, diagnóstico e tratamento. |
A18. Scotton et al. (2021) | Competências Essenciais ao Terapeuta Cognitivo-Comportamental | Revisar quais são as competências essenciais para um terapeuta cognitivo-comportamental. |
A19. Silva et al. (2019) | A Contribuição da Terapia Cognitivo-Comportamental no Controle da Ansiedade em Concursandos | Como abordagem cognitivo-comportamental pode contribuir para diminuir a ansiedade e gerar melhor condição para a obtenção da aprovação em um concurso. |
A20. Thomaz & Benevenuti (2022) | Mindfulness como um Recurso em Terapia Cognitivo Comportamental para o Tratamento de Pacientes com Diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada | Caracterizar os benefícios da psicoterapia em conjunto a essa técnica para indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada |
A21. Vizeu & Ferraz (2019) | Mindfulness e sua Contribuição para a Clínica da Ansiedade | Compreender como esta meditação pode contribuir no tratamento psicoterápico do medo e ansiedade excessivos, característicos dos transtornos de ansiedade. |
Observou-se que no total, foram selecionadas 21 publicações, sendo que, os artigos A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A9, A15, A18, A20 e A21 apresentam em seus estudos, as terapias cognitivo-comportamentais de terceira onda ou geração e como elas estão contribuindo para o manejo do Transtorno de Ansiedade Generalizada, assim como, na redução dos principais sintomas da ansiedade, a preocupação e a ruminação. Já os artigos A8, A10, A11, A12, A16, A19 elucidam sobre os transtornos de ansiedade, incluindo o TAG. E por fim, os estudos A13, A14, A17 tratam especificamente da eficácia do tratamento através da terapia cognitivo-comportamental clássica em indivíduos com TAG.
4 DISCUSSÃO
4.1 ANSIEDADE COMO VANTAGEM ADAPTATIVA
O estado de ansiedade é um sentimento comum entre as pessoas, servindo como sinal de alerta perante prováveis ameaças, permitindo ao indivíduo obter a motivação e impulsos necessários e assim, tomar as medidas de enfrentamento cabíveis a fim de manter sua integridade. Esta sensação ainda é extremamente útil no cotidiano, pois sem ela, todos estariam despreparados em frente ao perigo (PINHEIRO, 2022).
Além do mais, ela é considerada uma herança biológica, visto que, estrategicamente é usada por nosso cérebro desde os primórdios da humanidade, pois, era necessário contornar diversos problemas como: lutar contra predadores, lidar com a fome, doenças e prover as necessidades básicas como abrigo, ou seja, foi necessário que os humanos evoluíssem sua psique e aprendessem a conviver com os perigos e necessidades futuras (CAMPOS et al., 2021).
Como forma de auxiliar na caracterização da ansiedade, é possível separá-la em dois tipos, sendo elas, a ansiedade-estado, aquela sentida em algum momento ou situação particular da vida do sujeito, gerando um estado emocional temporário. E a ansiedade-traço, compreendida como um aspecto do próprio indivíduo, ligada à sua personalidade, ou seja, sua propensão para sentir diferentes níveis de ansiedade em meio ao ambiente que está presente (MOURA et al., 2018).
Assim, identificar quais são os limites para considerar uma ansiedade adaptativa ou patológica costuma ser difícil, como descrito acima, em certas ocasiões e tarefas, ela tende a motivar o indivíduo a obter um melhor desempenho. Ou seja, a ansiedade em níveis moderados pode ser considerada uma vantagem, porém, é preciso estar atento quando ela passa a causar prejuízos significativos na vida do sujeito (PINHEIRO, 2022).
4.2 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
A ansiedade configura-se atualmente como um dos principais e mais crescentes distúrbios psiquiátricos no mundo, esta característica pode ser explicada pela grande pressão exercida proveniente da sociedade, seja de forma social ou econômica, além de, rotinas sobrecarregadas que contribuem para o surgimento de fatores estressores, aumentando assim, o estado de ansiedade. Isto, acaba proporcionando um problema de saúde pública, juntamente com o crescimento da demanda por assistência psicológica, devido aos constantes prejuízos sociais, físicos e mentais (MACHADO, 2022).
Em todo o mundo, existe uma grande parcela de pessoas afetadas por transtornos mentais. Apesar da baixa capacidade de mortalidade, os transtornos costumam causar diversas incapacidades a longo prazo, afetando de forma prejudicial o cotidiano e a qualidade de vida das pessoas. Além disso, a dificuldade no tratamento e o baixo acesso a serviços de saúde especializados acaba dificultando o diagnóstico antecipado (HIANY et al., 2020).
Para compreender os Transtornos de Ansiedade, primeiro é preciso reconhecer duas importantes características, que segundo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM V (The Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder), são: medo e a ansiedade excessiva. Neste caso, o medo está ligado a momentos de extrema excitação, sensação essencial para comportamentos de fuga ou luta, já a ansiedade está vinculada com a tensão muscular e ao estado de alerta a possíveis perigos futuros, além de atitudes de esquiva ou cautela (APA, 2014).
Logo, os Transtornos de Ansiedade prejudicam a rotina dos seus portadores, já que, os sintomas são suportados através de muito sofrimento e fazem com que as pessoas abandonem suas atividades diárias e práticas que antes eram prazerosas. Por este motivo, é importante que ocorra a identificação precoce dos sintomas, possibilitando a realização do tratamento adequado e diminuindo o desenvolvimento do transtorno (COSTA et al., 2019).
Partindo do pressuposto que o medo e a ansiedade podem ser considerados reflexos de experiências anteriores, cada indivíduo apresentará diferentes manifestações diante de determinada situação, causando ou não diversos sintomas físicos e psíquicos (PINHEIRO, 2022).
Entre os vários sintomas, ocorrem os ditos físicos como: boca seca, taquicardia, sudorese, dificuldade para respirar, cólica intestinal, cefaléia, vertigens, ânsia de vômito entre outros, estes também podem incluir aspectos motores, como: dores musculares, inquietação, tremor nos dedos, mãos e pés (Moura et al., 2018).
No aspecto cognitivo é possível destacar sintomas como: insegurança, apreensão, sensação de estranheza, dificuldade de concentração e antecipação catastrófica, já pelo lado comportamental são eles: fuga e esquiva, inquietude, congelamento, insônia e hipervigilância (SILVA et al., 2019).
Os mais frequentes são o transtorno de ansiedade social, transtorno de pânico, a agorafobia e o transtorno de ansiedade generalizada. O transtorno de ansiedade social consiste em medo e ansiedade acentuada em eventos sociais, pois teme ser analisado. Já no transtorno de pânico o indivíduo costuma experimentar ataques de pânico inesperados e regulares, inclusive sofre de forma antecipada somente pela possibilidade de acontecer novos episódios de ataques de pânico. Na agorafobia ocorre o sentimento persistente de medo em situações ou locais onde a pessoa entende que pode ser difícil escapar ou pedir ajuda caso algo terrível aconteça. E por fim, no Transtorno de Ansiedade Generalizada que será melhor explicado no decorrer deste artigo (APA, 2014).
Em geral, o sexo feminino tem maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade, apresentando maior gravidade nos sintomas, isto pode estar relacionado a pressão social e jornada de trabalho superior, frequentemente necessária para manter suas famílias, devido aos salários constantemente mais inferiores. O fato das mulheres estarem mais expostas cotidianamente à violência, também acarreta no surgimento de sensação de medo, angústia e ansiedade (COSTA et al., 2019).
4.3 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
Profissionais da saúde costumam lidar com pacientes que apresentam diversos casos clínicos de ansiedade, sendo o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) um dos mais frequentes. Esta doença, além de ser considerada crônica, pode afetar diversas faixas etárias, até mesmo crianças, entretanto é necessário avaliar de forma minuciosa o quadro clínico desses pacientes (SANTOS, 2020).
Nos mais jovens, a baixa escolaridade pode aumentar os riscos de transtornos de ansiedade, visto que, enfrentam maiores dificuldades nos ambientes educativos, apresentando preocupações excessivas com seu desempenho ou déficits de aprendizagem, limitando ainda mais suas capacidades de atingirem um melhor rendimento (COSTA et al., 2019).
Geralmente isto ocorre, porque duvidam de suas próprias capacidades ou competências em situações cotidianas, principalmente aquelas que envolvem terceiros. Demonstram uma autocrítica perfeccionista exagerada, considerando suas falhas um fracasso total. Tais pensamentos disfuncionais, aumentam as chances de faltar aos seus compromissos e abandonar suas atividades corriqueiras (SANTOS, 2020).
Como é possível observar, a diferença de idade dos indivíduos diagnosticados com este transtorno, irá modificar os tipos de preocupações relatados. Sendo assim, os adultos tendem a sentir preocupações referentes ao bem-estar da sua família e saúde física (APA, 2014).
Outro fator que pode favorecer ou potencializar o surgimento do TAG, está relacionado com a baixa condição econômica que o indivíduo possui, já que estará mais exposto a fatores relacionados a violência, menor conhecimento e acesso a serviços públicos, desemprego, entre outros. Ademais, a relação entre portadores de TAG e o álcool, demonstra ser extremamente perigosa, com potencial piora do transtorno e aumento da dependência, pois utilizam e abusam do álcool na busca de alívio imediato dos sintomas e na expectativa de aumentar sua confiança (COSTA et al., 2019).
Em adultos jovens, é comum ocorrer o aparecimento de sintomas de maior gravidade, quando comparado com os mais velhos. Apesar de possível, raramente este transtorno tem seu início antes da adolescência, em média surge por volta dos trinta anos de idade. Frequentemente os pacientes diagnosticados com o TAG, relatam sentimentos ansiosos ou nervosos durante toda a sua vida (MOURA et al., 2018).
De modo geral, a maior caraterística do Transtorno de Ansiedade Generalizada, é a evidente preocupação elevada ou exagerada dos indivíduos com respeito a diferentes situações do seu cotidiano, visto que, a causa de preocupação costuma mudar diversas vezes e geralmente são de cunho financeiro, acadêmico, do trabalho ou saúde, ocorrendo pensamentos recorrentes acerca de eventos e situações futuras ligados aos piores cenários possíveis (MACHADO, 2022).
Em geral, indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada apresentam inúmeras dificuldades, como capacidade limitada para controlar seus pensamentos ansiosos, sensação de estarem sempre sobrecarregados e a existência de apreensão excessivas e irreal, com duração e intensidade desproporcional referente a atividades rotineiras, juntamente com a preocupação de que determinada situação, acarretará dificuldades para com outros aspectos do seu cotidiano, afetando seu funcionamento psicossocial (LOPES et al., 2021).
Os fatores de risco podem variar, desde situações de violência, timidez, traumas na infância, pessimismo, entre outros. Além de experiências traumáticas, o TAG é constantemente relacionado à predisposição genética e está ligado a altas taxas de comorbidades, pois estes indivíduos ficam mais suscetíveis a outros transtornos. Ou seja, o Transtorno de Ansiedade Generalizada pode acarretar no desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos (SANTOS, 2020).
Sendo assim, o sujeito que possui TAG, está mais exposto a novos traumas e consequentemente ao desenvolvimento de outros transtornos, como exemplo, estudos afirmam que existe um aumento de 20 vezes na possibilidade de desenvolver o transtorno de pânico (COSTA et al., 2019).
Devido alta complexidade do seu diagnóstico, na atenção primária, dificilmente o Transtorno de Ansiedade Generalizada é reconhecido e poucas pessoas conseguem receber o tratamento adequado, dado que o TAG provém de causas múltiplas, e sua elevada taxa de comorbidades, cria um grande desafio a sua identificação, por exemplo, existem casos que os sintomas depressivos coexistem com os sintomas de ansiedade, tornando complicada a sua detecção (MOURA et al., 2018).
É importante relembrar que no Transtorno de Ansiedade Generalizada, a preocupação deve ser excessiva, recorrente e de difícil controle, sendo de fato, causadora de prejuízos relevantes ou significativos em diversas e importantes áreas da vida do paciente, ou seja, o sujeito se preocupa com qualquer e toda coisa em sua vida cotidiana (MACHADO, 2022).
4.4 TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
Depois do diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generaliza confirmado, os principais tratamentos que o indivíduo pode recorrer, são as terapias e o uso de medicamentos. Sendo que, a Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma das mais utilizadas (LOPES et al., 2021). Esta abordagem foi desenvolvida por Aaron T. Beck, inicialmente voltada para o tratamento da depressão, Beck durante seus estudos conseguiu desenvolver sua técnica pautada por ser breve, estruturada e voltada para o paciente, geralmente com duração média estimada em 5 a 20 sessões (MACHADO, 2022).
A Terapia Cognitivo Comportamental, é organizada de maneira estruturada, sistematizada e planejada, e propõem o uso de técnicas no processo terapêutico. Porém, o terapeuta precisa conseguir adaptar a estrutura da sessão de acordo com cada necessidade do paciente, flexibilizando de acordo com a demanda (SCOTTON et al., 2021).
Seu objetivo principal é fazer com que seu paciente consiga tomar conhecimento de seus próprios pensamentos, comportamentos e crenças, já que estão diretamente ligadas ao aparecimento de sentimento de tristeza e ansiedade. Desta forma, o intuito é ensinar o paciente sobre o funcionamento dos padrões de pensamento e seu histórico de desenvolvimento, para que ele possa conseguir lidar e reduzir os malefícios da ansiedade de forma autônoma (LOPES et al., 2021).
Esta abordagem é reconhecida mundialmente como uma área da psicologia extremamente baseada em evidências e com altos índices de validação científica, inclusive é comprovada sua eficácia em vários tipos de transtornos psiquiátricos (SCOTTON et al., 2021).
Na Teoria Cognitivo Comportamental a cognição, emoção e comportamento estão inter-relacionados, sendo assim, um acontecimento durante a vida do sujeito pode acarretar em várias formas de sentir e agir, todavia não é a ocasião em si, que desencadeia comportamentos e emoções, mas sim, a maneira como o indivíduo interpretou a situação (MACHADO, 2022).
Ou seja, as vivências obtidas no decorrer da vida, influenciam diretamente na maneira como as pessoas interpretam diversas situações do seu cotidiano, isso acaba afetando seu comportamento, sua forma de sentir e a intensidade que isto ocorre, muitas vezes criando distorções cognitivas (OLIVEIRA, 2022).
A TCC compreende que estas distorções cognitivas estão presentes em diversos transtornos psiquiátricos e no decorrer do tratamento, busca-se identificar e ressignificá-los. Assim, o terapeuta cognitivo Comportamental irá criar estratégias estudando o modelo cognitivo do paciente, que é constituído por três níveis cognitivos: pensamentos automáticos, pressupostos subjacentes e crenças nucleares (MACHADO, 2022).
Os pensamentos automáticos (PAs) são pensamentos de um nível mais superficial que todos os indivíduos possuem no decorrer do dia, surgindo de forma espontânea, com o papel de reforçar as crenças centrais. Os estudiosos também chamam este mecanismo de erros cognitivos, pois costumam ocorrer após acontecimentos decepcionantes e adversos. Assim, cada sujeito costuma lidar de maneiras diferentes, alguns por exemplo, possuem baixa tolerância ao sentimento de frustação e acabam generalizando toda a sua vida como problemática (OLIVEIRA, 2022).
Já os pressupostos subjacentes, também conhecidos como crenças intermediárias, são melhor compreendidos como conteúdos cognitivos que aparecem sob a forma de padrões, regras e formas de agir, criadas por meio da experiência de relacionamentos anteriores, obtidas no decorrer da vida, entretanto, são condicionados e estão fortemente ligadas a um nível mais profundo de cognição, as chamadas crenças nucleares (MOURA et al., 2018).
As crenças nucleares ou centrais, são ideias e conceitos enraizados, muitas vezes considerados verdades absolutas, ou seja, independentemente das circunstâncias, o pensamento não muda, e assim como nas crenças intermediárias, são desenvolvidas por meio de experiências, porém, mais especificamente na infância e acabam sendo fortalecidas conforme o indivíduo vai ficando mais velho (MOURA et al., 2018). Vale ressaltar que, existem aquelas crenças bem ajustadas, que permitem ao indivíduo obter percepções realistas da situação, em contraposto, às crenças mal ajustadas, propiciam avaliações inadequadas ou ineficazes, levando o sujeito a distorções da realidade e acarretando muitas vezes em transtornos psicológicos (MACHADO, 2022).
O processo de cura neste caso, onde as crenças nucleares são disfuncionais e estão cristalizadas, tende a ser muito dificultoso. Assim, para corrigir tais crenças é essencial que o terapeuta desenvolva as competências necessárias para realização de sessões efetivas, combinando seus conhecimentos, habilidades e atitudes de forma produtiva em prol da recuperação do paciente (SCOTTON et al., 2021).
4.5 ESTRATÉGIAS CLÁSSICAS DA TCC UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO TAG
A Terapia Cognitivo Comportamental, é uma grande aliada no tratamento contra os transtornos de ansiedade e dependendo do estado clínico, pode ou não, ser necessário o uso de medicamentos. O mais indicado seria a combinação de ambos os métodos, a fim de obter os melhores resultados. Portanto, é imprescindível a realização da anamnese para analisar quais serão as ferramentas mais focadas e eficazes para cada indivíduo e sua demanda (PINHEIRO, 2022).
A anamnese é uma excelente oportunidade para aprender sobre a história de vida do paciente e identificar o possível momento de início e duração de um transtorno, os sintomas fisiológicos, cognitivos e comportamentais e se faz uso de medicações, assim como, seu histórico de relacionamento afetivo, social, sexual entre outros (CAMPOS et al., 2021).
Por ser uma abordagem focada em identificar e corrigir as distorções cognitivas, é oportuno realizar atendimentos psicoeducativos, esclarecendo ao indivíduo, como compreender os sintomas e sensações que ocorrem em seu corpo (PINHEIRO, 2022).
Na Terapia Cognitivo Comportamental, a Psicoeducação é fundamental, a fim de esclarecer as informações essenciais sobre a funcionalidade da TCC, sendo uma estratégia educativa, que oportuniza a assimilação dos conceitos fundamentais desta abordagem (SILVA et al., 2019).
Inclusive, viabiliza a demonstração das formas de tratamento e medicamentos que podem ser utilizados, garantindo tempo para ensinar como o paciente conseguirá tornar seus pensamentos disfuncionais, em pensamentos mais adaptativos de forma autônoma, tornando-se seu próprio terapeuta (CAMPOS et al., 2021).
Para alcançar bons resultados, será indispensável o esforço em conjunto entre os envolvidos no processo, na busca de resultados similares, de um lado, o terapeuta deve estar disposto a compreender o máximo possível da totalidade do seu paciente, e por sua vez, o próprio paciente, tem a responsabilidade de efetuar e treinar as técnicas e estratégias proposta por seu terapeuta durante a psicoterapia (PINHEIRO, 2022).
Existe uma variedade de técnicas que são utilizadas no tratamento da ansiedade, ou em transtornos de ansiedade como o TAG, como exemplo é possível citar a Reestruturação Cognitiva, Manejo do Estresse e Relaxamento e a Programação de Tarefas de Casa. Na Reestruturação Cognitiva, o objetivo é tornar as crenças e pensamentos e disfuncionais em adaptativos, separando o real do imaginário. Assim, será necessário realizar questionamentos e identificar quais pensamentos estão ligados à ansiedade patológica. O mais utilizado é o Questionamento Socrático, que possibilita levar o paciente a desenvolver uma compreensão mais realista do pensamento distorcido (CAMPOS et al., 2021).
Já o Registro de Pensamentos Disfuncionais, tem como finalidade, identificar os pensamentos automáticos que surgem durante determinada situação, em que o indivíduo percebeu em si mesmo, emoções e comportamentos disfuncionais. Assim, é possível fazer um monitoramento, e mais tarde, interpretar de maneira mais lógica sobre o ocorrido, isto, dará a oportunidade para o terapeuta esclarecer ao paciente como seus pensamentos influenciaram seus sentimentos e ações (SILVA et al., 2019).
E por fim, a Descatastrofização, onde é proposto para o paciente analisar prováveis consequências, tendo em vista, as evidências a favor e contra para que de fato ocorra tal situação, a partir daí, cria-se um plano de ação para o enfrentamento da mesma (MOURA et al., 2018).
O manejo do estresse e relaxamento, pode ser trabalhado por meio da utilização de exercícios de respiração e técnicas de relaxamento, para que o paciente consiga controlar os sintomas fisiológicos gerados pela ansiedade (CAMPOS et al., 2021).
A respiração de pessoas ansiosas tende a ser acelerada e ofegante, então, o objetivo é ajudar o paciente a alcançar um estado de calma mental e física por meio da liberação de tensão. Os Relaxamentos podem ser alcançados de várias formas, como: diafragmático, muscular, visual e meditativo (MOURA et al., 2018).
A Higiene do Sono, de modo geral, envolve tornar a rotina do paciente mais saudável, como realizar exercícios físicos nas horas corretas, alimentar-se de forma mais nutritiva, e evitar o uso de drogas ou substâncias que contêm cafeína, e sempre, padronizar horários para dormir e levantar, usando o quarto somente para dormir ou em ocasiões de atividade sexual (MOURA et al., 2018).
E o Manejo do Tempo, depende que o sujeito aprenda a definir quais atividades deverão ser prioritárias durante seu dia, para conseguir controlar seu tempo, isto dará a sensação de domínio sobre suas funções cotidianas, reduzindo a ansiedade (SILVA et al., 2019).
A programação de Tarefas de Casa, abrange reproduzir as técnicas aprendidas nas sessões, com o objetivo de impulsionar as oportunidades do paciente, de modificar seus pensamentos e comportamentos durante os intervalos de cada sessão (SILVA et al., 2019).
É importante ressaltar que, a terapia costuma ser finalizada somente após a confirmação da redução dos sintomas de forma significativa, tal qual, a frequência de recaídas (CAMPOS et al., 2021).
4.6 FÁRMACOS UTILIZADOS EM PACIENTES COM TAG
Visto que, indivíduos com TAG têm maior probabilidade para o desenvolvimento de comorbidades, o uso de medicamentos em conjunto com o processo terapêutico costuma ser o mais indicado. Portanto, em casos mais graves, quando não há uma resposta adequada do paciente somente com a terapia, torna-se imprescindível sua utilização. Sendo os ansiolíticos ou antidepressivos frequentemente empregados (SANTOS, 2020).
Segundo Lopes et al., (2021), os medicamentos mais usados atualmente fazem parte da “classe de inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) e inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina (IRSN). Os antidepressivos atípicos também podem ser utilizados [..]” (LOPES et al., 2022, p. 5).
O tratamento somente com os benzodiazepínicos foi por muito tempo considerado a primeira opção para o tratamento do TAG, conduto, seu aproveitamento atual está vinculado a sua capacidade de redução dos sintomas físicos com efeito quase imediato, assim, em casos onde existe a necessidade de diminuição urgente dos sintomas, o tratamento a curto prazo com benzodiazepínicos continua sendo o mais indicado. E por fim, em casos específicos, antipsicóticos podem ser utilizados, mas os efeitos adversos principalmente a longo prazo, e a necessidade de maiores estudos sobre sua eficácia limitam sua utilização (SANTOS, 2020).
Ainda assim, é preciso estar atento aos inúmeros efeitos colaterais derivados do uso inadequado e sem acompanhamento dos fármacos. No caso dos benzodiazepínicos, pacientes com histórico de abuso de drogas ou alcoolismo, devem evitar seu uso, considerando a grande possibilidade de desenvolver dependência do medicamento (LOPES et al., 2022).
Ainda sobre as reações mais relatadas sobre o uso de medicamentos ISRS é possível observar reações como:
[…] boca seca, náusea, constipação, diminuição do apetite, sonolência e hiperidrose, que ocorreram principalmente nos estágios iniciais e desapareceram após as primeiras semanas de tratamento. Na terapia de longo prazo, com uso por cerca de 6 meses a 1 ano, os efeitos adversos emergentes do tratamento que foram frequentemente observados em pacientes adultos incluem: visão turva, palpitações, ganho ou perda de peso, vertigem, calafrios e prurido (LOPES et al., 2022, p. 6).
Portanto, o paciente deve obter um acompanhamento contínuo durante o uso da medicação. Assim, o terapeuta é peça fundamental para orientar sobre os benefícios, riscos e sintomas que podem surgir durante o uso do fármaco, reduzindo os riscos de não adesão do paciente, garantindo a eficácia e manutenção do tratamento (SANTOS, 2020).
4.7 DIFERENTES ONDAS DA TERAPIA COGNITIVA E COMPORTAMENTAL
A Terapia Cognitivo Comportamental, tem em sua base, inúmeras técnicas bem desenvolvidas e com sua eficácia comprovada, entretanto, com o intuito de aprimorar ainda mais os resultados obtidos, com o tempo, novas formas de tratamento são inseridas, combinadas e testadas com a TCC clássica. Este fenômeno de desenvolvimento dentro das abordagens cognitivas comportamentais, foi chamado de “ondas”, e melhor compreendidas como um conjunto de intervenções e abordagens teóricas, que formam modelos integrativos, e seguem a lógica da teoria clássica (ARAÚJO et al., 2020).
Na primeira onda, encontrasse puramente os modelos comportamentais com foco na análise do comportamento, com seu início durante o século XX até a década de 1960. Neste período, a terapia utilizava principalmente as técnicas provenientes do behaviorismo, estudando as relações entre estímulo, resposta e consequência, além de, ser baseada nos princípios de aprendizagem. Seu principal objetivo era modificar o comportamento através de métodos estabelecidos nos princípios de condicionamento clássico e operante (AZEVEDO et al., 2022).
Já na segunda onda, com contribuições relevantes de Aaron Beck e Albert Ellis entre outros, fica evidente o enfoque dado nas modificações dos pensamentos disfuncionais que provocam o sofrimento psíquico. Por meios de técnicas cognitivas comportamentais até então desenvolvidas, a terapia tinha como premissa a reestruturação cognitiva por meio da modificação de crenças consideradas problemáticas, a fim de alterar o comportamento e as emoções (AZEVEDO et al., 2022).
Sendo assim, por volta de 1990, com a constante busca para entender o ser humano e aprimorar as intervenções terapêuticas, surge uma nova geração da TCC, ou terceira onda. Dentre os modelos emergentes e integrativos de intervenção, podem ser utilizados no combate ao TAG terapias como o Mindfulness, a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), Terapia Focada na Compaixão (TFC), Terapia Metacognitiva (TMC), entre outras (ARAUJO et al., 2020).
4.8 CONTRIBUIÇÕES DA TERCEIRA ONDA DA TCC PARA O TRATAMENTO DO TAG
4.8.1 Mindfulness
Pacientes com transtornos de ansiedade, costumam afastar sua atenção do momento atual, e conforme suas preocupações com momentos futuros são desencadeadas, ocorre o aumento do sofrimento. Por ser uma terapia baseada em práticas meditativas, o Mindfulness tem como objetivo principal, o controle de atenção e caracteriza-se por levar o paciente a focar no momento presente e estar atento aos seus processos corporais, sensações, pensamentos e sentimentos. Os sintomas da ansiedade costumam diminuir conforme o paciente treina a técnica, e consegue melhorar sua capacidade atencional (VIZEU & FERRAZ, 2019).
Variados materiais científicos têm enfatizado os benefícios da Terapia Cognitivo Comportamental em conjunto com a técnica de Mindfulness, pois, esta ferramenta auxilia o paciente a lidar de forma mais eficiente em situações estressoras do seu cotidiano e contribuir para a diminuição da incidência de novos transtornos psicológicos, tais benefícios fazem dela, uma das ferramentas mais utilizadas e estuda desta geração (THOMAZ & BENEVENUTI, 2022).
Ao passo que, o indivíduo permanece mais calmo e menos agitado, tende a aceitar melhor o cenário em que está envolvido. Por meio da atenção prolongada e específica, o mesmo é ensinado a se concentrar totalmente no momento atual e sem julgamentos, para não se deixar levar por questões do passado ou do seu futuro (THOMAZ & BENEVENUTI, 2022).
Conforme o indivíduo fica envolvido com sua rotina que muitas vezes precisa ser altamente produtiva, seus pensamentos terão maiores chances de serem dispersos e não focados no aqui e agora, acarretando na perda do contato com o momento atual. Com a utilização desta prática, o paciente desenvolverá a habilidade de organizar seus conteúdos mentais e ter maior consciência da realidade em que está inserido (VIZEU & FERRAZ, 2019).
Assim, os resultados positivos envolvendo aspectos emocionais, cognitivos e físicos, tornam-se comuns com a manutenção das práticas meditativas aprendidas através da mindfulness, mesmo após o término da terapia. Os pacientes também relatam um aumento da consciência do seu próprio humor, o que, facilita a percepção antecipada de uma possível desestabilização emocional, que poderia afetar de forma automática e negativa seus pensamentos (THOMAZ & BENEVENUTI, 2022).
Portanto, o mindfulness permite que os indivíduos consigam ser menos reativos em determinadas situações. Todavia, sua capacidade de atenção plena, também será aumentada perante experiências positivas, diminuindo o sofrimento, e potencializando o bem-estar. É interessante destacar que a mindfulness pode ser realizada de duas maneiras: formal e informal (VIZEU & FERRAZ, 2019).
Na prática formal ela possibilita alcançar níveis mais profundos de atenção, e pode ser obtida, por exemplo, no ambiente de terapia, através de técnicas como a Meditação de Respiração, sendo uma das mais utilizadas, onde o paciente deve manter uma postura ereta e relaxada, voltando sua percepção para os efeitos da respiração no corpo para acalmar seus pensamentos. A segunda forma, consiste em aplicar o mindfulness durante a vida cotidiana, fazendo uso de qualquer situação que seja possível, como exemplo, durante as refeições, o indivíduo pode direcionar sua atenção para os estímulos sensoriais, sua respiração e sensações corporais que a atividade está proporcionando (VIZEU & FERRAZ, 2019).
4.8.2 Terapia de Aceitação e Compromisso
Um dos conceitos principais em que a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é baseada, sugere que a mente humana de maneira espontânea, induz o sujeito ao sofrimento, sendo uma consequência inevitável durante a vida, independentemente do contexto em que está envolvido (ALMEIDA et al., 2022)
Todavia, a Terapia de Aceitação e Compromisso, visa ensinar ao paciente a importância de manter o contato com o momento presente, por meio da aceitação de emoções e pensamentos problemáticos, principalmente os que não necessariamente precisam de alguma defesa ou controle. O objetivo é ajudar o indivíduo a tomar decisões mais assertivas e adaptadas, possibilitando uma melhor resposta a situações desagradáveis, por meio do distanciamento de crenças rígidas. Este processo de afastamento de pensamento é chamado de Desfusão Cognitiva (ARAÚJO et al., 2020).
Ao tentar controlar suas emoções e pensamentos indesejados ou desagradáveis, automaticamente o paciente tentará não pensar e não sentir, causando um efeito contrário ao seu objetivo, maximizando exatamente o que deveria evitar (ALMEIDA et al., 2022).
Por isto, ao aceitar a ansiedade, o paciente estará mais suscetível para conseguir lidar de forma mais adaptativa perante suas emoções, pensamentos, sensações físicas e imagens mentais. Ademais, será necessário mostrar ao paciente, que ao tentar controlar ou lutar contra a ansiedade, acaba influenciando na permanência deste estado mental, interferindo no seu bom funcionamento psíquico. Para isto, será necessário esclarecer quais são os valores do paciente, a fim de gerar o questionamento do que realmente importa para o indivíduo, a fim de, alinhar seus maiores desejos com seu comprometimento, o indivíduo deve refletir sobre o rumo que deseja tomar em sua vida (ARAÚJO et al., 2020).
Sendo assim, durante a Terapia de Aceitação e Compromisso o sujeito será levado a mudar sua relação com a ansiedade, diminuindo a utilização da esquiva experiencial frente a situações ansiogênicas, pois, o alívio repentino que este comportamento pode causar, tende a servir como um reforço negativo, impulsionando a repetição do mesmo, o que consequentemente, afetará de forma prejudicial outras áreas importantes de sua vida (ALMEIDA et al., 2022).
4.8.3 Terapia Focada na Compaixão
Desenvolvida na Inglaterra pelo professor Paul Gilbert, a terapia focada na compaixão (TFC), tem como objetivo principal, diminuir o sentimento de vergonha através da autocompaixão. Ela integra principalmente conceitos evolutivos de sistemas de autorregulação e propõem a elaboração de um processo de suporte interno, que possa anteceder a compreensão dos conteúdos internos aflitivos (ALMEIDA & NEUFELD, 2022).
O conceito evolutivo diz que as motivações são guiadas por emoções. Estas emoções surgem por meio de três sistemas reguladores: o sistema de ameaça, que envolve a defesa e proteção, o sistema de ativação, que pode ser descrito como a busca de recursos e incentivos e por fim, o sistema calmante, envolvendo questões de segurança, cuidado e satisfação. Sendo assim, a TFC age diretamente na capacidade de alcançar a calma a fim de regular o sistema de ameaça (ALMEIDA et al., 2021).
Além disto, esta abordagem traz consigo, a ideia de que o autocriticismo influencia diretamente no aumento do sentimento de vergonha, e assim, dificulta ainda mais a melhora de psicopatologias como transtornos depressivos e de ansiedade, entre outros. O autocriticismo, se desenvolve por meio de memórias do indivíduo, depois de acontecimentos ameaçadores, onde ficou exposto à hostilidades e abusos. Ademais, é definido como uma resposta estratégica adaptativa, vinculada ao sentimento de vergonha, perseguição, rejeição ou derrota (ALMEIDA et al., 2021).
Todavia, o autocriticismo costuma causar pensamentos negativos que afetam diretamente as emoções, dificultando ainda mais a obtenção da calma. Desta forma a terapia focada na compaixão, utiliza técnicas que impulsionam atitudes de auto bondade. Espera-se que o paciente consiga ser mais compreensivo consigo mesmo, e tenha a capacidade de se adequar de maneira mais assertiva ao enfrentar ameaças. Sentir-se aceito, cuidado e pertencente a outros é imprescindível para a efetividade desta abordagem, pois, o afeto positivo é capaz de estimular a produção de neuro hormônios como endorfina e ocitocina, propiciando a sensação de calma. A autocompaixão também está ligada a diminuição de ruminações, medo do fracasso e perfeccionismo (ALMEIDA & NEUFELD, 2022).
4.8.4 Terapia Metacognitiva
Para um melhor entendimento desta terapia, é necessário que o conceito de metacognição esteja bem elucidado, assim, este termo refere-se a compreensão que um indivíduo tem, diante dos seus próprios processos cognitivos, ou seja, é a capacidade de pensar sobre os próprios pensamentos e ações. Além do mais, envolve a habilidade de monitoramento, por meio de análise e reflexão, para certificar se os processos estão ocorrendo de maneira benéfica, impulsionando o paciente aos seus objetivos. E por fim, a regulação metacognitiva, trata-se do domínio da atividade cognitiva atual (ALEIXO et al., 2022).
Com ampla divulgação durante os anos 2000, o foco da terapia metacognitiva (TMC), desenvolvida por Adrian Welles, envolve trabalhar na diminuição do padrão de pensamentos ruminativos e negativos que são responsáveis pela maior parte dos transtornos psicológicos, incluindo o Transtorno de Ansiedade Generalizada. Este padrão foi denominado como Síndrome Cognitiva Atencional. Esta abordagem, sugere que tentar controlar este processo, traga maiores benefícios do que, apenas tentar reprimi-los (AZEVEDO et al., 2022).
A terapia metacognitiva sugere que a preocupação, ruminação e pensamentos de catastrofização, estão estritamente ligados a baixa autoconsciência cognitiva e a falta de controle de pensamentos devido a crenças negativas. Ou seja, indivíduos que apresentam este quadro, têm maiores dificuldade de refletir sobre suas vivências, acarretando em percepções disfuncionais e emoções negativas, causando sentimento de descontrole, favorecendo o surgimento da ansiedade (ALEIXO et al., 2022).
Assim, o terapeuta não irá focar especificamente no conteúdo do pensamento, mas sim, na maneira como o paciente se relaciona com o mesmo (metacognição). Ou seja, será necessário que, durante as sessões, ocorra a utilização de estratégias que possam ajudar o paciente a regular suas preocupações, como o monitoramento de atenção externa, proibição de ruminação e preocupação, Mindfulness e modificação de crenças (ARAÚJO et al., 2020).
4.8.5 Modelo Transdiagnóstico
Como foi possível observar no decorrer deste artigo, nas últimas décadas, a terapia cognitivo-comportamental continua a ser atualizada e amplamente testada, e por isso, é considerada a primeira linha de enfrentamento para muitos tipos de trastornos psíquicos. Entretanto, em decorrência disso, surgiram novas discussões com relação ao grande surgimento de novos protocolos de tratamento, particulares para cada distúrbio. Este fato, propiciou o surgimento de um novo tipo de processo intervencionista, denominado de Terapia Cognitivo-comportamental Trans Diagnóstica (ALMEIDA & MARINHO, 2021).
Outro fator que possibilitou esta discussão e naturalmente o desenvolvimento de novas abordagens, são as constantes dúvidas geradas pela conceituação taxonômica proposta pelo ocidente, baseado em diagnósticos sindrômicos. Apesar das melhorias obtidas através de manuais como o DSM-V e seus antecessores, a sua utilidade terapêutica habilita possibilidades de haver pessoas que não se enquadram, ou não cumprem o número determinado de critérios para serem consideradas portadoras da doença e ainda assim, precisam receber ajuda profissional (CÂNDIDO & FERREIRA, 2022).
Ainda sobre este tema, ao levar em conta que as pessoas têm comportamentos diferentes, pois sofrem influência direta do local onde vivem e a cultura na qual estão inseridas, sua construção da moral e seus valores também são afetados. Assim, as classificações do que é patológico ou saudável, pode não estar de acordo com as normas ocidentais que dão maior relevância para a experiência emocional particular e a expressão verbal de emoções (CÂNDIDO & FERREIRA, 2022).
Neste emergente modelo de tratamento, é proposto o foco nos processos universais encontrados na maioria dos transtornos, para serem utilizados em múltiplos casos, desta forma, possibilitar o emprego de procedimentos capazes de lidar com diferentes comorbidades e com isto, diminuir o gasto financeiro e temporal gasto pelo terapeuta (ALMEIDA & MARINHO, 2021).
Ou seja, o principal argumento para a utilização deste modelo, é que os princípios teóricos encontrados em diferentes protocolos, são semelhantes e dividem as mesmas bases de conhecimento, além de ter sua aplicabilidade no processo terapêutico de forma parecida. Esta abordagem é considerada promissora, principalmente na saúde primaria, aonde à pouco tempo e recursos para um diagnóstico diferencial (ALMEIDA & MARINHO, 2021).
5 CONCLUSÃO
O estudo realizado, evidenciou que a Terapia Cognitivo Comportamental é uma forma eficaz de tratamento em casos de pacientes acometidos pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada. Assim, sua aplicabilidade pode ser potencializada por meio de terapeutas competentes que conseguem desenvolver um bom vínculo com seus pacientes e estão sempre em busca do aprimoramento profissional, ficando aptos para a utilização de novas abordagens de terceira onda.
Terapias de terceira onda ou geração, como o modelo Mindfulness, Terapia de Aceitação e Compromisso, Terapia Focada na Compaixão e a Terapia Metacognitiva, demonstram grandes resultados para lidar com sintomas ansiosos, contribuindo diretamente para a melhora clínica dos indivíduos. Porém, ao fazer uso destas novas abordagens psicoterápicas, é recomendado integrá-las com a TCC clássica, a fim de alcançar resultados melhores e mais prolongados.
É importante salientar que existem inúmeras abordagens que podem ser consideradas de terceira onda, porém, durante o desenvolvimento deste artigo, não houve a pretensão de evidenciá-las todas. Apenas abordagens com maiores incidências durante a pesquisa foram expostas.
Ainda, é de extrema importância que no futuro, novas investigações sejam realizadas, principalmente dentro do contexto brasileiro, pois, existem poucas publicações disponíveis sobre o tema abordado no idioma nacional. Continuar expandido essa área de conhecimento poderá ajudar a municiar terapeutas, melhorando a qualidade de seus atendimentos com pacientes diagnosticados com TAG e assim, possibilitar um atendimento mais eficaz e individualizado.
REFERÊNCIAS
ALEIXO, R.; BESSA, R. J.; & ABREU, N. Construção e Validação da Escala de Metacognição de Pensamentos e Sentimentos. Revista Iberoamericana de Diagnóstico y Evaluación – e Avaliação Psicológica. RIDEP, Nº64, Vol.3, 71-80, 2022. Disponível em: https://www.aidep.org/sites/default/files/2022-07/RIDEP64-Art6.pdf. Acesso em: 23 out. 2022.
ALMEIDA, D.; & MARINHO, G. Terapia Cognitivo-Comportamental Transdiagnóstica: uma Revisão da Literatura. Revista Psicologia, Saúde & Doenças, Vol. 22, Nº. 3, 979-990, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.15309/21psd220317. Acesso em: 20 out. 2022.
ALMEIDA, N. O.; & NEUFELD, C. B. (2022). Terapia Focada na Compaixão para pessoas com obesidade: um estudo de viabilidade. Rev. Bras. Psicoter. (Online), 24(01), 139–158, 2022. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1371685. Acesso em: 21 out. 2022.
ALMEIDA, N. O.; REBESSI, I. P.; SZUPSZYNSKI, K. P. D. R.; & NEUFELD, C. B. Uma intervenção de Terapia Focada na Compaixão em grupos online no contexto da pandemia por COVID-19. Psico (Porto Alegre), 52(3): 41526, 2021. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1348057. Acesso em: 20 out. 2022.
ALMEIDA, R. B. DE, DEMENECH, L. M., SOUSA-FILHO, P. G. DE, & NEIVA-SILVA, L. ACT em Grupo para Manejo de Ansiedade entre Universitários: Ensaio Clínico Randomizado. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 42, e235684, 1-17, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/yGxLsnhGbypt6m93Bvs4Vzy/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 22 out. 2022.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais- DSM 5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ARAUJO, A. T.; CÔRREA, A. S.; GREBOT, I. B. F.; & SOUZA, W. C. Tratamento do TAG nas terapias cognitivas de terceira geração. Rev. Bras. Psicoter. (Online), 22(2), 39–54, 2020. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1224603. Acesso em: 22 out. 2022.
AZEVEDO, M. L.; BORTOLATTO, M. O.; BIZARRO, L.; & LOPES, F. Terapias comportamentais e cognitivas: ondas do mesmo mar ou praias diferentes? Revista Psicologia Em Pesquisa, 16(2), 1–23, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.34019/1982-1247.2022.v16.30871. Acesso em: 21 out. 2022.
CÂNDIDO, G. V.; & FERREIRA, T. A. S. Terapia Analítico-Comportamental: reflexões sobre a sistematização de uma prática. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamiento, 30(1), 139–157, 2022. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/2745/274570459007/html/. Acesso em: 20 out. 2022.
CORDEIRO, A. M.; OLIVEIRA, G. M.; RENTERÍA, J. M.; & GUIMARÃES, C. A. Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Revista Do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 34(6), 428–431, 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/s0100-69912007000600012. Acesso em: 21 out. 2022.
COSTA, C. O.; BRANCO, J. C.; VIEIRA, I. S.; SOUZA, L. D. M.; & SILVA, R. A. Prevalência de ansiedade e fatores associados em adultos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 68(2), 92–100, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0047-2085000000232. Acesso em: 29 out. 2022.
CRESWELL, J. W. Projeto de Pesquisa: Métodos Qualitativo, Quantitativo e Misto. Tradução Magda Lopes. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 296 p., 2010.
HIANY, N.; VIEIRA, M. A.; GUSMÃO, R. O. M.; & BARBOSA, S. F. Perfil Epidemiológico dos Transtornos Mentais na População Adulta no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual in Derme, 86(24), 2020. Disponível em: http://revistaenfermagematual.com/arquivos/ED_86_REVISTA_24/42.pdf. Acesso em: 22 out. 2022.
LOPES, A. B.; SOUZA, L. L.; CAMACHO, L. F.; NOGUEIRA, S. F.; VASCONCELOS, A. C. M. C.; PAULA, L. T.; SANTOS, M. O.; ATAVILA, F. P.; CEBARRO, G. F.; & FERNANDES, R. W. B. Transtorno de ansiedade generalizada: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Científico, 35, e8773, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.25248/reac.e8773.2021. Acesso em: 27 out. 2022.
MACHADO, E. B. Terapia Cognitivo Comportamental como auxilio terapêutico para pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada. Psicólogo InFormação, 24(24), 119–128, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.15603/2176-0969/pi.v24n24p119-128. Acesso em: 25 out. 2022.
MINAYO, M. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde (1st ed.). Hucitec, 2014.
MONTEIRO CAMPOS, L. A.; AMORIM, G. M.; LOPES, J. S. M.; & DA SILVA, J. C. T. Ansiedade Social: o que a boca não fala o corpo sente. RECIMA21 – Revista Científica Multidisciplinar – ISSN 2675-6218, 2(3), 183–197, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.47820/recima21.v2i3.159. Acesso em: 25 out. 2022.
MOURA, I. M.; ROCHA, V. H. C.; BERGAMINI, G. B.; SAMUELSSON, E.; JONER, C.; SCHNEIDER, L. F.; & MENZ, P. R. A terapia cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Revista Científica Da Faculdade de Educação E Meio Ambiente, 9(1), 423–441, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.31072/rcf.v9i1.557. Acesso em: 27 out. 2022.
OLIVEIRA, M. S. S. O uso da atenção plena como auxílio no tratamento de pensamentos automáticos que levam a depressão na adolescência. Brazilian Journal of Development, 8(6), 46109–46121, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv8n6-229. Acesso em: 22 out. 2022.
PINHEIRO, J. D. Transtorno de Pânico e Ansiedade: Condições Multifatoriais. Research, Society and Development, 11(7), e49011730122, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30122. Acesso em: 28 out. 2022.
SANTOS, U. C. L.; LIMA, A. C. S.; MACEDO, J. N.; & BIAZUSSI, H. M. Vulnerabilidade Psicológica e Transtorno de Ansiedade Generalizada: do Diagnóstico ao Tratamento de Ansiedade Generalizada. Facit Business and Technology Journal, 2(16), 2020. Disponível em: http://revistas.faculdadefacit.edu.br/index.php/JNT/article/view/606/456. Acesso em: 26 out. 2022.
SCOTTON, I. L.; BARLETTA, J. B.; & NEUFELD, C. B. Competências Essenciais ao Terapeuta Cognitivo-Comportamental. Psico-USF, 26(1), 141–152, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-82712021260112. Acesso em: 28 out. 2022.
SILVA, L. M.; SILVA, A. N.; & MEDINA, M. L. N. P. A Contribuição da Terapia Cognitivo-Comportamental no Controle da Ansiedade em Concursandos. Revista Cearense de Psicologia, 01(01), 2019. Disponível em: http://periodicos.uniateneu.edu.br/index.php/revista-cearense-de-psicologia/article/view/19. Acesso em: 29 out. 2022.
THOMAZ, M.; & BENEVENUTI, J. Mindfulness como um Recurso em Terapia Cognitivo Comportamental para o Tratamento de Pacientes com Diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada. Revista UNIFEBE: Edição Saúde e Bem-estar, v. 1, n. 26, 2022. Disponível em: https://www5.unifebe.edu.br/RevistaUnifebe/RevistaBemEstar/9.%20TCC%20-%20MILENA%20THOMAZ%203.pdf. Acesso em: 29 out. 2022.
VIZEU, M. T.; & FERRAZ, T. C. P. Mindfulness e sua Contribuição para a Clínica da Ansiedade. Cadernos de Psicologia, 1(1), 2019. Disponível em: https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cadernospsicologia/article/view/1983. Acesso em: 27 out. 2022.
VOSGERAU, D. S. A. R.; ROMANOWSKI, J. P. (2014). Estudos de revisão: implicações conceituais e metodológicas. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 14, n. 41, p. 165-189, jan./abr. 2014. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/de/v14n41/v14n41a09.pdf. Acesso em: 29 out. 2022.
1Graduado em Psicologia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC em 2022,
2Graduado em Psicologia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC em 2017, Especialização em Docência do Ensino Superior e EJA, Especialização em Psicologia Clínica, Especialização em AEE e Educação Inclusiva, Especialização em Psicologia Comportamental e Cognitiva, Especialização em Psicologia Social, Especialização em Psicologia Jurídica e Avaliação Psicológica, Especialização em Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico, Especialização em Psicologia Hospitalar, Especialização em Saúde Mental, Especialização em Neuropsicologia Clínica, Especialização em Psicologia Analítica e Mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC.