GESTÃO ESG: A CORRELAÇÃO COM A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ESG MANAGEMENT: CORRELATION WITH PRODUCTION ENGINEERING

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10042032


Pâmela Machado Romano
Luana Cristina Pozzati
Eder Pedro Silva
Camila Petruco Castilho
Luiz Garcia¹


RESUMO

Este trabalho explora a relação entre a Gestão ESG (Ambiental, Social e Governança) e a Engenharia de Produção, analisando como as práticas ESG podem ser integradas de forma sinérgica na gestão de processos industriais. A Gestão ESG, uma abordagem cada vez mais relevante para a sustentabilidade corporativa, busca promover a responsabilidade social, a redução de impactos ambientais e a transparência na governança empresarial. A Engenharia de Produção, por sua vez, foca na eficiência operacional e no aprimoramento de processos produtivos.
Neste contexto, o estudo investiga como a adoção de métricas ESG, políticas de sustentabilidade e estratégias de governança corporativa podem ser aplicadas de forma estratégica na Engenharia de Produção. A pesquisa inclui revisão de literatura, destacando os benefícios que essa correlação pode proporcionar, como a redução de custos, a mitigação de riscos e o fortalecimento da reputação corporativa. Finalmente, evidencia-se que a Gestão ESG não apenas complementa a Engenharia de Produção, mas também pode ser uma alavanca para a inovação sustentável e a competitividade a longo prazo das organizações industriais. A pesquisa visa fornecer insights práticos e orientações para empresas e profissionais que buscam alinhar seus objetivos ESG com as estratégias de produção, contribuindo para um modelo de negócios mais responsável e resiliente no contexto atual.

Palavras-chave: ESG, Engenharia de Produção, Gestão, Governança.

Abstract

This study explores the relationship between ESG (Environmental, Social, and Governance) Management and Production Engineering, analyzing how ESG practices can be synergistically integrated into industrial process management. ESG Management, an increasingly relevant approach to corporate sustainability, seeks to promote social responsibility, reduce environmental impacts, and enhance corporate governance transparency. Production Engineering, on the other hand, focuses on operational efficiency and the improvement of production processes. In this context, the study investigates how the adoption of ESG metrics, sustainability policies, and corporate governance strategies can be strategically applied in Production Engineering. The research includes a literature review, highlighting the benefits that this correlation can provide, such as cost reduction, risk mitigation, and the strengthening of corporate reputation. Finally, it is evident that ESG Management not only complements Production Engineering but can also serve as a lever for sustainable innovation and long-term competitiveness in industrial organizations. The research aims to provide practical insights and guidance for companies and professionals looking to align their ESG goals with production strategies, contributing to a more responsible and resilient business model in the current context.

Keywords: ESG, Production Engineering, Management, Governance.

1. INTRODUÇÃO

Em um mundo globalizado em que o contexto se insere em desenvolvimento de tecnologias e a participação mútua de veículos de comunicação, o papel do engenheiro de produção na contextualização atual se desdobrar em não apenas gerenciar a cadeia produtiva, mas o gerenciamento do processo contemplando a destinação final do produto. Com a incorporação das preocupações com as questões ambientais e sociais que possam afetar as gerações futuras, as organizações vem cada vez mais assumindo as responsabilidades pelo impacto gerado de seus negócios.

Os fatores de liquidez da vida moderna e a fragmentação de inúmeros conceitos específicos e o saber, fatores esses que vão de encontro com o pensador Edgar Morim (2000) demonstra a complexidade da fala do universo com os sistemas, e a da importância de a totalidade ser agregada aos seus elementos, assim como das partes estarem no todo, se correlacionando mutuamente.

Com essa visão e caminhando neste cenário, todos os tipos de indagações, inquietudes, dúvidas e (in)conclusões se colocaram como cerne do pensamento intelectual para a elaboração do artigo. Em pleno século XXI, não cabe mais a ideia simplista de que somente o capital produzido é que pode sustentar uma organização. Neste momento, a comunicação organizacional encontra seu devido lugar, mostrando aspectos que subsidiam decisões importantes para o crescimento das instituições. Desenvolvido pelo sociólogo inglês John Elkington (2001), o conceito do tripé da sustentabilidade ou de forma original “TripleBottomLine”, elenca os conceitos de gerenciamento, governança econômica, ambiental e social simultaneamente.

O processo de inovação das práticas corporativas e reestruturação tecnológica influenciam direta e indiretamente diversas camada sociais e demanda conhecimento de muitos profissionais, estando os engenheiros diretamente ligados à remodelagem dos meios de produção, abastecimento energético, gerenciamento de resíduos, liderança de equipes e diversas outras frentes de atuação onde o profissional da engenharia deve portar conhecimentos diretamente aplicáveis como por exemplo, na avaliação e gestão de impactos ambientais, melhorias na eficiência energética e de recursos naturais, segurança no trabalho, desenvolvimento e implantação de tecnologias limpas , além de ética e governança.

Organizações que incorporam práticas ESG têm maior chance de obter um desempenho financeiro robusto, pois a gestão responsável de questões ambientais, sociais e de governança resulta na redução de custos operacionais, aumento da eficiência e fortalecimento da confiança dos stakeholders (SAEIDI et al, 2015).

Assim, cada vez mais, o compromisso de qualquer organização é encontrar a ferramenta certa que vai além da eficiência operacional, mas é preciso considerar critérios sociais, ambientais e de governança em seus negócios, quer para análise de riscos ou para melhoria de performance.

1.1. JUSTIFICATIVA

A sociedade global vem dando maior atenção para as consequências de seus esforços econômicos ao encarar os resultados das mudanças climáticas, má distribuição de renda, marginalização social e crimes corporativos dentre outros. As repostas a esses danos passam a vir de diversas direções pelas iniciativas sociais, empresariais e governamentais ao redor do mundo (EXAME,2023).

Com a divulgação dos Objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) em 2015 pela ONU, a forma como as atividades econômicas são desenhadas passaram a ser mais questionadas pelo mundo.

O Engenheiro de produção, tem na cadeia atividade de suas responsabilidades a incumbência de pensar na destinação final da sua produção, além dos impactos sociais e governamentais que o produto/processo ou serviço gera ao mundo, trazendo a correlação desses aspectos em suma avaliação diante do novo propósito das grandes empresas.

Através do desenvolvimento de conhecimento variado, o engenheiro de produção, pode atuar em cargos técnicos ou executivos na implementação e acompanhamento de práticas de ESG, uma vez que as disciplinas cursadas por esse profissional incorporam atividades estimulantes á união e colaboração de disciplinas, integrando as dimensões técnicas, cientificas, econômicas, sociais, ambientais e éticas (ABMES,2019).

1.2. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS)

1.2.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste artigo é discutir a correlação de ESG (Sustentabilidade, social e governança) como um dos papéis do engenheiro de produção. Para isso, o objetivo é apresentar a notória importância da comunicação na gestão da sustentabilidade, dentro das organizações, inseridas na lógica do capital e da sociedade global, buscando tendências do mercado utilizando os métodos de planejamento e gestão.

Sendo assim, este estudo é um recorte da realizada, e a pesquisa se justifica pelos fatos apresentados e pela importância das informações obtidas por meio de diversos estudos e revisão integrativa de literatura.

1.2.2. OBJETIVO ESPECÍFICOS

  • Analisar o estudo do papel do engenheiro de produção na cadeia de desenvolvimento produtivo em ESG;
  • Apresentar os modelos de governança produtiva em ESG como uma estratégia de negócios;

2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2.2. DEFINIÇÃOESG (ENVIROMENTAL,SOCIALANDGOVERNANCE)

O termo sustentabilidade empresarial, ganhou força em 1994, quando o consultor empresarial John Elkington apresentou o conceito do tripé da sustentabilidade. Porém, o tremo origina-se do desenvolvimento sustentável, criado no relatório Ourcommonfuturada Comissão Mundial sobre meio ambiente e Desenvolvimento em 1987 (WCED,1987).

O conceito de sustentabilidade empresarial materializa o desenvolvimento sustentável no contexto empresarial, que compreende, de forma igual os resultados organizacionais econômicos, sociais e ambientais sem afetar as gerações futuras (RAHDARI; ROSTAMY, 2015).

Deste modo, as empresas devem refletir sobre a forma de aplicação do triple bottom line na sua gestão, para um entendimento além das esferas ambiental, social e econômica especificamente. As organizações devem compreender que a sustentabilidade empresarial também envolve a análise de desafios e preocupações das sociedades em cenários locais e globais que precisam ser considerados para a formulação de estratégias e práticas de gestão que podem ter um impacto positivo na sociedade.

A Sustentabilidade Empresarial é um termo compreensivo, que abrange todos os esforços de uma empresa para reduzir seu impacto, sendo um verdadeiro direcionador estratégico da organização e dos seus negócios em prol de um mundo sustentável (NICOLĂESCU; ALPOPI; ZAHARIA, 2015).

A Sustentabilidade Empresarial deve guiar o propósito da organização. Fazer o certo, porque é o correto a se fazer. Uma construção da identidade empresarial em compromissos baseados em valores que permeiem a cultura organizacional da empresa e que considerem os seus stakeholders e as suas implicações na estrutura, gestão, estratégia e tomada de decisões da organização.

A sigla ESG (environmental, social and governance) que representa o trio de medidas de mensuração e divulgação dos impactos ambientais, sociais e de governança das organizações se popularizou de forma exponencial recentemente.

Em 1989, a pauta ambiental começou a ser discutida pelos investidores socialmente responsável, trazendo o discurso para dentro das organizações percebendo assim a importância de reduzir impactos negativos no meio ambiente para não perderem investimentos no mercado financeiro.

Na contextualização atual ESG torna-se um fator primordial nas decisões dentro das organizações. A correlação de trazer os aspectos abordados em ESG para a bolsa de valores e a identidade das empresas , trouxe mais visibilidade a pauta.

As frentes de ESG propõem práticas a serem adotadas pelas empresas que entendem a necessidade direta ou indireta dos respectivos impactos ambientais, saciais e de governança corporativa, como também pelas exigências de seus clientes quanto a origem, modo de produção com quem seus produtos são confeccionados.

Considerando que todo esforço desprendido por uma organização deve estar alinhado de algum modo às suas diretrizes estratégicas e ainda gerar segurança aos acionistas, a frente ambiental destaca-se por permear suas ações a diversas camadas de stakeholders. A imagem publica de uma corporação, a satisfação dos acionistas e a mitigação de eventos adversos relacionados a ESG são ainda mais influenciados pela sustentabilidade. Em resumo um desempenho sólido ambiental, governamental e social traz vantagens competitivas, as quais podem ser alcançadas por meios de abordagens abrangentes considerando as partes interessadas.

A Figura 1 apresentar as abordagens de ESG nas configurações empresariais.

Figura1 – Abordagens em ESG

Fonte: Revista Intragrupo(2022)

A formulação de uma governança corporativa pautada em métricas claras e confiáveis de controle e transparência de resultados é uma grande aliada na manutenção da boa saúde financeira frente a acionistas. Segundo artigo publicado pelo Portal GRI (2023), Uma governança inadequada e uma mentalidade voltada para lucros de curto prazo terão consequências negativas significativas ao longo do tempo, comprometendo a capacidade de uma empresa de gerar valor contínuo para os investidores. É por isso que relatórios abrangentes, confiáveis e transparentes sobre 16 os impactos da sustentabilidade trazem valor tanto para os investidores como para a sociedade, fortalecendo, assim, o sucesso dos negócios.

A Figura 2 apresenta as práticas das três frentes de ESG sendo aplicada no setor privado:

Figura2 – Práticas das vertentes de ESG:

Fonte: START & GO (2022)

O entendimento e a aplicabilidade de critérios ESG pelas empresas brasileiras é, cada vez mais, uma realidade. Atuar de acordo com padrões ESG amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou no exterior. No mundo atual, no qual as empresas são acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders, ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades.

2.3. ENGENHARIA X ESG

A Engenharia de Produção trata do projeto, aperfeiçoamento e implantação de sistemas integrados de pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia para a produção de bens e serviços, de maneira econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais.

Os sistemas produtivos têm o objetivo de suprir as necessidades de consumo da sociedade, avaliando quais bens produzir, e qual a maneira mais econômica e vantajosa para a sociedade. Para solucionar esses questionamentos, entra a Engenharia de produção, com o papel fundamental de analisar as organizações em diversos aspectos.

Para um desdobramento promissor, algumas questões devem ser consideradas na relação da engenharia de Produção com EGS; sendo elas:

  • ESG como indicador de performance organizacional;
  • ESG como tomada de decisão para investimentos;
  • ESG como investimento social e ambientalmente responsável; e
  • ESG como prática nas organizações.

A definição de uma estratégia corporativa, alinhada aos preceitos culturais das empresas apresenta alternativas ao engenheiro para uma gestão assertiva frente aos critérios de ESG.

A Figura 3 apresenta o estudo feito pela CNI com 100 empresas de diversos segmentos, demonstrando em percentual as participações e as integrações dos critérios de ESG na estratégia corporativa.

Figura 3 – Integração dos critérios de ESG na estratégia Corporativa.

Fonte: Adaptado de Confederação Nacional da Industria (2022)

A Figura 4, apresentada os principais desafios para incorporação de ESG na estratégia corporativa.

Figura 4 – Principais desafios: Incorporação ESG na estratégia Corporativa

Fonte: Adaptado de Confederação Nacional da Industria (2022)

Com a mensuração dos desafios na incorporação de ESG, a engenharia como uma ciência tecnológica, deve ser entendida como parte do ecossistema social, e se esforçar para contribuir junto às necessidades ambientais, humanas (social) e governança.

A inovação de processos e produtos deve ser feita com uma visão de retorno a médio e longo prazo, para que possa haver a maximização de valor econômico e social, sendo o primeiro passo conhecer as questões ambientais, sociais e de governança que impactam no valuation das empresas (CLARK et al., 2015).

Com o desenvolvimento de soluções inovadores e desejáveis, através de técnicas apropriadas para observar, compreender, registrar e analisar as necessidades das partes interessadas, o engenheiro de produção vem a frente dessa temática aplicando os conceitos de pesquisa de mercado, Benchmarking iniciando o estudo para incorporar a política de ESG na empresa.

Em seguida aplicando a análise de compreensão dos fenômenos físicos e químicos por meio dos modelos atuais, o engenheiro de produção valida os processos internados correlacionados com as estruturas do ESG.

Por fim, atua com imparcialidade e compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável, identificando na cadeia produtivas os fatores de correlação a ESG e aplicando as mudanças necessárias para garantir um processo politicamente correto.

Assim, ao pensar sobre a implementação de práticas de ESG em uma instituição, deve-se ater a todas as adversidades, internas e externas, que podem surgir, como também analisar as possíveis ações para mitigar tais riscos.

A Tabela 1, apresentam um modelo de ferramentas de engenharia de produção aplicada as governanças de ESG.

Tabela 1 – As ferramentas de engenharia de produção em ESG



ENVORINMENTAL
Indicadores ambientais Ciclo PDCA Gráfico de Pareto Diagrama de Ishikawa
SOCIALFluxograma Mapa mental 5S



GOVERNANCE
Métricas de desempenho Fluxograma Análises SWOT Kaizen Kanbam Gráfico de Pareto

Fonte: Adaptado de Confederação Nacional da Industria (2022)

Conforme apresentado na tabela 1, as diversas ferramentas identificadas no estudo de engenharia de produção, qualificam o profissional para a implementação segura e efetiva do sistema nas empresas. Comparando os tópicos, é evidente a sua relevância em cada fase do processo trazendo a melhoria contínua.

Para um bom funcionamento do ESG, deve-se ter uma gestão inteligente dos riscos e das oportunidades advindas da implementação do sistema, pois essa culmina nos lucros, no relacionamento e nas relações das empresas, podendo afetá-las negativamente.

O ESG parte dessa premissa em que a prática e a conscientização dos tópicos relacionados às questões ambientais, sociais e de governança impactam os resultados organizacionais e alimentam um conjunto de dados, apresentados as partes interessadas.

3. MATERIAIS E MÉTODOS (OU METODOLOGIA SE CORRESPONDE)

O presente trabalho teve como metodologia a aplicação de pesquisa em livros, sites e a vivência de alguns membros na implementação de ESG nas empresas de grande porte que atuou, trazendo as métricas apresentadas durante o curso de Engenharia de Produção da Universidade São Judas com as leituras e estudos realizados em sites e livros.

As pesquisas foram realizadas entre novembro de 2022 a outubro de 2023.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Embora a temática e aplicação de ESG parece novas, as ferramaentas utilizadas nos estudos de engenharia de produção, são antigas e desenvolvem na implementação do sistema um diferencial, identificando em todos os aspectos a melhoria continua voltada para um toldo (empresa, social, meio ambiente e comunidade).

A objetividade e perenidade dos negócios com responsabilidade (social, econômica – financeira e ambiental), gera valor compartilhado a todos. Os três pilares de ESG como mensuração central de sua aplicação, desafia o profissional da área de engenharia de produção a correlacionar as ferramentas em suma aplicabilidade, gerando um estudo critico a frente de suas implementações, agregando o velho com o novo e a tecnologia limpa no direcionamento da confecção do produto ou do processo.

A sigla ESG ressurge em um momento em que a pandemia Covid-19 ilustra o colapso na relação da sociedade com o meio ambiente e expõe as vulnerabilidades na interdependência das dimensões econômica e social, assim emergindo também uma discussão sobre a atuação das empresas frente ao desequilíbrio dentre os sistemas que nos sustentam: econômico, social e ambiental (DONTHU; GUSTAFSSON, 2020; NEWELL; DALE, 2020; SACHS et al., 2020).

Tópicos muitas vezes de difícil mensuração e utilização de forma abrangente nas empresas a Sustentabilidade Empresarial direciona as ações organizacionais. O ESG foca em evidências (concretas) dos impactos das ações das desenvolvidas pela organização, principalmente, as que podem gerar riscos ao core business do negócio e de dados para a tomada de decisão da alta gestão

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES

O profissional engenheiro de produção tem largas vantagens para se tornar um dos profissionais mais requisitados para atuação nessa área e é, também, do interesse dessa pesquisa que as atividades dentro do tema sejam mais destacadas em períodos menos avançados de conclusão, a oferta pode ser acompanhada de uma comunicação mais aberta.

Portanto, considera-se quena medida com que as práticas ambientais, sociais e de governança corporativa se alastram pelo planeta disseminando suas ideias e seus ideais, novos hábitos e novas condutas começam a ser introduzidos, atingindo todos os níveis. As organizações que adotarem nas suas estratégias de comunicação, ESG como norte para seu trabalho, consequentemente estarão em um outro patamar de visibilidade.

Conclui-se que é fundamental os profissionais da área de engenharia devem mostrar os aspectos do ESG de forma global para a organização, contextualizando o saber e o conhecimento, para fazer inserções nas culturas locais e aplicá-las da melhor forma possível, visando algo processual que demanda a troca de saberes e gere resultados positivos para todos.

Dessa forma, as organizações têm uma longa jornada a percorrer no caminho do aprendizado e desenvolvimento organizacionais, sendo necessário investir na Sustentabilidade Empresarial para os tão desejados resultados em ESG.

6. REFERÊNCIAS:

CAPRA, F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cul- trix, 2005.

KUNSCH, M. M. K; OLIVEIRA, I. L. (Org.) A comunicação na gestão da sustentabilidade das organizações. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2009.

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ESG – Environmental, Social and Governance. Pacto Global Brasil. Disponível em: https://www.pactoglobal.org.br/pg/esg. Acesso em: 25 de novembro. 2022.


¹Orientador: Luiz Garcia