REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENFERMEIRO EMERGENCISTA

BIBLIOGRAPHICAL REVIEW OF TRANSFUSIONAL REACTIONS: A CONTRIBUTION TO NURSING

REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA SOBRE LAS REACCIONES TRANSFUSIONALES: UNA CONTRIBUCIÓN A LA ENFERMERÍA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10029047


Carlos Daniel Sousa Araújo Júnior


RESUMO

Introdução: As reações transfusionais compreendem importante evento adverso com potencial risco de morbimortalidade, tornando crucial o aprofundamento do conhecimento acerca das reações e das ações de hemovigilância. Objetivo: descrever as manifestações clínicas clássicas da RT, as condutas gerais e o conhecimento de enfermagem acerca desta temática. Metodologia: Revisão bibliográfica de cunho exploratório acerca das reações transfusionais e o conhecimento da enfermagem. Resultados e Discussão: Estudos prévios apontaram que a enfermagem tem conhecimento superficial acerca das reações transfusionais, dos registros necessários à hemovigilância e da prática em hemoterapia. Aprofundar os conhecimentos sobre essa temática é fundamental ao enfermeiro, pois, este é responsável pela gestão da prática hemoterápica e das ações de hemovigilância. Conclusão: A falta de conhecimento da enfermagem acerca das reações transfusionais é preocupante, sugerindo que há necessidade investir em treinamento e capacitação nessa área.

Palavras-chave: transfusão de sangue; reação transfusional; serviço de hemoterapia; vigilância do sangue; enfermagem.

ABSTRACT

Introduction: Transfusion reactions comprise an important adverse event with a potential risk of morbidity and mortality, making it crucial to deepen the knowledge about reactions and hemovigilance actions. Objective: to describe the classic clinical manifestations of RT, the general conducts and nursing knowledge about this theme. Methodology: Bibliographic review of an exploratory nature about transfusion reactions and nursing knowledge. Results and Discussion: Previous studies have indicated that nursing has superficial knowledge about transfusion reactions, the necessary records for hemovigilance and practice in hemotherapy. Deepening knowledge on this topic is essential for nurses, as they are responsible for managing the hemotherapy practice and hemovigilance actions. Conclusion: The lack of nursing knowledge about transfusion reactions is worrying, suggesting that there is a need to invest in training and qualification in this area.

Keywords: blood transfusion; transfusion reaction; hemotherapy service; blood surveillance; nursing.

RESUMEN

Introducción: Las reacciones transfusionales constituyen un importante evento adverso con potencial riesgo de morbimortalidad, por lo que es fundamental profundizar en el conocimiento de las reacciones y acciones de hemovigilancia. Objetivo: describir las manifestaciones clínicas clásicas de la RT, las conductas generales y el conocimiento de enfermería sobre este tema. Metodología: Revisión bibliográfica de carácter exploratorio sobre reacciones transfusionales y saberes de enfermería. Resultados y Discusión: Estudios previos han indicado que la enfermería tiene conocimientos superficiales sobre las reacciones transfusionales, los registros necesarios para la hemovigilancia y la práctica en hemoterapia. Profundizar el conocimiento sobre este tema es fundamental para los enfermeros, ya que son los responsables de gestionar la práctica de hemoterapia y las acciones de hemovigilancia. Conclusión: La falta de conocimiento de enfermería sobre las reacciones transfusionales es preocupante, lo que sugiere que existe la necesidad de invertir en capacitación y calificación en esta área.

Palabras clave: transfusión de sangre; reacción a la transfusión; servicio de hemoterapia; vigilancia de la sangre; enfermería.

1. INTRODUÇÃO

A Terapia Transfusional (TT) compreende um método terapêutico efetivo para medicina moderna, a qual tem sido utilizada nos diversos serviços de saúde ao redor do mundo, cujos objetivos principais incluem: aumentar a capacidade de transportar oxigênio, reestabelecer a volemia e a hemostasia (BRASIL, 2015).

Segundo as informações do Ministério da Saúde (MS), o número de transfusões sanguíneas no país tem aumentado nos últimos anos. Em 2016, foram realizadas cerca de 2,8 milhões de hemotransfusões, enquanto em 2019 o quantitativo foi de 2,95 milhões (BRASIL, 2020a).

Embora considerada segura, a TT não é um procedimento isento de riscos à saúde. Mesmo realizando os procedimentos com base em protocolos e manuais de boas práticas, o receptor do sangue e/ou de seus derivados está sujeito a reações transfusionais, com potencial risco de morte (ANVISA, 2022).

No que tange às reações transfusionais, em 2022, no Brasil, foram registradas 15.958 notificações, das quais aproximadamente 3,5% das reações foram classificadas como graves (grau III e IV), de modo que 63 pacientes foram a óbito (ANVISA, 2023).

Mesmo diante de todos os riscos relacionados à realização da TT, esta compreende um recuso valioso, tanto pelo potencial de salvar vidas como pelo alto custo que apresenta. Por isso, é fundamental que sua utilização seja racional, restrita ao necessário e executada por profissionais capacitados (WHO, 2010; BRASIL, 2014).

Além da qualificação profissional, a segurança transfusional depende de medidas e ações padronizadas, mediante protocolo institucional, pautado em manuais de boas práticas (CHEREM et al., 2017).

Nesse intuito, o MS instituiu o sistema brasileiro de hemovigilância, o qual começou a se estruturar nos anos 2000 no âmbito dos hospitais sentinelas e se espalhou por todo os serviços de saúde que realizam hemotransfusão no país (ANVISA, 2007).

A hemovigilância é o nome dado ao conjunto de procedimentos de vigilância, cujo objetivo é produzir informações sobre eventos adversos ocorridos nas diferentes etapas empregados no ciclo do sangue e a finalidade é de prevenir ocorrências e recorrências desses eventos no TT (BRASIL, 2022).

Para fins conceituais, o ciclo do sangue corresponde à todas as etapas da hemoterapia, englobando: captação, seleção e qualificação de doadores, processamento, armazenamento, transporte e distribuição de hemocomponentes, procedimentos pré-transfusionais e ato transfusional (BRASIL, 2022).

Assim, é notável que o êxito das ações de hemovigilância dependem do engajamento de todos os profissionais envolvidos em todo o ciclo do sangue, cada um conforme sua habilitação profissional (CHEREM et al., 2017; UFPE, 2020).

Quanto a composição multiprofissional, os profissionais da enfermagem correspondem a maior parcela dos profissionais envolvidos no ciclo do sangue e desempenham a maior parte das atribuições na etapa transfusional (BRASIL, 2013).

Nesta etapa, a enfermagem é responsável pelo controle do processo transfusional, cabendo a esta categoria monitorar o paciente receptor antes, durante e após a administração do hemocomponente e, ainda, realizar todos os registros que forem necessários (SILVA; ASSIS; SILVA, 2017; COFEN, 2022).

Contudo, alguns estudos têm demonstrado que as equipes de enfermagem apresentam conhecimento superficial acerca dos cuidados relacionados à TT e, principalmente, dificuldade em reconhecer os sintomas de reação transfusional. Outros estudos apontam que a enfermagem possui conhecimento acerca da TT, porém, necessitam de capacitação para a prática segura (SILVA; SOMAVILLA, 2010; SILVA; ASSIS; SILVA, 2017; CHEREM, 2017; PEREIRA et al., 2021; ANDRADE et al., 2022; OLIVEIRA, et a., 2023).

Nesse sentido, é indispensável que a equipe de enfermagem domine o conhecimento acerca da TT, a fim de que consiga prevenir iatrogenias e identificar precocemente reações adversas que o paciente possa apresentar, uma vez que a desqualificação profissional pode acarretar prejuízos irreparáveis ao indivíduo (SANTOS et al., 2022).

Ante o exposto, esse estudo tem como objetivo descrever as manifestações clínicas clássicas da RT, as condutas gerais a serem implementadas na suspeita de RT e fazer uma breve discussão sobre o conhecimento de enfermagem acerca desta temática.

Com os resultados deste, será possível provocar a reflexão da equipe de enfermagem acerca da necessidade de aprofundar seus conhecimentos sobre as RTs, visto que estas constituem uma emergência clínica e o reconhecimento precoce das manifestações clássicas, bem como as intervenções assertivas, podem salvar vidas. Em contrapartida, iatrogenias decorrentes da falta de conhecimento pode resultar em danos graves e até na morte do indivíduo.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Nesse tópico serão apresentados os aspectos conceituais das reações transfusionais, bem como classificação, manifestações clínicas e condutas a serem tomadas pelas equipes de saúde.

2.1. Definição e Classificação das Reações Transfusionais

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as reações adversas podem ocorrer em todo o ciclo do sangue, por isso, foram definidas ações de hemovigilância do doador de sangue e do receptor da hemotransfusão, sendo este último o foco deste trabalho (BRASIL, 2022).

De acordo com BRASIL (2015), reação adversa que acomete o receptor do sangue é chamada de Reação Transfusional (RT) e pode ser definida como:

[…] um efeito ou resposta indesejável observado em uma pessoa, associado temporalmente com a administração de sangue ou hemocomponente. Pode ser decorrente de um incidente do ciclo do sangue ou da interação entre um receptor e o sangue ou hemocomponente, um produto biologicamente ativo” (ANVISA, 2022, p. 17)

Segundo Sarade (2022), de um modo geral as hemotransfusões são bem-sucedidas, contudo, alguns pacientes podem apresentar reações que podem ser fatais. As reações transfusionais podem ser classificadas quanto a gravidade, quanto ao tempo de ocorrência, diagnóstico das reações (Quadro 1) e quanto a causalidade (Quadro 2) (BRASIL, 2015; ANVISA, 2022).

No que diz respeito à gravidade, podem ser classificadas em graus de 1 a 4. O grau 1, ou leve, ocorre quando não há risco de vida, nem comprometimento de órgão ou função. O Grau 2, ou moderado, ocorre quando o receptor apresenta necessidade de internação ou prolongamento da internação hospitalar e/ou deficiência persistente, incapacidade e/ou intervenção clínica ou cirúrgica. No Grau 3, ou grave, são as RTs que oferecem risco iminente de vida, com necessidade de suporte intensivo. Por fim, grau 4, que corresponde ao óbito em decorrência da transfusão (UFPE, 2020).

Quanto ao tempo de ocorrência, as RTs podem ser classificadas em imediatas, quando a reação ocorre durante a hemotransfusão ou até 24 horas após seu início, e tardias, aquelas que ocorrem 24 horas após o início da transfusão. As RTs de acometimento imediato e tardio serão apresentadas no Quadro 1 (BRASIL, 2015).

Quanto aos diagnósticos de RT, o manual de hemovigilância publicado em 2015, subdividia-os em reações imunológicas e não imunológicas. Na edição revisada de 2022 essa subclassificação não foi inserida. Portanto, os diagnósticos serão apresentados no Quadro 1, segundo última classificação realizada pela.

Nesse mesmo manual, a ANVISA estabeleceu que todas as reações em que a gravidade do caso for de nível 4 – óbito, devem ser consideradas RTs sentinelas. Para fins de esclarecimento, são considerados eventos adversos sentinelas:

“quando sua ocorrência pode trazer não só graves danos ao indivíduo afetado, mas também quando ações tempestivas devem ser tomadas com o objetivo de evitar ou minimizar riscos a outros indivíduos” (ANVISA, 2022, p. 53).

Além disso, existem outras RTs consideradas sentinelas independentemente da gravidade, as quais serão indicadas no Quadro 1.

Quadro 1 – Classificação das RT Quanto ao Diagnóstico e Tempo de Ocorrência.

Classificação Quanto ao Tempo de OcorrênciaClassificação Quanto ao Diagnóstico da RT
ImediataAlérgica – ALG Contaminação Bacteriana – CB (Sentinela) Dispneia associada à transfusão – DAT Distúrbios metabólicos – DEMETAB Dor aguda relacionada à transfusão – DA Febril não hemolítica – RFNH Reação hemolítica aguda imunológica – RHAI (Sentinela) Reação hemolítica aguda não imune – RHANI Hipotensão relacionada à transfusão – HIPOT Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão – TRALI (Sentinela) Sobrecarga circulatória associada à transfusão – SC/TACO
TardiasAloimunização/Aparecimento de anticorpos irregulares – ALO/PAI Doença do enxerto contra o hospedeiro pós-transfusional – DECH(GVHD) Reação hemolítica tardia – RHT Hemossiderose com comprometimento de órgãos – HEMOS Púrpura pós-transfusional – PPT Transmissão de outras doenças infecciosas – DT (Sentinela)

Fonte: Próprios autores. Dados extraídos de ANVISA (2022).

Acerca da causalidade, as RTs são classificadas em Confirmada, Provável, Possível, Improvável, Inconclusiva e Descartada, cujas definições de cada classificação serão descritas no quadro 2. A classificação é feita com base na correlação entre quadro clínico e/ou laboratorial e/ou vínculo temporal (ANVISA, 2022).

Quadro 2 – Classificação e Correlação Entre o Quadro Clínico do Receptor e a Transfusão

CorrelaçãoDescrição
ConfirmadaQuando a investigação concluiu que há evidências claras (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal), da correlação da reação com a transfusão.
ProvávelQuando a investigação já concluída, ou ainda em curso, apresenta fortes evidências (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal) que indicam a correlação da reação com a transfusão, mas há outros fatores que podem ter contribuído com a reação.
PossívelQuando a investigação já concluída, ou ainda em curso, apresenta evidências (quadro clínico/laboratorial/ evolução e vínculo temporal) que indicam a correlação dos sinais e sintomas a outras causas, mas a correlação com a transfusão não pode ser descartada.
ImprovávelQuando a investigação já concluída, ou ainda em curso, apresenta fortes evidências (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal) que indicam a correlação do evento adverso a outra(s) causa(s), ainda que a correlação com a transfusão não possa ser excluída.
InconclusivaQuando a investigação já concluída não encontrou evidências (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal) suficientes para confirmar ou descartar a correlação da reação com a transfusão.
DescartadaQuando a investigação já concluída apresenta evidências (quadro clínico/laboratorial, vínculo temporal) que indicam claramente a correlação do evento adverso a outra(s) causa(s) e não à transfusão.

Fonte: ANVISA (2022).

2.2. Manifestações Clínicas das Reações Transfusionais

As manifestações clínicas estão relacionadas ao diagnóstico e a gravidade das RTs, as quais serão elencadas no quadro 3.

Quadro 3 – Manifestações Clínicas das RT


RTs IMEDIATAS
DiagnósticoManifestações Clínicas
ALG 2
Paciente deve apresentar pelo menos 1 dos sintomas em até 4horas após término da hemotransfusão: pápulas, prurido, urticária, edema labial, de língua e de úvula ou periorbital/conjuntival, tosse, rouquidão, edema de laringe, cianose, insuficiência respiratória, broncoespasmo, estridor respiratório.
CB
Presença de microrganismo no hemocomponente e/ou a presença no sangue do receptor e/ou presença de febre ≥38º com aumento de pelo menos 2º até 24H após o término da transfusão. Pode apresentar os seguintes sintomas: Tremores, calafrios, hipotensão arterial, taquicardia, dispneia, náusea, vômitos, choque, febre.
DAT
Desconforto respiratório em até 24H após a hemotransfusão, desde que não preencha critérios de TRALI, sobrecarga circulatória e reação alérgica, e não tenha relação com a patologia de base.
DEMETAB
Evidência de distúrbio metabólico de início após a hemotransfusão e confirmado laboratorialmente.
DA
Dor aguda de curta duração (cerca de 30 minutos) em até 24 horas após hemotransfusão, tendo sido descartado ação hemolítica e sem outra explicação, principalmente em: região lombar, torácica e membros superiores.
RFNH
Presença de 1 ou mais sintomas em até 4 horas após hemotransfusão e ausência de contaminação bacteriana, reação hemolítica ou outra condição subjacente: Temperatura ≥ 38º, com aumento de pelo menos 1 grau em relação à temperatura pré-transfusional, tremores, calafrios, náuseas, vômitos, cefaleia.
RHAI
Rápida destruição eritrocitária durante transfusão ou até 24 horas após o término, por incompatibilidade ABO ou de outro sistema eritrocitário, confirmada laboratorialmente. Principais achados laboratoriais: hemólise, teste de antiglobulina direto positivo, hemoglobinúria, bilirrubina indireta elevada, queda de hemoglobina e hematócrito, lactato desidrogenase elevada, haptoglobina baixa, fibrinogênio baixo ou hemoglobina livre aumentada, teste de eluição positivo, teste de anticorpos eritrocitário irregulares. Sintoma: Ansiedade, agitação, sensação de morte iminente, tremores/calafrios, rubor facial, febre, dor e/ou sangramento no local da venopunção, dor abdominal, lombar e em flancos, hipotensão arterial, epistaxe, oligúria/anúria, insuficiência renal, hemoglobinúria, coagulação intravascular disseminada (CIVD) e choque.
RHANI
Hemólise durante hemotransfusão ou até 24 após o término, com ou sem sintomas significativos, com achados laboratoriais sugestivos e RHAI descartada, podendo apresentar: hemoglobinemia, hemoglobinúria
HIPOT
Redução em até 1 hora após o término da hemotransfusão da pressão arterial e exclusão de todas as outras causas de hipotensão, nas seguintes condições: >18 anos: Redução de 30mmHg ou PA sistólica <80mmHg; 1-18 anos: Redução maior que 25% do valor basal da PA; <1 ano: Redução maior que 25% do valor basal da PA sistólica, média ou diastólica.
TRALI
Síndrome caracterizada por desconforto respiratório agudo que ocorre durante a transfusão ou até seis horas após a sua conclusão, sem evidência anterior de lesão pulmonar associado aos sinais e sintomas descritos e com ausência de sobrecarga circulatória. Sintomas: Hipoxemia (Pa02 / Fi02 <300mmHg, Saturação de Oxigênio <90% em ar ambiente ou outras evidências clínicas), infiltrados bilaterais no RX de tórax.
SC/TACOPiora aguda da respiração e/ou evidência de edema pulmonar em até 12 horas após a transfusão e presença de um total de 3 ou mais dos critérios abaixo: A. Comprometimento respiratório agudo ou agravamento; B. Evidência de edema pulmonar agudo ou agravamento com base em: – exame físico clínico e/ou RX do tórax e/ou outra avaliação não invasiva da função cardíaca, por ex. ecocardiograma; C. Evidências de alterações do sistema cardiovascular não explicadas pelas condições clínicas subjacentes do paciente, incluindo desenvolvimento de taquicardia, hipertensão, pressão de pulso aumentada, distensão jugular, silhueta cardíaca aumentada e/ou edema periférico D. Evidência de sobrecarga de fluidos, incluindo qualquer um dos seguintes: um balanço de fluidos positivo; resposta a terapia diurética, ou diálise e mudança no peso do paciente peritransfusão. E. Resultado de suporte de um biomarcador relevante, como aumento do nível de peptídeo natriurético tipo B acima do intervalo de referência específico da faixa etária e superior a 1,5 vezes o valor pré transfusão.

RTs TARDIAS
DiagnósticoManifestações Clínicas
ALO/PAIAparecimento, no receptor, de um novo anticorpo clinicamente significativo contra antígenos eritrocitários e ausências de sinais clínicos e laboratoriais de hemólise.
DECHSíndrome clínica que ocorre entre 2 dias e 6 semanas após a infusão de hemocomponente, sendo caracterizada por: febre, diarreia, eritema com erupção máculo-papular central que se espalha para as extremidades e pode, em casos graves, progredir para eritrodermia generalizada e formação de bolhas hemorrágicas, hepatomegalia, alteração de função hepática (aumento de fosfatase alcalina, transaminases e bilirrubina), pancitopenia, aplasia de medula óssea e resultado de biópsia de pele ou de outros órgãos comprometidos compatível com a DECH OU presença de quimerismo leucocitário.
RHTSinais clínicos de hemólise e a detecção de anticorpos contra antígeno(s) eritrocitário(s) entre 24 horas e 28 dias após a transfusão. E teste direto de antiglobulina (TAD/Coombs direto) positivo e teste de eluição positivo ou aloanticorpo eritrocitário recém-identificado no soro do receptor e Manual para o Sistema Nacional de Hemovigilância no Brasil – 2022 Página 77 de 147 aumento insuficiente do nível de hemoglobina pós-transfusional ou queda rápida da hemoglobina ou aparecimento inexplicável de esferócitos.
HEMOSPresença de nível de ferritina sanguínea superior ou igual a 1.000 microgramas/l no contexto de transfusões repetidas de concentrados de hemácias e disfunção orgânica relacionada ao depósito de Ferro. As disfunções orgânicas mais frequentes estão relacionadas à pele, fígado, coração e do sistema endócrino.
PPTEpisódio de trombocitopenia (queda da contagem de plaquetas para níveis inferiores a 20% da contagem pré-transfusional) que ocorre de 5 a 12 dias após a transfusão de sangue e presença de anticorpo antiplaquetário no receptor. Pode ser assintomático, autolimitado, mas também cursar com sangramento cutâneomucoso, gastrointestinal, gênito-urinário e do sistema nervoso central.
DRInfecção pós-transfusional, sem evidência laboratorial da mesma infecção antes da transfusão e ausência de evidência de fonte alternativa para a mesma infecção e doador de hemocomponente transfundido apresenta evidência da mesma infecção ou co-componente apresenta evidências do mesmo agente infeccioso.

Fonte: Próprios autores. Dados extraídos de ANVISA (2022).

2.3. Condutas Gerais na Suspeita Reações Transfusionais

A abordagem diante das RTs deve ser precisa e envolver todos os profissionais de saúde, de acordo com a habilitação profissional de cada um. Ademais, as condutas devem ser sistematizadas, obrigatórias e acontecer concomitantemente, segundo descrição abaixo (ANVISA, 2007; UFTM, 2017; UFPE, 2020):

  1. Interromper a transfusão imediatamente;
  2. Trocar a venopunção e instalar solução fisiológica 0,9% (SF 0,9%);
  3. Em caso de sobrecarga hídrica, a infusão de SF0,9% deverá ser suspensa, e o acesso venoso deverá ser mantido sorolizado;
  4. Solicitar avaliação médica para que este proceda com diagnóstico diferencial e inicie a terapia adequada;
  5. Comunicar agência transfusional;
  6. Acalmar o paciente;
  7. Realizar monitorização do paciente e anotar Sinais Vitais (SSVV) e sintomas apresentados no prontuário do paciente e em demais registros que forem necessários;
  8. Iniciar suporte clínico de enfermagem e administrar medicamentos prescritos;
  9. Providenciar e posicionar carro de emergência e, caso ocorra agravamento do quadro clínico, agilizar vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI);
  10. O Enfermeiro e o médico que estiverem atuando na assistência ao paciente deverão preencher a Ficha de Incidentes Transfusionais (FIT);
  11. Enviar bolsa com hemocomponente, equipo utilizado na transfusão e FIT para a agência transfusional.

Para tornar as orientações acerca das condutas gerais ainda mais práticas, foi criado um infográfico (Figura 1) com base nas orientações da ANVISA (2007), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (2013), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Pernambuco (2020) e do Hospital Universitário do Vale do São Francisco (2020).

Figura 1 – Infográfico: Condutas Gerais em casos de RTs

Fonte: Próprios autores (2023). Conteúdo adaptado de HC-UFTM (2017); HC-UFPE (2020). Imagens: Google imagens (2023). *S/N – Se necessário.

2.4. Conduta Clínica Inicial nas suspeitas de Reações Transfusionais

A conduta clínica inicial consiste em iniciar o processo de investigação concomitante ao tratamento adequado ao tipo de RT da qual se suspeita. Todo o processo inicia-se pela avaliação dos sinais vitais, os quais são indicativos de RT, necessitando de realização de diagnostico diferencial pelo médico (ANVISA, 2007).

Assim sendo, cabe ao médico: prescrever medidas terapêuticas, solicitar exames, diagnosticar o tipo de reação transfusional, bem como a sua gravidade (ANVISA, 2007). Quanto à terapia medicamentosa, a princípio, são prescritos antialérgicos, antitérmicos, diuréticos, corticoides, antibióticos, hidratação venosa, suporte ventilatório, suporte intensivo e demais condutas que forem necessárias à vida do paciente. Os principais exames solicitados são RX de tórax, gasometria arterial, Teste de Coombs indireto, hemograma, bioquímica, coagulação, sumário de urina, hemocultura (UFPE, 2020).

A equipe de enfermagem assistencial é constituída por enfermeiros e técnicos em enfermagem, cujas atribuições visam monitorar os sinais e sintomas, auxiliar nos processos de investigação, realizar condutas gerais (descritas no item 2.3), prestar assistência de cuidados ao paciente conforme nível de criticidade, executar a prescrição médica, coletar amostras de sangue ou outros fluídos para investigação laboratorial e não menos importante, deixar todas as informações registradas (ANVISA, 2007; HU-UNIVASF 2020b).

A equipe da agência transfusional, em algumas instituições, é comporta por transfusionista, analista de laboratório de Imuno-Hematologia (ou bioquímicos) e médico hemoterapeuta. Nas RTs as ações da equipe da agência devem ser integradas, independente de quem houver realizado a instalação, a fim de concluir o mais breve possível a investigação da RT (UFPE, 2020).

Como mencionado previamente, faz-se necessário a elaboração de protocolos de intervenção a fim de otimizar o gerenciamento da assistência em hemoterapia. Nesse sentido, o HC-UFPE elaborou um fluxograma (Figura 2) de conduta clínica inicial para as RTs com maior potencial de mortalidade, que pode ser adaptado para as diversas instituições.

Figura 2 – Fluxograma para Conduta Inicial nos casos de RT

Fonte: UFPE (2020).

3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de cunho exploratório, sobre as reações transfusionais e o conhecimento da equipe de enfermagem acerca delas. O acervo documental para este estudo foi constituído de produções acadêmicas, manuais, cartilhas, resoluções e protocolos de hospitais universitários da rede federal de ensino.

Os artigos e outros trabalhos acadêmicos foram selecionados através de buscas realizadas nas bases de dados eletrônicas como Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Center of Biotechnology Information (NCBI), Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) e Google Acadêmico, utilizando os descritores: transfusão de sangue, reação transfusional, serviço de hemoterapia, vigilância do sangue e enfermagem. Os manuais, cartilhas, resoluções, portarias, protocolos assistenciais e imagens foram selecionados através de buscas na BVS, Google e no Google Images.

Para a discussão, foram incluídas neste estudo as publicações feitas no período entre 2013 e 2023, com exceção das normas, resoluções, portarias, leis e demais produções publicadas anterior a 2016, mas, que ainda estejam em vigor. Foram excluídas as publicações que antecederam o ano de 2016 e que não respondessem à proposta deste estudo.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram selecionadas 17 publicações, das quais 8 correspondiam às produções acadêmicas (artigos científicos e monografia) e 9 às publicações de entidades governamentais, de hospitais universitários da rede federal de ensino e do COFEN.

Desse modo, o conteúdo relacionado à caracterização das RTs e as condutas gerais foram predominantes nas publicações das organizações governamentais. Para a discussão do conhecimento da enfermagem acerca das RTS, o conteúdo foi encontrado predominantemente nas produções acadêmicas.

Antes de discutir o conhecimento dos profissionais da enfermagem, é fundamental compreender o papel do enfermeiro na equipe que realizará a hemotransfusão. A TT constitui um método terapêutico efetivo e de abordagem multiprofissional cuja principal categoria envolvida nesse processo é a enfermagem, justamente porque a natureza de seu trabalho está relacionada aos cuidados diretos com o indivíduo em todo o processo saúde-doença.

Segundo Matos Júnior e Andrade (2020), a equipe de enfermagem está no cerne do processo hemoterápico e o enfermeiro é o protagonista desse processo, o que reforça a necessidade de a equipe de enfermagem conhecer a fundo os processos de hemovigilância, principalmente o enfermeiro que é o responsável pela gestão do cuidado.

Nesse sentido, Santos et al. (2022) descrevem que as funções da equipe de enfermagem em hemoterapia vão além da simples administração do hemocomponente. Suas atribuições, de acordo com Oliveira et al. (2023), abrangem todo o processo de hemotransfusão, desde a coleta da amostra sanguínea para testagem até à infusão. E Santos et al. (2022) complementam informando que as atribuições da equipe de enfermagem se estendem até o monitoramento pós transfusional.

No âmbito da hemoterapia, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), regulamenta que as atribuições dos membros da equipe são distintas entre técnicos e enfermeiros. Segundo este órgão, enquanto os técnicos devem atuar em caráter complementar e sob supervisão do Enfermeiro, este se ocupa das atribuições de maior complexidade, que exijam conhecimentos científicos e capacidade de tomada de decisões imediatas (COFEN, 2022).

Dada a importância da enfermagem na TT, alguns estudiosos dedicaram-se a investigar o nível de conhecimento do enfermeiro ou da equipe de enfermagem acerca dos processos transfusionais e de hemovigilância, cujos resultados demonstram que o conhecimento da enfermagem acerca dessa temática ainda é superficial (SILVA; ASSIS; SILVA, 2017; PEREIRA et al., 2021; OLIVEIRA et al., 2023).

Pereira et al. (2021), reiteram que o conhecimento dos profissionais de enfermagem acerca de hemovigilância são superficiais, principalmente acerca das reações transfusionais classificadas como imediatas.

Esse achado é alarmante, visto que, apenas em 2022, 94,75% de todos os casos de RTs do país foram do tipo imediatas, sendo a RFNH, ALG e SC/TACO as três reações mais incidentes, onde foram registrados 7.361 casos de RFNH, 5.542 casos de ALG e 809 casos de SC/TACO (ANVISA, 2023).

Oliveira et al. (2023) descrevem, ainda, que a falta de conhecimento do enfermeiro torna-o inapto para a gestão do processo transfusional, mesmo esse profissional sendo habilitado em razão da sua formação geral.

Outros estudos relacionados às anotações de enfermagem em hemoterapia demonstraram que a enfermagem tem apresentado falhas ao registrar e nas ações básicas de hemovigilância como, por exemplo, não realizar as anotações de sinais vitais nos intervalos preconizados (GURGEL et al., 2019).

Segundo o estudo de Soares et al., (2019), os registros de enfermagem apresentaram lacunas em todas as etapas da TT: durante a transfusão, nos registros de ocorrências, sintomas e condutas. Esses achados são preocupantes na medida em que essas inconsistências compõem os processos de hemovigilância.

Oliveira et al. (2023) corroboram esses autores e afirmam que o déficit de conhecimento dos profissionais de enfermagem influencia na segurança do procedimento e, consequentemente, na segurança do paciente.

Gurgel et al. (2019) acrescentam que as lacunas e inconsistências dos registros de enfermagem resultam em subnotificação de casos e Soares et al., (2022) asseveram que essas ações favorecem a segurança do paciente e evita maiores complicações acerca das reações adversas.

Nessa mesma perspectiva, Matos Júnior e Andrade (2020, p. 93) descrevem que “Urge atentar para a necessidade de incentivo constante ao aprendizado dos conceitos em hemoterapia”. Igualmente, autores como Silva, Assis e Silva (2017), Pereira et al., (2021) e Cherem et al. (2017), concordam que é necessário investir em treinamento e capacitação da equipe.

O aprimoramento do conhecimento em hemoterapia tem sido alvo de muitos estudiosos, de tal maneira que Santos et al. (2022) ressaltam que, mesmo não sendo o objeto de pesquisa de muitos estudos, esta questão comumente é discutida no contexto discursivo e conclusivo de muitas pesquisas.

5. CONSIDERAÇOES FINAIS

No intuito de garantir segurança transfusional ao paciente, tão importante quanto conhecer o processo de execução é conhecer as manifestações clínicas preditivas de reações transfusionais imediatas e/ou tardias.

Os riscos para ocorrência de RTs podem estar relacionados às falhas humanas ou, simplesmente, podem ser inerentes ao tratamento, pois, a transfusão de hemocomponentes pode provocar reações com potencial para causar danos transitórios e/ou permanentes no paciente.

Nesse contexto, uma alternativa para a redução da ocorrência de RTs e para orientação quanto a conduta assertiva diante desses casos é a implantação de protocolos e manuais de procedimentos.

Estes, associados à um bom trabalho de treinamento e capacitação profissional, permitem otimização das ações e dos recursos empregados, a fim de que o paciente sofra o mínimo de danos possível.

Os resultados deste estudo levam a refletir a necessidade de investimento em educação continuada e permanente no âmbito da hemoterapia, uma vez que o conhecimento adquirido durante a graduação ou em cursos de especialização não específicos para esta área são insuficientes e superficiais, acarretando insegurança do cuidado.

Portanto, é fundamental que sejam realizadas mais pesquisas relacionadas ao conhecimento da equipe de enfermagem sobre terapia transfusional e hemovigilância, a fim de se obter um panorama da realidade do serviço e para que sejam implementadas medidas corretivas eficazes.

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