ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO PARTO PREMATURO: REVISÃO DE LITERATURA

ANALYSIS OF TWO RISK FACTORS AND COMPLICATIONS ASSOCIATED WITH PREMATURE DELIVERY: LITERATURE REVIEW.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10026618


Juliana Paiva Fontoura1;
Thais Eduarda Caetano Feitosa2;
Chimene Kuhn Nobre3


RESUMO

Ao parto prematuro, bem como a investigação das medidas preventivas e abordagens multidisciplinares para o tratamento e acompanhamento de bebês prematuros e suas famílias. Essa temática é de extrema importância na área da saúde materno-infantil, uma vez que o nascimento prematuro representa um desafio significativo para profissionais de saúde e famílias. O objetivo dessa pesquisa foi revisar a literatura científica disponível sobre o tema, buscando identificar os principais fatores de risco para o parto prematuro, analisar as complicações associadas a essa condição tanto para os recém-nascidos quanto para as mães e explorar as medidas preventivas e intervenções sugeridas para reduzir a rematuridade e melhorar os desfechos perinatais. A metodologia utilizada para a pesquisa baseou-se em uma revisão de literatura, onde foram selecionados artigos publicados nos últimos cinco anos em periódicos de referência, como Brazilian Journal of Development, Brazilian Journal of Health Review e Research, Society and Development. A base de dados Lilacs, periódicos Capes e Scielo foram utilizados para a busca de artigos relevantes sobre o tema. A revisão de literatura revelou uma diversidade de estudos sobre a prematuridade e seus desdobramentos. Dentre os fatores de risco identificados, destacam-se as condições médicas pré-existentes da gestante, comportamentos de risco durante a gravidez, histórico de partos prévios e acesso limitado aos cuidados pré-natais. As complicações associadas ao parto prematuro para os recém-nascidos incluem problemas respiratórios, desenvolvimento neurológico comprometido e dificuldades no aleitamento materno, enquanto para as mães, infecções e hemorragias foram destacadas. A abordagem multidisciplinar foi apresentada como uma estratégia fundamental no tratamento e acompanhamento de bebês prematuros, proporcionando suporte integral ao desenvolvimento do recém-nascido e apoio emocional e orientações aos pais durante o processo de cuidado e adaptação.

Palavras-chave: Parto prematuro. Complicações. Abordagem multidisciplinar.

ABSTRACT

The research carried out focuses on the analysis of two risk factors and complications associated with premature birth, as well as the investigation of preventive measures and multidisciplinary approaches for the treatment and monitoring of premature babies and their families. This issue is extremely important in the area of maternal and child health, since premature birth represents a significant challenge for health professionals and families. The objective of this research was to review the available scientific literature on the subject, seeking to identify the main risk factors for premature birth, to analyze the complications associated with this condition for both newborns and for the older ones, and to explore preventive measures and interventions. suggested to reduce prematurity and improve perinatal waste. The methodology used for the research is based on a literature review, where there are selected articles published in the last five years in leading journals, such as the Brazilian Journal of Development, Brazilian Journal of Health Review and Research, Society and Development. Based on Lilacs data, Capes e Scielo newspapers used to search for relevant articles on the topic. A review of the literature revealed a diversity of studies on prematurity and its developments. Among the risk factors identified, we highlight the pre-existing medical conditions of the pregnant woman, risk behaviors during pregnancy, history of previous deliveries and limited access to pre-natal care. Complications associated with preterm birth for newborns include respiratory problems, compromised neurological development, and difficulties in maternal feeding, while for babies, infections and prominent bleeding. The multidisciplinary approach was presented as a fundamental strategy in the treatment and follow-up of premature babies, providing comprehensive support to the development of the newborn and emotional support and guidance to the country during the process of care and adaptation.

Keywords: Preterm Birth. Complications. Multidisciplinary Approach.

1 INTRODUÇÃO

O parto prematuro é um fenômeno complexo e preocupante que afeta a saúde materno-infantil em todo o mundo. Nascimentos antes do termo adequado representam uma das principais causas de mortalidade neonatal e podem levar a complicações de longo prazo para o bebê, bem como impactos emocionais e financeiros significativos para as famílias. Diante dessa relevância, esta revisão de literatura tem como objetivo analisar os fatores de risco associados ao parto prematuro e suas complicações, buscando contribuir para a compreensão dos mecanismos envolvidos e aprimorar as estratégias de prevenção e manejo (COSTA et al., 2021).

A delimitação do tema desta revisão centra-se na análise dos fatores de risco associados ao parto prematuro, ou seja, investigaremos as variáveis que podem aumentar a probabilidade de ocorrência desse evento obstétrico. Dentre as diversas possibilidades, destacamos as condições de saúde da gestante, histórico de partos prévios, comportamentos de risco durante a gravidez e o acesso adequado aos cuidados pré-natais. A identificação desses fatores torna-se essencial para o desenvolvimento de intervenções efetivas que reduzam a incidência de partos prematuros e, consequentemente, melhorem os resultados perinatais.

Nesse contexto, a problemática que guia esta revisão de literatura reside na necessidade de identificar quais são os principais fatores de risco associados ao parto prematuro, bem como as possíveis complicações decorrentes desse evento obstétrico (MAIA et al., 2022). Para alcançar esse objetivo, algumas questões norteadoras surgem: Os fatores de risco mais relevantes relacionados ao parto prematuro Os fatores de risco mais relevantes relacionados ao parto prematuro As complicações mais comuns para os bebês nascidos prematuramente e para as mães Como esses fatores de risco podem ser mitigados ou prevenidos

Como hipóteses desta revisão, consideramos que a existência de condições médicas prévias, como hipertensão e diabetes gestacional, aumentam as chances de parto prematuro. Além disso, a falta de cuidados pré-natais adequados e o estilo de vida da gestante podem influenciar significativamente o desfecho da gestação. Adicionalmente, a prematuridade pode estar relacionada a complicações neonatais, como problemas respiratórios e desenvolvimento neurológico comprometido.

O objetivo geral deste trabalho é realizar uma revisão de literatura científica para identificar e analisar os fatores de risco associados ao parto prematuro e suas complicações. Como objetivos específicos, pretendemos: 1) Investigar as principais condições médicas e comportamentais relacionadas ao parto prematuro; 2) Avaliar as possíveis complicações tanto para os recém-nascidos quanto para as mães; 3) Propor medidas de prevenção e intervenção que possam reduzir a incidência de partos prematuros e melhorar os resultados perinatais.

A relevância deste trabalho está na sua contribuição para a área da saúde materno-infantil. Ao identificar os fatores de risco associados ao parto prematuro e suas complicações, poderemos subsidiar profissionais da saúde com informações essenciais para o desenvolvimento de estratégias preventivas e de cuidados adequados. Isso pode resultar em uma diminuição significativa da morbimortalidade neonatal e melhorar a qualidade de vida tanto das mães quanto dos bebês (VICTÓRIA, 2019).

Quanto à metodologia, esta revisão de literatura foi conduzida por meio de uma extensa pesquisa bibliográfica. Foram consultadas bases de dados científicas, periódicos especializados, livros e documentos governamentais, abrangendo um período de estudos atualizados entre 2019 a 2023.

A estrutura deste trabalho é composta por cinco capítulos distintos. O Capítulo 1 apresenta a introdução e contextualização do tema, delimitando a problemática e objetivos da pesquisa. O Capítulo 2 explana sobre os fundamentos teóricos relacionados ao parto prematuro, abordando sua definição, classificação e impactos na saúde materno-infantil. No Capítulo 3, detalhamos os fatores de risco identificados na literatura, discutindo suas implicações e relevância clínica. O Capítulo 4 aborda as complicações associadas ao parto prematuro para os bebês e as mães, destacando suas consequências a curto e longo prazo. Por fim, no Capítulo 5, apresentamos as estratégias preventivas e intervenções sugeridas, ressaltando a importância de um cuidado multidisciplinar e integral para a redução da prematuridade e a melhoria dos desfechos perinatais.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa consistiram em uma abordagem baseada em pesquisa bibliográfica, com ênfase em artigos publicados nos últimos 05 anos. Para a coleta dos dados, foram utilizadas as bases de dados Lilacs, periódicos Capes e Scielo, reconhecidas por sua relevância e abrangência na área da saúde. Segundo Lima e Mioto (2007, p. 38) “conjunto ordenado de procedimentos de busca por soluções, atentando ao objeto de estudo”.

Os critérios de inclusão adotados para a seleção dos artigos foram os seguintes: (1) Estudos publicados nos últimos 05 anos (de 2018 a 2023) para garantir a atualidade e relevância dos dados apresentados; (2) Trabalhos escritos em língua portuguesa, a fim de possibilitar uma análise mais aprofundada e compreensiva dos resultados.

Por outro lado, foram estabelecidos critérios de exclusão para evitar a inclusão de artigos não pertinentes ao tema ou com potenciais limitações metodológicas: (1) Estudos com foco em outras temáticas não relacionadas ao parto prematuro e seus fatores de risco; (2) Trabalhos que apresentassem abordagens inadequadas ou metodologias pouco robustas, com potencial impacto na validade e confiabilidade dos resultados.

Após a busca inicial nas bases de dados selecionadas, foram identificados e recuperados os artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Em seguida, os trabalhos foram submetidos a uma análise crítica e minuciosa, visando extrair informações relevantes para a revisão de literatura. A partir desse processo, foram agrupados os estudos mais relevantes e representativos, considerando sua contribuição para o entendimento dos fatores de risco associados ao parto prematuro e suas complicações.

A análise dos dados foi realizada organizando as informações por categorias temáticas e estabelecendo conexões entre os estudos selecionados. Essa abordagem permitiu a identificação de padrões e tendências comuns, bem como a avaliação da consistência e concordância entre as evidências apresentadas nos artigos.

Por fim, os resultados obtidos foram sintetizados e apresentados de maneira clara e objetiva no corpo desta revisão de literatura. As conclusões extraídas a partir da análise dos estudos foram discutidas à luz da literatura existente e, quando pertinente, foram feitas recomendações para futuras pesquisas na área.

Ressalta-se que a utilização de bases de dados reconhecidas, juntamente com critérios rigorosos de inclusão e exclusão, contribuiu para a obtenção de um conjunto de estudos representativos e de qualidade, ampliando a confiabilidade e relevância dos resultados apresentados nesta pesquisa. Além disso, a análise crítica dos artigos permitiu uma abordagem consistente e fundamentada sobre os fatores de risco e complicações associadas ao parto prematuro, oferecendo subsídios para o desenvolvimento de estratégias efetivas de prevenção e cuidados adequados para mães e bebês.

3 RESULTADOS

A tabela apresentada contém informações sobre diferentes artigos científicos relacionados aos temas de prematuridade, saúde materno-infantil e intervenções multidisciplinares. Os trabalhos foram publicados em periódicos acadêmicos entre os anos de 2019 e 2023. As pesquisas abrangem diversas temáticas, como retinopatia da prematuridade, síndrome de Asperger, desdobramentos do método canguru, fatores de risco maternos, complicações da sífilis no período gestacional, intervenção fisioterapêutica em crianças com COVID-19, entre outros.

Quadro 1 – Conjunto de obras pesquisadas

NomePeriódicoTítuloAno
ABREU, Isabella Schro;Revista Brasileira de DesenvolvimentoRetinopatia da Prematuridade: uma revisão2023
BARROSO, Laura Karolina Gonçalves eRevista BrasileiraSíndrome de Asperger: revisão integrativa acerca do transtorno2021
CALABRESEDiscutindo Saúde Materno-Infantil Na UniversidadeMusicoterapia e recém-nascido2022
COELHO, Larissa Mariano et al.Pesquisa, Sociedade e DesenvolvimentoDesdobramentos da aplicação do método canguru no contexto brasileiro: uma revisão integrativa2022
COSTA, CarroRevista Brasileira de Cirurgia e Pesquisa ClínicaFatores de risco maternos mais prevalentes relacionados à ocorrência de partos prematuros: revisão de literatura2021
DA SILVA, Antônia AlcilaneRevista ExtensãoComplicações da sífilis no período gestacional: uma revisão de literatura2021
LIMA, BatidaInvestigaçãoA importância da intervenção fisioterapêutica em crianças acometidas com COVID-19: Uma revisão integrativa2023
LIMA, T. C. S; MIOTO, R. C. T.;Rev. Katál. FlorianópolisProcedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica2007
MACIEL, Débora Priscila Araújo et al.Revista MultidiscoMortalidade por sífilis congênita: revisão sistemática2023
MAIA, Alef Alioscha Andrade e outrosRevista Eletrônica Acervo SaúdeFatores de risco da prematuridade: uma revisão2022
MARINHO, Victória DCarla Santos et al.Revista de Ciências HospitalaresOs Fatores de risco relacionados à maternidade tardia e a ocorrência de partos prematuros: uma revisão integrativa2023
NETO, João Cruz et al.Revista de Enfermagem da UFSMFatores de risco e elementos primitivos no desenvolvimento de síndromes hipertensivas no pré-natal: revisão integrativa2022
SANTANA, Gabriela.Pesquisa, Sociedade eJuba2023
SANTOS, Paulo Cesar Ferreira et al.Revista H-Tec Humanidades e TecnologiaInfecções relacionadas à assistência à saúde na UTI neonatal: uma revisão integrativa2019
SILVA, Vanusa Maria Gomes Napoleã.Pesquisa, Sociedade e DesenvolvimentoGalactogogos no manejo de mulheres com hipogalactia na unidade de terapia intensiva neonatal: protocolo de revisão de escopo2022
VICTÓRIA, Juliana Zambrano.Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Saúde Materno-Infantil)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maternidade Escola, Rio de JaneiroCuidados de enfermagem na UTI neonatal ao pai prematuro: uma revisão integrativa2019

Fonte: Próprias autoras (2022)

A relevância da assistência pré-natal e a importância do cuidado multidisciplinar para bebês prematuros e suas famílias são aspectos presentes em alguns dos estudos. Essa diversidade de abordagens demonstra o interesse e a preocupação da comunidade científica em compreender e aprimorar os cuidados relacionados a essas questões de saúde, contribuindo para a melhoria dos desfechos perinatais e para o bem-estar de mães e bebês.

4 DISCUSSÃO

A partir da análise dos artigos listados na tabela, é possível perceber a diversidade e a relevância dos temas abordados pelos diferentes autores ao longo dos anos. Autores como Abreu et al. (2023) e Marinho et al. (2023) contribuíram com pesquisas que tratam da prematuridade, um tema crucial na saúde materno-infantil. Enquanto o primeiro traz uma revisão sobre a retinopatia da prematuridade, o segundo aborda os fatores de risco relacionados à maternidade tardia e a ocorrência de partos prematuros.

Além disso, a importância da assistência pré-natal e a abordagem multidisciplinar no cuidado de bebês prematuros também foram temas abordados por vários autores. Coelho et al. (2022) apresentaram uma revisão integrativa sobre os desdobramentos da aplicação do método canguru no contexto brasileiro, enquanto Victória (2019) discutiu os cuidados de enfermagem na UTI neonatal ao pai prematuro.

Outros autores, como Barroso e Schettino (2021), Maia et al. (2022), e NETO et al. (2022), trouxeram pesquisas sobre síndrome de Asperger, fatores de risco da prematuridade, e síndromes hipertensivas no pré-natal, respectivamente, demonstrando a relevância de se estudar diferentes aspectos da saúde materno-infantil e do desenvolvimento infantil.

Além disso, estudos como o de Calabrese e De Sousa (2022) e SILVA et al. (2022) destacaram a importância da musicoterapia em recém-nascidos e do uso de galactogogos no manejo de mulheres com hipogalactia na UTI neonatal, respectivamente, contribuindo com perspectivas inovadoras no cuidado neonatal. É interessante notar que a literatura revisada abrange não apenas temas clínicos, mas também aspectos psicossociais e de intervenções terapêuticas, enfatizando a necessidade de uma abordagem integral no cuidado materno-infantil.

Os estudos conduzidos por Santana et al. (2023) enfatizam a importância da abordagem multidisciplinar no manejo da saúde de bebês prematuros. Enquanto o primeiro artigo aborda a intervenção fisioterapêutica em crianças acometidas com COVID-19, o segundo destaca o manejo multidisciplinar da displasia cleidocranial, ambos buscando oferecer uma abordagem completa e especializada no cuidado desses pacientes.

Além disso, a assistência pré-natal e a orientação aos pais também foram temas recorrentes nas pesquisas. Maciel et al. (2023) trouxe uma revisão sistemática sobre a mortalidade por sífilis congênita, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e da prevenção da transmissão vertical dessa infecção. Por sua vez, Da Silva (2021) discutiu as complicações da sífilis no período gestacional, demonstrando a relevância do acompanhamento pré-natal para evitar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

A revisão de literatura realizada por Santos e De Lima (2019) sobre infecções relacionadas à assistência à saúde na UTI neonatal reforça a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento de recém-nascidos prematuros, onde medidas preventivas e protocolos de higiene são fundamentais para garantir uma assistência segura e minimizar os riscos de infecções hospitalares.

Outra temática relevante presente na pesquisa é o papel da musicoterapia no cuidado de recém-nascidos prematuros, como discutido por Calabrese e De Sousa (2022). Esse tipo de intervenção pode contribuir para o desenvolvimento neurosensorial dos bebês, além de proporcionar um ambiente mais acolhedor durante o período de internação na UTI neonatal.

Portanto, a pesquisa apresentada pelos diferentes autores na tabela oferece uma visão abrangente e atualizada sobre questões relevantes na saúde materno-infantil e no tratamento de bebês prematuros. As informações apresentadas por esses estudos podem ser valiosas para aprimorar a assistência prestada a essa população vulnerável e contribuir para a redução das complicações associadas à prematuridade, além de promover melhores desfechos perinatais e qualidade de vida para mães e bebês.

4.1 Fatores de risco para o parto prematuro

O parto prematuro é um evento obstétrico de grande preocupação na área da saúde materno-infantil, sendo uma das principais causas de morbimortalidade neonatal em todo o mundo. Nesse contexto, a identificação e análise dos fatores de risco associados a essa condição tornam-se essenciais para compreender os mecanismos envolvidos e desenvolver estratégias de prevenção e intervenção adequadas (COSTA et al., 2021).

Maia et al. (2022) afirmam que a fim de aprofundar o conhecimento sobre os fatores de risco para o parto prematuro, foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica. Diversos estudos publicados nos últimos 05 anos foram consultados em bases de dados renomadas, como Lilacs, periódicos Capes e Scielo, com o objetivo de obter uma visão atualizada e abrangente sobre o tema.

De acordo com Marinho et al. (2023) as condições médicas pré-existentes da gestante emergiram como um importante fator de risco para o parto prematuro. Doenças como hipertensão arterial, diabetes gestacional, infecções genitais e distúrbios da tireoide estão associadas a um maior risco de ocorrência de parto antes do termo adequado. A presença dessas condições demanda um acompanhamento mais próximo durante a gestação, a fim de minimizar os riscos e otimizar os desfechos perinatais.

Além das condições médicas, comportamentos de risco adotados durante a gravidez também se mostraram como fatores preponderantes para a prematuridade. O uso de tabaco, álcool e outras substâncias nocivas durante a gestação pode contribuir para o desencadeamento de trabalho de parto prematuro, bem como a exposição a ambientes poluídos e situações de estresse. Promover uma gravidez saudável e livre de hábitos prejudiciais é fundamental para reduzir o risco de parto prematuro (MAIA et al., 2022).

Segundo Costa et al. (2021). outro aspecto relevante identificado na revisão de literatura foi o histórico de partos prévios. Mulheres que tiveram partos prematuros anteriores têm maior probabilidade de vivenciar uma nova prematuridade em gestações subsequentes. Esse dado enfatiza a importância de uma vigilância mais intensa e de intervenções preventivas em gestantes com histórico de parto prematuro.

O acesso aos cuidados pré-natais também se mostrou como um determinante crucial para a ocorrência do parto prematuro. A ausência ou atraso no início do acompanhamento pré-natal podem dificultar a identificação precoce de problemas de saúde na gestante e do feto, resultando em complicações que levam à prematuridade. Investir em políticas de saúde que garantam o acesso universal aos cuidados pré-natais de qualidade é fundamental para reduzir a incidência de partos prematuros (MARINHO et al., 2023).

4.2 Impacto do parto prematuro na saúde materno-infantil

O impacto do parto prematuro na saúde materno-infantil é uma preocupação crescente na área da obstetrícia e pediatria. Tanto para os recém-nascidos quanto para as mães, as complicações associadas a esse evento obstétrico podem ter consequências significativas a curto e longo prazo (VICTÓRIA, 2019).

Calabrese e De Souza (2022) afirmam que em relação aos recém-nascidos prematuros, uma das principais complicações observadas é a imaturidade pulmonar, o que leva a problemas respiratórios graves. A falta de desenvolvimento completo dos pulmões dificulta a troca adequada de oxigênio e dióxido de carbono, exigindo tratamentos específicos, como a ventilação mecânica e o uso de surfactante pulmonar exógeno. Essas intervenções podem salvar vidas, mas também aumentam o risco de lesões pulmonares e infecções respiratórias.

Além dos problemas respiratórios, o desenvolvimento neurológico também pode ser comprometido em bebês nascidos prematuramente. A imaturidade cerebral pode resultar em hemorragias intracranianas, lesões cerebrais e atrasos no desenvolvimento cognitivo e motor. Essas sequelas podem afetar a qualidade de vida da criança ao longo do tempo e demandar intervenções terapêuticas especializadas (SILVA et al., 2022).

De acordo com Calabrese e De Souza (2022) outra questão relevante é a dificuldade no aleitamento materno. Bebês prematuros muitas vezes têm dificuldade em sugar e coordenar a sucção-deglutição-respiração, o que pode prejudicar o estabelecimento da amamentação exclusiva. Isso pode levar a complicações nutricionais e aumentar o risco de infecções, já que o leite materno é uma fonte importante de proteção imunológica para os recém-nascidos.

Segundo Victória (2019) para as mães, o parto prematuro também pode trazer consequências graves. Complicações maternas, como infecções uterinas e hemorragias pós-parto, são mais comuns em gestações prematuras. Além disso, a vivência de um parto prematuro pode causar angústia emocional e impactar a saúde mental da mãe, demandando suporte psicológico e emocional durante esse período delicado.

As complicações associadas ao parto prematuro podem se estender além do período neonatal, afetando a saúde de mães e bebês a longo prazo. Bebês nascidos prematuramente podem apresentar sequelas ao longo da vida, como problemas respiratórios crônicos, dificuldades de aprendizagem e deficiências físicas. Da mesma forma, as mães podem vivenciar complicações de saúde decorrentes do parto prematuro, como problemas no útero e maiores chances de desenvolver doenças crônicas (SILVA et al., 2022).

4.3 Medidas preventivas e intervenções para redução da prematuridade

A prevenção da prematuridade é um desafio crucial na área da saúde materno-infantil, visto que as complicações associadas a esse evento obstétrico podem ter impactos significativos na vida dos bebês e suas famílias. Com base na literatura revisada, algumas medidas preventivas e intervenções têm se mostrado efetivas na redução da prematuridade e na melhoria dos desfechos perinatais (ABREU et al., 2023).

Lima et al. (2023) destacam que um dos pilares fundamentais na prevenção da prematuridade é o cuidado pré-natal adequado. O acompanhamento regular durante a gestação possibilita a identificação precoce de fatores de risco e condições médicas que possam contribuir para o parto prematuro. O cuidado pré-natal deve ser multidisciplinar, envolvendo obstetras, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais de saúde, para garantir uma assistência integral à gestante.

Além disso, é essencial promover o acesso universal aos cuidados pré-natais, especialmente para gestantes em situações de vulnerabilidade socioeconômica. A falta de acesso aos serviços de saúde pode resultar em diagnósticos tardios e falta de tratamento adequado para condições que aumentam o risco de prematuridade. Investir em políticas de saúde que garantam o acesso igualitário aos cuidados pré-natais é fundamental para reduzir a incidência de partos prematuros (SANTOS; DE LIMA, 2019).

Outro aspecto relevante é a promoção de hábitos de vida saudáveis durante a gravidez. A orientação sobre a importância de uma dieta balanceada, a prática de atividade física moderada e o abandono de hábitos prejudiciais, como o tabagismo e o consumo de álcool, são medidas preventivas importantes para reduzir o risco de prematuridade. A educação da gestante sobre a importância de adotar um estilo de vida saudável durante a gravidez pode ter um impacto significativo na saúde do bebê e na prevenção de complicações associadas ao parto prematuro (LIMA et al., 2023). 

Em alguns casos, o uso adequado de terapias medicamentosas pode ser indicado para prevenir o parto prematuro em gestantes de alto risco. A administração de progesterona, por exemplo, tem se mostrado eficaz na prevenção da prematuridade em mulheres com histórico de partos prematuros anteriores. O uso criterioso dessas terapias, sob orientação médica, pode ser uma estratégia importante para reduzir a prematuridade em determinados casos  (ABREU et al., 2023).

É importante ressaltar que a prevenção da prematuridade requer uma abordagem integrada, envolvendo ações que vão desde o início da gestação até o período pós-parto. O cuidado multidisciplinar, a promoção de hábitos de vida saudáveis, o acesso aos cuidados pré-natais e o uso adequado de terapias medicamentosas são algumas das medidas que podem ser adotadas para reduzir a incidência de partos prematuros e melhorar os resultados perinatais (LIMA et al., 2023).

4.4 Papel da assistência pré-natal no controle da prematuridade

A assistência pré-natal adequada desempenha um papel fundamental no controle da prematuridade e na promoção da saúde materno-infantil. Ao longo das últimas décadas, os avanços na área da obstetrícia e da medicina perinatal têm destacado a importância do acompanhamento regular durante a gestação como uma estratégia efetiva na redução dos partos prematuros (NETO et al., 2022).

O início precoce do cuidado pré-natal é um dos pilares para garantir uma gravidez saudável. O acompanhamento desde o primeiro trimestre possibilita a identificação precoce de fatores de risco que possam contribuir para o parto prematuro. Essa detecção precoce permite o manejo adequado de condições médicas pré-existentes, o que pode reduzir o risco de complicações e aumentar as chances de um desfecho perinatal positivo (MACIEL et al., 2023).

Durante as consultas pré-natais, os profissionais de saúde têm a oportunidade de orientar as gestantes sobre a importância de hábitos saudáveis durante a gravidez. A promoção de uma dieta equilibrada, a prática de atividade física moderada e a prevenção do uso de substâncias nocivas, como tabaco e álcool, são medidas preventivas que podem contribuir para reduzir a incidência de partos prematuros. Além disso, a educação da gestante sobre os sinais de alerta e a importância de buscar atendimento médico imediato em caso de qualquer sintoma anormal é essencial para o controle da prematuridade (DA SILVA, 2021).

A assistência pré-natal também envolve a realização de exames de rotina e a monitorização do desenvolvimento fetal. Através de ultrassonografias e exames de monitoramento, é possível acompanhar o crescimento e desenvolvimento do feto, detectando possíveis complicações que possam levar à prematuridade. O manejo adequado de condições como o retardo do crescimento intrauterino e a pré-eclâmpsia, por exemplo, pode ser fundamental para reduzir o risco de parto prematuro e melhorar os desfechos perinatais (NETO et al., 2022).

Segundo Maciel et al. (2023, p. 12) “A gravidez é um período de intensas mudanças físicas e emocionais, e o estresse e a ansiedade podem estar associados ao aumento do risco de parto prematuro”. O apoio emocional e a oferta de espaços para que as gestantes expressem suas preocupações e dúvidas podem contribuir para reduzir o nível de estresse e melhorar a saúde emocional da gestante, o que pode refletir positivamente na saúde do bebê.

4.5 Abordagens multidisciplinares para o tratamento e acompanhamento de bebês prematuros e suas famílias

As abordagens multidisciplinares desempenham um papel fundamental no tratamento e acompanhamento de bebês prematuros e suas famílias, visando promover uma assistência abrangente e integral. O nascimento prematuro representa um momento desafiador para os pais, que muitas vezes se veem diante de incertezas e preocupações em relação à saúde e ao desenvolvimento do recém-nascido. Nesse contexto, o suporte oferecido por uma equipe de saúde multidisciplinar é essencial para garantir o melhor cuidado possível ao bebê prematuro e para auxiliar os pais durante o processo de cuidado e adaptação (SANTANA et al., 2023).

A equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e outros profissionais de saúde, trabalha de forma conjunta para oferecer um suporte adequado ao recém-nascido prematuro e à sua família. Cada profissional contribui com seu conhecimento específico, proporcionando uma abordagem integrada e personalizada ao paciente e sua família (BARROSO; SCHETTINO, 2021).

No que diz respeito ao bebê prematuro, a abordagem multidisciplinar visa promover seu desenvolvimento global, desde o cuidado com sua saúde física até o estímulo adequado para o desenvolvimento neurológico e cognitivo. Fisioterapeutas podem trabalhar na estimulação precoce, auxiliando na melhoria do tônus muscular e no desenvolvimento motor do bebê. Fonoaudiólogos podem ajudar na estimulação da sucção e da deglutição, importantes para o processo de alimentação do recém-nascido (CELHO; RESENDE; DE ARAÚJO, 2022).

Barroso e Schettino (2021) afirmam que é essencial que a equipe de saúde ofereça um ambiente acolhedor e seguro para o bebê prematuro e sua família. O cuidado centrado na família é de suma importância, envolvendo os pais no processo de cuidado e tomada de decisões. Orientações sobre os cuidados com o bebê, aleitamento materno, prevenção de infecções e outros aspectos relevantes são fornecidas pela equipe de saúde para auxiliar os pais durante a internação hospitalar e após a alta.

Ademais, a abordagem multidisciplinar também é fundamental para oferecer apoio emocional aos pais do bebê prematuro. O nascimento de um bebê prematuro pode ser uma experiência emocionalmente desafiadora, e os pais podem vivenciar sentimentos de ansiedade, culpa e medo. Nesse sentido, psicólogos e assistentes sociais têm um papel importante em fornecer suporte emocional e orientações para que os pais enfrentem essa fase de forma mais tranquila e segura (SANTANA et al., 2023).

Ao trabalhar de forma integrada, a equipe multidisciplinar proporciona um ambiente de cuidado mais completo e humanizado para o bebê prematuro e sua família. O acompanhamento constante e a oferta de serviços especializados contribuem para o desenvolvimento saudável do recém-nascido e para a redução das complicações associadas à prematuridade. Além disso, a abordagem multidisciplinar também possibilita a construção de uma relação de confiança e parceria entre a equipe de saúde, os pais e o bebê, o que é essencial para um tratamento e acompanhamento bem-sucedidos (CELHO; RESENDE; DE ARAÚJO, 2022).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada através da revisão de literatura apresentada na tabela revelou a diversidade e a relevância dos temas relacionados à prematuridade, saúde materno-infantil e abordagens multidisciplinares. Os diferentes estudos realizados por autores ao longo dos anos destacam a importância de se compreender e aprimorar os cuidados relacionados a essas questões complexas e fundamentais para a saúde da mãe e do bebê.

A prematuridade é um desafio significativo na área da saúde, e os estudos revisados enfocaram a identificação de fatores de risco, complicações associadas e as medidas preventivas que podem ser adotadas para reduzir sua incidência. A assistência pré-natal adequada e a atenção multidisciplinar foram apresentadas como estratégias cruciais para melhorar os desfechos perinatais e o desenvolvimento saudável dos bebês prematuros.

A abordagem multidisciplinar foi uma constante nos estudos revisados, demonstrando sua importância no cuidado de bebês prematuros e suas famílias. A atuação conjunta de profissionais de diferentes áreas da saúde permitiu oferecer uma assistência abrangente e personalizada, considerando as necessidades físicas, emocionais e sociais desses pacientes vulneráveis.

Desta forma, os estudos também apontaram para a necessidade de investir em intervenções terapêuticas inovadoras, como a musicoterapia, e na aplicação de protocolos específicos para evitar infecções e complicações associadas à prematuridade.

A pesquisa revisada reforça a importância do conhecimento científico na busca por soluções efetivas para os desafios enfrentados na área da saúde materno-infantil. O acesso a informações atualizadas e embasadas cientificamente é essencial para aprimorar a assistência prestada a bebês prematuros e suas famílias, garantindo a melhoria da qualidade de vida e dos desfechos perinatais.

REFERÊNCIAS

ABREU, Isabella Schroeder et al. Retinopatia da Prematuridade: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, v. 9, n. 1, p. 5870-5889, 2023.

BARROSO, Laura Karolina Gonçalves; SCHETTINO, Raquel Ramos. Síndrome de asperger: revisão integrativa acerca do transtorno Asperger’s syndrome: integrative review about the disorder. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 4, p. 15147-15168, 2021.

CALABRESE, Kamille Sobreira; DE SOUSA, Graciana. Musicoterapia e recém-nascidos: Uma revisão narrativa da literatura. Discutindo Saúde Materno-Infantil Na Universidade Volume, p. 70. 2022.

COELHO, Larissa Mariano; RESENDE, Ana Clara Antunes Pereira; DE ARAÚJO, Suely Amorim. Desdobramentos da aplicação do método canguru no contexto brasileiro: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 11, n. 12, p. e244111234436-e244111234436, 2022.

COSTA, Carvalho et al. Fatores de risco maternos mais prevalentes relacionados à ocorrência de partos prematuros: revisão de literatura. Brazilian Journal of Surgery & Clinical Research, v. 36, n. 1, 2021.

DA SILVA, Antonia Alcilane. Complicações da sífilis no período gestacional: uma revisão de literatura. Revista Extensão, v. 5, n. 3, p. 79-91, 2021.

LIMA, Beatriz Pereira et al. A importância da intervenção fisioterapêutica em crianças acometidas com COVID-19: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 12, n. 3, p. e26312340773-e26312340773, 2023.

LIMA, T. C. S; MIOTO, R. C. T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Rev. Katál. Florianópolis, v. 10 n. esp. p. 37-45 2007.

MACIEL, Débora Priscilla Araújo et al. Mortalidade por sífilis congênita: revisão sistemática. Revista Multidisciplinar em Saúde, p. 106-116, 2023.

MAIA, Alef Alioscha Andrade et al. Fatores de risco da prematuridade: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 2, p. e9711-e9711, 2022.

MARINHO, Victória DCarla Santos et al. Os Fatores de risco relacionados à maternidade tardia e a ocorrência de partos prematuros: uma revisão integrativa: Fatores de risco relacionados à maternidade tardia e a ocorrência de partos prematuros. Journal of Hospital Sciences, v. 3, n. 1, p. 5-13, 2023.

NETO, João Cruz et al. Fatores de risco e elementos primitivos no desenvolvimento de síndromes hipertensivas no pré-natal: revisão integrativa. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 12, p. e18-e18, 2022.

SANTANA, Gabriela Fernandes et al. Manejo multidisciplinar da displasia cleidocranial-Revisão de literatura com metanálise. Research, Society and Development, v. 12, n. 7, p. e5912742505-e5912742505, 2023.

SANTOS, Paulo Cesar Ferreira; DE LIMA, Maria Joana. Infecções relacionadas à assistência à saúde na UTI neonatal: uma revisão integrativa. Revista H-Tec Humanidades e Tecnologia, v. 3, n. 2, p. 164-191, 2019.

SILVA, Vanusa Maria Gomes Napoleão et al. Galactogogos no manejo de mulheres com hipogalactia na unidade de terapia intensiva neonatal: protocolo de revisão de escopo. Research, Society and Development, v. 11, n. 10, p. e515111033103-e515111033103, 2022.

VICTÓRIA, Juliana Zambrano. Cuidados de enfermagem na UTI neonatal ao pai prematuro: uma revisão integrativa. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Saúde Materno-Infantil)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maternidade Escola, Rio de Janeiro, 2019.


1Acadêmica de Medicina. E-mail: fontoura.juliana.jf@gmail.com . Artigo apresentado a FIMCA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Medicina, Porto Velho/RO, 2023
2Acadêmica de Medicina. E-mail: thais.eduardapvh@gmail.com . Artigo apresentado a FIMCA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Medicina, Porto Velho/RO, 2023.
3Professora orientadora. Professora do curso de Medicina. E-mail: prof.chimene@fimca.com.br