DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19

CHALLENGES OF NURSING CARE FOR PREGNANT WOMEN DURING THE COVID-19 PANDEMIC 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10044072


Alessandra Freitas dos Santos1 
Isabela Araújo Castro2 
Lorrany Cardozo Araújo3 
Orientadora: Prof.a Esp. Rosimeire Faria do Carmo


Resumo: Esta pesquisa visa analisar as evidências científicas que respaldam estratégias eficazes para garantir uma assistência de enfermagem segura, eficiente e humanizada às gestantes. Utilizando uma revisão integrativa da literatura, este estudo explora o impacto da pandemia na saúde materna e discute as responsabilidades e desafios da assistência de enfermagem nesse contexto. Objetivo: Analisar as evidências cientificas sobre a assistência de enfermagem à saúde de gestantes, bem como, o impacto na saúde materna durante a pandemia da COVID-19 identificando estratégias eficazes para garantir um atendimento seguro, eficiente e humanizado. Método: O estudo foi conduzido por meio de uma revisão integrativa da literatura, fundamentando-se na análise de informações provenientes de fontes bibliográficas. Resultados e Discussões: Diante da análise dos estudos selecionados foi possível discutir o impacto da pandemia na saúde materna, bem como, as evidências epidemiológicas e novas ferramentas de apoio a assistência, e a responsabilidades e desafios da assistência de enfermagem à gestante no contexto da pandemia de COVID-19. Conclusão: Observou-se a necessidade de novas pesquisas que investiguem os impactos psicológicos pós-pandemia nas gestantes, bem como a integração das emergentes tecnologias que desempenharão um papel essencial nesse processo de cuidados. 

Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Gestantes. COVID-19. Pandemia. Estratégias de atendimento. 

Abstract: This research aims to analyze the scientific evidence supporting effective strategies for ensuring safe, efficient, and compassionate nursing care for pregnant women. Using an integrative literature review, this study explores the impact of the pandemic on maternal health and discusses the responsibilities and challenges of nursing care in this context. Objective: To analyze the scientific evidence regarding nursing care for the health of pregnant women, as well as the impact on maternal health during the COVID-19 pandemic, identifying effective strategies for ensuring safe, efficient, and compassionate care. Method: The study was conducted through an integrative literature review, based on the analysis of information from bibliographic sources. Results and Discussions: Through the analysis of the selected studies, it was possible to discuss the impact of the pandemic on maternal health, as well as epidemiological evidence and new support tools for care, and the responsibilities and challenges of nursing care for pregnant women in the context of the COVID-19 pandemic. Conclusion: The need for further research into the psychological impacts on pregnant women post-pandemic was observed, as well as the integration of emerging technologies that will play an essential role in this care process. 

Keywords: Nursing care. Pregnant women. COVID-19. Pandemic. Care strategies. 

1 INTRODUÇÃO 

O coronavírus é um tipo de vírus que pode ser transmitido entre animais e seres humanos, e é classificado como um RNA vírus pertencente à ordem Nidovirales e à família Coronaviridae. Essa família de vírus é conhecida por causar infecções respiratórias e foi inicialmente identificada em 1937. O nome “coronavírus” deriva da sua aparência sob microscopia, que se assemelha a uma coroa, e foi formalmente descrito dessa maneira em 1965 (BRASIL, 2020). 

Conforme a Organização Mundial da Saúde o SARS-CoV-2, conhecido como o novo coronavírus, que é responsável pela doença COVID-19, foi identificado em Wuhan, China, em 31 de dezembro de 2019. Em 9 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a presença do vírus. No dia seguinte, cientistas chineses divulgaram a primeira sequência genética do SARS-CoV-2. No Brasil, em 7 de fevereiro, 9 casos estavam sob investigação, mas nenhum caso confirmado havia sido registrado (WHO, 2020). É relevante enfatizar certas mudanças no funcionamento do corpo ao abordar a relação entre gravidez e COVID-19. A transformação na maneira como se respira, a adaptação das costelas e o aumento do diafragma, que resultam em uma capacidade respiratória reduzida, precisam ser levados em conta, especialmente à medida que a gravidez progride. Além disso, as mulheres grávidas têm uma menor capacidade de tolerar a falta de oxigênio, uma vez que os processos naturais que normalmente facilitam o fornecimento de oxigênio ao feto também reduzem sua reserva e habilidade de enfrentar situações estressantes, carência de oxigênio e aumento da acidez (TAN W, et al., 2020). 

Segundo Gajbhiye (2020), foram encontradas evidências relevantes que sugerem que a transmissão vertical é possível, embora sua ocorrência seja rara. Uma análise meticulosa reportou uma taxa de transmissão vertical de 3,2%. No entanto, a frequência real, fatores de risco envolvidos, associação com descobertas placentárias e implicações reais ainda carecem de confirmação. 

Desde o começo da pandemia devido ao vírus SARS-CoV-2, foram notificadas 22.048 situações de mulheres grávidas e pós-parto que contraíram o vírus da COVID-19, e no que se refere ao período da gestação em que foram infetadas, 50,3% das gestantes contraíram o vírus durante o terceiro trimestre, enquanto os restantes casos distribuíram-se pelos outros trimestres da gravidez e pelo período pós-parto (PERES, et al., 2022). 

É crucial reconhecer o importante papel desempenhado pelas enfermeiras e enfermeiros tanto na prestação de cuidados de saúde primários, especialmente durante as consultas prénatais e pós-parto, quanto no ambiente hospitalar. É importante destacar que, na Atenção Primária à Saúde (APS), além das práticas convencionais no atendimento pré-natal, é necessário incluir a oferta de orientações, desmistificação de conceitos errôneos e a promoção de medidas preventivas contra a Covid-19, como a promoção da higiene das mãos e das superfícies, a adoção do distanciamento social e a promoção do uso e confecção adequada de máscaras (ESTRELA, et al., 2020). 

Nesse contexto, esse artigo se justifica pela necessidade de investigar em profundidade os desafios enfrentados pela assistência de enfermagem, bem como as estratégias adotadas para enfrentá-los. A compreensão dos impactos da pandemia na assistência à gestante não apenas contribuirá para o conhecimento científico, mas também fornecerá orientações práticas para profissionais de saúde e gestores de serviços obstétricos. 

2 MATERIAIS E MÉTODOS 

A pesquisa foi conduzida durante o mês de agosto de 2023, focalizando artigos publicados no período entre 2018 e 2023, disponíveis em português, inglês e espanhol. Para a busca, utilizou-se a terminologia de saúde encontrada nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) e no Medical Subject Headings (MeSH), que levou à identificação dos seguintes termos-chave: COVID-19, gestantes (Pregnant Women) e cuidados de enfermagem (Nursing Care). A combinação desses descritores foi realizada por meio do operador booleano AND. 

Inicialmente, a seleção dos artigos começou com a avaliação dos títulos encontrados nas bases de dados, de acordo com a estratégia de pesquisa previamente definida. Em casos de dúvida, os resumos eram lidos e a metodologia dos estudos era avaliada. Após essa fase inicial de triagem, os artigos selecionados passaram por uma leitura completa. 

Foram excluídos, nesse estágio inicial, os artigos que não estavam dentro do intervalo de tempo especificado (2018- 2023), foi utilizado apenas um artigo de 2016, pois era indispensável para complementar a discussão. Resumindo em 

36 artigos selecionados para a leitura completa, sendo ainda descartados aqueles artigos que não abordaram gestantes e Covid -19 na integra. Eliminadas posteriormente as duplicatas, chegou-se a um total de 35 estudos encontrados durante a seleção inicial e 1 adicionado por meio de busca reversa. Excluindo ainda, artigos que não responderam à questão norteadora do trabalho, a revisão foi finalmente composta por um total de 20 artigos. 

Para elucidar a estratégia de busca e os critérios de exclusão dos artigos, foi elaborado um fluxograma que descreve as etapas do processo de triagem realizado para alcançar a seleção dos estudos primários. 

Figura  1 – Fluxograma PRISMA do processo de identificação e seleção dos artigos para a revisão de literatura   sobre os desafios da assistência de enfermagem à gestante frente à pandemia de covid-19.

2.1 Avaliação da qualidade de evidência 

A qualidade da evidência é uma das maneiras que podem determinar a força das recomendações, não é suficiente possuir grande confiança na estimativa de efeito de um tratamento para definir a força da recomendação. Há outras questões a serem consideradas, como o tamanho do benefício em comparação aos efeitos indesejáveis e quais desfechos são afetados pelo tratamento (BRASIL, 2011).  

No Quadro 3 demonstra-se a síntese dos artigos selecionados e a avaliação da qualidade da evidência de acordo com a Qualis de cada revista. 

Tabela 1 – Síntese dos estudos incluídos para compor a amostra final da presente revisão de acordo com a Qualis.

N° AUTORES ANO QUALIS ENFERMAGEM 
01 ALDERETE et al 2023 B1 
02 CHAVES et al 2023 A2 
03 ROSA et al 2023 A3 
04 GAMBOGI et al 2023 B1 
05 MATTEI et al 2023 B1 
06 SOUSA et al 2022 B1 
07 PASALA et al 2022 B1 
08 BRITO et al 2022 B3 
09 LIMA et al 2022 A4 
10 MARQUES et al 2022 B1 
11 PAIXÃO et al 2021 A3 
12 TAVARES et al 2022 A1 
13 OLIVEIRA et al 2021 A3 
14 DANTAS et al 2020 A3 
15 ESTRELA et al 2020 A3 
16 FAGUNDES et al 2020 B1 
17 DE SOUZA et al 2023 A2 
18 OPPENHEIMER et al 2023 A4 
19 NOGEIRA et al 2020 A1 
20 Wu Y et al 2020 A4 

Fonte: Elaborado pelas autoras (2023) 

Após a finalização das etapas de seleção dos artigos, obtivemos um conjunto de 20 artigos que foram selecionados como nossa amostra final. Os resultados foram apresentados de forma descritiva em um quadro, que ilustra as características essenciais de cada uma das pesquisas, levando em consideração o descritor utilizado na busca, o título, autor(es), ano de publicação, objetivo e recomendação. 

3 RESULTADOS/DISCUSSÃO 

3.1 Impacto da pandemia na saúde materna 

É relevante enfatizar certas mudanças no funcionamento do corpo ao abordar a relação entre gravidez e COVID-19. A transformação na maneira como se respira, a adaptação das costelas e o aumento do diafragma, que resultam em uma capacidade respiratória reduzida, precisam ser levados em conta, especialmente à medida que a gravidez progride. Além disso, as mulheres grávidas têm uma menor capacidade de tolerar a falta de oxigênio, uma vez que os processos naturais que normalmente facilitam o fornecimento de oxigênio ao feto também reduzem sua reserva e habilidade de enfrentar situações estressantes, carência de oxigênio e aumento da acidez (TAN W, et al., 2020). 

Segundo um estudo sobre gravidez e COVID-19, evidências sugerem uma taxa de transmissão vertical do SARS-CoV-2 de 3,2%, ainda que rara. No entanto, a frequência real, fatores de risco, associação com descobertas placentárias e implicações necessitam de confirmação. Em um estudo, 8% dos recém-nascidos testaram positivo, incluindo um caso de líquido amniótico positivo e outro com placenta e membrana fetal positivas (GAJBHIYE, et al., 2020). 

A disseminação rápida e destrutiva da pandemia do SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19, afetou profundamente mulheres grávidas e mães que entraram em contato com o vírus, deixando-as em situação de vulnerabilidade. Diante da necessidade de atendimento a gestante no contexto da pandemia, medidas de segurança gerais foram implementadas (ESTRELA, et al., 2020). 

Observa-se que várias ações foram implementadas para reorganizar o atendimento no momento do parto, como: limitar ou controlar a presença de acompanhantes, suspender a presença de doulas, restringir visitas, realizar intervenções obstétricas excessivas, estabelecer critérios para o contato pele a pele, realizar o pinçamento precoce do cordão umbilical e ajustar os cuidados com a amamentação. Embora essas medidas tenham sido consideradas para garantir a segurança de pacientes e profissionais de saúde, também tiveram um impacto negativo na experiência do parto (ALDERETE, et al., 2023). 

Segundo Alderete, et al. (2023), Gambogi, et al. (2023), Pasala, et al. (2022), Lima, et al. (2022), Wu Y, et al. (2020), Paixão, et al. (2021), e Estrela, et al. (2020), a ocorrência de depressão foi mencionada como uma notável condição mental, que afetou diretamente as gestantes durante a pandemia, sendo citada em 7 artigos presentes nessa revisão.  

Tabela 2 – Publicações científicas encontradas nas Bases de Dados LILACS, BDENF e MEDLINE, no período de 2018 a 2023, de acordo com o autor (es), descritor, título, objetivo e recomendação.

N° Autor (es) Descritor Título  Objetivo  Recomendação 
01 ALDERETE et al. Covid-19” AND gestantes AND enfermagem Repercussões da pandemia da covid-19 na atenção à mulher no trabalho de parto e parto: 
estudo transversal 
Avaliar o processo de trabalho dos profissionais de saúde na atenção primária no enfrentamento à Covid-19. Reforça-se a importância de ações em saúde que envolvam práticas educativas voltadas ao período de pré-natal nas unidades de atendimento, para que os profissionais prestem orientações às gestantes, no que se refere à fisiologia natural do parto, abordagens sobre o seu corpo e seus direitos, melhores momentos para se direcionar à Maternidade de referência e opções de práticas não farmacológicas para alívio da dor que podem ser realizados em domicílio, entre outros. 
02CHAVES et al. Covid-19 AND pregnant AND nursing Práticas de assistência ao parto e nascimento na perspectiva de gestantes com 
COVID-19 
Compreender a percepção das grávidas com COVID-19 acerca da aplicabilidade das boas práticas de assistência ao parto e nascimento. Ainda é um desafio garantir o direito das gestantes durante o trabalho de parto, por tanto, deve-se encontrar ferramentas que fortaleçam o conhecimento das gestantes sobre a política e o seu direito À autonomia  no trabalho de parto e pós-parto, evidenciando diversas práticas inadequadas que ocorreram durante a pandemia. 
03ROSA et al.Covid-19 AND Pregnant AND nursingIncidência do parto prematuro em gestantes com 
COVID 19
Avaliar incidência de partos prematuros em gestantes com COVID -19, como igualmente busca identificar os sinais de complicações nas gestantes infectadas por 
COVID 19 durante o parto.
Recomenda-se realizar o acompanhamento correto para diminuir ainda mais as chances de infecção ou de agravo da doença, e para minimizar ainda mais as chances de contaminação e agravos pelo coronavírus em grávidas e puérperas, é recomendado que elas se vacinem contra COVID-19.
04GAMBOGI et al. Covid-19 AND pregnant AND nursing 
“Covid-19” 
AND gestantes 
AND 
enfermagem
Assistência à Saúde de gestantes com covid-19: revisão integrativaAnalisar na literatura científica as evidências sobre a assistência à Saúde de gestantes contaminadas pelo SARS-CoV-
2, durante a 
Pandemia da COVID-19.
O presente estudo reforça as informações atuais referentes aos sinais e sintomas mais frequentes e as possíveis complicações, como pré-eclâmpsia e parto prematuro que a gestante com COVID-19 pode apresentar. Conhecer as principais apresentações da doença contribui para a identificação precoce da mesma, como também, da implementação de ações com o propósito de evitar o  agravamento que acarretam risco para esta clientela. 
05MATTEI et al.MATTEI et al. 
“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem 
Repercussões da pandemia da covid-19 na Assistência à parturiente: olhar da enfermagemIdentificar as repercussões da pandemia  da COVID-19 na 
Assistência à parturiente pelo olhar da enfermagem
Adequações institucionais devem ser realizadas, novas demandas de assistência precisaram ser atendidas pelos profissionais de enfermagem, concomitante ao retrocesso de outras, aumentando os desafios para planejar e realizar a assistência à parturiente.
06SOUSA et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Estresse ocupacional da enfermagem em uma emergência obstétrica na Pandemia de 
COVID-19
Relatar a vivência do estresse ocupacional da enfermagem no fluxo de atendimento em uma emergência obstétrica na pandemia de COVID-19.Deve-se levar em consideração a Humanização da 
Assistência em Detrimento da Precarização do trabalho neste cenário que envolve estresse emocional e ocupacional, altos índices de absenteísmo, elevada rotatividade, processos de demissão, afastamentos, mudanças de função, inadequação de pessoal, bem como inúmeras consequências indesejáveis para profissionais, pacientes e  organizações de saúde.
07PASALA et al.“Covid-19” 
AND Gestantes and enfermagem 
O cuidado de enfermagem no pré-natal com competência a partir do olhar de gestantesDescrever as Vivências e expectativas da gestante em relação ao pré- natal na Atenção Primária à SaúdeÉ necessário buscar estratégias que busquem o Desenvolvimento de competência de enfermeiras no pré-natal na APS, levando em consideração a importância do olhar do usuário para a satisfação dos cuidados e subsídio para identificação de estratégias que permitam evidenciar as necessidades da gestante para um cuidado individualizado que responda a suas reais Expectativas.
08BRITO et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem.
Cuidados de enfermagem a gestantes   em tempos  de pandemia do SARS-COV-2Identificar, na literatura, os cuidados de enfermagem no período gestacional, no contexto pandêmico. E expor aos leitores, a importância dele, visando prevenir a forma grave da doença e seus desfechos, evitando assim, a ocorrência de morbimortalidade.É de responsabilidade da equipe de enfermagem tem em sua importância a promover a  conscientização dos benefícios da vacinação e dos cuidados para prevenção de  gestantes contra COVID-19 e pós contrair o vírus, promovendo um cuidado humanizado.
09LIMA et al. “Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
COVID-19 e as repercussões na saúde mental de gestantes: revisão integrativaIdentificar, a partir das evidências presentes  na literatura, os impactos da COVID-19 na saúde mental de mulheres grávidas.O estudo fortaleça a prática da enfermagem na atuação frente aos problemas identificados, através das reflexões, discussões e  apontamentos para as necessidades de buscar estratégias que identifiquem precocemente as grávidas com fatores de risco para alterações do bem estar mental.
10MARQUES et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Reorganização do serviço ambulatorial de referência para condições crônicas durante a Pandemia da COVID-19.Relatar a experiência da equipe de saúde da atenção especializada na reorganização do processo de trabalho para a continuidade do cuidado às pessoas com condições crônicas complexas durante a pandemia da covid-19.A finalidade primordial durante esta pandemia é priorizar a redução de riscos à saúde, além de proporcionar desfechos satisfatórios para as pessoas. O matriciamento deve ser essencial para um atendimento integral aos grupos de riscos durante a pandemia.
11PAIXÃO et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
A solidão materna diante das novas orientações em tempos de 
SARS-COV-2: 
um recorte brasileiro
Refletir acerca da vivência solitária da mulher durante o ciclo gravídico- puerperal       em tempos de pandemia pelo vírus SARS-CoV- 
2.
A enfermagem durante a assistência à mulher  no ciclo gravídico-puerperal atente-se para as sutilezas  de sentimentos de solidão que podem interferir no bem-estar materno-fetal.
12TAVARES et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Alterações psíquicas em profissionais da enfermagem pertencentes ao grupo de risco para complicações da COVID-19Identificar as alterações psíquicas em profissionais da enfermagem pertencentes e não pertencentes ao grupo de risco para complicações da COVID-19.Na esfera assistencial, deve-se incrementar o conhecimento sobre o tema possibilitando a identificação de fatores de risco para o adoecimento na prática   profissional, Além de buscar estratégias de apoio psicológico laboral, visando à saúde dos trabalhadores, redução do Absenteísmo e  Melhoria na assistência.
13OLIVEIRA et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Telenfermagem na COVID-19 e saúde materna: 
WhatsApp® como ferramenta de apoio
Descrever o processo de criação do Fale com a Parteira Recife – PE como um serviço de telenfermagem utilizando o 
WhatsApp® como ferramenta de apoio para promoção da saúde materna na pandemia da COVID-19.
Pode-se considerar uma janela de Oportunidades na prática avançada da promoção da saúde com o uso de uma estratégia tecnológica utilizada para oferecer suporte, acompanhamento e acolhimento com segurança as gestantes e puérperas em tempos de pandemia da COVID-19.
14DANTAS et al.Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Diagnósticos de enfermagem para pacientes 
com COVID-
19
Elencar com base nas manifestações clínicas da doença, os principais diagnósticos de enfermagem que podem ser aplicados para crianças, adultos, gestantes e idosos com COVID-19.O diagnóstico sofrimento espiritual é um importante achado que pode contribuir para o alcance de um olhar profissional que ultrapasse os cuidados somente às dimensões físicas, já que segundo o presente artigo foi o diagnóstico mais citado.
15ESTRELA et al.Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Gestantes no contexto da pandemia da Covid-19: reflexões e desafiosRefletir sobre o estar gestante em tempos de pandemia da Covid-19 e a importância do cuidado profissional, sobretudo de enfermeiras, a fim de superar os inúmeros desafios que permeiam esse contexto.É importante que os(as) profissionais de saúde, especialmente os(as) enfermeiros(as), conheçam a Sintomatologia da Covid-19 para que possam prevenir o agravo dessa enfermidade, intervindo antecipadamente por meio de orientações e encaminhamentos necessários para cuidar da saúde da gestante e do feto.
16FAGUNDES et al.Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Anseios das profissionais de enfermagem 
gestantes frente à pandemia de covid-19:um relato de experiência
Refletir sobre a experiência dos membros da Comissão Nacional de Saúde da Mulher e Assessoria de Comunicação do Cofen quanto as demandas enviadas pelas profissionais de 
Enfermagem sobre à gestação, lactação e puerpério durante a pandemia de Covid-19.
É fundamental preservar as Profissionais de Enfermagem e assegurar acesso a direitos trabalhista e preservar o binômio mãe-bebê. Desse modo, é preciso que os profissionais de enfermagem sejam visualizados além de suas atividades laborais, em especial as gestantes, onde a saúde psíquica torna- se objeto de medidas para atenuar todo prejuízo que o Covid19 tem ocasionado.
17DE SOUZA et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Perfil epidemiológico e obstétrico de gestantes com COVID-19 em 
um hospital de referência no estado do Pará
Caracterizar o perfil epidemiológico de gestantes com 
Diagnóstico de 
COVID-19 Que estiveram internadas em um hospital de referência para saúde materno- infantil na cidade de Belém no estado do Pará.
É perceptível a urgência de fortalecimento da atenção básica para manutenção da saúde materno-infantil com sua busca acentuada pela promoção e prevenção da saúde, a partir da pandemia incluindo as medidas de prevenção e cuidados de   higiene básicos para diminuição/eliminação da infecção pela COVID-19 em 
gestantes e na população em geral.
18OPPENHEIMER et al.“Covid-19” 
AND gestantes AND enfermagem
Gestação e 
COVID-19: 
Incidência de complicações no parto.
Avaliar a incidência de complicações gestacionais em mulheres com infecção por 
SARS-CoV-2 na 
cidade de Itajubá – Minas Gerais, em hospital universitário.
É imprescindível o conhecimento das possíveis complicações obstétricas nesse contexto, adotando sempre uma conduta individualizada com base nas condições clínicas materno-fetais e no grau de gravidade sobretudo a segurança desse binômio.
19NOGUEIRA et al.Covid-19 AND pregnant AND 
nursin
Covid-19 AND pregnant AND 
nursin 
Análise nacional do perfil das gestantes acometidas pela COVID-
19 
Analisar o perfil das gestantes acometidas pela COVID-19.existirem comprovações científicas que corroborem a transmissão vertical da COVID-19 para o feto e ser muito cedo para evidências definitivas, as grávidas necessitam de uma atenção especial dos serviços de saúde, como uma assistência pré-natal de qualidade, atenção obstétrica individualizada, holística e multiprofissional, além de ações que objetivem promover o bem-estar do binômio mãe e filho
20Wu Y et al.Covid-19 AND pregnant AND nursingPerinatal depressive and anxiety symptoms of pregnant women during the coronavirus disease 2019 outbreak in China.Objetiva examinar o impacto do surto da doença coronavírus  de 2019 na prevalência de sintomas depressivos e de ansiedade e os fatores de risco correspondentes entre mulheres grávidas em toda a China.As estratégias que visam o stress e o isolamento materno, como a comunicação eficaz dos riscos e a prestação de primeiros socorros psicológicos, podem ser 
particularmente úteis para prevenir resultados negativos para as mulheres e os seus fetos.

Fonte: Elaborado pelas autoras com base nos artigos selecionados (2023) 

Um estudo indicou a presença frequente de sintomas de depressão entre as gestantes durante a pandemia. Várias questões específicas foram identificadas, incluindo conflitos familiares decorrentes do aumento do tempo de convivência, preocupações com a falta de alimentos e ansiedade. O que acarretou em interrupção das consultas pré-natais presenciais, aumentando a necessidade de modificar o plano, ocasionalmente, mudança no local de parto (Lima et al., 2022). 

Percebeu-se em outro estudo que, o relacionamento conjugal e o Índice de Massa Corporal (IMC) foram associados aos níveis de depressão e ansiedade vivenciados pelas gestantes. Também foram observados fatores relacionados a perda de renda familiar, fechamento de creches, conflitos familiares e a ausência do parceiro nas consultas pré-natais, bem como ter um alto número de filhos e estar no terceiro trimestre da gestação (TAVARES, et al., 2022). 

As estratégias que visam o stress e o isolamento materno, como a comunicação eficaz dos riscos e a prestação de primeiros socorros psicológicos, podem ser particularmente úteis para prevenir resultados negativos para as mulheres e os seus fetos (WUY, et al., 2020). 

Durante a pandemia a enfermagem enfrentou grandes desafios relacionados ao estresse ocupacional, durante a pandemia de COVID-19 incluindo o medo de infecção, preocupações com o ambiente de trabalho, o risco de transmitir a infecção à família, falta de pessoal adequado, conflitos interpessoais e falta de apoio da equipe. Além disso, o treinamento para COVID- 19, a disponibilidade de equipamento de proteção individual (EPI), nível de escolaridade e o suporte da administração hospitalar foram fatores que influenciaram negativamente o nível de estresse dos enfermeiros (SOUSA, et al., 2022). 

O período da gravidez e do pós-parto resulta em significativas transformações físicas, hormonais, emocionais e sociais para a mulher que o atravessa, e a solidão é um sentimento comum nesse contexto. Com a atual pandemia de COVID-19, a tendência é que essa sensação de solidão seja intensificada, devido à necessidade de distanciamento social e às alterações nas práticas de cuidado para proteger todas as pessoas envolvidas (PAIXÃO, et al., 2021). 

3.2 Evidências epidemiológicas e as novas ferramentas de apoio a assistência 

No Brasil, até janeiro de 2023, foram registrados mais de 36 milhões de casos e mais de 695 mil óbitos devido à COVID-19. O país enfrenta uma taxa de mortalidade materna pela doença significativamente alta, 3,4 vezes maior do que em outros lugares do mundo, representando 10% do total de mortes maternas anuais. É importante notar que a maioria desses óbitos ocorreu durante o período puerperal (TAKEMOTO et al., 2020). 

A vigilância epidemiológica no Brasil declarou o aumento no número de partos prematuro e cesarianas em mulheres grávidas infetadas com COVID-19 e tem alertado para casos de mortes maternas devido a complicações cardiopulmonares ou falência múltipla dos órgãos (TRAPANI et al., 2020).  

Segundo o Nogueira, et al. (2020), apresenta um boletim epidemiológico do Brasil, em que evidencia que a maioria das mulheres expostas ao SARS-CoV-2 durante a pandemia está na faixa etária de 20 a 39 anos. Em relação à raça/cor, os dados revelam uma diversidade, com a autodeclaração de 107 mulheres pardas, 67 brancas, 14 pretas, 2 amarelas, 1 indígena e 61 sem resposta. No entanto, não há evidências significativas que relacionem a variável cor com maior incidência, uma vez que a população brasileira é predominantemente parda. 

Um estudo analisando o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe no Brasil revelou um aumento significativo na mortalidade materna por COVID-19. Em 2020, houve 455 casos, aumentando para 814 em 2021, resultando em 10 e 38 mortes semanais, respectivamente. A maioria desses óbitos ocorreu no terceiro trimestre da gestação. Comparativamente, a mortalidade materna aumentou em 283% e a da população em geral em 105% entre 2020 e 2021, destacando o risco para gestantes com COVID-19. Diante desse cenário, as organizações médicas, como a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, a Sociedade Brasileira de Imunizações, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Associação Médica Brasileira, enfatizaram que a COVID-19 representa um alto risco de complicações e morte em gestantes, além de aumentar o risco de nascimentos prematuros e óbito fetal. Após uma avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos, o Programa Nacional de Imunização (PNI) concluiu que a vacinação contra a COVID-19 é altamente benéfica para gestantes e puérperas até 45 dias após o parto. Portanto, a vacinação é recomendada para proteger a saúde das gestantes e seus bebês (MARTINS et al., 2021). 

O Ministério da Saúde (Nota Técnica nº 2/2021) emite as seguintes recomendações: 

a) Vacinar gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, como grupo prioritário independentemente da presença de fatores de risco adicional. 

b) A vacinação das gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, deverá ser realizada com as vacinas que não contenham vetor viral (Sinovac/Butantan e Pfizer/Wyeth), não estando recomendado intercambialidade entre laboratórios produtores para aquelas que receberam sua primeira dose com o imunizante AstraZeneca/Oxford. 

c) A vacinação poderá ser realizada em qualquer trimestre da gestação. 

d) A vacinação das gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), a partir de 18 anos, deverá ser condicionada a uma avaliação individualizada, compartilhada entre a gestante e seu médico, do perfil de risco-benefício, considerando as evidências e incertezas disponíveis até o momento. 

e) A vacinação poderá ser realizada em lactantes que pertençam a algum dos grupos prioritários já elencados, no momento da convocação do respectivo grupo, não sendo necessária a interrupção da lactação, no entanto a lactação em si não será considerada como prioritária para a vacinação. 

f) Para a vacinação das gestantes e puérperas deverá ser exigido prescrição médica. 

Como novas ferramentas de apoio a assistência, destaca-se a aplicação das tecnologias, que tem se mostrado eficaz na ampliação da cobertura da atenção à saúde da gestante, abrangendo áreas como gestão, assistência, educação e pesquisa. Esta abordagem é amplamente recomendada para a expansão da gama de serviços relacionados à saúde. De uma perspectiva mais abrangente, a telemedicina é reconhecida como uma ferramenta crucial para abordar os desafios contemporâneos enfrentados pelos sistemas de saúde (MALDONADO, et al., 2016). 

A Telenfermagem é um subcampo da Telesaúde em que os profissionais de Enfermagem empregam Tecnologias da Informação e Comunicação para prestar assistência de forma remota. Em resposta à situação de pandemia causada pelo novo coronavírus SARS-CoV2, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) regulamentou e autorizou a prática de Teleconsulta de Enfermagem por meio da Resolução Nº 634/2020 como uma medida de enfrentamento, detalhando também as diretrizes para essa modalidade de assistência (SOUZA et al., 2020). 

O papel essencial da equipe de Enfermagem no enfrentamento do risco de SARS-CoV2. Diante da crescente demanda da população por acesso aos cuidados de saúde, a utilização da Telenfermagem surge como uma estratégia fundamental. Essa abordagem possibilita a troca de informações, esclarecimento de dúvidas, orientação sobre comportamentos individuais e coletivos, avaliação da adesão às medidas de isolamento e distanciamento social, contribuindo assim para o controle dos índices de mortalidade e melhoria dos prognósticos (SILVA, et al., 2021). 

Nos estudos incluídos para a presente revisão, destacamos a experiência de Oliveira et al, 2021 que descreve a criação do “Fale com a Parteira Recife – PE, aonde 56 enfermeiras obstétricas conduziram 2.300 teleorientações em três meses, com média de 20 minutos por sessão. Cerca de 43% das pacientes estavam no terceiro trimestre de gravidez, 21% no segundo, 13% no primeiro e 7% eram puérperas. Mensagens instantâneas personalizadas foram criadas para atender às necessidades das gestantes e um protocolo sobre assistência obstétrica e COVID-19 foi desenvolvido. Esse projeto foi replicado em 10 cidades brasileiras. 

Em suma, as teleorientações foram eficazes, baseadas em evidências científicas e protocolos, visando a segurança materna e prevenção de danos, além de garantir serviços oportunos através da coordenação com a rede de atenção obstétrica. O foco estava centrado nas necessidades das gestantes e puérperas (OLIVEIRA, et al., 2021). 

3.3 Responsabilidades e desafios da Assistência de enfermagem à gestante no contexto da pandemia de COVID-19 

É fundamental ressaltar que, devido às mudanças constantes no sistema de saúde, a enfermagem enfrenta desafios cada vez mais complexos na gestão e prestação de cuidados. Para atender às crescentes demandas das gestantes, é imperativo desenvolver novas estratégias. No contexto pandêmico destacam- se estratégias para a reorganização do fluxo na rede de saúde, a implementação de acompanhamentos e orientações virtuais, a triagem de classificação de risco e a decisão de adiar consultas e procedimentos de rotina no pré-natal para gestantes com sintomas da síndrome gripal por um período de 14 dias (BRASIL, 2020). 

Segundo Estrela, et al. (2020) em seu estudo evidenciou a extrema importância do papel desempenhado pelas enfermeiras, tanto na Atenção Primária à Saúde (APS), durante as consultas pré-natais ou pós-parto, quanto nos cuidados hospitalares. É relevante destacar que, no contexto da APS, além das práticas já recomendadas para o pré-natal, é essencial que os cuidados com a saúde das gestantes englobem orientações, esclarecimento de concepções errôneas e a implementação de medidas preventivas contra a Covid-19 e outras doenças. Tais cuidados podem ser integrados em diversos contextos, como grupos de gestantes e na área de espera. 

O enfermeiro deve oferecer assistência humanizada e de qualidade, adaptada às necessidades individuais das parturientes, visando a minimizar experiências negativas durante o parto e nascimento (MATTEI, et al., 2023). 

Maldonado descreve o período que abrange a gravidez até o puerpério como uma fase de crise, caracterizada pela necessidade de transformação e reestruturação em várias dimensões (MALDONADO, et al., 2016). 

As mudanças físicas e emocionais típicas desse período, resultado das importantes alterações hormonais, aumentam a vulnerabilidade das mulheres a problemas de saúde mental. Reconhecendo essas transformações na jornada para a maternidade, a enfermagem, especialmente no pré-natal, desempenha um papel crucial em compreender as particularidades de cada mulher e prepará- las para enfrentar possíveis momentos de crise (PAIXÃO, et al., 2021). 

Para tanto os enfermeiros e enfermeiras evidenciam um cuidado que é sensível, empático e inovador no atendimento às necessidades emocionais das gestantes, principalmente no período pós-pandemia. Eles proporcionavam uma sensação de segurança, dedicando mais tempo para estar ao lado delas, conversando e oferecendo apoio (MATTEI, et al., 2023). 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Através dos artigos selecionados, exploramos uma diversidade de pesquisas que elucidaram os desafios psicológicos enfrentados pelas gestantes durante a pandemia, bem como os impactos duradouros dessas questões em suas vidas. Além disso, identificamos o surgimento de novas ferramentas tecnológicas que desempenharam um papel fundamental na manutenção do contato e do apoio durante esse período desafiador. Essas descobertas destacam a importância de abordagens holísticas na assistência à saúde materna e a adaptação constante da tecnologia para atender às necessidades em evolução das gestantes. 

O presente artigo através das experiencias citadas durante a pandemia, nos permite um olhar aprofundados quanto a importância de os profissionais de enfermagem estarem atentos às nuances da assistência durante o ciclo gravídico-puerperal pós-pandemia. Pois todas as escolhas podem afetar o bem- estar tanto da mãe quanto do bebê. 

Com esse entendimento, a enfermagem deve desenvolver estratégias para lidar com os desafios impostos pelo período da pandemia, preparando as mulheres de forma mais eficaz para a gestação, o parto e o período pós-parto. 

Isso pode incluir o uso de tecnologias digitais para consultas individuais e a criação de redes de apoio em grupos de gestantes e puérperas. 

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1Graduanda do curso de Bacharel em Enfermagem / Centro Universitário UniLS.
E-mail: alessandra.santos11@lseducacional.com 

2Graduanda do curso de Bacharel em Enfermagem / Centro Universitário UniLS.
E-mail: isabela.castro46@lseducacional.com 

3Graduanda no curso de Bacharel em Enfermagem / Centro Universitário UnILS.
E-mail: lorrany.c.araujo@lseducacional.com

4Enfermeira docente do Centro Universitário UniLS no curso de Enfermagem.
E-mail: rosimeire.fdocarmo@gmail.com