TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE NA INFÂNCIA (TDAH): A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

ATTENTION DEFICIT DISORDER WITH HYPERACTIVITY IN CHILDHOOD (ADHD): THE IMPORTANCE OF EARLY DIAGNOSIS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10019654


Yasmim Lima Oliveira1,
Nathália de Matos Souza2,
Thawanna Marin da Silva3,
Orientador: Prof. Ms. Chimene Kuhn Nobre


RESUMO

Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) de tempos antigos a hodiernamente, teve aumento de diagnósticos, o que mostrou a importância de fomentar o assunto e discutir sobre as suas características. Objetivos: este estudo tem por objetivo identificar os sinais clínicos do TDAH, apresentar as complicações desse transtorno quando não identificado e não tratado e informar a importância do diagnóstico precoce. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo e de revisão bibliográfica, onde a coleta de dados será realizada em bancos de artigos e periódicos como Scielo, PubMed, Public Knowledge Project e Revista de Neurociência, serão selecionados de acordo com o objetivo da pesquisa, terão maior peso aqueles entre o ano 2010 a 2022, artigos em inglês e português. Serão excluídos artigos incompletos, repetidos e anteriores ao período estabelecido. Resultados: espera-se, por meio deste trabalho, conscientizar pais e responsáveis sobre a importância do diagnóstico precoce, bem como o melhor tratamento para a minimização de impactos negativos futuros. Conclusão: portanto, é essencial discutir sobre o TDAH, já que o mesmo  se apresenta de diversas formas, e cada sintoma interfere negativamente, podendo comprometer o rendimento escolar, situação social e provocar distúrbios.  

Palavras-chave: Infância, TDAH, diagnóstico, tratamento, sintomas.

ABSTRACT

Introduction: The Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) from ancient times to today, had an increase in diagnoses, which showed the importance of promoting the subject and discussing its characteristics. Objectives: this study aims to identify the clinical signs of ADHD, present the complications of this disorder when it is not identified and untreated, and inform the importance of early diagnosis. Methodology: this is a qualitative study and bibliographical review, where data collection will be carried out in banks of articles and journals such as Scielo, PubMed, Public Knowledge Project and Revista de Neurociência, will be selected according to the research objective, those between the year 2010 to 2022, articles in English and Portuguese will have greater weight. Articles that are incomplete, repeated and older than the established period will be excluded. Results: it is hoped, through this work, to make parents and guardians aware of the importance of early diagnosis, as well as the best treatment to minimize future negative impacts. Conclusion: therefore, it is essential to discuss ADHD, since it presents itself in different ways, and each symptom interferes negatively, which can compromise school performance, social situation and cause disturbances.

Keywords: childhood, ADHD, diagnosis, treatment, symptoms.

INTRODUÇÃO

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma doença neurológica que se desenvolve na infância e em diferentes situações, caracterizado pela presença dos sintomas de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade (BANASCHEWSKI et al., 2017). Indivíduos com essa condição estão sujeitos a diferentes deficiências funcionais como, lesões em decorrência de acidentes, prejuízos escolar e ocupacional, divórcio e dificuldades em suas relações afetivas (FARAONE; LARSSON, 2019).

O TDAH é um dos transtornos de desenvolvimento mais comuns, tendo um alto grau de persistência abrangendo até a fase adulta. Sua prevalência global é de 3 a 7%, e aproximadamente 5% das crianças e 4% dos adultos apresentam TDAH. Devido sua abrangência, o TDAH pode interferir negativamente no bem-estar geral, na vida social, no desempenho acadêmico e no desenvolvimento de habilidades sociais (SANTONASTASO, et al., 2020).

De acordo com a periodicidade dos sintomas, o TDAH pode ser de três tipos, predominantemente desatento, predominantemente hiperativo/impulsivo e combinado (CASTRO; LIMA, 2018). Os sintomas de desatenção são referentes a perda de objetos, não permanência em atividades que exijam grande esforço mental contínuo ou finalizá-las e descuido escolar. Em relação a hiperatividade, há agitação no momento da fala, demonstração de impulsividade, sempre está em movimento, entre outros (BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018).

Conforme analisado por Ayano et al. (2020), o tipo predominantemente desatento (TDAH-I) se constatou o subtipo mais comum de TDAH dentre os indivíduos afetados (2,95%). Logo depois, o tipo hiperativo-compulsivo (TDAH-HI) foi o mais abordado (2,77%), seguido do subtipo combinado (TDAH-C), com 2,44% de aparições. Detalhando-se o âmbito do gênero, os meninos apresentaram o tipo predominantemente desatento como o mais aparente (4,05%), assim como nas meninas (2,21%).

O próprio DSM-5 separa o TDAH nesses três principais subtipos nominais, baseados na elevação diferencial de uma bidimensionalidade abrangendo sintomas de desatenção e sintomas de hiperatividade-impulsividade. Dessa forma, o tipo predominantemente desatento descreve indivíduos com níveis desadaptativos de desatenção, mas eximindo a hiperatividade-impulsividade. 

Já o tipo predominantemente hiperativo-impulsivo deixa de ser representado pela desatenção, e passa a ser caracterizado por desadaptações relacionadas à hiperatividade-impulsividade. O tipo combinado aponta indivíduos que abordam sintomas mistos, os quais são representados tanto pela desatenção, quanto pela hiperatividade-impulsividade (BERGER, 2011).

Segundo estudos, no Brasil nota-se maior taxa de prevalência de problemas comportamentais externalizados em crianças do sexo masculino, de outro modo, as meninas apresentaram mais comportamentos pró-sociais e funcionamento adaptativo. No entanto, nas crianças em idade pré-escolar e escolar de ambos os sexos, foi possível encontrar problemas de comportamento desafiador opositor, ansiedade e atenção (JUSTINO; BOLSONI-SILVA, 2021).     

Em uma pesquisa feita por Willcutt (2012), em que foram analisados cerca de 97 estudos, constatou-se que dentre esses 97 estudos, 80 resultaram de maneira positiva entre os 6 aos 18 anos de idade, demonstrando uma clara generalização sobre a população infantil, juvenil e população de adultos jovens em idade escolar.

Além dos sintomas característicos de TDAH, as crianças apresentam autoestima baixa e dificuldades de socialização, o que gera baixo rendimento escolar e rejeição por parte do meio onde está inserido. Este último pode ser motivado pelas crianças não corresponderem aos ideais esperados entre outras de mesma faixa etária (BERTOLDO; FEIJÓ; BENETTI, 2018; SILVA; MENDES; BARBOSA, 2020).

No âmbito do diagnóstico, é necessária uma minuciosa análise clínica a partir de avaliação das características cognitivas, emocionais e comportamentais; desenvolvimento infantil, vida escolar/profissional, relacionamentos e queixas advindas do paciente/familiar (CARVALHO; SANTOS, 2016), com esses resultados, será possível aplicar a terapêutica adequada responsável por melhorar a saúde mental da criança, logo, a qualidade de vida (SILVA; MENDES; BARBOSA, 2020). 

O tratamento de TDAH inclui intervenções psicossociais e a prescrição de agentes farmacológicos. Esses métodos devem ser examinados de forma conjunta por todos os profissionais envolvidos no processo de diagnóstico, devido só a medicação não ajudar eficientemente o indivíduo (PARENTE; SILVÉRIO, 2019). 

Diante das informações, é significativa a descoberta de TDAH logo no início, visto que pode minimizar o risco de maus resultados sociais ao longo da vida, compreendendo criminalidade, conflitos familiares, dependência de substâncias, fracasso acadêmico e profissional, e problemas na interação social. Em comparação com a população em geral, pessoas com o transtorno possuem maiores chances de morte precoce, suicídio e o desenvolvimento de obesidade (POZZI et al., 2020). 

Levando em consideração todas as advertências que o TDAH causa na infância e as suas consequências que comprometem o futuro da mesma, esse trabalho objetiva apresentar a relevância do diagnóstico precoce e o tratamento necessário, a fim de contribuir para o convívio na sociedade, seu bem-estar e desenvolvimento pessoal.

METODOLOGIA 

O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, visto que a coleta de dados será realizada a partir de artigos disponíveis em bancos de dados e periódicos, trata-se de um estudo qualitativo, a pesquisa terá uma busca em bancos de dados como Scielo, PubMed, Public Knowledge Project e Revista de Neurociência. Os artigos serão selecionados de acordo com o objetivo da pesquisa, nos quais serão considerados aqueles entre o ano 2010 a 2022, bem como artigos em inglês e português. Como critério de exclusão serão colocados fora da análise, artigos incompletos, repetidos, anteriores ao período estabelecido, bem como aqueles que não atendam os objetivos da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A condição neuropsiquiátrica, TDAH, manifesta-se durante a infância, acometendo crianças tanto do sexo masculino quanto do feminino, entretanto, é comum perdurar na fase adulta. Sua etiologia é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, sociais, ambientais, culturais e mudanças na estrutura e/ou funcionamento do cérebro. Alguns estudos determinaram de forma significativa a relação entre determinantes ambientais e a expressão do TDAH, como a criminalidade dos pais, vários integrantes na família, exposição ao fumo e álcool durante a gestação e frequentes discussões familiares (CASTRO; LIMA, 2018). 

Esse transtorno afeta a região pré-frontal do cérebro, que controla impulsos, havendo o desenvolvendo dos sintomas de desatenção, impulsividade e/ou hiperatividade, afetando as capacidades de planejamento, concentração e organização, que de forma negativa impacta no desempenho escolar e a convivência da pessoa, como mostra a figura 1. Os pais e professores são os primeiros responsáveis a notarem os sinais que esse distúrbio ocasiona, sendo os principais participantes na hora de um diagnóstico fidedigno (CARVALHO, SANTOS, 2016).

A região pré-frontal é responsável pelo raciocínio, controle emocional e a personalidade. Controla impulsos e pensamentos de ‘’fundo’’ da mente para permitir que a pessoa foque nas atividades. No TDAH esse ‘’filtro’’ não funciona plenamente, o que leva a pessoa não conseguir controlar seus impulsos.

A meditação mindfulness tem se mostrado uma abordagem promissora como intervenção complementar ou alternativa para o TDAH. Ela envolve aumentar a consciência e observação do momento presente, reduzindo respostas automáticas. A meditação mindfulness tem sido associada a efeitos positivos no bem-estar psicológico, controle da dor, sintomas depressivos e ansiedade, comportamentos negativos e funções executivas em crianças e adolescentes (CAIRNCROSS; MILLER, 2016).

A aplicação de algoritmos de aprendizado automático a dados de neuroimagem abriu novas perspectivas para a investigação de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que tem implicações significativas para o diagnóstico e tratamento. 

Em primeiro lugar, a identificação de marcadores biológicos confiáveis pode contribuir para uma compreensão mais precisa das causas e dos sintomas comportamentais desses distúrbios. Em segundo lugar, a utilização desses marcadores a longo prazo pode aprimorar o diagnóstico com base nos comportamentos observados, o que é particularmente relevante em casos complexos ou ambíguos, onde erros diagnósticos são comuns. Em terceiro lugar, triagens baseadas em biomarcadores podem ser aplicadas em bebês e crianças pequenas para avaliar seu risco de desenvolver esses distúrbios, permitindo a identificação precoce de crianças com maior probabilidade de manifestar sintomas. 

Isso possibilita a implementação de intervenções e tratamentos direcionados desde cedo, o que pode melhorar significativamente os resultados dos distúrbios. Projetos de pesquisa que focam em irmãos mais novos têm se mostrado especialmente promissores para investigações futuras. Por exemplo, um estudo recente utilizando neuroimagem prospectiva descobriu que a expansão anormal da superfície cortical entre os 6 e 12 meses de idade precede o aumento acelerado do volume cerebral observado entre os 12 e 24 meses em bebês de alto risco que são posteriormente diagnosticados com TEA aos 24 meses, fundamental para o desenvolvimento de verdadeiros indicadores biológicos para qualquer distúrbio do neurodesenvolvimento (UDDIN, et al., 2017).

SINAIS CLÍNICOS

O TDAH é caracterizado pela manifestação não proporcional da tríade sintomática de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade, levando em consideração a idade e o nível de desenvolvimento do indivíduo. Além disso, no quadro clínico há identificação da dificuldade em focalizar e manter atenção, na qual a criança tem redução na capacidade cognitiva e velocidade de resposta, desempenhando lentidão no processamento das informações; comportamento de procrastinação, instabilidade motivacional, dificuldade em organizar as atividades e tolerar frustrações. Os sintomas tendem a iniciar o aparecimento em torno dos 4 anos de idade e podem prolongar até a vida adulta, sendo que alguns diagnósticos são feitos apenas nesta fase da vida (EFFGEM et al., 2017). 

O quadro sintomático de TDAH pode ser subdividido em três formas de acordo com DSM-5 (APA, 2014). A primeira é referente a apresentação combinada da tríade sintomatológica, em relação à segunda há o predomínio da falta de atenção quanto aos outros dois sintomas, e por último, a hiperatividade/impulsividade sobressaem a desatenção (CASTRO; LIMA, 2018; SILVA; MENDES; BARBOSA, 2020). 

No que se refere às três características, crianças com TDAH apresentam esquecimento frequente de fazeres designados, perdem objetos pessoais, expressam opiniões sem pensar, interrompem a fala de pessoas ao seu redor, correm risco sem se preocuparem com o perigo, agitação motora e entre outros sintomas (ALMEIDA, 2022).

Na sociedade científica atual, há uma certa dificuldade em relação ao esclarecimento dos mecanismos moleculares e celulares que envolvem o surgimento dos sintomas do TDAH. Porém, várias teorias ganharam ênfase e receberam um suporte experimental durantes as últimas décadas, através de estudos multidisciplinares. Dentre estas teorias, dialoga-se sobre imagens cerebrais, investigações genéticas, neuropsicológicas, bioquímicas e farmacológicas. 

Apoia-se, através da interpretação dessas teorias, a neurotransmissão alterada em concomitâncias ao mal funcionamento das funções sinápticas, corroborando para uma homeostase de energia cerebral perturbada, ou até atrasos no desenvolvimento do sistema nervoso, sendo essa hipótese apoiada pelas variantes que abrangem o risco relacionado à liberação de neurotrofina, com concomitante migração neuronal, diferenciação cerebral e mielinização (HOMAEI, et al., 2022)

As principais características clínicas do TDAH são hiperatividade, dificuldade em manter a atenção, inibir uma resposta prepotente e dificuldade em manter metas e planos (WILLCUTT, et al., 2005). É clinicamente caracterizado pela presença de sintomas principais de desatenção, hiperatividade e impulsividade, os quais têm sido associados a resultados negativos em diversas áreas do funcionamento diário. O TDAH frequentemente acarreta prejuízos no desempenho acadêmico e ocupacional, uma vez que muitos aspectos da educação e do ambiente de trabalho demandam habilidades cognitivas consideráveis (KOOIJ, et al., 2019).

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por sintomas clínicos que podem ser divididos em três principais dimensões: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses sintomas têm sido associados a prejuízos em vários aspectos do funcionamento diário. 

Na dimensão da desatenção, os indivíduos com TDAH apresentam dificuldade em prestar atenção a detalhes, cometendo erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras tarefas. Eles têm dificuldade em manter o foco em atividades ou tarefas, parecem não ouvir quando são diretamente abordados e têm dificuldade em seguir instruções. Além disso, eles têm dificuldade em organizar tarefas e atividades, evitam ou relutam em se envolver em tarefas que exigem esforço mental sustentado e perdem frequentemente objetos necessários para tarefas ou atividades.

Na dimensão da hiperatividade, os indivíduos com TDAH apresentam agitação motora excessiva, como mexer as mãos ou os pés de forma inquieta, levantar-se em situações em que se espera que permaneçam sentados e correr ou escalar em situações inadequadas. Eles têm dificuldade em brincar ou se envolver em atividades de forma tranquila, parecem estar “a todo vapor” ou agem como se estivessem “ligados por um motor” (TISTARELLI, et al., 2020).

Na dimensão da impulsividade, os indivíduos com TDAH tendem a agir sem pensar nas consequências, interrompendo os outros ou intrometendo-se em conversas ou jogos. Eles têm dificuldade em aguardar sua vez em situações de grupo e frequentemente respondem antes que as perguntas sejam completadas.

Esses sintomas clínicos podem variar em intensidade e manifestação em diferentes indivíduos com TDAH. A interação entre fatores genéticos e ambientais é considerada um importante contribuinte para o desenvolvimento do TDAH e suas comorbidades. Estudos com gêmeos têm sido fundamentais para a compreensão das origens e influências genéticas e ambientais relacionadas ao TDAH e suas comorbidades (PINTO, et al., 2016).

O desempenho profissional é de fato afetado em indivíduos com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) quando comparados a pessoas com desenvolvimento típico. Estudos têm demonstrado que aqueles com TDAH têm um desempenho inferior no trabalho e apresentam uma maior probabilidade de desistir (aumento de 200% no risco) ou ser demitidos (aumento de 66% no risco) em comparação com indivíduos sem TDAH.

Além disso, pesquisas indicam um maior risco de desemprego e renda mais baixa entre aqueles com TDAH em comparação com aqueles sem o transtorno. Estudos longitudinais também revelaram que o TDAH na adolescência está associado a um desempenho inferior no trabalho mais de 10 anos depois, na vida adulta. 

O impacto negativo do TDAH no desempenho profissional também foi observado em estudantes universitários, comparando as avaliações de desempenho no trabalho entre estudantes com e sem TDAH. Ressalta-se que adultos com TDAH enfrentam dificuldades em todas as etapas do emprego, desde a busca inicial, passando pelas entrevistas até o próprio ambiente de trabalho (FUERMAIER, et al., 2021).

Indivíduos adultos com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) frequentemente relatam que o TDAH afeta sua qualidade de sono. Estudos mostram que adultos com TDAH apresentam comprometimentos em várias áreas do sono, embora haja alguma controvérsia sobre o papel das comorbidades nesse contexto. Em adultos com TDAH sem comorbidades, foram observadas dificuldades objetivas relacionadas ao sono, como diminuição da eficiência do sono, alterações no sono de movimento rápido dos olhos e aumento dos despertares noturnos, medida por meio de polissonografia (MIKLOSI, et al., 2016). 

Sintomas mais intensos de TDAH em adultos com TDAH e comorbidades de ansiedade ou depressão ao longo da vida foram associados a um maior risco de distúrbios do sono (por exemplo, redução da duração do sono, cronotipo circadiano tardio) em comparação com adultos com ansiedade ou depressão sem TDAH.

O impacto geral do TDAH no bem-estar emocional é complexo e é influenciado tanto pelos efeitos diretos do TDAH no bem-estar quanto pelos efeitos indiretos nos estilos de enfrentamento desadaptativo e no estresse percebido. Ao tratar adultos com TDAH, é essencial que os profissionais de saúde abordem não apenas os sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção, mas também os problemas relacionados ao sono, o estresse percebido e os estilos de enfrentamento desadaptativos, a fim de promover melhorias gerais no bem-estar (BRON, et al., 2016).

DIAGNÓSTICO

Segundo a APA (American Psychiatric Association, 2014), o TDAH é um transtorno determinado pela desatenção, hiperatividade e impulsividade em um grau ilógico com o nível de desenvolvimento, afetando o desempenho social, profissional, intrapessoal ou de ensino. A manifestação desses três estados é possível em qualquer pessoa, havendo variação na intensidade de acordo com o período de progresso, característica de personalidade, aspectos sociais e ambientais. Dessa forma, o diagnóstico de TDAH é hermético, exigindo treinamento adequado e atenção para realização precisa (SILVA; MENDES; BARBOSA, 2020).

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) pode persistir na vida adulta e muitas vezes é subdiagnosticado. A prevalência de TDAH em adultos varia, mas estudos mostram que cerca de 57% dos indivíduos com histórico de TDAH na infância continuam a apresentar sintomas na idade adulta. Estima-se que a prevalência de TDAH em adultos nos Estados Unidos seja de aproximadamente 4,4% a 5,2%. 

O TDAH em adultos está associado a comprometimento em várias áreas da vida, como casa, trabalho, social e escola, resultando em dificuldades funcionais ao longo do dia. Os sintomas de TDAH podem afetar a preparação para o trabalho, a concentração, o cumprimento de prazos, as tarefas domésticas, os relacionamentos e até mesmo a segurança no trânsito. É importante que os médicos se concentrem em compreender o impacto do TDAH em seus pacientes adultos (JAIN, et al., 2017).

Atualmente, não há exames laboratoriais ou neurológicos que atestam TDAH, mas a aplicação de critérios avaliativos é uma das vias utilizadas para este fim. Entre eles, pode-se destacar o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mental) da Associação Psiquiátrica Americana, contendo uma lista de sinais clínicos característicos de TDAH (Quadro 1), e o CID-10 (Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento) da Organização Mundial da Saúde, que após a aprovação do critério de diagnóstico do TDAH (BRASIL, 2022) é a priorizada e adotada pelo Ministério da Saúde.

Características e comportamentos frequentes:

Definição: Esse grupo de transtornos é caracterizado por início precoce, uma combinação de comportamento hiperativo e pobremente modulado com desatenção marcante e falta de envolvimento persistente nas tarefas, conduta invasiva nas situações e persistência no tempo dessas características de comportamento.
Características: Transtornos hipercinéticos sempre têm início em fases iniciais do desenvolvimento, usualmente nos primeiros cinco anos de vida. Suas principais características são falta de persistência em atividades que requeiram envolvimento cognitivo e uma tendência a mudar de uma atividade para outra sem completar nenhuma, juntamente com movimentos excessivos do corpo de forma descoordenada. Esses problemas, usualmente, persistem ao longo dos anos escolares e mesmo na vida adulta, embora muitos indivíduos afetados mostrem uma melhora gradual no controle dos movimentos hipercinéticos e na atenção.
Características adicionais: Crianças hipercinéticas são assiduamente imprudentes e impulsivas, propensas a acidentes e incorrem em problemas disciplinares por infrações não premeditadas de regras (em vez de desafio deliberado). Seus relacionamentos com adultos são, com frequência, socialmente desinibidos, com uma falta de precaução e reserva normais; elas são impopulares com outras crianças e podem se tornar isoladas. Comprometimento cognitivo é comum e atrasos específicos do desenvolvimento motor e da linguagem são desproporcionalmente frequentes.
Complicações secundárias: Incluem comportamento antissocial e baixa autoestima. Em consonância, há considerável sobreposição entre hipercinesia e outros padrões de comportamento destrutivos, tais como o “transtorno de conduta não socializado”. Todavia, evidências atuais favorecem a separação de um grupo no qual a hipercinesia é o problema principal.
Diferenças entre gêneros: Transtornos hipercinéticos são mais frequentes em meninos do que em meninas. Dificuldades de leitura associada a outros problemas escolares são comuns.
Fonte: adaptado de PORTARIA CONJUNTA Nº 14, de 29 de JULHO de 2022 ( BRASIL, 2022, adaptado)

Os critérios da CID-10 exigem que a desatenção excessiva, a hiperatividade e a impulsividade sejam vistas no cotidiano por pelo menos seis meses e que se apresentem antes dos seis anos de idade, contrariamente ao DSM-5 essas características podem ser detectadas até os 12 anos. Ademais, características resultantes desses sintomas devem ser observadas em dois ou mais contextos (casa, escola e ambiente clínico). 

Durante a fase do diagnóstico em crianças, a avaliação clínica baseia-se sobretudo em uma entrevista detalhada com os responsáveis sobre o histórico escolar, relação com colegas, a história de desenvolvimento da criança, precedentes médicos ou psiquiátricos e aprofundamento da problemática. Ainda, é preciso averiguar o estado mental do indivíduo em entrevista composta de avaliações de TDAH. Para a condução desse processo complexo é imprescindível o envolvimento de especialista da área de psiquiatria infantil ou profissionais da saúde devidamente qualificados e com experiência em TDAH (DRECHSLER et al., 2020).

Os critérios de diagnóstico atualizados do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) incluem sintomas específicos para adultos, o que facilita o diagnóstico. No entanto, além desses critérios, os médicos utilizam instrumentos de triagem, entrevistas clínicas completas e avaliação de histórico familiar para um diagnóstico mais preciso do TDAH em adultos, especialmente quando há a presença de comorbidades psiquiátricas. Essas ferramentas auxiliam no processo de identificação e avaliação dos sintomas do TDAH em adultos, permitindo uma compreensão mais abrangente da condição (JAIN, et al., 2017).

Pesquisas evidenciaram que os tratamentos precoces propiciados pelo diagnóstico logo no início têm um melhor prognóstico para as crianças portadoras de TDAH. Nesta perspectiva, são essenciais para atenuar danos agudos e de longo prazo causados pelo transtorno (FRANCA et al., 2021).    

Se não considerarmos o status de diagnóstico no acompanhamento, as estimativas podem ser tendenciosas e a comparação entre estudos pode ser desafiadora. Esse aspecto deve ser levado em consideração ao interpretar o padrão de hereditariedade do TDAH, que mostra estimativas acumulando-se na infância e diminuindo na idade adulta. Informações relevantes sobre o momento dos eventos podem ser obtidas por meio de registros populacionais de diagnósticos, como é o caso do câncer (MUCCI; HJELMBORG, 2016).

O diagnóstico baseado na avaliação clínica abrangente realizada por profissionais de saúde mental qualificados, como psiquiatras, psicólogos ou médicos especializados, é necessário que os sintomas estejam presentes em um grau clinicamente significativo e sejam inconsistentes com o desenvolvimento esperado para a idade do indivíduo. 

Além disso, os sintomas não devem ser melhor explicados por outro transtorno mental, como transtornos do espectro do autismo (TEA) ou transtornos de ansiedade. Não há exames laboratoriais ou testes específicos para confirmar o diagnóstico do TDAH. No entanto, exames adicionais, como avaliação neuropsicológica, podem ser utilizados para avaliar o funcionamento cognitivo e identificar áreas de dificuldade específicas (ANTSHEL; RUSSO, et al., 2019).

Não existe um teste específico que possa diagnosticar o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). O diagnóstico é baseado em uma avaliação clínica abrangente, considerando a presença de um número suficiente de sintomas centrais e comprometimento funcional. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) é frequentemente utilizado como referência, e requer a presença de sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade persistentes e presentes em múltiplos contextos.

Os tipos primariamente hiperativos-impulsivos ou combinados podem apresentar comportamentos problemáticos antes dos tipos primariamente desatentos. É importante considerar a possibilidade de transtorno de aprendizagem concomitante se houver um desempenho acadêmico ruim. Também é relevante avaliar problemas de sono, como apneia obstrutiva do sono, e outras condições médicas que podem estar associadas aos sintomas (FELDMAN; REIFF, 2014).

No caso de crianças em idade pré-escolar, o diagnóstico do TDAH não pode ser feito de forma confiável em crianças menores de quatro anos. No entanto, escalas comportamentais validadas para essa faixa etária podem melhorar a confiança diagnóstica. Já em crianças mais velhas, os sintomas de TDAH geralmente surgem durante os primeiros anos escolares. 

No caso de adolescentes, o início recente dos sintomas de TDAH é menos comum após os 12 anos, mas pode ocorrer devido ao aumento das demandas acadêmicas ou se os sintomas sutis não forem reconhecidos anteriormente. É importante considerar dificuldades de aprendizagem, problemas de saúde mental, distúrbios do sono e abuso de substâncias, que podem mimetizar o TDAH ou ocorrer como comorbidades. Informações de dois professores familiarizados com o paciente, e possivelmente de outros adultos supervisores, são importantes para avaliar os sintomas nessa faixa etária. Escalas de avaliação comportamental também podem ser utilizadas para autorrelato nessa idade (FELT, et al., 2014).

A idade em que os sintomas começam foi alterada do DSM-IV, que estabelecia antes dos 7 anos, para o DSM-5, que ampliou para antes dos 12 anos, a fim de permitir mais flexibilidade no diagnóstico de adultos. Além disso, enquanto o DSM-IV classificava o TDAH em três subtipos com base nos principais sintomas (desatento, hiperativo e impulsivo, ou combinado), o DSM-5 substituiu o termo “subtipo” por “apresentação” para ressaltar que os agrupamentos de sintomas podem mudar à medida que os pacientes amadurecem e se desenvolvem. 

Essa mudança também foi adotada pelo CID, que atualizou sua formulação diagnóstica para estar alinhada com o DSM-5, movendo o TDAH do domínio disruptivo para o domínio do transtorno do neurodesenvolvimento. No CID, o rótulo de “transtorno hipercinético” foi substituído por TDAH, e foram incluídas as apresentações desatentas e hiperativo-impulsivas dos sintomas. Em contraste, a CID-11 descreve as características essenciais do transtorno, sem fornecer uma idade precisa de início, duração ou número de sintomas. Na revisão, foram abordados os desafios diagnósticos, as comorbidades comuns e o papel dos testes neuropsicológicos (THEODÓRIO et al., 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prevalência mundial de TDAH estimada em crianças e adolescentes é de 3% a 8% de acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil a prevalência de TDAH é estimada em 7,6% em crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, 5,2% nos indivíduos entre 18 e 44 anos e 6,1% nos indivíduos maiores de 44 anos apresentando sintomas de TDAH. 

O conhecimento sobre TDAH aumentou muito nos últimos tempos, e por isso é importante salientar, que o diagnóstico precoce é de suma importância, porém o diagnóstico de TDAH não é simples, pois os seus principais sintomas se confundem com outras condições clínicas e com características normais do desenvolvimento do indivíduo, então, entra a questão da conscientização da sociedade sobre o assunto. 

Promover ações sobre o assunto é necessário, por meio de palestras, eventos, publicações na internet, conscientização em escolas e treinamentos para professores. Por meio dessas plataformas, o campo do TDAH seria ampliado, e assim, ficaria evidente que o diagnóstico precoce ajuda aos acometidos com esse transtorno a não terem grandes prejuízos em suas vidas.

REFERÊNCIAS

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1Acadêmica de medicina, Centro Universitário Aparício Carvalho, yasmin.limaoli15@gmail.com, http://lattes.cnpq.br/2426801353716574 ;
2Acadêmica de medicina, Centro Universitário Aparício Carvalho, matosnathalia061@gmail.com, http://lattes.cnpq.br/1571865423401267  ;
3Acadêmica de medicina, Centro Universitário Aparício Carvalho; thawanna@icloud.com , http://lattes.cnpq.br/7631815785302767