OBESIDADE INFANTIL: ABORDAGENS E DESAFIOS NA ENFERMAGEM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8423659


Gabriel Amaro1, Gabrielly da Silva Oliveira1, Maria Lisandra do Carmo Matias1, Ryane Gabriela Magalhães1, Vanessa Veloso da Silva1, Liliana Scorzoni,3 Ewerton Naves Dias2


RESUMO

Introdução: A obesidade infantil é um problema de saúde pública crescente, com implicações a longo prazo para o bem-estar das crianças. A atuação da enfermagem desempenha um papel crucial na prevenção desse problema, exigindo uma compreensão abrangente das estratégias e abordagens disponíveis. Objetivo: Este teve como objetivo principal analisar a literatura científica sobre a obesidade infantil no contexto da enfermagem. Método: trata-se de uma revisão Integrativa de literatura realizada na Biblioteca Virtual da Saúde. Resultados: Após a leitura, na análise dos estudos foram identificadas quatro temáticas: 1. Fatores determinantes da obesidade infantil, 2. Obesidade infantil no contexto familiar, 3. Obesidade infantil em ambientes escolares, 4. Enfermagem no enfrentamento da obesidade infantil. Conclusão: os resultados encontrados destacam a complexidade do problema e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para prevenir e tratar a obesidade infantil. A enfermagem desempenha um papel crucial nesse esforço, atuando como agente de conscientização, educação e intervenção para promover a saúde e o bem-estar das crianças.

Palavras-chave: obesidade infantil, enfermagem, educação em saúde.

Abstract

Introduction: Childhood obesity is a growing public health concern with long-term implications for children’s well-being. Nursing plays a crucial role in preventing this issue, requiring a comprehensive understanding of available strategies and approaches. Objective: This study aimed to analyze the scientific literature on childhood obesity in the context of nursing. Method: It is an Integrative literature review conducted in the Virtual Health Library. Results: After reading, four themes were identified in the analysis of the studies: 1. Determinants of childhood obesity, 2. Childhood obesity in the family context, 3. Childhood obesity in school environments, 4. Nursing in addressing childhood obesity. Conclusion: The findings highlight the complexity of the problem and the need for a multidisciplinary approach to prevent and treat childhood obesity. Nursing plays a crucial role in this effort, acting as an agent of awareness, education, and intervention to promote the health and well-being of children.

Keywords: childhood obesity, nursing, health education.

INTRODUÇÃO

A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o acúmulo excessivo de gordura em diferentes áreas do corpo, representando um importante fator de risco para a saúde, associando-se a condições como diabetes, dislipidemias, síndrome metabólica, aterosclerose, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares, câncer, esteatose hepática não alcoólica, distúrbios do sono, transtornos do humor e, mais recentemente, a Covid-19 (1).

A prevalência global da obesidade tem mostrado um aumento significativo em todas as faixas etárias, sendo classificada pela OMS como a “epidemia do século 21”, tornando-se uma das preocupações mais prementes em termos de doenças crônicas não transmissíveis na saúde pública (2). Essa epidemia abrange todas as faixas etárias, incluindo a população infantil e juvenil (3).

A obesidade infantil representa um desafio complexo de saúde pública em todo o mundo, uma vez que está intrinsecamente ligada a uma série de doenças crônicas, como câncer, hipertensão, diabetes, colesterol elevado e doenças cardiovasculares, além de agravar problemas respiratórios (4).

Segundo dados da OMS, aproximadamente 170 milhões de crianças com menos de 18 anos em todo o mundo enfrentam as consequências físicas e psicológicas do excesso de peso ou da obesidade (1). No Brasil, dados oficiais do Relatório da Condição Nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar (SISVAN) de 2020 revelam que 8,69% da população de 0 a 5 anos apresentava excesso de peso. As taxas variaram regionalmente, com a região Nordeste registrando a maior taxa de 9,84% e a região Centro-Oeste a menor, com 7,39%. As regiões Sul, Norte e Sudeste apresentaram taxas de 8,28%, 8,69% e 8,79%, respectivamente (4).

A obesidade infantil acarreta efeitos adversos tanto imediatos quanto a longo prazo na saúde e no bem-estar das crianças, aumentando significativamente o risco de comorbidades e obesidade na vida adulta (5). Crianças obesas enfrentam desafios como dificuldades respiratórias, maior risco de fraturas, hipertensão, sinais precoces de doença cardiovascular, resistência à insulina e impactos psicológicos negativos (6).

Além disso, estudos que investigam a experiência de crianças e adolescentes obesos demonstram altas taxas de insatisfação com a própria imagem corporal, especialmente no que diz respeito à obesidade abdominal. Essas pesquisas também destacam a discriminação enfrentada por essas crianças, em grande parte relacionada à falta de conformidade com os padrões estéticos sociais e culturais predominantes (6-9).

Viver a infância com essa condição pode levar à perda da autoestima e à vergonha do próprio corpo. Na escola, essas crianças frequentemente são alvo de zombarias e insultos, tornando o bullying uma experiência comum em suas vidas, muitas vezes resultando em problemas de autoestima e comportamentais (7).

Além dos riscos futuros, como hipertensão, diabetes, dislipidemia, problemas articulares e apneia do sono, as crianças obesas enfrentam sérios desafios emocionais, incluindo baixa autoestima, isolamento social, repetição de ano na escola, distúrbios alimentares, distorções da imagem corporal, além de sinais precoces de doenças cardiovasculares e respiratórias (9).

No âmbito familiar, de modo geral, a conscientização da obesidade infantil como um problema de saúde surge quando a criança começa a apresentar complicações decorrentes da obesidade. Nesse momento, a família passa a confrontar essa questão (9). No entanto, a literatura ressalta que o conhecimento dos pais sobre a alimentação de seus filhos ainda é insuficiente e está relacionado ao contexto sociodemográfico e desigualdades em saúde (9). Portanto, a compreensão dos pais sobre o assunto pode influenciar o comportamento alimentar de seus filhos, considerando a reconhecida influência do ambiente familiar nas escolhas e ações das crianças (10).

Diante desses fatores, é evidente o papel fundamental do enfermeiro na intervenção desse processo, estabelecendo parcerias e programas para prevenir e controlar a obesidade infantil, como o Programa Saúde na Escola (11). Os enfermeiros podem intervir junto aos adolescentes obesos e suas famílias, implementando ações de promoção da saúde que incentivem mudanças nos hábitos e estilos de vida, atuando como agentes motivadores e catalisadores (12).

Portanto, este estudo destaca-se ao oferecer uma revisão de literatura sobre a obesidade infantil no contexto da enfermagem, contribuindo assim para preencher lacunas nessa área de conhecimento. Além disso, este trabalho pode servir como referência para pesquisas futuras e para profissionais de saúde que lidam com essa população.

MÉTODO

O respectivo estudo foi realizado por meio de uma revisão integrativa de literatura. A revisão integrativa é um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. A revisão integrativa, é a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado, determina o conhecimento atual sobre uma temática específica, já que é conduzida de modo a identificar, analisar e sintetizar resultados de estudos independentes sobre o mesmo assunto, contribuindo, pois, para uma possível repercussão benéfica na qualidade dos cuidados prestados ao paciente (13).

A revisão integrativa é uma ferramenta importante no processo de comunicação dos resultados de pesquisas, facilitando a utilização desses na prática clínica, uma vez que proporciona uma síntese do conhecimento já produzido e fornece subsídios para a melhoria da assistência à saúde. Um indicador de qualificação da assistência é a utilização de resultados de pesquisa, por outro lado a instituição de saúde também é beneficiada pela otimização dos recursos humanos e materiais (14,15).

Neste estudo, seguiu-se as etapas proposta na literatura na qual se orienta a sequência de cinco etapas: 1) formulação do problema, 2) coleta de dados ou definições sobre a busca da literatura, 3) avaliação dos dados, 4) análise dos dados e 5) apresentação e interpretação dos resultados (16). 

Após a definição da temática a ser estudada, definiu-se por meio dos descritores de ciências da saúde (DESC) os seguintes termos: obesidade infantil e enfermagem. A base de dados consultada foi a Biblioteca Virtual da Saúde – BVS. Foram incluídos artigos científicos disponíveis na íntegra, no idioma português e que tinham como temática principal a obesidade infantil no contexto da enfermagem.

RESULTADO

A seguir são apresentadas as principais características dos estudos identificados na literatura sobre a obesidade infantil no contexto da enfermagem.

Quadro 1 – Caracterização dos artigos quanto aos autores, título do estudo, revista e ano de publicação.

AutorTítuloRevistaAno
1Sousa et al.Excesso de Peso/Obesidade Infantil e Conhecimento dos Pais sobre alimentação Infantil, em idade pré escolar: fatores determinantesTese de doutorado. Portugal: Instituto Politécnico de Bragança: [s.n.], il., tab.2021
2Verga et. alA família transformando-se diante da complexidade da obesidade infantilacervodigitalufprbr [Internet]2021
3Miranda et al.Modelo teórico de cuidado do enfermeiro à criança com obesidadeRev Bras Enferm. 2020;73(4):e201808812020
4Ferreira et al.Ações de enfermagem às crianças com sobrepeso e obesidade na Estratégia Saúde da FamíliaRev Rene (Online), volume 20, número 1, páginas e33892, janeiro-dezembro2019
5Marques et aExcesso de peso em idade pré-escolar: a influência da literacia em saúde do cuidado[Dissertação em mestrado]. Portugal: Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo2019
6Mendes et al.Crescer Forte, Saudável e Feliz: Promoção da alimentação saudável em ambiente escolarPortugal: Instituto Politécnico de Setúbal. Escola Superior de Saúde2019
7Pinho et al.A Obesidade Infantil: A Atuação do Enfermeiro Especialista Em Enfermagem de Saúde Infantil e PediátricaInstituto Politécnico de Setúbal2019
8Martins et alFatores de riscos metabólicos em crianças na atenção primária à saúdeRevista Baiana De Enfermagem‏      322018
9Nascimento et al.Atuação do enfermeiro na educação alimentar de crianças em um núcleo de educação infantilCogitare Enferm. 18(1):29-352016
10Leiras et al.Comportamento alimentar da criança: a influência maternapesquisabvsaludorg [Internet]2015
11Santos et alAções de enfermeiros e professores na prevenção e no combate à obesidade infantilAções de enfermeiros e professores na prevenção e no combate à obesidade infantil2014
12Victorino et alViver com obesidade infantil: a experiência de crianças inscritas em programa de acompanhamento multidisciplinarRev Rene, nov-dez; 15(6):980-92014
13Corgozinho et alRegistros de enfermagem e o enfoque na prevenção da obesidade infantilR. Enferm. Cent. O. Min. [Internet]. 10º de março  [citado 16º de junho de 2023]2013
14Souza et alAvaliação do estado nutricional e da saúde de crianças e adolescentes na prática assistencial do enfermeiroCogitareEnferm. Jan/Mar; 18(1):29-352013
15Mariz et al.Centro de obesidade infantil: relato de experiênciaCogitare Enfermagem. Jun 29;17(2)2012
16Araújo et al.O papel da amamentação ineficaz na gênese da obesidade infantil: um aspecto para a investigação de enfermagemActa Paulista de Enfermagem, 19(4)2006
DISCUSSÃO 

Após a revisão e análise dos estudos, quatro temáticas foram identificadas: 1. Fatores determinantes da obesidade infantil; 2. Obesidade infantil no contexto familiar; 3. Obesidade infantil em ambientes escolares; 4. O papel da enfermagem no enfrentamento da obesidade infantil. A seguir, cada uma delas é apresentada:

– Fatores Determinantes da Obesidade Infantil:

A obesidade infantil é uma condição de saúde complexa que resulta de diversos fatores determinantes. Entre eles, destacam-se a dieta inadequada, caracterizada pelo excesso de alimentos ricos em açúcar e gordura, a falta de atividade física devido ao sedentarismo e ao tempo excessivo gasto diante das telas, além da predisposição genética à obesidade. O ambiente obesogênico, caracterizado pela disponibilidade de alimentos não saudáveis e pela escassez de espaços seguros para a prática de atividades físicas, também desempenha um papel significativo. Hábitos alimentares familiares, consumo frequente de fast food, problemas emocionais como baixa autoestima, comorbidades, falta de educação nutricional, acesso limitado a alimentos saudáveis, marketing de produtos não saudáveis e influência dos colegas na escolha alimentar também contribuem para esse problema. Resumidamente, a obesidade infantil é influenciada por uma variedade de fatores que incluem escolhas individuais, influências familiares e sociais, bem como determinantes genéticos e ambientais. O enfrentamento desse problema requer uma abordagem multidisciplinar (17).

Crianças, em geral, ganham peso com facilidade devido a fatores como maus hábitos alimentares, predisposição genética, estilo de vida sedentário, distúrbios psicológicos e problemas na dinâmica familiar, entre outros (17). Além disso, a educação em saúde oferecida às crianças e seus pais e a estratégia de saúde proporcionada por equipes multiprofissionais desempenham um papel vital, pois a prevenção da obesidade infantil é mais relevante do que seu tratamento (5).

Compreender todas as complexidades da obesidade infantil é essencial para lidar efetivamente com os fatores determinantes, buscando tratá-los ou eliminá-los da vida da criança e de sua família. Nesse sentido, é responsabilidade de estratégias e equipes multidisciplinares de saúde acolher e educar essas famílias, independentemente das dificuldades sociodemográficas ou econômicas que possam enfrentar (18).

No contexto dos fatores determinantes, é crucial para as equipes de saúde identificar os riscos metabólicos durante as consultas de enfermagem. Observou-se que a maioria dos casos (26,8%) envolve crianças de oito anos de idade, principalmente do sexo feminino. Entre os principais fatores de risco metabólicos encontrados estão o sedentarismo, a preferência por alimentos fast food e baixa renda familiar (19).

A abordagem da obesidade infantil requer uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, que identificam fatores de risco, oferecem educação nutricional, promovem hábitos saudáveis e fornecem apoio emocional. A prevenção é fundamental, visando medidas preventivas antes que a obesidade se estabeleça. Profissionais de saúde também trabalham em colaboração com escolas para melhorar a qualidade da alimentação e promover a atividade física. É importante abordar a questão com sensibilidade e envolver ativamente os pais no processo. O acompanhamento a longo prazo é essencial para garantir resultados duradouros e promover a saúde geral das crianças.

A qualidade da alimentação escolar também pode agravar esses fatores quando as crianças não recebem uma assistência nutricional adequada por parte do estado ou da prefeitura, resultando em um risco adicional para as crianças (20). Portanto, a alimentação escolar desempenha um papel crucial na luta contra a obesidade infantil, pois não apenas fornece nutrição adequada, mas também educa as crianças sobre escolhas alimentares saudáveis e cria um ambiente propício para o desenvolvimento de hábitos positivos de alimentação desde a infância. Além disso, a alimentação escolar pode reduzir disparidades sociais na saúde, influenciar hábitos alimentares a longo prazo e aliviar as famílias de desafios financeiros relacionados à nutrição. No geral, pode-se inferir que as escolas desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e na prevenção da obesidade infantil por meio da alimentação escolar bem planejada e da criação de ambientes saudáveis.

A dificuldade de adaptação a novas rotinas e ciclos também pode ser um fator relevante na obesidade infantil, pois pode desencadear ansiedade, estresse e problemas emocionais. Essas questões podem levar as crianças a recorrerem à comida como uma forma de conforto, resultando em hábitos alimentares não saudáveis e ganho de peso. Além disso, as mudanças na rotina podem afetar negativamente a qualidade das refeições e a prática de atividade física, contribuindo para o desenvolvimento da obesidade. Portanto, é importante considerar os aspectos psicológicos e emocionais na prevenção e tratamento da obesidade infantil.

Vale ressaltar que, em muitos casos, a obesidade não causa dor física, mas pode estar associada a sofrimento e dor psicossocial. A obesidade, em si, geralmente não causa dor física. No entanto, está frequentemente associada a sofrimento e dor psicossocial. Isso ocorre porque a obesidade pode levar a problemas emocionais, como baixa autoestima, depressão, ansiedade e discriminação social. O estigma da obesidade e a pressão social podem causar um impacto significativo na saúde mental e no bem-estar emocional das pessoas com excesso de peso, resultando em sofrimento psicológico e social. Portanto, além das preocupações com a saúde física, é essencial abordar os aspectos psicossociais da obesidade para uma abordagem completa do problema. 

A obesidade e o sobrepeso representam o principal distúrbio nutricional infantil, com impactos diretos na vida dessas crianças ao longo de suas vidas, a menos que haja intervenções educativas na promoção da saúde e nutrição da população em risco (20). Portanto, é de extrema importância identificar e compreender minuciosamente os fatores de risco e determinantes no contexto clínico e diagnóstico da obesidade infantil, uma vez que esses elementos exercem uma influência profunda tanto sobre as crianças quanto sobre suas famílias. Esses fatores englobam uma ampla gama de aspectos que vão desde as características sociodemográficas da criança, como seu ambiente social e econômico, até suas condições clínicas de saúde. Reconhecer e avaliar esses fatores de maneira abrangente é fundamental para um diagnóstico preciso e para orientar as intervenções necessárias visando à prevenção e ao tratamento eficazes da obesidade infantil (17).

A obesidade infantil no contexto familiar

A obesidade infantil no contexto familiar é um fenômeno multifatorial que requer o reconhecimento dos principais aspectos da vida de uma criança que contribuem para esse processo (10). A família desempenha um papel crucial na formação dos hábitos alimentares e no estilo de vida das crianças (18). Desde a primeira infância, os hábitos alimentares são moldados pelos padrões estabelecidos em casa. Crianças que crescem em famílias onde a alimentação saudável é valorizada tendem a adotar escolhas alimentares mais adequadas, enquanto aquelas expostas a dietas ricas em alimentos processados e pobres em nutrientes têm maior probabilidade de desenvolver obesidade (17).

Além disso, a influência da família na atividade física das crianças é significativa (5). Famílias que promovem a prática regular de atividade física tendem a ter filhos mais ativos, o que contribui para a prevenção da obesidade infantil. Por outro lado, famílias que adotam um estilo de vida sedentário estão predispostas a ter crianças com excesso de peso (18).

As relações familiares também desempenham um papel importante na obesidade infantil (17). Crianças que vivem em ambientes familiares disfuncionais, marcados por conflitos constantes e falta de apoio emocional, podem desenvolver comportamentos alimentares inadequados como uma forma de lidar com o estresse e as emoções negativas. Isso pode levar ao aumento de peso e ao desenvolvimento da obesidade.

Além disso, é essencial considerar a genética como um fator influente na obesidade infantil, e isso também está relacionado ao contexto familiar (5). Se pais ou outros membros da família têm predisposição genética à obesidade, as crianças têm um maior risco de desenvolver a condição. Isso destaca a importância de um ambiente familiar que promova a adoção de hábitos saudáveis para compensar essa predisposição genética (18).

Para combater a obesidade infantil de forma eficaz, é fundamental abordar o problema no contexto familiar. Os pais desempenham um papel central na promoção de hábitos alimentares saudáveis, na promoção da atividade física e na criação de um ambiente emocionalmente estável para suas crianças (17). Intervenções que visam capacitar os pais a desempenhar esse papel de forma eficaz podem ser uma estratégia eficiente na prevenção e no tratamento da obesidade infantil (5).

Devido aos riscos e repercussões associados, e sobretudo pelo impacto que a obesidade pode ter na vida adulta, é fundamental uma intervenção precoce por partes das equipes de saúde, junto das crianças e da família, conhecendo os determinantes que podem estar associados à obesidade infantil permite aos enfermeiros da família fazer planos de intervenções mais dirigidas com base nas reais necessidades das famílias. Assim, o enfermeiro da família assume uma posição privilegiada para a detecção e intervenção precoce (10).

O papel do Enfermeiro de Família passa pela promoção da saúde em todas as fases da vida, mas é na infância que podemos antecipar muitos comportamentos para a vida adulta. Ajudar a família a mudar de hábitos salienta a importância da promoção de práticas parentais adequadas, capacitando para a importância dos seus comportamentos no desenvolvimento das crianças. As medidas preventivas devem ser tomadas o mais precoce possível, de preferência nos primeiros anos em que a criança inicia o seu processo de socialização, e devem passar pela promoção de hábitos alimentares saudáveis, mas também da prática de atividade física regular (10).

É importante destacar que a alimentação saudável desde o início da vida e ao longo da infância tem impactos positivos, influenciando no crescimento e desenvolvimento da criança e nas demais fases da vida. Nesse sentido, a primeira infância (de 0 a 6 anos de idade) é importante para a formação de hábitos e práticas em geral, inclusive no que se refere ao consumo de alimentos, pois no convívio familiar a criança começa a formar padrões de comportamento alimentar em relação a sabor, olfato, textura, quantidade ingerida, horário e ambiente das refeições, entre outros fatores. Alguns fatores como pré-natal inadequado, desmame e alimentação complementar precoce, rápido ganho de peso no primeiro ano de vida, alimentação escolar inadequada, antecedentes genéticos, inatividade física, hábitos alimentares, crenças familiares e influência negativa da mídia podem ser determinantes para a incidência da obesidade infantil (21).

Na dinâmica fisiológica e emocional da criança, a amamentação é uma das primeiras experiências nutricionais do recém-nascido, que antes recebia uma nutrição intrauterina. O leite materno é composto por inúmeros fatores bioativos como hormônios e enzimas que vão atuar sobre o crescimento, diferenciação e maturação funcional de órgãos específicos, afetando, diretamente, o desenvolvimento do infante (22).

Dessa forma, o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês deve ser um comportamento incentivado por meio de políticas públicas de saúde, a fim de que se possa atenuar a problemática da obesidade na infância e, consequentemente, na idade adulta (22).

Adquirir e manter um novo comportamento requer um esforço acrescido, mais do que para manter comportamentos antigos. O papel preponderante que as mães têm na aprendizagem das escolhas e hábitos alimentares das crianças implica que estas sejam as principais forças para a mudança de comportamentos e que para isso reconheçam a saúde como algo dinâmico que tem de ser protegido e preservado. Para tal, a Educação para a Saúde deve capacitá-las nesse sentido, assumindo essa responsabilidade, através da promoção da autoestima e autoconfiança, para que as mães e a família, de um modo geral, se sintam mais aptas para manter o controle sobre a sua saúde (24).

Contudo, a família precisa ensinar aos filhos o significado de uma alimentação saudável e equilibrada, bem como a prática de atividades físicas, uma vez que a criança aprende por meio de conversas e observando o comportamento dos adultos (10). Portanto, ao reconhecer o papel central da família e implementar estratégias de intervenção no contexto familiar, podemos criar as bases para um futuro mais saudável para nossas crianças, reduzindo os riscos associados à obesidade e promovendo um desenvolvimento saudável e equilibrado desde a infância até a vida adulta. É um esforço coletivo que exige a conscientização, educação e comprometimento de todos os membros da família e profissionais de saúde, visando o bem-estar das crianças e o combate à obesidade infantil.

A obesidade infantil em ambientes escolares

É evidente que bons hábitos aprendidos em idade escolar são determinantes durante o desenvolvimento infantil e posteriormente no comportamento durante sua vida adulta. Uma vez que a criança está na fase de descobertas e evolução contínua, a infância é o momento ideal para o conhecimento de hábitos alimentares saudáveis (25). Sendo assim, o ambiente escolar é a principal referência, evidenciando-se como o melhor espaço capaz de influenciar diretamente os hábitos alimentares das crianças (17).

O reconhecimento de que a grande maioria dos problemas de saúde e comportamentos de risco derivam dos estilos de vida, e que podem a curto, médio e longo prazo serem influenciados por programas de promoção da saúde, levou a obesidade infantil a ser assumida como prioridade na Saúde Escolar. Segundo o PNSE, “todas as crianças e jovens têm direito à saúde e à educação e devem ter a oportunidade de frequentar uma escola que promova a saúde e o bem-estar” (6).

Levando isso em consideração, podemos notar que em um estudo realizado em uma creche do Município de São Paulo observou-se que 10% das crianças menores de 5 anos apresentavam desnutrição, 17% sobrepeso e 24% obesidade (23). Nessa mesma perspectiva, uma creche de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, mostrou que um percentual de 9% de crianças com baixo peso, 21% com sobrepeso e 9% com obesidade (11). Outro estudo realizado com 162 crianças, na faixa etária de 7 a 10 anos em uma escola do Município de São Paulo mostrou prevalência maior de sobrepeso (19,8%) e obesidade (18,5%), enquanto a taxa de baixo peso foi de 6,8% (5). Pesquisa realizada no Rio Grande do Sul com 1442 alunos de 7 a 12 anos também encontrou prevalência de sobrepeso/obesidade de 27,9% (18) (20).

Assim sendo, os ambientes escolares desempenham um papel crucial na saúde e bem-estar das crianças, pois é nesse ambiente que elas passam uma parte significativa do seu tempo durante a infância e adolescência. O que as crianças aprendem nas escolas não se limita apenas aos conteúdos acadêmicos, mas também inclui hábitos de vida saudáveis, como a alimentação adequada e a prática regular de atividade física. Infelizmente, em muitos casos, os ambientes escolares têm contribuído para o aumento da obesidade infantil, em vez de combatê-la (24).

Existem diversos fatores que contribuem para a obesidade infantil em ambientes escolares. Alguns dos principais incluem:

a. Alimentação não saudável: Muitas escolas oferecem alimentos altamente processados e ricos em calorias vazias, como refrigerantes, salgadinhos e doces, nas cantinas e máquinas de venda automática. Essas opções alimentares não só carecem de nutrientes essenciais, mas também contribuem para o ganho de peso.

b. Falta de educação nutricional: A falta de programas de educação nutricional nas escolas impede que as crianças e adolescentes compreendam a importância de escolher alimentos saudáveis e equilibrados.

c. Falta de atividade física: A redução das aulas de educação física e a falta de oportunidades para a prática de atividades físicas nas escolas contribuem para um estilo de vida sedentário entre os alunos.

d. Marketing de alimentos não saudáveis: Algumas escolas permitem que empresas de alimentos e bebidas comercializem produtos não saudáveis diretamente para os estudantes, o que influencia suas escolhas alimentares.

e. Pressão de grupo: O comportamento alimentar é muitas vezes influenciado pelos pares. Quando colegas de escola fazem escolhas alimentares não saudáveis, outros tendem a segui-los (17).

Neste contexto, o levantamento da situação de saúde de crianças e adolescentes no âmbito escolar pode facilitar a identificação precoce da obesidade infantil e o estabelecimento de medidas de promoção à saúde alimentar e prevenção da comorbidade (25). A promoção a atividades físicas como por exemplo a dança, esportes e gincanas nas escolas são ótimas opções nessa fase, já que as crianças tendem a ser mais participativas quando estão em grupo. Essas atividades além de aprimorarem o raciocínio lógico, a memória, a criatividade e o físico, mantém a criança em uma rotina mais ativa o que consequentemente diminui o sedentarismo na infância. 

Seguindo essa mesma lógica, o cardápio saudável nas escolas é de fundamental importância para que haja um bom equilíbrio juntamente com as atividades propostas. Na escola é onde as crianças devem ser introduzidas à alimentação nutritiva, fazendo com que elas se familiarizem com leguminosas, fibras, nutrientes e comam porções adequadas de acordo com sua idade. 

A participação dos familiares nesse quesito é crucial. Os pais das crianças devem estar sempre envolvidos nas atividades da escola, projetos e palestras demonstrando interesse e apoio às crianças, já que sabemos que o maior exemplo vem da nossa família e o incentivo faz toda a diferença no combate à obesidade infantil. É considerável pensar também em reuniões com os pais para conscientização e prevenção da comorbidade já que majoritariamente a obesidade infantil vem de maus hábitos familiares. 

Vale mencionar também, que grande parte dos alunos, também, são influenciados por seus docentes, que por sua vez são importantes no combate à obesidade infantil, pois ajudam os alunos e pais a compreenderem as vantagens de uma alimentação saudável e os benefícios da prática de exercícios físicos (17).

O fato é que a prevenção da obesidade infantil deve ser realizada precocemente a fim de evitar futuros agravos que venham acometer a saúde desse futuro adulto, visto que a escola surge como um ambiente capaz de influenciar a criança positivamente nesse aspecto, ajudando na prevenção (25).

Sendo assim, nesse processo, enfermeiros e professores são facilitadores da prevenção e combate à obesidade infantil em âmbito escolar, visto que, suas ações conjuntas e estratégicas promovem a qualidade de vida dessa determinada população e buscam transformar o ambiente educacional em um lugar mais saudável (25).

Em resumo, a obesidade infantil em ambientes escolares é um problema significativo que afeta o desenvolvimento e a saúde das crianças. O ambiente escolar desempenha um papel fundamental na promoção de hábitos alimentares saudáveis e na prevenção da obesidade, mas muitas vezes contribui para o problema devido a fatores como alimentação não saudável, falta de educação nutricional e falta de atividade física.

É crucial que as escolas e os pais trabalhem juntos para criar um ambiente saudável e promover escolhas alimentares adequadas, além de incentivar a prática de atividades físicas. A prevenção precoce da obesidade infantil é essencial, pois ela pode ter impactos significativos na saúde a longo prazo. Enfermeiros e professores desempenham um papel importante nesse processo, trabalhando em conjunto para melhorar a qualidade de vida das crianças e transformar o ambiente escolar em um lugar mais saudável.

A enfermagem no enfrentamento da obesidade infantil

Sabemos que as crianças com obesidade necessitam de acompanhamento para atender às suas necessidades relacionadas a essa condição, e a atenção básica em saúde desempenha um papel crucial nesse processo, com ênfase nas atividades de vigilância em saúde, promoção da saúde e prevenção de agravos, bem como no acompanhamento do usuário (26).

A obesidade infantil é um desafio crescente em termos de saúde pública, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em crianças e adolescentes, associado a várias complicações de saúde a curto e longo prazo. Nesse contexto, a enfermagem se destaca, pois desempenha um papel fundamental no enfrentamento dessa questão (5).

A prevenção da obesidade infantil é um foco central da atuação da enfermagem. Através da educação em saúde e orientações, os enfermeiros podem ajudar as famílias a adotar hábitos alimentares saudáveis desde cedo. Isso inclui a promoção do aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida, a introdução gradual de alimentos sólidos de maneira equilibrada e a conscientização sobre os riscos do consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar e gordura (18).

Além disso, a identificação precoce da obesidade infantil é fundamental, e os enfermeiros podem desempenhar um papel essencial nesse aspecto. Através do acompanhamento regular do crescimento e desenvolvimento das crianças, eles podem identificar sinais de excesso de peso e obesidade, encaminhando casos para avaliação e tratamento adequados (17). Isso é crucial, pois a obesidade infantil está associada a várias comorbidades, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, que podem afetar a qualidade de vida das crianças a longo prazo.

No tratamento da obesidade infantil, os enfermeiros também desempenham um papel importante. Eles podem fazer parte da equipe de saúde que cuida dessas crianças, trabalhando em conjunto com médicos, nutricionistas e psicólogos. Eles podem ajudar a monitorar o progresso do tratamento, fornecer apoio emocional às crianças e suas famílias e garantir a adesão às orientações terapêuticas (18).

A promoção da atividade física entre as crianças também é uma área na qual a enfermagem pode desempenhar um papel fundamental. Através de programas educacionais e atividades recreativas, os enfermeiros podem incentivar as crianças a se tornarem mais ativas e a incorporar o exercício em suas rotinas diárias, o que é essencial para o controle de peso e a melhoria da saúde cardiovascular (5).

É evidente que a obesidade infantil não é apenas uma questão isolada, mas está interligada a diversos fatores sociais, econômicos e culturais. Portanto, os enfermeiros precisam ter uma compreensão holística da situação das crianças com obesidade e considerar esses diversos contextos ao planejar e fornecer cuidados (26).

Para prestar um cuidado eficaz à criança com obesidade, é fundamental que os enfermeiros tenham uma base de conhecimento sólida, que inclui princípios teóricos, filosóficos e técnicos específicos de sua profissão (26). O cuidado à criança obesa envolve a colaboração de múltiplos profissionais de saúde, e os enfermeiros desempenham um papel fundamental na coordenação e integração desses cuidados. Trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde, familiares e escolas é essencial para obter resultados eficazes no combate à obesidade infantil (26).

Em resumo, os enfermeiros desempenham um papel essencial na prevenção, identificação e tratamento da obesidade em crianças, promovendo hábitos alimentares saudáveis, monitorando o crescimento e desenvolvimento, coordenando cuidados interdisciplinares e educando famílias e comunidades. A abordagem holística e colaborativa da enfermagem desempenha um papel fundamental na melhoria da saúde infantil e na promoção de um futuro mais saudável.

CONCLUSÃO

Em conclusão, a obesidade infantil é um problema de saúde complexo e multifatorial que requer uma abordagem abrangente e multidisciplinar. Este texto discutiu quatro principais temáticas relacionadas à obesidade infantil: os fatores determinantes, o contexto familiar, os ambientes escolares e o papel da enfermagem no enfrentamento dessa condição.

Ficou claro que a obesidade infantil é influenciada por uma ampla gama de fatores, incluindo escolhas individuais, influências familiares e sociais, predisposição genética e ambiente obesogênico. Portanto, é essencial abordar esses fatores de forma holística e colaborativa.

A família desempenha um papel central na formação dos hábitos alimentares e no estilo de vida das crianças, e a promoção de hábitos saudáveis desde a infância é fundamental para prevenir a obesidade infantil. Além disso, a educação nutricional, a promoção da atividade física e a criação de um ambiente emocionalmente estável são estratégias importantes no contexto familiar.

Os ambientes escolares também desempenham um papel crucial na saúde e bem-estar das crianças, e é fundamental que as escolas promovam hábitos alimentares saudáveis, educação nutricional e atividade física. A colaboração entre escolas, pais, enfermeiros e professores é essencial nesse esforço.

Por fim, a enfermagem desempenha um papel vital no enfrentamento da obesidade infantil, incluindo a prevenção, identificação e tratamento da condição. Os enfermeiros têm a capacidade de fornecer orientação, apoio emocional e cuidados coordenados para crianças e suas famílias. A abordagem holística e colaborativa da enfermagem é essencial para promover a saúde infantil e prevenir a obesidade a longo prazo.

Em suma, a obesidade infantil é um desafio de saúde pública que exige esforços conjuntos de famílias, escolas, profissionais de saúde e comunidades. Com uma abordagem abrangente e ações preventivas desde a infância, podemos trabalhar juntos para combater a obesidade infantil e promover um futuro mais saudável para nossas crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. World Health Organization (WHO) (2021) [Internet]. Obesity and Overweight. Factsheet N°311. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight

2. Corgozinho JNC, Ribeiro G de C. Registros de Enfermagem e o enfoque na prevenção da obesidade infantil. R. Enferm. Cent. O. Min. [Internet]. 10º de março de 2014 [citado 16º de junho de 2023];. Disponível em http://www.seer.ufsj.edu.br/recom/article/view/398

3. Mariz LS, Azevedo LB, Medeiros CCM, Gonzaga NC, Amorim SD de, Souza LCF. CENTRO DE OBESIDADE INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Cogitare Enfermagem. 2012 Jun 29;17(2).

4. Ministério da Saúde; Brasil. Gustavo Frasão. [base de dados da internet]: Obesidade infantil é fator de risco para doenças respiratórias, colesterol alto, diabetes e hipertensão. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt- br/assuntos/noticias/2022/junho/obesidade-infantil-e-fator-de-risco-para-doencas- respiratorias-colesterol-alto-diabetes-e-hipertensao

5. Marques, VLV. Excesso de peso em idade pré-escolar: a influência da literacia em saúde do cuidador. [Dissertação em mestrado]. Portugal: Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo; 2019.

6. Mendes, SISO. Crescer Forte, Saudável e Feliz: Promoção da alimentação saudável em ambiente escolar. [Dissertação em mestrado]. Portugal: Instituto Politécnico de Setúbal. Escola Superior de Saúde; 2019.

7. Victorino SVZ, Soares LG, Marcon SS, Higarashi IH. Viver com obesidade infantil: a experiência de crianças inscritas em programa de acompanhamento multidisciplinar. Rev Rene. 2014 nov-dez; 15(6):980-9.

8. do Nascimento Souza M. H, Silva da Silveira G, Ferreira Soares Pinto Á, Domingues Sodré V. R, , GackGhelman L. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA PRÁTICA ASSISTENCIAL DO ENFERMEIRO. CogitareEnferm. 2013 Jan/Mar; 18(1):29-35

9. Borges F, Barreto MS, Decesaro MN, Viera CS, Marcon SS. Family perspective on childhoodobesity and itsforms of coping: a descriptivestudy. Online Braz j Nurs [internet]. 2018 Aug [citedyearmonth day]; 16 (4): 460-470. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/5655

10. Nascimento APS, Avelino DM, Maximo MMGP, Moura WC. Atuação do enfermeiro na educação alimentar de crianças em um núcleo de educação infantil. RevEnferm UFPI. 2016 Jan-Mar;5(1):40-45.

11. Aguiar, CSVT. Promoção da Saúde em Adolescentes com Obesidade: Intervenção do Enfermeiro [dissertação em mestrado]. Lisboa: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa; 2020.

12. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein: São Paulo. 2010 Mar;8(1)102–6.Available from: https://doi.org/10.1590/S1679-45082010RW1134

13. Mendes KDS, Silveira RC de CP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto – enferm [Internet]. 2008 Oct;17(4):758–64.Available from: https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018

14. Sousa, L.M.M; Marques-Vieira, C.M.A; Severino, S.S.P. & Antunes, A.V. Metodologia de Revisão Integrativa da Literatura em Enfermagem. Revista Investigação Enfermagem, 2017 Ser. II(20), 17-26.

15. Crossetti M da GO. Revisão integrativa de pesquisa na enfermagem o rigor científico que lhe é exigido. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2012 Jun; 33(2):8–9. Available from: https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000200001

16. Sousa, Vera Lúcia Gomes. Excesso de peso/obesidade infantil e conhecimento dos pais sobre alimentação infantil, em idade pré-escolar: fatores determinantes. Tese de doutorado. Bragança: [s.n.], 2021. il., tab.

17. Victorino, S. V. Z. et al. Viver com obesidade infantil : a experiência de crianças inscritas em programa de acompanhamento multidisciplinar. Rev Rene, Fortaleza, v. 15, n. 6, p. 980-9, nov./dez. 2014.

18. Martins, T. A., de Freitas, A. S. F., Rodrigues, M. I. de S., Veras Filho, R. N., Moreira, D. P., & Mourão, C. M. L. (2018). FATORES DE RISCOS METABÓLICOS EM CRIANÇAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Revista Baiana De Enfermagem‏32. https://doi.org/10.18471/rbe.v32.26264

19. Souza, M. H. N., Silveira, G. S., Pinto, Á. F. S., Sodré, V. R. D., & Ghelman, L. G. (2013). Avaliação do estado nutricional e da saúde de crianças e adolescentes na prática assistencial do enfermeiro. Cogitare Enfermagem, 18(1), 29-35.

20. Verga, Samea Marine Pimentel. A família transformando-se diante da complexidade da obesidade infantil. 2021. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/74081.

21. Araújo, Márcio Flávio Moura de. (2006). O papel da amamentação ineficaz na gênese da obesidade infantil: um aspecto para a investigação de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem, 19(4). https://doi.org/10.1590/S0103-21002006000400014

22. Pinho, Marisa Gomes Oliveira. (2019). A obesidade infantil: a atuação do enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Instituto Politécnico de Setúbal. Escola Superior de Saúde.

23. LEIRAS, Elsa Maria do Vale. Comportamento Alimentar da Criança: A Influência Materna. fevereiro de 2015. Disponível em: http://repositorio.ipvc.pt/bitstream/20.500.11960/1287/1/Elsa_Leiras.pdf.

24. SANTOS, F. D. R. et al. Ações de enfermeiros e professores na prevenção e no combate à obesidade infantil. Rev Rene, Fortaleza, v. 15, n. 3, p. 463-70, maio./jun. 2014.

25. Miranda LSMV, Vieira CENK, Teixeira GA, Silva MPM, Araújo AKC, Enders BC. Theoretical model of nursing care for children with obesity. Rev Bras Enferm. 2020;73(4):e20180881. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0881

26. Ferreira, Adicéa de Souza; Moraes, Juliana Rezende Montenegro Medeiros de; Goés, Fernanda Garcia Bezerra de; Silva, Liliane Faria da; Broca, Priscilla Valladares; Duarte, Sabrina da Costa Machado. Ações de enfermagem às crianças com sobrepeso e obesidade na Estratégia Saúde da Família. Rev Rene (Online), volume 20, número 1, páginas e33892, janeiro-dezembro de 2019.


1Acadêmicos de enfermagem  na Universidade de Guarulhos, São Paulo.

2Doutora em Biociência e Biotecnologia Aplicados à Farmácia pela Universidade Estadual Paulista. Docente na Universidade de Guarulhos, São Paulo.

3PhD em Psicologia pela Universidade do Porto, Portugual. Docente na Universidade de Guarulhos, São Paulo.