SÍNDROME DO ENVELHECIMENTO PRECOCE BUCAL: LESÃO CERVICAL NÃO CARIOSA E SUAS POSSIBILIDADES DE MANEJO

ORAL EARLY AGING SYNDROME: NON-CARIOUS CERVICAL LESION AND ITS MANAGEMENT POSSIBILITIES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8419630


Fernanda Alves de Carvalho¹
Christiane Mutsuko Teruya²


RESUMO

Introdução: A lesão cervical não cariosa é uma condição odontológica comum caracterizada pela perda de tecido dental na região cervical dos dentes, próxima à junção amelocementária, sem a presença de cárie dentária. A etiologia é multifatorial e esse dano é consequência dos processos de erosão, abrasão e abfração, que envolvem desgaste ou perda do tecido dental devido a fatores mecânicos ou químicos. Esta lesão está diretamente ligada à Síndrome do Envelhecimento Precoce bucal (SEPB), que significa manifestações clínicas de diferentes doenças, ou de diferentes origens, atuando num mesmo sistema, e neste caso, na cavidade bucal. O envelhecimento precoce diz sobre um processo não fisiológico, no meio bucal, abordando muito além do dente. Objetivo: Demonstrar através de uma extensa revisão de literatura como definir a etiologia das lesões cervicais não cariosas relacionando com o envelhecimento precoce bucal, evidenciando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar do tratamento das condições clínicas. Metodologia: Uma pesquisa bibliográfica descritiva, realizada com buscas nos bancos de dados da SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Biblioteca virtual de saúde, Google acadêmico, através de artigos, publicações de revistas científicas, na língua portuguesa e inglesa, a partir do ano 2010 à 2022. Resultados: Mediante às pesquisas bibliográficas realizadas, foram obtidos como resultados seis artigos que atenderam as expectativas referentes ao Envelhecimento bucal precoce no panorama atual, a doença não cariosa, surgimento das lesões cervicais não cariosas como consequência, abordando sua etiologia, tipos e prevalência, além da sua abordagem terapêutica. Conclusão: Conclui-se que para combater a síndrome do envelhecimento precoce bucal é de suma importância o conhecimento do cirurgião-dentista sobre a doença cárie, evidenciando se é uma lesão cariosa ou não, e o entendimento dos fatores relacionados à dieta moderna e os hábitos existentes. Com uma anamnese detalhada, observando a dieta, e exame clínico é possível definir a forma de abordagem baseada nas características da lesão, classificando-a e nas necessidades específicas de cada paciente, analisando o principal fator etiológico.

Palavras-chave: Envelhecimento precoce bucal; lesão não cariosa; tratamento; biocorrosão; erosão.

ABSTRACT:

Introduction: Non-carious cervical lesion is a common dental condition characterized by the loss of dental tissue in the cervical region of the teeth, close to the cementoenamel junction, without the presence of dental caries. The etiology is multifactorial and this damage is a consequence of erosion, abrasion and abfraction processes, which involve wear or loss of dental tissue due to mechanical or chemical factors. This lesion is directly linked to Oral Premature Aging Syndrome (SEPB), which means clinical manifestations of different diseases, or of different origins, acting in the same system, and in this case, in the oral cavity. Premature aging refers to a non-physiological process, in the oral environment that goes far beyond the tooth. Objective: To demonstrate, through an extensive literature review, how to define the etiology of non-carious cervical lesions related to premature oral aging, highlighting the need for a multidisciplinary approach to the treatment of clinical conditions. Methodology: A descriptive bibliographical research, carried out with searches in the databases of SciELO (Scientific Electronic Library Online), Virtual Health Library, Google Scholar, through articles, publications of scientific journals, in Portuguese and English, from the year 2010 to 2022. Results: Through bibliographical research carried out, six articles were obtained as results that met the expectations regarding Early oral aging in the current panorama, non-carious disease, emergence of non-carious cervical lesions as a consequence, addressing their etiology, types and prevalence, in addition to its therapeutic approach. Conclusion: It is concluded that to combat premature oral aging syndrome, it is extremely important for the dentist to have knowledge of caries disease, showing whether it is a carious lesion or not, and understanding the factors related to the modern diet and habits. existing. With a detailed anamnesis, observing the diet, and clinical examination, it is possible to define the approach based on the characteristics of the lesion, classifying it and the specific needs of each patient, analyzing the main etiological factor.

Keywords: Premature oral aging; non-carious lesion; treatment; biocorrosion; erosion.

1 Introdução

O autor Paulo Vinicius Soares explica que a síndrome do envelhecimento precoce bucal nada mais é do que manifestações clínicas de diferentes doenças, ou de diferentes origens, atuando num mesmo sistema. Fragmentando, para uma melhor compreensão, síndrome é uma associação de doenças e o envelhecimento precoce diz sobre um processo não fisiológico, no meio bucal abordando muito além do dente, esmalte, dentina, periodonto, mas também aspectos do osso, mucosa, gengiva, língua, músculos articulações etc. Para compreender e avaliar a Síndrome do envelhecimento bucal precoce, a distinção do que é um processo fisiológico para o que é patológico, é essencial. A cárie é uma doença e as lesões são sequelas muito mais amplas do que parece. A lesão cariosa ou não cariosa é uma consequência diretamente ligada ao paciente, pois depende dos hábitos, dieta e do seu histórico como um todo. Na doença não cariosa, o acúmulo de placa bacteriana ou de microrganismos não está presente e ela pode ser uma lesão cervical, palatina, oclusal ou vestibular. A lesão cervical não cariosa é multifatorial (Grippo, 2011) e pode-se classificar dependendo da sua etiologia, como abfração, erosão e abrasão (Pinheiro, 2020), portanto, segundo Barata (2010), estas lesões foram agrupadas de acordo com sua origem, formato e características particulares.

Os danos possuídos, podendo ser danos pulpares, como calcificação, isquemia, necrose pulpar, ou até mesmo a alteração padrão da gengiva, existindo como uma sequela da reabsorção óssea, a recessão gengival. Além disso, pode manifestar-se através de danos irreversíveis, como trincas em esmalte, em dentina ou os dois. Portanto, a lesão cervical não cariosa está sendo relacionada pelos cirurgiões-dentistas atualmente como um fator para o envelhecimento bucal precoce atingindo qualquer faixa etária, devido aos aspectos clínicos apresentados, caracterizada pela perda de tecido dental na região cervical dos dentes, próxima à junção amelocementária.

Fatores mais comuns que influenciam diretamente nestas características clínicas serão a erosão dentária, que é a perda progressiva do tecido dental causada pela exposição frequente aos ácidos presentes em alimentos, bebidas e refluxo gastroesofágico, com isso esses ácidos podem desgastar o esmalte dentário, tornando os dentes mais suscetíveis a danos e sensibilidade; o atrito excessivo dos dentes pode ser causado por hábitos como ranger os dentes (bruxismo) ou escovar os dentes com muita força, logo esse atrito constante pode levar ao desgaste prematuro dos dentes, resultando em perda de estrutura dental e alterações na oclusão; a má oclusão, que é o desalinhamento dos dentes e/ou desajuste da mordida, desgaste desigual dos dentes, sobrecarregar certas áreas da boca e levar a problemas como recessões; alguns hábitos prejudiciais, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e o uso de drogas recreativas, podem acelerar o processo de envelhecimento bucal. Esses hábitos podem levar ao desenvolvimento de doenças periodontais, perda óssea, manchas nos dentes e danos ao tecido gengival. 

O diagnóstico e o tratamento adequados das lesões cervicais não cariosas são essenciais para evitar a progressão da lesão e minimizar os sintomas associados. Segundo Machado (2018), as opções de tratamento podem variar desde medidas preventivas, como instruções sobre higiene bucal e modificações nos hábitos alimentares, até restaurações dentárias para reparar o tecido dental perdido, reduzir a sensibilidade e caso de já existirem sinais envolvendo a lesão e gerando o envelhecimento bucal precoce dos dentes, deve haver uma abordagem multidisciplinar, envolvendo a dentística, com restaurações dentárias, como facetas ou coroas, para melhorar a estética e a função dos dentes desgastados; a terapia periodontal também pode ser necessária para tratar doenças gengivais e recessões gengivais. Em alguns casos, é recomendado o uso de dispositivos de proteção dental, como placas de bruxismo para reduzir o atrito e o desgaste dos dentes.

Neste contexto, o objetivo deste estudo é aprofundar o conhecimento sobre as lesões cervicais não cariosas, incluindo sua etiologia, diagnóstico e opções de tratamento. Através de estudos e pesquisas, é possível desenvolver abordagens eficazes para prevenção e manejo dessas lesões, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes e promovendo a saúde bucal de forma abrangente.

2 Metodologia

Este presente trabalho é baseado em uma pesquisa bibliográfica descritiva, realizada com buscas nos bancos de dados da SciELO (Scientific Eletronic Library Online), Biblioteca virtual de saúde, Google acadêmico, através de artigos, publicações de revistas científicas, na língua portuguesa e inglesa, a partir do ano 2010 à 2022 e com busca por meio de palavras-chave como, “lesão cervical não cariosa”, “tooth abrasion”, “recessão gengival”, “biocorrosão”. Os artigos selecionados abordam os impactos da lesão cervial não cariosa no envelhecimento bucal precoce, associado com os tipos de manejos e abordagens multidisciplinares. Além disso, após às pesquisas bibliográficas realizadas, será feita uma compactação de toda informação com base em seis artigos que atenderam aos critérios referentes ao Envelhecimento bucal precoce no panorama atual, a doença não cariosa, surgimento das lesões cervicais não cariosas como consequência, abordando sua etiologia, tipos e prevalência, além da sua abordagem terapêutica.

3 Revisão de literatura

3.1 envelhecimento precoce bucal (SEPB)

O envelhecimento precoce da boca (EPB) tornou-se uma doença contemporânea, sendo uma patologia associada a alterações na cavidade bucal de idosos. Os aspectos estéticos deletérios, porém, vêm ocorrendo em pacientes mais jovens do que o esperado e essas alterações podem afetar a saúde e a aparência dos dentes, comprometendo a função mastigatória e a estética do sorriso. Logo, surge a lesão cervical não cariosa (LCNCs) como um problema comum na área da odontologia, nos tempos atuais, podendo afetar indivíduos de diversas faixas etárias. (Figueiredo, 2022). Devido ao estilo de vida contemporâneo e às crescentes demandas por alto desempenho, os níveis de estresse e ansiedade têm aumentado, o que pode levar a um aumento na ocorrência de hábitos parafuncionais e disfunções temporomandibulares. Isso, por sua vez, pode resultar em desgaste dos dentes e, em muitos casos, causar mudanças na dimensão vertical de oclusão (DVO), afetando diretamente a estética e a função bucal (Tisatto, 2023).

3.2 Lesão cervical não cariosa: etiologia, tipos e prevalência

Rocha (2021) diz que as lesões são caracterizadas por perda de tecido dental próximo à junção amelocementária, na região cervical dos dentes, sem a presença de cárie dentária. Acredita-se que a erosão, a abrasão e a abfração sejam as principais causas dessas lesões, e ao contrário das cáries tradicionais, as LCNCs não envolvem a ação de bactérias ou a presença de ácidos produzidos por elas. Embora a etiologia exata ainda seja motivo de debate, elas costumam variar a sua forma, simetria e localização. Com isso, pode levar a uma série de problemas dentários, incluindo hipersensibilidade dentinária, dor, inflamação gengival, recessão gengival e comprometimento estético. Além disso, essas lesões podem predispor os dentes a um maior risco de cáries e fraturas, devido à perda de proteção natural fornecida pelo esmalte dental (Oliveira, 2020)

3.3 Abfração

A introdução do termo “abfração” foi feita por Grippo em 1991 e continuou até 2004. Esta lesão aborda microfraturas na estrutura dentária em áreas que há concentração de estresse, sendo combinado com ácidos ou como cofator, contudo, está terminologia se tornou modismo e é erroneamente usado para designar a etiologia das LCNCs (Grippo, 2011). A teoria da abfração postula que a flexão dos dentes na área cervical é provocada por pressões na oclusão e forças de estiramento, levando à formação de pequenas fraturas nos cristais de hidroxiapatita presentes no esmalte e na dentina. Isso resulta em um aumento da fadiga e na deformação da estrutura dentária (Nascimento, 2016).

3.4 Erosão: como tudo começou

Segundo o autor El-Khoder, em março de 2023, as primeiras menções das lesões por desgaste dentário, foi feita pelo cirurgião britânico, médico militar, John Hunter (1728-1793) com sua obra “A História Natural dos Dentes Humanos”, dedicada a comunidade de odontologia. Desde então, surgiram muitos escritos, como por exemplo, o desenvolvimento do método de pontuação para codificar o desgaste de forma quantitativa e/ou qualitativa, para um melhor diagnóstico. Este método, adaptado para a população passada, de classificação é constituído por cinco estágios e foi criado pelo médico francês Paul Broca (1824-1880). Porém, posteriormente, muitos autores modificaram. 

Foi em 1728 que Pierre Fauchard, o considerado “Pai da Odontologia moderna”, utilizou pela primeira vez o termo cárie e erosão, em seu livro Le Chirurgien Dentiste, ou também conhecido “Traité des dents”. Além disso, Fauchard foi o primeiro a mencionar o termo erosão, descrevendo que o esmalte dos dentes está sujeito a doenças que simulam a cárie, mas sem a presença de microrganismos. Caracteriza a superfície externa como irregular e áspera, denominando-a como erosão, ou propensão para cáries. Logo, o esmalte é desgastado, devido a algum agente corrosivo, um mecanismo químico.

Chapin Harris, em 1849, é o pai da ciência odontológica americana e foi através do seu livro Dicionário de Ciências Odontológicas, biografia, Bibliografia e terminologia Médica que ele relacionou as lesões cervicais não cariosas a Erosão. Segundo Harris, as erosões são sensíveis ao toque e aos estímulos de calor e frio, logo se faz alusão à hipersensibilidade dentinária cervical (HDC). Ele afirma que a erosão se limita ao esmalte e se desenvolve em mais de um dente, da mesma forma. Manifesta-se na superfície vestibular externa próxima a margem gengival e essa parte do esmalte, em decomposição, é branca e de textura macia; entretanto, às vezes pode ter outros aspectos.

3.5 Biocorrosão versos erosão

Foi em 2011, que Grippo, explicou sobre o termo “erosão” na literatura odontológica atual. Ele diz que essa definição falha em reconhecer o envolvimento do processo de proteólise e os efeitos piezoelétricos, que diz sobre a degradação bioquímica e eletroquímica da estrutura dentária. Os autores definem a biocorrosão, como uma ação química, bioquímica ou eletroquímica que causa a degradação molecular das propriedades essenciais de um tecido vivo, podendo ocorrer, nos dentes, por meio de ácidos químicos exógenos e bioquímicos endógenos por enzimas proteolíticas bioquímicas e sob efeitos piezoelétricos que agirá sobre a matriz orgânica da dentina, composta principalmente por colágeno. Portanto, este fator pode ser causado através de muitos fatores, como o refluxo gastroesofágico, vômito, dieta, medicamento, alimentação, ambiente ou estilo de vida (Soares, 2019). Este é um termo muito mais preciso e vai muito além de uma só erosão, além disso, pode-se usar como uma suplementação.

3.6 Efeitos da dieta ácida no envelhecimento precoce bucal

Nos últimos anos, tem existido um foco crescente na promoção de hábitos alimentares mais saudáveis, incluindo a implementação de políticas públicas voltadas para a educação alimentar. Ao mesmo tempo, o estilo de vida contemporâneo, com uma ampla gama de conveniências e opções oferecidas pela indústria alimentícia, tornou a alimentação fora de casa cada vez mais comum, através de restaurantes e fast-food. Isso tem impulsionado o consumo de alimentos processados, a diversificação de suas variedades e a adoção de novos padrões alimentares (Pereira, 2021). Além disso, o desgaste da estrutura dental em atletas também cresceu; vem aumentando e se tornando um problema clínico significativo, devido a diminuição do fluxo salivar na prática da atividade física, bebidas para melhorar o rendimento, frutas, dieta em geral. Portanto, a cárie dentária está diminuindo em grupos populacionais e a erosão dentária se torna mais prevalente (Soares, 2019).

3.7 Recessão gengival

3.7.1 Definição

Outro fator associado à lesão cervical não cariosa é a recessão gengival. Em 2011, o autor Veturim define a recessão gengival, ou recessão da margem tecidual, a migração apical da margem gengival, tendo como consequência, a exposição radicular. 

3.7.2 Classificação de Miller

Segundo Carvalho (2014), a classificação de Miller é um importante método para a avaliação e planejamento do tratamento de retrações gengivais, possibilitando a identificação precoce da lesão, a seleção da técnica mais adequada e a mensuração da extensão da retração após o tratamento. Miller Jr propôs classificação das recessões gengivais, considerando que a previsibilidade de cobertura radicular é influenciada pela posição da margem gengival em relação à junção mucogengival, pela perda óssea ou de gengiva interdental e pelo posicionamento dental. As lesões foram divididas em:

Classe I – recessão gengival que não ultrapassa a junção mucogengival, sem perda óssea ou de tecido mole interdental e com previsibilidade de 100% de cobertura radicular; 

Classe II – recessão gengival que se estende até ou além da junção mucogengival, sem perda de osso ou de tecido mole interdental e com previsibilidade de 100% de cobertura radicular; 

Classe III – recessão gengival que se estende até ou além da junção mucogengival, com perda óssea ou de tecido mole interdental moderada, pode estar associada com mau posicionamento dos dentes e a previsibilidade da cobertura radicular é parcial;  Classe IV – recessão gengival que se estende além da junção mucogengival.

3.7.3 Recessão associada à LCNC

Machado (2018) diz que a recessão gengival na região vestibular é um problema comum em grupos com cuidados orais rigorosos, de alto padrão, sendo notável que ocorre principalmente nos pré-molares e incisivos e se torna uma sequela em dentes que estão afetados pelas lesões cervicais não cariosas.

3.8 Características morfológicas das LCNCS

Conforme descrito no livro “Lesões cervicais não cariosas e hipersensibilidade dentinária cervical – Etiologia, diagnóstico e tratamento” de Paulo Vinicius Soares juntamente com John O. Grippo, para identificar com maior precisão os mecanismos etiológicos responsáveis pelo surgimento das lesões cervicais não cariosas, o CD deve analisar e classificar com base em sua forma. Logo, é essencial observar a geometria da estrutura desgastada.

Neste contexto, primeiro analisa-se as paredes que constitui esta lesão, sendo elas parede coronal, gengival e parede pulpar. Além disso, elas podem se encontrar arredondadas (côncavas) ou em forma de cunha (angulada). Os efeitos da biocorrosão, fricção e tensão mecânica, levam em consideração a forma apresentada. 

Ainda nesta obra, a classificação em relação à profundidade, poderá ser indicada pelo grau de severidade, através de uma sonda periodontal milimetrada ou moldagem, para fazer a mensuração da estrutura perdida. Após feito o exame clínico com a sondagem, a literatura apresenta uma atribuição de pontos para a classificação das lesões com caráter multifatorial, devido à complexidade e a dificuldade de padronizar a terminologia e diferenciar sua etiologia.

O primeiro índice desenvolvido com o objetivo de mensurar e monitorar o desgaste dentário foi de Smith e Knight, em 1984. O sistema é composto por uma pontuação do número 1 ao número 4; composto, também, pelas quatro superfícies dentais visíveis, sendo elas a vestibular, cervical, lingual e oclusal incisal; e é dividido através de critérios de avaliação quanto ao desgaste. Contudo, ao longo do tempo, se tornou necessário o aprimoramento deste método, criando adaptações no índice para uma melhor padronização, fazendo uma correlação totalmente direta ao escore, a evolução clínica da lesão e a sua perda de estrutura.

As LCNCs podem ser localizadas apicalmente ou coronal à junção cemento esmalte (JCE) e podem estar em dentes subgengivalmente ou forma subgengival. Por estes motivos, a escolha do tipo de isolamento, instrumentação e o acesso clínico, devem ser escolhidos de forma segura e eficaz.

3.9 Abordagem multidisciplinar

Segundo Consolaro (2016), há uma extrema importância na abordagem multidisciplinar no momento da avaliação e do tratamento das lesões cervicais não cariosas. Neste contexto, os autores dizem que é necessário levar em consideração a interação entre diversos fatores, como o tipo de lesão, a saúde periodontal, o tipo de oclusão, a posição dentária, e a estética dental, para alcançar um tratamento efetivo e prevenir a recorrência da lesão. Além disso, eles destacam a importância da educação do paciente em relação à higiene oral e a prevenção da progressão da lesão.

Como opções de tratamento, Zucchelli (2011), cita a restauração direta, restauração indireta, cobertura radicular com enxerto de tecido conjuntivo e a ortodontia. Além disso, enfatizam a importância da avaliação cuidadosa do paciente e da realização de um planejamento individualizado para cada caso, levando em conta os objetivos estéticos e funcionais do paciente, bem como os custos e a complexidade do tratamento. Concluem que o sucesso do tratamento depende de uma abordagem integrada e multidisciplinar, envolvendo o periodontista e o ortodontista, quando necessário. 

De forma menos invasiva, Soares (2014), desenvolveu uma forma de avaliação visando estudar a eficácia do uso combinado de agentes dessensibilizantes, como nitrato de potássio, cloreto de estrôncio e fluoreto de sódio, em comparação com o uso isolado desses agentes. Os resultados mostraram que o uso combinado de agentes dessensibilizantes foi mais eficaz do que o uso isolado desses agentes no tratamento da hipersensibilidade dentinária. Portanto, foi concluído que a associação de agentes dessensibilizantes é uma opção segura e eficaz para o tratamento da hipersensibilidade dentinária e pode oferecer benefícios significativos em relação ao uso isolado desses agentes.

4 Resultados 

Mediante às pesquisas bibliográficas realizadas, foram obtidos como resultados 6 artigos que atenderam as expectativas referentes ao Envelhecimento bucal precoce no panorama atual, a doença não cariosa, surgimento das lesões cervicais não cariosas como consequência, abordando sua etiologia, tipos e prevalência, além da sua abordagem terapêutica.

Quadro 1 – Apresentação das características dos artigos incluídos na revisão descritiva.

AUTOR:TÍTULO:ANO:DELINEAMENTO:DESFECHO:
Márcio Antonio dos Santos; Jadson Junio ConforteAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS (LCNC) COMO CAUSA DO ENVELHECIMENTO BUCAL PRECOCE2022 Revisão de literaturaÉ crucial considerar fatores de risco ao diagnosticar e tratar lesões cervicais não cariosas, adaptando a abordagem de forma personalizada para cada paciente, muitas vezes envolvendo uma abordagem multidisciplinar. É importante identificar a causa da lesão e outros fatores que podem contribuir ou piorar o problema. Este estudo revelou que, especialmente em pacientes jovens com hábitos inadequados, como dieta desequilibrada e estresse emocional, os dentes podem envelhecer prematuramente e a saúde bucal pode ser prejudicada. Portanto, destaca-se o papel fundamental do dentista na prevenção e na educação em saúde bucal.
Alidianne Fábia Cabral Xavier;   Tássia Cristina de Almeida Pinto;   Alessandro Leite CavalcantLESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS: UM PANORAMA ATUA2012Revisão de literaturaAs lesões cervicais não cariosas têm diversas formas e são causadas por vários fatores diferentes, que podem agir sozinhos ou em conjunto, variando em sua intensidade, duração e frequência. Essa complexidade torna essa condição uma questão multifatorial que pode afetar pessoas de todas as idades. Portanto, é importante estudar esses eventos para evitar o desenvolvimento de novas lesões e impedir o agravamento das já existentes.
Rejane Kelly Andrade Beiriz; Janaina Soares da Silva;
Rayane Poderoso Dantas;
Ilanne Barbosa Lima Silva;
Anna Thereza Peroba Rezende Ramos;
Laís Lemos Cabral
FATORES ASSOCIADOS AS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS NOS DIAS ATUAIS2020Revisão de literaturaPara garantir o sucesso no tratamento odontológico, é fundamental que os profissionais de saúde entendam a doença, identifiquem suas causas e façam diagnósticos precisos, considerando os fatores associados a ela. Isso é essencial para evitar o surgimento de novas lesões ou o agravamento das existentes. Além disso, é importante que os cirurgiões dentistas estejam atentos aos relatos dos pacientes ao longo de todo o tratamento, a fim de responder adequadamente a qualquer sinal ou sintoma.
Santamaria MP; Mathias- Santamaria IF; Ferraz LFF; Casarin RCV; Romito GA; Sallum EA; et al.                REPENSANDO O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO PARA TRATAR RECESSÃO GENGIVAL ASSOCIADA A LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS2021Revisão de literaturaPara tratar lesões cervicais não cariosas (LCNCs) nos dentes, existem dois principais protocolos de restauração: um envolve a restauração parcial, reconstruindo a junção esmalte-cemento (CEJ) e a área adjacente em 1 mm; o outro implica na restauração completa da LCNC, cobrindo toda a lesão. Na literatura odontológica, há muitos estudos sobre diferentes tipos de adesivos e materiais usados para restaurar LCNCs, com destaque para os ionômeros de vidro modificados por resina e materiais à base de ionômero de vidro, que têm as menores taxas anuais de falha. Apesar disso, as resinas compostas são frequentemente a escolha principal devido às suas características estéticas e físicas. Surpreendentemente, a literatura sugere que o tipo específico de resina composta não afeta significativamente a retenção das restaurações em LCNCs, pois essas lesões têm um fator C pequeno. Isso significa que o sistema adesivo desempenha um papel crucial na retenção das restaurações, em vez do tipo de resina composta utilizado. Portanto, compreender o protocolo adesivo adequado é de extrema importância. Antes de realizar qualquer procedimento de restauração ou cirúrgico, é essencial eliminar ou controlar todos os fatores que contribuem para as LCNCs.
Giovanni Zucchelli;
Guido Gori; Monica Mele; Martina Stefanini;
Claudio Mazzotti; Matteo Marzadori; Lucio Montebugnoli; e Massimo De Sanctis      
LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS ASSOCIADAS A RECESSÕES GENGIVAIS: UM PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO2011Caso clínicoNeste estudo preliminar, podemos inferir o seguinte: A determinação prévia do MRC (Margem da Restauração Cervical) pode ser útil na escolha da abordagem de tratamento para lesões cervicais não cariosas em conjunto com recessões gengivais.A abordagem de tratamento utilizada neste estudo resultou em uma aparência estética satisfatória e no posicionamento adequado das margens das restaurações para a maioria dos dentes afetados por essas lesões.A satisfação geral dos pacientes e as avaliações tanto dos pacientes quanto dos periodontistas em relação ao recobrimento da raiz foram relacionadas estatisticamente com a correspondência de cores (VAS – Avaliação Visual Analógica), em vez da quantidade específica de recobrimento radicular em milímetros.Recomenda-se a realização de estudos clínicos randomizados adicionais para avaliar a eficácia dessa abordagem de tratamento em lesões cervicais não cariosas associadas a recessões gengivais.
JOHN O. GRIPPO;    MARVIN SIMRING;    THOMAS A. COLEMAN;ABFRAÇÃO, ABRASÃO, BIOCORROSÃO E O ENIGMA DAS LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS: UMA PERSPECTIVA DE 20 ANOS2012Artigo clínicoOs autores argumentam que é necessário adotar uma nova abordagem para entender as lesões na superfície dentária, devido à resistência à mudança observada ao longo dos últimos 100 anos. Eles propõem a utilização de terminologia e conceitos atualizados para descrever os processos envolvidos nessas lesões. Para isso, sugerem substituir o termo “erosão”, que anteriormente se referia à degradação química da superfície dentária, pelo termo “biocorrosão”. Isso se justifica porque o termo “biocorrosão” abrange de forma mais precisa tanto os ácidos que vêm de fontes externas quanto aqueles que são produzidos internamente, juntamente com processos de proteólise e ação eletroquímica. Além disso, os autores destacam que o termo “abfração”, que antes era usado para descrever a perda de substância dentária em áreas de estresse, não deve ser aplicado indiscriminadamente a todas as lesões cervicais não cariosas, pois essas lesões têm múltiplas causas. Elas podem ser causadas por ácidos, enzimas digestivas e efeitos piezoelétricos que afetam a dentina, que é uma parte dos dentes com uma alta porcentagem de material orgânico. Para diagnosticar com precisão a causa dessas lesões, os clínicos devem considerar fatores como histórico médico e odontológico do paciente, examinar a oclusão dos dentes, avaliar a dieta e revisar as práticas de higiene bucal. Outros fatores, como a composição e características da saliva, também desempenham um papel importante na formação das lesões cervicais não cariosas. Finalmente, a posição dos dentes e sua relação com fatores como estresse, fricção e biocorrosão devem ser avaliados em conjunto para compreender a complexa etiologia dessas lesões multifatoriais.  

5 Discussão

Fragmentando a Síndrome do Envelhecimento Precoce Bucal, o termo Síndrome, segundo o dicionário, é um substantivo feminino e significa um conjunto de sinais e sintomas observáveis em vários processos patológicos, independente da etiologia que as diferencia. Em relação ao envelhecimento, o autor Barbon (2016) relata que o envelhecimento é um fenômeno inerente a todos os seres humanos, e o seu curso varia de pessoa para pessoa. Isso ocorre porque cada indivíduo envelhece em ritmos diversos e de maneiras distintas em relação à sua idade cronológica. Essas variações podem ser atribuídas a fatores genéticos, fisiológicos, condições de saúde, padrões de vida, gênero, background cultural, nível de educação e situação econômica. Porém, Silva (2011) sintetiza alterações do envelhecimento na cavidade bucal envolvendo má higienização, desgastes dentais, recessão gengival, edentulismo, doença periodontal, lesões no tecido mole, redução do fluxo salivar, problemas na articulação temporomandibular, uso de medicamentos, dietas, hábitos parafuncionais etc. Por fim, o termo Precoce, através do dicionário, é um adjetivo que significa aquilo que acontece muito cedo para os padrões normais; prematuro; antecipado.

Neste contexto, segundo Carvalho (2022) o envelhecimento bucal de forma precoce é visto em pacientes jovens com os mesmos aspectos clínicos encontrados em pacientes idosos. Tavares (2018) mostra que a doença não cariosa, atualmente é encontrada em 30% dos jovens entre 25 e 30 anos. É sabido que a idade não é um fator que torna alguém mais propenso a essas lesões. Em vez disso, a idade simplesmente reflete o acúmulo dos fatores que iniciam e influenciam a evolução da doença (Oliveira, 2020).

A busca crescente por tratamentos odontológicos relacionados à dor, sensibilidade ou problemas estéticos nos dentes devido a danos não cariosos tem destacado a necessidade de um maior conhecimento por parte dos dentistas e estudantes de odontologia sobre os fatores que causam a erosão/biocorrosão dentária devido à dieta, levando ao envelhecimento prematuro dos dentes. Portanto, é importante compreender a conexão entre a dieta ácida e o envelhecimento dentário, incluindo sua origem, diagnóstico preciso, medidas de prevenção e opções de tratamento adequadas (De Lira, 2022).

Enquanto a manutenção de uma boa higiene oral ajuda a prevenir problemas periodontais e cáries, uma escovação dental excessiva e vigorosa, especialmente se realizada logo após refeições ricas em substâncias ácidas, pode causar abrasão nos dentes. Isso resulta na perda irreversível da camada mais externa do esmalte, levando à abrasão/retração gengival, desgaste do esmalte e exposição da dentina na região cervical. Isso muitas vezes resulta em hipersensibilidade dentinária (Amaral, 2012). Por este motivo, uma boca limpa não significa uma boca saudável. A Saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, define como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.

6 Conclusão

Conclui-se que para combater a síndrome do envelhecimento precoce bucal é de suma importância o conhecimento do cirurgião-dentista sobre a doença cárie, evidenciando se é uma lesão cariosa ou não, e o entendimento dos fatores relacionados à dieta moderna e os hábitos existentes. Com uma anamnese detalhada, observando a dieta, e exame clínico é possível definir a forma de abordagem baseada nas características da lesão, classificando-a e nas necessidades específicas de cada paciente, analisando o principal fator etiológico.  Embora não possa prescrever ou modificar dietas, é importante que clínico seja capaz de identificar possíveis riscos e trabalhar em colaboração com profissionais de nutrição, psicologia entre outros, de forma multidisciplinar, para prevenir lesões e reduzir o avanço de problemas estabelecidos. Isso pode incluir orientações de quantidade e, principalmente, a frequência da ingestão de alimentos ácidos, terapia, além do uso de dentifrícios mais adequados para minimizar a perda da estrutura dental.  

REFERÊNCIAS:

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¹Centro de Ensino Superior, Faculdade de Ilhéus, curso de Odontologia, Ilhéus BA.
²Esp. Em Periodontia; Docente do Centro de Ensino Superior, Faculdade de Ilhéus, curso de Odontologia, Ilhéus BA.