AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS DISCENTES DE MEDICINA DE DIFERENTES UNIVERSIDADES DO ESTADO DE SÃO PAULO COM RELAÇÃO A PANDEMIA DE COVID-19

ASSESSMENT OF THE KNOWLEDGE OF MEDICAL STUDENTS FROM DIFFERENT UNIVERSITIES IN THE STATE OF SÃO PAULO REGARDING THE COVID-19 PANDEMIC

REGISTRO DOI: 110.5281/zenodo.10357131


¹Gabriel Resende Aquino
²Diego Antônio de Lima Martins
³Aline Plaça Ferreira 
4Rafaela Campos de Oliveira
5Fabiana Borges dos Santos
6Fabiano Bezerra Menegidio


Resumo

A pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, representou um desafio global sem precedentes, exigindo respostas rápidas e bem-informadas da comunidade médica. Este artigo aborda a avaliação do conhecimento dos discentes de medicina em diferentes universidades do estado de São Paulo, Brasil, em relação à pandemia de COVID-19. Foram conduzidas pesquisas para avaliar o nível de entendimento sobre aspectos clínicos, epidemiológicos, prevenção e tratamento da COVID-19 entre os estudantes de medicina dessas instituições. Os resultados desta avaliação oferecem insights valiosos para o aprimoramento da educação médica, visando preparar os futuros profissionais de saúde para enfrentar desafios semelhantes de forma mais eficaz e informada.

Palavras-chave: Educação Médica; Estudantes de Medicina; COVID-19; Conhecimento; Pandemia.

1. INTRODUÇÃO

Devido aos avanços tecnológicos e digitais, somados à redução dos custos e esforços necessários para criar e disseminar informações, tornou-se cada vez mais desafiador discernir e confiar em fontes de notícias, independentemente de serem provenientes de mídias digitais ou televisivas (FIELD-FOTE, 2019).

Essa complexidade tornou-se especialmente evidente durante a atual pandemia de COVID-19. Apesar de sua gravidade e urgência sanitária, a gestão epidemiológica da pandemia foi profundamente impactada por um fenômeno social contemporâneo: a rápida disseminação global de informações (WANG et al., 2019).

Desde o início da cobertura da pandemia pelos meios de comunicação tradicionais, a propagação de notícias falsas tem sido uma constante em várias plataformas, constituindo um problema de saúde pública que prejudicou os esforços governamentais para conter a pandemia (PULIDO et al., 2020). Popularmente denominadas de Fake News, essas informações falsas têm se concentrado principalmente na origem do vírus (natural, acidental ou criado em laboratório), nas medidas preventivas (como isolamento e uso de máscaras), nos tratamentos (medicamentos e outros) e nas campanhas de vacinação.

A emergência dessas informações conflitantes tornou a busca por fontes confiáveis de informação de extrema importância para estudantes e profissionais da área da saúde, gerando a necessidade de conduzir pesquisas para compreender os impactos dessas notícias falsas na gestão da pandemia.

Nesse contexto, as pesquisas online têm desempenhado um papel crucial durante a pandemia, pois demandam menos recursos humanos e podem alcançar um amplo número de participantes em um curto período. Isso possibilitou a avaliação do nível de conhecimento dos estudantes de medicina sobre a pandemia de COVID-19 e as Fake News em circulação, especialmente considerando que esses estudantes poderão enfrentar situações similares em suas futuras carreiras (ZHONG et al., 2020).

Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento de estudantes de medicina oriundos de diferentes universidades do Estado de São Paulo em relação à pandemia de COVID-19. Além disso, procurou-se investigar como a disseminação de Fake News influenciou o conhecimento e a abordagem da pandemia entre os diversos estudantes de medicina do Estado de São Paulo.

2. METODOLOGIA 

Este estudo foi conduzido por meio de um formulário online elaborado no Google Forms, contendo três perguntas em cada um dos temas selecionados, totalizando 21 perguntas. As perguntas foram do tipo múltipla escolha e abrangeram os seguintes tópicos: (1) Informações sobre o vírus; (2) Informações sobre a origem do vírus; (3) Informações sobre o uso de máscaras; (4) Informações sobre o isolamento social; (5) Informações sobre tratamentos; (6) Informações sobre vacinação. Adicionalmente, foi incluída uma sétima categoria relacionada a notícias falsas, na qual foram apresentadas cinco notícias, algumas verdadeiras e outras falsas, obtidas por meio dos serviços de verificação de fatos disponibilizados pela Agência Lupa (https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/) e/ou pela agência de checagem Aos Fatos (https://www.aosfatos.org/). Os estudantes foram questionados sobre a veracidade das informações com base em um breve resumo da notícia.

O formulário foi distribuído através de plataformas de comunicação como Telegram, WhatsApp e Facebook. Para serem incluídos no estudo, os participantes precisavam ser estudantes regularmente matriculados em cursos de Medicina oferecidos por universidades particulares ou privadas do Estado de São Paulo, ter 18 anos de idade ou mais, independentemente de gênero, raça ou sexo. Além disso, eles deveriam concordar em preencher o questionário online e ter assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos do estudo os participantes que estavam abaixo da faixa etária estipulada, não haviam assinado o TCLE, estavam matriculados em universidades fora do Estado de São Paulo ou não cumprissem outros critérios de exclusão. O projeto foi aprovado sob o número de CAAE 54352721.3.0000.5497.

3. RESULTADOS

Os resultados apresentados neste estudo derivam das informações fornecidas no formulário descrito anteriormente. Destes resultados, foram entrevistadas 148 pessoas, das quais 18,3% recusaram participar da pesquisa ou não concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE. Das 121 respostas restantes, ~92% estavam na faixa etária de 18 a 25 anos, enquanto os restantes tinham entre 26 e 40 anos (conforme ilustrado na Figura 1). A predominância das respostas veio do sexo feminino, representando 62% mulheres e 38% homens (conforme mostrado na Figura 2).

Gráfico, Gráfico de pizza

Descrição gerada automaticamente

Figura 1. Distribuição dos participantes por idade

Gráfico, Gráfico de pizza

Descrição gerada automaticamente

Figura 2. Distribuição dos participantes por sexo.

Durante a aplicação do questionário, indagamos sobre a renda mensal familiar, e 85% indicaram receber quatro ou mais salários. Adicionalmente, fizemos perguntas sobre o coronavírus, sendo a primeira delas: “Você sabia que o vírus pode permanecer viável por 72 horas em plástico, 48 horas em aço inoxidável e 4 horas em cobre?” A maioria das respostas foi negativa, com 61,9%, enquanto 38,1% responderam afirmativamente. Outra pergunta, que possibilitava múltiplas respostas, abordou se os entrevistados haviam pesquisado sobre o vírus Sars-CoV-2 e quais recursos utilizaram para essa pesquisa. Notícias provenientes de mídia de massa foi o principal meio de informação relatado pelos entrevistados, compreendendo 67.5% das respostas. Artigos científicos ou técnicos foi a segunda maior fonte de informação, compreendendo 62,2% das respostas. Redes sociais compreenderam 44,6% das respostas, enquanto outras fontes não especificadas somaram 14,7%. Apenas 2 entrevistaram afirmaram não terem pesquisador sobre o tema. 

Uma pergunta sobre os sintomas associados ao vírus também foi inserida ao questionário (conforme ilustrado na Figura 3). Apenas uma pequena parcela dos entrevistados conseguiu associar a presença de náuseas (10,1%) e perda de apetite (23%) como sintomas associados à COVID-19. Tosse foi o sintoma com maior associação a doença (73,6%), seguido de perda de olfato e paladar (71,6%) e dor de garganta (51,3%). 

Figura 3. Percepção dos participantes sobre os sintomas mais comuns associados a COVID-19

Perguntamos ainda: “Qual país registrou o primeiro caso de COVID-19?” e todas as respostas foram China. Também investigamos a origem presumida do vírus, sendo que 99,2% acreditavam ser do morcego. Quisemos saber se os entrevistados culpavam a China pela disseminação do vírus, e 74,1% consideraram o país não culpado, enquanto 25,9% o consideraram culpado.

Indagamos se os entrevistados conheciam a distância recomendada para o distanciamento social mesmo quando usando máscara. Assim, 43,5% responderam 2 metros, 51% mencionaram 1 metro e uma minoria sugeriu uma distância de 3,5 metros. Continuando no tópico das máscaras, fizemos mais duas perguntas. A primeira questionava se os indivíduos usaram máscaras durante toda a pandemia, com 80,3% afirmando que sim, e 19,7% que não. A segunda perguntava: “Ao espirrar ou tossir usando máscara, qual parte do corpo deve ser usada para proteção?”. Das respostas obtidas, 87,6% selecionaram como resposta “parte interna do cotovelo”, enquanto 9,1% consideraram desnecessária tal proteção, pois já estavam usando máscaras (conforme apresentado na Figura 4).

Figura 4. Percepção dos participantes sobre a melhor forma de proteção enquanto espirramos e tossimos de máscara.

Outras questões incluíram: “O isolamento social ocorreu apenas em cidades grandes, como São Paulo, por exemplo?” e “Você acredita que o isolamento social seja eficaz para conter a disseminação do vírus?”. Para a primeira pergunta, 97,3% consideraram que o isolamento social foi implementado em todas as cidades, não apenas nas grandes. Na segunda, 93,9% concordaram que o isolamento é uma medida eficaz para deter a propagação do vírus.

Também pesquisamos se os participantes sabiam quais medidas o governo adotou para promover o isolamento e distanciamento social (conforme visto na Figura 5). Apenas um indivíduo selecionou a liberação da livre circulação durante todo o período de Pandemia como uma medida governamental.

Figura 5. Percepção dos participantes sobre as medidas de isolamento.

Perguntamos se os entrevistados acreditavam que a cloroquina era um tratamento eficaz para a COVID-19, com 96,6% discordando e 3,4% concordando. Investigamos se os entrevistados conheciam os tratamentos empregados para a COVID-19 (conforme mostrado na Figura 6). Dos entrevistados, 9,4% apontaram o Kit COVID como um tratamento empregado para COVID-19 em hospitais.

Figura 6. Gráficos com os tratamentos empregados na COVID-19.

Além disso, examinamos se os participantes pensavam que a marca da vacina afetava sua principal função, que é proteger contra o vírus. A maioria, 86,4%, não acreditava que a marca alterasse a função. Indagamos se os entrevistados sabiam como a vacina Coronavac era produzida, com 72,1% acreditando que é feita com vírus inativo, 17% pensando ser baseada em RNA mensageiro e 10,9% optando pela resposta “Adenovírus”.

Finalmente, no final do questionário, realizamos um teste de curiosidades para verificar se os participantes sabiam se as informações apresentadas eram verdadeiras ou falsas. Para a primeira pergunta, “Pessoas vacinadas devem ser colocadas em quarentena e isoladas da sociedade”, 84,4% responderam que era falso e 15,6% acreditaram ser verdadeiro. A segunda curiosidade afirmava que o Ministro da Saúde da África do Sul acusou o Reino Unido, a Europa e a mídia de mentir sobre a variante Nu/Ômicron, e 89,8% reconheceram como falso e 10,2% a consideraram verdadeira. Na última pergunta de curiosidade, apresentamos a afirmação: “Um grupo consultivo da OMS na Europa não recomendou quarentena para vacinados contra COVID-19”. Nesse caso, 62,8% responderam que era verdadeiro e 37,2% disseram que era falso (conforme demonstrado na Figura 7).

Figura 7. Gráfico com a opinião dos participantes, se a curiosidade era verdadeira ou falsa.

4. DISCUSSÃO

Os resultados apresentados no presente estudo revelaram uma compreensão limitada entre os alunos de medicina avaliados em relação a tópicos essenciais sobre a COVID-19, tais como transmissão viral, características clínicas, métodos de diagnóstico laboratorial e tratamentos testados. Essas descobertas refletem a necessidade premente de fortalecer a formação acadêmica dos estudantes de medicina, oferecendo uma base sólida de conhecimento que os capacite a enfrentar pandemias e outras emergências de saúde de maneira mais eficaz.

Comparativamente, um estudo conduzido na Índia em 2020 também destacou lacunas significativas no entendimento dos estudantes de medicina sobre a COVID-19. A maioria dos alunos não estava familiarizada com as diretrizes de tratamento da doença e não possuía conhecimento suficiente sobre as precauções necessárias. Além disso, uma parcela considerável de alunos não estava ciente da possibilidade de casos assintomáticos ou da menor gravidade da doença em indivíduos jovens. Esse cenário evidencia a necessidade urgente de reformas educacionais e aprimoramento do acesso a informações precisas e atualizadas (AGARWAL et al., 2020).

Um estudo adicional realizado no Rajastão, Índia, também demonstrou que, embora os alunos possuíssem um conhecimento satisfatório sobre sintomas, propagação do vírus, tempo de manifestação da doença e medidas de prevenção, havia deficiências no entendimento de aspectos específicos, como o tipo de máscara recomendada pela OMS em áreas de transmissão generalizada e se mães positivas para COVID-19 devem amamentar seus bebês. Esses achados indicam a necessidade de um enfoque mais abrangente na educação dos futuros médicos, abordando tanto os aspectos básicos quanto as nuances complexas da gestão da pandemia (JOSHI et al. 2021).

Em contrapartida, um estudo realizado no Irã revelou um nível significativo de conhecimento e desempenho dos estudantes de medicina em relação a diversos aspectos da COVID-19, como o período de incubação, diagnóstico, tratamento, percepção de risco e comportamentos preventivos. Essa diferença nos níveis de conhecimento pode estar associada a diversos fatores, incluindo a qualidade do currículo educacional e o acesso a informações confiáveis. Estes resultados ressaltam a necessidade de compartilhar melhores práticas e promover uma padronização na educação médica, garantindo um nível uniforme de entendimento sobre questões críticas de saúde (TAGHRIR et al., 2020).

Esses estudos ilustram claramente as variações nos níveis de conhecimento entre os estudantes de medicina em diferentes regiões e contextos. A disparidade nos resultados pode ser atribuída à qualidade da educação, acesso a informações atualizadas e fontes confiáveis de informação. Essas descobertas ressaltam a importância de estratégias educacionais abrangentes e precisas, especialmente em tempos de crise de saúde pública, para garantir que os futuros profissionais de saúde estejam bem-preparados e informados para enfrentar desafios de saúde globais. A revisão e aprimoramento contínuos dos currículos educacionais são essenciais para garantir que os alunos adquiram conhecimento atualizado e relevante, fortalecendo assim a resposta da comunidade médica em situações de pandemia e emergências de saúde semelhantes.

Apesar de ainda não terem concluído o último ano de estudo, alguns estudantes de medicina optaram por interromper sua graduação para suprir a carência de profissionais médicos. Esta ação visava reforçar as equipes de saúde em diversas partes do mundo. Na Inglaterra, durante o auge da pandemia, cerca de 25 mil estudantes de medicina, enfermagem e parteiras do último ano, que haviam sido aprovados nos exames finais, anteciparam sua formatura e ofereceram ajuda essencial ao Serviço Nacional de Saúde (MAHASE, 2020). Na Itália, as autoridades reduziram as barreiras burocráticas, permitindo que os estudantes prestes a se formar em medicina não precisassem fazer os exames finais e fossem direcionados diretamente ao serviço de saúde. Isso resultou em um influxo de aproximadamente 10 mil novos médicos para ajudar a aliviar a carga sobre o sistema de saúde em 2020 (KOTTASOVÁ, 2020).

No Brasil, o Ministério da Educação autorizou a antecipação da formatura dos estudantes de medicina para participar da ação estratégica “O Brasil Conta Comigo”, em conjunto com a convocação de médicos aposentados. Os estudantes eram obrigados a completar 75% da carga horária do Internato Médico, correspondente aos dois últimos anos da formação médica, com uma abordagem predominantemente prática. Essa atuação era considerada de grande relevância, especialmente em áreas remotas e críticas, sendo recompensada com pontos nos programas de residência médica e a concessão de diplomas. Uma portaria brasileira convocou estudantes dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia para enfrentar a pandemia, justificando tal medida como uma emergência e criando um ambiente propício para a colaboração multiprofissional (BRASIL, 2020). Embora a convocação de médicos aposentados para atuar na linha de frente, muitas vezes em situação de risco, fosse uma ação perigosa (THOMSON, LOVEGROVE, 2020), foi considerada necessária para aproveitar sua experiência, proporcionando uma visão realista da situação e, acima de tudo, apoiar a equipe, composta principalmente por estudantes e recém-ingressos, assim como os pacientes e suas famílias (BLASCO et al., 2020).

No entanto, ao considerar a rápida antecipação da formatura e a mobilização desses estudantes para enfrentar a pandemia de COVID-19, surge uma preocupação legítima quanto à sua prontidão e conhecimento adequado para lidar com os desafios específicos desta crise sanitária. A formação médica é um processo abrangente, que abarca o aprendizado de complexos conceitos clínicos, epidemiológicos e de saúde pública. A antecipação da graduação pode ter comprometido a profundidade e a abrangência dessa educação, potencialmente deixando os estudantes menos preparados para tomar decisões críticas em um cenário de saúde pública desafiador como a pandemia. É crucial que, ao integrar esses novos profissionais à linha de frente, haja um esforço contínuo para fornecer treinamento e apoio adicional, garantindo que possam desempenhar suas funções com segurança e eficácia, ao mesmo tempo em que se mantêm atualizados sobre as mais recentes descobertas e estratégias no combate à COVID-19. A valorização e a atenção ao desenvolvimento profissional contínuo são fundamentais para mitigar quaisquer lacunas de conhecimento que possam surgir devido à antecipação da formação.

5. CONCLUSÃO

A avaliação do conhecimento dos discentes de medicina em diferentes universidades do estado de São Paulo em relação à pandemia de COVID-19 revelou variações significativas nos níveis de compreensão desses futuros profissionais de saúde. Este estudo destacou lacunas de conhecimento em aspectos cruciais, como transmissão viral, características clínicas, métodos de diagnóstico laboratorial e tratamentos testados para a COVID-19. Essas deficiências ressaltam a necessidade urgente de revisão e aprimoramento dos currículos educacionais, garantindo que os estudantes adquiram um entendimento sólido e atualizado sobre temas críticos de saúde, preparando-os de maneira mais eficaz para enfrentar desafios como a presente pandemia.

Comparando com estudos conduzidos em outras regiões, observou-se que a disponibilidade de informações atualizadas, a qualidade do currículo educacional e o acesso a fontes confiáveis influenciam diretamente os níveis de conhecimento dos estudantes de medicina. Essa conclusão ressalta a necessidade de estratégias educacionais abrangentes e precisas, especialmente em momentos de crise de saúde pública, para garantir que os futuros profissionais de saúde estejam bem-preparados e informados para enfrentar desafios globais de saúde.

REFERÊNCIAS

AGARWAL V, GUPTA L, DAVALBHAKTA S, MISRA D, AGARWAL V, GOEL A. Undergraduate medical students in India are underprepared to be the young-taskforce against Covid-19 amid prevalent fears. medRxiv, 2020. DOI: 10.1101/2020.04.11.20061333

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ZHONG BL, LUO W, LI HM, ZHANG QQ. Knowledge, attitudes, and practices towards COVID-19 among Chinese residents during the rapid rise period of the COVID-19 outbreak: a quick online cross-sectional survey. International Journal of Biological Sciences. 16(10):1745-1752. Março de 2020.


 ¹Discente da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). e-mail: gabrielraquino123@gmail.com. 

²Discente da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). e-mail: dmartins2305@gmail.com. 

³Discente da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). e-mail: alene_ferreira@outlook.com. 

4Discente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica (PPGEB/UMC) da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).
e-mail: campos.oli.rafaela@gmail.com. 

5Discente do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBioTec/UMC) da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).
e-mail: fabianaborges95@hotmail.com. 

6Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes. Docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica (PPGEB/UMC) da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Docente do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBioTec/UMC) da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Doutor em Biotecnologia (PPGBioTec/UMC).
e-mail: fabianomenegidio@umc.br.