EFICÁCIA DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM TRATAMENTO ENDODÔNTICO COM  LESÃO PERIAPICAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA 

EFFICACY OF CALCIUM HYDROXIDE IN ENDODONTIC TREATMENT WITH  PERIAPICAL LESION: A LITERATURE REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8361576


Carlos Alexandre Freire do Nascimento1 
Lunaine Messias de Oliveira Souza2 
Lorena Ferreira Rego3 
Chimene Kuhn Nobre4 
Maria Fernanda Borro Bijella5


RESUMO 

A Endodontia previne e trata as ocorrências patológicas na polpa e lesões  perirradiculares, o tratamento endodôntico tem como objetivo a manutenção do dente  comprometido em seus aspectos funcionais. O Hidróxido de Cálcio é um dos  medicamentos mais utilizados no tratamento endodôntico por apresentar resultados  satisfatórios na redução de lesões periapicais, possuir ação antibacteriana e  exsudativa, além de ser capaz de induzir a formação de tecido mineralizado, dissolver  tecido necrosado, inativar endotoxinas bacterianas e inibir a reabsorção óssea  induzida por trauma ou movimentação ortodôntica. A presente pesquisa foi  desenvolvida através de levantamento bibliográfico em artigos originais, monografias,  dissertações, teses, livros e sites de caráter científico. Conclui-se com este trabalho  que, mesmo diante de algumas limitações contra Enterococcus Faecalis e Candida  Albicans, o Hidróxido de Cálcio continua sendo a medicação intracanal mais indicada  pelos autores pesquisados no tratamento endodôntico de dentes com lesão periapical. 

Palavras-Chave: hidróxido de cálcio, lesão periapical, tratamento endodôntico.

ABSTRACT 

Endodontics prevents and treats pathological occurrences in the pulp and periradicular  lesions. Endodontic treatment aims to maintain the tooth compromised in its functional  aspects. Calcium Hydroxide is one of the most used medicines in endodontic treatment  as it presents overwhelming results in reducing periapical lesions, has antibacterial  and exudative action, in addition to being able to induce the formation of mineralized  tissue, dissolve necrotic tissue, inactivate bacterial endotoxins and inhibit bone  resorption caused by trauma or orthodontic movement. This research was developed  through a bibliographical survey of original articles, monographs, dissertations, theses,  books and websites of a scientific nature. It is concluded from this work that, even in  the face of some limitations against Enterococcus Faecalis and Candida Albicans, Calcium Hydroxide continues to be the intracanal medication most recommended by the authors researched in endodontic treatment of teeth with periapical consultation. 

Keywords: Calcium hydroxide, periapical lesion, endodontic treatment

1 INTRODUÇÃO 

A Endodontia previne e trata as ocorrências patológicas na polpa e lesões  perirradiculares, esta especialidade vem se consolidando cada vez mais como uma  das mais relevantes da Odontologia, tendo um forte papel na promoção da saúde  bucal e geral do paciente, pois, trata das lesões perirradiculares, uma das doenças  infecciosas mais comuns que afetam o ser humano (MELO et al., 2022). 

O tratamento endodôntico tem como objetivo a manutenção do elemento  dentário assim como devolver e recuperar o dente comprometido em seus aspectos funcionais. Para que se consiga êxito nesse tratamento é necessário respeitar uma  série de princípios tanto mecânicos quanto biológicos (OCCHI et al., 2011).

O profissional que trabalha com Endodontia se depara com três condições  básicas que requerem tratamento endodôntico: polpas vitais, polpas necrosadas e  casos de retratamento (SIQUEIRA JR et al., 2012). 

A lesão perirradicular representa a principal doença de interesse para o  endodontista. Existem mais de 400 espécies bacterianas diferentes nos canais  radiculares infectados, sendo as mais comuns as espécies anaeróbias graves (MELO  et al., 2022). 

O hidróxido de cálcio pode ser usado em uma grande variedade de  intercorrências endodônticas associadas tanto a dentes vitais como também não vitais  (SANTANA & SOUZA, 2016). 

As doenças que acometem a polpa dentária, são resultantes da ação de fatores  químicos, físicos e principalmente bacteriológicos e podem progredir, lenta ou  rapidamente, para necrose pulpar, dependendo das condições intrínsecas de defesa  da polpa e da intensidade do agente agressor (KIRCHHOFF, VIAPIANA & Ribeiro  2013). Portanto, é recomendada mais de uma sessão quando do tratamento  endodôntico de dentes com necrose pulpar e envolvimento periapical, mesmo que  após preparo biomecânico o canal radicular esteja clinicamente adequado à obturação  (SOARES, CÉSAR, 2001).  

A medicação intracanal tem a função de impedir e eliminar o máximo de micro organismos, atuar como barreira físico-química, tem ação de reduzir o processo  inflamatório, prevenir a reinfecção periapical, neutralizar produtos tóxicos, reduzir a  sintomatologia periapical e proporcionar o reparo dos tecidos envolvidos (PIA, SILVA,  2015). 

O hidróxido de cálcio é muito utilizado por apresentar efeito antibacteriano,  ação exsudativa, capacidade de indução de tecido mineralizado, de dissolver tecidos  necróticos e inativar endotoxinas bacterianas, é biocompatível, absorve CO2, além de  inibir a reabsorção induzida por trauma ou movimentação ortodôntica (SPONCHIADO,  2021). 

Portanto, este trabalho constitui-se em uma revisão de literatura, com objetivo  de discorrer sobre a eficácia do hidróxido de cálcio no tratamento endodôntico em  dentes com lesão periapical, no intuito de ampliar os conhecimentos dos estudantes  e profissionais da área.

2 METODOLOGIA 

A pesquisa possui uma natureza básica, pois, gerou conhecimento para ser  diretamente utilizado na solução de problemas práticos e específicos na área da  odontologia. O estudo visou identificar as vantagens do uso do Hidróxido de cálcio em  tratamento endodôntico de dentes com lesão periapical, com o propósito de oferecer  informações concretas e aplicáveis aos profissionais da área. 

O objetivo da pesquisa é duplo: em sua vertente descritiva, buscou-se  identificar e descrever detalhadamente as vantagens proporcionadas pelo uso do  Hidróxido de cálcio no tratamento endodôntico de dentes com lesão periapical; em  sua vertente exploratória, visa-se investigar novas perspectivas e possíveis benefícios  que essa abordagem pode oferecer. Dessa forma, pretendeu-se obter uma  compreensão abrangente e aprofundada das vantagens associadas ao uso do  Hidróxido de cálcio. 

Essa pesquisa caracterizou-se por ser uma revisão sistemática de literatura  realizada por meio de pesquisa bibliográfica, abrangendo artigos científicos, livros e  documentos relevantes que abordam o tema do uso do Hidróxido de cálcio no  tratamento endodôntico. Além disso, foram incluídos estudos de caso que  demonstrem situações reais em que o uso desse medicamento apresentou vantagens  significativas. Esta abordagem permitiu uma análise abrangente das informações  disponíveis, tanto em termos teóricos quanto práticos. 

A abordagem escolhida para esta pesquisa foi a qualitativa. Esse enfoque  permitirá uma compreensão profunda das vantagens do uso de Hidróxido de cálcio no  tratamento endodôntico de dentes com lesão periapical, explorando opiniões,  percepções e experiências de profissionais da área, pacientes e especialistas. A  análise qualitativa proporcionará insights detalhados sobre as razões subjacentes às  vantagens identificadas, permitindo uma compreensão holística do tema. 

Foram utilizadas as seguintes bases de dados: PubMed; Biblioteca Virtual em  Saúde (BVS), Google acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e  Medline. Essas bases de dados foram selecionadas devido à sua abrangência e  relevância na área da odontologia e ciências biomédicas. A utilização de múltiplas  bases de dados auxiliará na obtenção de uma visão completa das pesquisas e informações disponíveis sobre as vantagens do uso de Hidróxido de cálcio no  tratamento endodôntico de dentes com lesão periapical. 

A busca pelos artigos foi feita através dos seguintes descritores fornecidos pela  Base DECS: hidróxido de cálcio, lesão periapical, tratamento endodôntico. Foram incluídos  artigos que apresentem pesquisas originais, estudos de casos, revisões sistemáticas  e meta-análises relacionadas ao uso de Hidróxido de cálcio no tratamento  endodôntico de dentes com lesão periapical publicados a partir de 2001. Foram  excluídos artigos que não abordam diretamente as vantagens desse medicamento ou  que tenham baixa qualidade metodológica. A inclusão foi baseada em critérios estritos  de relevância, metodologia e qualidade científica. 

3 REVISÃO DE LITERATURA 

3.1 Hidróxido de Cálcio 

Medicamentos intracanais são recomendados quando o canal radicular está  extensamente infectado e quando os intervalos entre as consultas são longos. Os  autores enfatizaram que os medicamentos não devem ser usados como alternativa à  limpeza e modelagem minuciosas (ORDINOLA-ZAPATA et al., 2022). 

A utilização de medicações intracanais no sistema de canais radiculares vem  sendo cada vez mais discutida na atualidade. Quando acompanhada de técnicas e  aprimoramentos dos preparos biomecânicos e das substâncias químicas auxiliares na  irrigação, as medicações intracanais desenvolvem um importante papel para alcançar  uma maior taxa de sucesso no tratamento endodôntico. O Hidróxido de Cálcio, o  Paramonoclorofenol Canforado (PMCC), Tricresol formalina entre outras medicações,  são comumente utilizadas e corroboram para o controle e diminuição da proliferação  de bactérias no interior do sistema de canais radiculares (ARAUJO, OLIVEIRA, 2022).  

A medicação intracanal é importante no tratamento endodôntico pelo fato do  mesmo necessitar, em alguns casos, do emprego de medicamentos no interior do  canal radicular, onde deverão permanecer ativos durante todo o período entre as  sessões da terapia endodôntica (CARVALHO & RODRIGUES, 2018). 

Os medicamentos, em geral, possuem várias funções como: promover a  eliminação de microrganismos que sobreviveram ao preparo químico-mecânico, atuar  como barreira físico-química contra a infecção ou reinfecção por bactérias da saliva, atuarem como barreira físico-química, diminuir a inflamação perirradicular, neutralizar  produtos tóxicos, controlar exsudação persistente, estimular a reparação por tecido  mineralizado, controlar a reabsorção dentária inflamatória externa e solubilizar matéria  orgânica (SANTOS et al., 2021).  

O Hidróxido de Cálcio (CH), com a fórmula Ca (OH)2, é de longe a medicação  intracanal mais amplamente utilizada, pois possui várias propriedades desejáveis,  especialmente a inibição de enzimas bacterianas, efeitos antimicrobianos, ativação de  enzimas teciduais como a fosfatase alcalina e estimulação da mineralização  (JAHROMI & MOTAMEDI, 2019). O uso do hidróxido de cálcio está indicado em várias  situações clínicas, tais como: canal radicular infectado pós necrose pulpar, em alguns  tipos de traumatismo dentário, em casos de reabsorção interna e indução da  complementação radicular (SPONCHIADO, 2021). 

As principais características do Hidróxido de Cálcio se desenvolvem a partir da  sua dissociação em íons cálcio e hidroxila. A ação destes íons explica as propriedades biológicas e antimicrobianas desta substância, que se manifestam a partir de ações  enzimáticas tanto sobre as bactérias quanto sobre os tecidos (NERY, CINTRA,  GOMES-FILHO et al., 2012).  

Foi usada inicialmente por Nygren no tratamento de fístula dental em 1838. Em  1920 passou a ser reconhecido cientificamente por meio do dentista alemão Bernhard  W. Hermann. Somente em 1975 o Hidróxido de Cálcio passou a ser usado como curativo de demora em dentes com necrose pulpar (SOUZA, NASCIMENTO, SALOMÃO, 2021). 

Esta substância age limpando os reagentes usados pelas bactérias para a  respiração anaeróbica, mineralizam o tecido e são capazes de promover a inativação de lipopolissacarídeos, que são encontrados na membrana externa das bactérias gram-negativas (BARRETO et al. 2023). 

A atividade antimicrobiana do hidróxido de cálcio é iniciada pela liberação de  íons hidroxila, que aumentam o pH no sistema de canais radiculares, afetando, assim,  as membranas citoplasmáticas e o DNA de microrganismos (SPONCHIADO, 2021). 

Apesar das excelentes propriedades do hidróxido de cálcio (CH), ele possui  algumas desvantagens, como a necessidade de uma duração prolongada do  tratamento, a exigência de substituições periódicas e o potencial enfraquecimento da  estrutura dentária em casos de aplicação a longo prazo (JAHROMI & MOTAMEDI,  2019).

A principal limitação do Hidróxido de Cálcio é a sua ineficácia contra alguns  microorganismos, como o Enterococcus Faecalis e o Candida Albicans, que estão  frequentemente associados a infecções endodônticas persistentes (KUMAR et al.,  2023).  

O Enterococcus faecalis é um microrganismo persistente que compõe uma  parte da flora de canais não tratados e são encontrados em grandes quantidades em  canais onde há falhas no tratamento. O Enterococcus faecalis supera os limites da  sobrevivência dentro do sistema de canais radiculares de várias maneiras, sendo  capaz de formar um biofilme que muitas vezes resiste à sua destruição permitindo que  se torne até 1000 vezes mais resistentes à fagocitose (LACERDA, 2021). 

Essas bactérias geralmente estão ligadas aos casos de fracasso endodôntico  e lesões perirradiculares. Elas apresentam a habilidade de penetração dos túbulos  dentinários, fazendo com que sobrevivam ao preparo químico-mecânico do conduto  radicular. O colágeno presente nos túbulos permite a sua adesão e proliferação  quando não desinfetado adequadamente (SOUZA, NASCIMENTO, SALOMÃO,  2021).  

Portanto, medicamentos intracanais contemporâneos, como o hidróxido de  cálcio, são úteis não apenas para a eliminação de microrganismos e inativação de  seus subprodutos, mas também para a confirmação dos primeiros sinais de  cicatrização ou resolução de sintomas antes da conclusão do tratamento (ORDINOLA ZAPATA et al., 2022). 

3.2 Tratamento endodôntico em dentes com lesão periapical 

No centro do dente e em toda a sua extensão existe uma cavidade onde se  localiza a polpa dentária, popularmente conhecida como “nervo do dente”. Essa  cavidade é dividida em uma câmara pulpar e canais radiculares. Dependendo do  elemento dentário, pode haver um ou mais canais radiculares. A polpa dentária pode  ser afetada por vários fatores como cáries profundas, restaurações profundas,  desgastes etc. O processo inflamatório inicia-se com a pulpite, que geralmente é  acompanhada por intensa sensibilidade ao frio e a alimentos doces (MELO et al.,  2022). 

O tratamento endodôntico é importante, pois, permite o restabelecimento  funcional de dentes com comprometimento pulpar e/ou periapical (ALMEIDA et al., 2011). Dentre as etapas da terapia endodôntica é realizado o preparo químico mecânico, com instrumentos endodônticos e soluções irrigadoras, tendo a função de  promover à remoção mecânica dos microrganismos e seus tecidos degenerados.  Após o preparo biomecânico o canal encontra-se em condições propícias para receber  a terapia medicamentosa (PIA, SILVA, 2015). 

O pré-requisito para um tratamento bem-sucedido de canal radicular é a  obtenção da tríade endodôntica, que inclui a preparação biomecânica (limpeza e  modelagem), a limpeza química do canal radicular usando soluções de irrigação,  a esterilização do canal radicular com medicamentos intracanais e a obturação  com materiais de preenchimento de canal radicular (RATIH et al., 2022).  

As patologias endodônticas envolvem alto índice de bactérias aeróbias,  instaladas no início da infecção e nos casos mais avançados apresentam bactérias  anaeróbias, predominando microrganismo gram-negativos. A intervenção  endodôntica deve ser imediata, iniciando com o preparo biomecânico, intercalando  com soluções irrigadoras e medicamento intracanal. Tendo a finalidade de  combater ou reduzir ao máximo a carga microbiana existente na infecção  (SANTOS et al., 2021). 

Em casos de dentes com lesão periapical crônica é imprescindível o uso de  uma medicação intracanal, já que o PQM não é capaz de atingir regiões como os  túbulos dentinários e a superfície externa da raiz (SPONCHIADO, 2021). 

O uso de um medicamento intracanal oferece ao clínico a oportunidade de  testar o efeito de procedimentos endodônticos fundamentais; se os resultados a  curto prazo forem satisfatórios para o operador e o paciente, o caso pode ser  concluído e restaurado (ORDINOLA-ZAPATA et al., 2022). 

O preparo do canal, empregando-se instrumentos e soluções irrigadoras,  proporciona a desinfecção, mas não garante a total eliminação dos microrganismos.  Porém, a associação do preparo com a medicação intracanal eleva ainda mais a  eliminação da microbiota, aumentando assim os números de sucessos endodônticos  (GALVÃO, 2012). 

Durante o preparo químico-mecânico, instrumentos endodônticos promovem a  remoção mecânica de micro-organismos, seus produtos e tecidos degenerados,  auxiliadas por uma substância química que, além de maximizar a remoção de detritos  através da ação mecânica do fluxo e refluxo, também pode exercer um efeito químico significativo, desde que possua ação antimicrobiana e solvente de matéria orgânica  (SIQUEIRA JR et al., 2012). 

No entanto, esse procedimento é incapaz de eliminar todos os patógenos  devido à alta complexidade anatômica em que se criam áreas inacessíveis para a  limpeza os canais radiculares mecanicamente (BARRETO et al., 2023). A infecção em  áreas de ramificações, ístmos ou outras irregularidades e a invasão bacteriana no  interior dos túbulos dentinários dificultam ou impossibilitam completamente a ação dos  instrumentos endodônticos e a atividade antimicrobiana tanto da solução irrigadora  quanto da medicação intracanal (LACERDA, 2021). 

Estas áreas não são comumente tocadas pelos instrumentos endodônticos e a  substância química auxiliar empregada na irrigação nem sempre é utilizada no tempo  necessário indicado para que ocorra a ação antimicrobiana intracanal. Baseada nessa  dificuldade, é preciso optar por um curativo de demora que possa executar ação  antimicrobiana intracanal por longo prazo (SOUZA, NASCIMENTO, SALOMÃO,  2021).  

As infecções endodônticas são classificadas da seguinte forma: infecção  primária, secundárias ou persistentes. A infecção primária é tipicamente formada  por anaeróbios, bacilos e gram-negativos. Sendo que a carga bacteriana que está  envolvida na infecção primária pode ser parcialmente eliminada, após  instrumentação adequada dos canais radiculares (SANTOS et al., 2021). 

As lesões periapicais são as lesões patológicas mais comuns que acometem o  osso alveolar e ocorrem como resultado da inflamação pulpar (YAMIN et al., 2021).  Existe um número significativo de lesões radiolúcidas encontradas na região  periapical, que podem ser igualmente relevantes para a prática endodôntica (MELO  et al. 2022). 

A fístula dento alveolar é uma via patológica entre a cavidade oral e o osso  alveolar. Ocorre principalmente como resultado de cistos infectados, fraturas  mandibulares ou maxilares, inflamações periodontais, dentes necrosados e trauma  (MELO et al., 2022). São processos inflamatórios que se propagam para os tecidos  periapicais. Histologicamente, apresenta uma zona de liquefação composta de  exsudato proteináceo, tecido necrosado e pus. Clinicamente o paciente apresenta dor  severa na área do dente sem vitalidade e o dente não responde aos testes de  vitalidade pulpar devido a necrose pulpar (SANTANA & SOUZA, 2016). Atualmente, as lesões periapicais são tratadas com abordagens cirúrgicas ou não cirúrgicas.  Quando o tamanho da lesão é grande, a abordagem cirúrgica costumava ser o padrão  no tratamento de lesões periapicais. No entanto, avanços no conhecimento científico  sobre a origem, natureza patológica e comportamento clínico das lesões periapicais  endodônticas, bem como, o potencial de cura da lesão pulpo-periapical sem  intervenção, têm favorecido a abordagem não cirúrgica. Além disso, os métodos  cirúrgicos têm várias desvantagens, como longo tempo de cicatrização, falta de alívio  da dor, fístulas e inchaço. Portanto, a cirurgia deve ser considerada apenas como uma  opção quando o tratamento endodôntico não cirúrgico falhar em induzir a resolução  da lesão (KUMAR et al., 2023). 

A eliminação dos microrganismos do sistema de canais radiculares e as medidas voltadas para a manutenção deste ambiente livre de infecção constituem os  principais fatores para um prognóstico favorável ao tratamento endodôntico (LOPES, SIQUEIRA, 2015). 

Vários estudos utilizando diferentes metodologias demonstram que a pasta de  hidróxido de cálcio com PMCC apresenta excelente atividade antibacteriana e  antifúngica. Na verdade, a pasta de Hidróxido de Cálcio com PMCC (e também  glicerina, ou HPG) apresenta um excelente raio de atuação (SIQUEIRA JR et al., 2012.  O reconhecimento do hidróxido de cálcio é baseado pelas características químicas  disponibilizadas, como: ação antibacteriana (bactericida e bacteriostático), ação anti inflamatória, biocompatibilidade, promover efeito mineralizador, dissolução de restos  orgânicos, neutralizante de substância tóxica, inibição de reabsorções inflamatórias e  função de barreiras físicas (PIA, SILVA, 2015). 

Os curativos de demora mais utilizados durante o tratamento endodôntico são  o tricresol formalina, formocresol, hidróxido de cálcio (HC) e Otosporin®  (Farmoquímica S/A, Rio de Janeiro, Brasil). Cada um dos curativos tem indicações,  formas de aplicação e tempo de ação determinados (PÉRES, 2022). 

Segundo Vasconcelos (2015), o hidróxido de cálcio não é tão efetivo quando  usado em curto prazo e não é recomendado como irrigante, mas sim como curativo  de demora entre sessões e, para que se obtenha uma boa atividade antimicrobiana é  necessário que seja utilizado por um longo período.  

Todavia, Soares e Goldberg (2011) relatam que o tempo de permanência do  hidróxido de cálcio dentro do canal radicular deve ser respeitado, para que o mesmo  expresse seu efeito antimicrobiano de forma segura. Os autores mencionam que, se houver a necessidade de permanecer o hidróxido de cálcio por mais de 30 dias, será  relevante realizar a troca a cada 15 dias, lembrando que as condições clínicas do  canal é um fator determinante para realizar a troca da medicação.  

O uso ideal de curativo de demora com hidróxido de cálcio em dentes com necrose pulpar e reação periapical crônica deve ser de no mínimo, 15 dias, sendo 30  dias considerado ideal (SANTA & SOUZA, 2016). 

A Resolução de uma fístula, alívio da dor, a ausência de sensibilidade à percussão e/ou palpação são sinais clínicos favoráveis de desinfecção eficaz do canal radicular (ORDINOLA-ZAPATA et al., 2022). 

O tratamento endodôntico é considerado finalizado após proservação, onde o profissional realizará o controle clínico e radiográfico, tendo a finalidade não só de avaliar o sucesso ou fracasso do tratamento, mas também a técnica executada (SANTOS et al., 2021). 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Com base nesta revisão bibliográfica, foi possível concluir que o Hidróxido de Cálcio é o medicamento mais utilizado no tratamento de dentes com lesão periapical, por todas as suas vantagens clínicas. Mesmo não eliminando microrganismos, como o Enterococcus Faecalis e a Cândida Albicans, o Hidróxido de Cálcio continua sendo  indicado durante o tratamento endodôntico, por sua eficácia no tratamento de dentes com polpa necrosada, quando utilizado como curativo de demora. 

REFERÊNCIAS 

ALMEIDA, A. G. et al. Qualidade das restaurações e o insucesso endodôntico. Rev.  Odontol. Bras. Central, v. 20, n. 52, p. 74-78, maio 2011. Disponível em:  https://www.robrac.org.br/seer/index.php/ROBRAC/article/view/559. Acesso em: 8  set. 2022. 

ARAUJO, Eduardo Azevedo.; OLIVEIRA, Victor Valter de. MEDICAÇÕES  INTRACANAL UTILIZADAS NA ENDODONTIA: Uma revisão de literatura. 2022.  Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia) – Faculdade de  Odontologia, Universidade de Uberaba, Minas Gerais, 2022. Disponível em:  http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1866. Acesso em: 10 set. 2022. 

BARBOSA, I. O.; TRAVASSOS, R. M. C. REGRESSÃO DE LESÃO PERIAPICAL: RELATO DE CASO. Revista Faipe, v. 10, n. 2, p. 49-55, jul./dez. 2020. Disponível em:  https://www.revistafaipe.com.br/index.php/RFAIPE/article/view/213/148. Acesso em:  5 set. 2022. 

BARRETO, I. L.; LIMA, R. de F. R.; DE ARAÚJO, Y. C.; GOMES, F. de A.; VIANA, L.  C. T. M. C.; VITORIANO, M. de M.; ALBUQUERQUE, N. L. G.; AGUIAR, B. A. Avaliação da atividade antimicrobiana de pastas de Hidróxido de Cálcio associado a  substâncias auxiliares frente a <em>Enterococcus faecalis</em>: uma revisão  integrativa. Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 6842–6855, 2023.  Disponível em:  https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/57148. Acesso  em: 28 ago. 2023. 

CARVALHO DE SOUZA, J.; TANNER DIAS NASCIMENTO, W.; BOTELHO  SALOMÃO, M. O uso do hidroxido de calcio como medicaçao intracanal em canais  radiculares com atividade bacteriana. Revista Cathedral, v. 3, n. 1, p. 65-70, 1 mar.  2021. Disponível em:  http://cathedral.ojs.galoa.com.br/index.php/cathedral/article/view/273/91. Acesso em:  17 nov. 2022. 

CARVALHO, Camila Guimarães de e RODRIGUES, Clarissa Teles. Efetividade de  diferentes medicações intracanais no combate ao Enterococcus Faecalis. Salusvita,  Bauru, v. 37, n. 3, p. 749-767, 2018. Disponível em:  https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/salusvita/salusvita_v37_n3_2018/salusvita_v37_n3_2018_art_20.pdf. Acesso em: 27 ago. 2023. 

GALVÃO, Thales Pereira. Eficácia de três métodos para inserção de medicação intracanal a base de hidróxido de cálcio em canais radiculares. 2012. Dissertação (Mestrado em Endodontia) – Faculdade de Odontologia, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em:  https://portal.estacio.br/media/5671/thales-pereira-galv%C3%A3o-2012.pdf. Acesso  em: 6 set. 2022. 

JESUS, F. G. de.; FERNANDES, S. L. Tratamento endodôntico: sessão única ou múltiplas sessões. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 8, n. 5, p. 1149–1160, 2022. DOI:  https://doi.org/10.51891/rease.v8i5.5537. Disponível em:  https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/5537. Acesso em: 11 set. 2022. 

KIRCHHOFF, A. L.; VIAPIANA, R.; RIBEIRO, R. G. Repercussões periapicais em  dentes com necrose pulpar. RGO – Rev. Gaúcha. Odontol., Porto Alegre, v. 61, p. 469- 475, jul./dez., 2013. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1981- 86372013000500007&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 23 set. 2022. 

LACERDA, Célia Maria Martins. CAUSAS DE INSUCESSOS DO TRATAMENTO  ENDODÔNTICO QUANTO ÀS VARIAÇÕES ANATÔMICAS E PREPAROS DOS  CANAIS RADICULARES. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em  Odontologia) – Universidade de Uberaba, Uberaba, 2021. Disponível em:  http://dspace.uniube.br:8080/jspui/handle/123456789/1510. Acesso em: 4 set. 2023. 

GOMES PEREZ OCCHI, I.; ALFERES DE SOUZA, A.; RODRIGUES, V.;  TOMAZINHO, L. F. AVALIAÇÃO DE SUCESSO E INSUCESSO DOS  TRATAMENTOS ENDODÔNTICOS REALIZADOS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UNIPAR. Uningá Review, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 11, 2011. Disponível em:  https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/633. Acesso em: 17 nov. 2022. 

LOPES, H. P.; SIQUEIRA JUNIOR, J. F. Endodontia: Biologia E Técnica. 4ª ed. Rio  de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 

MELO, S.; DA SILVA, T.; LIMA, S.; SALOMÃO, M. TRATAMENTO ENDODÔNTICO  COM PRESENÇA DE FÍSTULA – REVISÃO DE LITERATURA. Revista Cathedral, v.  4, n. 1, p. 71-84, 6 mar. 2022. Disponível em:  http://cathedral.ojs.galoa.com.br/index.php/cathedral/article/view/420. Acesso em: 4  set. 2023. 

NERY, M. J.; CINTRA, T. A.; GOMES-FILHO, J. E.; DEZAN-JUNIOR, E.; OTOBONI FILHO, J. A.; SIVIERI-ARAUJO, G. NERY, T. S.; SALZEDAS, L. M. P. Estudo longitudinal do sucesso clínico-radiográfico de dentes tratados com medicação  intracanal de hidróxido de cálcio. Rev Odontol UNESP. 2012 Nov-Dec; 41(6): 396- 401. Disponível em:  https://www.scielo.br/j/rounesp/a/hVP9BgGs454b7VQ4969WRgS/?format=pdf&lang= pt. Acesso em: 24 ago. 2023. 

PÉRES, Heloísa Barbato. Análise do conhecimento dos alunos de graduação em  odontologia acerca da utilização de curativos de demora em endodontia. 2022.  Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, 2022. Disponível em:  https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/23079. Acesso em: 4 set. 2023.

PIA, Aline Ataíde.; SILVA, Amanda Larissa da. A EFICIÊNCIA DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COMO MEDICAÇÃO INTRACANAL NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Odontologia) – Centro  Universitário São Lucas, Porto Velho, 2018. Disponivel em: http://www.repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2658 /Aline%20Ata%C3%ADde%20Pia%2C%20Amanda%20Larissa%20da%20Silva%20- %20A%20efici%C3%AAncia%20do%20hidr%C3%B3xido%20de%20c%C3%A1lcio %20como%20medica%C3%A7%C3%A3o%20intracanal%20no%20tratamento%20e ndod%C3%B4ntico.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 nov. 2022. 

SANTANA, Nicaele Carvalho.; SOUZA, Roberta Milena Santana. EFICÁCIA DO  HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COMO MEDICAÇÃO INTRACANAL NO TRATAMENTO DE UMA LESÃO PERIAPICAL – RELATO DE CASO. 2016. Trabalho de Conclusão de  Curso (Bacharelado em Odontologia) – Universidade Tiradentes, Aracaju, 2016.  Disponível em: https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/handle/set/1836. Acesso  em: 7 set. 2022. 

SANTOS, S. A.; MEDEIROS, J. M. F. de.; MALTAROLLO, T. H.; PEDRON, I. G.;  SHITSUKA, C. Hidróxido de cálcio como medicação intracanal no tratamento  endodôntico. E-Acadêmica, v. 2, n. 2, p. e032223, jun. 2021. DOI: 10.52076/eacadv2i2.23. Disponível em: https://eacademica.org/eacademica/article/view/23. Acesso  em: 11 set. 2022. 

SIQUEIRA JUNIOR, J. F. et al. PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS DO TRATAMENTO  ENDODÔNTICO DE DENTES COM POLPA NECROSADA E LESÃO  PERIRRADICULAR. Rev. Bras. Odontol., Rio de Janeiro, v. 69, n. 1, p. 8-14, jan./jul. 2012. Disponível em: https://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/view/364. Acesso em: 5 set. 2022. 

SOARES, I. J.; GOLDBERG, F. Endodontia: Técnica e fundamentos. 2. ed. Porto  Alegre: Artmed, 2011. 

SOARES, J. A.; CÉSAR, C. A. S. Avaliação clínica e radiográfica do tratamento endodôntico em sessão única de dentes com lesões periapicais crônicas. Pesqui. Odontol. Bras., São Paulo, v. 15, n. 2, p. 138-144, abr./jun. 2001. Disponível em:  https://www.scielo.br/j/pob/a/KzVGYFsCBrNRdXSRZBKLcLC/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 set. 2022. 

SOUZA, J. C. de.; NASCIMENTO, W. T. D.; SALOMÃO, M. B. O USO DO HIDROXIDO DE CALCIO COMO MEDICAÇAO INTRACANAL EM CANAIS RADICULARES COM ATIVIDADE BACTERIANA. Revista Cathedral, v. 3, n. 1, p. 65- 70, 1 mar. 2021. Disponível em:  http://cathedral.ojs.galoa.com.br/index.php/cathedral/article/view/273. Acesso em: 24  set. 2022. 

SPONCHIADO, Izabela Dalmolin. O USO DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COMO  MEDICAÇÃO INTRACANAL – REVISÃO DE LITERATURA. 2021. Trabalho de  Conclusão de Curso (Especialização em Endodontia) Faculdade de Odontologia.  Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2021. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/239180/001141206.pdf?sequence =1. Acesso em: 4 set. 2022. 

VASCONCELOS, Layla Reginna Silva Munhoz. Tempo de ação antimicrobiana de  pastas de hidróxido de cálcio associadas a agitação ultrassônica. 2015.  Dissertação (Mestrado em Endodontia) – Faculdade de Odontologia de Bauru, São Paulo, 2015. Disponivel em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25147/tde25112015-092504/publico/LaylaReginnaSilvaMunhozdeVasconcelos_Rev.pdf.  Acesso em: 17 nov. 2022. 

YAMIN, P. A.; FERNANDES, A. M.; BOTEGA, L. S. da.; MORI, A. A.; JÚNIOR, A. A.  J. Tratamento de lesão cística periapical com reabsorção externa: relato de caso e proservação de 2 anos. Odonto, São Paulo, v. 29, n. 56, p. 17-25 abr. 2021. Disponivel em: https://www.metodista.br/revistas/revistas metodista/index.php/Odonto/article/view/11017. Acesso em: 22 set. 2022. 

Zare, J. M.; Kalantar, M. M. R.; Effect of calcium hydroxide on inflammatory root  resorption and ankylosis in replanted teeth compared with other intracanal materials:  a review. Restorative Dentistry e Endodontics, v. 44, n. 3, p. 32, ago. 2019.  Disponivel em: https://rde.ac/DOIx.php?id=10.5395/rde.2019.44.e32. Acesso em: 24  ago. 2023. 

Kumar, N. K.; Brigit, B.; Annapoorna, B. S.; Naik, S. B.; Merwade, S.; Rashmi, K. Effect  of triple antibiotic paste and calcium hydroxide on the rate of healing of periapical  lesions: A systematic review. Journal Of Conservative Dentistry, v. 24, n. 4, p. 307- 313, 2021. Disponível em: https://www.jcd.org.in/text.asp?2021/24/4/307/335754.  Acesso em: 24 ago. 2023. 

Ordinola-Zapata, R.; Noblett, W. C.; Perez-Ron, A. Ye, Z.; Vera, J. Present status and  future directions of intracanal medicaments. International endodontic journal, v. 55,  n. 3, p. 613-636, Maio, 2019. Disponível em:  https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35322427/. Acesso em: 03 set. 2023. 

Ratih, D. N.; Mulyawati, E.; Fajrianti, H.; Antibacterial efficacy, calcium ion release, and  pH using calcium hydroxide with three vehicles. Journal Of Conservation Dentistry. v. 25, n. 5, p. 515-520, set. 2022. Disponível em:  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9733545/. Acesso em: 03 set. 2023.


1Acadêmico de Odontologia.
Artigo apresentado à UNISAPIENS,  como requisito para obtenção do título de Bacharel em Odontologia, Porto Velho/RO, 2023

2Acadêmica de Odontologia.
Artigo apresentado à UNISAPIENS,  como requisito para obtenção do título de Bacharel em Odontologia, Porto Velho/RO, 2023

3Professora Orientadora. Professora do curso de Odontologia

4Professora Orientadora. Professora do curso de Odontologia

5Professora Orientadora. Professora do curso de Odontologia