THE NURSE’S PERFORMANCE INTHE PREVENTION OF HEALTH CARE – RELATED INFECTIONS (HAI): INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8338852
Leticia Silveira Serra1; Maria Girlane De Abreu Vasconcelos2
Maria Rossicleide Ferreira Gomes³; Regisvânia Maria Cardoso De Souza⁴
Sabrina Dos Santos Lopes5 ; Francisco Alain Peixoto de Sousa6
Maria Gorete Rodrigues da Silva7; Lais Rodrigues de Oliveira Rocha Bastos8
Elizabeth Feitosa Pereira9 ; Luciene Ventura Almeida10
Bruna Lima do Nascimento11 ; Emilia Pereira Feitosa12
Levi Martim de Sousa Oliveira13; Larissa do Nascimento Neves14
Samuel Ramalho Torres Maia15
RESUMO
O artigo relata qual a atuação do enfermeiro na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e por motivação também relatar sobre o profissional enfermeiro atuando nessas medidas. O objetivo da pesquisa é identificar, na literatura, a atuação do enfermeiro nas medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. Para tanto, foi realizado uma busca eletrônica em bases de dados. Após a análise das pesquisas e dos dados nestas apresentadas, percebe-se a importância dos equipamentos usados e da higienização para o controle e diminuição das IRAS, assim como à importância do enfermeiro atuando nessas medidas de prevenção. Constataram-se as pesquisas à diminuição das infecções em ambientes hospitalares se feito corretamente o uso das medidas de prevenção realizadas pelos enfermeiros.
Palavras-chave: Enfermagem. Infecção hospitalar. Cuidados de Enfermagem. Controle de infecção hospitalar.
ABSTRACT
The article reports on the nurse’s role in preventing healthcare-associated infections (HAIs) and, for motivation, also reports on the professional nurse working in these measures. The objective of the research is to identify, in the literature, the role of nurses in measures to prevent infection related to health care. For this purpose, an electronic search was carried out in databases. After analyzing the research and the data presented therein, one can see the importance of the equipment used and hygiene for the control and reduction of HAIs, as well as the importance of the nurse acting in these prevention measures. Research has shown a decrease in infections in hospital environments if the preventive measures carried out by nurses are correctly used.
Keywords: Nursing. Hospital infection. Nursing care. Hospital infection control.
INTRODUÇÃO
Infecções relacionadas à assistência à Saúde (IRAS) é uma ampliação do convencional conceito de Infecção Hospitalar (IH), definida como uma complicação indesejada que pode ocorrer após as 72 horas da admissão do paciente, quando apresenta manifestação clínica de infecção após a internação ou após a alta do paciente, será considerada quando puder ser relacionada com os procedimentos hospitalares durante a internação (BRASIL,1998; Padovenze et al., 2019; Cavalcante et al., 2019).
Existem alguns critérios que são previamente estabelecidos e descritos para diagnosticar infecção hospitalar, esses sendo informações derivadas de evidências clínicas com observações feitas diretamente do paciente ou pela análise do prontuário, resultados de exames laboratoriais com ressalto nos exames microbiológicos, métodos de visualização e pesquisa de antígeno e anticorpos, evidências de resultados de exames de imagens, endoscopia, biópsia e outros (Leoncio et al., 2019).
As IRAS são uma das complicações mais frequentes de internação hospitalar, causando o aumento no tempo de internação e aumentando o custo do tratamento medicamentoso, com impacto na morbidade, mortalidade e qualidade de vida. Sendo considerados mais graves em pacientes classificados de alto risco, como idosos, recém-nascidos e imunossuprimidos. Tendo como as principais portas de entrada o uso de dispositivos invasivos (acessos venosos, sondas, tubos entre outros), procedimentos realizados cirurgicamente ou durante a assistência ao paciente, infecções causadas por micro-organismos multirresistente (Marques et al., 2021).
Segundo a lei n° 9.431/1997 a qual determina a obrigatoriedade dos hospitais do país a manter programas de controle de infecção hospitalar (PCIH), a Portaria GM/MS n° 2616/1988 descreve as diretrizes para a prevenção e controle das IRAS no Brasil, as unidades hospitalares terão que implementar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) órgão de autoridade máxima da instituição e de ações de controle de infecção hospitalar. Para a execução do PCIH, os hospitais deveram possuir a CCIH implementada nas unidades hospitalares e com plena atuação (BRASIL, 1988; 1997).
A CCIH é o órgão responsável pela coleta e envio mensal de dados de notificações das IRAS para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os critérios epidemiológicos nacionais das IRAS foram elaborados com base na realidade do Brasil, considerando os dados clínicos e laboratoriais. Foram selecionados alguns dispositivos invasivos que proporcionam a entrada de micro-organismo causando a infecção hospitalar de notificação obrigatória ao sistema nacional são: Infecção Primária de Corrente Sanguínea (IPCS) associada a um cateter central, Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV), Infecção do Trato Urinário (ITU) associado ao cateter vesical de demora e as Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC) (BRASIL, 2022).
No Brasil, em 2020, de 1856 serviços de saúde com cadastro da CCIH/ Comissão de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (CCIRAS), 1720 notificaram casos de IPCSL, 1716 PAV e 1712 notificaram ITU na Unidade de Terapia Intensiva adulta; na UTI pediátrica, 611 serviços de saúde com cadastro da CCIH, 557 unidades hospitalares notificaram IPCSL e 555 unidades hospitalares notificaram PAV; com um total 610 serviços de saúde com cadastro da CCIH; na UTI pediátrica, 554 hospitais notificaram ITU (ANVISA, 2020).
No Estado do Ceará, na UTI adulta com 53 serviços de saúde cadastrados, 47 notificaram infecção primária de correte sanguínea laboratorial confirmadas, 48 notificaram infecção urinária associada à cateter de demora e 49 notificaram pneumonia associada à ventilação mecânica; na UTI pediátrica, todos os 11 serviços de saúde cadastrados notificaram IPCSL, ITU E PAV e na UTI neonatal todos os 20 hospitais cadastrados notificaram IPCSL e PAV (ANVISA, 2020).
As IRAS são consideradas eventos adversos, incidentes que resulta em dano ao paciente, nesse contexto, têm-se como principais protagonistas os profissionais de saúde, os quais prestam cuidados diretos e indiretos aos pacientes e as instituições de assistência à saúde. Na realização de um procedimento cirúrgico, será necessária a utilização de materiais cirúrgicos processados pela Central de Material e Esterilização (CME), materiais que caso não realizado o processo de esterilização de forma correta acarretará uma infecção cirúrgica, um dano causado de forma indireta. O paciente o qual vai em busca de uma unidade de saúde com o intuito de ter uma melhora no seu estado de saúde, nesse momento, em alguns casos será necessário a realização de um procedimento invasivo, os quais aumentam o risco de infecção (Padovenza et al., 2018).
O ambiente insalubre favorece o aumento dos casos de infecções relacionadas à assistência à saúde. A limpeza do ambiente é realizada pela equipe de higienização a qual necessita ter o conhecimento em relação a limpeza do ambiente. Existem dois tipos de limpeza do ambiente hospitalar: limpeza concorrente que é realizada diariamente, podendo ser realizada várias vezes ao dia dependendo do ambiente, reposição de insumos e coleta do lixo, separado de acordo com sua classificação; limpeza terminal: realizada após alta, óbito ou transferência do paciente, lavagem e desinfecção do leito e dos materiais utilizados pelo paciente. A teoria ambientalista de Florence Nightingale retrata bem a importância de um ambiente arejado, limpo, higiene pessoal e de utensílios, sua atuação nos cuidados aos soldados feridos na Guerra da Crimeia contribui para a diminuição de mortalidade dos soldados que antes tinham índices alarmantes (Mello et al., 2021).
O gráfico a seguir mostra a taxa de infecção em centro cirúrgico, dividido em 5 tipos de cirurgias realizadas no Ceará: parto cirúrgico, cirurgia cardíaca, cirurgia neurológica, artroplastias de joelho, artroplastias de quadril e implante mamário.
Gráfico 1 – Taxa de infecção em centro cirúrgico por tipo de cirurgia no Ceará em 2020
Fonte: ANVISA (2020).
O enfermeiro como líder da equipe de enfermagem e integrante da equipe multiprofissional tem um papel de suma importância na redução de infecção relacionada a assistência à saúde. A enfermagem tem como função o cuidar de vidas as quais estão em um momento de fragilidade orgânica, física, mental e social durante o período de hospitalização ou consulta ambulatorial. A Sistematização da Enfermagem (SAE) é um instrumento metodológico aplicado pelo profissional enfermeiro no qual aborda o paciente em sua singularidade e traça um diagnóstico de cuidados para se evitar agravos a saúde do cliente. Objetivando a melhora do quadro clínico do paciente e a redução de riscos evitáveis (Leal; Vilela, 2020).
O projeto de pesquisa tem por motivação retratar sobre a importância do profissional enfermeiro nas medidas de prevenção das IRAS em conjunto com a PCIH a partir da implementação com plena atuação da CCIH nas unidades hospitalares.
Com a implementação, há uma redução da taxa de infecção hospitalar e diminuição nos custos do cliente e do Estado, favorecendo uma assistência segura e com qualidade para o paciente e os profissionais.
Esse estudo torna-se relevante por relatar sobre as consequências negativas das IRAS, as quais irão impactar socialmente e financeiramente nos custos do cliente e do Estado, como uma prolongação hospitalar, debilidade mental, física temporária ou permanente, perda total ou parcial de membros e óbito, causados por uma infecção hospitalar, considerada um evento adverso com potencial risco de dano.
Diante do exposto, elaborou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Qual a atuação do enfermeiro na prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde?
A partir do apresentado, esse artigo de pesquisa objetiva identificar, na literatura, a atuação do enfermeiro nas medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Programa nacional de segurança do paciente e as medidas de precauções realizadas durante à assistência à saúde
As IRAS são consideradas um evento adverso, com potencial risco de dano ao paciente e que acarreta elevação dos custos financeiros para o Estado, pois saúde é um direito de todos e um dever do Estado proporcionar através de políticas públicas, devido ao seu potencial de risco torna-se necessário adotar medidas de precauções com o intuito de minimizar suas sequelas físicas ou mental ao paciente (Marques et al., 2021).
O ministro Alexandre Rocha Santos Padilha instituiu o programa nacional de segurança do paciente, na Portaria n°529 de 1° de ABRIL DE 2013, a qual objetiva contribuir para a qualidade do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, promovendo e apoiando a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde, envolvendo os pacientes e familiares nas ações de segurança do paciente e ampliando o acesso da sociedade às informações relativas à segurança do paciente com a produção sistematizada e difundida dos conhecimentos sobre segurança do paciente e estimular a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde (BRASIL, 2013).
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) define que segurança do paciente e a redução a um mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde, o dano e o comprometimento da estrutura ou função do corpo ou qualquer efeito dele oriundo incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico, o incidente é um evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente, já o evento adverso é um incidente que resulta em dano ao paciente. A cultura de segurança configura-se a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização e a gestão de risco e a aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional (BRASIL, 2013).
A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) é de grande importância durante a assistência à saúde, contribuindo para uma assistência segura para os profissionais e para os pacientes, devendo ser usadas de acordo com os tipos de precauções. As medidas de precauções são classificadas em quatro tipos: Precauções padrão, que deverá ser utilizados os seguintes EPIS; lavagem das mãos, luva e avental, óculos e máscaras, caixa perfuro cortante; Precaução de contato: lavagem das mãos, luva e avental, máscara cirúrgica, quarto privativo; Precaução para gotícula: lavagem das mãos, máscara cirúrgica para o profissional e para o paciente durante o transporte, quarto privativo; Precaução por aerossóis: lavagem das mãos, máscara N95 para o profissional e máscara cirúrgica para o transporte do paciente (Cavalcante et al., 2019).
2.2 Formulário de recadastramento das CCIHs e a avaliação nacional dos componentes essenciais do PCIH
A Organização Mundial de Saúde (OMS) forneceu para todos os serviços de saúde do Brasil o formulário de recadastramento das CCIH, o qual ficou disponível para preenchimento pelas CCIHs durante o período de outubro de 2021 a fevereiro de 2022, juntamente com a ferramenta dos componentes essenciais para o programa de controle de infecção PCIH, o formulário foi estruturado em um questionário dividido em 8 componentes essenciais sendo aplicada a avaliação no ano de 2021 com os 26 estados e o Distrito Federal (ANVISA, 2021).
Os oito componentes essenciais abordados no formulário da PCIH: 1 – Programa de prevenção e controle de infecção; 2 – Programa de prevenção e controle de infecção – guia de recomendações; 3 – Programa de prevenção e controle de infecção – educação e treinamento; 4 -Vigilância das IRAS; 5 – Estratégia multimodal para prevenção e controle de infecções; 6 Monitoramento/auditoria das práticas e retroalimentação; 7 – Carga de trabalho, pessoal e ocupação de leitos; 8 – Infraestrutura, material e equipamentos (ANVISA, 2021).
Na avaliação nacional dos componentes essenciais do PCIH realizado a cada dois anos, aplicada em 2021, o Brasil possuía 6422 unidades hospitalares segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), 2185 preencheram o formulário da PCIH, adesão de 34,02%. Na região Sudeste do Brasil com 2158 unidades hospitalares, 723 preencheram o formulário, adesão de 33,50% onde temos: Espírito Santo com 109 unidades hospitalares, 55 preencheram, adesão de 50,46%; Rio de Janeiro 467 unidades hospitalares, 207 preencheram adesão de 44,33%; Minas Gerais 625 unidades hospitalares, 236 preencheram, adesão de 37,76%: São Paulo 957 unidades hospitalares, 225 preencheram, adesão de 23,51% (ANVISA, 2021).
Região Sul do Brasil com 966 unidades hospitalares, 619 preencheram o formulário da
PCIH, adesão de 64,07% onde temos; Rio Grande do Sul 313 unidades hospitalares, 213 preencheram, adesão de 68,05%; Santa Catarina 225 unidades hospitalares, 152 preencheram, adesão de 67,56%; Paraná 428 unidades hospitalares, 254 preencheram, adesão de 59,35% e na região centro oeste do Brasil com 706 unidades hospitalares, 235 preencheram o formulário, adesão de 33,28% onde temos: Mato Grosso 166 unidades hospitalares, 61 preencheram, adesão de 36,75%; Goiás 431 unidades hospitalares, 144 preencheram, adesão de 33,41%; Mato Grosso de sul 109 unidades hospitalares, 30 preencheram, adesão de 27,52% (ANVISA, 2021).
Região Norte do Brasil com 582 unidades hospitalares, 133 preencheram o formulário da PCIH, adesão de 22,85% onde temos: Acre 25 unidades hospitalares, 11 preencheram, adesão de 44%; Roraima 14 unidades hospitalares, 5 preencheram, adesão de 35,71%; Amazona 105 unidades hospitalares, 36 preencheram, adesão de 34,29%; Rondônia 96 unidades hospitalares, 21 preencheram, adesão de 21,88%; Pará 254 unidades hospitalares, 51 preencheram, adesão de 20,08%; Amapá 15 unidades hospitalares, 3 preencheram, adesão de 20%; Tocantins 73 unidades hospitalares, 6 preencheram, adesão de 8,22% (ANVISA, 2021).
Região Nordeste com 1941 unidades hospitalares, 490 preencheram o formulário da PCIH, adesão de 25,24% onde temos: Sergipe 40 unidades hospitalares, 16 preencheram, adesão de 40%; Paraíba 142 unidades hospitalares, 52 preencheram, adesão de 36,62; Pernambuco 306 unidades hospitalares, 89 preencheram, adesão de 29,08%; Piauí 113 unidades hospitalares, 32 preencheram, adesão de 28,32%; Bahia 570 unidades hospitalares, 158 preencheram, adesão de 27,72; Ceará 295 unidades hospitalares, 73 preencheram, adesão de 24,75%; Rio Grande do Norte 118 unidades hospitalares, 28 preencheram, adesão de 23,73%; Alagoas 79 unidades hospitalares, 17 preencheram, adesão de 21,52%; Maranhão 278 unidades hospitalares, 25 preencheram, adesão de 8,99% (ANVISA, 2021).
2.3 Atuação do enfermeiro na prevenção e no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS)
Para a execução da Política de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), as unidades hospitalares devem possuir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), a qual deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados. Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores, os membros consultores são representantes dos seguintes serviços: serviço médico, serviço de enfermagem, serviço de farmácia, laboratório de microbiologia, administração, eles coordenam os métodos de prevenção de controle de infecção hospitalar desses serviços (Matta et al., 2022).
Os membros executores da CCIH representam o serviço de controle de infecção hospitalar e, portanto, são encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção hospitalar, os membros executores são compostos, no mínimo, por dois técnicos de nível superior da área da saúde para cada 200 leitos, um dos membros executores devem ser, preferencialmente, um enfermeiro, com carga horária diária mínima de 6 horas para o enfermeiro e 4 horas para os demais profissionais (Matta et al., 2022).
O profissional enfermeiro como membro executor da CCIH realiza atividades que objetivam prevenção e controle das IRAS na unidades hospitalares, dentre elas podemos citar: a realização de vigilância das infecções hospitalares através do método de busca ativa e metodologia NNISS na neonatologia, obstetrícia e oncologia cirúrgica, fornecimento da taxa mensal de infecção hospitalar das unidades sob vigilância, recomenda e suspende isolamentos para pacientes na área hospitalar, de acordo com as normas de isolamento padronizada pela CCIH, participa da investigação de surtos de infecção, junto com os demais membros do grupo executor, coleta materiais suspeitos de contaminação para investigação, normatiza junto com outros membros do grupo executor o uso de germicidas hospitalares (Santos; Padovenze; Lacerda, 2019).
A central de material de esterilização CME é classificada em CME classe I e CME classe II, onde a CME classe I realiza o processamento de artigo crítico, semicrítico e não crítico de conformação não complexa, passível de processamento, já na CME classe II é realizado o processamento de artigo crítico, semicrítico e não crítico de conformação complexa passível de processamento. O enfermeiro executor atua também nessa unidade, através da realização de parecer técnico quanto ao reprocessamento de artigo médico – hospitalar e quanto à aquisição de material e equipamento médico – hospitalar, tem sua participação na visita técnica e emissão de parecer técnico na contratação de empresa prestadora de serviço, como farmácia de preparo de nutrição parenteral, esterilização em óxido de etileno e lavanderia hospitalar (Santos; Padovenze; Lacerda,2019).
Na assistência direta ao paciente hospitalizado que também é realizado pelo profissional enfermeiro como integrante da equipe multidisciplinar, o enfermeiro assistencial vai atuar em parceria com o profissional enfermeiro executor da CCIH, na realização de programas educativos relacionados ao controle de infecção para equipe multiprofissional da área hospitalar e na realização de treinamentos para a equipe da área da saúde quanto a prevenção de infecção hospitalar e prevenção de acidentes com material contaminado. O enfermeiro executor realiza auditoria para avaliar o cumprimento do programa de controle de infecção hospitalar (PCIH) atuando na fiscalização do comprimento das normas de prevenção das IRAS (Silva et al., 2020).
O enfermeiro executor possui a função de protagonista na prevenção das IRAS, pois ele participa da elaboração de normas para prevenção e controle das infecções hospitalares e faz revisão das normas de prevenção de controle de infecção hospitalar periodicamente, participa de projetos de pesquisa em controle de infecções hospitalares e de grupos de interesse para o controle das infecções hospitalares como: grupo de feridas, cateter, reuso. Cumpri e faz cumpri as determinações da Portaria n. 2616/98 do Ministério da Saúde e as demais em vigência, a qual dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de programas de controle de infecções hospitalares (Silva et al., 2020).
3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Segundo (Gil, 2010), a revisão de literatura é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Com base nos conhecimentos científicos disponíveis nas bases de dados com o propósito de reunir e agregar os diversos elementos pesquisados, proporcionando assim, o reconhecimento de informações importantes, uma melhor análise dos dados coletados, um melhor direcionamento da pesquisa e para a atualização dos conhecimentos dos profissionais (Sousa; Silva; Carvalho, 2010).
Figura 1: Fluxograma das fases do processo de elaboração da revisão integrativa.
3.2 Local e Período do Estudo
A busca eletrônica foi realizada por cinco revisoras de forma simultânea nos meses de fevereiro a abril de 2023, nas seguintes bases de dados, Literatura Latino Americana (LILACS), nas bibliotecas Scientific Eletronic Library Online (ScieLO) e Medical Literature and Retrieval System Online (MEDLINE/Pubmed).
3.3 Critérios de inclusão e exclusão
Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra em formato eletrônico, divulgados no idioma português e inglês e publicado no período de 2018 – 2022. Já nos critérios de exclusão, foram eliminados artigos de revisão, artigos repetidos e relato de experiência.
3.4 Coleta de Dados
Na estratégia de busca foram utilizados os seguintes descritores: infecção hospitalar e cuidados de enfermagem disponíveis no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), nos idiomas português e inglês, foi utilizado o operador booleano AND.
Foram encontrados 133 artigos nas bases de dados, após leitura do resumo e título excluiu-se 81 artigos, restando 52 artigos, em que 12 artigos foram retirados da base de dados SciELO, 36 artigos do LILACS e 4 do Medline, após uma revisão minuciosa foram selecionados 10 artigos para serem utilizados como base para análise detalhada do estudo.
Para coleta das informações foi utilizado um instrumento elaborado pelos autores (APÊNDICE A), através desse foram extraídas as informações seguintes dos estudos préselecionados: título, autores, ano de publicação, objetivo do estudo, resultados e conclusões com objetivo de agrupá-lo posteriormente para categorização.
3.5 Análise de dados
A análise dos dados foi baseada na leitura e avaliação criteriosa dos artigos, com o objetivo de selecionar artigos, os quais tivessem informações relevantes sobre a atuação do enfermeiro na prevenção das infecções relacionada a assistência à saúde, em seguida os artigos selecionados foram categorizados para análise detalhada do presente estudo. Sendo elaborado um quadro contendo a síntese das características dos artigos incluídos na revisão de acordo com título, autores, ano de publicação, objetivo do estudo, principias resultados e principais conclusões no período de 2018 a 2022.
4 RESULTADOS
Considerando os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos no presente estudo, foram encontrados 133 artigos nas bases de dados selecionadas. Após a leitura dos títulos e resumos, 81 artigos foram excluídos, dentre os quais 3 artigos estavam duplicados, 40 artigos de revisão de literatura e 38 estudos de casos. Dos 52 artigos restantes, 42 foram excluídos por não responderem à questão do estudo (figura 2).
A síntese das características dos artigos incluídos na revisão integrativa de acordo com título, autores, ano de publicação, objetivo do estudo, resultados e conclusões são apresentados no quadro 1.
Figura 2: Fluxograma para seleção dos artigos.
Fonte: próprios autores (2023).
Quadro 1 – Síntese das características dos artigos incluídos na revisão de acordo com título, autores, ano de publicação, objetivo do estudo, principias resultados e principais conclusões no período de 2018 a 2022.
N. | Referência | Objetivos | Resultados | Conclusões |
1 | Leoncio JM, Almeida VF, Ferrari RAP, Capobiango JD, Kerbauy G, Tacla MTGM. Impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde nos custos da hospitalização de crianças. Rev Esc Enferm USP. 2019;53:e03486. DOI: http://dx.doi.org/10.15 90/S1980-220X2018016303486 | Avaliar o impacto das infecções relacionadas à assistência à Saúde no custo da hospitalização de crianças. | A amostra foi composta de 173 crianças, destas, 18,5% desenvolveram infecção relacionada à assistência à saúde, que aumentou em 4,2 vezes (p<0,001) o custo da hospitalização. Maior impacto de custo foi observado entre pacientes com dois ou mais sítios infecciosos (R$ 81.037,57, p=0,010) e sepse (R$ 46.315,63 p<0,001). Crianças colonizadas por microrganismos multirresistentes, com prevalência de E. coli e A. baumannii ESBL, geraram custos maiores, R$ 35.206,15 e R$ 30.692,52, respectivamente. | As infecções relacionadas à assistência à saúde aumentaram significativamente os custos da hospitalização de crianças, em especial entre aquelas com mais de dois sítios infecciosos, que desenvolveram sepse e colonizadas por microrganismos multirresistentes |
2 | Cavalcante EFO,Pereira IRBO, LeiteMJVF, Santos AMD, Cavalcante CAA. Implementação dos núcleos de segurança do paciente e as infecções relacionadas à assistência à saúde. Rev Gaúcha Enferm. 2019;40(esp):e20180306. doi:https://doi.org/10.1590/19831447201920180300 | Verificar a implementação do Núcleo de Segurança do Paciente e sua relação com o controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde nos hospitais de Natal. | Houve implementação do Núcleo de Segurança do Paciente em nove hospitais. Dentre os protocolos implantados, destacaram-se o de identificação do paciente (66,70%), o de higiene das mãos (50%) e o da prevenção de quedas (50%). Os hospitais com núcleo afirmaram desenvolver atividades de capacitação em segurança do paciente com os profissionais. 44,5% afirmaram realizar comunicação efetiva | Embora as ações implantadas não cheguem a cumprir integralmente as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a maioria dessas ações tem relação direta com o controle das infecções nos serviços |
3 | Padoveze MC, Juskevicius LF, Santos TR, Nichiata LI, Ciosak SI, Bertolozzi MR. O conceito de vulnerabilidade aplicada às infecções relacionadas à assistência à saúde. Rev Bras Enfermagem [Internet]. 2019;72(1):299-303. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0584 | discutir as potencialidades do uso do conceito de vulnerabilidade para embasar as ações de prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). | proposta de um quadro de análise das IRAS na perspectiva da vulnerabilidade, compondo dimensões individual e coletiva. | O uso do conceito de vulnerabilidade no estudo e manejo de IRAS favorece um novo olhar sobre um antigo problema, diferente dos estudos hegemônicos que tratam de destacar os aspectos individuais relativos às práticas de atenção nos serviços de saúde |
4 | Santos PLC, Padoveze MC, Lacerda RA. desempenho dos programas de prevenção e controle de infecções em pequenos hospitais. Rev Esc Enferm USP. 2020;54:e03617.doi: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019002103617 | Avaliar a conformidade de estrutura e processo dos programas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde | Dentre os 27 hospitais recrutados, 14 consentiram em participar. Os valores médios de conformidade para cada indicador foram: Estrutura dos programas 61,0%; Diretrizes operacionais 84,5%; Vigilância epidemiológica 57,9%; Atividades de prevenção 74,5%. Maior conformidade foi observada em hospitais privados (73,9%) e com presença de unidade de terapia intensiva (90,3%). Os hospitais possuíam enfermeiros designados para o programa (92,9%), mas somente 23,1% das instituições privadas atuavam com dedicação exclusiva de seis horas. | Apenas o indicador referente às Diretrizes Operacionais dos programas avaliados esteve acima de 90% de conformidade na mediana dos hospitais. A maior dispersão dos resultados de conformidade entre os hospitais estudados foi referente ao indicador de Vigilância Epidemiológica. |
5 | ARAUJO DA SILVA, André Ricardo et al. Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. Journal of Epidemiology and Infection Control, [S.l.], v. 10, n. 2, apr. 2020. ISSN 2238-3360. Available at: . Date accessed: 23 nov. 2020. doi: https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.14018 | O objetivo deste estudo foi mensurar o consumo de antimicrobianos, dentre eles os carbapenêmicos e infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS),especificamente as causadas por bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenêmicos (BGN-CR) em neonatos após a implantação de um PGA. | Em setembro de 2017 o PGA foi implementado com os seguintes elementos-chave: auditoria de antibióticos/feedback, restrição de antimicrobianos-alvo, medida do consumo de antimicrobianos e maior rapidez na liberação de resultados de culturas. Entre setembro de 2017 e setembro de 2018 admitimos 308 pacientes, totalizando 2223 pacientes-dia. A mediana de consumo total de antimicrobianos foi de 1580 DOT/1000PD (variação de 1180,7 a 2336,6/mês) sem tendência de aumento e a de carbapenêmicos 12 DOT/1000PD (variação de 0 a 163,2/mês). O consumo de carbapenêmicos foi reduzido entre abril a setembro de 2018 (valor de p =0,07) quando comparado com os primeiros seis meses. Oito IRAS foram registradas, correspondendo a uma densidade de incidência de 3,6/1000 pacientes-dia. Não foram reportadas BGN-CR causando IRAS. | O consumo total de antimicrobianos não apresentou aumento ao longo do ano após implantação do PGA. No entanto, houve redução significativa do consumo de carbapenêmicos. Não foram verificadas IRAS por BGN-CR no período do estudo. |
6 | Leal MA, Freitas-Vilela AA. Custos das infecções relacionadas à assistência em saúde em uma unidade de terapia intensiva. Rev Bras Enferm. 2021;74(1):e2020027.doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0275 | Avaliar custos de internação hospitalar de pacientes com e sem infecção relacionadas à assistência em saúde em uma unidade de terapia intensiva. | Foram avaliados 21 pacientes com diagnóstico de infecção relacionada à assistência em saúde e 42 controles. O custo de internação de pacientes com infecção foi quatro vezes maior em relação aos pacientes sem infecção. | Custos financeiro de internação de pacientes diagnosticados com infecção relacionada à assistência em saúde são elevadas em relação àquelas sem este diagnóstico. |
7 | Alvim ALS, Gazzinelli A, Couto BRGM Construção e validação de instrumento para avaliação da qualidade dos programas de controle de infecção. Rev Gaúcha Enferm. 2021;42:e20200135. doi: https://doi.org/10.1590/1983- 1447.2021.20200135 | Construir e validar um instrumento de avaliação dos programas de controle de infecção hospitalar. | Em relação ao índice de validade de conteúdo,pontuação feita pelos juízes especialistas variou de 0,777 a 1,00, com média de 0,902 (±0,076). O teste alfa de Cronbach evidenciou boa consistência interna dos itens (0,82). | Foi elaborado e validado instrumento de avaliação dos programas de controle de infecção hospitalar, que apresentou boa confiabilidade, podendo ser utilizado de forma eficiente em nível nacional. |
8 | Marques CC, Barreto VP, Silva BC, Santos MM, Medeiros ER, Guedes GS, et al. Diagnóstico de enfermagem risco de infecção e infecções relacionadas à assistência à saúde em pacientes com aids. Acta Paul Enferm. 2021;34:eAPE00365. | Identificar quais fatores de risco do diagnóstico de enfermagem risco de infecção estão associados a chances maiores de pessoas com HIV/aids hospitalizadas desenvolverem Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. | Peristaltismo alterado, tabagismo, nível reduzido de hemoglobina e leucopenia foram significativamente associados com o desfecho estudado. Na regressão logística, a redução na hemoglobina foi considerada um fator preditor da detecção de risco de infecção. | Os indicadores tabagismo, leucopenia e nível reduzido de hemoglobina foram identificados na regressão como os preditores mais importantes para identificar o risco de infecção em pessoas vivendo com HIV/aids. |
9 | Stefani, L., Borges, P. K. de O., & Gaspar, M. D. da R. (2022). Infecções de sítio cirúrgico: reabordagem cirúrgica e infecção em cirurgias limpas e potencialmente contaminada. Revista De Enfermagem Da UFSM, 12, e12 https://doi.org/10.5902/2179769267474 | Verificar a associação entre a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico (ISC) e a necessidade de reabordagem em pacientes submetidos a cirurgias limpas e potencialmente contaminadas. | Pacientes internados por causas externas têm chance quatro vezes maior de reabordagem cirurgicamente (p=0,011), na especialidade ortopédica a razão foi cinco vezes maior (p=0,003), reinternações, têm 10 vezes mais chances de reabordagem (p=0,000), leucocitose (p=0,002) e alteração no valor de proteína c-reativa (p=0,016) mostraram-se associados à necessidade de realização de nova cirurgia. A cultura positiva (p=0,001) e antibiótico terapêutico (p=0,04) demonstraram-se fatores protetores para a reabordagem. | Os dados demonstram a presença de ISC como forte influenciador à reabordagem cirúrgica, norteando hospitais com o mesmo perfil |
10 | Matta AC, Matsuda LM, Paulino GM, Haddad MC, Ferreira AM, Camillo NR. Análise dos custos de eventos adversos infecciosos em saúde. Acta Paul Enferm. 2022;35:eAPE01187 | Analisar o perfil e os custos diretos de eventos adversos (EA) infecciosos do processo de cuidado em saúde. | A amostra foi composta predominantemente por homens, na faixa etária > 70 anos, com período médio de internação de 23,5±12,9 dias. Constatou-se associação entre o tipo de infecção e as variáveis faixa etária, unidade de internação e tipo de saída (p<0,01 para todas) grupos de custos e tipos de infecção (p<0,05), faixa etária (p<0,05) e tipo de saída (p<0,05). Na comparação das médias de custos diretos variáveis de pacientes, vítimas de EA infecciosos e seus pares simulados, destacaram-se os exames laboratoriais e os medicamentos. | A ocorrência de eventos adversos infecciosos se associou com o perfil dos pacientes e as características relevantes do processo assistencial, com impacto na elevação dos custos, principalmente com medicamentos e exames laboratoriais. |
5 DISCUSSÃO
5.1 Os programas de controle e a atuação do profissional enfermeiro na prevenção das IRAS
As práticas de prevenção das IRAS tem sido uma ferramenta bem-sucedida embora ainda seja uma realidade pouco conhecida no mundo, as quais são instrumentos regulamentados por institutos legais, sobre o uso de medidas de intervenções para reduzir as taxas de infecções, limitando a sua propagação, o profissional enfermeiro desempenha um grande e importante papel na aplicação dessas práticas com o intuito de reduzir diretamente as infecções associadas aos cuidados de saúde, reconhecendo e aplicando procedimentos baseados em evidências para prevenir as IRAS entre os pacientes e proteger a saúde da sua equipe (Padovenze et al., 2019, p. 313).
Nesse contexto ressalta-se a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e da higienização das mãos para o controle e diminuição das IRAS, pois além de prevenir a contaminação dos pacientes por meio da infecção cruzada, garante a própria segurança. Somase a este quadro o papel do profissional enfermeiro para garantir não só a aplicação dessas ações da melhor forma, mas também para fiscalizar e acompanhar de perto a aplicação de todas as práticas citadas, em busca de uma assistência à saúde de qualidade e sem riscos de danos aos clientes (Padovenze et al., 2019, p. 315).
Conforme os achados de Santos, Padoveze e Lacerda (2020) foi realizada uma pesquisa com o objetivo de avaliar o índice de estrutura e processos dos Programas de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PPCIRAS), pesquisa essa realizada em hospitais da região de Taubaté de São Paulo, no período de setembro de 2015 a março de 2016. Onde 14 consentiram em participar, sendo eles 11 hospitais privados e três públicos, em que 71,4% possuíam assistência geral e 28,6% possuíam assistência especializada. Os dados da pesquisa foram coletados por uma pesquisadora com experiência em controle de infecção, por meio de inspeção de documentos e entrevistas, o desfecho foi avaliado pelo Índice de Conformidade (IC) que foi considerado como bom a média dos resultados que atingirem igual ou maior que 70%.
O estudo de Santos, Padoveze e Lacerda (2020) mostrou como resultado da pesquisa que o IC no indicador Estrutura do PPCIRAS: nos hospitais públicos a média foi de 48,7% e nos hospitais privados 64,3%; no indicador Diretrizes operacionais do PPCIRAS: nos hospitais públicos a média foi 81,3% e nos hospitais privados 85,4%; no indicador Vigilância epidemiológica de IRAS: nos hospitais públicos a média foi 26,7% e nos hospitais privados 66,4%; no indicador atividade de prevenção e controle das IRAS: nos hospitais públicos a média foi 56,6% e nos hospitais privados 79,4%; esses dados nos mostra que o desempenho dos PPCIRAS apresentou os maiores IC em Diretrizes operacionais e atividade de prevenção e controle das IRAS, os demais indicadores ainda estão longe do desejável, acredita-se que o principal fator é a falta de recursos financeiros, estruturais para a prevenção das IRAS e profissionais capacitados para executar os PPCIRAS.
Ressalta-se também que o presente estudo evidenciou que o programa para cirurgia segura estava implementado apenas em sete hospitais, média de 50%, os indicadores epidemiológicos eram utilizados por nove hospitais estudados, média de 64,3%, com dados sobre taxa de infecção em cirurgias limpas, implementado em 9 hospitais, partos cesáreos, implementados em 8 hospitais. Dessas 14 unidades hospitalares, 9 utilizavam o método ativo para busca de infecções (Santos; Padovenze; Lacerda, 2020, p. 3).
Segundo (Cavalcante et al. 2019), a implementação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) se deu com o intuito de auxiliar na melhoria de qualidade dos serviços e promover uma segurança maior não só para os pacientes como também para os profissionais da área da saúde. Na mesma ocasião segundo a portaria 2616/1998 do ministério da saúde, os profissionais controladores de infecções fortalecem as ações de prevenção e controle das IRAS nas unidades de saúde hospitalares.
Nessa ocasião, o objetivo primordial do estudo de (Cavalcante et al. 2019) foi verificar a implementação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) quanto ao controle de infecção nos serviços hospitalares de 12 hospitais, sendo eles 7 públicos, 3 privados e 2 filantrópicos, que possuem CCIH atuante e UTI de Natal, Rio Grande do Norte. Os dados foram coletados entre fevereiro e agosto de 2017, através de um questionário aplicado aos profissionais que atuam na CCIH das instituições. Participaram da entrevista 28 profissionais, 15 deles eram enfermeiros, dois técnicos administrativos, cinco técnicos de enfermagem, quatro médicos, um farmacêutico e um fisioterapeuta, nos quais sete tinha mestrado ou mestrando.
Os autores (Cavalcante et al. 2019) mostraram como resultado da pesquisa, no que diz respeito aos Protocolos Implantados pelo NSP nos 12 hospitais estudados: No Protocolo Identificação do Paciente; a média foi 66,7%, onde temos implementado esse protocolo em 4 hospitais públicos, 3 privados e 1 filantrópico com o total de 8 hospitais; no Protocolo Higiene das Mãos: a média foi 50,0%, onde temos implementado esse protocolo em 4 hospitais público, 1 privado e 1 filantrópico, com um total de 6 hospitais; no Protocolo Segurança Cirúrgica: a média foi 41,7%, onde temos implementado esse protocolo em 2 hospitais públicos, 2 hospitais privados ,1 filantrópico, com um total de 5 hospitais.
Portanto, conforme (Cavalcante et al. 2019) no Protocolo Segurança na Prescrição, uso e Administração de Medicamentos: a média foi 33,3%, onde temos implementado esse protocolo em 3 hospitais públicos, 1 hospital privado, 0 filantrópico, com um total de 4 hospitais; no Protocolo Prevenção de Quedas dos Pacientes: a média foi 50,0%, onde temos implementado esse protocolo em 2 hospitais públicos, 2 privados, 1 filantrópico, com um total de 6 hospitais; no Protocolo Prevenção de Úlceras por Pressão: a média foi 41,7%, onde temos implementado esse protocolo em 2 hospitais público, 2 hospitais privados, 1 hospital filantrópico, com um total de 5 hospitais. Destaca-se com maior incidência o protocolo de identificação do paciente com (66,7%), o protocolo de higiene das mãos com (50,0%) e a prevenção de quedas dos pacientes com (50,0%).
O estudo mostra que os hospitais ainda possuem considerada limitação na implementação no NSP, o que deixam os pacientes numa condição maior de vulnerabilidade, no que diz respeito aos riscos de infecção nas unidades hospitalares. Ressalta-se que o enfermeiro como integrante da equipe multidisciplinar, atuando em educação em saúde, com a elaboração de procedimentos operacionais padrão (POP), uma tecnologia leve, que permite padronizar procedimentos, elaborado a partir de pesquisas científicas, o qual favorece uma assistência de qualidade com redução das IRAS, sendo importante também a aplicação de novos estudos que avaliem novas práticas e estratégias com o intuito de assegurar a segurança do paciente (Cavalcante et al., 2019).
5.2 A atuação do enfermeiro nas medidas de prevenção e a análise dos custos das IRAS
A pesquisa de (Leal e Freitas, 2021) foi realizado em 63 pacientes, sendo 21 casos e 42 controles. Dos casos de IRAS, 52,4% eram do gênero feminino; 76,2% eram não brancos (66,7% pardos e 9,5% negros); e 71,4% não viviam com companheiro. Em relação à idade, 57,1% dos pacientes com IRAS e 59,5% sem IRAS tinham entre 18 e 60 anos. Não houve diferença significativa entre as características sociodemográficas e a presença ou ausência de IRAS. Observou-se que em relação ao desfecho do óbito dos 63 pacientes: 14 pacientes com IRAS, 66,7%, vieram a óbito e seis pacientes sem IRAS, 14,3%, vieram a óbito; no desfecho alta para enfermaria, seis pacientes com IRAS foram transferidos para as enfermarias, 28,5%, onde 25 pacientes sem IRAS foram transferidos para as enfermarias, 59,5%.
Conforme (Leal e Freitas 2021) o custo de internação dos pacientes com IRAS foi quatro vezes maior em relação àqueles sem IRAS: em média, R$ 16.132,21 comparado a R$ 4.014,26 do paciente controle. A permanência hospitalar e permanência em UTI foram estatisticamente significativas dos pacientes com IRAS. Quando estratificado, verificou-se que 38,1% dos pacientes com IRAS permaneceram mais de 30 dias internado e os pacientes sem IRAS, não houve permanência superior a 30 dias, este estudo apresentou as características das IRAS na instituição estudada e evidenciou elevados custos financeiros de internação de pacientes com diagnósticos de infecção em comparação aos pacientes sem diagnósticos de IRAS.
Em relação à pesquisa de (Matta et al.,2019), os dados não apresentaram distribuição normal, em vista da amplitude de variação nos valores relacionados aos custos gerais e específicos para o manejo dos EA. Com isso os resultados estão apresentados de forma de mediana e mínimo/máximo, no que concerne aos custos diretos variáveis gerais dos EA infecciosos. Os custos de exames laboratoriais seguido de medicamentos, com valor da mediana (mínima/máximo) de custo igual a R$ 4.484,50 (R$61,20 – R$ 28.133,50) e R$ 2.407,30, (R$ 273,40 – R$ 30.274,50) respectivamente. Os custos com exames radiológicos variam entre de R$ 35,70 e R$ 16.863,00. Já o custo específico com antimicrobianos variou entre R$ 9,00 e R$ 13.705,90, conclui-se que as EA infecciosas são frequentes no contexto assistencial estudado, são responsáveis pela elevação dos custos variáveis relacionados a internação.
Observou-se também que durante a comparação de gastos entre pacientes com IRAS e pacientes sem IRAS, em relação a custos com exame laboratoriais em pacientes com IRAS foi de aproximadamente R$ 30.000 e os paciente sem IRAS foi de aproximadamente R$ 20.000; em relação aos custos com exame de radiologia os pacientes com IRAS foi de aproximadamente R$ 20.000 e os pacientes sem IRAS foi de aproximadamente R$ 10.000; em relação aos custos com medicamentos os pacientes com IRAS e sem IRAS foi de aproximadamente R$10.000. Nota-se que os gastos em relação a exames laboratoriais e radiológicos tem sido maior em paciente com IRAS, com aumento de aproximadamente R$ 20.000 em comparação a pacientes sem IRA, onde com medidas de prevenção, treinamentos, implementação de Procedimento Operacional Padrão (POP) e com atuação das CCIH em conjunto com a equipe interdisciplinar poderia minimizar ou conter os casos de IRAS (Matta et al., 2019, p. 7).
A amostra do estudo de (Leoncio et al., 2019) foi representada por 173 crianças, a idade variou de 0 a 14 anos, e a mediana foi de 3 anos. Quanto aos dados clínicos, o período de hospitalização variou de 1 a 71 dias, com mediana de 8 dias. Predominou a hospitalização por período menor que 15 dias (70%). Em relação ao desfecho clínico, 169 crianças sobreviveram, e uma foi transferida para outro hospital, Três crianças, com idade entre 0 a 4 anos, cujo principais diagnósticos foram doenças neurológicas foram a óbito, com um período de hospitalização variando de 1 a 8 dias. O custo total dessas três hospitalizações foi de R$ 52.471,02, porém nenhuma das crianças desenvolveu IRAS ou sepse. Os pacientes que passaram por algum procedimento invasivo durante a hospitalização foram de R$ 31,919.09 e os custos com os pacientes que não sofreram procedimentos ou cirurgias foi de R$ 7.048,60.
Observou-se que nesse estudo foram testadas 115 crianças (66,5%) para a coleta de swab, onde 41 crianças (35,7%) tiveram resultados positivo, destes 66 microrganismos foram isolados, os MOMR mais prevalentes foram os Gram-negativos de Beta-lactamase de aspecto estendido, ESBL (38/66) e resistentes a carbapenêmicos. Em relação aos custos da hospitalização conforme o micro-organismo isolado temos: 41 paciente colonizado por MORM (35.7%), mediana de R$ 31.780,72; 5 pacientes colonizado por Acinetobacter baumannii (7,6%), mediana de R$ 47.886,2; 17 pacientes colonizados por Escherichia coli (25,8%), mediana de R$ 35.206,15; 15 pacientes colonizador enterobacter spp. (22,7%), mediana de R$ 33.535,02; 4 pacientes colonizado por Staphyloccus aures (6,1%), mediana de R$ 26.780,03; 4 pacientes colonizado por Enterococcus spp. (6,1%), mediana de R$ 20.629,74; 13 pacientes colonizado por outros MOMR (19,7%), mediana de R$ 43.352,22 (Leoncio et al., 2019, p. 4).
Ressalta-se, conforme Leoncio et al., (2019) que 127 pacientes (73,4%) foram instituídos para a terapia antimicrobiana, algumas crianças utilizaram mais de uma classe de antimicrobiano, onde temos 56,7% dos pacientes utilizaram penicilina, 38,4% dos pacientes utilizaram aminoglicosídeos e 26,5% utilizaram cefalosporina de 3° geração. Os antibióticos de menor custos por dose foram as penicilinas e os de maiores custos foram os antifúngicos. Os gastos máximos por pacientes com antimicrobianas atingiu R$ 28.002,05 e o valor total do tratamento antimicrobiano no setor pediátrico somou R$ 46.921,75. Os custos da hospitalização em pacientes com IRAS foram 4,2 vezes maiores em comparação a pacientes sem IRAS, a mediana do custo de pacientes com IRAS foi de R$ 39.668,21. Este estudo mostrou que as IRAS impactam negativamente no aumento dos custos hospitalares com crianças por estarem associadas ao aumento no tempo de hospitalização.
O enfermeiro é o principal protagonista na redução das IRAS, atuando na assistência, a partir da implementação da SAE, sistematização da assistência de enfermagem, a qual e dividida em cinco etapas interdependentes e recorrentes, através desse instrumento metodológico será traçado os cuidados de enfermagem o qual será aplicado pelo profissional técnico de enfermagem com o objetivo de beneficiar o paciente assistido (Matta et al., 2019).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do estudo possibilitou uma análise da atuação do enfermeiro nas medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS), sendo uma revisão literária interativa, desenvolveu-se com base em materiais já elaborados e publicados, principalmente em artigos científicos disponíveis em bases de dados e sites oficiais governamentais para obtenção de dados. Dessa forma, concluímos que o enfermeiro tem um papel importante ao realizar as devidas medidas para prevenir as infecções, pois assim a diminuições desta.
Cumpriram-se todos os objetivos que tinham sido propostos, porque através das pesquisas e dados apresentados nessa pesquisa percebe-se que há diminuição das infecções relacionadas à assistência à saúde quando são usadas corretamente as medidas propostas para prevenção de infeções, como a lavagem de mãos e uso de EPI, sendo este um dos principais meios de prevenção e consequentemente sendo um meio de proteção ao profissional.
Esta pesquisa foi muito importante para a compreensão e aprofundamento deste tema, uma vez que apesar do uso das medidas de prevenção as infecções, ainda há altos índices de infeções dentro dos hospitais, logo é importante realizar o controle, pois além de promover a segurança dos pacientes, qualidade nos serviços à saúde, também está ligada à segurança dos profissionais que trabalham no local.
O profissional enfermeiro tem contribuído na redução das IRAS durante a assistência de enfermagem, a partir da elaboração dos diagnósticos de enfermagem, os quais será aplicado e posteriormente avaliados, para se observar os resultados esperados, mas se os resultados evidenciados foram negativos, será possível uma mudança nos diagnósticos visando a melhora clínica do paciente assistido. Esse profissional atua também na elaboração e aplicação de procedimento e treinamento da equipe de enfermagem, educação em saúde com palestras e seminários visando uma assistência de enfermagem de qualidade e livre de danos evitáveis.
O presente estudo evidenciou que as IRAS têm impactado negativamente nos custos financeiro e social do cliente e do Estado, aumentado o tempo de internação, agravando o quadro clínico do paciente, em que, muitas vezes, já tinha outras patologias e comorbidades, tornando-se um paciente vulnerável, levando-o, em alguns casos, ao óbito. É necessário que seja realizado estudos e aplicação de métodos, com objetivo de reduzir as IRAS a partir da atuação do profissional enfermeiro em conjunto com a CCIH e com o investimento financeiro do Estado.
REFERÊNCIAS
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________. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Avaliação nacional dos programas de prevenção e controle de infecção dos hospitais do Brasil, por meio da aplicação da ferramenta de avaliação dos componentes essenciais, segundo os critérios da OMS. Brasil, 2021.
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_______. Lei nº 9431 de 6 de janeiro de 1997. Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecções hospitalares pelos hospitais do País. Dário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF.
________. Portaria nº 529 de 1º de abril de 2013. Institui o programa nacional de segurança do paciente (PNSP). Dário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF.
_________. Nota técnica GVIMS/GGTES nº 07/2021. Dispõe sobre os critérios diagnósticos das infecções relacionadas à saúde (iras); notificações nacionais obrigatórias para o ano de 2022. Dário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF.
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SOUSA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Rev. Einstein, São Paulo, v. 8, 2005.
APÊNDICE
APÊNDICE A – Instrumento para a Coleta de Dados
Quadro 1 – Síntese das características dos artigos incluídos na revisão de acordo com título, autores, ano da publicação objetivo do estudo, resultados e conclusões.
N. | Título | Autores | Ano da publicação | Objetivo do estudo | Resultados do estudo | Conclusões do estudo |
01 | ||||||
02 | ||||||
03 | ||||||
04 | ||||||
05 | ||||||
06 | ||||||
07 | ||||||
08 | ||||||
09 | ||||||
10 |
1Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony.
E-mail: 20191110079@aluno.uniateneu.edu.br
2Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail: 20191110917@aluno.uniateneu.edu.br
3 Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail: 20191111286@aluno.uniateneu.edu.br
4Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail: 20191110690@aluno.uniateneu.edu.br
5Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony.
E-mail:20191111060@aluno.uniateneu.edu.br
6Enfermeiro. Especialista em Auditoria em Enfermagem. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Mestrando em Ensino nos Serviços de Saúde (CMEPES). E-mail: alapeixe@ufc.br
7Gestora Hospitalar. Especialista em Gestão de Biossegurança.
E-mail:goreterds@ufc.br
8Gestora da Qualidade. Especialista em Gestão Hospitalar e Serviços de Saúde. E-mail. laisbastos@ufc.br
9Gestora da Qualidade. Especialista em Gestão Hospitalar e Recursos Humanos. E-mail:elizabethfp@ufc.br
10Enfermeira. E-mail: lucieneventuraalmeida@gmail.com
11Acadêmico de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu – Unidade Harmony. E-mail: bruna161044@gmail.com
12Enfermeira. Especialista em Enfermagem Obstétrica. E-mail: emilia.maria@gmail.com
13Acadêmico de Graduação em Enfermagem na Faculdade Terra Nordeste – FATENE. E-mail: levimartim123789@hotmail.com
14Acadêmica de Graduação em Enfermagem na Faculdade Terra Nordeste – FATENE. E-mail: larissanascneves12345@gmail.com
15Enfermeiro. Especialista em Gestão, Auditoria e Perícias em Sistema de Saúde. Especialista em Urgência e Emergência em Enfermagem e Saúde. Professor Adjunto IV da Graduação e Coordenador da Pós-Graduação em Enfermagem. E-mail: Samuel.maia@professor.uniateneu.edu.br