ANÁLISE DA COBERTURA DA VACINA QUADRIVALENTE CONTRA O HPV ENTRE 2014-2022 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8310007


Matheus Gonçalves de Oliveira1
Mathias Antonio Borsatto2
Joaquim Rezende Ramires3
Martina Bohm Fernandes4
Alice Gonçalves de Oliveira5
Julia Larré Afonso6
Letícia Oliveira de Menezes7


RESUMO

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, tem sido notado um aumento significativo das infecções pelo Papilomavírus Humano (HPV) tanto no Brasil como no estado do Rio Grande do Sul (RS). Essa tendência revela que a infecção por HPV desempenha um papel central na origem do câncer de colo do útero, além de estar relacionada aos cânceres de vulva, ânus, vagina, pênis e orofaringe, os quais vêm apresentando uma prevalência crescente em todo o país. Como resposta a esse cenário, a partir de 2014, a inclusão da vacina quadrivalente contra o HPV no calendário vacinal se mostrou uma medida estratégica para mitigar os casos de HPV e, por consequência, reduzir o número de ocorrências de câncer associadas a esse vírus. OBJETIVO: Analisar o número de doses vacinais da vacina quadrivalente contra o HPV aplicadas no estado do Rio Grande do Sul desde a introdução ao calendário vacinal.  MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, no qual foram coletados dados fornecidos pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), referentes a imunizações na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na seção de Informações de Saúde, tabulados através do TABNET, referente a imunizações. Foram coletados os dados referentes a quantidade de doses administradas da vacina quadrivalente contra o HPV em cada faixa etária, entre 9 e 14 anos, por sexo, durante o período de 2014 a 2022. RESULTADO: A avaliação dos dados sobre a vacinação contra o HPV destaca um início bem-sucedido, seguido por desafios persistentes. Inicialmente, as taxas de cobertura vacinal foram notavelmente altas, superando muitos países da América Latina. No entanto, ao longo do tempo, houve uma queda gradual na adesão, tanto na primeira como na segunda dose. CONCLUSÃO: Após um começo promissor, houve uma queda progressivamente mais acentuada nas taxas de vacinação. A conexão direta entre o número de primeiras doses e as segundas doses destaca a necessidade de manter o envolvimento da população. Além disso, as disparidades de adesão por gênero, a influência do intervalo entre as doses e as comparações globais ressaltam a complexidade do desafio, exigindo abordagens abrangentes para assegurar uma cobertura vacinal adequada.

Palavras-chave: Papillomaviridae, Infecções por Papilomavírus, Cobertura Vacinal.

ABSTRACT

INTRODUCTION: In recent years, a significant increase in Human Papillomavirus (HPV) infections has been noted both in Brazil and in the state of Rio Grande do Sul (RS). This trend reveals that HPV infection plays a central role in the origin of cervical cancer, in addition to being related to cancers of the vulva, anus, vagina, penis and oropharynx, which have been showing an increasing prevalence throughout the country. As a response to this scenario, starting in 2014, the inclusion of the quadrivalent HPV vaccine in the vaccination schedule has proven to be a strategic measure to mitigate cases of HPV and, consequently, reduce the number of cancer occurrences associated with this virus. OBJECTIVE: To analyze the number of vaccine doses of the quadrivalent vaccine against HPV applied in the state of Rio Grande do Sul since the introduction of the vaccination schedule. METHODS: This is a cross-sectional study, in which data provided by the Information System of the National Immunization Program (SI-PNI) were collected, referring to immunizations on the platform of the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS), in the Health Information section, tabulated through TABNET, referring to immunizations. Data were collected regarding the number of administered doses of the quadrivalent vaccine against HPV in each age group, between 9 and 14 years old, by sex, during the period from 2014 to 2022. RESULTS: The evaluation of data on vaccination against HPV highlights a successful start, followed by persistent challenges. Initially, vaccination coverage rates were remarkably high, surpassing many Latin American countries. However, over time, there was a gradual drop in adherence to both the first and second doses. CONCLUSION: After a promising start, there has been a progressively steeper drop in vaccination rates. The direct connection between the number of first doses and second doses highlights the need to maintain population involvement. Furthermore, gender disparities in adherence, the influence of dose interval, and global comparisons underscore the complexity of the challenge, requiring comprehensive approaches to ensure adequate immunization coverage.

Key-words: Papillomaviridae, Papillomavirus Infections, Vaccination Coverage.

INTRODUÇÃO

O Papiloma Vírus Humano (HPV) é um vírus sexualmente transmissível com 150 genótipos diferentes, sendo que 12 desses apresentam alto potencial oncogênico, estando presente, principalmente os subtipos 11 e 16, em praticamente todas as mulheres que apresentam câncer de colo do útero (99% dos casos) e, em altos índices, naquelas que apresentam cânceres vulvares, anais e vaginais – os outros genótipos estão associados com o aparecimento de verrugas anogenitais1. A associação do HPV com o câncer de colo do útero dá-se a partir das proteínas produzidas pelo vírus (E6 e E7), as quais têm grande potencial inativador de proteínas p53 e pRb do hospedeiro, intimamente associadas a genes supressores tumorais2. Sendo assim, sabe-se que o câncer de colo do útero é o segundo câncer que mais acomete mulheres no mundo, com 500 mil novos casos ao ano, e 88% destes ocorrem em países em desenvolvimento3. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018 ocorreram 16370 novos casos de câncer de colo do Útero no Brasil e 14,07 novos casos a cada 100 mil mulheres na região sul – quarto lugar na lista dos cânceres mais incidentes na região-, sendo, portanto, um significativo problema de saúde pública4.

Já nos homens, o HPV está associado a cânceres de ânus, pênis e orofaringe, mesmo que em níveis muito mais baixos quando comparados a prevalência do desenvolvimento de câncer, tendo o vírus como causa, nas mulheres5. Além disso, os homens brasileiros entre 18 e 70 anos apresentaram uma prevalência de HPV muito superior quando comparada às das populações do México e Norte-americana. Bem como os casos de câncer de pênis, o qual tem incidência três vezes maior em homens brasileiros quando comparados aos homens norte-americanos. Outrossim, homens portadores do HPV são, acima de tudo, vetores de transmissão do vírus para as pessoas com as quais têm relações sexuais, colaborando no aumento do número de casos6.

Vistos tais efeitos da infecção pelo HPV, foram criadas duas vacinas contra os subtipos mais associados aos casos de câncer, a vacina bivalente (combate às formas 16 e 18) e a quadrivalente (contra os subtipos 6, 11, 16 e 18). Em 2006, foi aprovado nos Estados Unidos o uso da vacina bivalente, sendo comercializada a partir de então para outras partes do mundo. Tal medida representou o início da prevenção primária do HPV7.

No Brasil, a imunização contra o HPV foi introduzida no calendário vacinal em 2014, a vacina em questão era a quadrivalente, aplicada em três doses (0, 6 e 60 meses). O público-alvo eram meninas de 11 a 13 anos – faixa etária que contemplaria jovens que ainda não teriam iniciado a vida sexual. Em 2015, o público-alvo foi ampliado para meninas de 9 a 13 anos e a vacina também passou a ser ofertada a mulheres de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/AIDS e, em 2016, estabeleceu- se um novo esquema vacinal com 2 doses (com intervalo de 6 a 12-15 meses entre as mesmas), visto que o mesmo se mostrou tão eficaz quanto o de 3 doses em estudos realizados naquele ano6.

Em razão do crescente número de casos de cânceres associados ao HPV em homens, principalmente o câncer de orofaringe, além do papel dos homens perante à disseminação do vírus, em 2017 foi instituída a vacina quadrivalente em duas doses no calendário vacinal dos meninos também, tendo como público-alvo aqueles entre 11 a 14 anos6.

Frente a indiscutível periculosidade da disseminação do Papiloma Vírus Humano na sociedade, suas lamentáveis consequências na saúde pública e o significativo impacto das mesmas na economia nacional, dos estados e dos municípios, o objetivo do estudo é analisar o número de indivíduos vacinados contra o HPV no estado do RS desde que a vacina entrou no calendário de imunizações brasileiro e observar se a cobertura foi satisfatória.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, no qual foram coletados dados fornecidos pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), referentes a imunizações na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na seção de Informações de Saúde, tabulados através do TABNET, referente a imunizações. Foram coletados os dados referentes a quantidade de doses administradas da vacina quadrivalente contra o HPV em cada faixa etária, entre 9 e 14 anos, por sexo, durante o período de 2014 a 2022. 

RESULTADO

Ao observarmos a taxa de administração da primeira dose da vacina entre o público feminino (Tabela 1), categorizada por idade e ano, é evidente que o ano de maior procura foi 2014, marcando o início da disponibilidade da vacina nos serviços de saúde pública. Neste ano inaugural, mais de 411 mil doses foram aplicadas. No entanto, nos anos subsequentes, houve uma tendência decrescente, sendo especialmente notável acentuada queda em 2022, quando aproximadamente apenas 11 mil doses foram registradas. É importante destacar que a maior adesão ocorreu na faixa etária de 9 anos, havendo uma redução gradual conforme a idade das jovens aumentava.

Analisando a cobertura vacinal da primeira dose entre o público masculino (Tabela 2), desagregado por faixa etária, é possível afirmar que houve um crescimento significativo nos primeiros anos de disponibilidade da vacina. O ápice dessa tendência ocorreu no ano em que foram administradas cerca de 157 mil doses. Entretanto, houve um declínio nos anos subsequentes, culminando em uma taxa desfavorável em 2022, quando apenas aproximadamente 10 mil doses foram aplicadas. A faixa etária mais abrangente foi a de 11 anos, seguida pelas faixas etárias subsequentes.

Tabela 1 – Cobertura nacional da 1º dose da vacina quadrivalente contra o entre o sexo feminino de 9-14 anos, no RS entre 2014-2022.

Idade201420152016201720182019202020212022Total
9 anos52976.24341.36747.71642.15646.07857.64846.5105.298363.545
10 anos1.69489.75218.28828.98820.14324.17228.23221.1272.750235.146
11 anos110.54183.2778.70712.20210.39512.58423.87114.2611.690277.528
12 anos133.20918.2997.7219.6005.0846.90412.5408.117856202.330
13 anos141.9874.7773.3948.1153.3083.9407.4424.587520178.070
14 anos23.2812.3691.1593.9633.0332.7964.8593.23444245.136
Total411.241274.71780.636110.58484.11996.474134.59297.83611.5561.301.755

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)

Tabela 2 – Cobertura nacional da 1º dose da vacina quadrivalente contra o HPV entre o sexo masculino de 9-14 anos, no RS entre 2014-2022.

Idade201420152016201720182019202020212022Total
9 anos1339866547028015333531.1284.309
10 anos1280651.0761.1332.0517954211.2646.897
11 anos303934230.10234.62540.82543.62636.9273.835190.378
12 anos331254254.02230.35122.88123.00017.9672.248150.867
13 anos392445150.20918.53313.47812.9328.7721.020105.431
14 anos74554521.10915.3899.8538.9485.75972161.953
Total1.125336331157.172100.73389.88989.83470.19910.216519.835

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)

Quando examinamos os dados relativos à administração da segunda dose da vacina entre o público feminino (Tabela 3), observamos uma alta adesão no primeiro ano, seguida de uma queda progressiva nos anos subsequentes, atingindo um nível alarmante de apenas 4.939 doses em 2022. A faixa etária com a maior taxa de vacinação correspondeu aos 10 anos, enquanto a menor taxa foi registrada entre as pessoas de 14 anos.

No que diz respeito à aplicação da segunda dose entre os jovens do sexo masculino (Tabela 4), os dados revelaram um aumento significativo nos primeiros anos, seguido por uma redução acentuada em 2022, quando apenas cerca de 3 mil doses foram administradas. A faixa etária com a maior proporção de vacinações foi a de 12 anos de idade.

Tabela 3 – Cobertura nacional da 2º dose da vacina quadrivalente contra o entre o sexo feminino de 9-14 anos, no RS entre 2014-2022.

Idade201420152016201720182019202020212022Total
9 anos12015.96410.15314.85813.67613.91015.67613.4361.35399.146
10 anos46435.4799.79517.32812.90414.58416.45013.1741.902122.080
11 anos30.16141.9675.5256.3476.5777.18611.3847.915819117.881
12 anos55.96114.7294.9904.4673.1464.0887.3894.914414100.098
13 anos60.3523.5512.0214.0372.1002.2424.3542.72922081.606
14 anos22.0612.0969462.1421.9411.5652.8701.97023135.822
Total169.119113.78633.43049.17940.34443.57558.12344.1384.939556.633

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)

Tabela 4 – Cobertura nacional da 2º dose da vacina quadrivalente contra o HPV entre o sexo masculino de 9-14 anos, no RS entre 2014-2022.

Idade201420152016201720182019202020212022Total
9 anos67131021762031368411738
10 anos12830179422590310145201.725
11 anos82232281010.60911.56311.7329.86499745.702
12 anos9912107.19220.38912.97012.96111.0151.18665.834
13 anos132221612.83313.1697.9447.2595.34357047.288
14 anos3740117.49211.1906.1425.4233.56129834.194
Total35713210228.60855.95539.41237.82130.0123.082195.481

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI)

DISCUSSÃO

Considerando os dados previamente apresentados, é claramente perceptível um notável incremento no primeiro ano da campanha, no qual o público feminino representou aproximadamente 31,6% do total de doses administradas ao longo do período analisado. O número de doses registradas em 2022 alcançou o mínimo histórico durante esse período, representando uma redução de 88% em relação ao ano anterior e uma diminuição de 97% em relação a 2014. É relevante ressaltar que o ano de 2014 teria naturalmente valores mais elevados devido à demanda acumulada, porém é essencial reconhecer que os anos subsequentes a 2014 mantiveram uma média em torno de 125 mil doses anuais, cenário contrastante com o que foi observado em 2022.

No contexto do público masculino, houve um aumento notável em 2017, apesar da disponibilidade da vacina desde 2014 para a faixa etária de 11 a 14 anos. Foi em 2017 que a faixa etária de elegibilidade foi ampliada para 9 a 14 anos. Esse mesmo ano registrou o maior contingente de meninos vacinados, mesmo que a faixa etária predominante de vacinação estivesse situada entre 11 e 14 anos, não competindo com o incremento na faixa etária liberada nesse mesmo período. A queda entre o ano de pico de doses administradas (2017) em comparação com 2022 foi de aproximadamente 93%.

É notório que os primeiros anos da campanha de vacinação foram marcados por grande sucesso, com o estado alcançando taxas de cobertura vacinal superiores a países como Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai e Peru8. No entanto, mesmo com esses resultados positivos, ainda estava aquém de outras nações como Equador, Panamá e a cobertura total do Brasil8. Com o decorrer dos anos e a lamentável queda na cobertura vacinal no estado, o Rio Grande do Sul passou a ficar atrás da maioria dos países da América Latina. Mesmo assim, a taxa de cobertura permanece superior à de muitas nações desenvolvidas, como os Estados Unidos9. No entanto, é importante destacar que a prevalência do Papilomavírus Humano nesses países é consideravelmente menor9.

No tocante às segundas doses no público feminino, observa-se uma concordância com os dados da Tabela 1, que evidenciam o número significativo de primeiras doses em 2014. As segundas doses também atingiram o pico em 2014 e 2015, mantendo uma média constante nos anos seguintes. No entanto, mais uma vez, o ano de 2022 destaca-se por uma acentuada redução no número de segundas doses administradas. Os dados relativos ao público masculino também revelam que o maior número de segundas doses está diretamente ligado ao número de primeiras doses. Nos anos subsequentes, o ano de 2022 se destaca novamente, apresentando uma queda significativa nos valores. É crucial ressaltar que somente aproximadamente 42,7% das meninas que receberam a primeira dose completaram a segunda dose. No caso dos meninos vacinados, esse número é de cerca de 37,6% daqueles que receberam a primeira dose. No entanto, é relevante mencionar que, em 2017, apenas cerca de 18,2% da população masculina que recebeu a primeira dose também recebeu a segunda dose.

No entanto, é fundamental considerar um fator decisivo nos resultados: o intervalo de 6 meses necessário entre a aplicação da primeira e segunda doses da vacina quadrivalente contra o HPV. Em virtude disso, a escolha foi feita para comparar as vacinações da segunda dose com as administrações da primeira dose ocorridas no mesmo ano. Isso implica que muitas das segundas doses aplicadas nesse período tiveram a primeira dose ministrada no ano anterior. Apesar dos primeiros anos terem evidenciado um aumento nas porcentagens de indivíduos que completaram o esquema vacinal, superando a maioria dos países da América Latina, como Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, o estado acabou por reduzir a proporção de adesão às segundas doses ao longo dos anos8.

CONCLUSÃO

A análise dos dados apresentados sobre a vacinação contra o HPV revela um cenário de sucesso inicial seguido por desafios persistentes. Nos primeiros anos da campanha, as taxas de cobertura vacinal foram notavelmente altas, posicionando o estado à frente de muitos países da América Latina. Essa tendência positiva, entretanto, deu lugar a uma queda progressiva nas taxas de adesão ao longo dos anos, especialmente em relação à segunda dose. 

O declínio notável nas taxas de cobertura vacinal ao longo dos anos, particularmente no caso da segunda dose, revela desafios na manutenção do interesse e engajamento da população. Esses desafios podem ser influenciados por diversos fatores, como conscientização, acessibilidade e compreensão da importância das vacinas. Além disso, as diferenças de adesão entre gêneros, a influência do intervalo entre as doses e a comparação internacional ressaltam a complexidade do desafio e a necessidade de estratégias abrangentes para sustentar a cobertura vacinal em níveis adequados.

REFERÊNCIAS

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