BUTULINB TOXIN TYPE A AND ITS INTERCURRENCES IN FACIAL AESTHETICS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8297135
Jéssica Roldão Meireles1*
Amanda Sousa Gomes*
Wadina Pereira de Almeida Xavier*
Adriano Rios**
Resumo: Este artigo busca contextualizar as principais intercorrências causadas pela toxina botulínica tipo A e seus manuseios, enfoca seu surgimento e suas principais formas de uso: desde a preparação a aplicação. Faz entender a contribuição para o profissional da biomédica esteta em seu manuseio na estética facial. Ajudando na construção do entendimento de como seus princípios ativos agem na musculatura da face. Nesse contexto e perspectiva, os autores mostram a responsabilidade acerca do manuseio e preparação, de fato suas responsabilidades, apontando as principais causas do uso inadequado da toxina botulínica no tratamento de rugas faciais, resultante de expressão facial repetitivas, padrões musculares e envelhecimento.
Palavras-chave: Intercorrências. Toxina botulínica. Manuseio. Princípio ativos.
Abstract: This article seeks to contextualize the main complications caused by botulinum toxin type A and its handling, focusing on its emergence and its main forms of use: from preparation to application. It makes one understand the contribution for the aesthetician biomedical professional in its handling in facial aesthetics. Helping to build an understanding of how its principles act on the musculature of the face. In this context and perspective, the authors show responsibility for handling and preparation, in fact their responsibilities, pointing out the main causes of inappropriate use of botulinum toxin in the treatment of facial wrinkles, resulting from repetitive facial expressions, muscle patterns and aging.
Keywords: Intercurrences. Botulinum toxin. Handling. Principles.
1 INTRODUÇÃO
A vaidade sempre foi o alvo de muitas mulheres, de se cuidar e tentar combater os sinais de envelhecimento. com o passar dos anos e suas evoluções os homens também passaram a ter mais preocupação com a aparência. Hoje uma das Áreas que mais cresce no mundo sem dúvida além da tecnologia é o mercado da beleza, homens e mulheres buscam melhorar a aparência e combater os sinais de envelhecimento. Na atual sociedade a preocupação pela busca da beleza e o rejuvenescimento tem sido um dos tópicos mais discutidos, tanto para mulheres como para homens (Ribeiro,2014).
O fato de não precisar passar por procedimento cirúrgico com recuperações longas, fica ainda mais atrativo à procura pela toxina botulínica (TB). apresenta a vantagem de recuperação rápida e pouco limitativa das atividades do paciente. A toxina botulínica tornou-se a modalidade estética isoladamente ou associada a outros tratamentos para este fim. A toxina botulínica se transformou em um dos procedimentos não cirúrgico mais conhecido nos Estados Unidos e no Brasil, foi liberado desde 1992 pelo ministério da Saúde. Ela foi o início da técnica não invasiva para o envelhecimento, a área dos injetáveis, que utiliza injeções intramuscular ou subcutânea para promover rejuvenescimento facial (Caroline ET AL, 2015).
A execução da técnica para administrar a toxina botulínica, está desde o preparo, como também em conhecer a anatomia, músculos, nervos e subcutâneo da pele, é necessário dominar o processo e funções da superfície. Sendo de extrema importância da técnica de aplicação e capacitação do profissional para evitar complicações e distorções estéticas graves. Nesse contexto presente artigo vem para colaborar em conhecimento para os profissionais, a classe biomédica esteta, destacando as possíveis intercorrências decorrente ao uso inadequado da toxina botulínica tipo A.
2 HISTÓRIA DA TOXINA BOTULÍNICA
As marcas de expressão surgem devido ao envelhecimento facial que decorre por inúmeros fatores, tais como; idade, exposição solar inadequada, má alimentação, tabagismo, pelo simples ato de franzir a testa, ou ainda expressão no rosto e gesticulações. Dessa forma, quando as ações são utilizadas corretamente, o procedimento se torna seguro e os resultados da aplicação da TBA podem ser visualizados nas primeiras 48 horas e a duração do efeito estabelece variedade entre três e quatro meses. Segundo o autor as ações específicas se dão por meio do bloqueio de liberação da acetilcolina na junção neuromuscular, que torna a atividade muscular inativa, por meio de relaxamento do músculo responsável pela marca de expressão. (Patrícia ET AL,2022).
O efeito do medicamento tem início a partir de um a dois dias, e estabiliza-se por volta de 14° dias, dependendo da área aplicada, bloqueio da placa neuromuscular dura de 3 a 12 meses, período para a recuperação completa da sua função por meio da formação de novos terminais neurais. Existem vários tipos de acordo com a sociedade brasileira de dermatologia, as mais conhecidas entre elas: botox (laboratório allergan) botulin (laboratório blai) dispor (laboratório Ipsem) xiomim (laboratório Merz) proseggne (laboratório Bergamo). Entre vários outros no mercado, a mais potente, é a TXB-A, tendo em vista, o tempo de duração e o efeito do produto (Caroline ET AL,2015).
Vale ressaltar, que o segredo para um bom procedimento é o manuseio correto da toxina na diluição correta (preparo), na reação do organismo, onde a toxina foi aplicada. A toxina botulínica como neurotoxina é capaz de gerar um bloqueio na liberação desse neurotransmissor nas terminações nervosas sem alterar a condução neural dos sinais elétricos.
A TXB liga-se aos receptores de membrana pré-sináptica do terminal nervoso motor de maneira irreversível. Essa especificidade ao local de ligação garante a TXB alta seletividade para sinapses colinérgicas. Esses receptores pré-sinápticos são responsáveis pela endocitose da neurotoxina para o terminal nervoso motor. Após a interiorização da molécula, ela é separada em duas cadeias polipeptídicas por proteases presentes no terminal nervoso motor. Após a clivagem, a cadeia leve é tresloucada através da membrana da vesícula endocítica para dentro do citosol e se liga com alta especificidade ao complexo protéico Snape. O alvo proteico também varia conforme o sorotipo da TXB (Patrícia ET AL, 2022).
O primeiro efeito na musculatura é a função do neurônio motor alfa, é responsável pela estimulação das fibras musculares. Efeito este que impede a liberação de acetilcolina, induzindo paralisia flácida nas fibras musculares alcançadas.
3 INTERCORRÊNCIAS DA APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA
A aplicação da toxina pode trazer algumas complicações ou da injeção ou até mesmo do produto, manuseio a preparação deve ser de extrema importância e cuidados. Podendo causar preocupações e desconforto ao paciente. É importante seguir as regras de acordo com cada produto; conservar em local correto, e evitar contaminações. As TBS mais utilizadas na prática clínica são: o Botox ® e o Dispor®, segundo os fabricantes ambos devem ser armazenados entre 2° e 8°c, diluídos em 2,5 ml de solução fisiológica a 0,9 na qual teríamos 5U de botox e 20U de despot por 0.1ml da solução (ALERGAM,2014).
É importante tomar o cuidado com a higienização do local, e a higienização da face do paciente. Essa higienização deve ser feita antes da realização da técnica. É importante observar a posição da cabeça do paciente, pois a cabeça do paciente deve ficar abaixo do nível da aplicação (Patrícia ET AL, 2022). O mapeamento incorreto dos pontos onde será aplicado também pode causar vários tipos de intercorrências como: queda das pálpebras, a quantidade exagerada em uma determinada localização da face pode causar uma assimetria facial. Podendo ficar um lado do rosto diferente do outro, uma sobrancelha mais baixa e outra mais alta etc. Outros traumas também podem ser associados à injeção, (Eritema é a vermelha da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos, e o edema eu acúmulo de líquido no tecido.
Quando a diluição da toxina é maior, o edema tende a ser maior. Essas intercorrências, regridem de forma espontânea nas primeiras horas, não é necessário tratamento. Impacientes com flacidez associada, um edema vespertino pode ocorrer, cedendo com o decorrer do dia (Caroline et Al, 2015). A esquimós decorre de lesão a vasos sanguíneos por ocasião da injeção que provoca hematomas. Algumas áreas da face são muito vascularizadas que favorecem esse tipo de intercorrências, a área com maior risco de ocorrer equimose é uma região periorbitária, pois a pele é fina dos vasos sanguíneos são calibrosa e superficiais. (SORENSEM E URMAN,2015). Cefaleia e náuseas podem ser relatadas após a aplicação, mas tendem ser muito leves. Além de trauma da injeção estar relacionado ao estado de ansiedade antes ou durante o procedimento tem regressões espontâneas, mas podem ser tratados caso tragam desconforto em casos raros são intensos e duram mais dias. (Caroline at ET,2015).
Dentre as complicações intercorrências, a mais temida é a apoptose, que provoca o caimento das pálpebras que ocorre devido à aplicação em localização incorreta no músculo. Ainda pode afirmar que além da queda da pálpebra os pacientes referem dificuldades para movimentá-las e sensação de peso quando os olhos estão abertos. Essas complicações resolvem-se espontaneamente em duas a quatro semanas. (maio, Sorensen e urnan, 2015, p 79).
A ptose palpebral foi o primeiro problema, mas analisado, seguida de olhos vermelhos, edema local, boca seca, eritema local, ptose de supercílios, diplopia, sensação de peso local, sangramento local, desvio de rimo bocal, alteração facial, prurido local estado gripal e perda visual. À ptose pode ocorrer não só de erro da localização do músculo, mas por um erro no preparo da toxina botulínica ponto em alguns casos essas intercorrências podem não ocorrer no ato do paciente e sim após alguns dias do procedimento. Ptose dos lábios superiores é decorrente da aplicação da toxina botulínica na região infra orbitária ou Mauá ponto para correção das rugas da pálpebra inferior das zigo zigomáticos, da hipertrofia do músculo orbicular e também na região nasal para correção do sinal da toxina botulínica ponto essas complicações é consequência de paresia ou paralisia do músculo levantador dos lábios superiores ou zigomático maior, principalmente quando se injeta grandes doses de toxina botulínica nas áreas citadas (Patrícia ET al,2022).
O agravamento das linhas engomáticas acontece quando a aplicação na região periodária ultrapassa seus limites e atinge a musculatura zigomática principalmente em pacientes com flacidez cutânea. Já o agravamento das linhas nasais é observado após a aplicação na gamela ou na região periorbitária sendo conhecido como: “sinal de toxina botulínica “. Nesse caso pode ser corrigido como uma nova aplicação a linha na concentração da região. Nas faixas laterais da região nasal não deve superdosar a toxina botulínica, pelo risco de paresia do músculo, levantando os lábios superiores que que se insere nesse nível (Patrícia ET AL,2022).
No ângulo da boca uma superdosagem pode ocasionar dificuldades na movimentação dos lábios inferiores. Essas intercorrências podem causar prejuízo das funções da boca como mordedura involuntária da língua e fala além de parestesia dos lábios, perda do desenho do filtro e dificuldades de movimentação da saliva durante a oratória. (Caroline ET AL,2015).
4 CONCLUSÃO
A toxina botulínica tipo A, exige que o profissional da área esteja seguro acerca da técnica e manuseio. Visto que, a maioria das intercorrências acontecem pela superdosagem, e local de entrega inadequado e ainda a assepsia do local, entretanto podem ser evitados. Os riscos da toxina botulínica sempre irão existir, porém podem ser quase que eliminados, através da conduta do profissional, qualificado. Entender as recomendações, as normas do produto se fazem necessário para a aplicação. A responsabilidade para o manuseio da toxina botulínica tipo A, é importante requisito para o profissional da área, desenvolver seu trabalho. Os protocolos devem ser seguidos assertivamente. O profissional, deve possuir conhecimento da anatomia facial, destreza e assim evitar intercorrências, seguindo as normas, indicações respeitadas e dosagem de cada fármaco.
Nesse contexto, observamos que a maioria das intercorrências se dão pelas dosagens e a higienização e pontos de aplicação, podendo ser evitados através de conhecimento das técnicas aplicadas, na anatomia muscular facial e os locais que podem ou não ser aplicados a toxina botulínica. Devem ser analisados com muita severidade e destreza.
REFERÊNCIAS
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1*Administradora; Graduanda em Biomedicina, Faculdade LS. E-mail: roldao.jessica@gmail.com
*Graduanda em Biomedicina, Faculdade LS.
**Professor orientador; Me Ciências Médicas; Doutorando no LBQP/UnB; Professor Faculdade LS. E mail: adriano.silva@ls.edu.br.