O CONSUMO EXCESSIVO DE PROTEÍNA POR FREQUENTADORES DE ACADEMIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8247847


Adria Mayane Pereira Cortezia
Andrezza Sampaio Moreira
Orientadora: Prof.ª Karen Celiane das Chagas Cardoso


RESUMO

Este artigo aborda o consumo excessivo e desenfreado de proteína por alunos de academia, analisando seus impactos na saúde e no desempenho atlético. Foi realizada uma revisão bibliográfica de estudos científicos que relacionam a quantidade ideal de proteína necessária para atletas e indivíduos que praticam atividade física intensa, comparando com o consumo exagerado muitas vezes observado em academias. Os resultados indicam que o consumo de proteína acima do recomendado pode trazer prejuízos à saúde, sobrecarregando os rins e o fígado e aumentando os riscos de doenças cardiovasculares e renais. Além disso, o excesso de proteína pode prejudicar o desempenho atlético, afetando o equilíbrio nutricional e comprometendo a absorção de outros nutrientes importantes para o corpo. Recomenda-se que atletas e praticantes de atividade física intensa consumam a quantidade adequada de proteína, que pode variar de acordo com o objetivo e a intensidade do treino. É importante destacar que o consumo exagerado de suplementos protéicos deve ser evitado, sendo recomendada uma alimentação equilibrada e variada para garantir o fornecimento adequado de nutrientes.

Palavras-chaves: Desenfreado; Proteína; Academia; Saúde.

ABSTRACT

This article addresses the excessive and unrestrained consumption of protein by gym students, analyzing its impacts on health and athletic performance. A bibliographic review of scientific studies was carried out that relate the ideal amount of protein needed by athletes and individuals who practice intense physical activity, comparing it with the exaggerated consumption often observed in gyms. The results indicate that protein consumption above the recommended level can be harmful to health, overloading the kidneys and liver and increasing the risk of cardiovascular and kidney diseases. In addition, excess protein can impair athletic performance, affecting nutritional balance and compromising the absorption of other important nutrients for the body. It is recommended that athletes and practitioners of intense physical activity consume the adequate amount of protein, which may vary according to the objective and intensity of training. It is important to highlight that the exaggerated consumption of protein supplements should be avoided, and a balanced and varied diet is recommended to ensure an adequate supply of nutrients.

Keyworks: Unbridled; Protein; Academy; Health.

1. INTRODUÇÃO

A proteína é um nutriente essencial para a construção e manutenção dos músculos, mas o seu consumo deve ser adequado às necessidades individuais de cada pessoa. Este artigo tem como objetivo analisar os efeitos do consumo excessivo de proteína por frequentadores de academia, assim como as possíveis causas e consequências dessa prática. Para tal, será feita uma revisão bibliográfica de estudos científicos sobre o tema, buscando evidências que confirmem ou refutem a hipótese de que o consumo excessivo de proteína por frequentadores de academia é nocivo à saúde.

Nos últimos anos, tem ocorrido uma crescente demanda pelo consumo de proteína entre os frequentadores de academias. Muitos alunos acreditam que a ingestão excessiva de proteína irá aumentar seu desempenho atlético e contribuir para um ganho mais rápido de massa muscular. Esse fenômeno está associado à crença de que uma alta ingestão de proteínas leva a ganhos musculares mais rápidos e melhores resultados estéticos. A idealização pelo corpo humano perfeito também segue uma forte influência oriunda das mídias sociais, o que será delatado nesta pesquisa como fonte principal de contexto, bem como será abordada estratégias para promover um consumo consciente e sustentável de proteínas e os efeitos colaterais mitológicos propostos por conselheiros digitais. Segue um exemplo de como uma frase de efeito pode causar impacto instantâneo:

O segredo para Kim Kardashian perder 25 quilos em 11 meses? Ela fez uma dieta repleta de alimentos ricos em proteínas e com alto teor de gorduras saudáveis, ​​como abacate e nozes. Ovos, frutas, vegetais frescos e queijo também entram para a seleção. Carboidratos? Nem pensar! Para não correr risco de fugir da linha, supostamente um chef teria a acompanhado durante uma turnê com Kanye West para manter suas refeições livres do macronutriente. (MEIRELES, 2021, online).

 No entanto, essa prática pode trazer sérios impactos à saúde, como sobrecarga renal e hepática, aumento do risco de doenças cardiovasculares e cálcio nas artérias, além de não necessariamente contribuir para um melhor desempenho físico. Neste contexto, é fundamental debater sobre a importância da conscientização dos alunos sobre a importância de uma dieta equilibrada e saudável para o corpo e a importância de um acompanhamento nutricional adequado. Este artigo tem como objetivo discutir os impactos do consumo desenfreado de proteína por alunos de academia na saúde e no desempenho atlético. Para reafirmar, explica (LOPES,2021) que o consumo de proteína pode aumentar o risco de doenças gastrointestinais e possivelmente causar formação de cálculos renais, ou seja, de pedras nos rins. É importante consultar sempre um nutricionista ou um médico para calcular as necessidades diárias de proteína de acordo com o estado de saúde, o peso corporal e a prática de atividade física de cada pessoa. 

A necessidade de ingestão de proteínas e de aminoácidos depende das condições fisiológicas dos indivíduos. Por exemplo, em relação ao exercício físico, há maior necessidade de ingestão protéica na dieta, que é influenciada por alguns fatores, dentre os quais destacam-se a intensidade, a duração e o tipo de exercício; o conteúdo de glicogênio; o balanço energético; o gênero; a idade; e o tempo de treinamento. (TIRAPEGUE, 2007, p. 1).

Nesse sentido, entende-se que o equilíbrio faz toda diferença. Matematicamente falando, há especialistas no assunto identificando a quantidade de proteína em homens e mulheres:

Um adulto saudável, que pratica uma quantidade normal de atividades físicas (como subir e descer escadas, caminhar, limpar a casa, trabalhar), a necessidade diária recomendada de proteínas é de 0,8g/kg de peso corporal/dia, tanto para homens quanto para mulheres. A partir desse dado é possível construir uma função linear da quantidade de proteína que deve ser ingerida em função da massa corporal representada pela equação f(x)=0,8x (GOMES, Ruth Tressi Zanchet; BORDIGA, Roberta; COPPETTI, Diandra. 2018, p. 2).

O consumo de proteínas é um tema amplamente discutido entre os praticantes de atividades físicas, especialmente aqueles que frequentam academias. A proteína é um nutriente essencial para o bom funcionamento do corpo, participando do metabolismo, da cicatrização e da formação da massa muscular. Neste ensaio, foi realizada uma abordagem pela vasta literatura, inclusive em outros idiomas, prezando pela informação.

2. METODOLOGIA

A referente pesquisa pode ser caracterizada como bibliográfica. Sua abordagem qualitativa conta como base dados secundários, extraídos da vasta literatura sobre o uso exagerado de proteínas como finalidade estética corporal, investigando os possíveis impactos na saúde e no desempenho atlético, bem como identificar recomendações adequadas para o consumo de proteínas. O objetivo desta pesquisa é levantar informações sobre o tema em questão, coletando e selecionando dados com base em fontes confiáveis. Além disso, é uma ótima maneira de obter a visão geral do assunto escolhido, bem como conhecer os principais trabalhos já realizados na área.

Serão utilizadas bases de dados acadêmicas como revistas científicas, sites e plataformas digitais para buscar assuntos e artigos científicos relevantes sobre o tema. Serão utilizados termos de pesquisa relevantes, como “proteína”, ” ingestão de proteína”, “excessivo consumo de proteína”, “atletas”, “frequentadores de academias” etc. As palavras-chave serão combinadas utilizando operadores booleanos (AND, OR) para refinar a pesquisa.

3. EXCESSO DE PROTEÍNAS

O consumo excessivo de proteína por frequentadores de academia no Brasil pode ser influenciado por vários fatores, incluindo a influência digital, o mercado de suplementação e a ansiedade estética. A grande procura por academia frequentemente está relacionada com o visual estético e na maioria dos casos com o aumento de massa muscular, principalmente por praticantes de musculação. Existe uma tese entre os atletas de que proteína adicional aumenta a força e melhora o desempenho. Essa crença é influenciada por informações inadequadas ou contraditórias disponíveis na mídia.  

Ainda acima, um dos suplementos mais populares entre os frequentadores de academia é o whey protein, um concentrado de proteína extraído do soro do leite. O consumo desses produtos teve um aumento de 25% no Brasil em relação ao ano anterior, segundo boletim da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), por (FELIX, 2023). Além disso, a indústria de suplementos alimentares tem desempenhado um papel significativo ao promover produtos ricos em proteínas como soluções milagrosas para o desenvolvimento muscular. No entanto, é importante destacar que o consumo de proteínas além das necessidades do corpo não resulta necessariamente em benefícios adicionais para o desenvolvimento muscular. Existem várias preocupações relacionadas ao consumo excessivo de proteínas. Em primeiro lugar, altas quantidades de proteínas podem levar a um aumento da ingestão calórica total, o que pode levar ao ganho de peso se não for compensado com exercícios físicos adequados. Ademais, o consumo exagerado de proteínas pode sobrecarregar os rins e aumentar o risco de doenças renais, é o que diz (ZANIN, 2022).

3.1. Mídias sociais: a extensão da academia

A exposição e a influência da opinião de celebridades relatando suas experiências dietéticas também podem ter um impacto significativo no comportamento alimentar dos usuários das mídias sociais. No entanto, é importante notar que nem todas as informações disponíveis nas mídias sociais são precisas ou confiáveis. É sempre importante verificar a fonte das informações e consultar especialistas antes de fazer mudanças significativas na dieta. Contudo, este veículo de informação alimenta o mito da proteína e sua finalidade estética. Mesmo sabendo que o excesso de proteína é prejudicial, Twin afirma que é melhor sobrar do que faltar e “o corpo que se vire lá” (QUANTO…, 2021).

A disseminação de informações relacionadas a esse tema, através de diferentes canais de comunicação, como revistas, programas de TV, blogs, redes sociais e anúncios publicitários, torna-se um caso rotineiro. A mídia tem o poder de moldar as percepções, as tendências e as escolhas alimentares das pessoas. Como um alerta, de acordo com (MELLO, 2022) “na era das fake news, suspeitar das informações encontradas nas redes sociais nunca é demais. Promessas boas demais para serem verdade, emagrecimentos rápidos e sem exercício físico ou dietas radicais exigem um grau de desconfiança do usuário”. 

A mídia muitas vezes retrata uma imagem idealizada e estereotipada do corpo e da forma física, associando-os a um alto consumo de proteínas. Essas representações são reforçadas por influenciadores digitais, celebridades e atletas, que frequentemente compartilham suas rotinas de treinamento e dietas nas redes sociais, promovendo o uso de suplementos protéicos e a ingestão de grandes quantidades de proteína como estratégias para alcançar resultados estéticos e atléticos desejados. Um dos exemplos é o caso de um fisiculturista brasileiro que come cem ovos por dia (CONHEÇA…,2022), ele é famoso por isso. É importante ressaltar a importância de uma abordagem equilibrada na alimentação, com a orientação de profissionais de saúde, como nutricionistas. Os meios de entretenimento têm um papel crucial na disseminação de informações sobre alimentação saudável, e é fundamental que essa influência seja responsável e embasada em evidências científicas. Nestes casos, é considerável um encorajamento de alfabetização midiática entre os indivíduos, capacitando-os a analisar criticamente as informações divulgadas pela internet, buscar fontes e tomar decisões sobre sua alimentação e estilo de vida. 

Uma das redes sociais mais visitadas do mundo é o Instagram, nele seus seguidores têm acesso ao modo Reels, uma maneira de assistir vídeos de forma curta e interativa. Desse modo, é possível encontrar uma gama deles dando dicas sobre dietas para se alcançar o corpo “perfeito”. Usando essa ferramenta, Peterson Mendez fala: “que o alto consumo de proteínas (> 3,0 g/kg/dia) combinada com treinamento intenso de musculação por oito semanas. Os resultados mostraram melhorias significativas na composição corporal, sem efeitos colaterais prejudiciais a curto prazo”(MENDEZ, 2023). Apenas quem tem que ter o cuidado em consumir muita proteína são pessoas doentes renais (MENDEZ, 2023). Levando em consideração que, a corrida pela estética corporal cresce cada vez mais, é sugerido manter cautela, uma vez que, o mercado digital não abre mão do seu ideal de beleza, modelo esse que captura cada vez mais pessoas, principalmente as mais jovens. Trecho de uma das ferramentas usadas para o embelezamento:

O uso exagerado de filtros do Instagram é um bom exemplo nesse sentido, já que a motivação por trás é se mostrar interessante para alcançar a aceitação social. No fundo, o jovem altera a própria imagem na tentativa de esconder o “eu real” a fim de se transformar em um “eu idealizado” para os outros.(MONICA, 2022, online).

“O uso demasiado das redes sociais, por exemplo, pode criar uma noção utópica de perfeição, beleza e felicidade, levando a criança e o adolescente a comparações e ao desenvolvimento de comportamentos perfeccionistas”. (MONICA, 2022, online). A intervenção digital teve um impacto significativo na busca pela perfeição do corpo. Com a crescente popularidade das mídias sociais, as pessoas são cada vez mais expostas a imagens de corpos “perfeitos” e “ideais”, que muitas vezes são retocados e editados digitalmente.

Essa exposição constante a imagens idealizadas pode levar a uma pressão psicológica significativa, onde as pessoas sentem-se obrigadas a atender a um padrão irreal e muitas vezes inatingível de beleza física. Isso pode levar a extremos comportamentais, como a obsessão com a dieta e o exercício, a busca por procedimentos cosméticos e até mesmo transtornos alimentares. Além disso, tudo isso pode levar ao extremo da obsessão. “Uma menina de apenas 11 anos se matou porque “não tinha o corpo ideal”. A garota sofria por não ter a forma igual a de mulheres que via nas redes sociais e nos desfiles e, em seu diário, relatou todo o seu sofrimento”. (GUERREIRO, 2020, online). Seguindo, há mais um relato no trecho abaixo:

 

Sarah, modelo famosa, 16 anos, que decidiu acabar com a própria vida. Obcecada por um corpo perfeito, ela se tornou agressiva, depressiva e atormentava-se para atingir o impecável padrão de beleza veiculado nas mídias sociais. Sua mãe Elizabeth, decidiu pedir ajuda ao psiquiatra Marco Polo que fez um diagnóstico preciso, síndrome do Padrão Inatingível de Beleza. (GUERREIRO, 2020, online).

O mesmo ainda adverte que pessoas acabam exagerando nos treinos, dietas restritivas e até hormônios para atingir o corpo ideal. Advém concordar que essas pessoas podem conceber prejuízos para a saúde física e mental. Convém o alerta:

Segundo o Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, a busca desenfreada pelo corpo perfeito, pelo cabelo lindo, pela pele jovem pode causar alguns transtornos e síndromes como: depressão, estresse, problemas financeiros, problemas de autoestima, sentimentos de inadequação, anorexia, bulimia e outros distúrbios alimentares. (GUERREIRO, 2020, online).

3.2. O mercado de proteínas e suplementação

O consumo de suplementação proteica cresceu nos últimos cinco anos 75% no Brasil. (JANSEN, 2023, online). Os produtos antes restritos às academias de ginástica são cada vez mais consumidos pela população em geral. (JANSEN, 2023, online).Além do que, esse mercado vem influenciando as pessoas a consumirem ainda mais os seus produtos, seja por meio de estratégias de marketing, de recomendações de profissionais da saúde ou de influenciadores digitais. Essa influência pode ter consequências positivas ou negativas, como já relatado anteriormente. Por outro lado, algumas proteínas tradicionais, como as carnes bovinas e de frango, podem ter um alto valor nutricional e cultural para os brasileiros, mas também podem apresentar riscos sanitários e ambientais associados à sua produção e consumo. Devido ao crescimento populacional, as questões ambientais se tornarão inviáveis, isso implica em colocar nosso meio ambiente em colapso. (IBRI, 2023, online). Por quê?

Porque de acordo com a ONG WaterFootprint Network, para um quilo de produção de carne bovina são necessários 15.400 litros de água ao longo do processo produtivo, sendo que para o mesmo peso de alface são necessários 240 litros e para laranjas 80 litros. (IBRI, 2023, online).

3.3. Proteína: essencial ou funcional?

De modo geral, a proteína é um nutriente essencial para o nosso organismo, pois participa da construção e manutenção dos músculos, dos ossos, da pele, do cabelo, das unhas, dos hormônios e das enzimas. Além disso, a proteína tem um papel importante na saciedade, no metabolismo e na imunidade. Por isso, é fundamental consumir uma quantidade adequada de proteína todos os dias, preferencialmente de fontes variadas e de boa qualidade. 

Em contrapartida, referente às dietas contemporâneas, há de se observar as controvérsias científicas na área da Nutrição. Promovendo uma alimentação individualizada e biologicista, desprovida de valores ambientais, culturais, políticos e sociais. (AZEVEDO, 2015, p. 2). A autora defende uma dieta baseada na cultura local da pessoa. Azevedo cita Caminha:

 

Eles não colhem nem cultivam. Tampouco há aqui touros ou vacas, cabras, ovelhas ou galinhas, ou qualquer outro animal que esteja acostumado à vida de um homem. Eles só comem esse ‘inhame’, que aqui é muito farto, e aquelas sementes e frutos que a terra e as árvores dão de si. E com eles andam tão magros e radiantes de saúde, muito mais do que nós, não importa quanto trigo ou leguminosas comamos… (CAMINHA, 1500, apud AZEVEDO, 2015, p. 3).

As dietas tropicais tradicionais tinham menor teor de proteína e gordura. Leite e trigo não faziam parte da alimentação tradicional dos índios no Brasil, embora a caça e a pesca sejam comuns entre eles. (AZEVEDO, 2015, p.

3).Especialistas no assunto indicam uma quantidade de 0,8 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia. Isso significa que uma pessoa que pesa 70 quilos precisa ingerir cerca de 56 gramas de proteína diariamente. Essa quantidade pode ser facilmente obtida através de uma alimentação equilibrada e diversificada, que inclua alimentos como carnes, ovos, leite e derivados, leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico etc.), oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes etc.) e cereais integrais, não necessariamente tendo uma dieta exclusiva de carne ou suplementação. Porém, antes de consumir qualquer tipo de suplemento proteico, é recomendável consultar um nutricionista ou um médico para avaliar a real necessidade e a melhor opção para cada caso. Também é fundamental ler os rótulos dos produtos com atenção e verificar se eles têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em conclusão, a revisão bibliográfica realizada neste artigo evidenciou que o consumo excessivo de proteína por frequentadores de academia pode trazer diversos efeitos nocivos à saúde. Além disso, os resultados mostraram que a ingestão de proteínas além da necessidade diária não contribui para o aumento do desempenho atlético ou ganho de massa muscular, o que desmistifica a crença popular.O consumo excessivo de proteína por frequentadores de academia é um problema que envolve uma significativa influência da mídia em geral. Outras questões como culturais, econômicas, antropológicas e biológicas ficam a parte. Ao longo deste trabalho, procuramos demonstrar como essa prática pode trazer riscos para a saúde do físico e da mente dos indivíduos, esse último chegando a cessar com a vida daqueles que buscavam a todo custo pelo “corpo perfeito” injetado pelas redes sociais. Além disso, mostramos como a indústria de suplementos alimentares se aproveita da busca por um padrão estético idealizado pela mídia para lucrar com produtos nem sempre eficazes ou seguros. Por fim, apontamos que uma alimentação baseada em proteínas não necessariamente é fundamental para um corpo saudável e atlético, um exemplo foi sobre a alimentação dos indígenas brasileiros, que se alimentavam basicamente da pesca e das plantas e, ainda assim, foram adjetivados como fortes e saudáveis pelos europeus. Logo, esses nativos não precisaram recorrer ao consumo excessivo de proteína para tal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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