SAÚDE DA MULHER: PRINCIPAIS BARREIRAS NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO UMA REVISÃO INTEGRATIVA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8235026


Gleine Lopes Naves1
Carla Denari Giuliani2


RESUMO

Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar as principais barreiras que interferem no rastreamento do câncer de colo do útero . Através de uma Revisão Integrativa analisar estudos que abordam os obstáculos e desafios que podem estar dificultando ou limitando o acesso e a participação das mulheres nos programas de rastreamento, como a coleta de exame Colpocitologia Oncótica , também conhecido como Papanicolau, sendo o principal procedimento, recomendado para o rastreamento de câncer de colo do útero no Brasil. Método: Revisão Integrativa de Literatura, nas bases de dados MedLine, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Revista BDENF ( interface com Biblioteca Virtual de Saúde / BVS e Pubmed). A busca foi realizada entre novembro e dezembro de 2022 e para identificação das publicações sobre o tema, foram utilizados os seguintes descritores: Políticas de rastreamento, Neoplasia de Colo do útero, Papanicolau e Detecção precoce. Foram selecionados 410 artigos, 167 artigos para leitura parcial, 84 para leitura na íntegra e 23 artigos atenderam os critérios de inclusão, os mesmos apresentados em português, na Base de Dados MEDLINE-3 artigos,LILACS-11 artigos e BD Enfermagem (Brasil)-3 artigos,sendo delimitado publicações entre 2013 a 2022. Conclusão: Os resultados desta revisão possibilitaram identificar as principais barreiras no rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil. Essa análise é relevante para compreender os desafios enfrentados no cenário brasileiro em relação à prevenção e detecção precoce dessa doença, bem como o papel fundamental que os profissionais da Enfermagem desempenham nesse contexto.

Palavra-chave: Neoplasia de colo do útero. Programa de Rastreamento. Papanicolau e Detecção precoce.

ABSTRACT

Objective: The aim of this study is to identify the main barriers that interfere with cervical cancer screening in women. Through an Integrative Review, analyze studies that address the obstacles and challenges that may be hindering or limiting women’s access and participation in screening programs, such as the collection of Cervicovaginal Oncotic Colpocytology, also known as Papanicolaou, being the main procedure, recommended for cervical cancer screening in Brazil. Method: Integrative Literature Review, in the databases MedLine, Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) and BDENF Magazine (interface with Virtual Health Library / VHL and Pubmed). The search was carried out between November and December 2022 and to identify publications on the subject, the following descriptors were used: Screening policies, Cervical Neoplasms, Papanicolaou and Early detection. 410 articles were selected, 167 articles for partial reading, 84 for reading in full and 23 articles met the inclusion criteria, the same presented in Portuguese, in the Database MEDLINE – 3 articles, LILACS – 11 articles and BDENursing (Brazil) – 3 articles Regarding the period, publications between 2013 and 2022 were delimited. Conclusion: The results of this review made it possible to identify the main barriers in the screening of cervical cancer in Brazil. This analysis is relevant to understanding the challenges faced in the Brazilian scenario in relation to the prevention and early detection of this disease, as well as the fundamental role that nursing professionals play in this context.

Keyword:Cervical neoplasm. Screening Program. Papanicolaou and Early detection.

INTRODUÇÃO

A criação da primeira ação governamental para controle de câncer de colo do útero ocorreu em 1956. Essa iniciativa pode ter incentivado o estabelecimento posterior do 1º Programa Nacional de Controle do Câncer de Colo do Útero nas décadas de 1970 (INCA, 2016)

O programa foi implementado com a finalidade de ampliar e fortalecer as ações de rastreamento e prevenção do câncer de colo do útero em todo o país, incluindo a realização de exames de Papanicolau, a capacitação de profissionais de saúde e a conscientização da população sobre a importância do rastreamento e do diagnóstico precoce (INCA, 2016).

 O INCA ( 2016 apud UNITED KINGDOM NATIONAL SCREENING COMMITTEE, 2014) apresenta a definição de rastreamento como processo utilizado na medicina para identificar indivíduos propensos a desenvolver determinadas doenças ou condições de saúde, ainda que aparentam estar saudáveis.

Conforme INCA (2021) câncer de colo do útero tem como causa básica infecção pelo vírus HPV que na maioria das mulheres é combatida pelo sistema imunológico e maioria das lesões de baixo e alto grau regridem espontaneamente nas mulheres antes dos 25 anos.

O Ministério da Saúde recomenda fortemente o rastreamento de câncer do colo do útero de mulheres sexualmente ativa de 25 a 64 anos (INCA,2016;2021). A mesma recomendação se aplica para homens transgêneros e pessoas não binárias de sexo feminino no nascimento (CONNOLLY, HUGHES, BERNER; 2020; WHO, 2021).

O método utilizado é a coleta de colpocitologia oncótica, o Papanicolau como é popularmente conhecido (BRASIL,2010). As diretrizes Brasileiras ainda estabelecem periodicidade de dois anos consecutivos e podendo ser a cada três anos para mulheres com exames anteriores sem alteração, ação que deve abranger os homens transexuais na mesma faixa etária.

Abordado neste estudo uma breve trajetória de algumas ações legitimadas na prevenção e controle do câncer de colo do útero. Como visto anteriormente, na década de 70 foi criado o primeiro Programa de Prevenção de Colo do Útero. O Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), criado em 1984, teria um caráter mais amplo à saúde da mulher.

Em 1998 o Programa Viva Mulheres abrangeu todo país, sendo adotado protocolos para coleta adequada de citologia e intervenções a nível secundário em caso de detecção de lesões.

No ano de 2010 foi elaborado o Plano de Ação, abrangendo gestão, acesso e cobertura do rastreamento, qualidade do exame citopatológico, acesso e qualidade do tratamento, indicadores de impacto do programa do câncer do colo e novas tecnologias de controle.

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva / Ministério da Saúde elaborou Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, publicada em 2011, e revisada em 2016, objetivando qualificar profissionais na prática assistencial e orientar a gestão na estruturação dos serviços de saúde. (INCA, 2016).

A Portaria Nº 3.388, de 30 de dezembro de 2013, institui a Qualificação Nacional em Citopatologia (QualiCito), com intuito de controle de qualidade dos exames realizados pelos laboratórios na esfera pública e privada conveniada . Em 2014 foi definido Serviços de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo do Útero e por intermédio do Programa Nacional de

Imunização (PNI) iniciou Campanha de Vacinação para meninas contra Papilomavírus Humano (HPV), vacina quadrivalente que contêm os principais vírus oncogênicos (6,11,16 e 18), atualmente essa vacina está disponível na rotina para meninos e meninas a partir de 9 anos.

E mesmo diante tantos esforços, a taxa de realização do exame citopatológico é insatisfatória e uma realidade preocupante entre as brasileiras. Estima-se que 12% a 20% das mulheres brasileiras na faixa etária de 25 a 64 anos nunca tenham realizado esse exame (INCA, 2016), sendo importante pensar em estratégias de organização da Atenção Primária diante a magnitude que o óbito de mulheres simboliza, pelo importante papel que as mulheres desempenham na vida familiar e no desenvolvimento social.

Por meio de uma revisão integrativa, esse estudo tem o propósito de identificar quais barreiras encontradas no rastreamento do câncer de colo do útero e destacar as implicações dos achados para a prática clínica e para futuras pesquisas.

MÉTODOS

Utilizado de uma revisão integrativa (RI) de estudos de acordo com as etapas indicadas por Souza et al.16.

A primeira fase compôs-se na elaboração da pergunta norteadora: Quais as principais barreiras encontradas no rastreamento de câncer do colo do útero?

A seleção dos artigos foi norteada por critérios de inclusão, sendo: artigos cujos títulos e/ou resumos indicassem se tratar de um estudo sobre acesso aos serviços de saúde para atenção ao câncer de colo de útero (CCU), no setor público da saúde, sendo relativo à prevenção e rastreamento correspondendo a busca na literatura das publicações.

A pesquisa foi realizada por meio de uma busca online, entre os meses de novembro e dezembro de 2022 no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), BDENF (Base de Dados em Enfermagem). Priorizado critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, completo e de acesso aberto, nos idiomas português, no período de 2013 a 2021. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos nas fontes de dados, incompletos, cartas, teses, livros, resenhas, monografias e artigos que não atendessem à questão norteadora da pesquisa.

Foi realizado um levantamento de informações para conhecimentos teóricos, sem que haja plágio conforme prescrito na Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 e respeitando os autores e suas ideias (MARTINS FILHO, 1998).

Apresentado a busca dos artigos por meio dos descritores controlados, devidamente registrados no DeCS. Os detalhes da pesquisa foram: (políticas de rastreamento) AND (neoplasia de colo do útero) OR (papanicolau) OR (detecção precoce) AND (db:(“MEDLINE” OR “LILACS” OR “BDENF”) AND la:(“pt”) AND type:(“article”)) AND (year_cluster: [2013 TO 2022]).

Por meio da metodologia e descritores supracitados, 410 artigos foram selecionados. A partir dessa amostra de artigos foram aplicados critérios de inclusão e exclusão, resultando em 165 artigos, prosseguindo com leitura dos títulos e resumos resultantes em 84 artigos eleitos para leitura na íntegra e análise crítica. Correspondendo aos de maior relevância para a pesquisa, uma amostra de 23 artigos. O Fluxograma 1 elucida a seleção dos estudos e a amostra final com as respectivas bases de dados: 11- LILACS; 03 – Medline e 09 BDEnf.

Fluxograma 1 : seleção dos estudos da base de dados da BVS (Biblioteca Virtual de Saúde)

Fonte: (MOHER et al., 2009). Uberlândia (MG), Brasil, 2023

RESULTADOS

Os artigos excluídos extrapolaram os critérios de elegibilidade adotados, referindo-se a outros procedimentos para rastreamento como teste DNA-HPV biomarcadores p16 e Ki-67 , não menos importantes, porém não são os principais procedimentos utilizados e recomendados pelas diretrizes brasileiras. Foram excluídos estudos que abordavam tratamentos e reabilitação em caso do câncer de colo já diagnosticado, descaracterizando o objetivo do estudo que atua na atenção primária.

Na presente Revisão Integrativa, foram selecionados 23 (vinte e três) artigos que atenderam os critérios de inclusão, sendo os mesmos em português. Na Tabela 1, estão apresentados os achados desta pesquisa, organizados em ordem de código de estudo, iniciando em E1 e finalizando em E23, contemplando na tabela as seguintes informações: Fonte e Título do artigo.

Tabela 1 – Resumo dos principais estudos elegíveis, Uberlândia, 2023

Fonte: Elaboração dos autores.

A seguir, na Tabela 2 a amostra integra estudos publicados entre os anos de 2017 a 2020.O número de autores dos estudos variou de dois a oito.Considerando número de autores nas publicações, optou -se em caracterizar apenas o primeiro autor dos estudos e foram dispostos em ordem de código de estudo, de E1 a E23, contemplando na tabela as seguintes informações: Código do Estudo, Autores/Ano; Método, Objetivos e Síntese dos resultados .

Tabela 2: Abordagem metodológica e aspectos gerais sobre os temas abordados Uberlândia (2023).

Fonte: Os autores (2023)

Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, concentrando-se os achados quanto à base de dados, ao ano de publicação e número de estudos, sendo que 03 (13%) estavam disponibilizados na Base de Dados MEDLINE, na base de dados LILACS teve 11 (47%) artigos disponibilizados e disponibilizados nas Bases de Dados BDENF, 09 (39%) artigos. Publicados entre os anos de 2017 a 2020.

DISCUSSÃO

Após a leitura, classificaram-se os artigos selecionados. De tal modo foram construídos grupos onde emergiram 5 categorias para discussão: a) Barreiras organizacionais b) Barreiras arquitetônicas c) Barreiras geográficas d) Aspectos individuais e psicossociais e) Ações profissionais

a) Barreiras organizacionais

Esta categoria manifestou nos artigos conforme código: E1, E4, E9, E12, E16,E19, E22 e E23.

Essa categoria engloba as barreiras que estão relacionadas à estrutura, cultura e políticas organizacionais.

De acordo com Galvão e colaboradores(2019)E1 o enfrentamento de filas, sem garantia de vaga foi identificado como importante dificuldade de acesso .Na mesma concepção, Fernandes e colaboradores (2019)E2, enfatizam que a disponibilidade para coleta exame de citologia era oferecido semanalmente ou quinzenalmente.

No estudo realizado por Silva e colaboradores(2018)E8 em que entrevistou 6 mulheres em uma cidade em Mato Grosso do Sul, notou-se dificuldades em obter atendimento adequado em unidades de saúde, o que pode levar a uma peregrinação frustrante de um local para outro em busca de assistência.

Em mais, um estudo realizado com mulheres profissionais do sexo no Nordeste foi levantado a questão na demora dos resultado de exame Magalhães et al.(2019)E19. Caso as políticas públicas não sejam bem claras pode haver dificuldades na identificação das urgências e no estabelecimento de prazos adequados para o tratamento oportuno.

Na concepção de Morais e colaboradores (2019)E23 : o acesso e realização do exame de prevenção de câncer de colo uterino constituem-se como desafios na construção do cuidado integral e como elementos de fundamental importância para a gestão e avaliação de serviços.

A superação desses desafios é primordial para garantir que todas as mulheres tenham acesso adequado ao exame de prevenção de câncer de colo uterino, colaborando para melhor gestão e avaliação dos serviços de saúde e, primordialmente, para a saúde e bem-estar das mulheres.

b) Barreiras Arquitetônicas e insumos para coleta do exame

Esta categoria manifestou nos artigos conforme código: E2,E10,E22 e E23.

A estrutura física da unidade mostrou como entrave para proceder a coleta de exame de citologia, evidente para grupo de mulheres com alguma deficiência ou mesmo mulheres obesas, até a falta de privacidade que constrange mulheres sem deficiência.

Consta no estudo de Fernandes e colaboradores (2019)E2 limitação da mobilidade de pessoas com deficiência expõe a mulher ao constrangimento e compromete diretamente a técnica profissional, resultando em menor procura do serviço para tal procedimento. Relataram como principal dificuldade: ausências de rampas, elevadores e portas largas; acomodações para dificuldade com posicionamento; estacionamento acessível; assistência para vestir – se assistência na transferência (BOER et al., 2019)E10

A infraestrutura inadequada como ausência de banheiro dentro do consultório; portas de consultórios sem fechaduras; e consultórios adaptados com divisórias improvisadas que permitem a escuta do diálogo que se estabelece na consulta entre o profissional e a cliente (MORAIS et al., 2019)E23 .Essas questões podem resultar em situações desconfortáveis para a cliente, bem como para o profissional de saúde. É importante abordar essas questões para garantir um ambiente de atendimento respeitoso e confidencial.

No estudo realizado por Fernandes e colaboradores (2019)E2 em algumas Unidade de Saúde da Família ( USF) em um município da Bahia , uma das barreiras de acesso comum a todas as unidades foi a ausência de itens necessários à coleta de material citopatológico.

Ao resolver esses problemas estruturais e garantir o fornecimento adequado de insumos e instrumentos, é possível superar essas barreiras e melhorar a eficácia e a qualidade do rastreamento do câncer do colo do útero, assegurando um cuidado oportuno e seguro para as mulheres.

c) Barreiras Geográficas

Esta categoria manifestou nos artigos conforme código: E1,E9,E10,E13 e E18.

As barreiras de acesso aos serviços de saúde, é especialmente comum em áreas rurais e periferias de cidades. Essas barreiras podem dificultar o acesso regular aos serviços de saúde, afetando negativamente a saúde e o bem-estar das pessoas que vivem nessas regiões.

O tempo de espera para acesso ao serviço de saúde e mulheres residentes na área rural foi identificado superior à maioria das usuárias do município sede (FERNANDES et al.,2019) E2

No estudo de Galvão e colaboradores (2019) E13 comparou trajetórias assistenciais de mulheres da área urbana e rural. Diferente da área urbana, as ações na zona rural eram ofertadas mensalmente, permanência curta da equipe, provavelmente pela demora do deslocamento, não havia garantia da consulta, ficando dependente do número de vagas e mesmo de profissionais. Além disso, as mulheres da zona rural dependiam de transporte por custeio próprio ou favor de vizinhos.

A análise acima é reforçada pelo estudo de Boer e colaboradores (2019)E10 que mulheres vivendo em zona rural têm menor probabilidade de continuação do rastreamento do câncer de colo do útero conforme periodicidade recomendada .

Abordar essas questões e buscar soluções adequadas propiciará melhoria no acesso aos serviços de saúde nas zonas rurais e periferia das cidades, com objetivo de rastreamento adequado do câncer de colo do útero, contribuindo para a melhoria da saúde e qualidade de vida da população que vive distantes das unidades de saúde.

d) Aspectos sociais e demográficos

Esta categoria manifestou nos artigos conforme código: E1,E3,E7,E9, E10, E12,E15,E16,E18,E19,E20,E21 e E23.

As questões sociais e demográficas identificadas neste estudo evidenciam atrasos na busca por cuidados de saúde e a subutilização de exames importantes para a detecção precoce de doenças. Apresentou como tema amplo e mencionado em muitos artigos incluídos nesta revisão.

No estudo de Rafael e colaboradores (2019)E3 conclui-se que mulheres vítimas de violência íntima tem até 3 vezes mais a chance na inadequação no rastreio do câncer do colo do útero, por menos assiduidade ao serviço, por receio de ficar evidente a situação de violência. Na dimensão sociodemográfica mulheres com baixa escolaridade, idade avançada, acima de 50 anos e uso abusivo de álcool aumentam os riscos para inadequação ao rastreio.

Para Lima e colaboradores (2018)E16 mulheres com idade entre 35 a 54 anos e menos escolarizadas são menos engajadas pelo rastreio do CCU . Outro estudo ressalta que o nível educacional interfere na adesão das mulheres em ações de prevenção (SILVA et al.,2018)E18

Inserido nessa revisão Mulheres Profissionais do Sexo (MPS) considerando o alto grau de vulnerabilidade social dessa população. Para abordar essa questão elucidamos a conclusão de Magalhães e colaboradores (2018)E19 de que MPS empobrecidas, com pouca escolaridade e com dificuldade de acesso apresentou baixa prevalência na coleta do exame citopatológico do colo do útero.

Em gestantes a taxa de coleta da citologia apresentou baixas taxas de realização do exame de citologia cervicovaginal, associado a baixa escolaridade, consumo de álcool e ter apresentado dois ou mais abortos (TERLAN et al, 2018)E20

Muitos estudos relacionam a realização de exame citopatológico do colo do útero demonstrando variações na cobertura de acordo com diferentes condições sociodemográficas, comportamentais e de saúde da mulher. Observado que mulheres solteiras, as que se autoavaliação negativa da sua saúde, com algum comportamento não saudável e a desnutrição aliam à maior prevalência de não realização do exame (TIENSOLI et al.,2018)E21.

O nível de escolaridade e renda salarial influencia a percepção e o conhecimento das mulheres em relação à importância do exame de Papanicolau (MORAIS, 2017)E23.

e) Barreiras individuais, culturais, psicológicas e de gênero:

Esta categoria manifestou nos artigos conforme código: E2,E13,E14,E15,E17,E20,E23.

Abordar essas barreiras provavelmente instiga o profissional a desnudar preconceitos e aliar a empatia para uma assistência de qualidade.

O autor Fernandes e colaboradores (2019)E2 , no seu estudo identifica objeção de parte das mulheres em serem avaliadas por profissionais que residiam na mesma região e sem possibilidade de troca e recusa de atendimento pelo profissional médico com preferência por enfermeiros, influenciado pela categoria ser na grande maioria composta por mulheres , mas também por promover consulta acolhedora.

O medo que adia ou impede a coleta de citologia se relaciona com a possibilidade de sentir dor durante o procedimento, por experiências negativas, constrangimento diante exposição do corpo e até mesmo do diagnóstico, em que o tratamento muitas vezes decorre por muito tempo.

Muitas mulheres associam o câncer do colo do útero e outras doenças relacionadas à saúde sexual como algo impuro, sujo ou decorrente de condutas moralmente erradas. Sentimentos de vergonha na exposição do corpo. Essa associação pode estar enraizada em tabus culturais, crenças tradicionais ou estigmas sociais relacionados à sexualidade e ao corpo feminino, ocasionando relutância em buscar cuidados de saúde relacionados ao colo do útero (Santos,2022)E4 .

No estudo de Galvão e colaboradores(2019 )E1 um novo tema foi abordado, o constrangimento das mulheres diante a presença de estagiários no momento da coleta.

Na conclusão do estudo de Silva e colaboradores (2018 )E15 expõe que existem sentimentos diversos em relação a coleta do exame, tendo como principais o medo e vergonha.

Uma importante estatística é apresentada no artigo de Baia e colaboradores (2018)E17 em 60 % das publicações avaliadas 60% relacionam o constrangimento ao exame em decorrência de associar o “ corpo feminino” como vergonhoso. Para Morais e colaboradores (2017) de vergonha tem mais impacto quando é realizado por profissional do sexo masculino.

As gestantes foram um público que apresentou baixa cobertura na coleta de citologia, mesmo sendo um público frequente na unidade devido às consultas de pré natal. Situação apresentada nos artigos de Terlan e colaboradores (2018)E7 e Gasparin (2020). O primeiro autor que mesmo que esse grupo apresentou algumas situações de vulnerabilidade que incidiu na baixa taxa da coleta do exame, julga ser importante reforçar ações de profissionais para garantir o rastreamento adequado.

A coleta de citologia cervicovaginal não é contraindicada durante o período gestacional, e mesmo que algumas mulheres tenham vergonha ou constrangimento pela exposição do corpo é importante conscientizar da importância desse exame e que não prejudica o andamento da gravidez (TEIXEIRA et al.,2019).

Apresentado a seguir estudos que abordaram barreiras no rastreio de câncer de colo do útero em lésbicas e transgêneros.

No primeiro estudo, Bittencourt e colaboradores (2020)E7 aborda barreiras enfrentadas por lésbicas e transgênicos masculinos incidindo na baixa adesão a coleta de citologia do colo do útero, como discriminação, desconhecimento da necessidade de realizar esse exame, receio de dor e experiência negativas em momentos anteriores e defende conforme recomendações a coleta em lésbicas e transgêneros masculinos que não foram submetidos a histerectomia total. Para Fernandes e colaboradores (2019) a assistência às mulheres lésbicas é fragmentada e descontextualizada, reforçando as iniquidades do rastreamento de colo do útero.

e) Barreiras relacionadas à prática profissional

Esta categoria manifestou nos artigos conforme código: E1, E2,E13.

A enfermagem desempenha papel importante na política de rastreamento do câncer de colo do útero e alguns estudos têm identificado necessidade de atuação organizada e assertiva para garantir adequado rastreio do câncer do colo do útero na população elegível. Para dos estudos desta revisão é referência ao trabalho desse profissional.

Alguns estudos abordam que a ineficiência do rastreio se deve à rotatividade de profissionais, falta de comunicação entre paciente e profissional, ausência ou baixa adesão a atividades educativas que abordam fatores de risco para câncer de colo do útero, reforçar a importância do exame de citologia, da periodicidade e faixa etária recomendada para coleta e atuação ativa na busca da população alvo desse rastreamento.

Nos resultados da pesquisa realizada por Galvão e colaboradores (2019 )E1 foi apontado situações que poderiam ser acolhidas e resolvidas pela equipe da Unidade de Saúde, atividades educativas esporádicas, ausência de convocação de mulheres para coleta do exame, busca ativa insuficiente de mulheres com resultados alterados,ausência de planos de cuidados após encaminhamento de mulheres para atenção especializadas.

Outro estudo aborda alguns entraves impulsionado por profissionais, dentre eles atendimento fragmentado e descontextualizado de mulheres lésbicas e com deficiência. Explicitado por profissionais que o processo de aprendizagem aconteceu durante a prática e sendo ineficiente na graduação e por fim áreas descobertas de ACS que desempenhava importante papel na busca ativa de mulheres para rastreamento de câncer do colo do útero (FERNANDES et al., 2019)E2

O estudo de Santos (2019)E12 apontou alguns desafios relacionados à adesão às diretrizes e práticas baseadas em evidências por parte dos profissionais de saúde e alta rotatividade em regiões com menor nível socioeconômico de desenvolvimento, situação abordada no estudo de Galvão e colaboradores (2019)E13

Galvão e colaboradores (2019)E13 acrescenta insatisfação dos pacientes no atendimento médico , não convocação para coleta de exame, comunicação frágil entre profissional e comunicação frágil no momento de repassar o resultado de exame, ausência de busca tardia após atendimento da mulher na atenção primária e ausência de registros de informações clínicas sobre qualquer ação de CCCU nos prontuários. Situações que comprometem o rastreamento de qualidade e eficiente.

CONCLUSÃO

As políticas de rastreamento do câncer de colo do útero no Brasil apresentaram grande evolução ao longo dos anos. Muitos estudos estão disponíveis sobre o assunto, emergindo as diversas barreiras que impedem o adequado rastreamento.

Os aspectos técnicos e científicos relacionados ao exame são fundamentais para a prática assistencial dos profissionais de saúde, que deve estar aliado às questões sociais, culturais e psicológicas que podem influenciar a adesão das mulheres ao rastreamento.

As atribuições e contribuições do Enfermeiro são essenciais em diversas etapas do processo de rastreamento, desde a conscientização e educação das mulheres sobre a importância do exame até a coleta adequada das amostras para o exame de Papanicolau, reforçando a importância de uma abordagem ampla e multidimensional no rastreamento do câncer de colo do útero.

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¹ Discente do Curso de Especialização em Enfermagem em Saúde da Família e Comunidade – Turma I.Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.Enfermeira. SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina.

² Docente do Curso de Especialização em Enfermagem em Saúde da Família e Comunidade – Turma I. Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Dra Carla Denari Giuliani, ORCID: 0000-0001-5598-2230, Filiação: Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Enfermeira, Doutora em História e Cultura, Professora Associada I na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), MG, Brasil, Coordenadora e Fundadora do Laboratório Avançado em Estudos de Gênero (LGV) da Universidade Federal de Uberlândia. e-mail: carla.giuliani@ufu.br.