BOAS PRÁTICAS NA ATENÇÃO À SAÚDE MATERNO-INFANTIL: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8213309


1Bianca Thaís Silva do Nascimento
2Letícia Thaís Silva do Nascimento
3José Joceilson Cruz de Assis
4Eduarda Melo Augusto
5Evellyne Melo Augusto
6Vinícius Gabriel Costa França
7Jackeline Araújo da Silva Oliveira
8Sabryna Kelly Bezerra da Silva Araujo
9Ana karina Laranjeira de Sá
10Romina Pessoa Silva de Araujo
11Judicléia Marinho da Silva
12Jaira dos Santos Silva
13Valdirene Pereira da Silva Carvalho
14Michelle Soraya do Nascimento
15Iale Thaís Silva do Nascimento


Resumo

Introdução: A assistência à saúde materno-infantil conta com constantes atualizações que promovem intervenções e possibilitam o cuidado integral do binômio mãe/bebê. A execução das boas práticas na saúde materno-infantil é multiprofissional, na qual cada especialidade desempenha um papel fundamental para a qualidade da assistência, qualidade de vida e educação em saúde. Objetivo: Evidenciar quais são as boas práticas realizadas para a promoção da saúde materno-infantil. Método: Revisão integrativa da literatura dispôs as seguintes etapas percorridas: definição da questão norteadora: Quais são as boas práticas realizadas para a promoção da saúde materno-infantil? e do objetivo da pesquisa; Quais são as boas práticas realizadas para a promoção da saúde materno-infantil. Resultados: A Rede de Atenção à Saúde materno-infantil está relacionada à aplicação de tecnologias leves na quais fortalecem o relacionamento interprofissional, atendendo os preceitos da educação permanente qualificando os profissionais da equipe multiprofissional da saúde e à educação em saúde com a mulher e acompanhantes. O plano de parto se faz presente como uma das ferramentas das boas práticas materna-infantil, esclarecendo o desejo da mulher em sua situação de vulnerabilidade sendo o pré-parto, parto e pós parto. Considerações finais. As boas práticas trazem como objetivo o embasamento teórico com evidências científicas que comprovem que traga benefícios e qualificação para à assistência e o cumprimento das políticas nacionais voltadas para à saúde materna-infantil.

Descritores: Saúde Materna, Neonatal, Saúde e Qualidade.

1 INTRODUÇÃO

O gestar, parir e o nascimento são eventos em que ocorrem diversas mudanças biopsicossociais na vida da mulher-filho, mediante a nova fase da vida, a assistência à saúde se faz necessária a adaptação e acesso a assistência qualificada multiprofissional com educação em saúde, desde o planejamento familiar ao puerpério, assim como o período em que o neonato deixa de ser recém-nascido (Messias, 2022).

A política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), com a Rede Cegonha enfatiza as boas práticas obstétricas e em saúde materno-infantil que é compreendida por o uso de tecnologias leves como principal meio de ofertar assistência em em saúde, sendo desde as orientações de qualidade na Unidade Básica de Saúde (Rodrigues, 2021), no acolhimento, respeitando as expectativas da mulher nas etapas do período gestacional, na construção do planejamento do Plano de Parto por meio de modelos já pré-elaborado, na inclusão da família e o acompanhante no trabalho de parto, bem como na implementação do plano de parto e o cuidado ao neonato (Medeiros, et al. 2019).

A assistência à saúde materno-infantil conta com constantes atualizações que promovem intervenções e possibilitam o cuidado integral aos indivíduos, sendo eles, mãe e recém-nascido (Cotrim, 2020). A execução das boas práticas na saúde materno-infantil é multiprofissional, na qual cada especialidade desempenha um papel fundamental para a qualidade da assistência, qualidade de vida e educação em saúde (Santini, 2023).

O acesso a informações qualificadas desde o pré-natal com o objetivo de orientar a gestante e acompanhante, sobre os direitos e empoderamento, de forma que promova autonomia e protagonismo da parturiente durante o trabalho de parto e o parto propriamente dito, objetivando-se a redução da mortalidade materna-infantil tem se mostrado relevante (Santos, 2021).

Desse modo o presente estudo possui como objetivo evidenciar quais são as boas práticas realizadas para a promoção da saúde materno-infantil.

2  MÉTODO

Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, que é um método de pesquisa que proporciona reunir, sintetizar conhecimentos e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática (SOUZA; SILVA & CARVALHO, 2010).

A elaboração da presente revisão integrativa da literatura dispôs as seguintes etapas percorridas: definição da questão norteadora e do objetivo da pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão das publicações; busca na literatura; análise e categorização dos estudos, apresentação e discussão dos resultados apurados.

Diante disso, para o direcionamento da pesquisa utilizou-se a pergunta norteadora “Quais são as boas práticas realizadas para a promoção da saúde materno-infantil? ”.Para a produção deste estudo, foram consultadas as bases de dados indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

Utilizou-se os Descritores Em Ciência da Saúde (DeCS) de forma associada: “Saúde Materna”, “Neonatal” “Saúde” e “Qualidade”. Com auxílio do operador booleano “AND”, e em seus respectivos idiomas: Português e Inglês. Sendo realizada a busca no período de junho a julho de 2023.

Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos científicos, com textos completos, publicados na língua portuguesa e inglesa, com o período de publicação a partir do ano de 2019 até o ano de 2023, materiais do Ministério da Saúde e da legislação brasileira, abordando a temática independente da temporalidade. Critérios de exclusão foram: artigos incompletos, cartas ao editor, debates, resenhas, resumos ou artigos publicados em anais de eventos, indisponíveis na íntegra e duplicados.

A figura 1 apresenta um fluxograma que demonstra a operacionalização para seleção dos estudos incluídos nesta revisão integrativa.

FIGURA 1: Fluxograma de operacionalização para seleção dos estudos incluídos na revisão integrativa.

Fonte: autoria própria.

3  RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram considerados, inicialmente, 426 artigos com a temática proposta; dentre estes, foram excluídos 236 artigos, conforme os critérios de exclusão estabelecidos. Após a aplicação dos critérios de inclusão, restaram 70 estudos.

Considerando, inicialmente, a busca dos artigos que abordassem a temática proposta para compor a fundamentação da discussão deste artigo, foram recuperados pela estratégia de busca um total de 36 artigos que foram analisados, discutidos integralmente e utilizou-se 6 estudos que trouxeram conceitos e materiais do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial de Saúde e legislação brasileira.

Concernente aos objetivos do estudo, apropriando-se das literaturas, respeitando os objetivos pré-definidos. As principais informações sobre os materiais incluídos encontram-se no Quadro 1 a seguir:

TítuloAutores/AnoPrincipais resultadosConclusão
A multiprofissionalidade na atenção ampliada na gestação, parto e puerpérioMessias. C,M. 2022É preciso dar a devida atenção às condições que causam morbidade materna, àquelas que são potencialmente ameaçadoras da vida-near missmaterno que poderá evoluir para óbito se não for oferecido um cuidado adequado e oportuno. Se faz necessário potencializar a gestão   dos   recursos humanos e materiais existentes na prevenção e enfrentamento                                                  da morbimortalidade materna e perinatal.Sendo pertinente, a articulação entre os serviços de atenção primária e o sistema de referência para maternidades que proveem atenção obstétrica de risco habitual e alto risco e a assistência qualificada ao parto colaborando para a obtenção de resultados satisfatórios.
O cuidado das enfermeiras obstétricas na assistência ao parto e nascimento: uma revisão integrativa de literatura  Rodrigues.À,S. 2021Percebeu-se que o SUS é o primeiro e maior incentivador da enfermagem obstétrica no país, e as mulheres que querem desviar de partos no modelo biomédico tradicional estão recorrendo às maternidades de risco habitual onde se faz presente a enfermagem obstétrica, o que só reforça que devemos lutar e defender o SUS contra desmontes e ataques que ele vem sofrendo ao longo dos anos. A assistência de referência está nele e acessível a qualquer pessoa em solo brasileiro. Na leitura dos 23 artigos, observou-se que a humanização está presente em todos eles, assim como a discrição do cuidado mais próximo, empatia e criação de vínculo. Também constatou-se que as profissionais estão utilizando mais as tecnologias não invasivas, estão aderindo as boas práticas e evitando procedimentos invasivos e que não estão respaldados 46 cientificamente, como episiotomia e posição litotômica. O parto com enfermeiras tende a ser mais respeitoso e mais fisiológico.Como lacunas encontradas na busca da literatura do tema, como encontradas a falta da descrição das práticas das enfermeiras no parto e as evidências científicas que as embasam. Então, a partir desse apontamento,   como sugestão de novos estudos, ressalto a necessidade de novas publicações sobre as técnicas desempenhadas pelas profissionais no processo do parto e nascimento correlacionando com a prática baseada em evidência,
O trabalho do enfermeiro no atendimento às gestantes: ações básicas,  problemas comuns e  a sistematização da assistência na consulta pré-natal.Cotrim, T. M. 2020O acompanhamento da gestante na APS é fundamental, pois o cuidado pré natal pode ser o único contato que a mulher em idade reprodutiva tenha com os serviços de saúde, tornando-se, assim, essencial para                       intervenções direcionadas à promoção da sua saúde. A gravidez constitui-se em um fenômeno fisiológico que se caracteriza por modificações e adaptações biológicas e psicossociais e geralmente evolui de forma saudável. Durante a gestação, o tendimento multiprofissional é importante, pois a maioria das gestantes necessita de um mínimo de ações. Em algumas situações, podem ocorrer,  inclusive, complicações, necessitando de atenção e intervenções de emergência. Nesse contexto, o enfermeiro vem se destacando como profissional apto para efetivar as ações propostas pelo Ministério da Saúde no que diz respeito à atenção integral, humanizada e de qualidade na assistência a gestantes, parturientes e puérperas.O enfermeiro, como protagonista                       no atendimento de enfermagem no pré-natal, desempenhando papel importante no tocante à prevenção e à promoção como agente educador em saúde, necessita adquirir novos saberes constantemente. Nessa direção, a educação permanente aparece como uma maneira de aprimorar o  conhecimento dos profissionais e precisa ser incorporada como dispositivo que proporcione 70 mudanças no cotidiano dos serviços de saúde, com reflexo positivo para a população assistida. Ações de educação permanente podem ser oferecidas, tanto pela organização, trazendo atualizações importantes para os profissionais aplicarem no trabalho, como também podem ser iniciativa de cada profissional, ao considerar a corresponsabilidade por sua aprendizagem contínua
Boas práticas em saúde materno-infantil na percepção de profissionais de saúde.Santini et al.2023A análise dos dados possibilitou a delimitação de duas categorias temáticas: “boas práticas em saúde materno-infantil:  do idealizado ao realizado”; “estratégias qualificadoras da rede de atenção à saúde materno-infantil”Os profissionais de saúde reconhecem a relevância das boas práticas em saúde materno-infantil, embora esse processo necessite ser ampliado e consolidado na prática. Destacam-se, entre as  estratégias qualificadoras, a educação permanente, o acolhimento, a ambiência, o acesso facilitado e o vínculo profissional-usuário.
Manejo  não farmacológico conhecimento  parturiente  para o protagonismo   no trabalho de partoSantos, A. S . P; Feitoza, H. F. F. 2021A humanização do parto envolve, respeito à autonomia e ao protagonismo feminino. Assim, identificar esses relatos e números elevados do desconhecimento acerca da autonomia e direito das gestantes é uma maneira de analisar a assistência que vem sendo desenvolvida nas consultas de pré-natal. Para tanto algumas medidas precisam ser tomada, como a inserção do acompanhante desde as consultas de pré-natal, assim como capacitação dos profissionais buscando informar sobre a importância do conhecimento sobre esses manejos que auxilia de forma positiva durante o parto, permitindo assim a redução das cesarianas                      eletiva, conhecimento das gestantes e protagonismo no parto.O desenvolvimento de práticas                              educativas contribui            para           o estabelecimento de práticas sociais e é de suma importância para que a mulher tenha o seu protagonismo de forma ativa durante o período gravídico, pois infelizmente ainda são notórias mulheres sendo reféns das altas medicações, tendo seus direitos negados, e o profissional sobre total controle da situação.
Educação em saúde nopreparo de gestantes para oparto na Atenção Primária: Revisão integrativaProcópio,  K; Alves, C. G. L. 2023Portanto, com esta RI sobre atemática em questão, evidenciou-se que o saber passado para as mulheres enquanto gestantes ameniza o medo, a ansiedade e a insegurança, tornando-as mais conscientes sobre suas atitudes e decisões, fazendo com elas sejam protagonistas do seu trabalho de parto. Também foi salientado que os grupos de gestantes são fundamentadores da realidade pós-natal tanto para a puérpera quanto para seu companheiro e familiaresEspera-se     que,     com     o desenvolvimento de novas pesquisas sobre a temática e a implementação da educação em saúde das gestantes no atendimento pré-natal,  haja o aprimoramento da assistência humanizada e de qualidade, a qual contribuirá para a redução dos altos níveis de morbimortalidade materna, perinatal e neonatal, além de aumentar os benefícios proporcionados ao binômio
Rede de atenção à saúde de gestantes e puérperas: percepções de trabalhadores da saúdeSoccol, K. L. S, Marchiori, M. R. C. T. Santos, N. O.,Rocha, B. D 2022O cuidado à saúde da mulher deve ocorrer de forma longitudinal, assim, tem-se a necessidade de qualificar tais ações a fim de acompanhar a mulher em todas as fases da gestação e do puerpério. Há evidências de que o cuidado a gestantes e puérperas necessita de qualificação da gestão e assistência nos serviços de saúde, superação do modelo biomédico tecnicista, contribuindo assim para a melhoria da saúde da mulher.Esse estudo evidenciou que há diversas fragilidades na RAS de gestantes e puérperas, que vão desde a comunicação entre os diferentes serviços, do difícil acesso ou por não ter disponibilidade na RAS, o que compromete a integralidade do cuidado e dificulta o processo de trabalho. Assim, são necessários investimentos no que tange à implementação               dos sistemas de informação e um olhar atento da gestão quanto às necessidades de saúde que não vem sendo atendidas.
Tecnologias apropriadas ao processo do trabalho de parto humanizadoSOUZA, et al 2019O uso das boas práticas na atenção ao parto preconiza- do pela organização Mundial da Saúde, desde 1996, destaca como prática       eficaz  o acolhimento, as orientações e a liberdade da mulher quanto à posição e movimento durante o trabalho de parto. Assim, os saberes               e habilidades dos enfermeiros no processo de trabalho de parto devem está centrados no cuidado à parturiente, com vista a aplicar técnicas de forma humanizada, inserindo um familiar da gestante neste processo, de       modo a respeitar-se a fisiologia do pré-parto e parto. Desta feita, sendo o parto é um evento natural, que não necessita de controle, persegue se, com esta prática, afastar o parto tecnocrático,        centrado  no profissional médico(19).Espera-se, neste cenário a redução das intervenções desnecessárias, a violência obstétrica,             e  o fortalecimento dos partos hands off. Por fim, conclui-se que no processo de trabalho de parto o uso da tecnologia dura, como a cesariana, é necessária   em       alguns desfechos desfavoráveis do trabalho de parto. Todavia, as ferramentas leve e leve- dura são primordiais para o parto humanizado, tendo em vista, sobremodo que os enfermeiros obstetras são pro- fissionais comprometidos e qualificados capazes de resgatar o parto como evento fisiológico, que respeita autonomia da mulher.
Atuação da equipe de enfermagem frente às urgências e emergências obstétricas no âmbito hospitalarJesus, B.S. 2022Em síntese, acredita-se que as facilidades e dificuldades enfrentadas por esses profissionais para realização da assistência às urgências e emergências obstétricas se deu através da infraestrutura da instituição por ser de pequeno porte o que acaba limitando os recursos disponíveis para uma assistência mais qualificada, assim como a falta de alguns exames que dão suporte na assistência e os profissionais nas 24hNo que se refere a atuação da equipe de enfermagem frente às urgências e emergências obstétricas foi possível ressaltar que a assistência de enfermagem é de suma importância para os cuidados e redução da mortalidade em virtude de complicações obstétricas, trazem benefícios e potencialidades para os resultados positivos pois favorece uma assistência voltada à humanização através da escuta qualificada, utilização das técnicas  não farmacológicas para alívio da dor, trazendo relevância do protagonismo da mulher durante o momento que é só seu no trabalho de parto.
Avaliação das ações de pré-natal para o cuidado com gestante no âmbito da prevenção para redução da sífilis congênita no município de palmas-toMontalvão, À. S. Rodrigues, K, H. 2022As cinco entrevistadas demonstraram total desconhecimento,            dessa abrangência, mesmo as que tiveram o parceiro incluído no tratamento não soube responder com utonomia sendo um direito delas mesmas. O protocolo de atenção integral à saúde da mulher tocantinense pelo MS da ênfase nas primeiras consultas, apresenta queRecomenda-se que, além de criar os documentos e normativas para a saúde materno infantil, também elaborem-se estratégias e meios para acompanhar a execução                     desses documentos e a sua efetivação nas diversas regiões de saúde. Bem como, propor ações conjuntas com temáticas envolvendo promoção à saúde e prevenção das IST, trazendo e promovendo um maior vínculo da comunidade para com suas unidades referências, sendo elas a primeira porta de entrada ao tratamento de saúde, olhando para as pessoas como cidadãs e a quem a saúde é um direito no âmbito das diversidades.

Estratégias de boas práticas em saúde materno-infantil são consideradas o conjunto de ações identificadas como melhores práticas a serem consideradas à mãe e bebê, que proporcionem segurança, qualidade, humanização e proteção em todo o ciclo gravídico-puerperal, baseado em evidências científicas que visam à redução da mortalidade materna e neonatal (Santini, et al., 2023).

As boas práticas entendem-se como à educação em saúde desde a escolha do método contraceptivo, consultas de pré-natal de qualidade que abordem e esclareçam dúvidas, além de orientar sobre questões de saúde na qual a mulher e o bebê irão perpassar nesse novo ciclo (Procípio e Alves, 2023).

A Rede de Atenção à Saúde materno-infantil está relacionada à aplicação de tecnologias leves na quais fortalecem o relacionamento interprofissional, atendendo os preceitos da educação permanente qualificando os profissionais da equipe multiprofissional da saúde e à educação em saúde com a mulher e acompanhantes (Socool, 2022).

O plano de parto se faz presente como uma das ferramentas das boas práticas materna-infantil, esclarecendo o desejo da mulher em sua situação de vulnerabilidade sendo o pré-parto, parto e pós parto, onde irá ser respeitado suas escolhas, direitos e expectativas, promovendo a autonomia da parturiente (Souza, et al., 2019).

A rede cegonha revê ações para a ampliação e melhoria do acesso e da qualidade da assistência à mulher e à criança por meio da vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto e transporte, da realização de boas práticas de atenção ao parto e nascimento seguro e da atenção à saúde da criança de zero a 24 meses com qualidade e resolutividade (Jesus, 2022).

Essas ações estão inseridas em componentes estruturantes da estratégia: Pré-Natal; Parto e Nascimento; Puerpério e Atenção integral à Saúde da Criança; e Sistema Logístico, Transporte, Sanitário e Regulação, o acolhimento, comunicação da equipe multiprofissional, acesso e criação do vínculo profissional-usuário (Montalvão e Rodrigues, 2022).

4 CONCLUSÃO

Visto que as boas práticas são compostas pela qualificação dos profissionais da saúde na área assistencial, ferramentas e tecnologias que educacionais na qual proporcionam à redução da mortalidade materna e infantil, desta-se a educação em saúde por meio do uso das tecnologias leves na qual à sua implementação é de fácil acesso e execução, onde promove a autonomia da mulher, cumprimento de seus direitos e realização da expectativas no trabalho de parto, parto e puerpério, pela equipe multiprofissional assistencial.

As boas práticas trazem como objetivo o embasamento teórico com evidências científicas que comprovem que traga benefícios e qualificação para à assistência e o cumprimento das políticas nacionais voltadas para à saúde materna-infantil.

REFERÊNCIAS

COTRIM, Talita Menossi. O trabalho do enfermeiro no atendimento às gestantes: ações básicas, problemas comuns e a sistematização da assistência na consulta pré-natal. 2020. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

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PROCÓPIO, Kérima; ALVES, Cristina Garcia Lopes. Educação em saúde no preparo de gestantes para o parto na Atenção Primária: Revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 12, n. 4, p. e16812440854-e16812440854, 2023.

RODRIGUES, Andressa Soares. O cuidado das enfermeiras obstétricas na assistência ao parto e nascimento: uma revisão integrativa de literatura. 2021.

SANTINI, Tanise Pereira et al. Boas práticas em saúde materno-infantil na percepção de profissionais de saúde. Aquichan, v. 23, n. 1, p. e2312-e2312, 2023.

SANTOS, Ana Sibele Pereira; FEITOZA, Hudson Fábbio Ferraz. MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO-CONHECIMENTO      DA        PARTURIENTE       PARA        O

PROTAGONISMO NO TRABALHO DE PARTO. Revista Multidisciplinar do Sertão, v. 3, n. 2, p. 171-181, 2021.

SOCCOL, Keity Laís Siepmann et al. Rede de atenção à saúde de gestantes e puérperas: percepções de trabalhadores da saúde. Saúde Coletiva (Barueri), v. 12, n. 72, p. 9382-9393, 2022.

SOUZA, Francisca Marta de Lima Costa et al. Tecnologias apropriadas ao processo do trabalho de parto humanizado. Enfermagem em Foco, v. 10, n. 2, 2019.

SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), v. 8, p. 102-106, 2010.


1E-mail: biancathais2009@gmail.com
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