O ATENDIMENTO PSICOLÓGICO A CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL: UMA ANÁLISE CRÍTICA DAS ABORDAGENS E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NO SUS.

PSYCHOLOGICAL CARE FOR CHILDREN IN SITUATIONS OF SOCIAL VULNERABILITY: A CRITICAL ANALYSIS OF THE APPROACHES AND STRATEGIES USED IN THE SUS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8376954


Layssa Karoline Martins Tavares1
Emiliane Corrêa Monteiro1
Júlio César Pinto de Souza2


Resumo

Este artigo teve como objeto de investigação a intervenção do psicólogo no atendimento psicológico a crianças em situação de vulnerabilidade social. A fragilidade social é caracterizada pela falta de recursos básicos, violência e abuso, o que pode afetar a saúde mental dessa criança, levando a busca por elaboração de estratégias que contribuam para a recuperação e manutenção da sua saúde mental. O objetivo geral desta pesquisa foi discutir o papel da psicologia na inclusão social de crianças em situação de vulnerabilidade social. Esta pesquisa teve um procedimento bibliográfico de revisão narrativa e abordagem qualitativa, utilizando-se de 21 (vinte) bases de publicações reconhecidas, direcionados ao atendimento a crianças e vulnerabilidade social. A psicologia é essencial para a saúde mental de crianças vulneráveis, utilizando estratégias como o brincar terapêutico e a criação de ambientes acolhedores. A colaboração entre profissionais e a participação social são fundamentais para fortalecer a resiliência e promover a inclusão dessas crianças.

Palavras-chave: Vulnerabilidade social; crianças; Atendimento psicológico; Inclusão social.

Abstract

This article’s object of investigation was the psychologist’s intervention in psychological care for children in situations of social vulnerability. Social fragility is characterized by a lack of basic resources, violence and abuse, which can affect the mental health of this child, leading to the search for the development of strategies that contribute to the recovery and maintenance of their mental health. The general objective of this research was to discuss the role of psychology in the social inclusion of children in situations of social vulnerability. This research had a bibliographic procedure of narrative review and qualitative approach, using 20 (twenty) databases of recognized publications, directed to the care of children and social vulnerability. Psychology is essential for the mental health of vulnerable children, using strategies such as therapeutic play and the creation of welcoming environments. Collaboration between professionals and social participation are essential to strengthen resilience and promote the inclusion of these children.

Keywords: Social vulnerability; children; Psychological support; Social inclusion

INTRODUÇÃO

A infância e adolescência são períodos cruciais para o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial das pessoas. No entanto, nem todas as crianças e adolescentes têm acesso a condições favoráveis para o seu desenvolvimento. A vulnerabilidade social pode afetar o bem-estar físico, mental e a participação em educação desses indivíduos. De acordo com Pinto e Fiorati (2019), a vulnerabilidade social é compreendida como  um conjunto de condições e fatores que colocam as crianças em situação de desvantagem em relação aos seus pares, como baixa renda, moradia precária, falta de acesso à saúde e educação de qualidade. Além disso, a exposição à violência também pode afetar significativamente a saúde mental desses indivíduos (MACEDO; CONCEIÇÃO, 2017).

Diante desse cenário, políticas públicas são essenciais para garantir o atendimento adequado às necessidades desses indivíduos. Fonseca et al. (2013) destacam a importância de políticas públicas que visem à redução das desigualdades sociais e econômicas e ao acesso a serviços de qualidade, como saúde e educação. Nesse sentido, é importante que os profissionais da saúde, educação e assistência social estejam capacitados para atuar de forma efetiva na promoção do bem-estar e saúde mental de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Portanto, este artigo tem como objetivo discutir o papel da psicologia na inclusão social de crianças no contexto de vulnerabilidade social, explorando a compreensão das dinâmicas que perpetuam a exclusão e a violência que afetam essas populações. Ao adotar uma perspectiva crítica e reflexiva, a psicologia pode ser um elemento essencial na elaboração de estratégias e ações que promovam a emancipação e o bem-estar desses grupos, buscando superar as desigualdades e injustiças que marcam a sociedade contemporânea.

O presente estudo direciona-se a uma análise abrangente das abordagens psicológicas convencionais utilizadas no atendimento de crianças em situação de vulnerabilidade social, buscando identificar tanto suas qualidades quanto limitações. Propõe-se, desta forma, discutir questões da saude mental para promover a saúde e o bem estar para a comunidade.

Além disso, visa a investigação das estratégias alternativas e inovadoras adotadas para fornecer apoio psicológico a essa população, com uma ênfase na avaliação de sua eficácia ao abordar as necessidades específicas das crianças em contextos vulneráveis. Por fim, busca-se avaliar o impacto global dessas abordagens e estratégias no âmbito da saúde coletiva, compreendendo não somente o impacto individual no bem-estar das crianças, mas também sua capacidade de contribuir para a redução dos problemas sociais que frequentemente acompanham a vulnerabilidade infantil.

Através desses objetivos específicos, almeja-se obter uma compreensão mais profunda das práticas atuais de atendimento psicológico e sua relevância na construção de um ambiente mais saudável e resiliente para as crianças em situação de vulnerabilidade social.

Este artigo possui relevância social, pois apresenta uma reflexão sobre as condições enfrentadas por crianças em situação de vulnerabilidade social e incentivar ações efetivas para a melhoria de sua qualidade de vida.

Quanto a contribuição acadêmica e científica, este artigo apresenta resultados que levarão ao avanço do conhecimento científico por meio de uma discussão de trabalhos relevantes sobre a temática, identificando desafios, possibilidades e lacunas na abordagem do tema,  estimulando  reflexões críticas e subsídios teóricos e práticos para os profissionais e acadêmicos da área. Ao apresentar uma análise crítica das abordagens e estratégias utilizadas no atendimento psicológico a crianças em situação de vulnerabilidade social, o artigo fornece um panorama dos desafios e possibilidades da atuação do psicólogo nesse contexto.

Dessa forma, esta artigo será um importante subsídio para o aprimoramento da prática clínica em saúde mental as comunidades em situação de vulnerabilidade, além de ser uma ferramenta para a implementação de medidas governamentais para fomentar o nível de satisfação e o crescimento completo dessas pessoas.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa foi uma revisão narrativa, de procedimento bibliográfico e abordagem qualitativa. Segundo Gil (2019), a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará em todas as etapas de uma pesquisa. Optou-se pela revisão narrativa em função da abrangência do tema e das dificuldades para a realização de perguntas específicas para conduzir a pesquisa. Esse tipo de revisão tem uma abordagem mais abrangente, uma vez que geralmente não se baseia em uma pergunta específica claramente definida. Entretanto, a revisão narrativa é uma categoria de pesquisa bibliográfica, com seleções arbitrárias dos artigos e as informações coletadas estão sujeitas a um viés de seleção(CORDEIRO et al., 2007).

Para o levantamento das publicações utilizadas na discussão do tema, foram utilizados livros, artigos científicos, seminários, teses e dissertações obtidos nas plataformas científicas Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC) e Google Acadêmico. Foram selecionados os seguintes descritores: desafios, possibilidades, atendimento psicológico, crianças, adolescentes, vulnerabilidade social, abordagens e estratégias.

As publicações utilizadas na discussão do tema destacaram a importância do papel do psicólogo no atendimento de crianças em situação de vulnerabilidade social, assim como os desafios enfrentados nesse contexto. Foi evidenciado que a abordagem utilizada pelo profissional deve ser adequada à realidade do paciente e considerar as particularidades do seu contexto socioeconômico e cultural. Além disso, foi destacada a necessidade de se desenvolver estratégias e intervenções específicas para esse público, com enfoque na prevenção e promoção da saúde mental. Nesse sentido, os estudos revisados apontam para a importância da formação continuada e capacitação dos profissionais que atuam com essa população, bem como o trabalho em equipe e a articulação com outras políticas públicas.

Em suma, a revisão bibliográfica realizada neste estudo contribui para a compreensão dos desafios e possibilidades no atendimento psicológico a crianças em situação de vulnerabilidade social. As abordagens e estratégias utilizadas nesse contexto devem ser cuidadosamente planejadas e executadas, considerando as particularidades do paciente e seu contexto socioeconômico e cultural. A formação continuada e capacitação dos profissionais que atuam com essa população e o trabalho em equipe são essenciais para a promoção da saúde mental e bem-estar desses indivíduos.

A metodologia deste artigo foi dividida em três etapas distintas: levantamento de dados, seleção e discussão das publicações. Para o levantamento de dados, foram consideradas publicações no período de 2007 a 2023, sendo excluídas aquelas anteriores a 2005 e em outros idiomas. A seleção das publicações foi realizada de forma criteriosa, levando em conta a relevância do conteúdo para o tema em questão. Ao todo, foram utilizadas 21 publicações em idioma português, que atenderam aos critérios estabelecidos. A partir dessa seleção, as publicações foram minuciosamente analisadas e discutidas, proporcionando embasamento teórico consistente para o desenvolvimento deste estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A vulnerabilidade infantil e a saúde coletiva com uma perspectiva dentro da psicologia

O bem estar do individuo não se limita a saúde física. A saúde mental do individuo serve como base para suas relações, autoestima, satisfação e valorização da vida e, ao contrario do que se entendia, deve ser cuidada desde a infância. Entende-se , portanto que a saúde mental é um fator essencial para a sociedade se desenvolver e forma plena. De acordo com o Ministério da Saúde (2005) a construção de uma política de saúde mental infantojuvenil representa um desafio significativo na atualidade, com a necessidade de considerar as particularidades e demandas específicas dessa população, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

O impacto das intervenções voltadas para o crescimento e desenvolvimento da população infantil no Brasil tem sido notável, refletindo-se na redução significativa da mortalidade infantil e da desnutrição nas últimas décadas. No entanto, apesar desses avanços, a prevalência de transtornos mentais em crianças permanece uma preocupação relevante. Segundo o Ministério da Saúde (2005), 10 a 20% das crianças enfrentam algum tipo de transtorno mental, sendo que 3 a 4% requerem tratamento intensivo. Entre os transtornos mais comuns encontram-se a deficiência mental, o autismo, a psicose infantil e os transtornos de ansiedade. Couto et al. (2008) argumenta que historicamente, a carência de atenção pública direcionada a crianças e adolescentes com transtornos mentais conduziu ao fortalecimento de instituições privadas ou filantrópicas, muitas vezes com um enfoque não centrado na atenção integral ou na reintegração familiar, social e cultural.

A promoção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes, previstos na Constituição de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), demandaram a criação de ações em setores como educação, assistência social, justiça, garantia de direitos e saúde. Ainda que avanços significativos tenham sido alcançados, persiste uma preocupação substancial em relação aos transtornos mentais que afetam 10 a 20% das crianças, com 3 a 4% necessitando de tratamento intensivo (Brasil, 2005). Gomes et al. (2015) comenta que a efetivação desses direitos enfrenta desafios, como a fragmentação das ações setoriais, que limita a abordagem holística. Nesse contexto, a integração intersetorial e a cooperação emergem como premissas cruciais para um atendimento mais completo e eficaz.

No cenário da Atenção Primária à Saúde (APS), os Programas de Saúde da Criança (PSC) enfrentam a tarefa de incorporar ações de saúde mental que vão além do acompanhamento tradicional de crescimento e desenvolvimento. A abordagem da saúde mental na APS requer uma mudança de paradigma, direcionando-se para aspectos psicossociais (Brasil, 2011). No entanto, a prática relacionada à saúde mental infantil na APS carece de uma base científica sólida a qual foi citada por Gomes et al. (2015) ao comentar que a escassez de pesquisa nessa área demonstra a necessidade de aprofundamento e ampliação do conhecimento nesse domínio.

Em consonância com o desafio de construir uma política efetiva, a integração intersetorial é destacada como essencial para a atenção à saúde mental infantil, assegurando atividades de promoção, prevenção e intervenção precoce, essa integração requer uma revisão dos modelos tradicionais de assistência à saúde, o que reflete a necessidade de compreender como os profissionais da APS abordam as questões de saúde mental infantil (Couto et. al., 2008). A pesquisa de Gomes et al. (2015) explora os significados e percepções de médicos da APS sobre a saúde mental infantil, fornecendo insights cruciais para essa lacuna.

Em síntese, a construção de uma política de saúde mental infantojuvenil enfrenta obstáculos consideráveis, envolvendo a consideração das necessidades dessa população e a integração intersetorial para um cuidado mais abrangente. A abordagem intersetorial é fundamental para atender a criança como um sujeito integral, exigindo uma reavaliação dos modelos tradicionais de atenção à saúde (Brasil, 2005). O estudo de Gomes et al. (2015) fornece uma perspectiva valiosa sobre as percepções dos profissionais da APS, enquanto o trabalho de Couto et al. (2008) reforça a importância histórica das instituições na atenção à saúde mental infantil. Com isso, o caminho para uma política abrangente e efetiva de saúde mental infantojuvenil é delineado por meio do entendimento dessas complexidades.

A práxis da psicologia nas situações de crianças vulneráveis em provenincia a saúde coletiva

A atuação do psicólogo no contexto das políticas públicas de saúde mental infantil é fundamental para promover o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças vulneráveis. Bomtempo et al. (2014) ressalta a importância de um acompanhamento personalizado para cada criança em situação de vulnerabilidade, levando em conta tanto os fatores individuais quanto os contextuais. Enfatizam a relevância das relações familiares e das dinâmicas inconscientes no desenvolvimento das crianças vulneráveis. Assim como Bomtempo et al. (2014), Araújo de morais et al. Em 2012 destaca a necessidade de compreender as especificidades de cada criança e sua interação com o ambiente familiar e social, para promover a saúde mental e o bem-estar.

No contexto da intervenção psicológica na saúde mental infantil, Fonseca et al. (2013) propõem uma abordagem holística, considerando as dimensões emocionais, sociais, educacionais e familiares. Os autores enfatizam a importância de compreender as necessidades específicas das crianças vulneráveis para desenvolver estratégias de intervenção eficazes. Além disso, Alberto et al. (2008) destacam a relevância de um olhar abrangente, que leve em conta tanto os fatores internos quanto os externos que influenciam o desenvolvimento saudável das crianças. Os autores ainda comentam da importância de considerar as dimensões biopsicossociais no processo de intervenção.

Uma compreensão aprofundada das questões emocionais e relacionais enfrentadas pelas crianças vulneráveis é fundamental no campo da saúde mental infantil. Silva e Corgozinho (2011) ressaltam a importância da abordagem cognitivo-comportamental para a compreensão e intervenção nesses casos. Os autores enfatizam a necessidade de identificar e modificar os padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, promovendo o desenvolvimento de habilidades adaptativas nas crianças vulneráveis. Ao mesmo tempo, Bomtempo e Conceição (2014) destacam a relevância de uma abordagem centrada na criança, considerando suas necessidades individuais e contextuais, bem como a interação com o ambiente familiar e  social.

No campo da psicologia aplicada à saúde mental infantil, as relações familiares desempenham um papel crucial no desenvolvimento das crianças vulneráveis. Araújo de  Morais et al. (2012) e enfatizam a relevância das dinâmicas inconscientes presentes nas relações familiares e sua influência no desenvolvimento das crianças. Eles destacam a importância de compreender e intervir nessas dinâmicas para promover a saúde mental e o bem-estar. Fonseca et al. (2013) complementam essa perspectiva ao enfatizar a importância de considerar as dimensões sociais e educacionais, além das emocionais, na intervenção psicológica. Eles ressaltam a necessidade de uma abordagem abrangente que leve em conta o contexto social e educacional em que a criança está inserida.

Na intervenção psicológica direcionada às crianças vulneráveis, é essencial considerar as estratégias de prevenção e promoção da saúde mental, Alberto et al (2008) destacam a importância de intervenções preventivas que abordem fatores de risco e proteção na infância, Couto et al. (2008) reforça que os Centros de Atenção Psicossocial Infantis (CAPSi) têm uma grande importância na iniciativa no Brasil, pois possibilitam que crianças antes excluídas do sistema formal de saúde mental, como aquelas com autismo, tenham acesso ao tratamento necessário. Eles enfatizam a relevância de promover ambientes seguros e acolhedores para o desenvolvimento saudável das crianças vulneráveis. Por outro lado, Silva e Corgozinho (2011) ressaltam a importância de estratégias de promoção da saúde mental, que visam fortalecer os recursos adaptativos das crianças vulneráveis, promovendo resiliência e bem-estar, e esse serviço público de saúde que atende crianças e adolescentes que apresentem intenso sofrimento, enfrenta o desafio de expandir seus serviços, especialmente em regiões como o Norte e Centro-Oeste, além das grandes cidades, onde a demanda por atendimento é mais intensa.

A abordagem psicodinâmica oferece uma perspectiva valiosa na compreensão e intervenção na saúde mental infantil. Araújo de Morais et al. (2012) e Fonseca et al. (2013) destacam a relevância de compreender as dinâmicas inconscientes presentes nas relações familiares e como esses processos influenciam o desenvolvimento da criança. Eles enfatizam a importância de intervenções que considerem esses aspectos para promover a saúde mental e o bem-estar das crianças vulneráveis. Eles enfatizam a necessidade de um olhar abrangente, que leve em conta as especificidades de cada criança e sua interação com o ambiente familiar e social.

Diante das demandas complexas da saúde mental infantil, é necessário um enfoque multidisciplinar na intervenção psicológica. Silva e Corgozinho (2011) destacam a importância de uma abordagem cognitivo-comportamental, que se concentra  na identificação e modificação dos padrões de pensamento e comportamento disfuncionais nas crianças vulneráveis. Eles ressaltam a relevância de desenvolver estratégias específicas para promover a adaptação saudável das crianças vulneráveis. Além disso, Alberto et al. (2008) enfatizam a importância de uma abordagem integrativa, que considere diferentes teorias e abordagens na intervenção psicológica. Os autores comentam ainda que há necessidade de uma visão ampla e flexível para atender às necessidades individuais das crianças vulneráveis.

Nesse contexto, é fundamental promover uma visão ampla da saúde mental infantil, que leve em conta as diversas dimensões envolvidas. Fonseca et al. (2013) ressaltam a importância de considerar as dimensões emocionais, sociais, educacionais e familiares na intervenção psicológica. Eles enfatizam a necessidade de uma abordagem integrada, que busque compreender a criança em sua totalidade. Araújo de Morais et al. (2012) complementa que além de considerar todas as dimensões humanas, também é necessário destacam a relevância das relações familiares e das dinâmicas inconscientes no desenvolvimento das crianças vulneráveis. Eles enfatizam a importância de uma compreensão aprofundada das interações familiares para promover a saúde mental e o bem-estar das crianças.

A participação da psicologia nos trabalhos de inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade

A participação da psicologia nos trabalhos de inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade é um tema de grande relevância e complexidade que requer uma abordagem multidisciplinar e integrada. Segundo Silva et al. (2015) e Souza et al. (2019), a psicologia desempenha um papel fundamental na promoção de intervenções efetivas e de qualidade para melhorar a vida dessas crianças. Através de sua atuação, é possível fornecer suporte emocional, fortalecer vínculos familiares e comunitários, promover o bem-estar e a saúde mental, além de contribuir para a inclusão social dessas crianças.

Um dos aspectos destacados por Silva et al. (2015) e Souza et al. (2019) é a importância de um trabalho individualizado e pautado em metodologias adequadas. Cada criança em situação de vulnerabilidade apresenta particularidades e necessidades específicas, e é essencial que os profissionais da psicologia estejam atentos a essas características. De acordo com Silva et al. (2015), através de uma abordagem personalizada, é possível estabelecer um espaço seguro e acolhedor para que a criança possa expressar seus sentimentos, medos e angústias. Essa escuta qualificada permite a identificação e compreensão das emoções, pensamentos e comportamentos da criança, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias saudáveis de enfrentamento e resolução de problemas.

Além do trabalho individual, a atuação da psicologia também se estende à promoção do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários das crianças em situação de vulnerabilidade. Silva et al. (2015) ressaltam a importância de criar um ambiente acolhedor e empático dentro das instituições de acolhimento institucional, onde as crianças se sintam seguras, respeitadas e cuidadas. Nesse sentido, a psicologia desempenha um papel crucial ao trabalhar em colaboração com outros serviços e políticas públicas, como o SUAS/CRAS e a Psicologia Social Comunitária, ampliando as possibilidades de intervenção e garantindo uma abordagem mais integrada e abrangente.

Outro aspecto relevante é a promoção do bem-estar e da saúde mental das      crianças em situação de vulnerabilidade. Souza et al. (2019) e Fonseca et al. (2013) destacam que o acompanhamento psicológico individual e em grupo desempenha um papel fundamental nesse contexto. O psicólogo oferece um espaço de acolhimento e escuta atenta, permitindo que a criança explore suas emoções e desenvolva habilidades socioemocionais. Por meio desse acompanhamento, a criança pode compreender melhor suas próprias emoções, pensamentos e comportamentos, além de aprender estratégias saudáveis para lidar com os desafios do dia a dia. O fortalecimento da autoestima e da autoconfiança também são objetivos importantes desse processo terapêutico (Silva et al.,2015).

Silva e Corgozinho (2011) ressaltam a importância da articulação entre os profissionais da psicologia e outros serviços e políticas públicas, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Atenção Psicossocial Infantis (CAPSi). Os autores Silva e Corgozinho (2011) enfatizam que essa colaboração permite uma abordagem mais ampla e integrada, que vai além do âmbito individual e considera as dimensões familiares, comunitárias e sociais. A psicologia, ao trabalhar em conjunto com outros profissionais, pode contribuir para a identificação e o acompanhamento de crianças em situação de vulnerabilidade, facilitando seu acesso a programas de assistência social e apoio psicossocial.

Os Centros de Atenção Psicossocial Infantis (CAPSi) representam a principal ação brasileira na saúde mental infantil. De acordo com Couto et. al. (2008) os CAPSi respondem à necessidade de ampliar o acesso ao tratamento para casos que antes estavam fora do sistema formal de saúde mental, como os de autismo. Além disso, buscam melhorar o conhecimento clínico, epidemiológico e a organização de serviços no campo da saúde mental infantil e juvenil. Os CAPSi têm uma abordagem multiprofissional, de base comunitária e são especializados para tratar jovens com múltiplas e complexas necessidades decorrentes de transtornos mentais.

A atuação da psicologia no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças em situação de vulnerabilidade enfrenta desafios significativos. De acordo com pesquisas realizadas por Couto et al. (2008), A falta de capacitação das equipes de saúde, a escassez de profissionais especializados e a baixa cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) em certas regiões são obstáculos centrais. Além disso, a complexidade das questões psicossociais, aliada à falta de espaços de reflexão e análise sobre o trabalho, pode resultar em atendimentos inadequados, especialmente em populações vulneráveis. A superlotação dos serviços e o isolamento dos mesmos agravam o problema. Segundo Delfini et. al. (2012) essas dificuldades, presentes no contexto discutido, evidenciam a necessidade de investimentos em formação, ampliação de equipes especializadas e integração entre serviços de saúde mental e ESF para oferecer suporte psicossocial eficaz e inclusão social a crianças e jovens em vulnerabilidade no âmbito do SUS.

 No entanto, é importante destacar que a atuação da psicologia no campo das políticas sociais, como a Assistência Social, apresenta desafios específicos. Oliveira et al. (2011) apontam que a demanda por atendimento psicológico nesse contexto está concentrada em pessoas em situação de pobreza extrema. No entanto, as orientações do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) estabelecem que os psicólogos não devem realizar psicoterapia nesses casos. Essa restrição tem levado a uma paralisação e incerteza entre os profissionais, uma vez que a psicoterapia era uma estratégia tradicionalmente utilizada.

Em conclusão, a participação da psicologia nos trabalhos de inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade é essencial para promover intervenções efetivas e de qualidade. A atuação individualizada, o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, a promoção do bem-estar e da saúde mental, além da articulação com outros serviços e políticas públicas, são aspectos fundamentais para garantir o desenvolvimento adequado dessas crianças e sua reintegração na sociedade. É  necessário estar atento aos desafios e limitações do campo, buscando sempre uma abordagem integrada e embasada em uma formação crítica e política. Como afirmam Souza et al. (2019), o cuidado e a promoção do bem-estar dessas crianças devem ser uma prioridade para a psicologia e para a sociedade como um todo.

Estratégias e técnicas utilizadas por psicólogos nas atividades de inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade.

As estratégias e técnicas utilizadas pelos psicólogos desempenham um papel fundamental nas atividades de inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade. Com base nos estudos de Guareschi et al. (2007) e Castro et al. (2022), é possível compreender a importância dessas abordagens para promover o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças, considerando suas necessidades específicas e o contexto em que estão inseridas.

A abordagem centrada na pessoa, discutida por Castro et al. (2022), se baseia na teoria humanista e enfoca a compreensão das experiências e sentimentos das crianças vulneráveis. Os psicólogos utilizam a escuta ativa e a empatia para estabelecer uma conexão genuína com as crianças, demonstrando interesse e respeito por suas histórias e desafios. Ao criar um ambiente seguro e não julgador, essa abordagem permite que as crianças se sintam compreendidas, valorizadas e aceitas, o que promove seu bem-estar psicossocial e fortalece sua autoestima (Silva et al., 2015).

As atividades em grupo também desempenham um papel relevante na inclusão social das crianças em situação de vulnerabilidade, conforme apontado por Guareschi et al. (2007) e Castro et al. (2022), essas atividades proporcionam um senso de comunidade e pertencimento, permitindo que as crianças se conectem com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes. Guareschi et  al. (2007) reforça que é importante que as atividades sejam diversificadas e abordem diferentes aspectos, como educação, lazer, cultura e esportes, para promover o compartilhamento de experiências, a aprendizagem mútua e a construção de laços de amizade. A interação social positiva nesses grupos contribui para o desenvolvimento de competências sociais, autoconfiança e resiliência, além de combater o estigma associado à vulnerabilidade.

Uma ferramenta para inclusão social de crianças é a terapia ocupacional a qual busca desenvolver habilidades motoras, cognitivas e sociais, além de promover a autonomia e a autoestima das crianças. No estudo de Souza et al. (2019) e Castro et al. (2022), destaca-se a importância da terapia ocupacional como uma abordagem multidisciplinar na promoção da inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade. Os psicólogos trabalham em conjunto com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, para oferecer suporte adicional no processo de inclusão, considerando as diferentes dimensões do desenvolvimento infantil. Essa abordagem integrada proporciona às crianças ferramentas e recursos para enfrentar desafios e desenvolver todo o seu potencial.

A colaboração multidisciplinar é um elemento essencial nas atividades de inclusão social, conforme ressaltado por Souza et al. (2019) e Castro et al. (2022). Através da colaboração entre psicólogos, assistentes sociais, educadores e outros profissionais, é possível desenvolver estratégias integradas e coordenadas, levando em consideração a família, a comunidade e parcerias com outras organizações. Essa colaboração amplia as possibilidades de intervenção e fortalece as ações de suporte, permitindo um acompanhamento abrangente e eficaz das crianças em situação de vulnerabilidade.

Segundo Couto et. al.(2008) cita em suas pesquisas,  no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) os psicólogos utilizam uma variedade de estratégias e técnicas para promover a inclusão social de crianças em situação de vulnerabilidade. A colaboração com profissionais de diferentes áreas dentro do SUS ajuda a construir uma abordagem interdisciplinar, enquanto a realização de atividades comunitárias, como grupos terapêuticos e palestras educativas, contribui para a sensibilização e engajamento da comunidade, ou seja, a implementação de um cuidado humanizado e efetivo para crianças em situação de vulnerabilidade social demanda não apenas do psicologia. Portanto, as estratégias empregadas pelos psicólogos no SUS visam não apenas à promoção do bem-estar psicossocial das crianças, mas também à construção de uma rede de apoio que favoreça sua inclusão social em um contexto de saúde pública abrangente.(Couto et. al., 2008); (Delfini et. al.,2012)

Em resumo, as estratégias e técnicas utilizadas pelos psicólogos nas atividades de inclusão social de crianças em situações de vulnerabilidade envolvem a abordagem centrada na pessoa, as atividades em grupo, a terapia ocupacional e a colaboração multidisciplinar. Essas abordagens consideram as necessidades específicas das crianças, promovendo seu bem-estar psicossocial, fortalecendo sua autoestima, desenvolvendo suas habilidades e potenciais, e proporcionando um ambiente acolhedor, empático e participativo. A combinação dessas estratégias contribui para o crescimento e o desenvolvimento saudável das crianças em situação de vulnerabilidade, capacitando-as para enfrentar os desafios e construir um futuro melhor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Crianças em situação de vulnerabilidade social enfrentam diversos desafios em seu desenvolvimento, tais como a falta de acesso a recursos básicos, a exposição à violência e a exclusão social. Nesse contexto, é importante considerar a importância do bem-estar, da saúde mental e da participação na educação dessas crianças como fatores fundamentais para o seu desenvolvimento saudável.

De acordo com a literatura, crianças que crescem em situação de vulnerabilidade social apresentam maior risco de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e transtornos de comportamento. Além disso, a exposição à violência pode impactar e prejudicar o desenvolvimento cognitivo e emocional dessas crianças, tornando-se um obstáculo para seu bem-estar e qualidade de vida.

Outro fator importante a ser considerado é a participação dessas crianças em programas educacionais. A educação é um importante fator de proteção para crianças em situação de vulnerabilidade social, pois além de oferecer a elas uma oportunidade de desenvolvimento cognitivo, social e emocional, também pode contribuir para a sua inclusão social e para a redução de desigualdades sociais.

Nesse sentido, é importante que políticas públicas sejam implementadas com o objetivo de garantir o acesso a recursos básicos, como saúde, alimentação e moradia, além de serviços de atendimento psicossocial e programas educacionais de qualidade, que atendam às necessidades específicas dessas crianças e assegurem seu desenvolvimento saudável.

Assim, é necessário que os profissionais da saúde e da educação trabalhem de forma integrada, com o objetivo de identificar e atender às necessidades dessas crianças de forma abrangente e multidisciplinar, oferecendo-lhes um ambiente seguro e acolhedor, que favoreça seu desenvolvimento saudável e promova sua inclusão social.

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1Graduandas em psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO
²Professor orientador do Centro Universitário FAMETRO