PERCEPÇÃO MATERNA SOBRE A COLOSTROTERAPIA EM UMA UNIDADE NEONATAL DE UM HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8125846


Domingas Teixeira de Carvalho Neta1
Ana Carla Dias Rodrigues2
Amanda Reis Trajano3
Tatiana Nunes Guerreiro4
Bárbara Maria Mendes Farias Braga5
Aline de Freitas Ferreira da Silva6


RESUMO

Em neonatologia a utilização do leite humano para tratamento dos recém-nascidos prematuros já é realidade. Esta terapia é uma nova estratégia de assistência, que visa garantir proteção aos bebês internados em unidade neonatal. A pesquisa objetivou avaliar a percepção das mães frente ao tratamento pela colostroterapia em uma Unidade de Terapia Neonatal (UTIN). Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado na UTIN da Fundação Santa Casa da Misericórdia do Estado do Pará. Participaram da pesquisa mães, cujos filhos internados possuíam prescrição médica para colostroterapia. Foi utilizado análise de Bardin e dos relatos obtidos surgiram 4 categorias: I. Compreensão das mães sobre a colostroterapia; II. Colostroterapia e evolução clínica; III. A percepção materna sobre a presença e o cuidado durante a hospitalização e IV. A ampliação do vínculo a partir da colostroterapia. Conclui-se que a compreensão materna em relação a colostroterapia tem origem em diversos aspectos, que envolvem suas crenças, tabus sociais, além de acompanhar momentos marcados pela orientação da equipe. Fica evidente que a terapia colostral é forte aliada no processo de permanência materna durante a hospitalização, o que favorece o desfecho positivo no tratamento do filho. Acredita-se que este tratamento beneficia não só os RNPT como a mãe, por amenizar o sofrimento e carga emocional materna durante a hospitalização. A colostroterapia se mostrou um tratamento inovador, necessitando ser mais bem compreendido pela comunidade científica e pelos profissionais de saúde.

Palavras-chave: Neonatologia; Colostro; Mães; Relações mãe-filho.

INTRODUÇÃO

O leite humano é um alimento único, que carrega consigo valor energético, nutricional e imunológico, sendo consumido pelos recém-nascidos (RN) em quantidades suficientes e adequadas para suas condições vitais. O aleitamento materno (AM) é a primeira prática alimentar e detém fatores que fortalecem a imunidade e promovem a saúde e adequado desenvolvimento infantil. Além de que adequa-se ao sistema gastrointestinal o que facilita a digestão e favorecer fatores neurológicos, como: O fortalecimento do vínculo mãe-filho e sendo facilitador para o desenvolvimento cognitivo e emocional adequados. (APARECIDA et al., 2014)

Almeida (2017) refere-se ao aleitamento materno como uma prática conhecida mundialmente, assim como seus benefícios. Além disso, é um processo fisiológico e natural e sua promoção continua a ser um ponto prioritário nas políticas que se referem aos cuidados de saúde perinatais. Além disso, estudos já comprovam que o colostro de mães de recém-nascidos prematuros/prematuros extremos/muito baixo peso (RNPT/RNPTE/RNMBP) contém maior quantidade de fatores imunológicos quando comparado ao leite maduro. Por isso, o alimento mais recomendado para os RN (de termo ou prematuro) é o leite da própria mãe. Para isto ocorreu a criação dos Bancos de Leite Humano (BLH). Eles tem por objetivo ser um instrumento para capacitar e nortear gestores e profissionais para oferecerem assistência materno infantil adequada e aos usuários para garantir nutrição e proteção aos RN. Dado este fato, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH) criou uma normativa em que essas mães possam ser orientadas e estimuladas a realizarem a coleta do seu próprio leite em ambientes de unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) (SOLDATELI, 2018).

Esta técnica foi denominada colostroterapia, que é um novo método de atenção à saúde dos bebês. É realizado a administração do colostro (leite materno do 1º ao 5º dia após o parto) por via orofaríngea. Na teoria, isso antecipa o efeito protetor contra infecções e funcionaria como uma terapia imune reduzindo a morbimortalidade.  A técnica consiste na administração de 0,2 mililitro de colostro materno (0,1 ml em cada lado da cavidade oral), na frequência de três em três horas, por cinco dias consecutivos, iniciando entre 24 e 96 horas de vida da criança (SOLDATELI, 2018).

Na perspectiva do tratamento com colostro em UTIN, é visível a necessidade da equipe de saúde apurar seus conhecimentos sobre a temática, uma vez que fazem parte, fundamental, do processo de trabalho. O neonato prematuro, em grande maioria, carece de cuidados em UTIN esse cenário torna-se responsável pela separação do binômio mãe-filho. Dado esse fato, muitas famílias sentem-se amedrontadas, pois a realidade foge do que planejavam, dessa forma, os questionamentos acerca da percepção materna sobre os cuidados com o próprio filho, são naturais e desejáveis, além de que existem também as cargas emocionais e fraquezas para lidar. Nesta perspectiva, é notório que o processo de colostroterapia está atrelado a permanência materna em unidade de internação neonatal. Surge, portanto, a pergunta, qual a percepção destas mães frente a introdução da colostroterapia no tratamento de seus filhos? Tendo em vista este questionamento esta pesquisa teve por objetivo avaliar a percepção das mães frente ao tratamento pela colostroterapia em uma Unidade de Terapia Neonatal.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, onde foi avaliado a percepção das mães frente ao tratamento pela colostroterapia em unidade neonatal. O estudo foi efetivado em um hospital público de grande porte e credenciado pela IHAC, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), sendo cenário de coleta de dados a UTIN do primeiro andar da Unidade Materno Infantil Dr. Almir Gabriel.

Foram incluídas como participantes do estudo todas as mães, cujos filhos internados possuíam indicação médica para o tratamento de colostroterapia, com permanência mínima de 08 horas no acompanhamento de seus filhos e com idade ≥ 14 anos. Foi utilizado como critérios de exclusão mães de RN internadas sem indicação médica para o tratamento de colostroterapia, que a frequência de acompanhamento foi inferior a 08 h e com idade < 14 anos. Definiu-se a amostra da pesquisa no quantitativo de 10 participantes.

Inicialmente, foi necessária a consulta do prontuário do RN, para averiguar a indicação para colostroterapia, através das prescrições médicas, para isso utilizou-se o Termo de Compromisso para Utilização de Dados (TCUD). Após essa averiguação realizaram-se as abordagens as mães para o agendamento da entrevista, apresentando de imediato o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e/ou Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), a partir disto foi explicado a elas o propósito da pesquisa e a importância de sua ajuda. O instrumento de coleta de dados consistiu em um formulário com perguntas abertas e fechadas, o qual foi aplicado e preenchido durante as entrevistas com as mães. 

O tipo de método escolhido para interpretação do estudo embasou-se na análise qualitativa do tipo categorial, de acordo com Bardin. Para Bardin a técnica de análise de conteúdo implica algumas fases como: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados, interferência e interpretação. Tais fases foram utilizadas para consumação da análise aplicada no conteúdo das falas das participantes. 

Após a entrevista o material coletado foi analisado, transcrito, organizado e sistematizou as ideias iniciais. A análise dessas informações fez-se através da transcrição literal das gravações para a ferramenta tecnológica Microsoft Word, para uma boa análise e compreensão, e para que tudo que o entrevistado tenha dito fosse utilizado da melhor forma. Após a transcrição dos depoimentos, os resultados foram classificados e codificados para uma análise profunda de acordo com o referencial teórico, selecionando-se assim, as categorias a serem interpretadas. Foi realizada a condensação e o destaque das informações para análise culminando assim, nas interpretações inferenciais e, de acordo com a intuição, a análise reflexiva e crítica.

Este estudo seguiu todos os preceitos éticos previstos na Resolução 466/12 do CNS/MS, que normatiza e regulamenta a pesquisa com seres humanos. A pesquisa só iniciou após aprovação do Comitê de Ética da FSCMP, sendo o projeto de pesquisa submetido para análise em fevereiro de 2019 (CAAE: 07304819.4.0000.5171).

RESULTADOS

10 mães, as quais os filhos possuíam prescrição e realizaram a colostroterapia, estavam aptas a responder o questionário. Contudo, dessas 10 participantes, 2 mães desistiram de participar da pesquisa. Dessa forma, é notório a presença de uma fragilidade no processo de trabalho, quando nos referimos a prescrição da Colostroterapia e sua aplicação. A seguir, serão apresentadas no formato de quadro, as respostas das participantes às perguntas fechadas:

QUADRO 1 Exposição das respostas às perguntas fechadas no padrão de sim ou não 

PERGUNTASM1M2M3M4M5M6M7M8
1- Alguém informou você sobre a colostroterapia?SSSSSSSS
2- Você sabe para que serve a colostroterapia?SSNSNNSS
3- Você consegue realizar a ordenha para fazer a colostroterapia para seu bebê?SSSSSSSS
4- Você recebe informações sobre higiene antes de realizar a colostroterapia?SSSSSSSS
5- Você faz estimulação e retirada de leite fora da unidade neonatal?SSNSNSSN

Legenda:  S (sim) / N (não)

Fonte: do autor.

QUADRO 2 Exposição das respostas à pergunta fechada nº 5 

PERGUNTAM1M2M3M4M5M6M7M8
1 – Seu tempo de permanência na unidade neonatal é?
. ≤ 8 h
X
. Entre 8 e 12 hXXXXX
. > que 12 hXX

Fonte: do autor

Através do resultado das perguntas fechadas, constata-se que a maioria das participantes recebeu informação sobre a colostroterapia. Uma minoria relata não compreender o objetivo da terapia com colostro apesar de serem informadas. Em relação a ordenha para realização da colostroterapia, todas conseguiram realizar o procedimento. Além disso, todas as participantes relatam terem sido informadas e educadas sobre higienização antes da ordenha direcionada a colostroterapia, evitando assim transmissão de infecção via LM. O tempo de permanência da maioria das participantes, na unidade neonatal, deu-se entre 8ª 12 h. Por fim, a maioria delas respondeu que realizava retirada manual de LM fora da unidade neonatal, o que favorece a produção láctea durante o processo de internação e contribui para manutenção do AM após internação.

Em decorrência das falas das participantes às perguntas abertas e dos resultados das perguntas fechadas, que em análise conjunta permitiram apreciação concisa e ampla dos dados, surgiram 4 categorias e 2 subcategorias, mais expostas durante a análise dos relatos. Conforme o quadro a seguir:

QUADRO 3 – Distribuição De Categorias E Subcategorias 

CATEGORIAS 
. Compreensão das mães sobre a colostroterapia 
. Colostroterapia e evolução clínica: percepção das mães
. A percepção materna sobre a presença e o cuidado durante a hospitalização 
. A ampliação do vínculo a partir da colostroterapia.

Fonte: do autor. 

CATEGORIA I – COMPREENSÃO DAS MÃES SOBRE A COLOSTROTERAPIA

Nesta categoria serão apresentados os resultados das falas das mães participantes, a partir de suas respostas, quando questionadas quanto ao seu entendimento sobre a colostroterapia. Surgiram diversas opiniões em referência a este assunto que se relaciona com o conhecimento adquirido e experiências vividas durante o processo de internação do filho que possui prescrição de colostroterapia. É perceptível neste estudo que o entendimento da maioria das mães sobre a terapia colostral é escasso. Fica explícito, ainda, que elas ao se depararem com essa terapia a ser ofertada ao seu RN, sentiram a necessidade de estarem preparadas e dispostas a realizarem tal procedimento, mas ao mesmo tempo vislumbram dúvidas de achar nessa tentativa uma chance de melhora do filho.

Como observamos nos relatos a seguir:

M2 – Bom, antes de meu bebê estar aqui eu não entendia nada, só quando a gente passa por essas situações que a gente passa a conhecer, né…
M6 – […] ela me perguntou se eu tinha leite, aí eu disse que nunca tinha tirado… disse pra eu tentar tirar 3, 4 gotinhas, que ia fazer muito bom pro bebê, então eu fiz.

Pode-se elucidar e atrelar esta situação ao fato de que a colostroterapia ainda é um protocolo institucional recente na instituição (datado em março de 20180 e ainda pouco divulgado, colaborando para a pouca informação entre os profissionais de saúde e a dificuldade dos mesmos em orientar as mães do serviço de neonatologia. Destaca-se então, a pesquisa de Lopes, Oliveira e Soldatelli (2018), que identifica que a colostroterapia é ainda um assunto novo e em estudo com pouco espectro na literatura, sendo necessário a busca de novas evidências sobre impactos e desfechos clínicos.

O saber materno é desenvolvido quando é proposto o tratamento, atrelado a orientação dada e o interesse da mãe, sendo então observado na fala abaixo que ao se depararem com a terapia colostral, buscam em outras fontes com o uso das tecnologias digitais explorar um pouco mais sobre o tratamento prescrito. 

M1 – Logo que me falaram não sabia que era, fui pra casa e fui pesquisando o que era e vi que é de suma importância pra ela pro desenvolvimento dela.

Para Santos et al. (2017) o conhecimento materno é advindo de perspectivas populares, crenças, tabus, entre outros. Dessa forma, o entendimento sobre a terapia colostral, ainda que escasso e popular, depende da explanação que a comunidade científica aplica sobre a terapia com o colostro humano e como ele é divulgado quando ofertado no serviço assistencial. As mães até conhecem o colostro, porém, não dão tanta importância ao mesmo, pois estão ainda agregadas a saberes populares e crenças, o que as faz conhecer de forma distorcida seu real valor. Ao invés de compreender o colostro como elemento capaz de fornecer proteção ao filho, acabam por concluir que o colostro é um leite comum, com função única e exclusiva de alimentação (RIBEIRO, CIRILOE, MENEZES, 2016)

Identificou-se também que as genitoras atribuem a colostroterapia como fonte de alimentação, a partir de seus entendimentos dentro das rotinas do hospital. Em contrapartida, reconhecem a colostroterapia como fonte de nutrientes, no sentido de acreditarem que essa terapia estimula a mamada precoce, o conhecer o leite da mãe mais rápido. Como observado nos relatos a seguir:

M2 – Ele fazia dieta na sonda também, e antes da mamadinha, colocava na bochecha e ele gostava.
M7 – […] é um reforço pra criança, pra ela sentir o gosto do leite da mãe… e ele vem nos primeiros dias, é um leite mais forte.

Em contrapartida, 3 mães expõem o desconhecimento sobre o objetivo da terapia orofaríngea com colostro, apesar de terem sido informadas sobre tal procedimento, alegam a falta de esclarecimentos por parte da equipe da UTIN, inclusive relataram que apenas observaram o procedimento sendo realizado, como descrito em uma das falas:

M5 – Ah não sei … ninguém me explicou, nem médica, nem enfermeira, só olhava elas fazendo a gotinha na bochechinha dele[…]

Isso é um ponto importante, pois a equipe deve estar atenta em como repassar essas informações e utilizar formas adequadas de linguagem para que as genitoras entendam de fato a importância e o motivo deste tipo de terapia, além do que, são cruciais para evitar que a mãe perca o interesse em estar presente no processo de internação do filho. Para Tamez (2017) entre as características que contribuem para que as mães se sentem desencorajadas a amamentar ou a extrair o seu leite, encontra-se a falta informações fornecidas à mãe pela equipe de saúde, falta de conhecimento por parte das mães sobre as vantagens do aleitamento materno para o recém-nascido de alto risco, e a ausência de incentivo à mãe participar ativamente na recuperação do seu filho.

Nota-se que a maioria das mães foram informadas pela equipe sobre a colostroterapia, sendo observado nas unidades de registro que as profissionais médicas e enfermeiras são as categorias que oferecem esse tipo de informação. Acrescentam, Chegregatti e Amorim (2014), que a capacitação e qualificação da equipe de saúde são imprescindíveis para a execução das atividades e assistência prestada ao paciente na UTIN. Além de terem que preocupar-se com pacientes graves, precisam lidar e estarem atentos aos cuidados e organização do trabalho, isto inclui supervisionar e orientar os usuários sobre os procedimentos necessários para suprir as necessidades do paciente adoecido.

Foi possível também identificar que a partir da fala profissional as mães se tornam mais empoderadas, tanto em conhecer o tipo de terapia proposta ao cuidado do filho, quanto ao empenho em realizar a terapia e fortalecer a esperança de melhora clínica dele.

Ao observar a fala a seguir pode-se remeter ao que foi citado acima:

M1 – […] quando a médica me falou sobre a colostroterapia, que eu cheguei em casa e fui pesquisando… achei muito interessante eu fiquei assim, tipo, nem todo mundo tem a oportunidade de fazer, … pra gente é de suma importância.

Araújo, Rodrigues e Pacheco (2015), em seu estudo demonstram que o cuidado materno representa um conjunto de ações ambientais e biopsicossociais que possibilita a atenção integral à mãe com o seu filho, de forma que este se desenvolva bem ao seu lado. Entre os benefícios da participação materna nos cuidados ao filho prematuro, destacam-se melhora da condição clínica, ganho de peso, desenvolvimento do sistema imune e autorregulação orgânica. A informação quando explicada e ensinada colabora para que as mães busquem por mais conhecimento sobre o assunto, além de compartilharem entre si as experiências e relatarem a importância da terapia com colostro, o que amplia a procura de mais informações sobre esse tipo de tratamento, tanto pela equipe quanto pelas outras mães acompanhantes como é possível observar na fala:

M1 – A princípio eu nem sabia o que era, aí a enfermeira me falou, a médica também, aí ela disse olha tu tem que fazer a colostroterapia, e eu o que é, ela disse de 3 em 3 h tu tem que tirar o leite, aí desde o primeiro momento eu ta tudo bem, cheguei em casa a noite, fui pesquisar, me estimulou muito, eu vi que era muito importante.
M6 – […]elas falaram que era essencial pro meu bebê, aí eu comecei a fazer, perguntei pras outras mães, procurei saber mas, aí entendi um pouco mais… Ela disse que tinha que fazer por 7 dias, aí eu comecei…

Coutinho e Kaiser (2015) apontam que o apoio da equipe de saúde no processo de hospitalização traz os esclarecimentos que fazem a diferença no sentido de bem-estar do binômio mãe-filho, além de oferecer apoio e garantir a esta mãe participação no cuidar. Reporta também sobre os benefícios nutricionais e imunológicos que o leite materno apresenta, sendo os efeitos psicológicos para a mãe e filho os que mais contribuem sobremaneira no desenvolvimento afetivo de ambos. 

CATEGORIA II – A COLOSTROTERAPIA E A EVOLUÇÃO CLÍNICA: PERCEPÇÃO DAS MÃES

A análise dos dados possibilitou a identificação desta categoria, a qual tem o intuito de desvendar quais expectativas permeiam este processo de hospitalização em UTIN, tendo a colostroterapia como tratamento motivador para as mães. 

Estudos como de Santos et al. (2012) apontam que o nascimento do filho em condições de risco atrelado a internação em UTIN é um evento atribulador e inesperado, que gera insegurança e incerteza no que diz respeito a vida e saúde do filho, além de impactar diretamente nos papéis sociais dos envolvidos, exigindo dessa forma reformulação das demandas e mudanças na rotina.

Ao serem questionadas se conseguiam observar melhoras em seus bebês após a colostroterapia, foi constatado através do relato das participantes que a evolução era percebida, sendo visualizada através do ganho de peso, exames laboratoriais com resposta positiva além da progressão da dieta.

M5 – achei que ele ganhou peso, …porque quando ele nasceu, tava com 630 g, aí depois diminuiu, aí quando foi depois da colostroterapia, ele começou a ganhar de novo.
M6 – ele ficou mais estável, mais esperto, porque ele tava de dieta zero, aí quando começou a fazer a colostro, aí foi desenvolvendo rapidinho, foi fazendo dieta já, aumentou os ml, acho que foi bem importante.

Nas unidades de registro foi possível observar os relatos que advém dos enigmas e sentimentos envolvidos neste processo. Dessa forma, nota-se que ao serem abordadas a proposta da colostroterapia, o primeiro sentimento presente é a incerteza, o que demonstra o desconhecimento para as mães nesse momento, como mencionado na categoria I. Em contrapartida nasce o sentimento de esperança, quando se deparam com a oportunidade de proporcionar uma tentativa de melhora ao estado de saúde dos filhos. 

Isso fica explícito nas falas a seguir:

M1 – quando a médica me falou sobre a colostroterapia, fui pesquisando… achei muito interessante eu fiquei assim, tipo, nem todo mundo tem a oportunidade de fazer, … pra gente e pra eles é de suma importância, é o que dá uma esperança pra gente.

Para as mães de RNPT, além do período estressante, também emergem inúmeros problemas e preocupações, entre elas incluem-se o medo frente à condição de fragilidade e risco ao qual o filho está exposto; insegurança em relação aos cuidados; ansiedade em vista à doença, tratamento e recuperação, dentre outros. (ROLIM et al., 2016)

Parreira (2016), ao considerar a situação de vulnerabilidade da mãe, que se encontra desamparada emocionalmente, longe do seio familiar e vivenciando a sensação de perda inesperada devido a condição clínica de seu bebê, aponta a necessidade do apoio da equipe e do serviço, de modo que proporcionem a elas acolhimento e amenizem a experiência dolorosa neste processo de internação do filho. 

Além dessa percepção, podemos também destacar que ao surgirem esses sentimentos, apoiam-se em entidades espirituais que dentro de suas crenças, são alternativas de amenizar seu sofrimento e ânimo para continuar persistindo junto a seus bebês. Podemos, dessa forma, observar nas entrelinhas da fala materna essa forma de encarar o momento:

M1 – Assim, a gente não entende muito, né…, mas a gente tem fé que vai dar certo.

Nieweglowski (2004); Puggina, Silva e Araújo (2008) colaboram quando citam em seus estudos que um dos recursos que os pais acolhem, como forma de enfrentamento é a crença em Deus e sua fé. Portanto, ao perceber esse acontecimento, não se pode menosprezar as emoções, anseios e alternativas que as mães buscam para abrandar o processo de enfrentamento à situação em que vivem.

CATEGORIA III – PERCEPÇÃO MATERNA SOBRE A PRESENÇA E O CUIDADO DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO

Esta categoria surgiu dos expressivos relatos das participantes quando questionadas, sobre a presença durante o período de internação dos filhos na UTIN relacionando com a oferta da colostroterapia e a influência que repercutia no tratamento do filho. 

M7 – Influencia sim. Ela sente, sabe a hora que eu chego… Quando ela acorda e eu pego nela, ela fica mais calminha, ela já reconhece, já sabe que eu tô aqui.

Frente a pergunta, muitas delas relatam a importância de sua presença e acreditam que a colostroterapia veio contribuir com a permanência durante a internação do filho. Esta contribuição tem diversos aspectos, como: apoio, carinho, segurança, esperança, entre outros.

M7 – Às vezes a enfermeira diz que ela ficou agitada a noite, eu acho que é, porque eu sempre tô junto, chego pra fazer a colostro e depois eu já tô pegando, eu tô conversando sempre com ela, ela já percebe. Acho que ela fica nesse período da noite acordada, aí ela não me escuta e fica mais agitada.

Parreira e Alves (2016) reforçam quando descrevem que as mães na posição de acompanhantes de seus filhos prematuros encontram-se em situação de vulnerabilidade, sendo perceptível seu sofrimento neste processo. Em contrapartida a essa condição, vem a colostroterapia resgatar nessa mãe a sensação de cuidado, amenizar o sofrimento sobre a gravidade do seu bebê através da oferta do colostro, vem sendo uma alternativa primordial para manter estabilidade emocional através da inserção no cuidado individualizado do bebê.

É observado que a presença da mãe durante o processo de hospitalização de um recém-nascido é extremamente fundamental, sendo também observado que a colostroterapia é um elo importante nesse processo.

M2 – Eu consegui observar melhora sim… segundo os exames dele, ele vem reagindo cada vez melhor ao tratamento, e pode ser não só da medicação, mas do estímulo que eu fiz com a colostroterapia.

Fica explícito que paradigmas, muitas vezes predominantes, em relação à terapia e assistência medicamentosa, são quebrados com a proposta do tratamento orofaríngeo com o colostro, uma vez que é de produção natural, sendo uma forma de tratamento não medicamentosa, que necessita de auxílio, apoio e estímulo. Em estudo sobre a dor em neonatos, Maciel et al. (2019) retratam sobre medidas terapêuticas não farmacológicas, as quais podem ser adotadas de maneira e abordagem isoladas, e até mesmo como estratégias adjuvantes no processo de evolução clínica do neonato adoecido. Além disso, Araújo (2015) aponta sobre combinação de variadas medidas não farmacológica, no intuito de favorecerem com efeito sinérgico protetor, destaca então a utilização de sucção não nutritiva, contato pele a pele, solução oral de glicose, entre outros, dessa forma podemos associar a isto a colostroterapia uma dessas medidas.

As unidades de registros demonstram ainda, que a colostroterapia isolada não faz com que as mães acompanhem de perto a assistência hospitalar prestada ao filho, porém seria essa terapia um grande incentivador para estarem ali, pois é necessário a presença da mãe na unidade neonatal para que a terapia seja executada.

As falas abaixo, demonstram o que acima foi mencionado:

M2 – “Na verdade eu já estava, só fez eu fortalecer mais a estada aqui.”
M5 – “[…] fez eu ta vindo mais aqui, precisava tá aqui pra fazer isso. Eu nem fui pra casa depois de receber alta, depois que já fui indo, mas fico aqui o dia inteiro e só vou dormir em casa.”

Entende-se então que a colostroterapia vem sendo aliada às expectativas maternas, uma vez que alimenta o sentimento de recuperação, evolução clínica, a crença que possa ser uma possibilidade de cura.

Em relação a pergunta fechada nº 5 (Quadro 2) que abrange o tempo de permanência dentro da unidade neonatal, notou-se que apenas 1 mães participante relata seu tempo de permanência igual a 8 horas; 5 mães permaneciam no intervalo de 8 a 12 h na UTIN, e 2 mães possuíam tempo de permanência maior ou igual a 12 h. Nessa perspectiva, Silva et al. (2017) em seu estudo, observa que a mãe entende como é essencial a sua função no processo de cuidar e melhora de seu filho hospitalizado, salientando que a permanência dela neste momento apura o vínculo, proporciona segurança e apoio ao filho.

CATEGORIA IV – A AMPLIAÇÃO DO VÍNCULO A PARTIR DA COLOSTROTERAPIA

Essa categoria emergiu a partir dos expressivos relatos nas unidades de registro, sobre a contribuição da terapia orofaríngea com a formação do vínculo entre a mãe e o RN internado na UTIN.

É possível visualizar nos relatos que as mães apontam a colostroterapia como fonte de imunidade, apego, e fortalecimento do quadro clínico através do leite materno. 

M1 – […] é o contato direto, o meu primeiro contato diretamente com minha filha, é aquele primeiro leite o colostro que cria aquele vínculo mãe e filha, e que tem o fator imunológico.
M2 – […] a colostroterapia age como se fosse uma vacina, para fortalecer a imunidade do bebê.
M7 – Eu entendi que é pra proteção, como se fosse uma vitamina […]
M8 – Entendi que ele ficaria melhor, mais rápido, que ia ajudar na proteção dele, que a cura dele ia ser mais rápido.

Com isso, podemos destacar o estudo de Santos et al. (2017), o qual identifica que puérperas percebem que o colostro estabelece o primeiro contato, além da oferta de proteção para os filhos, através dos componentes do leite materno.

Nota-se na fala de M1, que a colostroterapia vem mostrar que o tratamento não é baseado apenas em medicamentos, procedimentos invasivos, mas sim, que está incluído nesse processo, o vínculo, a aproximação, a construção do afeto e da maturidade em passar por aquele momento, sendo a colostroterapia facilitadora para isto.

M1 – a tua filha vai provar do teu leite, não tem coisa melhor, vai fortalecer, vai criar imunidade nela, é o vínculo entre vocês.

Na maioria dos relatos, as mães acreditam que apesar de serem gotinhas no canto da boca do filho, são gotas que estimulam não só a proteção orgânica, mas estimulam o reconhecer entre mãe-filho, através da sensação da gota de leite materno no paladar do RN.

M6 – […] porque assim a gente fica tirando o leite, bem que ela não bebe, mas só de tá passando na boquinha do bebê já sabe que tá sentindo o gosto do leite, então já é um método dele conhecer você mais, sabe?

Apesar de ser observado que a maioria das genitoras estão ali por vontade própria e por quererem estar ao lado do filho, acompanhando tudo de perto, a colostroterapia funciona como reforço, atrelando a vontade de participar no cuidado ao desejo de recuperação mais rápida do bebê, além de incluir dentro desses sentimentos, a sensação de que podem estar participando do cuidado individualizado, não só utilizando o toque, ou medidas de afeto, mas ofertando o produto lácteo advindo de seu corpo para seu filho.

Observando as falas a seguir, é visível aplicar ao resultado descrito acima:

M4 – […] a gotinha que caiu e ela queria sugar, procurava pro ladinho, e queria mais, porque acho que já sentia o nosso cheiro, e reconhecia pelo leite…aí já era um estímulo pra mim e pra ele, eu ficava feliz de tá fazendo alguma coisa por ele.
M8 – […]me senti mais próxima dele, senti que estava fazendo algo por ele.

Esta visão também é manifestada pelos autores Brassolatti e Veríssimo (2013), os quais consideram importantes e essenciais para a conforto psicológico da criança, a afinidade constante com a mãe ou com outra pessoa que a substitua de maneira integral, uma vez que estes tipos de comunicação como o toque, o cheiro, o som, entre outros, são percebidos pelos pacientes em estado crítico, na maioria das vezes, vindos inclusive de pessoas desconhecidas em um ambiente diferente/estranho.

Percebe-se ainda, que apesar da separação ocorrida devido a prematuridade e necessidade de cuidados intensivos, os relatos das mães desvendam que a presença delas durante a hospitalização do filho foi fortalecida com a oportunidade de realizar a sensibilização oral com colostro dentro de unidade neonatal. 

Demonstra-se o que acima foi mencionado, através da fala a seguir:

M7 – […] eu não tava aqui só pela colostroterapia. Eu tive ela prematura, ela nasceu de 6 meses, eu tive alta e já fiquei direto aqui, mas a colostroterapia foi um vínculo, o leite materno é um vínculo que a mãe tem com a criança, que a criança tem com a mãe, uma forma de conhecer […]

Para Souza et al. (2010), a mãe ao desejar estar acompanhando o filho internado somado ao desejo de recuperação de saúde dele, procura estratégias que possam dar subsídio ao seu enfrentamento durante estar vivendo essa situação, buscando o fortalecimento do vínculo através de habilidades que fazem parte do cuidado individualizado do RN. Dessa forma, constata-se que a colostroterapia agregando a participação materna ao cuidado neonatal, é fundamental para fortalecimento do vínculo entre o binômio mãe-filho.

CONCLUSÃO

Por se tratar de um procedimento recente, existem ainda fragilidades dentro dos processos de assistência à saúde, no que diz respeito a execução da terapia orofaríngea com colostro, sendo percebido através da dificuldade durante a coleta de dados. Isso demonstra a necessidade de melhorias na comunicação entre os membros da equipe de saúde, assim como a informação direcionada à mãe. A compreensão materna em relação a colostroterapia tem origem em diversos aspectos, que envolvem suas crenças, tabus sociais, além de acompanhar momentos marcados pela orientação da equipe. Ressalta-se nesta situação a importância da equipe para a ampliação do conhecimento das mães dos RN internados em UTIN, favorecendo o engajamento no tratamento. Fica evidente que a terapia colostral é forte aliada no processo de permanência materna durante a hospitalização, o que favorece o desfecho positivo no tratamento do filho. Dessa forma, esse procedimento veio para fortalecer o acompanhamento e o vínculo do binômio mãe-bebê. Compreende-se que a colostroterapia vai além da oferta de fatores de proteção, tendo impacto efetivo na evolução clínica dos RN, evidenciado pelo ganho de peso, mudanças nos parâmetros vitais e melhora laboratorial. Acredita-se que a colostroterapia beneficia não só os RNPT como sua a mãe, por amenizar o sofrimento e carga emocional materna durante a hospitalização, o que a oportuniza a realizar cuidados ao filho de forma diferenciada, suprindo suas expectativas de cuidar. Surge então a proposta de estimular mais pesquisas sobre a colostroterapia, por se tratar de um tratamento inovador, necessitando ser mais bem compreendido pela comunidade científica e pelos profissionais de saúde. Dessa forma, pode-se alavancar inúmeros ganhos na assistência neonatal e de uma forma global construir estratégias que visem a divulgação, a capacitação e o fortalecimento deste cuidado.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, L. I. A. M. Fatores que influenciam a amamentação à alta em recém-nascidos após o internamento numa unidade de apoio perinatal diferenciado. 2017. 153 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem: Saúde Infantil e Pediatria) – Escola Superior de Saúde de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal, 2017.

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TAMEZ, R. N. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. 6 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.


1Enfermeira especialista em Obstetrícia
2Enfermeira especialista em Saúde da Criança
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