SEPSIS IN PATIENTS WITH URINARY CATHETERS HOSPITALIZED IN AN INTENSIVE CARE UNIT AND NURSING ACTIONS FOR ITS PREVENTION: AN INTEGRATIVE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8110651
Anne Elise Oliveira De Lima Bomfim Santana;
Wedna Marques De Almeida;
Josemir De Almeida Lima;
Hulda Alves De Araújo Tenório;
Raissa Fernanda Evangelista Pires Dos Santos;
Pollyanna Maria Neves De Melo.
RESUMO
Introdução: A sepse é uma resposta sistêmica do organismo de origem infecciosa que está associada a diversas situações, entre as quais, o uso prolongado de cateteres urinários em pacientes hospitalizados. Conhecer os fatores de risco para sepse associados ao uso desses dispositivos e as ações de enfermagem para preveni-la são essenciais para seu controle. Objetivo: Analisar os fatores de risco para o desenvolvimento da sepse em pacientes com cateteres urinários e internados em unidade de terapia intensiva e as ações de enfermagem para sua prevenção. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, que teve as buscas realizadas nas bases de dados PubMed, Cochrane Library e ScienceDirect. Foram incluídos artigos originais publicados no período entre os anos de 2018 e 2023 nos idiomas inglês e português, sendo excluída as revisões de literatura, preprints, resumos e monografias. Resultados: Dentre os fatores de risco identificados, destacam-se a presença de Diabetes Mellitus, tempo prolongado de uso do cateter, internação prolongada, presença de um cateter urinário de demora e a instrumentação urinária prévia. As ações de enfermagem sugeridas para prevenção de sepse associada a cateteres urinários foram: técnicas assépticas na inserção, manutenção dos dispositivos e uso de instrumentos estéreis, higienização das mãos antes e após manipulação do sistema, treinamento da equipe de enfermagem Conclusão: O uso de cateteres urinários em pacientes internos em UTI pode ser associado a complicações como a sepse, portanto, a identificação dos fatores de risco associados e a adoção de medidas preventivas adequadas são essenciais para reduzir a incidência dessa complicação, sendo necessário para isso investir no conhecimento, para que a equipe de Enfermagem obtenha mais informação e possa exercer ações de prevenção com mais segurança e presteza.
Descritores: Cateteres urinários; Unidade de terapia intensiva; Sepse; Fatores de risco; Assistência de enfermagem.
ABSTRACT
Introduction: Sepsis is a systemic response of the organism of infectious origin that is associated with several situations, including the prolonged use of urinary catheters in hospitalized patients. Knowing the risk factors for sepsis associated with the use of these devices and the nursing actions to prevent it are essential for its control. Objective: To analyze the risk factors for the development of sepsis in patients with urinary catheters and hospitalized in an intensive care unit and the nursing actions for its prevention. Method: This is an integrative review, which was searched in PubMed, Cochrane Library and ScienceDirect databases. Original articles published between 2018 and 2023 in English and Portuguese were included, excluding literature reviews, preprints, abstracts and monographs. Results: Among the risk factors identified, the presence of Diabetes Mellitus, prolonged use of the catheter, prolonged hospitalization, presence of an indwelling urinary catheter and previous urinary instrumentation stand out. The nursing actions suggested for the prevention of sepsis associated with urinary catheters were: aseptic techniques for insertion, maintenance of devices and use of sterile instruments, hand hygiene before and after manipulation of the system, training of the nursing team Conclusion: The use of catheters urinary tract in ICU patients can be associated with complications such as sepsis, therefore, the identification of associated risk factors and the adoption of appropriate preventive measures are essential to reduce the incidence of this complication, and for this it is necessary to invest in knowledge, so that the Nursing team to obtain more information and be able to carry out preventive actions with more security and promptness.
Descriptors: Urinary catheters; Intensive care unit; Sepsis; Risk factors; Nursing assistance.
Este estudo tem como objeto a sepse em pacientes com cateteres urinários internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O interesse pela pesquisa surgiu durante a realização de estágio em um setor de emergência de um hospital privado de Alagoas. Neste estágio foi possível observar uma alta incidência de pacientes que deram entrada neste setor com suspeita de sepse associado ao uso de cateter urinário.
A sepse é definida como a resposta sistêmica do organismo frente a uma infecção que pode ser causada por vírus, bactérias e fungos, ou a resposta desordenada a uma infecção que ocasiona uma disfunção orgânica (ZOPPI, 2018). Diante disso, as principais manifestações clínicas da sepse são cefaleia, calafrios, taquipneia, taquicardia, diarreia, hipertermia ou hipotermia, náuseas, vômitos, sudorese, leucocitose ou leucopenia. Consequentemente, a sepse associada à disfunção orgânica indica uma sepse grave e quando compromete o sistema cardiovascular é indicativo de choque séptico (MELLO; ERDMANN, MAGALHÃES, 2018).
A sepse pode estar associada a qualquer tipo de foco infeccioso, sendo mais comum a pneumonia, a infecção do trato urinário (ITU) e a infecção intra-abdominal. Outros focos são: infecção de cateteres, abscessos, meningites e endocardites (VIANA; MACHADO; SOUZA, 2017). A pneumonia é a patologia que mais frequentemente causa a sepse por ser um processo infeccioso do trato respiratório que pode ser associado ao tempo de permanência em UTI e ao uso de ventilação mecânica (BARROS; MAIA; MONTEIRO, 2016).
No Brasil, em 2022, obteve 14.366 pacientes acometidos com a sepse e o choque séptico. Esses casos tiveram como foco infeccioso a pneumonia (5.841), a infecção do trato urinário (2.222), a infecção intra-abdominal (1.594) e outros focos (4.709). Na UTI, 839 pacientes desenvolveram a sepse e 730 desenvolveram o choque séptico. A taxa de letalidade dos acometidos que estavam internos na UTI é de 57%, ou seja, mais da metade dos pacientes foram a óbito (INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE SEPSE, 2022).
Os cateteres urinários são amplamente usados na assistência à saúde, em especial nos pacientes críticos. Cerca de 25% dos pacientes hospitalizados e 70% dos pacientes internados em UTI são submetidos ao uso desses cateteres, devido a isso são considerados como principal fator de risco para ITU. Os cateteres vesicais de alívio e demora consistem em um tubo para drenagem inserido na uretra até a bexiga que pode ter como objetivo uma drenagem temporária, permanente ou intermitente a depender do caso clínico de cada paciente (MOTA, 2019). Já o cateter duplo J é inserido cirurgicamente entre a pelve renal e a bexiga para manter a permeabilidade da urina em casos de cálculos, processos inflamatórios, lesão e edema de mucosa ureteral que podem ocasionar obstrução do ureter (MUNIZ et al., 2020).
A UTI presta assistência especializada e de alta qualidade aos pacientes críticos que necessitam de cuidados contínuos da equipe multidisciplinar. Esses pacientes são mais suscetíveis à piora do quadro clínico e a infecção devido aos procedimentos invasivos de ventilação mecânica, sondas, drenos e cateteres. Outros fatores que acarretam o mau prognóstico são as incisões cirúrgicas infectadas, pacientes idosos com doenças crônicas e estado nutricional desfavorável (MELLO; ERDMANN; MAGALHÃES, 2018).
Dessa forma, é função privativa do enfermeiro a inserção do cateter vesical de demora conforme a Resolução Nº 450/2013 publicada em dezembro pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Assim, o enfermeiro torna-se fundamental nos procedimentos que envolvem os cateteres urinários pois suas ações realizadas de forma correta com embasamento técnico e científico podem prevenir ITU, desde a inserção, manutenção e a retirada dos cateteres (LOPES et al, 2018).
Os pacientes internados em UTI caracterizam por serem críticos, com quadro clínico instável e que estão sob o uso contínuo de dispositivos médicos, como os cateteres urinários, o que aumenta as chances de infecção do trato urinário, que pode evoluir para uma sepse e possibilitando o óbito do paciente. Para que isso não ocorra é necessária uma maior compreensão dos fatores que favorecem essa relação entre o uso de cateteres urinários e sepse e as ações de enfermagem para sua prevenção.
Diante disso, este estudo busca responder a seguinte questão norteadora: Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da sepse em pacientes com cateteres urinários e internados em unidade de terapia intensiva e quais as ações de enfermagem para sua prevenção?
Nesse ensejo, este estudo torna-se relevante na medida que os resultados obtidos através dela podem contribuir para a compreensão e identificação dos fatores de risco que predispõem os pacientes que fazem uso de cateteres urinário a uma maior incidência de sepse, bem como a elaboração de estratégias e protocolos que visem prevenir e reduzir essa incidência. Face ao exposto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar os fatores de risco para o desenvolvimento da sepse em pacientes com cateteres urinários e internados em unidade de terapia intensiva e as ações de enfermagem para sua prevenção.
Trata-se de uma revisão integrativa, técnica que possibilita a reunião metódica e meticulosa de componentes para combiná-los, desenvolver conhecimento e fornecer evidências de qualidade (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019). Portanto, foram utilizadas as 06 (seis) etapas descritas pelos autores supracitados para o desenvolvimento deste estudo: 1. Definição da questão de pesquisa; 2. Busca e seleção de estudos originais; 3. Extração de dados dos estudos originais; 4. Avaliação crítica dos estudos selecionados; 5. Resumo dos resultados da revisão; 6. Apresentação da revisão.
Para a elaboração da questão de pesquisa da revisão integrativa durante a primeira etapa, utilizou-se a estratégia PICo, sigla apresentada na Figura 1. Assim, a questão de pesquisa delimitada foi: quais os fatores de risco para o desenvolvimento da sepse em pacientes com cateteres urinários e internados em unidade de terapia intensiva e quais as ações de enfermagem para sua prevenção?
Figura 1. Representação da estratégia PICo
Fonte: Elaborada pelos autores (2023)
Em sequência, a segunda etapa integra os critérios de inclusão e exclusão de acordo com os estudos originais. Foram incluídos artigos originais publicados no período entre os anos de 2018 e 2023 nos idiomas inglês e português, sendo excluída as revisões de literatura, preprints, resumos e monografias. A coleta de dados desta pesquisa foi realizada em março de 2023.
As buscas por estudos foram realizadas na base de dados PubMed, ScienceDirect e Cochrane Library. Para a efetividade das buscas foi utilizada a estratégia de busca: Fatores de risco AND Sepse AND Cateteres urinários. Nesse sentido, a estratégia foi composta por descritores cadastrados no site Medical Subject Headings (MeSH), unidos pelo operador booleano “AND”.
Na terceira etapa foi realizada a extração dos dados de cada estudo selecionado, conforme os critérios de elegibilidade descritos acima. Em sequência, na quarta etapa, os estudos selecionados foram avaliados conforme a escala Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluations (GRADE), escala que avalia a qualidade da evidência dos estudos, sendo a classificação: muito baixo, baixo, moderado e alto (BMJ, s.d).
A quinta etapa consistiu na síntese dos achados da revisão, que foram classificados de acordo com o título da publicação, autores, ano de publicação, nome do periódico e palavras-chave. As principais descobertas de cada estudo também foram resumidas, juntamente com seu objetivo, abordagem metodológica e nível de evidência. Após esse processo, a sexta etapa se deu através da apresentação da revisão.
Como parte desta investigação, 7 (sete) artigos que atenderam aos requisitos de elegibilidade pré-determinados foram escolhidos para a síntese dos resultados. A Figura 2 mostra uma representação do número de estudos.
Figura 2. Representação do número de estudos
Fonte: Elaborada pelos autores (2023)
Após a representação dos estudos selecionados, no Quadro 1, foram caracterizados de acordo com o título, nome dos autores e ano de publicação, palavras-chave e nome do periódico onde o estudo foi publicado.
Quadro 1. Caracterização dos estudos referentes aos aspectos clínicos da sepse relacionada ao uso de cateteres
TÍTULO | AUTORES E ANO DE PUBLICAÇÃO | PALAVRAS-CHAVE | PERIÓDICO |
Estudo dos fatores de risco para colonização urinária em pacientes com cateter duplo J | Saouli et al. (2021) | Fatores de risco; Infecção urinária; Cateter duplo J. | African Journal of Urology |
Uso permanente de dispositivos médicos e risco de sepse em um hospital de área de escassez de profissionais de saúde: possível interação com o tempo de internação | Ahiawodzi et al. (2020) | Diagnóstico de sepse; Morbidade; Fatores de risco; Sistema de saúde rural; Dispositivos invasivos; Tempo de internação. | American Journal of Infection Control |
Infecções adquiridas em hospital na unidade de terapia intensiva adulto – Epidemiologia, padrões de resistência antimicrobiana e fatores de risco para aquisição e mortalidade | Despotovic et al. (2020) | Infecção relacionada à assistência de enfermagem; Infecção viral do SNC; Controle de infecção; Vigilância; Dispositivos invasivos; Sérvia. | American Journal of Infection Control |
Infecção urinária nosocomial e risco de bacteremia em pacientes idosos: sonda vesical, fatores clínicos e espécies bacterianas | Leihof et al. (2019) | Sonda vesical; Idosos; Bacteremia; Cateter urinário. | Infectious Diseases |
Fatores preditivos para Enterococcus faecalis em infecções complicadas do trato urinário adquiridas na comunidade em pacientes idosos | Madrazo et al. (2019) | Adequação da terapia empírica; Infecções adquiridas na comunidade; Idosos; Enterococcus faecalis; sepse urinária. | Japan Geriatrics Society |
Prevenção a longo prazo de infecções do trato urinário associadas a cateteres em pacientes críticos por meio da implementação de um programa educacional e uma lista de verificação diária para manutenção de cateteres urinários de demora: Um estudo quase experimental | Menegueti et al. (2019) | Infecções do trato urinário associadas a cateteres; Educação de profissionais de saúde; Pesquisa de implementação; Unidade de terapia intensiva; Prevenção. | Medicine |
Eficácia da irrigação da bexiga na prevenção de infecções do trato urinário associadas à cateterização de curto prazo em pacientes comatosos: Um ensaio clínico randomizado controlado | Ramezani et al. (2018) | Coma; Unidade de terapia intensiva. | American Journal of Infection Control |
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
Em sequência, no Quadro 2, está a síntese dos resultados, conforme o objetivo, desenho de estudo e nível de evidência.
Quadro 2. Síntese dos resultados dos estudos selecionados
AUTORES | OBJETIVO | DESENHO DE ESTUDO | NÍVEL DE EVIDÊNCIA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
Saouli et al. (2021) | Identificar a prevalência de colonização urinária entre pessoas com stents duplo J e os fatores de risco associados a essas colonizações | Estudo prospectivo monocêntrico | Alta | Em 120 pacientes, a taxa de colonização do stent JJ foi de 35,8%, com um tempo médio de permanência de 90 dias. A cultura de duplo stent ureteral identificou Escherichia Coli como o patógeno colonizador mais predominante, e 11,5% dos pacientes colonizados desenvolveram complicações infecciosas, com uma fatalidade |
Ahiawodzi et al. (2020) | Identificar fatores de risco para o diagnóstico de sepse e possível interação com o tempo de internação (LOS) entre pacientes internados em um hospital rural da Área de Escassez de Profissionais de Saúde | Estudo de caso-controle | Alta | Pacientes com internações hospitalares prolongadas (LOS > 5 dias) apresentaram maior risco de diagnóstico de sepse quando usaram dispositivos médicos permanentes antes e após a internação (OR = 5,51 e OR = 3,28, respectivamente). Já para pacientes com tempo de internação inferior a 5 dias, a associação com o diagnóstico de sepse foi significativa apenas para o uso de dispositivos médicos internos antes da internação (OR = 9,61) |
Despotovic et al. (2020) | Investigar as IRAS em uma UTI adulto e identificar os fatores de risco para aquisição de IRAS e mortalidade | Estudo retrospectivo | Moderada | IRAS foi diagnosticado em cerca de um terço dos pacientes e altas taxas de resistência antimicrobiana foram observadas. Infecções virais do SNC e dispositivos invasivos foram preditores de aquisição de hepatites autoimunes, enquanto diabetes mellitus e intubação foram associados a um aumento da mortalidade em pacientes com IRAS |
Leihof et al. (2019) | Investigar os preditores de bacteremia relacionada à ITU nosocomial em idosos de 60 anos em relação ao cateter urinário, sexo e organismo bacteriano | Estudo de coorte | Moderada | O texto apresenta dados sobre infecções do trato urinário (ITU) nosocomiais em pacientes idosos, entre 2008 e 2014. E. coli foi o agente causador mais comum, responsável por 58% dos casos, seguido por E. faecalis, K. pneumoniae e E. faecium. Desses casos, apenas 0,7% foram acompanhados por bacteremia em duas semanas |
Madrazo et al. (2019) | Determinar os fatores preditivos para E. faecalis em pacientes idosos internados no hospital com ITU complicada | Estudo de coorte prospectivo | Moderada | Dos pacientes com ITU por E. faecalis, a maioria era composta por homens idosos com comorbidades. O cateter urinário de demora e instrumentação urinária prévia foram fatores de risco para a ITU por E. faecalis. A terapia antimicrobiana empírica inadequada foi maior na ITU por E. faecalis do que na ITU causada por microorganismos Gram-negativos, mas não houve diferença significativa no tempo de internação ou mortalidade entre eles |
Menegueti et al. (2019) | Avaliar o impacto da implementação de um programa educacional para profissionais de saúde e uma lista de verificação diária para indicações de sonda vesical de demora entre pacientes críticos na incidência de CAUTI | Estudo quase experimental | Baixa | Houve uma redução na taxa de utilização do cateter urinário e na densidade de incidência de infecção do trato urinário associada ao cateter (CAUTI), da fase I para a fase IV. A educação dos profissionais de saúde e a avaliação diária das indicações do cateter vesical de demora foram eficazes na redução dessas taxas |
Ramezani et al. (2018) | Examinar a eficácia da irrigação da bexiga com solução salina normal na prevenção de CAUTI em pacientes comatosos internados em unidades de terapia intensiva | Ensaio clínico randomizado | Moderada | O risco de CAUTI diminuiu em 99% no grupo experimental em comparação com o grupo controle, de acordo com análises de regressão logística. Além disso, a irrigação da bexiga resultou em melhorias na aparência da urina, glóbulos vermelhos e brancos urinários e taxas de sedimentação de eritrócitos e contagem de glóbulos brancos no sangue |
DISCUSSÕES
Na análise dos estudos primários foi possível identificar os principais patógenos e fatores de risco envolvidos na sepse em pacientes com cateteres urinários internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os principais achados são apresentados a seguir.
De acordo com o estudo prospectivo monocêntrico de Saouli et al. (2021), foi possível identificar a prevalência de colonização urinária em pacientes com stents duplo J e os fatores de risco associados a essas colonizações. Dos 120 pacientes submetidos ao uso do dispositivo, 43 apresentaram colonização do stent e 38 tiveram colonização urinária, sendo que Escherichia coli, Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae foram os patógenos mais comuns. Segundo ainda esses autores, os fatores de risco para o desenvolvimento da colonização incluíram: diabetes mellitus, colocação urgente do stents duplo J e tempo de permanência desse dispositivo superior a 30 dias.
Em estudo de coorte realizado por Leihof et al. (2019) envolvendo 15.242 casos de ITU relacionada ao cateter urinário, evidenciou que 111 desses casos (0,7%) evoluíram para bacteremia em duas semanas. Esses autores observaram ainda que a aquisição de bacteremia secundária a ITU nosocomial em pacientes sem cateter urinário foi relativamente baixa, mas aqueles com cateteres urinários apresentaram maior ocorrência de patógenos, como E. faecalis, E. coli e E. faecium.
Um outro resultado importante obtido no estudo realizado por Leihof et al. (2019), foi uma maior predisposição dos homens com ITU evoluírem para bacteremia em relação às mulheres, sendo de 1,34% para os homens e apenas 0,48% para as mulheres quando utilizam cateter urinário. Esses resultados reforçam a importância de evitar ou limitar o uso desse dispositivo invasivo, especialmente em pacientes do sexo masculino pois apesar de apresentarem menor incidência de ITU, apresentaram maior predisposição a bacteremia em relação ao sexo feminino.
Os resultados dos estudos de Saouli et al. (2021) e Leihof et al. (2019) podem ser valiosos para melhorar a assistência de enfermagem aos pacientes com dispositivos urinários invasivos, a fim de prevenir complicações infecciosas, especialmente aquelas associadas à Escherichia Coli, que foi a bactéria mais frequentemente isolada.
Para alcançar esta melhoria, o enfermeiro responsável pela UTI deve realizar treinamentos da equipe de enfermagem abordando a lavagem adequada das mãos, técnicas assépticas na inserção e manutenção do dispositivo e uso de materiais estéreis, pois estas ações são responsáveis pelas infecções cruzadas nas UTIs reforçando assim a necessidade de seu uso durante a assistência ao paciente (VIEIRA, 2009). Este autor acrescenta ainda que é crucial que os profissionais de enfermagem conheçam os fatores de risco para colonização urinária e bacteremia, a fim de monitorar de perto os pacientes que apresentam esses fatores e fornecer os cuidados específicos.
Madrazo et al. (2019), realizaram uma coorte prospectiva para identificar fatores preditivos para E. faecalis em pacientes idosos hospitalizados com ITU complicada, encontrando 87 casos (13,2%) com essa bactéria, sendo a maioria do sexo masculino (63,2%), com idade média de 82,3 anos e múltiplas comorbidades. Metade dos casos apresentaram sepse grave ou choque séptico, enquanto 26% tiveram bacteremia. Essas condições foram principalmente associadas ao uso de cateter urinário de demora e instrumentação urinária prévia. Essas informações são relevantes para a equipe de saúde, permitindo a adoção de medidas preventivas específicas em pacientes de alto risco, especialmente aqueles com comorbidades e dispositivos urinários invasivos.
A infecção pode levar à sepse, que de acordo com Madrazo et al. (2019) é uma condição grave presente em mais da metade dos pacientes com ITU estudados. Este autor aponta que a presença de um cateter urinário de demora e a instrumentação urinária prévia são os principais fatores de risco para sepse. Isso enfatiza a urgência em identificar precocemente esses fatores e o desenvolvimento de ações para preveni-los. Nesse sentido, a equipe de enfermagem tem um papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento da sepse, que inclui a identificação e prevenção dos fatores de risco associados.
A pesquisa de Ahiawodzi et al. (2020) buscou identificar os fatores de risco para o diagnóstico de sepse e sua possível relação com o tempo de internação em pacientes hospitalizados em um ambiente rural com falta de profissionais de saúde. O estudo constatou que dentre os 300 casos de sepse analisados, a infecção mais comum foi a infecção do trato urinário (33,7%), seguida por pneumonia (27%) e outras (3%). A Escherichia coli foi o patógeno mais frequentemente isolado em casos de ITU, corroborando com a literatura prévia.
Devido ao fato deste patógeno ser encontrado na microbiota intestinal dos próprios pacientes, reforça-se a necessidade da higienização e da antissepsia adequada durante a manutenção e inserção dos cateteres, pois quando não realizadas corretamente poderá levar a aquisição de uma infecção (LOPES et al, 2018).
De acordo com o estudo de Ahiawodzi et al. (2020), o uso de dispositivos médicos permanentes, tanto antes quanto após a admissão hospitalar, aumentou significativamente o risco de desenvolver sepse em pacientes com internação prolongada de pelo menos 5 dias. No entanto, para pacientes com tempo de internação menor, a associação dos dispositivos com a sepse ocorreu apenas para os dispositivos utilizados antes da internação.
Portanto, é crucial implementar medidas preventivas nas UTIs para controlar infecções, sepse e outras complicações relacionadas à assistência à saúde. A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental ao realizar uma vigilância constante dos pacientes, identificando precocemente os sinais e sintomas de infecção e comunicando o médico responsável para iniciar o tratamento adequado. Por exemplo, o estudo de Despotovic et al. (2020) destaca que as infecções do Sistema Nervoso Central (SNC) e a presença de dispositivos invasivos, como cateteres urinários, cateteres venosos centrais e sondas nasogástricas, são os principais fatores preditores para aquisição de IRAS. Além disso, a Diabetes Mellitus e a intubação foram identificadas como fatores significativos para o aumento da mortalidade.
Em um estudo realizado por Menegueti et al. (2019) , visando avaliar o impacto de um programa educacional para profissionais de saúde e uma lista de verificação diária para indicações de sonda vesical de demora em pacientes críticos na incidência de Infecção do Trato Urinário associada a cateter (CAUTI), mostrou que a educação dos profissionais de saúde e a avaliação diária das indicações do cateter vesical foram altamente eficazes, conforme observado pela diminuição no percentual de utilização do cateter, que passou de uma média de 74,6% na linha de base para 44,2% na última fase das 4 fases da implementação do protocolo.
O estudo mencionado anteriormente constatou que a incidência de CAUTI foi reduzida de 7,86 para 4,95 por 1.000 cateteres-dia após a implementação do protocolo. A última fase do estudo atingiu o patamar mais baixo, com a maioria dos meses sem nenhum caso de CAUTI e apenas 1 caso identificado em 3 meses. Isso demonstra que o treinamento dos profissionais de saúde é uma medida eficaz, já que a educação aprimora a técnica e resulta em uma avaliação clínica positiva e na execução adequada das habilidades do profissional. Além das orientações sobre os critérios de indicação, manutenção e remoção do cateter, o treinamento abordou técnicas assépticas para inserção do cateter e medidas de prevenção de CAUTI, que são intervenções essenciais para evitar IRAS.
Diante do exposto, é papel do enfermeiro junto com a equipe médica, avaliar e discutir diariamente os critérios que indicam a necessidade do uso desses cateteres e o tempo de permanência, pois quanto maior o tempo, maior as chances de o paciente adquirir uma ITU que consequentemente pode evoluir para a sepse (VIEIRA, 2009).
Fato confirmado pelo estudo de Magalhães et al (2014) que o risco de adquirir uma ITU associada a cateteres urinários é de cerca de 3 a 10% por dia de permanência. Além disso, seu estudo mostra que não é recomendado intervalos fixos para a troca dos dispositivos e que o correto é que a equipe de enfermagem identifique os sinais que indiquem a necessidade a troca de todo o sistema, que são: formação de resíduos, febre de origem desconhecida, obstrução da luz do cateter ou tubo coletor, contaminação do cateter por manuseio, instalação inapropriada, desconexão acidental, mau funcionamento, deterioração do cateter, tubo ou saco coletor e evidência de piúria.
Por outro lado, Ramezani et al. (2018), em seu ensaio clínico randomizado sugere que a irrigação da bexiga não é eficaz na prevenção de infecções do trato urinário associadas à cateterização de curto prazo em pacientes comatosos. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa na incidência de infecções do trato urinário entre o grupo que recebeu irrigação da bexiga e o grupo controle. Além disso, o estudo também apontou que a irrigação da bexiga pode aumentar o risco de efeitos adversos, como dor abdominal e desconforto.
Conforme Aguiar et al. (2020), a higienização das mãos como prática de prevenção de IRAS é considerada uma ação muito importante na assistência ao paciente, além de envolver baixos custos. As mãos dos profissionais de saúde são os principais vetores transmissores de infecções, por isso, a higienização é uma medida indispensável na prevenção da sepse.
As principais estratégias para a prevenção de ITU em pacientes com cateteres urinários, foi descrito por Vieira (2009) como: treinamento da equipe em relação à técnica asséptica no cateterismo vesical, higienização da região íntima com água e sabão pelo menos duas vezes ao dia, esvaziar bolsa coletora nos horário pré estabelecidos do setor, orientar equipe para fechar e trocar o cateter caso sua integridade seja violada e deixar bolsa coletora abaixo do nível da bexiga para que não haja refluxo da urina.
Esta revisão integrativa teve como objetivo geral analisar os fatores de risco para o desenvolvimento da sepse em pacientes com cateteres urinários e internados em unidade de terapia intensiva e as ações de enfermagem para sua prevenção. Nesse sentido, os cateteres urinários em pacientes internados em UTI podem ser associados a complicações como a sepse, portanto a identificação dos fatores de risco associados e a adoção de medidas preventivas adequadas são essenciais para reduzir a incidência dessa complicação.
Os principais resultados obtidos através deste estudo foi que a Escherichia coli é o patógeno mais associado às complicações dos cateteres urinários, assim como a Diabetes Mellitus é a comorbidade que apresenta maior risco de desenvolver complicações e mortalidade. O sexo masculino e o tempo prolongado de uso de dispositivos urinários favorecem a bacteremia. Além disso, a sepse ocorre com maior frequência em pacientes acometidos com ITU e o uso de dispositivos permanentes aumenta o risco de internação prolongada.
As ações de enfermagem sugeridas para prevenção de sepse associada a cateteres urinários foram: técnicas assépticas na inserção, manutenção dos dispositivos e uso de instrumentos estéreis, higienização das mãos antes e após manipulação do sistema, treinamento da equipe de enfermagem.
Nesse sentido, este estudo pode contribuir para a compreensão da temática abordada, bem como na construção de protocolos e estratégias para que a equipe de Enfermagem obtenha mais informação e possa exercer ações de prevenção com mais segurança e presteza com a finalidade de reduzir a incidência da sepse em pacientes internados em UTI e submetidos ao uso de cateteres urinários.
O baixo número de estudos realizados na América Latina foi uma limitação para a pesquisa visto que não foi possível a análise de dados impossibilitando o real conhecimento da extensão da problemática no contexto dos países localizados no continente latino-americano. Uma possível continuidade deste estudo seria um ensaio clínico randomizado em hospitais da América Latina para avaliar os casos de sepse associada aos cateteres urinários e identificar os fatores de risco para esta complicação.
- AGUIAR, K. V. C. S. et al. SEPSE em unidade de terapia intensiva: fatores predisponentes e a atuação preventiva do enfermeiro. Rev. Mult. Psic, p. 214-230, 2020.Disponível em: https://scholar.archive.org/work/rj2qj5vaonb3fed74qqdy6lmny/access/wayback/https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/download/2661/4313. Acesso em: 04/06/2023
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Anne Elise Oliveira de Lima Bomfim Santana, Graduanda do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; annebomfim11@hotmail.com
Wedna Marques de Almeida, Graduanda do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; wednamarques05@gmail.com
Josemir de Almeida Lima; Prof. Mestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; josemir_almeida@hotmail.com
Hulda Alves de Araújo Tenório; Prof. Mestre do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; huldinhalinda@hotmail.com
Raissa Fernanda Evangelista Pires dos Santos; Prof. Mestre do curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; raissa.santos@uncisal.edu.br
1Pollyanna Maria Neves de Melo; Professora do Curso de Enfermagem da Faculdade Centro Universitário Cesmac; polly@rotacar.com.br