EFEITOS DA ULTRACAVITAÇÃO ASSOCIADA À CAFEÍNA TÓPICA E PIMENTA PRETA NO TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA LOCALIZADA

EFFECTS OF ULTRACAVITATION ASSOCIATED WITH TOPIC CAFFEINE AND PIPER NIGRUM IN THE TREATMENT OF LOCALIZED LIPODYSTROPHY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8040389


Renata Mieko Sabô Inoue1
Mayza de Souza Santos2
Lorraine Mendonça Oliveira Silva3
Isabella Tereza Ferro Barbosa4
Andréa Somolanji Vanzelli5


RESUMO

A lipodistrofia localizada consiste em um processo irregular do tecido conjuntivo subcutâneo em que as células de gordura se proliferam em determinadas regiões específicas, causando deformação tecidual. Uma das formas de reduzir a lipodistrofia localizada, é a utilização de um equipamento de eletroterapia chamado de ultracavitação associado com a cafeína tópica e a pimenta preta. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre os efeitos da ultracavitação associada à ação do princípio ativo da cafeína e pimenta preta no tratamento da lipodistrofia localizada. Os dados foram coletados por meio de uma pesquisa de caráter exploratório, através de um estudo bibliográfico fundamentado em livros, artigos, revistas e sites eletrônicos. A pesquisa contribuiu para a amplitude dos conhecimentos sobre a eficácia da utilização da ultracavitação, pimenta preta e cafeína. A associação desses elementos pode trazer resultados benéficos e relevantes no tratamento da lipodistrofia localizada. Contudo, essa pesquisa colaborou significativamente para o campo da estética, oferecendo apoio relevante para acadêmicos, profissionais e demais interessados no tema.

Palavras-chave: Ultrassom. Lipodistrofia. Cafeína. Pimenta preta.

1. INTRODUÇÃO

A procura por um protótipo ideal de beleza já é observado desde a antiguidade. Apesar da observação antiga, diversos padrões têm-se modificado com a evolução da humanidade. Atualmente, os padrões de beleza levam os indivíduos a buscarem tratamentos estéticos que auxiliem na conquista de contornos corporais bem definidos, alcançando assim, uma maior satisfação e melhora na autoaceitação e autoestima das pessoas (BOTELHO, 2009; VASCONCELOS, SUDO, SUDO, 2004).

Uma das principais insatisfações corporais procuradas para tratamento estético é a lipodistrofia localizada. Esta consiste em um processo irregular do tecido conjuntivo subcutâneo em que as células de gordura, chamadas de adipócitos, se multiplicam em determinadas regiões específicas, causando alteração tecidual. Esse aumento das dimensões do panículo adiposo pode estar relacionado com o sexo, idade, fatores genéticos, alimentação não balanceada e sedentarismo (LACRIMANTI, 2008).

Com relação a esses fatores que influenciam essas dimensões, a diferença hormonal encontrada entre o sexo masculino e feminino pode ser considerada um fator determinante para o aumento da lipodistrofia localizada. Nota-se que os hormônios femininos têm uma propensão a promover o acúmulo de tecido adiposo em maior medida do que os hormônios masculinos. O metabolismo masculino pode ser potencializado em até 15% com o aumento dos níveis de testosterona, enquanto o estrógeno não apresenta um impacto relevante no aumento do metabolismo (AVELAR, ILLOUZ, 1986; LEONARDI, 2008).

Como mencionado, a idade também pode ser um fator de influência para a lipodistrofia localizada pois nas mulheres de faixa etária mais avançada se observa uma maior proporção de gordura visceral em comparação com mulheres mais jovens. Essa relação parece estar correlacionada aos hormônios sexuais femininos, os quais desempenham um papel relevante nas modificações do metabolismo do tecido adiposo, especialmente durante o período pós-menopausa (PITANGA, 2011).

Embora existam diversos recursos que afirmam proporcionar ações específicas em áreas de acúmulo de gordura, é importante destacar que a distribuição de gordura nessas regiões também é influenciada principalmente por fatores genéticos. Dessa forma, caso ocorra ganho de peso, é provável que a redistribuição da gordura ocorra novamente nessas mesmas regiões (GUIRRO; GUIRRO, 2004).

Outro fator de influência para o aumento do panículo adiposo é a falta de atividade física, juntamente com a presença de alimentos não balanceados que contribuem para a exacerbação de distúrbios e processos inflamatórios em nosso organismo. Especificamente, alimentos com alto índice glicêmico, conteúdo de carboidratos e natureza industrializada, podem resultar em problemas de saúde e aumento da gordura localizada (CASTRO, 2020).

Existem inúmeros recursos que promovem a melhora de condições inestéticas corporais e faciais. Uma das formas de reduzir a lipodistrofia localizada é a utilização de um equipamento de eletroterapia chamado de ultrassom (SANT’ANA, 2010).

Conforme Borges (2006), Dionísio e Volpon (1999), e Fuirini e Longo (1996), o ultrassom é definido como uma forma de onda acústica de alta frequência, com frequências superiores a 20 KHz. Esse processo consiste em um gerador de corrente elétrica conectado a uma cerâmica piezoelétrica sintética na presença de um campo elétrico. Embora tenha sido utilizado pela primeira vez na década de 50, o ultrassom tem evoluído rapidamente. No setor estético, o ultrassom é geralmente aplicado com frequência de 1,0 a 3,0 MHz.

Borges (2006) observou que quanto menor a frequência, maior será a profundidade atingida. O ultrassom de 3,0 MHz é indicado para tecidos superficiais, enquanto o ultrassom de 1,0 MHz é indicado para tecidos mais profundos. Como a maioria das disfunções estéticas afeta os tecidos superficiais, com predomínio do tecido conjuntivo (hipoderme), o ultrassom de 3,0 MHz é o mais indicado para o tratamento dessas disfunções.

Um dos tipos de ultrassom existentes é a ultracavitação (UC), que se refere a um equipamento que emite ondas ultrassônicas de alta frequência, capazes de induzir seletivamente a formação de bolhas nas células adiposas. Essas bolhas expandem-se e contraem-se (cavitação) devido às variações de pressão nos fluidos teciduais, resultando em choque entre os adipócitos e a ruptura de suas membranas (lipólise) (DIOGO et al., 2017).

Existem muitos cosméticos e ativos lipolíticos que auxiliam no tratamento da lipodistrofia localizada. Um deles é a cafeína, que é um ativo muito utilizado para tal finalidade pois realiza a ruptura da membrana do adipócito. (RIBEIRO, 2010).

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estipulou que o limite de concentração para a cafeína em cosméticos deve ser de 8% e, para as demais xantinas, não deve ultrapassar de 4%. Os cosméticos que contêm essas formulações são classificados como risco de nível 2 (ANVISA, 2002).

Outra classe de ativos muito interessantes são as pimentas. Elas são estudadas por cientistas para prevenir doenças, além de beneficiarem a saúde. A pimenta preta, conhecida como pimenta do reino, é um ativo utilizado comumente para o tratamento da lipodistrofia localizada. Ela possui piperina, retinol, ácido ascórbico, ferro entre outros componentes em sua composição (CARNEVALLI; ARAÚJO, 2013).

A presente pesquisa tem o objetivo de relacionar os efeitos do uso da ultracavitação associada à ação dos princípios ativos da cafeína tópica e da pimenta preta para fins estéticos no combate à lipodistrofia localizada.

Essa pesquisa se justifica devido à alta procura pelas pessoas em tratamentos para a diminuição ou eliminação de lipodistrofia localizada. Visto que não foram encontrados embasamentos científicos utilizando a cafeína e a pimenta preta associada ao tratamento com ultracavitação na lipodistrofia localizada, torna-se importante analisar os efeitos, riscos e resultados estéticos para os indivíduos. Sendo assim, essa pesquisa irá contribuir no conhecimento de acadêmicos, profissionais e outros interessados na realização deste procedimento.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Pele

A pele é um órgão com composição complexa e estrutura própria, caracterizada por vários tecidos, tipos celulares e estruturas especializadas distribuídas em camadas interdependentes (PASCHOAL; CUNHA, 2012).

De acordo com Cestari (2019), a pele é um órgão de defesa e revestimento externo, com capacidade de adaptar-se às mudanças e das necessidades do organismo. Entre suas funções estão a termorregulação, imunoproteção, sensibilidade e proteção a agressões exógenas (químicas, físicas ou biológicas) e contra a perda de água para o meio externo.

Anatomicamente, a pele está dividida em três camadas: epiderme, derme e hipoderme.

2.1.1 Epiderme

Conforme mencionado por Alves (2015), a epiderme é um tecido epitelial estratificado queratinizado com particularidades estruturais e funcionais notáveis, as quais variam em função da sua localização anatômica. A principal função da epiderme consiste na produção de queratina, uma proteína fibrosa e flexível que desempenha um papel crucial na impermeabilidade da pele. Os queratinócitos são as células envolvidas nesse processo.

A epiderme é constituída por 5 camadas: germinativa ou basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea. A germinativa ou basal é a camada mais profunda da epiderme e se constitui de dois tipos de células, as basais, melanócitos e as células de Merkel. A espinhosa possui células escamosas ou espinhosas, além das células de Langerhans. A granulosa é formada por células granulosas. A lúcida é encontrada nas regiões palmoplantares e se compõe por camadas de células anucleadas, planas, homogêneas e transparentes. Por último, na camada córnea se encontram os corneócitos (RIVITTI, 2014).

Fortes e Suffredini (2014) afirmam que a epiderme se diferencia para formar células queratinizadas anucleadas, que desempenham a função de uma barreira protetora relativamente impermeável à perda de líquidos corporais e à penetração de diversas substâncias e micro-organismos. Além disso, ocorre uma redução gradual na taxa de renovação de células epidérmicas com o avanço da idade, passando de aproximadamente 28 dias para 40-60 dias na epiderme.

Segundo Bohjanen (2014), a função primordial da barreira epidérmica é proteger a pele contra diversos fatores agressores, tais como microrganismos, substâncias químicas, traumas físicos e ressecamento decorrente da perda transepidérmica de água. Essa barreira é estabelecida pela diferenciação dos queratinócitos enquanto se deslocam da camada basal para o estrato córneo.

As células-tronco localizadas na camada basal são responsáveis pela produção e renovação dos queratinócitos da epiderme, resultando na substituição completa da epiderme a cada cerca de 28 dias. O processo de renovação da epiderme ocorre em torno de 28 dias, onde os queratinócitos levam aproximadamente 14 dias para se deslocar da camada basal para o estrato córneo e, em seguida, mais 14 dias para se desprenderem da superfície da pele (BOHJANEN, 2014).

2.1.2 Derme

A derme apresenta variação de espessura entre 1 e 4 mm, desempenhando a importante função de proteger e amortecer as estruturas subjacentes contra lesões, além de fornecer suporte aos vasos sanguíneos, nervos e estruturas anexas. A sua delimitação da epiderme é estabelecida pela membrana basal, resultante da ação da camada basal da epiderme (BOHJANEN, 2014).

De acordo com Paschoal e Cunha (2012), a derme é um tecido conjuntivo constituído pela derme papilar e derme reticular. Porém, alguns autores incluem a derme perianexial como uma das camadas da derme.

A derme papilar possui alta densidade celular, é bastante vascularizado, preenche as concavidades entre as cristas epidérmicas, dando origem às papilas dérmicas. Além disso, na derme papilar estão localizados os corpúsculos táteis de Meissner (CUCÉ; NETO, 2001).

A derme reticular está localizada abaixo das cristas epidérmicas e possui uma grande quantidade de fibras elásticas e colágenas, posicionadas paralelamente em relação à superfície. Conforme o tecido conjuntivo se aproxima da hipoderme, ele se torna mais denso, com mais fibras elásticas e com pouca vascularização (CESTARI, 2019). A derme perianexial é estruturalmente igual à derme papilar, mas está localizada ao redor dos anexos cutâneos e auxilia a manter a integridade e a funcionalidade adequada das estruturas anexas da pele (MENDONÇA; RODRIGUES, 2011).

Os nervos sensitivos formam órgãos terminais específicos em algumas regiões do corpo como palmas, plantas, lábios e genitais. Essas estruturas são: os corpúsculos de Vater-Pacini, que são mecanoreceptores de pressão e de vibrações; os corpúsculos táteis de Meissner, que são mecanoreceptores de tato e de vibrações; os corpúsculos de Krause e os corpúsculos de Ruffini (RIVITTI, 2014).

2.1.3 Hipoderme

De acordo com Paschoal e Cunha (2012), a hipoderme é a camada mais profunda da pele, composta por um tecido conjuntivo frouxo e repleta de adipócitos.

Na parte superior, a hipoderme se relaciona com a derme profunda, formando a junção dermo-hipodérmica. Além de atuar como depósito de reserva nutritivo, a hipoderme desempenha um papel importante no isolamento térmico e na proteção mecânica do organismo contra pressões e traumatismos externos. Ainda, a hipoderme contribui para a motilidade da pele em relação às estruturas subjacentes (RIVITTI, 2014 e HARRIS, 2016).

Segundo Borges (2006), há dois tipos de tecido adiposo distintos que podem ser identificados por sua estrutura, cor, localização, função, vascularização e inervação das células. Esses tipos são classificados como tecido adiposo amarelo (ou unilocular) e tecido adiposo pardo (ou multilocular). 

Os adipócitos são as únicas células especializadas em armazenar lipídeos na forma de triglicerídeos (TAG) em seu citoplasma sem comprometer sua integridade funcional, Essas células possuem todas as enzimas e proteínas reguladoras necessárias para sintetizar ácidos graxos, armazenar TAGs em momentos de excesso de energia e para mobilizá-los por meio da lipólise quando há déficit calórico; processos esses regulados por nutrientes e sinais aferentes dos sistemas neurais e hormonais, dependendo das necessidades energéticas do indivíduo (AHIMA; FLIER, 2000).

O tecido adiposo é caracterizado por tecido conjuntivo frouxo composto por vários tipos de células, incluindo: adipócitos (de 35% a 70% do tecido), pré-adipócitos, células estaminais, fibroblastos, células endoteliais e células do sistema imunológico (HUH et al., 2014).

A camada de tecido adiposo localiza-se na hipoderme e consiste em um tecido de sustentação e volume, que tem a função de armazenar energia através de triglicerídeos, metabolizar e secretar proteínas e compostos não proteicos, ser isolante, absorver choques mecânicos, regulador térmico e ajuda na fixação de órgãos (ALANIZ et al., 2006).

Figura 1 – Estruturas da pele

Fonte: CESTARI, 2019.

2.1.4 Anexos cutâneos

Os anexos cutâneos, como pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas, têm origem na pele por meio de invaginações na epiderme. Essas estruturas desempenham um papel fundamental na integridade e função da pele (PIAZZA, 2011). 

Segundo Kede e Sebatovich (2009), a unha é uma estrutura dura que se encontra na região dorsal da extremidade de cada dedo. Sua principal função é proteger as extremidades contra traumatismos, além de desempenhar funções defensivas, de apreensão de objetos pequenos e de ornamentação. Além disso, a unha também pode fornecer indícios importantes sobre doenças sistêmicas.

As glândulas sebáceas são consideradas glândulas exócrinas que se localizam na derme e apresentam um ducto curto que desemboca no folículo piloso. Elas possuem uma estrutura lobulada, constituída por vários lóbulos compostos por pequenas células cuboides germinativos na camada externa (CERQUEIRA, 2013). 

As glândulas sudoríparas desempenham a função principal de secretar suor em toda a superfície corporal, exceto nos lábios, clitóris, pequenos lábios, glande e superfície interna do prepúcio. Essas glândulas são classificadas como exócrinas, tubulares simples, enoveladas e do tipo merócrino, localizadas principalmente na derme. Sua porção profunda forma uma estrutura em formato de novelo, que se estende em tubos longos e finos em direção à superfície da pele, onde se abre por meio de um orifício ou poro, permitindo a eliminação do suor (CERQUEIRA, 2013). 

2.2 SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático é considerado um sistema complementar ao sistema cardiovascular tanto em termos de sua origem embrionária quanto de sua estrutura e função.  (CUENI; DETMAR, 2008). 

No século XVII, o anatomista Gaspar Aselli descreveu os vasos linfáticos como “lacteae cavas”, expressão que se refere a vasos que lembram a aparência do leite. No entanto, foi no início do século XX que surgiu a teoria amplamente aceita nos dias atuais, proposta por Sabin, na qual se sugere que os sacos linfáticos primitivos se originam precocemente durante o desenvolvimento fetal através do brotamento de células endoteliais a partir das veias do embrião. De acordo com a teoria centrífuga, a partir dos sacos linfáticos primitivos, os vasos linfáticos periféricos se estendem pelos tecidos e órgãos, dando origem aos capilares linfáticos (OLIVER; DETMAR, 2002). 

A grande maioria dos tecidos do corpo possui canais linfáticos responsáveis pela drenagem do excesso de líquido presente nos espaços intersticiais. Entretanto, há algumas exceções a esse padrão, tais como estruturas avasculares, incluindo a epiderme, cabelo, unhas, cartilagem e córnea, e também certos órgãos vascularizados, como o cérebro e a retina (CUENI; DETMAR, 2008). 

A capacidade de apresentar constrições rítmicas espontâneas é uma característica fundamental dos vasos linfáticos, permitindo-lhes desempenhar suas funções adequadamente. Além disso, a pulsação arterial contribui para essas contrações. Além disso, o sistema linfático desempenha um papel fundamental na absorção de nutrientes do trato gastrointestinal, sendo responsável principalmente pela absorção de gorduras (ANDRADE, 2008). 

Os vasos linfáticos possuem válvulas que se abrem em direção ao interior do capilar, conforme ilustrado na figura. Ao entrar no lúmen dos vasos linfáticos, o fluido linfático provoca uma diminuição nas diferenças de pressão, resultando no fechamento das válvulas presentes nas paredes dos vasos. Isso impede o fluxo retrógrado do fluido para o espaço intersticial. Essa função crucial é essencial para a sobrevivência de qualquer indivíduo, pois sem ela, uma pessoa poderia falecer em aproximadamente 24 horas (PEPPER; SKOBE, 2003). 

2.3 Drenagem linfática manual 

Em 1936, o biólogo Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder foram os responsáveis pela primeira descrição da técnica de drenagem linfática manual. Desde então, essa técnica tem sido objeto de estudo e é amplamente reconhecida como uma das principais abordagens no tratamento do linfedema. A partir de 1936, essa técnica ganhou notoriedade em Paris e, posteriormente, foi adotada por diversos grupos que incorporaram seus conceitos no tratamento dessa condição (GODOY; GODOY, 2004). 

De acordo com Machado (2012), a técnica de drenagem linfática é uma forma especializada de massagem que tem como objetivo aprimorar a função do sistema linfático por meio de movimentos precisos, delicados, suaves, lentos e ritmados. Esses movimentos são responsáveis por facilitar o transporte da linfa ao longo do trajeto do sistema linfático. 

A drenagem linfática manual, por meio da aplicação de pressão mecânica durante a massagem, atua na eliminação do excesso de líquido e reduz a probabilidade de ocorrência de fibrose, promovendo o direcionamento do líquido presente no meio tecidual para os vasos venosos e linfáticos (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 

Estudos realizados por Wolf, Theiss e Antonio (2011) indicam que a drenagem linfática manual não é recomendada em pacientes com neoplasias, asma, processos infecciosos, hipertireoidismo, afecções cutâneas, febre e insuficiência cardíaca.

2.4 Lipodistrofia localizada

A gordura armazenada nos adipócitos é depositada como triglicerídeos, que são três ácidos graxos junto com uma molécula de glicerol, e quando adquirimos mais energia do que gastamos, o adipócito armazena essa energia como forma de estoque, gerando o acúmulo de gordura (GUIRRO; GUIRRO, 2004).

A lipodistrofia localizada é o acúmulo de tecido adiposo em quantidade maior que o normal em uma região específica do corpo. Esse aumento da gordura local pode ser dividido em dois tipos: hipertrófica (aumento do tamanho da célula adiposa) e hiperplásica (aumento do número de células adiposas). Essa distribuição de gordura é variável e pode ser armazenada, a princípio, na região abdominal (padrão andróide) ou nos glúteos (padrão ginoide) (COSTERANO, 2002).

A redução de medidas é o principal objetivo nos tratamentos da adiposidade localizada, com a finalidade de minimizar a espessura do tecido. Nessa pesquisa, para tratar a lipodistrofia localizada será associada a utilização da ultracavitação com a cafeína e à pimenta preta, para isso, é necessário entender os conceitos separadamente para que a associação faça mais sentido.

De acordo com o METAB (2006), a camada de tecido adiposo está localizada na hipoderme e tem como função armazenar energia através dos triglicerídeos, metabolizar e secretar compostos proteicos e não proteicos, absorver choques mecânicos, ser um isolante e regulador térmico e auxiliar na fixação dos órgãos.

Costerano (2002) afirma que o aumento de gordura localizada pode ser hipertrófico (aumento do tamanho da célula adiposa) ou hiperplástico (aumento do número de células adiposas) e é influenciado por fatores como uso de glicocorticoides, disfunção hormonal tireoidiana, hormônios sexuais e má alimentação e dieta hipercalórica.

Neves e Oliveira. (2007) apontam a existência de pelo menos dois tipos de depósito de gordura: o geral, que mobiliza-se com facilidade, e o hereditário, que apresenta resistência ao emagrecimento. Os depósitos hereditários podem ser classificados em duas formas: androide e ginóide.

A lipodistrofia localizada é classificada de acordo com as regiões mais acometidas pelo excesso de tecido adiposo. Quando a gordura se deposita na região abdominal, se classifica como Iipodistrofia andróide. Já quando o acúmulo predominante é na região dos glúteos, coxas e quadril, caracteriza-se como lipodistrofia ginóide (MENDONÇA et al., 2008).

Melo et al.(2012) indica que o excesso de ingestão calórica resulta no armazenamento de gordura, que pode levar à formação da gordura localizada, com depósitos resistentes ao emagrecimento, que são codificados geneticamente e mantêm as características familiares.

De acordo com Borges (2006), a redução de medidas é um dos objetivos mais desejados nos tratamentos da adiposidade localizada, com a finalidade de minimizar a espessura do tecido adiposo. Existem vários recursos estéticos com essa finalidade, no entanto quanto menos tecido dérmico for afetado, maior será a redução no tecido subcutâneo e de suas células adiposas.

Guirro e Guirro (2004) afirmam que o acúmulo de gorduras nas células está diretamente relacionado à quantidade insuficiente de enzimas que está sendo produzida para a queima dessas gorduras acumuladas. Assim, os procedimentos para tratamentos da gordura localizada podem ser orientados no sentido de aumentar a produção desta enzima para que ocorra maior combustão das gorduras acumuladas e em excesso.

Conforme Borges (2006), o tecido adiposo é o principal reservatório energético do organismo e, para que essa fonte de energia seja disponibilizada é necessário que ocorra a lipólise. A lipólise é a hidrólise de triglicerídeos e a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo. Os triglicerídeos constituem as gorduras mais abundantes encontradas no corpo humano, sendo a principal forma de armazenamento. A quebra da célula de gordura ocorre com a ativação da lípase hormônio, que é sensível às catecolaminas, mediante a estimulação de receptores β- adrenérgicos, levando à quebra das moléculas de triglicerol e a liberação de ácidos graxos livres e glicerol dos adipócitos.

Segundo Ahima e Flier (2000), os adipócitos são as únicas células especializadas no armazenamento de lipídios na forma de triglicerídeos (TAG) em seu citoplasma, sem que isso seja nocivo para sua integridade funcional. Essas células possuem todas as enzimas e proteínas reguladoras necessárias para sintetizar ácidos graxos e estocar TAG em períodos em que a oferta de energia é abundante, e para mobilizá-los pela lipólise quando há déficit calórico. A regulação desses processos ocorre por meio de nutrientes e sinais aferentes dos tradicionais sistemas neurais e hormonais, e depende da necessidade energética do indivíduo.

Conforme Togni (2006), existem áreas corporais que tendem ao maior acúmulo de gordura, como a região abdominal e de flancos. Estas regiões apresentam uma dificuldade na redução de medidas, mesmo com a perda de peso, sendo necessário procedimentos coadjuvantes para sua eliminação.

A busca pela melhoria estética do corpo humano se concentra em explorar diversas possibilidades para minimizar pequenas imperfeições e aprimorar a aparência de cada indivíduo. Nesse contexto, são aplicadas várias técnicas que se adequam aos diferentes tipos de tratamento. Contudo, para determinar qual o melhor procedimento a ser adotado em cada caso, uma vez que não há duas pessoas iguais, é essencial realizar uma avaliação prévia. Isso permitirá ter uma base para decidir qual técnica da estética corporal será utilizada de maneira efetiva (TOGNI, 2006).

2.5 Ondas ultrassônicas

Uma onda é um fenômeno físico que consiste em uma perturbação ou alteração que se propaga em um meio, seja ele gasoso, líquido, sólido ou até mesmo vácuo, e pode transportar energia de um ponto a outro. Existe uma ampla variedade de tipos de ondas, incluindo as ondas do mar, ondas em cordas ou molas, ondas sonoras e ondas eletromagnéticas. Embora essas ondas possam diferir em vários aspectos, todas têm a capacidade de transmitir energia de um ponto a outro (PECORA; GUERISOLI, 1997).

Existem dois métodos para aplicação de ondas ultrassônicas: contínuo e pulsado, sendo que a diferença entre eles está na interrupção da propagação das ondas. No método contínuo, a voltagem do ultrassom é aplicada de forma ininterrupta, com ciclos de frequência acima de 100%, durante todo o período de tratamento. No método pulsado, as ondas ultrassônicas são aplicadas em rajadas, com períodos intermitentes de voltagem, em ciclos de frequência inferiores a 100%, durante o período de tratamento (GUIRRO; SANTOS, 1997).

2.6 Ultrassom

O aparelho de ultrassom é composto por um gerador que produz uma corrente alternada de alta frequência para alimentar os transdutores piezoelétricos. Estes transdutores são formados por um disco de material natural, como o quartzo, ou por uma cerâmica sintética feita a partir de uma combinação de sais complexos, como o zirconato e o titanato, que possuem a capacidade de serem polarizados durante os processos de carga (SANT’ANA, 2010).

Ainda segundo Sant’ana (2010), este dispositivo piezoelétrico converte energia acústica em energia elétrica e pode realizar o processo reverso. Ao modular a corrente alternada que alimenta o dispositivo, é possível criar diferentes formas de onda sonora, como contínuas ou pulsadas, e a intensidade do som também depende do tempo.

2.6.1 Efeitos do ultrassom

O ultrassom possui efeitos mecânicos, térmicos e químicos. O efeito mecânico é causado pela vibração molecular tecidual resultante da pressão e descompressão das partículas celulares, presentes nas modalidades contínuas ou pulsadas. O efeito térmico é gerado pelo atrito entre as moléculas e é maior em tecidos com maior resistência, podendo ser influenciado por diversos fatores, como a intensidade do feixe, frequência da onda, modo de emissão e tempo de aplicação. A intensidade pode variar de 0,2 a 3 watts/cm², e é possível utilizar o modo pulsado ou contínuo. Para evitar queimaduras e garantir a eficácia do tratamento, a aplicação deve ser realizada de forma lenta e com movimentos circulares constantes (BRESCIA et al., 2015).

2.6.2 Ultrassom de modo pulsado

De acordo com Chartuni (2011), a utilização do ultrassom no modo pulsado pode levar a efeitos não térmicos, tais como aumento da permeabilidade celular, variações no diâmetro arteriolar e ocorrência de cavitação. Fuirini e Longo (1996) destacam que o ultrassom pulsado apresenta características específicas, incluindo ondas sonoras pulsadas e modulação em amplitude com frequências entre 16Hz e 100Hz. Além disso, a aplicação de ondas ultrassônicas pulsadas pode minimizar os efeitos térmicos e as alterações de pressão, bem como produzir efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.

2.6.3 Ultrassom de modo contínuo

De acordo com Chartuni (2011), a utilização do ultrassom em modo contínuo pode produzir o maior efeito térmico possível, sendo esse efeito diretamente proporcional à potência empregada. Por outro lado, Fuirini e Longo (1996) descrevem o modo contínuo como uma forma de emissão de ondas sonoras sem modulação, que resulta em efeitos térmicos, mudanças de pressão e micromassagem.

No modo contínuo, a voltagem aplicada ao transdutor do ultrassom deve ser constante e os ciclos de frequência são superiores a 100% durante todo o período de tratamento, de acordo com Haar (1999).

Rossi (2001) recomenda o uso do ultrassom em emissão contínua no tratamento da gordura localizada, a menos que haja alguma contraindicação para a aplicação de calor. Para esse fim, é aconselhável iniciar com doses baixas e aumentar gradualmente a intensidade.

2.7 Cavitação

Segundo Pecora e Guerisoli (1997), a cavitação é um termo utilizado para descrever a formação de cavidades ou bolhas contendo quantidades variáveis de gás ou vapor em meio líquido. O ultrassom pode provocar mudanças na estrutura e função de células biológicas ou macromoléculas em suspensão aquosa, devido ao fenômeno físico.

2.7.1 Tipos de cavitação

Existem diversos sistemas de cavitação disponíveis, como a cavitação estável, a cavitação instável e a ultracavitação. A escolha do sistema a ser utilizado dependerá da necessidade específica de cada indivíduo. É importante destacar que, ao mencionarmos a cavitação, estamos nos referindo às três tecnologias que estão disponíveis no mercado, mas o modo como se obtém esse efeito pode variar dependendo do padrão de onda utilizado.

Quando as bolhas formadas pelo ultrassom oscilam dentro das ondas de pressão, aumentando e diminuindo de volume, sem colapsar, temos a cavitação estável. Esse efeito é desejável e considerado normal, uma vez que pode proporcionar benefícios terapêuticos, conforme apontado por Borges (2006).

Durante a cavitação estável, as bolhas experimentam mudanças de volume dentro das ondas de pressão, oscilando de um lado para outro, sem se romperem. Esse fenômeno é considerado benéfico para o tratamento, visto que proporciona um efeito terapêutico desejável, como apontado por Borges (2006).

A cavitação instável ocorre quando as bolhas colapsam violentamente devido à intensidade alta da onda sonora. Esse efeito é prejudicial e indesejável, pois o uso de ultrassom com intensidade muito elevada pode causar danos aos tecidos. Os prejuízos ocasionados pela cavitação instável devem ser evitados, sendo recomendado o movimento contínuo do cabeçote e a utilização de baixa intensidade durante a aplicação. Somente a cavitação estável é considerada como uma forma terapêutica (GUIRRO; GUIRRO, 2004).

2.8 Ultracavitação

O ultrassom cavitacional é um aparelho que emite ondas ultrassônicas que oscilam formando microbolhas no espaço intersticial dos tecidos, fenômeno esse que o diferencia do ultrassom convencionais (FATEMI, 2009).

A técnica não invasiva frequentemente utilizada é a ultracavitação (UC), que consiste em um aparelho emissor de ondas ultrassônicas de alta frequência capaz de induzir seletivamente a formação de bolhas nas células adiposas. As bolhas expandem e contraem (cavitação) em resposta às mudanças de pressão nos fluidos dos tecidos, ocasionando choque entre as células adiposas e a ruptura de suas membranas (lipólise) (DIOGO et al., 2017).

A terapia com ultracavitação funciona com os mesmos princípios do ultrassom terapêutico, mas as ondas sonoras são emitidas em níveis ultrassônicos elevados. A frequência deste ultrassom pode variar entre 27 KHz e 3 KHz, assim suas ondas são mais fortemente absorvidas, indicadas para procedimentos superficiais (SILVIA, 2018).

O termo ultracavitação refere-se à cavitação que ocorre entre as células do tecido adiposo submetido às ondas ultrassônicas. Esta técnica visa reproduzir os resultados obtidos com a cirurgia de lipoaspiração, mas sem cirurgia ou qualquer desconforto para o paciente (BORGES, 2006; AGNE, 2013; ZUCCO, 2013).

A escolha do tipo de cavitação dependerá da espessura do tecido adiposo do paciente, podendo ser utilizados geradores de corrente de alta ou baixa frequência, tanto para cavitação estável quanto para cavitação instável, que produzirão aberturas transitórias de membrana dos adipócitos (WATSON, 2003).

Figura 2 – Funcionamento da ultracavitação

Fonte: Medeiros (2020)

Estudos físicos e clínicos de Brown, et al. (2009) com análise histológica mostraram que a energia do ultrassom focalizado de alta intensidade é liberada de maneira específica no tecido alvo, o tecido adiposo subcutâneo, resultando em um efeito de cavitação dentro de um ponto focal definido.

Niwa et al. (2010) demonstraram de forma conclusiva que a ultracavitação é capaz de provocar a destruição seletiva de gordura localizada abaixo da derme. Após a ruptura das células, o conteúdo composto principalmente por triglicerídeos dispersa-se no espaço intersticial e é transportado pelo sistema linfático e circulatório até o fígado. Os triglicerídeos são metabolizados lentamente em ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos são conduzidos ao fígado, onde são processados de maneira similar aos ácidos graxos provenientes da dieta. O autor afirma que a redução de medidas obtida ao final das sessões pode ser explicada pelo efeito gerado pela ultracavitação no organismo.

Em um estudo realizado por Moraga et al. (2007), a ultracavitação foi aplicada em 30 participantes, com três sessões direcionadas para as regiões do abdômen, flancos e coxas.
No presente estudo, as participantes obtiveram uma diminuição média de 3,95 ± 1,99 cm após a conclusão do tratamento.

No estudo realizado por Teitelbaum et al. (2007), foi demonstrada a utilização de uma sessão única de ultracavitação em 137 indivíduos, visando tratar as áreas do abdômen, flancos e coxas. Os resultados revelaram uma diminuição média de 2 cm na circunferência abdominal.

No estudo conduzido por Fatemi e Kane (2010), foi realizado um único tratamento de ultracavitação em 85 voluntários, focado no abdômen e flancos. Foi realizada uma avaliação prévia ao tratamento e, após um período de 8 a 14 semanas, aproximadamente 3 meses após o procedimento, constatou-se que 70% dos participantes estavam satisfeitos com a diminuição da circunferência abdominal.

Ronzio et al. (2012) realizaram um protocolo de 4 sessões de ultracavitação em uma única participante do sexo feminino, com uma sessão por semana. Ao final da última semana, foram realizadas avaliações adicionais, revelando reduções nas medidas de adipometria, perimetria e ecografia.

Milanese et al. (2014) descreveram um estudo realizado com vinte e oito participantes do sexo feminino, submetidas a 20 sessões de ultracavitação, sendo realizadas duas sessões por semana durante dez semanas, utilizando o equipamento de ultracavitação nas regiões glútea e coxa bilateral. Foi obtida uma redução no índice de massa corporal (IMC), na massa de gordura e na espessura do tecido adiposo nas regiões glútea e coxa. Concluiu-se que a ultracavitação é capaz de reduzir a espessura do tecido adiposo, podendo ser um tratamento adequado quando utilizado a longo prazo em indivíduos não obesos com gordura localizada.Parte superior do formulário

2.8.1 Contraindicações da ultracavitação

Apesar de ser um tratamento considerado inofensivo, como todo procedimento existem riscos, mesmo que sejam mínimos, para o paciente. Portanto as contraindicações são: pessoas com disfunções metabólicas descompensada (aumento dos níveis séricos), doença hepática (metabolização dos lipídios), hérnia abdominal (possível dor no local da aplicação), próteses metálicas na área a ser tratada (pode ocorrer aumento no índice de reflexão da onda ultrassônica), patologias ativas graves (aceleramento do crescimento e/ou metástases) e em gestantes (malformação do feto, devido ao aquecimento) (FUIRINI et al, 2002). 

2.9 Cosméticos

De acordo com Araújo et al. (2015), a indústria cosmética atualmente disponibiliza produtos que atuam de forma a melhorar o aspecto da pele através de três ações distintas: metabolização da quebra de gordura, estimulação da drenagem através de ativadores de circulação sanguínea e reorganização do tecido afetado por meio da renovação de colágeno. Quando a massagem modeladora é combinada com o uso de cosméticos contendo ingredientes ativos específicos, pode-se obter um resultado mais eficaz. Esses produtos podem ser encontrados na forma de cremes, óleos ou ativos de origem natural, como, por exemplo, a Centella Asiática. 

De acordo com Sarruf (2011), substâncias com propriedades vasoprotetoras, anti-inflamatórias, estimulantes da microcirculação periférica e com ação lipolítica têm sido utilizadas para melhorar o estado geral do sistema circulatório e linfático.

2.10 Cafeína

A cafeína, que possui característica de pó branco ou cristais pouco solúveis em água, é extraída do café arábica e é uma das substâncias associadas ao uso terapêutico. Além disso, é uma das três metilxantinas farmacologicamente ativas de ocorrência natural que também podem ser encontradas em infusões (RANG, 2001).

Portanto, a cafeína é uma metilxantina utilizada em formulações cosméticas para lipodistrofia localizada, pois atua inibindo a ação lipolítica da fosfodiesterase, condição que resulta no aumento das concentrações de AMPc, que ativa a lipase triglicerídica e são decompostas em ácidos graxos livres e glicerol, reduzindo assim o volume de células de gordura, além de estimular a microcirculação cutânea (OLIVEIRA; AKISUE, 2009; DAVID, PAULA e SCHNEIDER, 2011; TORRES; FERREIRA, 2017).

A cafeína é uma das principais substâncias ativas capazes de contornar o estrato córneo da pele, aumentando a circulação sanguínea e induzindo a lipólise (RAMALHO; CURVELO, 2006; KRUPEK, MAREZE-DA-COSTA, 2012).

De acordo com Ishikawa (2016), vários estudos provaram que a cafeína aumenta o estado de alerta e melhora a concentração. É utilizado de várias maneiras em vários tratamentos, e atualmente a cafeína na dieta tem sido estudada por seu papel em alguns inibidores de apetite, no tratamento da dor associada a outros medicamentos e, mais recentemente, como tratamento cosmético em tratamentos cosméticos. ação de substâncias ativas no combate à gordura localizada para perda de gordura.

Muitas pessoas procuram cosméticos para tratar a gordura localizada, o que tem levado os pesquisadores a estudarem cada vez mais esse tipo de tratamento tópico, que analisam as mais diversas substâncias para diversos problemas que afetam as pessoas, inclusive a gordura localizada (CARMO; BORGES, 2019).

Diversas metilxantinas atuam sobre o tecido adiposo, dentre elas a cafeína que causa a lipólise dos adipócitos, através da inibição da fosfodiesterase e aumento da adenosina monofosfato cíclica (KRUPEK; MAREZE-DA-COSTA, 2012).

De acordo com Torres e Ferreira (2017), a cafeína usada com cremes aumenta os níveis de monofosfato de adenosina cíclica (cAMP), que ativa a triglicerídeo lipase e a quebra em ácidos graxos livres e glicerol, pois age diretamente nas células adiposas, promovendo a lipólise, inibindo a fosfodiesterase. Tem um efeito estimulante na microcirculação da pele e reduz o diâmetro das células de gordura.

O efeito da cafeína na perda de gordura localizada foi estudado em animais transgênicos que expressam essas proteínas acima dos níveis normais e apresentaram tecido adiposo reduzido. Então esse seria mais um efeito da cafeína na lipodistrofia localizada (KRUPEK; MAREZE-DA-COSTA, 2012).

A cafeína é uma substância lipolítica que atua inibindo a fosfodiesterase que decompõe o cAMP (adenosina monofosfato cíclico) A combinação desses dois princípios aumentará a quantidade de cAMP, aumentando assim a atividade lipolítica (RAMALHO; CURVELO, 2006).

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estipulou que o limite de concentração para a cafeína deve ser de 8% e, para as demais xantinas, não deve ultrapassar 4%. Os cosméticos que contêm essas formulações são considerados um risco de nível 2 (ANVISA, 2002).

Essa classificação refere-se ao grau de risco que a cafeína representa para a saúde humana e é determinada pela RDC 343/05 da Anvisa. A classe de risco 1 inclui formulações com propriedades essenciais que não requerem certificação prévia e não possuem restrições ou regulamentação quanto à forma de uso por apresentarem risco mínimo (KRUPEK; MAREZE-DA-COSTA, 2012).

Vários estudos concluíram que as formulações contendo cafeína são bem toleradas pelos usuários, porém deve-se levar em consideração o risco de reações devido à ocorrência de reações alérgicas (RAMALHO; CURVELO, 2006).

A irritação se define como intolerância local e pode refletir em reações desconfortáveis que variam em intensidade desde queimação, prurido e pinicação, levando possivelmente à queimaduras químicas e destruição tecidual. Essa sensibilização indica alergia, esta pode ter efeito imediato de contato/urticária ou efeito retardado, se manifestando como hipersensibilidade (BRASIL, 2002).

O risco de reação alérgica pode ocorrer tanto dos ativos cosméticos quanto do produto final (VIGLIOGLIA; RUBIN, 1989).

Devido à sua solubilidade em água, pode ser associado a diversos potenciadores de absorção cutânea como géis, loções, cremes e loções, mas deve ser entregue na forma de lipossomas para que ocorra maior absorção no estrato córneo (RAMALHO; CURVELO, 2006; TASSINARY et al., 2011).

Severo e Viera (2018), afirmam que a cafeína é um ingrediente dermatologicamente ativo que exibe efeitos lipolíticos ao inibir a fosfodiesterase no tecido adiposo subcutâneo. No entanto, para que uma molécula ultrapasse a barreira córnea da pele, a barreira primária à penetração transdérmica, ela deve estar associada a um potenciador de absorção dérmica ou entregue via lipossomas.

Esses cosméticos precisam ser compostos por ingredientes ativos e concentrações que possam ser absorvidas pela pele e atingir profundidades para atingir células, vasos sanguíneos e linfáticos (RAMALHO; CURVELO, 2006).

Já Chorili et al. (2005) e Gomes (2009), complementam com a informação de que a cafeína também pode ser um alcalóide xantínico encontrado em alguns alimentos. Sendo assim, ela realiza atividade lipolítica, entre outros efeitos.

2.11 Pimenta preta

A piperina, mais conhecida no Brasil como pimenta preta, possui uma composição química rica em fibras, vitaminas e em sais minerais importantes para uma boa funcionalidade e desenvolvimento do organismo (BONTEMPO, 2007).

Cultivada inicialmente no subcontinente indiano, passou a ser introduzida por comerciantes muçulmanos no Ocidente. O amplo estudo na medicina estética comprova o seu efeito termogênico e redutor da adiposidade localizada, porém sua pungência não é indicada para uso em doses elevadas (SAITO; YONESHIRO; MATSUSHITA, 2015).

Alguns artigos científicos realizados recentemente evidenciam que por possuir ação antioxidante, a pimenta preta pode atuar prevenindo alguns tipos de doenças crônicas, com destaque para as cardiovasculares e o câncer. Isso se justifica pela presença das vitaminas C, E, e betacaroteno em sua composição (CARNEVALLI; ARAÚJO, 2013).

3. METODOLOGIA

Os dados foram coletados a partir de uma pesquisa de caráter exploratório onde se foi empreendida uma revisão de literatura por meio de pesquisas e levantamento bibliográfico fundamentado em livros, artigos, revistas e sites eletrônicos, como Scientific Electronic Library Online (SciELO), Reserch Gate e Google Acadêmico. Os descritores mais utilizados foram: lipodistrofia localizada, ultracavitação, ultrassom, cafeína e pimenta preta.

De acordo com Mancini (2006), as revisões da literatura são amplamente reconhecidas por sua abordagem analítica e de síntese das informações provenientes de estudos relevantes previamente publicados, abrangendo um tema específico. Essa metodologia tem como objetivo principal a concisão do conhecimento atualmente disponível, permitindo a obtenção de conclusões embasadas no tópico em questão. Dessa forma, as revisões da literatura fornecem um mapeamento das evidências publicadas, com o intuito de enriquecer a prática profissional no ambiente de trabalho, por meio do embasamento em evidências científicas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base em estudos individuais que demonstraram efeitos positivos da ultracavitação, cafeína e pimenta preta no tratamento da lipodistrofia localizada, esta pesquisa contribuiu para ampliar o conhecimento sobre a eficácia dessas abordagens terapêuticas. Os resultados obtidos forneceram subsídios relevantes para acadêmicos, profissionais da área da estética e interessados no tema, permitindo uma abordagem mais embasada e eficiente no combate à lipodistrofia localizada.

No entanto, é importante destacar que este estudo apresenta limitações. A ausência de estudos científicos prévios conduzidos em seres humanos, especificamente sobre a combinação da ultracavitação com a cafeína tópica e a pimenta preta, impossibilita a estabelecer conclusões definitivas. Embora exista uma expectativa de resultados favoráveis ao utilizar essas abordagens terapêuticas em conjunto, são necessárias pesquisas adicionais com metodologias rigorosas, incluindo ensaios clínicos controlados, para melhor compreender a efetividade e os possíveis efeitos colaterais associados a essa combinação.

A obtenção de resultados mais sólidos através de futuras pesquisas contribuirá para aprimorar as práticas terapêuticas na área estética, oferecendo embasamento científico aos profissionais e interessados nesse tipo de intervenção. Em resumo, este estudo trouxe importantes contribuições ao campo da estética ao ressaltar a importância de investigar abordagens terapêuticas inovadoras para combater a lipodistrofia localizada. A partir desses resultados, espera-se que profissionais e pesquisadores possam aprimorar suas práticas e avançar no desenvolvimento de novas estratégias na área da estética corporal.

EFFECTS OF ULTRACAVITATION ASSOCIATED WITH TOPIC CAFFEINE AND PIPER NIGRUM IN THE TREATMENT OF LOCALIZED LIPODYSTROPHY

ABSTRACT

Localized lipodystrophy consists of an irregular process of the subcutaneous connective tissue in which fat cells proliferate in certain specific regions, causing tissue deformation. One of the ways to reduce localized lipodystrophy is the use of an electrotherapy equipment called ultracavitation, associated with topical caffeine and black pepper. The present work aims to present a study on the effects of ultracavitation associated with the action of the active ingredient of caffeine and black pepper in the treatment of localized lipodystrophy. Data were collected through exploratory research, through a bibliographical study based on books, articles, magazines and websites. The research contributed to the breadth of knowledge about the effectiveness of using ultracavitation, black pepper and caffeine. The association of these elements can bring beneficial and relevant results in the treatment of localized lipodystrophy. This research contributed significantly to the field of aesthetics, offering relevant support to academics, professionals and others interested in the subject.

Key words: 1. Ultrasound. 2. Lipodystrophy. 3. Caffeine. 4. Black pepper. 5. Ultracavitation

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1 Discente do Bacharelado em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac Santo Amaro, São Paulo.
E-mail: reemieko@gmail.com

2 Discente do Bacharelado em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac Santo Amaro, São Paulo.
E-mail: mayzadesouzasantos26@gmail.com

3 Discente do Bacharelado em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac Santo Amaro, São Paulo.
E-mail: lorraine0081@outlook.com

4 Docente e coordenadora do Bacharelado em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac Santo Amaro, São Paulo.
E-mail: isabella.tfbarbosa@sp.senac.br

5 Docente do Bacharelado em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac Santo Amaro, São Paulo.
E-mail: andrea.svanzelli@sp.senac.br