PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DA RUTA GRAVEOLENS L.: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

THERAPEUTIC PROPERTIES OF RUTA GRAVEOLENS L.: A BIBLIOGRAPHIC REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8017290


Lícia Maria Martins Uchoa1
Saulo José Figueiredo Mendes2
Izabel Cristina Portela Bogéa Serra2


Resumo

O uso de plantas medicinais se propagou através das gerações, tornando possível que o vasto conhecimento sobre a utilização de espécies de plantas existentes em suas localidades, obtivessem a finalidade do uso medicinal. Dentro da família das Rutáceas, temos a Ruta graveolens L (arruda), a sua utilização como planta medicinal é evidenciada há muito tempo, tal como seus mais de 120 compostos naturais, encontrados nas raízes e partes aéreas desta planta. Entre estes incluem alcalóides, taninos, rotina, entre outros compostos que possuem propriedades farmacológicas antibacteriana, cicatrizante, anti-inflamatória, entre outras. Este é um estudo de revisão integrativa realizado entre abril e maio de 2023. O objetivo foi investigar o uso da Ruta graveolens em tratamentos terapêuticos, utilizando informações publicadas em bancos de dados científicos. A metodologia incluiu a formulação de uma questão norteadora, a busca por dados em bibliotecas online, a seleção de estudos relevantes, a avaliação dos estudos selecionados e a discussão dos resultados que apoiam o uso da Ruta graveolens. Foram localizados 247 artigos através dos descritos e após filtragem e seleção dos artigos de interesse a pergunta norteadora restaram 29 estudos de relevância. Os artigos selecionados demonstraram que a Ruta graveolens possui como principais propriedades terapêuticas a ação antitumoral, antibacteriana, anti-inflamatória e antioxidante. Esses resultados indicam a importância de investir em pesquisas adicionais para explorar o potencial terapêutico da Ruta graveolens e outras plantas da família Rutácea, visando o desenvolvimento de novas intervenções terapêuticas.

Palavras chaves: Arruda, Antitumoral, Antibacteriana, Plantas medicinais.

Abstract

The use of medicinal plants has been propagated through generations, making it possible for the vast knowledge about the use of plant species existing in their localities, to obtain the purpose of medicinal use. Within the Rutaceae family, we have Ruta graveolens L (rue), its use as a medicinal plant has been evidenced for a long time, as well os its more than 120 natural compounds, found in the roots and aerial parts of this plant. These include alkaloids, tannins, rutin, among other compounds that have antibacterial, healing, anti-inflammatory pharmacological properties, among others. This is an integrative review study carried out between April and May 2023. The objective was to investigate the use of Ruta graveolens in therapeutic treatments, using information published in scientific databases. The methodology included the formulation of a guiding question, the search for data in online libraries, the selection of relevant studies, the evaluation of the selected studies and the discussion of the results that support the use of Ruta graveolens. 247 articles were located through those described and after filtering and selecting the articles of interest to the guiding question, 29 studies of relevance remained. The selected articles demonstrated that Ruta graveolens has antitumor, antibacterial, anti-inflammatory and antioxidant properties as its main therapeutic properties. Other studies have also revealed its activity against pathogenic microorganisms. These results indicate the importance of investing in additional research to explore the therapeutic potential of Ruta graveolens and other plants of the Rutaceae family, aiming at the development of new therapeutic interventions.

Keywords: Rue, Antitumor, Antibacterial, Medicinal plants.

Introdução

A fitoterapia é uma prática terapêutica que promove a saúde de forma natural, utilizando as propriedades medicinais presentes nas plantas para tratar doenças e restaurar o equilíbrio do corpo (CARDOSO, 2019). As plantas medicinais são amplamente utilizadas pelas chamadas medicinas tradicionais ou não ocidentais em suas práticas terapêuticas, sendo que a medicina popular é a que mais utiliza diferentes espécies vegetais como matéria médica (PATRICIO, 2022). O uso de plantas medicinais pela humanidade remonta aos tempos mais remotos da história e se estende por todas as culturas do mundo. Desde a antiguidade, as plantas foram utilizadas para tratar uma grande variedade de doenças e condições de saúde, tanto para fins preventivos quanto terapêuticos (DA ROCHA, 2021). Ao longo da história, diferentes culturas desenvolveram seus próprios sistemas de medicina baseados no uso de plantas medicinais (LEITE, 2019). Na China, por exemplo, a medicina tradicional chinesa utiliza uma grande variedade de plantas, muitas vezes combinadas em fórmulas complexas, para tratar uma ampla gama de condições de saúde (RAUF et al., 2021). No Ocidente, o uso de plantas medicinais foi praticado pelos antigos gregos e romanos, e se desenvolveu posteriormente na medicina árabe e na medicina europeia medieval (TALAEI et al., 2021)

No Brasil, há uma grande diversidade de plantas com propriedades medicinais que podem ser utilizadas como alternativa natural para prevenir e tratar doenças crônicas e infecciosas. Isso possibilita o desenvolvimento de terapias inovadoras, seguras e de fácil acesso para a população (SGANZERLA et al., 2022). As substâncias naturais têm servido por muito tempo como fontes de drogas terapêuticas, no início da década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que 65-80% da população dos países em desenvolvimento dependiam das plantas medicinais como única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde (CAMPOS, 2019). A falta de levantamentos etnobotânicos no Brasil está ligada com a ainda escassez de mapeamento da distribuição das espécies e consequentemente a perda do espaço da fitoterapia, essa que também foi influenciada pelo aumento da indústria farmacêutica e dos medicamentos sintéticos, que prometiam uma cura mais eficaz (SGANZERLA et al., 2022).

De maneira que tentasse corrigir a situação, em 2006, foram criadas a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, para o Sistema Único de Saúde, resultado de um longo processo de demanda e construção de uma política para o setor (BRASIL, 2006 apud SILVA, 2020). A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos é um conjunto de diretrizes que têm como objetivo regulamentar o cultivo sustentável, produção e distribuição de plantas medicinais. Esta política incentiva a inovação técnico-científica para o desenvolvimento de pesquisas que garantam a segurança e a eficácia dos produtos naturais e fitoterápicos utilizados na terapia (BRASIL, 2006). O governo também criou outros programas para facilitar o acesso desses produtos à população, como a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS) e as Farmácias Vivas, que estão em constante revisão e expansão (ZENI, 2021).

Dentre as famílias de plantas com finalidades terapêuticas, as Rutaceae estão entre as maiores do reino vegetal, contendo uma ampla variedade de plantas aromáticas, conhecidas por suas frutas cítricas, como laranja, limão e uva, são também chamadas de família dos cítricos (OMBITO, 2021). Cultivada em várias partes do mundo, mas com maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais do globo, como América Latina, Sul da Europa e Norte da África, crescendo a partir de resíduos de solo pedregoso (FELISBERTO, 2019). A espécie Ruta graveolens L. é conhecida como “arruda” mas também chamada em outras regiões por “arruda-fedida”, “arruda- doméstica”, “arruda-dos-jardins”, “ruta-de-cheiro-forte” (NAHAR, 2021). A sua utilização como planta medicinal é evidenciada há tempos pré-históricos.  Mais de 120 compostos naturais foram encontrados nas raízes e partes aéreas desta planta, entre estes incluem alcalóides de acridona, cumarinas, rutina e outros flavonóides, alantoína, essenciais óleos, fluoroquinolonas e taninos, que possuem antibacteriana, cicatrizante, anti-inflamatória, entre outras (DE FREITAS, 2021).

A principal substância extraída da arruda é a rutina, um flavonóide que exerce ações vasoprotetoras ao atuar sobre a resistência e permeabilidade capilar (DE MACEDO, 2018). Estas propriedades benéficas para a parede venosa, são compartilhadas também com a troxerrutina ou tri-hidroxi-etil rutósido. A rotina também tem mostrado possuir um efeito inibitório da formação de tumores em pele de ratos com a indução com benzopireno (DIEZ, 2017). Por decorrência disto é indicada em distúrbios menstruais, insuficiência venosa e inflamações cutâneas sob a forma de infusão por via oral, e no combate de pragas como moscas e piolhos (SANTOS, 2018). Esse composto também é  muito usado em casos de supressão da menstruação, por seu forte efeito emenagogo, que por gerar fortes contrações uterinas, pode levar gestantes a aborto ou até mesmo a morte por decorrência de hemorragia (MIKULSKI, 2017).

Compostos extraídos da arruda, como o psoraleno, a rutina e a quercetina, possuem atividade repelente, vermicida, sendo usados no controle de leishmaniose, oxiúros, piolhos e outros parasitas (MERLIN, 2021). Óleos essenciais extraídos da arruda são compostos de uma grande concentração de undecanona, metilnonilcetona e metil hept cetona, essas substâncias possuem propriedades calmantes que são utilizadas para aliviar dores e diminuir quadros de ansiedade (MIKULSKI, 2017). Outros flavonoides que fazem parte da composição química da arruda facilitam a absorção da vitamina C pelo organismo, promovendo a inibição da aldose-redutase combatendo a fragilidade dos capilares (FORMIGA, 2019). A quercetina que também é encontrada em considerável concentração na arruda é atribuída às propriedades analgésica, antialérgica, anti diabética, carminativa, gastroprotetora, hepatoprotetora, anti-histamínica, anti-inflamatória, antioxidante, antiespasmódica, antitumoral, antiviral e larvicida. (CEFALI, 2019). O tanino vem sendo amplamente reconhecido por possuírem alto potencial antibiótico (CANO GARCIA, 2018).

Dessa forma, este trabalho tem por objetivo compreender as principais atividades terapêuticas apresentadas por a Ruta graveolens, através de uma revisão de literatura. Espera-se que este estudo possa contribuir com a comunidade científica, fornecendo evidências sobre as atividades terapêuticas desta espécie vegetal. 

Metodologia

Este estudo é uma revisão integrativa, sendo a revisão realizada entre abril e maio de 2023. A construção desse estudo seguiu a ordem de: 1ª) formular a questão norteadora para o desenvolvimento do estudo “Quais informações publicadas em bancos de dados científicos corroboram para o uso da Ruta graveolens como opção em tratamentos terapêutico”; 2ª) buscar dados em bibliotecas online; 3ª) selecionar os estudos/artigos que respondam algum aspecto da nossa questão norteadora; 4ª) avaliar os estudos selecionados; 5ª) dentre os estudos avaliados, discutir os resultados que corroborem.

Foi estabelecido também a margem de tempo para publicações dos últimos 10 anos (2013-2023), buscou-se artigos disponíveis nas bases de dados, PubMed e Scielo, foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: “ruta graveolens”, ação terapêutica, efeitos terapêuticos, ação farmacológica e atividades farmacológicas.

Após a busca de artigos, a seleção se deu através da leitura minuciosa dos títulos das publicações para que selecionasse apenas artigos que abordassem a temática de nossa questão norteadora, em seguida foram lidos os resumos e os textos completos para inclusão dos artigos originais que envolvessem a temática, enquanto que para a exclusão, o critério foi aplicado para artigos de revisão de literatura, envolvendo animais, com informações insuficientes ou resultados com poucos critérios abordados. Além disso, foram realizadas pesquisas nas referências dos artigos incluídos nesta revisão com a finalidade de fundamentar a discussão do presente estudo.

Resultados

Ao realizar a busca dos descritos cruzados na plataforma Pubmed e Scielo, localizamos, primeiramente, para o cruzamento dos descritos “ruta graveolens” AND “therapeutic action”, o total de 24 artigos; para o cruzamento dos descritos “ruta graveolens” AND “therapeutic effects”, o total de 220 artigos; para o cruzamento de “ruta graveolens” AND “pharmacological action”, total de 39 artigos; e para “ruta graveolens” AND “pharmacological activity”, total de 177 artigos. Totalizando 460 artigos localizados através do cruzamento dos descritos. Após a filtragem dos artigos repetidos nas duas plataformas, tivemos o total de 247 artigos. Com a seleção realizada exclusão de conteúdo relatado em títulos e resumos, restaram 59 artigos. Com a leitura minuciosa dos artigos integralmente, selecionamos 29 artigos com dados que corroboram com a presença de efeitos terapêuticos na Ruta graveolens. Os resultados de cada etapa de seleção podem ser observados na Figura 1.

Vale ressaltar que todos os artigos localizados através dos descritos na plataforma Scielo puderam ser igualmente localizados na plataforma Pubmed, entretanto, foram localizados artigos presentes apenas no Pubmed, por isso adotamos atribuições do Pubmed para classificar, organizar e localizar os artigos citados no estudo.

O quadro 1 apresenta os 29 artigos localizados, descritos através de colunas informando seus autores e ano de publicação; número PMID, utilizado para localização do artigo na plataforma Pubmed; título do trabalho; e efeito terapêutico observado através do uso da Ruta graveolens.

Título do trabalhoAutoresPeriódicoAção terapêutica relevante no trabalho
Relaxant effects of a hydroalcoholic extract of Ruta graveolens on isolated rat tracheal ringsÁguila et al., 2015Biological ResearchAtividade relaxante. 
Chemical Composition, Antibacterial and Phytotoxic Activities of Peganum harmala Seed Essential Oils from Five Different Localities in Northern Africa.Apostólico et al., 2016MoleculesAntibacteriana
Anti-proliferative effects of homeopathic medicines on human kidney, colon, and breast cancer cellsArora et al., 2013HomeopathyAntitumoral
DNA fragmentation and cell cycle arrest: a hallmark of apoptosis induced by Ruta graveolens in human colon cancer cellsArora e Tandon, 2015HomeopathyAntitumoral
Ruta graveolens water extract (RGWE) ameliorates ischemic damage and improves neurological deficits in a rat model of transient focal brain ischemiaCampanile et al., 2022Biomedicine & PharmacotherapyAnti-inflamatório
Comparative evaluation of the antimicrobial activity of 19 essential oilsChaffer et al., 2016Advances in Experimental Medicine and BiologyAntibacteriana
Chemical composition, antioxidant, and antimicrobial activities of six commercial essential oilsCoimbra et al., 2023Letters in Applied MicrobiologyAntioxidante e antibacteriana
Bioactivity against Bursaphelenchus xylophilus: Nematotoxics from essential oils, essential oils fractions and decoction watersFaria et al., 2013PhytochemistryAnti-inflamatórias, analgésicas, e antitumoral
Open-label uncontrolled pilot study to evaluate complementary therapy with Ruta graveolens 9c in patients with advanced cancerFreyer et al., 2014HomeopathyAntitumoral
Ruta graveolens water extract inhibits cell-cell network formation in human umbilical endothelial cells via MEK-ERK1/2 pathwayGentile et al., 2018Experimental Cell ResearchAntitumoral
Ruta graveolens L. induz a morte de células de glioblastoma e progenitores neurais, mas não de neurônios, via ativação de ERK 1/2 e AKTGentile et al., 2015Plos OneAntitumoral
Evaluation of chemopreventive potentials of ethanolic extract of Ruta graveolens against A375 skin melanoma cells in vitro and induced skin cancer in mice in vivoGhosh et al., 2015Journal of Integrative MedicineAntitumoral
Garden rue inhibits the arachidonic acid pathway, scavenges free radicals, and elevates FRAP: role in inflammationKataki et al., 2014Chinese Journal of Natural MedicinesAntioxidante
Antinociceptive, anti-inflammatory and antipyretic activities of the leaf methanol extract of Ruta graveolens L. (Rutaceae) in mice and ratsLoonat e Ama Boku, 2014African Journal of Traditional, Complementary and Alternative MedicinesAnticonceptiva, anti-inflamatória e antipirética
Phenolic Content and in Vitro Antioxidant, Anti-Inflammatory and antimicrobial Evaluation of Algerian Ruta graveolens LMeriem et al., 2022Chemistry and BiodiversityAntioxidante, anti-inflamatório e antibacteriana
Antioxidant and antimicrobial phenolic compounds from extracts of cultivated and wild-grown Tunisian Ruta chalepensisOuerghemmi et al., 2017Journal of Food and Drug AnalysisAntioxidante e antibacteriana
Inibição de Colletotrichum gloesporioides usando revestimentos de óleo essencial de quitosana-Ruta graveolens L: estudos in vitro e in situ em frutos de Carica papayaPeralta-Ruiz et al., 2020International Journal of Food MicrobiologyAntifúngica
Anti-inflammatory effect of quinoline alkaloid skimmianine isolated from Ruta graveolens LRatheesh, Sindhu e Helen, 2013Inflammation ResearchAnti-inflamatório
Oral administration of alkaloid fraction from Ruta graveolens inhibits oxidative stress and inflammation in hypercholesterolemic rabbitsRatheesh e Helen, 2013Pharmaceutical BiologyAntioxidante e anti-inflamatório
Homeopathic remedies with antineoplastic properties have immunomodulatory effects in experimental animalsRemya e Kuttan, 2015HomeopathyAntitumoral
Plantas Medicinais Usadas na Medicina Tradicional Iraniana (ITM) como Agentes ContraceptivosSabourin et al., 2016Current Pharmaceutical BiotechnologyAnticonceptiva
A novel coumarin derivative, 8-methoxy chromen-2-one alleviates collagen induced arthritis by down regulating nitric oxide, NFκB and proinflammatory cytokinesSahu et al., 2015International ImmunopharmacologyAntiarrítmico
Antiproliferative Effects of Various Furanoacridones Isolated from Ruta graveolens on Human Breast Cancer Cell LinesSchelz et al., 2016Anticancer ResearchAntitumoral
Discrete nanoparticles of ruta graveolens induces the bacterial and fungal biofilm inhibitionSivakamavalli, Deppa e Vaseeharan, 2014Cell Communication & AdhesionAntibacteriana
Evolution of Phthalocyanine Structures as Photodynamic Agents for Bacteria InactivationSpesia e Durantini, 2022The Chemical RecordAntibacteriana
Potential therapeutic use of herbal extracts in trypanosomiasisTeixeira et al., 2014Pathogens and Global HealthAntiparasitário
Effects of aqueous extract of Ruta graveolens and its ingredients on cytochrome P450, uridine diphosphate (UDP)-glucuronosyltransferase, and reduced nicotinamide adenine dinucleotide (phosphate) (NAD(P)H)-quinone oxidoreductase in miceUeng et al., 2015Journal of Food and Drug AnalysisAtividade hepática
Antifungal, Repellency, and Insecticidal Activities of Cymbopogon distans and Ruta graveolens Essential Oils and Their Main Chemical ConstituentsWang et al., 2022Chemistry and BiodiversityInseticida e antifúngica
Ruta graveolens, Peganum harmala, and Citrullus colocynthis methanolic extracts have in vitro protoscolocidal effects and act against bacteria isolated from echinococcal hydatid cyst fluidAl Qaisi et al., 2022Archives of MicrobiologyAntibacteriana

Revisão Integrativa

Dentre as atividades terapêuticas mais relatadas destacamos a ação antitumoral e antibacteriana realizada através de compostos extraídos de partes da Ruta graveolens. Arora e colaboradores (2013) avaliou a atividade citotóxica de medicamentos homeopáticos selecionados em tintura mãe (MT) contra linhagens celulares derivadas de tumores de órgãos particulares, os extratos da Ruta graveolens foram usados contra COLO-205 (carcinoma colorretal humano). A citotoxicidade foi medida usando o método de brometo de 3-(4,5-dimetiltiazolil-2) -2,5-difeniltetrazólio (MTT), a atividade antiproliferativa pelo ensaio de exclusão do azul de tripano e a apoptose determinada pela coloração dupla das células com brometo de etídio (EB) e laranja de acridina (AO). MTs e preparações ultra diluídas da Ruta graveolens tiveram efeitos altamente significativos nas respectivas linhagens de células cancerígenas, produzindo citotoxicidade e diminuição da proliferação celular. Os efeitos foram maiores com as MTs, embora em menor grau nas preparações moleculares ultra diluídas. Arora (2015), realizou novas análises contra COLO-205, evidenciado por citotoxicidade, migração, clonogenicidade, alterações morfológicas e bioquímicas, e modificação nos níveis de genes associados a apoptose e ciclo celular de tecido afetado com COLO-205.

Remya (2015) também obteve comprovações através de preparados homeopáticos frente ação tumoral. Avaliou os efeitos de Thuja occidentalis, Carcinosinum e Ruta graveolens 1M, 200c e 30c no sistema imunológico de camundongos. As preparações homeopáticas foram administradas por via oral por dez dias consecutivos. Parâmetros hematológicos, hematopoiéticos e imunológicos para resposta de anticorpos e proliferação de células linfóides foram avaliados. Os resultados foram analisados por comparação estatística com o controle. Observou aumento significativo dos parâmetros hematológicos, incluindo contagem total de leucócitos, parâmetros hematopoiéticos, como celularidade da medula óssea e número de células α-esterase positivas, outros parâmetros da resposta imune, como título de anticorpos circulantes e número de células formadoras de placas (PFC), particularmente com diluições mais altas da Ruta graveolens. Proliferação aumentada de células linfóides B e T também foi observada. Não foram observados efeitos tóxicos.

Freyer et al (2014) investigou se o medicamento homeopático à base de Ruta graveolens pode melhorar a qualidade de vida e a progressão do tumor em pacientes com câncer avançado. Alguns pacientes tratados apresentaram melhora transitória da qualidade de vida, mas a eficácia desse tratamento ainda precisa ser confirmada em estudos posteriores. Foram incluídos 31 pacientes (média de idade: 64,3 anos). A duração média do tratamento foi de 3,3 meses. O estado de saúde global da qualidade de vida melhorou significativamente entre o início e a semana 16 após início do tratamento, mas estava no limite da significância no final do estudo. Não houve mudança significativa na ansiedade/depressão ou performance de status durante o tratamento. Ruta graveolens não teve nenhum efeito óbvio na progressão do tumor.

Gentile et al (2018) relatou que a Ruta graveolens é capaz de prejudicar significativamente a formação da rede de vasos, na angiogênese, sem afetar a viabilidade celular e regulando negativamente a expressão do fator de crescimento do endotélio vascular (VEFG) e nestina. O fator de crescimento do endotélio vascular (VEFG) é uma proteína sinalizadora envolvida na angiogênese. Em situações fisiológicas, esta proteína possui importante papel durante o desenvolvimento embrionário e no reparo do dano vascular, induzindo à neoangiogênese. Esses achados apontam para o extrato da Ruta como uma ferramenta com potencial terapêutico capaz de interferir na angiogênese patológica. Gentile (2015) demonstrou também que o extrato aquoso de Ruta graveolens L., induz a morte em diferentes linhagens de células de glioblastoma (U87MG, C6 e U138) amplamente utilizadas para testar novas drogas em estudos pré-clínicos. O efeito dos extratos de Ruta foi mediado pela ativação de ERK1/2 e AKT, onde a inibição dessas vias reverteu sua atividade antiproliferativa. O extrato de arruda também afetou a sobrevivência das células precursoras neurais (A1) obtidas do SNC embrionário de camundongos.

Gosh e colaboradores (2015) observaram o potencial quimiopreventivo de extratos da Ruta graveolens. Demonstrou a partir dos resultados gerais do seu estudo o possível uso da Ruta na formulação terapêutica de um fármaco eficaz no tratamento do câncer de pele. Schelz e colaboradores (2016) conseguiram achados in vitro indicando que as furanas acridonas, metabólitos secundários extraídos da Ruta graveolens, são candidatos adequados para o desenvolvimento de drogas anticancerígenas.

Quanto a atividade antibacteriana, Apostólica et al (2016) avaliou óleos essenciais de Ruta graveolens, e outras plantas medicinais, quanto à sua possível atividade fitotóxica in vitro contra algumas cepas bacterianas: Staphylococcus aureus (DSM 25693), Bacillus cereus (DSM 4313), Bacillus cereus (DSM4384), Escherichia coli (DMS 857) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 50071). Os resultados obtidos mostraram que os óleos extraídos apresentam atividade inibitória das cepas. Corroborando com os resultados de Apostolica, Chaftar et al (2016) realizou uma avaliação comparativa de ação antibacteriana entre 19 óleos essenciais com atividade antibacteriana, entre eles o óleo essencial de Ruta. Obtendo confirmações da ação antibacteriana relevante em comparação a outros já comprovados também, frente a 11 espécies bacterianas, onde as mais sensíveis foram Bacillus megaterium, Legionella pneumophila, Listeria monocytogenes e Trichophyton spp.

Ouerghemmi (2017) e Coimbra (2023), através de suas análises corroboram na atividade antioxidante e antibacteriana, frente a três bactérias patogênicas humanas: bactérias Gram positivas, que incluíam Staphylococcus aureus, e bactérias Gram negativas, que incluíam Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. Sivakamavalli (2014) observou também a atividade antibacteriana e antibiofilme de R. graveolens mostrou a atividade inibitória efetiva contra Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. Yaseen et al (2022) verificou atividade de extratos metanólicos de Ruta graveolens, e outros extratos, contra bactérias isoladas. O extrato de R. graveolens apresentou os menores valores de concentração inibitória mínima (CIM) (menos de 2 mg/ml) contra todos os microrganismos testados. Isso mostrou que o extrato de R. graveolens possui propriedades adicionais, como a capacidade de ser tanto escolicida quanto bactericida. Como essas bactérias estão entre as bactérias patogênicas mais prevalentes que aumentam o risco de infecção secundária durante os cistos hidáticos, os resultados das zonas inibitórias e MICs do extrato metanol de R. graveolens são considerados altamente promissores. Enterobacter amnigenus, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus xylosus e Achromobacter xylosoxidans estão entre as bactérias que foram testadas.

A capacidade antioxidante e anti-inflamatória, foram outras bastante observadas nos estudos relatados. Campanile et al (2022) avaliou o efeito protetor do extrato aquoso de Ruta graveolens em um modelo experimental in vivo de isquemia cerebral. Os estados pró-inflamatórios de astrócitos e microglia, respectivamente detectados usando marcadores C3 e iNOS, foram significativamente reduzidos nas áreas corticais e estriadas ipsilaterais em ratos isquêmicos tratados com R. graveolens. Já Kataki (2014) demonstrou a atividade anti-inflamatória e antioxidante de extratos da R. graveolens com potentes efeitos inibitórios nas vias do ácido araquidônico. Loonat e Amabeoku (2014) observaram que R. graveolens apresenta atividades anticonceptiva, anti-inflamatória e antipirética, justificando o uso da espécie vegetal por praticantes da medicina tradicional no manejo e tratamento da dor, inflamação e febre. Mokhtar (2022) analisou o extrato fenólico de R. graveolens que apresentou boa atividade antioxidante com testes de DPPH e β-caroteno. E atividade anti-inflamatória por inibição da desnaturação da albumina e estabilização da membrana. Ratheesh e colaboradores (2013) publicou dois trabalhos comprovando as propriedades anti-inflamatórias da skimianina, um metabólito isolado da Ruta graveolens, e seu mecanismo de ação multi alvo, sugerindo sua potencial eficácia terapêutica em várias doenças inflamatórias.

Outras atividades terapêuticas foram relatadas por Águia et al (2015) onde um extrato hidroalcoólico de R. graveolens exibiu atividade relaxante em anéis traqueais de ratos. Os resultados sugerem que o efeito relaxante da traqueia é mediado por um mecanismo antagonista não competitivo. Sabourian et al (2016) verificou a ação anticonceptiva da R. graveolens e outras plantas medicinais na Medicina Tradicional Iraniana. Sahu et al (2015) avaliou o potencial terapêutico de um derivado de cumarina recém-isolado da R. graveolens no modelo de rato artrítico induzido por colágeno (CIA). Os níveis plasmáticos aumentados de citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6, e também de óxido nítrico, reduziram significativamente com o tratamento da cumarina, indicando sua eficácia terapêutica e seu possível uso como medicamento anti artrítico.

Teixeira et al (2014) avaliou os efeitos de extratos brutos de Handroanthus impetiginosa, Ageratum conyzoides e Ruta graveolens na infecção in vitro por Leishmania amazonensis e Trypanosoma cruzi. Os resultados mostraram que os extratos causaram toxicidade significativa em promastigotas e tripomastigotas. Uma diminuição significativa na taxa de invasão celular por tripomastigotas e promastigotas pré-tratados também foi observada. Os extratos causaram uma redução significativa da multiplicação de amastigotas intracelulares de ambos os parasitos. Ueng et al (2015) realizou administração oral de extrato de arruda a camundongos com aumento induzido nas atividades hepáticas de Cyp1a e Cyp2b de maneira dose-dependente. Com o tratamento à base de extrato de R. graveolens foi aumentado a atividade hepática de Cyp1a e Cyp2b. Esses resultados revelaram que metabolitos da R. graveolens contribuíram para a indução de P450 evidenciada atividade protetora hepática.

Conclusão

Os dados científicos registrados sobre as atividades terapêuticas da Ruta graveolens analisados na literatura científica demonstraram que os potenciais terapêuticos como antitumoral, antibacteriano, anti-inflamatório e antioxidante são amplamente demonstrados em pesquisas de campo. Em pesquisas experimentais laboratoriais, a demonstração da atividade bactericida e bacteriostática a microrganismos patogênicos de interesse clínico é extremamente relevante para levar a frente mais estudos aprofundados aos metabólitos responsáveis por estas atividades por garantir novas fontes de tratamento.

Portanto, com a quantidade relevante de pesquisas experimentais para comprovação da eficácia do uso terapêutico desta espécie, asseguramos a importância de novos investimentos na investigação da Ruta graveolens e outros gêneros da família Rutácea para a elucidação dos mecanismos de ação e novas intervenções terapêuticas para doenças a partir do uso de extratos vegetais destas plantas.

REFERÊNCIAS

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1 Universidade CEUMA – Graduação em Farmácia.
2 Docente do curso de Farmácia pela Universidade CEUMA, São Luís – Maranhão