RISCOS DA OCORRÊNCIA DE POLIFARMÁCIA ENTRE IDOSOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7988102


Amanda Silva Madeira1
Carlos Alberto Andrade Serra dos Santos2


Resumo: São diversas pessoas em todo mundo que utilizam diariamente no mínimo quatro ou cinco medicamentos, para minimizar ou tratar diferentes doenças (diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e outros), na qual, são as pessoas idosas os principais usuários. E diferente que muitos idealizam, o uso de medicamento não gera somente benefícios, a junção de diferentes fármacos podem resultar em danos a saúde, por ser perpetuar como polifarmácia, consequentemente, essa questão tem ocasionado inúmeros debates e preocupações entre os profissionais da saúde. E com base nessa perspectiva, o presente trabalho foi construído no intuito de analisar os fatores de riscos da polifarmácia entre as pessoas idosos. A metodologia de pesquisa utilizada foi o estudo bibliográfico, uma vez que há várias obras que abordam o tema em estudo e foram essenciais para alcançar os objetivos propostos com sucesso, na qual sendo as fontes de informação estabelecidas foram as bases de dados eletrônicas: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura da América Latina e Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System On- line (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), com recorte temporal de 2017 a 2023. Contudo, por meio do estudo realizado, pode-se constatar que os fatores de riscos são inúmeros e podem comprometer a sobrevida da população, o que torna-se relevante as atribuições do farmacêutico nesse contexto, por ter competência de orientar a população dos perigos do uso desordenado dos medicamentos e a importância de respeitar as instruções de uso de cada medicamentos entre outros atributos.

Palavras-chave: Polifarmácia. Idoso. Risco. Atenção farmacêutica.

Abstract: Abstract: There are several people around the world who use at least four or five medications daily, to minimize or treat different diseases (diabetes, hypertension, cardiovascular diseases and others), in which the elderly are the main users. And unlike what many idealize, the use of medication does not only generate benefits, the combination of different drugs can result in damage to health, as it is perpetuated as polypharmacy, consequently, this issue has caused numerous debates and concerns among health professionals. And based on this perspective, the present work was constructed in order to analyze the risk factors of polypharmacy among elderly people. The research methodology used was the bibliographic study, since there are several works that address the subject under study and were essential to successfully achieve the proposed objectives, in which the established information sources were the electronic databases: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Latin American and Caribbean Health Science Literature (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Nursing Database (BDENF), with a time frame from 2017 to 2023. However, through the study carried out, it can be seen that the risk factors are numerous and can compromise the survival of the population, which makes the role of the pharmacist relevant in this context, as he has the competence to guide the population about the dangers of disorderly use of medicines and the importance of respecting the instructions for use of each medicine, among other attributes.

Keywords: Polypharmacy. Elderly. Risk. Pharmaceutical attention.

1 INTRODUÇÃO

Com os avanços da tecnologia e ciência, gradativamente houve melhoria na qualidade de vida da população, resultando em aumento a expectativa de vida humana. Todavia, não significa que todo campo tem cooperado ativamente com essa realidade, uma vez que, existe uma deficiência significativa no que se refere à assistência farmacêutica a essa população, pois é grande o índice de idosos que são diagnósticos com doenças crônicas não transmissíveis: Doença pulmonar obstrutiva crônica (bronquite crônica, enfisema pulmonar), doenças cardiovasculares (hipertensão, insuficiência cardíaca, AVC, doença vascular periférica) diabetes entre outras (SANTOS; ARAÚJO; LEAL, 2021).

Em virtude da vulnerabilidade que o envelhecimento impulsiona, os idosos continuamente fazem uso de múltiplos medicamentos, o que se se conceitua de polifarmácia, tendo em vista tratar ou minimizar os efeitos que as patologias ocasionam no organismo e caso intervenções não sejam acionadas, a polifarmácia permanecerá entre as condutas adotadas pelo idoso, uma vez que, os dados vêm mostrando que em 2025 o Brasil será o 6ª país com maior população idosa do mundo, isto é, a primeira na América Latina, o que corresponde atualmente, com 33 milhões de pessoas acima de 60 anos de idade, sendo 15% total da população brasileira (IBGE, 2023).

Ademais, a polifarmácia tem como definição o uso concomitantemente, simultaneamente de quatro ou mais medicamentos, o que está causando uma enorme preocupação para os órgãos de saúde em todo o mundo, uma vez que o uso excessivo de fármacos por idosos refletem diretamente no sistema de saúde, tendo em vista que essas associações de drogas causam efeitos colaterais em vários sistemas e tecidos dentro do organismo (TINÔCO, 2021).

Neste sentido, a aplicação do presente estudo foi desenvolvida visando melhor compreender os fatores de riscos gerados sobre os efeitos do polifarmácia, uma vez que, justifica-se em razão da necessidade de discutir a atuação do farmacêutico diante desse fenômeno em indivíduos idosos, visto que, a população idosa provavelmente é a que mais faz uso da polifarmácoterapia. E muitos indivíduos dessa categoria, desconhecem quais os efeitos negativos da junção de diferentes fármacos (MARQUES, 2019).

Consciente de que o polifarmácoterapia é um fenômeno que faz parte do cotidiano de muitos idosos, acredita-se que o estudo é de relevância social, por enfatizar um assunto em que muitas vezes pouco discutido entre os usuários de medicamentos, visando sobretudo, despertar uma visão crítica e analítica sobre os problemas de saúde que estão relacionados como interações entre os fármacos prescritos pelo médico, reações indesejáveis no tratamento farmacológico, eliminação de complexidade e duplicidade desnecessárias do regime de medicamentos.

Discutir o uso e os riscos da polifarmácia entre idosos é essencial para adoção de medidas preventivas e assertivas quanto à polifarmácia. E nesse ínterim, também será oportuno discutir quanto a abrangência da atuação do farmacêutico neste contexto, por ser um profissional que tem sobre suas competências prestar assistência a população por ser mediador de informações das fórmulas medicamentosas, consequentemente eles possuem conhecimentos aprofundados sobre o uso correto do medicamento, correlacionando-se com a dosagem, tempo de uso entre outros atributos (TINÔCO, 2021).

Em suma, a pesquisa foi realizada fundamentada no interesse de atingir os seguintes objetivos: analisar os riscos da ocorrência de polifarmácia entre idosos, identificar os fatores associados às interações medicamentosos em idosos brasileiros, averiguar as atribuições do farmacêutico mediante aos casos de polifarmácias.

2 CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO DE POLIFARMÁCIA

O termo Polifármacia origina de grego “polys” significa “muitos” e “pharmakon” tanto “remédio” como veneno. Portanto, compreende-se que o conceito traz a percepção e que o uso contínuo de inúmeros medicamentos para diferentes tratamentos, especificadamente, entre cinco ou mais fármacos poderá ocasionar danos adversos a saúde do usuário, sendo os idosos os principais prejudicados, uma vez que, o envelhecimento ocasiona vulnerabilidade ao organismo e sucessivamente, buscam nos medicamentos para tratar ou minimizar os efeitos de inúmeras doenças: hipertensão, diabetes e outros (MIRANDA; MENDES; SILVA, 2019).

A polifarmácia nos últimos anos tornou-se uma problemática de saúde pública por estar unificada ao aumento significativo do risco e da gravidade das Reações Adversa à Medicamento – RAM e mononucleose infecciosa – MI, assim profere Secoli (2015, p.11).

A polifarmácia está associada ao aumento do risco e da gravidade das RAM, de precipitar IM, de causar toxicidade cumulativa, de ocasionar erros de medicação, de reduzir a adesão ao tratamento e elevar a morbimortalidade. Assim, essa prática relaciona-se diretamente aos custos assistenciais, que incluem medicamentos e as repercussões advindas desse uso. Neste são incorporados os custos de consulta a especialistas, atendimento de emergência e de internação hospitalar.

A utilização simultânea de múltiplos medicamentos, conhecida como polifarmácia, tem sido reconhecida como um fator que acarreta diversas consequências negativas para a saúde dos indivíduos, especialmente quando se trata da população idosa. Nesse contexto, há uma grande probabilidade de ocorrerem reações adversas de natureza infecciosa, o que agrava ainda mais o quadro clínico desses pacientes.

É preocupante observar que o número de idosos que necessitam de múltiplos medicamentos tem aumentado significativamente. Receitas médicas contendo quatro, cinco ou até mesmo seis tipos diferentes de medicamentos para tratar uma variedade de problemas de saúde, como dores ósseas, problemas estomacais, diabetes, pressão arterial elevada e outras patologias, têm se tornado cada vez mais comuns. No entanto, o uso excessivo dessas substâncias medicamentosas aumenta os riscos à saúde, podendo desencadear alterações no sistema cardíaco e respiratório, dores abdominais, tonturas, alergias e outras complicações, tanto em curto quanto em longo prazo (SANTOS; ARAÚJO; LEAL, 2021)

Segundo Rocha (2018), há impasses relacionados aos princípios que se definem de maneira negativa e positiva no contexto da polifarmácia, devido à existência de uma discreta diferença entre os perigos e os benefícios. Isso ocorre porque, “por um lado, o aumento do consumo de remédios pode prejudicar a saúde do indivíduo, devido aos efeitos adversos e às interações medicamentosas; por outro lado, são esses medicamentos que contribuem para a extensão da vida” (SECOLI, 2015, p.6). Em outras palavras significa dizer que, os riscos da polifarmácia está vinculado ao uso irracional de medicamento.

Acredita-se que a efetivação da polifarmácia terá diminuição entre a população quando os multiprofissionais da saúde: enfermeiros, médicos, farmacêuticos etc., desenvolver ações de intervenção em caráter educativo direcionado a todos os membros da sociedade (crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos), embora que os principais usuários de diferentes medicamento são os idosos, pois as medidas de intervenção, deve-se centralizar no interesse de despertar uma visão crítica e analítica na população, sobre os efeitos negativos do uso irracional e excessivos de medicamentos. Somente assim, será possível futuramente diminuir o índice de polifarmácia, pois o conhecimento modifica o comportamento da humanidade.

2.1 A prevalência da polifarmácia entre os idosos

As interações medicamentosas entre os idosos é uma realidade do Brasil e do mundo, pois os efeitos do envelhecimento são semelhantes independente da nacionalidade. Como exemplo disto, no Estados Unidos da América – EUA cerca de 27% da população idosa fazem uso variáveis de medicamentos. Ademais, seis países da Europa asseguram que 46% dos idosos usam em média sete tipos de medicamentos (TIGUMAN et al., 2022).

Segundo Esher e Coutinho (2017) 50% dos medicamentos disponíveis no sistema de saúde são prescritos de forma incorreta, sem uma real análise do paciente de sua história de doenças crônicas e degenerativas seu estado físico, sua idade, e até mesmo seu prontuário médico comas informações necessárias para a prescrição destas drogas sem levar em consideração seus efeitos colaterais, além de possuírem inúmeras reações e interações quando administrados com outros medicamentos, segundo a OMS, cerca de 50% de todos os países não desenvolvem políticas básicas para desenvolver uma pratica do uso racional de medicamentos entre a população.

E dentre os principais fatores que envolvem a frequência do uso de fármacos entre os brasileiros, centralizam-se como classe terapêutica anti-inflamatória, bem como, para sistema cardiovascular, gastrointestinal, nervoso e musculoesquelético, assim profere Tiguman et al., (2022,p.10) “betabloqueadores, insulina, ácido acetilsalicílico, Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA), Furosemida, estatinas, Omeprazol, Diltiazem, Espironolactona e Clonidina”.

Vale frisar que associações de anti-hipertensivos com anti-inflamatórios e quando ocorre uso contínuo, as consequências poderão ser refletidas por meio de hemorragia gastrointestinal e/ou antagonismo/diminuição do efeito hipotensivo, o que requer cuidados administrativos por parte da equipe de saúde que presta atendimento ao idoso (SANTOS, 2021). Em outras palavras significa dizer que, existem subsídios negativos quanto à interação de medicamentos, podendo causar risco a saúde do indivíduo.

Sem dúvida, a polifarmácia está associada ao uso de cinco ou mais medicamentos para diferentes doenças, e existem fatores adversos que levam as pessoas a fazerem uso frequente de medicamentos, formando um perfil específico para os usuários. Esse perfil inclui características como viver sozinho, ser do sexo feminino, ter baixa escolaridade, ter mais de quatro doenças e possuir plano de saúde privado. (SALES; SALES; CASOTTI, 2017, p.1) demonstraram que esses fatores estão relacionados à polifarmácia.

Embora as pessoas encontrem na polifarmácia uma maneira de se sentirem bem, não se pode negar que ela é prejudicial e pode representar riscos para a qualidade de vida dos idosos. Existem impasses entre as vantagens e os riscos da polifarmácia (SILVA, 2019). E no que diz respeito aos fatores que ajudam a reduzir a polifarmácia, os profissionais de farmácia desempenham um papel importante nesse processo. A assistência farmacêutica agrega valor à população, pois esses profissionais têm plenas condições de orientar a sociedade sobre os cuidados de saúde preventivos, além de diminuir as consequências que a polifarmácia pode causar.

2.2 As implicações das interações medicamentosas utilizadas pelos idosos e as atribuições do farmacêutico

A interação medicamentosa entre as pessoas idosas geralmente acontece uma classe específica de medicamentos, o que inclui anti-inflamatórios não esteroidais, beta-bloqueadores, inibidores da enzima, diuréticos, “Há, ainda, os indutores (fenitoina, carbamazepina) e inibidores enzimáticos como, por exemplo, cimetidina, omeprazol que, frequentemente, encontram-se envolvidos nas IM, que ameaçam a saúde do idoso” (SECOLI, 2015, p.5).

Dentre os principais medicamentos utilizados pelos idosos, existem consequências clínicas, o que inclui: hemorragia, anemia, insuficiência renal, prejuízo na memória, insuficiência cardíaca, náusea, arritmias entre outras implicações. Deste modo, é crucial o envolvimento dos profissionais de farmácia, por ter conhecimentos que potencializam ações que possam prevenir danos decorrentes das combinações terapêuticas (SILVA, 2019).

Por certo, as interações medicamentosas cooperam com o desencadeamento das Reações Adversas à Medicamento – RAM e mononucleose infecciosa – MI em caráter catastrófico. Ora, a “vulnerabilidade dos idosos aos eventos adversos relacionados a medicamentos é bastante alta, o que se deve a complexidade dos problemas clínicos e às alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas inerentes ao envelhecimento” (SECOLI, 2015, p.10).

A presença de múltiplos medicamentos no organismo pode tornar mais difícil para o corpo absorver e metabolizar cada medicamento de forma eficiente. Isso pode levar a uma redução na concentração do medicamento ativo no sangue, resultando em uma resposta terapêutica insuficiente. Em outras palavras, os medicamentos podem não ser tão eficazes quanto esperado devido à presença de outros medicamentos no sistema (ROCHA, 2018).

As reações adversas aos medicamentos também são uma preocupação importante relacionada à polifarmácia. Quando vários medicamentos são utilizados, aumenta-se o risco de reações adversas, pois cada medicamento possui seu próprio perfil de efeitos colaterais. Além disso, a interação entre os medicamentos pode potencializar esses efeitos adversos, tornando-os mais graves ou frequentes (SANTOS; ARAÚJO; LEAL, 2021).

Nesse contexto, destaca-se a importância do papel do farmacêutico na otimização do uso de medicamentos em pacientes que estão utilizando múltiplos fármacos. O farmacêutico desempenha um papel crucial na educação do paciente sobre os efeitos da polifarmácia, destacando a importância do cumprimento da posologia correta, orientando sobre a administração adequada dos medicamentos em relação aos alimentos e bebidas, e fornecendo informações sobre possíveis interações medicamentosas e como evitá-las (MENEZES; SÁ, 2017).

O papel do farmacêutico na polifarmácia é fundamental para garantir a segurança e a efetividade do tratamento medicamentoso de pacientes que fazem uso de múltiplos medicamentos. A polifarmácia refere-se ao uso simultâneo de diversos medicamentos por um paciente, seja prescrito por diferentes profissionais de saúde ou por automedicação (ALVARENGA, 2019).

O farmacêutico desempenha várias funções importantes nesse contexto. Primeiramente, ele pode atuar como um educador de saúde, fornecendo informações aos pacientes sobre os medicamentos que estão tomando, suas doses, horários de administração, possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas. Isso ajuda a garantir que os pacientes estejam bem-informados sobre sua terapia medicamentosa e possam tomar decisões conscientes (ROCHA, 2018).

Além disso, o farmacêutico tem conhecimento especializado em farmacologia e farmacoterapia, o que o capacita a identificar potenciais interações medicamentosas entre os diferentes medicamentos utilizados pelo paciente. Ele pode realizar uma revisão dos medicamentos que o paciente está tomando, identificando possíveis duplicidades, medicamentos inadequados para a condição do paciente ou combinações que possam causar reações adversas. Essa revisão é conhecida como revisão da farmacoterapia e ajuda a otimizar a terapia medicamentosa, evitando riscos desnecessários e melhorando os resultados clínicos.

O profissional farmacêutico, por meio do seu conhecimento sobre os fármacos, consegue proporcionar uma melhor terapia racional ao uso correto dos medicamentos, portanto ele pode proporcionar informações privilegiadas e seguranças ao paciente, como, posologia, formas de utilização do fármaco que foi prescrito, melhores horários para a administração desses fármacos, além de esclarecer duvidam referente a qual classe terapêutica pertence (SANTOS; ARAÚJO; LEAL, 2021, p.17).

O farmacêutico também pode colaborar com outros profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, para avaliar a necessidade de ajustes na terapia medicamentosa. Com base em seu conhecimento sobre os medicamentos e as características individuais de cada paciente, ele pode fornecer recomendações sobre mudanças de dose, substituições de medicamentos ou descontinuação de terapias desnecessárias (SANTOS; BEZERRA; MARTINS, 2017).

Além disso, o farmacêutico pode contribuir para a adesão do paciente à terapia medicamentosa. Ele pode orientar o paciente sobre a importância de seguir corretamente as instruções de uso dos medicamentos, esclarecer dúvidas e oferecer estratégias para facilitar o cumprimento do tratamento. A adesão é um fator crucial na polifarmácia, pois a complexidade do regime medicamentoso pode levar à confusão e ao esquecimento, prejudicando os resultados terapêuticos (ALVARENGA, 2019).

Sem dúvidas, o papel do farmacêutico na polifarmácia é multifacetado e essencial para garantir a segurança e a efetividade da terapia medicamentosa. Sua expertise em farmacologia, interações medicamentosas e adesão do paciente desempenha um papel crucial na promoção do uso racional de medicamentos e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes que necessitam de tratamento com múltiplos fármacos (STUCHI, 2017).

Portanto, os profissionais farmacêuticos são os principais mecanismos que atua diretamente em prol da saúde da população, pois não basta existir medicamentos para resolver problemas de saúde. Pois os benefícios somente serão contemplados quando existem profissionais qualificados para direciona a população ao uso correto, caso contrário, os fármacos não atuarão como proposta de intervenção, mas sim, como instrumentos que prejudica a saúde (SILVA, 2019).

Contudo, a polifarmácia atua como critério importante para a pessoa idosa, quando o indivíduo possui acompanhamento de profissionais de farmácia para administrá-lo de acordo com perfil e necessidade cada uma, o que se perpetua de forma segura e eficaz.

3 METODOLOGIA

A pesquisa é do tipo revisão de literatura. A revisão da literatura ocorreu no período dos meses de abril e maio de 2023. Foram utilizadas para a pesquisa as seguintes bases de dados: Google acadêmico (Google Scholar), Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS, Medical Literatura e Analysisand Retrieval System Online – Mediline, Scientific Electronic Library Online, SCIELO, e as bases de dados das Universidades Públicas Federais, utilizando os seguintes descritores para a pesquisa: Polifarmácia. Idoso. Risco. Atenção farmacêutica.

Como critérios de inclusão serão utilizados artigos originais e revisões disponíveis em idioma português e ingles, publicados no período entre 2017 e 2023, disponíveis em sua versão completa. Os critérios de exclusão foram: publicações não científicas, fora do recorte temporal, estudos realizados em outras populações que não reportassem com alcance dos objetivos.

Foram selecionados inicialmente 180 artigos com estudos relacionados ao tema da pesquisa, sendo excluídos 82 após leitura do título, e 53 por serem artigos repetidos nas bases de dados. Foram avaliados 45 resumos, sendo excluídos 25 após a leitura dele na íntegra. Depois de removidas as duplicatas, foram necessárias à seleção dos estudos de forma independente. Os títulos e resumos foram selecionados e triados aplicando os critérios de elegibilidade. Os artigos não eliminados na fase de triagem anterior foram lidos na íntegra para extração dos dados, sendo um total de 10 obras.

4 RESULTADOS

Após a seleção dos estudos e a utilização dos critérios de inclusão e exclusão, foram inseridos 08 estudos que foram utilizados para discussão do tema abordado nesta pesquisa. Conforme ilustra o fluxograma a seguir:

Figura 1: Fluxograma de seleção dos artigos

Fonte: Autoria própria, 2023

A seguir, é realizado o detalhamento dos estudos selecionado, foram inseridos 10 estudos na revisão. Para melhor visualização, apresenta-se quadro sinóptico com a distribuição e organização dos artigos, considerando autor/ano, objetivo do estudo, metodologia e principais resultados, conforme é possível verificar no Quadro 1 a seguir.

Quadro 1 – Distribuição e organização dos estudos selecionados


Autor/anoObjetivoMetodologiaResultados
E1TINÔCO, Erica Elen Assis, 2021Analisar a polifarmácia na população de idosos, através de revisãoRevisão bibliográfica exploratóriaSegundo estimativa, 70% da população idosa faz uso de medicamentos e em torno de 20% destes, fazem uso em média de três medicamentos simultaneamente. A consequência da polimorbidade e/ou do uso irracional de fármacos, gera um aumento nos casos de internações hospitalares por reações adversas e interações medicamentosas, além de elevar a taxa de morbimortalidade no mundo.
E2PEREIRA, Karine Gonçalves, 2017.Investigar a polifarmácia em idosos residentes na área urbana de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, estimando a prevalência e os fatores a ela associados.Estudo transversal de base populacional em uma amostra de 1.705 idosos, entre 2009 e 2010A média do uso de medicamentos por idosos foi de 3,8 (variando entre 0 e 28). A prevalência de polifarmácia foi de 32%, com intervalo de confiança de 95% (IC95%) 29,8 – 34,3. As características que apresentaram associação positiva com polifarmácia foram: sexo feminino (RP = 1,27; IC95% 1,03 – 1,57), aumento da idade (RP = 1,38; IC95% 1,08 – 1,77), autoavaliação de saúde negativa (RP = 1,99; IC95% 1,59 – 2,48) e realização de consulta médica nos últimos 3 meses anteriores à entrevista (RP = 1,89; IC95% 1,53 – 2,32). Os grupos de medicamentos mais utilizados pelos idosos na polifarmácia foram os indicados para o sistema cardiovascular, trato alimentar e metabolismo e sistema nervoso.
E3SALES, Alessandra Santos et al., 2017,Descrever os medicamentos utilizados e analisar os fatores associados à polifarmácia em idosos de Aiquara, Bahia, BrasilEstudo transversal, censitário, realizado em fevereiro de 2014, por meio de entrevista com formulário padronizado.Resultados: entre os 272 idosos entrevistados, 53,3% usavam apenas medicamentos prescritos e 31,6% pelo menos um medicamento não prescrito; a prevalência de polifarmácia foi de 29,0%; os medicamentos cardiovasculares foram os mais utilizados na polifarmácia (n=390; 37,6%); após análise ajustada, os fatores que permaneceram associados à polifarmácia foram sexo feminino (OR=2,20 – IC95% 1,11;4,35), plano privado de saúde (OR=2,18 – IC95% 1,05;4,55), ter sido internado no último ano (OR=2,34 – IC95% 1,18;4,65) e ter quatro ou mais doenças autorreferidas (OR=3,18 – IC95% 1,60;6,29).
E4MARQUES, Priscila de Paula et al., 2019.Descrever a prevalência de polifarmácia de acordo com a presença de doenças crônicas específicas e a forma de aquisição dos medicamentos.Estudo transversal com idosos (n=2.217) de sete municípios brasileiros. Estimaram-se as prevalências de polifarmácia e os respectivos intervalos de confiança de 95%. Verificaram-se associações pelo teste qui-quadrado de pearson com nível de significância de 5% e a associação independente das variáveis selecionadas com a polifarmácia foi verificada por meio de regressão hierárquica múltipla de poisson.A prevalência de polifarmácia foi de 18,4% (IC95%:16,8-20,0), significativamente menor nos não brancos, nos que não possuíam plano de saúde e que autoavaliaram sua saúde como muito boa/boa (p<0,05). Obesidade (RP=1,36; IC95%:1,06-1,75), circunferência da cintura muito aumentada (RP=1,54; IC95%:1,08-2,20) e presença de duas (RP=2,24; IC95%:1,52-3,31) ou três e mais doenças crônicas (RP=4,22; IC95%: 2,96-6,02) associaram-se positivamente à polifarmácia. Observou-se a ocorrência de polifarmácia em cerca de 30,0% dos idosos com doença do coração, diabetesmellituse derrame/AVC/isquemia. A frequência de idosos que adquiriram os medicamentos na Unidade Básica de Saúde foi de 20,3% e com recursos próprios e/ou de familiares foi de 13,5%.
E5CORREIA, Wellington; TESTON, Ana Paula, 2020.Identificar os impactos negativos que a polifarmácia exerce sobre os idososRevisão da literatura científicaForam selecionados 45 trabalhos para esta revisão, sendo 43 artigos científicos (96,8%) e 2 dissertações de doutorado (3,2%). A análise da literatura nos permite afirmar que a polifármacia é um fenômeno frequente entre os idosos com uma taxa de prevalência ampla variando entre 18%-92,8%, possui etiologiamultifatorial e está fortemente associado a questões sociodemográficas como pertencer ao sexo feminino, ter idade mais avançada, menor grau de escolaridade, ser solteiro, viúvo ou residir sozinho e possuir plano de saúde. Apresentar doenças crônicas e comorbidades, além de uma auto-percepção de saúde ruim, também estiveram fortemente relacionados a esta condição.
E6OLIVEIRA, Patrícia Carvalho de, et al., 2021
Analisar a prevalência de polifarmácia e de polifarmácia excessiva, bem como seus fatores associados, entre idosos atendidos em duas unidades básicas de saúde de belo horizonte-mg..Foi conduzido um estudo observacional transversal, realizado por meio de informações resultantes de uma entrevista estruturada ao paciente.Os idosos utilizavam, em média, 5,2 fármacos. A prevalência de polifarmácia foi de 57,7% e de polifarmácia excessiva foi de 4,8%. Na análise univariada, mostraram-se associadas à polifarmácia as condições idade ≤ 70 anos, escolaridade > 8 anos, presença de mais de três doenças e presença de sintomas de depressão. Para polifarmácia excessiva
E7CARNEIRO, Jair Almeida et al., 2018.Estimar a prevalência de polifarmácia em idosos comunitários e identificar os fatores associados em área não metropolitana do Brasil.Estudo epidemiológico, transversal, analítico, de base populacional.Entre os 686 idosos avaliados, a prevalência de polifarmácia foi de 23,5%. No modelo final, permaneceram como fatores associados ao desfecho: hipertensão arterial, diabetes mellitus, problema cardíaco, osteoporose, acidente vascular encefálico, fragilidade e não saber ler. 
E8RODRIGUES, D.S, 2021.Identificar os impactos causados pela polifarmácia em idosos.Revisão descritiva de abordagem qualitativa, com as pesquisas realizadas na base de dados online Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e em seus sites afiliados.O uso de vários medicamentos combinados ou não a outras formas de atenção à saúde suplementar, é uma prática comum em idosos e é frequentemente descrito na literatura como uma dificuldade atual devido às complicações e seus impactos nos custos do sistema de saúde.
E9DANTAS, SANTOS, 2018Analisar o que abordam as produções científicas sobre as implicações da polifarmácia entre idosos e a contribuição da atenção farmacêutica. Indicaram que, entre as implicações do uso da  implicâncias de polifarmácia entre os idososTrata se de uma revisão de literatura, realizada por meio de coleta de dados nas bases de dados da Lilacs, Scielo e web of Science, no período de 2010 até agosto de 2015.Polifarmácia é elevada na população idosa e que provoca diversos impactos negativos, poucos foram os estudos que fizeram menção à importância da atenção farmacêutica como estratégia capaz de contribuir na redução destes impactos. Unitermos: Atenção Farmacêutica. Uso de medicamentos. Polimedicação. Idoso.

Fonte: Autoria própria, 2023

5 DISCUSSÃO

Dentre os achados da pesquisa, tornou-se evidente que o tema em estudo tem ocasionado inúmeras discussões entre diversos teóricos, por ser uma problemática que tem feito do cotidiano de inúmeros indivíduos, principalmente, pessoas idosas. De acordo com a obra de Dantas e Santos (2018) os avanços da ciência e dos recursos que promovem melhorias na qualidade de vida da população muito tem contribuído para sobrevida da população, ou seja, é significativo o aumento na expectativa de vida da população. E esse progresso, é em grande parte atribuído ao desenvolvimento de diversos medicamentos, que têm sido eficazes na cura ou tratamento de doenças que costumavam levar a mortes prematuras. Como resultado, Carneiro et al., (2018) reforça dizendo que é presenciado um aumento no uso de medicamentos, principalmente em idosos, que são mais suscetíveis ao desenvolvimento de várias patologias, o que é conhecido como polifarmácia.

No entanto, a polifarmácia é um desafio para os profissionais de saúde em todo o mundo, como apontado por Oliveira et al., (2021) os indivíduos que serviram de amostragem do estudo, sobre a influência da polifarmácia desenvolveram complexidade ao quadro clínico, pois alguns desenvolveram sintomas de depressão. Em outras palavras significa dizer que, embora que os medicamentos contribuam para o aumento da expectativa de vida, além de promover a recuperação da saúde em curto e longo prazo, não se pode desconsiderar que a interação irracional entre medicamentos apresenta riscos a saúde.

Correia e Teston (2020) e Rodrigues (2021) também compartilham do mesmo pensamento, o uso de contínuo de medicamentos pode comprometer a saúde do indivíduo. Todavia, os mesmos proferem que, um dos fatores que interfere negativamente na terapia medicamentosa é a falta de acompanhamento adequado por profissionais de saúde, que fornecem orientações sobre o uso correto dos medicamentos.

A polifarmácia representa um perigo para a saúde dos idosos, como afirmado por Pereira (2017, p.12): “O alto número de medicamentos prescritos também aumenta a probabilidade de consumo desnecessário de medicamentos, cujas combinações farmacológicas representam potenciais riscos de reações adversas e interações medicamentosas”. Marques et al., (2019) concorda, pois o seu estudo indicou que, a polifarmácia pode auxiliar em algumas doenças, porém, aumenta o índice de surgir novas doenças, como por exemplo, a obesidade, sendo um fator de risco a saúde do indivíduo.

Nesse contexto, Sales et al., (2017), Oliveira et al., (2019) e Tinôco (2021) argumentam que pessoas idosas são mais sensíveis aos efeitos terapêuticos e adversos dos medicamentos, o que pode causar mais danos do que benefícios em muitos casos. Por outro lado, Pereira (2017) afirma que os riscos estão associados ao uso irracional de medicamentos, ou seja, a falta de racionalidade pode levar a consequências clínicas como hemorragia, anemia, insuficiência renal, deficiência de memória, problemas cardíacos e maior chance de quedas, entre outros efeitos.

A polifarmácia pode resultar em benefícios e não em malefícios, desde que os profissionais farmacêuticos prestem atenção especial a esse grupo de pacientes. Nesse sentido, Rodrigues (2021) afirma que é essencial fornecer subsídios para ações que promovam o uso racional de medicamentos e garantam maior segurança no uso da farmacoterapia pela população idosa.

Estudos revelam que os idosos são os principais indivíduos que enfrentam o desafio da polifarmácia. Essa faixa etária, devido às suas características, é propensa a desenvolver doenças que exigem o uso contínuo de múltiplos medicamentos. No entanto, é crucial que os profissionais de saúde que atendem a essa população estejam vigilantes em relação às prescrições médicas, levando em consideração os perigos das repetições de receitas devido à falta de atenção. A dispensação adequada dos medicamentos deve estar sempre vinculada à reavaliação dos riscos e benefícios envolvidos.

Dado que os profissionais farmacêuticos possuem conhecimento e experiência no campo das formulações medicamentosas, eles desempenham um papel fundamental na promoção da saúde dos idosos. Através de métodos e estratégias de orientação, eles educam a população, destacando os perigos da automedicação e a importância do uso racional dos medicamentos. Santos et al. (2021, p.2) enfatizam “a necessidade de fornecer assistência farmacêutica eficaz e de qualidade às pessoas idosas, a fim de minimizar as possíveis complicações decorrentes da prática da polifarmácia”.

A considerando os desafios relacionados à polifarmácia e à mudança de conduta da sociedade em relação à automedicação. Seria crucial os multiprofissionais da saúde: médico, farmacêutico, enfermeiros e outros, desenvolver um plano de ação de acompanhamento a pessoa idosa. Segundo Dantas e Santos (2018) o trabalho em equipe entre os profissionais especializado sobre os efeitos do uso de medicamento em caráter racional e irracional, amplia e enriquece as informações transmitidas à população, o que certamente haverá redução do uso desordenado e desnecessário de muitos fármacos.

Contudo, entendem-se que em alguns casos, a polifarmácia é necessária, entretanto, para preservar a saúde dos idosos e evitar riscos adversos, é fundamental que eles sejam monitorados por profissionais qualificados, especialmente os farmacêuticos. Ora, esse profissional é aliado da promoção da saúde, pois as informações fornecidas a população estimulam a seguir um plano de ação que atenda às suas necessidades físicas e psicológicas, o que sem dúvida minimiza o índice de ocorrer danos à saúde gerado por polifarmácia.

6 CONCLUSÃO

Com base em pesquisas realizadas, observa-se que à medida que o indivíduo se adapta à fase do envelhecimento, ocorrem modificações naturais no organismo, resultando em doenças que requerem intervenções clínicas. Atualmente, é comum observar que os idosos fazem uso de quatro ou cinco medicamentos, caracterizando o fenômeno conhecido como polifarmácia, ou seja, o consumo excessivo de medicamentos.

Todavia, a polifarmácia não se limita apenas a proporcionar uma sensação de bem-estar ao indivíduo. Existem elementos que representam riscos para a saúde do idoso, intensificando o uso de vários medicamentos e aumentando a probabilidade de não cura das condições já existentes, mas sim, agravamentos do quadro clínico. Portanto, muitos teóricos discordam que a polifarmácia traga benefícios aos idosos.

No entanto, em meio às controvérsias sobre os benefícios da polifarmácia, acredita-se que esse fenômeno realmente contribui para a sobrevida da população idosa, ajudando-os a manter o equilíbrio na convivência com diversas doenças, pois as circunstâncias de saúde da população idosa são baseadas em enfermidades crônicas e requerem que remédios sejam utilizados para minimizar seus efeitos. No entanto, a polifarmácia precisa ser implementada por meio da supervisão de profissionais capacitados, com o intuito de orientar os idosos sobre a utilização adequada dos remédios, levando em consideração as formas de utilização, dosagens, contraindicações e outras particularidades essenciais para assegurar uma boa qualidade de vida.

Indubitavelmente, a interação medicamentosa exige orientações de profissionais habilitados, sendo que o farmacêutico desempenha um papel insubstituível nesse contexto. Por essa razão, é sugerido que novas pesquisas sejam conduzidas com ênfase nesse mesmo tema, pois quanto mais informações a sociedade adquirir acerca da relevância do farmacêutico na relação entre idosos e medicamentos, maior a probabilidade de a população abandonar comportamentos que reforçam o uso irracional dos remédios, consequentemente, aumenta a probabilidade da futura geração utilizar os medicamentos de fora inadequada.

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1 Acadêmico do 10 período do curso de Odontologia da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN.

2 Orientador, Titulação, Professor do curso… da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, endereço eletrônico.