PROTOCOLO DE BIOMAGNETISMO MEDICINAL NO TRATAMENTO DE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DE MEMBROS INFERIORES

MEDICINAL BIOMAGNETISM PROTOCOL IN THE TREATMENT OF CHRONIC VENOUS INSUFFICIENCY OF LOWER LIMBS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202305231428


Alessandra Loriato Nazareth Franco1
Rosângela Maciel Pereira1
Rebeca Bastos dos Santos Gonçalves3
Angela Maria Rambo Martini3
Adriane Viapiana Bossa3
Livia Blanche Mathieu Graf4


RESUMO

Terapias magnéticas têm sido foco de estudo pelos resultados positivos observados na prática clínica. As células do corpo humano são afetadas pela aplicação de Campos Magnéticos Estáticos (CMEs). Essa interação tem demonstrado bons resultados no tratamento de diversos sintomas e doenças. Baseado nos estudos de Dr. Richard Broeringmeyer, o Dr. Isaac Goiz Durán desenvolveu uma nova terapia, o Biomagnetismo Medicinal (BM). Um dos achados do Dr. Goiz baseia-se em alterações de fluxos corporais como, alterações vasculares. Estas permitem ser influenciadas por Pares Biomagnéticos (PBMs) que possibilita sustentar microrganismos patogênicos ou gerar alterações tissulares que podem dificultar o retorno venoso. A Insuficiência Venosa Crônica (IVC) é a deficiência do fluxo sanguíneo nas veias profundas dos Membros Inferiores (MMII), decorrente de disfunções do retorno venoso dos membros para o coração, acarretando refluxo sanguíneo, hipertensão venosa sustentada pelo acúmulo sanguíneo nas veias profundas. O BM é uma prática complementar não invasiva, de baixo custo, indolor, de fácil aplicação e mínimas contraindicações, que visa a prevenção de diversas patologias, inclusive IVC, sendo uma alternativa de grande potencial terapêutico. O objetivo deste estudo de revisão bibliográfica de método analítico de caráter exploratório e qualitativo, é apresentar um protocolo de BM que possa ser aplicado para auxiliar no tratamento de IVC. Como resultado deste estudo apresentou-se o Protocolo de Tratamento para Fluxo Sanguíneo de Membros Inferiores (FSMI). Conclui-se que este pode auxiliar no tratamento da IVC, seus sinais e sintomas, facilitando o retorno venoso, merecendo ser aferido em estudos maiores. 

Palavras-chave: Biomagnetismo Medicinal; Campo Magnético Estático; Ímãs; Insuficiência Venosa Crônica; Par Biomagnético; Retorno Venoso; Protocolo; Prática Integrativa e Complementar.

ABSTRACT 

Magnetic therapies have been the focus of studies due the positive results observed in clinical practice. The application of Static Magnetic Fields affects human body cells. This interaction has shown good results in the treatment of various symptoms and diseases. Based on studies by Dr. Richard Broeringmeyer, Dr. Isaac Goiz Durán developed a new therapy: Medicinal Biomagnetism (BM). Changes in body flows, such as the vascular change, is the base of one of Dr. Goiz findings and can be influenced by Biomagnetic Pairs that can sustain pathogenic microorganisms or generate tissue changes that can hinder venous return. Chronic Venous Insufficiency (CVI) is the deficiency of blood flow in the deep veins of the lower limbs, resulting from dysfunctions of venous return from the limbs to the heart, causing blood reflux, venous hypertension sustained by blood accumulation in the deep veins. BM is a non-invasive, low-cost, painless, easy-to-apply and minimally contraindicated complementary practice, which aims the prevention of various pathologies, including CVI, as an alternative with great therapeutic potential. The purpose of this bibliographical review study of an exploratory and qualitative analytical method is to present a BM protocol that can be applied to assist in CVI`s treatment. As a result of this study, the Treatment Protocol for Lower Limbs Blood Flow (FSMI) is presented. It concludes that this might help in CVI`s treatment, signs and symptoms, facilitating venous return, deserving to be measured in larger studies.

Keywords: Medicinal Biomagnetism; Static Magnetic Field; Magnets; Chronic Venous Insufficiency; Biomagnetic Pair; Venous Return; Protocol; Integrative and Complementary Practice.

1. INTRODUÇÃO

A prática natural magnética é utilizada há mais de dois mil anos e sendo uma terapia de baixo custo, não invasiva e relativamente segura (LI, 2020), utiliza os Campos Magnéticos Estáticos (CMEs) que podem ser gerados por ímãs ou por dispositivos que transportam correntes não variáveis (MAYROVITZ, 2022), ou seja, ondas magnéticas induzem minicorrentes no corpo. O efeito dessas correntes é corrigir e equilibrar reações dos sistemas e áreas em disfunções (BROERINGMEYER, 1991).

O número de estudos que discutem as aplicações de CMEs em tratamentos de diversas doenças e sintomas, têm aumentado significativamente, por sua aplicabilidade no campo terapêutico e pelos resultados adquiridos na prática clínica, mostrando alívio da dor em até 70% das aplicações (MOLINARI, 2018; LI, 2020; ZHANG, 2020; BERTAGNA, 2022).

Os efeitos dos CMEs no corpo humano têm sido benéficos ao tratar a dor crônica, o reparo tecidual, a proliferação celular e as feridas, limitando a formação de edema e acelerando a cicatrização, afetando as células em diferentes níveis (LI, 2020; ZHANG, 2020; MAYROVITZ, 2022; BERTAGNA, 2022). Na membrana celular ocorre a maior interação com o campo, onde este demonstra modular a taxa de transporte iônico havendo uma maior facilidade de deslocamento de cargas iônicas (MOLINARI, 2018; BERTAGNA, 2022).

O Dr. Richard Broeringmeyer (1991), estudioso que relacionou os benefícios dos CMEs com organismo humano, observou que os astronautas que retornavam à Terra apresentavam encurtamento da perna direita. A partir de um experimento onde ele aplicava ímãs de média intensidade no corpo, o membro assimétrico voltava ao alinhamento normal. Também analisou que ao aplicar o CME no corpo, pode-se observar uma interação com a corrente sanguínea, pois esta contém o elemento ferro presente na hemoglobina, concluindo que o campo afeta favoravelmente a circulação (BROERINGMEYER, 1991; CASTEJÓN, 2015). 

Em 1988, em um curso promovido pela Sociedade Guadalajara de Medicinas Alternativas em que Dr. Isaac Goiz Durán participou, o Dr. Richard Broeringmeyer expôs as bases do que ele chamou de Terapia Energética, onde a técnica apresentava CME combinando a cinesiologia para rastrear o corpo com um eletroímã. Com base nisto, o Dr. Goiz desenvolveu o que hoje é conhecido como Biomagnetismo Medicinal (BM) (DURÁN, 2008).

O BM é uma técnica não invasiva que utiliza CME gerado por um par de ímãs com polaridades contrárias, de intensidade de 1.000 a 7.500 Gauss, com o objetivo de neutralizar cargas excedentes. Pelo fato de o organismo encontrar-se em disfunção, ao reequilibrar o pH da região que estava alterado, o corpo é capaz de retornar ao Nível de Energia Normal (NEN) e assim restabelecer a saúde (BROERINGMEYER, 1991; DURÁN, 2008; JIMENO, 2014; FRANK, 2017).

Quando há um desequilíbrio entre cargas elétricas positivas e negativas no organismo, elas se polarizam em determinadas regiões (pontos anatômicos) e permanecem em ressonância magnética entre si. Esta polarização resulta na alteração do pH podendo gerar disfunções e patologias formando o que se denomina no BM como “Par Biomagnético” (PBM) (DURÁN, 2008). 

Os ímãs utilizados são compostos de pólo norte (preto) e sul (vermelho) que gera um campo magnético e terá influência no equilíbrio dos PBMs. O BM também pode atuar na prevenção de doenças, quando a distorção do pH dos órgãos ou tecidos do corpo humano é corrigida antes mesmo do aparecimento de sinais e sintomas que configuram uma patologia (DURÁN, 2008).

Um dos achados do Dr. Goiz baseia-se em mudanças de fluxos corporais, como alterações vasculares. Estas permitem ser influenciadas por PBMs, que podem sustentar microrganismos patogênicos ou variações tissulares, dificultando o retorno venoso, como o caso da Insuficiência Venosa Crônica (IVC) (DURÁN, 2010). 

A (IVC) é a deficiência do fluxo sanguíneo nas veias profundas dos Membros Inferiores (MMII) para o coração, decorrente de disfunções do retorno venoso, acarretado por refluxo sanguíneo, hipertensão venosa sustentada e acúmulo sanguíneo nas veias profundas dos MMII (MEJÍA-GONZÁLEZ, 2022; RODAS, 2022). A IVC dos MMII se manifesta em vários aspectos clínicos, desde problemas assintomáticos até sintomas graves, como a úlcera venosa (YOUN e LEE, 2019).

Compreende-se que o sistema venoso pode ser dividido em três componentes principais: o sistema venoso superficial, o sistema venoso profundo e as veias perfurantes. O sistema venoso superficial drena o fluxo sanguíneo da pele e dos tecidos subcutâneos. Quaisquer veias localizadas acima da fáscia muscular que não sejam profundas, são consideradas veias superficiais (YOUN e LEE, 2019). 

O sistema venoso profundo é responsável por aproximadamente 90% do fluxo sanguíneo venoso dos MMII. A função principal deste sistema é fornecer um retorno venoso ao coração. As veias perfurantes são canais de ligação entre os sistemas venoso superficial e o profundo e têm um papel fundamental no equilíbrio do fluxo sanguíneo durante a contração muscular, impedindo o refluxo do sistema venoso profundo para o sistema venoso superficial (YOUN e LEE, 2019).

O refluxo vascular acumulado nos MMII gera aumento da pressão dentro das veias, dilatando-as e promovendo a formação de varizes. Com seu agravamento há o aparecimento inicialmente de dores, sensação de peso, cansaço, edema, alterações na pele e no tecido subcutâneo devido a hipertensão venosa crônica, podendo evoluir naturalmente para inflamação, eczema, lipodermatoesclerose, trombose venosa profunda e úlceras localizadas nos MMII (MATIĆ, 2014; YOUN e LEE, 2019; MEJÍA-GONZÁLEZ, 2022; RODAS, 2022).

Devido à alta taxa de recorrência de varizes após o processo cirúrgico para tratamento das mesmas, novas técnicas foram desenvolvidas ao longo do tempo, como a flebectomia ambulatorial, o método CHIVA, esclerose ecoguiada com Doppler ou as mais recentes como a ablação endoluminal por radiofrequência e as técnicas de ablação a laser endovenoso, mas nenhuma conseguiu atingir um resultado permanentemente satisfatório (RODAS, 2022).

Considerando que o BM é uma prática complementar não invasiva, de baixo custo, indolor, de fácil aplicação e mínimas contraindicações, que visa tanto a recuperação como a prevenção de diversas patologias e disfunções, vê-se como uma alternativa de grande potencial para o tratamento de IVC (DURÁN, 2008).

A técnica do BM utiliza o Rastreio Completo (RC), que é o exame físico realizado via reflexo cinesiológico, para seu desenvolvimento. Porém com o objetivo de facilitar a prática clínica o Dr. David Goiz Martínez desenvolveu protocolos para causas específicas denominados “TOP”s, fundamentado nos PBMs que mais apareciam nos atendimentos do Dr. Goiz durante a aplicação da técnica em sua prática clínica para determinadas doenças e ou disfunções (MARTÍNEZ, 2017a; MARTÍNEZ, 2017b; MARTÍNEZ, 2018).

O Instituto Par Magnético (IPM) é uma escola de BM no Brasil e no mundo que reestruturou os TOPs. Em conjunto com seus alunos, a partir da prática clínica dos Biomagnetistas, continua elaborando outros protocolos, como protocolo por SIS (sistemas), protocolo por SIN (sintomas), Protocolo Linfático e o Protocolo de tratamento para Fluxo Sanguíneo de Membros Inferiores (FSMI). 

O FSMI foi desenvolvido pela Biomagnetista Marilene Chudek Rambo a partir da experiência clínica de uma paciente com diagnóstico médico de Veia Safena Magna Incompetente. A paciente a procurou com exames e laudos em mãos solicitando atendimento. Após alguns poucos atendimentos, em novo exame de ultrassom com ecodoppler, a função venosa havia sido restaurada sem intervenção alopática. A partir disso, o protocolo foi amplamente divulgado para que fosse utilizado por outros Biomagnetistas para transtornos venosos diversos (BOSSA, 2021b; BOSSA, 2021c). 

A partir dos resultados obtidos com a aplicação desse protocolo na prática clínica de diversos Biomagnetistas, com intuito de facilitar a divulgação e uso do BM pela população, este estudo tem por objetivo apresentar o Protocolo de Tratamento para Fluxo Sanguíneo de Membros Inferiores – FSMI do BM, no intuito de auxiliar na intervenção em casos do IVC (DURÁN, 2008).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa caracteriza-se por revisão de literatura de método analítico de caráter exploratório e qualitativo, que se aproxima do assunto estudado e converge com a proposta da apresentação do protocolo da técnica do BM para auxílio do tratamento e melhora da circulação sanguínea de MMII apresentado por esse estudo (GIL, 1991).

Para a seleção dos artigos foram utilizados como critérios de inclusão: artigos gratuitos, texto na íntegra e com identificador de objeto digital (DOI). As referências do material do BM foram utilizadas seguindo os trabalhos do desenvolvedor da técnica, Dr. Isaac Goiz Durán e demais autores que a abordam. Devido à falta de publicações científicas na área do BM, foram aceitas outras fontes, como livros, apostilas de cursos livres da técnica e teses sobre esse assunto. As bases de dados utilizadas na busca dos artigos foram a PubMed e SciElo, sendo que para literatura foram feitas buscas online na plataforma Google Acadêmico. 

Os descritores aplicados para a busca dos artigos são Static magnetic fields (emf) + health effects, static magnetic fields + blood flow, campo magnético estático, campo biomagnético, insuficiência venosa crônica, par biomagnético, biomagnetismo medicinal, retorno venoso, prática integrativa e complementar, juntamente com todos os resultados da literatura encontrada e utilizada nesta pesquisa. Os critérios de exclusão bibliográfica foram artigos pagos, referências duplicadas, conteúdo em desacordo com a temática e artigos sem DOI.

Após a seleção e leitura exploratória do material encontrado pelos autores, foi possível apresentar o protocolo FSMI para a melhora da IVC dos MMII com a utilização da técnica do BM retirado de Bossa (2021a).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a análise da literatura encontrada e seleção das mesmas a partir dos critérios de inclusão e exclusão, foram utilizadas as referências descritas na Tabela 1.

Tabela 1: Resultado da literatura utilizada 

TEMA PESQUISADOLOCAL DA PESQUISAFILTROS UTILIZADOSNÚMERO ARQUIVOS ENCONTRADOSNÚMERO ARQUIVOS DESCARTADOSNÚMERO ARQUIVOS UTILIZADOS
Static magnetic fields (emf) + health effectsPubMed5 anos 963
Static magnetic fields + blood flowPubMed5 anos 1192
Campo BiomagnéticoLivro101
Literatura relevanteGoogle acadêmico606
Par biomagnético SciElo101
Biomagnetismo MedicinalLivro/ Apostilas10010
Metodologia Livro101
Insuficiência venosa crônicaSciElo5 anos43403
Total825527

Fonte: Os autores.

Como resultado prático deste trabalho, apresenta-se o protocolo de BM para tratamento de IVC, que se segue em duas etapas.

A primeira etapa consiste na realização do RC através do protocolo de rastreio sistematizado por Bossa (2021b) que objetiva identificar os PBMs particulares de cada paciente. Nele é possível tratar as disfunções bioeletromagnéticas que podem se relacionar aos sinais e sintomas da IVC. 

Na segunda etapa, logo após o RC, faz-se a aplicação do protocolo FSMI conforme demonstrado na Figura 1. Sugere-se que o mesmo seja aplicado pelo menos duas vezes por semana por no mínimo 40 minutos até que sinta melhoras dos sintomas.

Figura 1: Protocolo de Tratamento para Fluxo Sanguíneo de Membros Inferiores (FSMI)

Legenda: Imagem ilustrativa dos ímãs aplicados sobre o organismo. A convenção seguida para a aplicação dos ímãs é utilizada por Durán (2010) e Bossa (2021). A convenção utilizada por essas escolas de BM descreve que a aplicação dos ímãs deve seguir como são vistos na imagem. Ao se ver a cor vermelha, a face preta do ímã está colocada sobre a pele. Ao se ver a cor preta, a face vermelha do ímã vai em contato com a pele. No protocolo FSMI a face de cor preta dos ímãs é aplicada ao longo da trajetória do retorno venoso principal dos membros inferiores. A face vermelha dos ímãs é aplicada na junção safeno-femoral e nos rins. Fonte: (BOSSA, 2021a).

O protocolo FSMI foi elaborado aplicando os ímãs de polo Norte (preto) sobre a trajetória do retorno venoso (Figura 2) e os ímãs de polo Sul (vermelho) na junção da safena e veia femoral, sobre os gânglios linfáticos e nos dois rins. O objetivo da aplicação dos CMEs desta forma é devido a sua ação particular conferida por cada um dos pólos dos ímãs. 

Figura 2: Trajetória do retorno venoso das principais veias dos membros inferiores

Fonte: https://www.clinicacuidarero.com.br/blog/foi-indicada-a-retirada-das-veias-safenas-e-agoraij-79&categoria=artigos. Acesso em: 25 out. 2022

Através da ação do polo norte do ímã que permite inibir a dor, aumentar a alcalinidade, facilitar o movimento dos fluidos corporais e restringir os vasos sanguíneos, entre outras ações, o objetivo é impedir um possível dano de tecido e sangramento de menor intensidade (BROERINGMEYER, 1991; DURÁN, 2008; JIMENO, 2014; FRANK, 2017). Já o polo sul tem ação tonificante para os tecidos dos rins e gânglios linfáticos, potencializando sua função (BROERINGMEYER, 1991; PHILPOOT, 2000; DAVIS e RAWLS, 1974; MARTÍNEZ, 2018; DE LA CAL, 2003; MARKOV, 2014).

Como demonstrado nos estudos, a aplicação dos CMEs tem efeitos tais como: melhora no tônus muscular, regulagem da pressão arterial, hemodinâmica circulatória, melhora na homeostase e sensibilidade barorreflexa. (LI, 2020; ZHANG, 2020; MAYROVITZ, 2022; BERTAGNA, 2022).

Apesar de existir muitos procedimentos que nem sempre são muito eficazes, faz-se necessário uma busca de nova técnica de fácil aplicação e baixo custo para auxílio dos sintomas da IVC, como o protocolo proposto neste artigo, que facilitará o direcionamento do tratamento, já que estudos demonstram benefícios propostos pela terapia de Biomagnetismo Medicinal com melhora de fluxo sanguíneo e do tônus vascular (LI, 2020; BERTAGNA, 2022).

4. CONCLUSÃO E PERSPECTIVAS FUTURAS

A partir da literatura estudada foi selecionado e descrito o protocolo que pode ser utilizado como coadjuvante no tratamento da Insuficiência Venosa Crônica de membros inferiores, de forma a minimizar os sinais e sintomas provocados pela IVC, prevenindo sua evolução.

Considerando que o BM é uma técnica de baixo custo, não invasiva e de fácil aplicabilidade, tratamentos com CMEs tem pouquíssimas restrições e demonstram bons resultados nas práticas clínicas, sendo assim, este pode ser um protocolo seguro para ser aplicado. Porém faz-se necessário pesquisas que utilizem o protocolo para comprovar sua eficácia, considerando as variáveis existentes para o cuidado do IVC.

Propõe-se novas pesquisas, que apliquem este protocolo de tratamento para IVC em grupos de pessoas diagnosticadas, utilizando a técnica BM, com o objetivo de evidenciar sua eficiência através do grau patológico da IVC, considerando a duração, a frequência da aplicação e os magnetos que melhor respondem ao procedimento, entre outros parâmetros.

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1Aluna da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Faculdade de Governança, Engenharia e Educação de São Paulo – FGE, Brasil.
2Colaboradora da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Faculdade de Governança, Engenharia e Educação de São Paulo – FGE, Brasil.
3Professora Coorientadora da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Faculdade de Governança, Engenharia e Educação de São Paulo – FGE, Brasil.
4Professora Orientadora da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM, Faculdade de Governança, Engenharia e Educação de São Paulo – FGE, Brasil