MEDICAMENTOS NATURAIS QUE AUXILIAM NO TRATAMENTO DE GASTRITE

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.7946769


Tainara do Nascimento Viana1
Bruno de Sousa Carvalho Tavares2


RESUMO

O tratamento através de plantas medicinais, acompanha a humanidade desde os primórdios; o tratamento de doenças consiste na utilização de ervas e plantas com propriedades curativas, que favorecem a recuperação da saúde do indivíduo e, de seu bem-estar. A fim de apresentar o uso dos fitoterápicos que auxiliam no tratamento de gastrite, encontrou-se algumas plantas e ervas, que tem efeitos positivos no combate a Gastrite. Diante disso, o objetivo principal desse trabalho é apresentar os benefícios dos tratamentos naturais na recuperação da saúde, perpassando pela compreensão do processo curativo das plantas e ervas que combatem a Gastrite. Para isso, foram apresentados os principais causas e sintomas da gastrite e, de que forma essa doença afeta a qualidade de vida da pessoa. Ademais, a pesquisa foi desenvolvida sob uma perspectiva bibliográfica, isto é, se trata de uma pesquisa bibliográfica qualitativa e exploratória, levando em consideração o aprofundamento do tema e estabelecendo um paralelo com a realidade, fundamentando-se, para tanto de: artigos, teses e pesquisas publicadas em plataformas, como: Scielo, PubMed, Bireme e outras revistas voltadas para a área de saúde. 

Palavras-chave: Gastrite. Fitoterápicos. Saúde.

1 INTRODUÇÃO

Doenças como gastrite, são consideradas comuns, já que afetam grande parte da população, em especial os indivíduos que são infectados com a Helicobacter pylori, ou que desenvolvem alguns distúrbios que afeta, diretamente, o sistema gastrointestinal, tais como: mudanças de hábitos alimentares, mudança de rotina de trabalho ou, ainda, uso abusivo de medicamentos.

Ademais, compreende-se que a fitoterapia se configura pelo uso terapêutico de plantas medicinais de diferentes formas e contextos farmacêuticos, em que o indivíduo se utiliza de substâncias ativas isoladas de origem vegetal a fim de obter curas ou melhorias de doenças. Nessa perspectiva, questiona-se: Quais são os  principais fitoterápicos que auxiliam no tratamento de gastrite? 

Ressalta-se que o objetivo desse estudo é investigar a efetividade da fitoterapia no tratamento de doenças, destacando seus principais efeitos no tratamento das doenças gastrointestinais, analisando, assim, seus benefícios medicinais na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos.

Bem como, conceituar os tratamentos naturais voltados ao combate de doenças gastrointestinais; e discorrer sobre os benefícios dos fitoterápicos no tratamento de gastrite.

Diante disso, a escolha do tema justifica-se pela significância que os tratamentos fitoterápicos possuem na sociedade, destacando os efeitos que tais medicações acarretam a saúde da pessoa acometida pela gastrite. Baseando-se nisso, acredita-se que o uso contínuo das medicações naturais proporciona uma melhor qualidade de vida.

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 Metodologia

O tipo de pesquisa foi de revisão de literatura, os critérios de inclusão foram pesquisados livros, dissertações e artigos científicos selecionados através de busca nas seguintes bases de dados Scielo, PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde, O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 10 anos, nos períodos de 2013 a 2023, nos idiomas em português e inglês. E nos critérios de exclusão todos os artigos que não estão alinhados as pesquisas em questão.  As palavras-chave utilizadas na busca serão: Plantas medicinais, fitoterapia, tratamento de gastrite.

2.1 Resultados e Discussão

As plantas medicinais são uma grande fonte de medicamentos utilizados para várias enfermidades, porém muitas delas ainda não possuem comprovação científica, apenas crenças populares. Na metade do século XX, tornou-se uma prática mundialmente difundida e mediante esta realidade, prevalece à necessidade de estudos taxonômicos e farmacológicos das plantas com o intuito de descobrirmos as que possuem substâncias com potencial terapêutico (Giordani C, Santin R, Cleff MB, 2015). 

Em meio a todo o desenvolvimento tecnológico e cientifico que o  mundo demonstra, essa abordagem  terapêutica e estudo científico acaba sendo pouco explorada e difundida. A fitoterapia é uma área extensa que está envolvida na prevenção e/ou tratamento de inúmeras patologias (Bent, et al., 2004). 

O uso benéfico de plantas medicinais na medicina tradicional de diversas culturas está amplamente documentado. Várias plantas têm sido alvo de estudo científico a fim de comprovar os seus efeitos terapêuticos na DM sendo que várias apresentam potenciais (Zhang, et al., 2012 ; Patel, et al., 2012)

A crescente evolução dos programas, fez com que fosse criado várias cartilhas baseadas ao interesse populacional, que despertou os profissionais que lidam diretamente com pacientes de baixa renda, tendo a oportunidade deste meio alternativo para o tratamento (ATALIBA et al., 2017).

Estes resultados benéficos dos fitoterápicos, estão em concordância como trabalho de Bortoluzzi et al. (2019) que avaliou efeito fitoterápico de plantas medicinais sobre a problemas gastrointestinais, usando uma metodologia semelhante.

As plantas medicinais são, por vezes, consideradas como analgésicos naturais, bem como: cicatrizados, antissépticos e broncodilatadoras, tratando infecções e dores dos diferentes tipos (desde em órgãos, até nos músculos), contribuindo para a melhoria da saúde de um indivíduo e garantindo maiores características farmacoetnológicas. 

São usadas suas folhas, casca e caules, tanto em sua versão natural (retirada diretamente da árvore ou planta), como versões secas e em pó, comercializadas ou não de forma popular. 

A partir da década de 1980, muitas plantas começaram a ter suas substâncias ativas isoladas, para constituir medicamentos populares e farmacológicos, o que acabou por aumentar seu potencial econômico, dentro da segurança e higiene necessários orientados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), podendo, assim, exercer seu potencial quanto ao tratamento e/ou cura de determinadas doenças (ROCHA, 2003; SANTOS et al. 2020). 

Para Fiuza (2018), os primeiros resultados concretos sobre os efeitos adversos e atividades de produção farmacológicas de plantas medicinais surgiu com o Programa Brasileiro de Plantas Medicinais, que foi criado pela Central de Medicamentos (CEME), em 1983, ação esta, que ajudou no processo de popularização dessa prática fitoterápica, especialmente, dentro do SUS e dos sistemas de saúde independentes. 

Permitindo, inclusive, a identificação da toxicidade das espécies vegetais em pesquisa, no qual é inserida a espinheira santa. Foi comprovado, por exemplo, que a espinheira-santa tem efeito sobre a acidez gástrica, assim como ulcerações do estômago; na qual suas folhas possuem um grande valor na área fitoterápica, chamando atenção, tanto no contexto interno brasileiro, como externo. 

Já que tem uma capacidade curativa sobre as úlceras estomacais e propriedades antimicrobianas para o controle da Helicobacter pylori (DDINE et al., 2012; CALOU et al., 2014). 

Fica claro que, esse selo garante uma maior segurança na produção desses tipos de medicamentos; já que, a ANVISA disponibilizou esses fitoterápicos levando em consideração sua eficácia, comprovada pelos estudos científicos realizados por instituições farmacêuticas e de cunho terapêutico, além de pesquisas vinculadas ao SUS e as instituições com verbas do Governo Federal (BRASIL, 2006). 

De acordo com Lins e Medeiros (2015), cerca de 80% (oitenta por cento) dos casos de doenças gastrointestinais são tratadas com plantas medicinais, e quando muito, é amenizado seus sintomas com o uso de plantas com objetivos fitoterápicos específicos, são, ainda, capazes de equilibrar o pH do corpo, refletindo no funcionamento dos órgãos e nos processos realizados no sistema gastrointestinal, curando e tratando as anormalidades e/ou enfermidades nessas partes específicas.

O uso dos fitoterápicos contribui, ainda, para a proteção do sistema gastrointestinal, pois, quando são utilizados, permitem que o pH do estômago se mantenha estável, o que aumenta a capacidade de digestão e garante uma menor quantidade de microrganismos (que atacam tais órgãos), causando úlceras e até gastrite (CALOU et al., 2014). 

Podem ser consumidas em: cápsulas, pomadas, géis, comprimidos, soluções aquosas ou chás. Esse último é o mais comum, pois é considerado como o mais fácil e conveniente de utilizar, além de, também, serem comercializadas por diferentes meios, tanto em drogarias, comerciais para esse fim ou em qualquer outro ponto de varejo; assim, como afirmam Machado e Oliveira (2014). 

O marco histórico do uso da fitoterapia foi, quando a discussão passou a ser de interesse do Sistema Integrado de Saúde, desde a 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), na qual se recomendou o uso de práticas tradicionais de cura no Setor Público. Já na 10ª Conferência Nacional de Saúde (1996), foi levado mais afundo a introdução das práticas medicinais naturais no SUS, junto com a Assistência Farmacêutica Pública. 

Mesmo assim, o Brasil precisa investir mais em pesquisas sobre as riquezas naturais que a fitoterapia pode oferecer no tratamento complementar de várias patologias, sempre fiscalizando a higienização dos locais que comercializam esses produtos, uma vez que a venda torna-se livre e não se tem a obrigatoriedade de consultar profissionais da saúde (BRITO et al., 2014). 

Seguindo as concepções de Santos et al. (2016), que no ato de produção dessas plantas (que é muitas vezes realizada em quintais e pequenos locais familiares), os responsáveis cuidem da segurança da área de plantio, uma vez que pode ocorrer uma intoxicação por meio do solo, devido, basicamente, as alterações desse, prejudicando a planta e sua eficácia no tratamento da gastrite. 

O uso de plantas e vegetais acompanha a humanidade desde a antiguidade, aplicada tanto para fins alimentares, como para fins medicinais, podendo ser considerada como relevante para o desenvolvimento do homem e sua relação com o mundo natural, ideia que permite um maior desenvolvimento dos saberes representativos dos diferentes povos e suas culturas (FUIZA, 2018). 

Nesse sentido, percebe-se que, o reino vegetal oferece uma gama enorme de possibilidades, potencialmente curativas, especialmente, no Brasil, que é rico em sua flora e altamente diversificado quanto às espécies de plantas e vegetais, já que a maioria faz parte de pesquisas científicas, sobre seu uso em tratamentos médicos de doenças como a gastrite (COLACITE, 2015). 

De acordo com Brito et al. (2014), o termo fitoterapia vem do grego, derivando das palavras Therapeia, e Phyton, que significam, respectivamente, tratamento e vegetal; isto é, a fitoterapia designa o tratamento de doenças ou alterações patológicas por meio de vegetais e plantas medicinais. 

Essa área enquadra os estudos acerca das plantas medicinais e suas aplicações na cura e prevenção de doenças com diferentes métodos de tratamento, se adentrando, também no desenvolvimento de farmacológico com abordagem sanitária.

As plantas são capazes de desenvolver e promover a saúde de maneira mais saudável e menos agressiva para o corpo dos indivíduos, prevenindo inclusive o abuso e o excesso de medicamentos industrializados. 

A ANVISA ainda disponibilizou o selo de comercialização para 512 medicamentos produzidos a partir das plantas medicinais, que funcionam como alternativas naturais para o tratamento de doenças, inflamações e alterações patológicas nos seres humanos. 

Diante dessas falas, acredita-se que os medicamentos naturais são muito eficazes no tratamento de diversas doenças. Sendo assim, buscou-se investigar os medicamentos que atuam diretamente no combate a Gastrite.

A gastrite é uma inflamação da mucosa gástrica, que se manifesta de forma aguda ou crônica. A inflamação é causada devido à produção aumentada de secreção ácida com difusão retrógada, redução da produção de bicarbonato e lesão direta à mucosa. (MITCHELL, et al. 2005). 

As manifestações clínicas da gastrite são dores no epigástrio, náuseas e falta de apetite, embora também existem casos assintomáticos. Uma opção de tratamento menos agressiva é a utilização de fitoterápicos. (GRUNWALD; JANICKE, 2009)

Entre as diversas Práticas Integrativas aponta-se a potencialidade dos fitoterápicos, que oferecem a alternativa de um tratamento à base de plantas. No que concerne a Gastrite, destaca-se a necessidade de mais investigações a fim de fomentar tal discussão, diante disso, declara-se a necessidade de mais assuntos com essa temática.

A gastrite pode ser desenvolvida a partir do consumo excessivo de álcool, tabagismo inveterado e o uso crônico intenso de drogas anti-inflamatórias não-esteroides. Bem como, outros fatores como estresse grave, isquemia, quimioterapia, uremia, infecções sistêmicas, ingestão de ácidos também causam a gastrite aguda. Na gastrite crônica se tem alterações inflamatórias mucosas crônicas, que levam à atrofia da mucosa e à metaplasia intestinal. Isto pode-se desenvolver para uma displasia e depois a um carcinoma. (MITCHELL, et al., 2005)

Segundo dados do Sistema de Informação do Ministério da Saúde (2007), as doenças do aparelho digestivo ocupam a segunda posição de prevalência em relação aos problemas que acometem homens e mulheres idosos hospitalizados com o CID-10. 

Atualmente as doenças do trato gastrointestinal afetam mais da metade da população, evidenciando uma alta taxa de morbidade provocada por essa enfermidade (LOUREIRO, 2021). 

As principais doenças que afetam o trato gastrointestinal são a gastrite, úlcera gástrica, úlcera duodenal e duodenite, tendo em vista também o refluxo gastresofágico. 

No entanto, para elaboração deste trabalho, analisar-se-á somente a gastrite. O termo gastrite refere-se especificamente à inflamação anormal do revestimento do estômago. 

Pessoas que têm gastrite podem sentir dor ou desconforto no abdômen superior, mas muitas pessoas com gastrite não têm quaisquer sintomas (LOUREIRO, 2021). 

Quanto à causa, a gastrite, além de ser provocada por H. pylori, pode ser decorrente de outros fatores, como a má alimentação, o uso exagerado de bebidas alcoólicas, dieta inapropriada, medicamentos, tabagismo e estresse excessivo causando uma agressão na parede integrada do estômago (BORGES; ANTUNES; DONATO, 2022). 

Para além dessas causas, Sousa (2021) destaca que as condições de saneamento e o nível social da população também são fatores desencadeadores de gastrite. 

Nascimento et al. (2019) afirma que a gastrite pode ser classificada através de fatores histológicos ou o exame de endoscopia digestiva, para avaliar gastrite aguda ou crônica, e pela presença ou ausência da H. pylori. A gastrite pode ser aguda ou crônica. 

A inflamação repentina e acentuada do revestimento do estômago é chamada gastrite aguda. A inflamação que dura por muito tempo é chamada gastrite crônica. Em um conceito amplo, cabe citar: A gastrite crônica é caracterizada por uma inflamação da mucosa do estômago, causada principalmente pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), sendo a mais abrangente dentre as doenças do trato gastrointestinal (TEIXEIRA et al., 2017, p. 13). 

Ainda em relação aos tipos de gastrite, a aguda está relacionada ao uso exagerado e sem prescrição de medicamentos como os anti-inflamatórios não esteroides (AINE´s); à alimentação de má qualidade, associada ao uso exagerado de bebidas alcoólicas; e ao tabagismo; vez que todos estes fatores contribuem para o aparecimento dessa patologia (NASCIMENTO et al. 2019). 

A gastrite aguda é classificada pela forte dor provocada no estômago. Isto ocorre porque o estômago fica inflamado de tal modo que anticorpos não reconhecem as células das paredes do estômago e atrofiam (BORGES et al., 2022). 

Um estudo desenvolvido em 2014 a partir de uma proposta da mestranda Juliana Dorr apontou a Espinheira Santa como uma das plantas mais eficazes no combate a Gastrite, devido aos taninos presentes em suas folhas que atuam como captadores de radicais livres, diminuindo a acidez gástrica, como também o Alcaçuz que tem propriedades antiácidas e antiespasmódicas, por conta da presença de flavonoides e saponinas, que promovem a produção de novas células na mucosa do estômago. 

Ressalta-se também que o plantio de ambas as plantas não é trabalhoso, sendo uma boa alternativa ao SUS. De acordo com relatos de usuários, a espinheira-santa tem um efeito menos agressivo do que os medicamentos normalmente indicados para o tratamento de gastrite, ideia que contribui, ainda mais, para a noção de uso positivo quanto ao tratamento mencionado, ficando claro que não há relatos envolvendo o excesso ou uso incorreto desse fitoterápico (LINS; MEDEIROS, 2015; SANTOS-OLIVEIRA et al., 2009). 

E em resposta a investigação que norteou tal estudo, evidencia-se que o uso de medicamentos fitoterápicos é uma alternativa de baixo custo e de muita eficácia no combate a Gastrite.

Banco de DadosArtigos BaixadosArtigos Selecionado
Scielo 25 (vinte e cinco) 9 (nove) 
Pubmed 18 (dezoito) 7 (sete) 
BVS 13 (treze) 3 (três) 

Fonte: Autora 2023

Nos estudos encontrados nessa pesquisa, cerca de 75% (setenta e cinco por cento) dos artigos de revisão bibliográfica, apresentaram como resultado, o uso da espinheira-santa e 25% apresentaram outras plantas, conforme ilustrado abaixo.

NOME POPULARINDICAÇÃO TERAPÊUTICA
TrevoDor de barriga, cólica, menstruação e má digestão.
PenicilinaInflamação em geral
Graviola ataMá digestão e diabetes
Boa noiteDor no corpo
MastruzInflamação em geral, gastrite, febre, gripe, sangramento epancada.
CoramaGastrite, inflamação em geral, tosse e gripe.
Marmaleiro quebra-pedraMá digestão, inflação, dor nos rins, fígado e diabetes.
Hortelã-vick malvaInflamação em geral, gripe, asma, tosse e febre.
Boldo grande e pequenoMá digestão, ressaca, fígado, prisão de ventre, dor de barriga e dor de cabeça.
Erva-cidreiraAzia, dor de cabeça, pressão alta e tosse.
Babosa pequena e grandeCâncer, gastrite, inflamação em geral e queda de cabelo.
EucaliptoGoiaba Azeitona-roxa
Gastrite, febre, coriza, asma e diarreia.
Capim-limãoGastrite, estresse, má digestão, pneumonia, pressão alta egripe.
LaranjeiraMá digestão, coração, estresse e gripe.
Limoeiro arrudaGastrite, dor de barriga e má digestão.
Fonte: Dados retirados de Ramos et al. (2016).

3 CONCLUSÃO 

Diante do levantamento de dados que deu embasamento a essa produção, buscou-se o reconhecimento das informações e conhecimentos científicos sobre a efetividade do tratamento fitoterápico realizado com plantas e ervas que auxiliam no tratamento da gastrite, sendo apresentados os diversos estudos transversais, revisões bibliográficas que comprovam a efetividade dos fitoterápicos, tanto em sentido farmacêutico, como em sentido popular. 

Nesse viés, é impossível mencionar que os objetivos foram atingidos  a partir dos estudo selecionados, onde fica claro o uso dos fitoterápicos nos tratamentos e na recuperação da saúde de pessoas acometidas pela Gastrite.

Vale ressaltar que a gastrite é uma das doenças mais presença na atual sociedade, apresentando uma alta taxa de diagnósticos para tal doença, em decorrência de alguns fatores, como: estresse, má alimentação, uso descontrolado de medicamentos e falta de cuidado com relação à saúde. 

Destaca-se que, o uso da fitoterapia já é uma realidade de prática alternativa implantada pelo SUS desde a 8ª Conferência Nacional de Saúde, a qual determinou o seu uso como forma alternativa de tratar a gastrite e outras doenças, se tornando uma prática complementar para fins terapêuticos. 

Ademais, esclarece-se que o farmacêutico deve aprofundar seus conhecimentos a respeito do uso dessa erva fitoterápica, garantindo não apenas uma melhor qualidade de vida para a população, mas também, um maior conhecimento sobre as capacidades fitoterápicas dessa planta medicinal, garantindo números, estatísticas e fatos concreto sobre o uso dessas ervas. E por fim, sugere-se mais estudos nessa linha de pesquisa para melhor apropriação da temática em pauta.

REFERÊNCIAS

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1Acadêmica

2Orientador