ENGENHARIA CIVIL E SUSTENTABILIDADE: ALTERNATIVAS DE MATERIAIS SUSTENTÁVEIS PARA EDIFICAÇÃO- ESTUDO DE CASO

CIVIL ENGINEERING AND SUSTAINABILITY: SUSTAINABLE BUILDING MATERIAL ALTERNATIVES
CASE STUDY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7922421


Diego Diomedio Paes da Silva1
Reginaldo Beserra Alves2
Erika Cristina Nogueira Marques Pinheiro3


RESUMO

Os cenários das cidades estão em constante transformação, sendo comum nos dias de hoje a presença de obras em andamento por todos os cantos da cidade e fora dela, desde as pequenas aos grandes centros urbanos. Contudo, esse alto índice de obras representa um alerta para os impactos que essas obras trazem ao meio ambiente e com isso faz-se cada vez mais necessário ressaltar o quanto a construção civil somada a sustentabilidade podem servir como agente transformador desses impactos no meio ambiente, através de práticas sustentáveis em suas obras, desde as pequenas até as grandes edificações. O presente estudo tem por objetivo apresentar alternativas sustentáveis para a edificação civil, considerando fatores locais da cidade de Manaus.

Palavras-chave: Construção Civil; Sustentabilidade; Materiais Sustentáveis.

ABSTRACT

The scenarios of the cities are in constant transformation, being common nowadays the presence of works in progress in all corners of the city and outside it, from small to large urban centers. However, this high rate of works represents an alert to the impacts that these works bring to the environment and with this it is increasingly necessary to emphasize how much civil construction added to sustainability can serve as a transforming agent of these impacts on the environment, through sustainable practices in their works, from small to large buildings. This study aims to present sustainable alternatives for civil construction, considering local factors in the city of Manaus.

Keywords: Construction; Sustainability; Sustainable Materials.

1 INTRODUÇÃO

Hodiernamente a construção civil presencia diariamente uma época frutífera, as quais tem resultado em ganhos elevados, valorização de seus profissionais e expansão do mercado Contudo, há que se considerar que esta deve estar sempre atenta a possíveis crises econômicas, ambientais e com isso, assim como em todas as demais áreas, deve estar constantemente atento às demandas da sociedade na qual está inserida.

Ainda que muito tenha se abordado quanto a sustentabilidade na atual sociedade, muitos profissionais ainda tem deixado técnicas sustentáveis de lado visando economia em materiais e serviços quando direcionado a engenha civil. Com isso, o Brasil tem se tornado um dos países que mais consumem insumos e materiais biodegradáveis durante seus projetos e execuções. Insta informar ainda que além de utilizar muitos recursos naturais, o setor da construção civil também é o maior gerador de resíduos.

O setor de construção civil é sem dúvidas um dos quais mais tem elevado o valor financeiro do país. Contudo, este é também um dos setores causadores de diversos impactos ambientais, exemplo disso está no consumo de recursos naturais para a produção de insumos para o canteiro de obras e até mesmo nos reflexos no aumento no gasto de energia elétrica, por exemplo. Salienta-se que muitos dos impactos causados pela engenharia civil consideram-se desnecessários e evitáveis.

Salienta-se que nos últimos anos as questões ambientais têm ocupado, gradativamente, cada vez mais espaço nos problemas dos países, desenvolvidos ou não e algo que chama cada vez mais atenção é que o conhecimento sobre o assunto tem se alargado diariamente em escolas, universidades e na sociedade em geral. Insta informar que a quantidade de resíduos deixados por construções, cerca de cinco vezes maior do que de produtos, tornou-se um dos centros de discussões da sustentabilidade.

Com isso, percebe-se que a construção civil passa a ter grande responsabilidade no que diz respeito ao tema. Vale ressaltar que uma construção só pode ser considerada sustentável quando as diversas dimensões do desenvolvimento sustentável – ambiental, económica, social e cultural – são ponderadas durante a fase de projeto.

Deste modo compreende-se que por ter conhecimento sobre a importância da engenharia civil para o mundo desde os primórdios tendo em vista que ela esta diretamente envolvida em todas as questões presentes na sociedade e, por saber que a mesma interfere de modo amplo na preservação ou degradação do meio ambiente é indispensável trabalhar sobre o tema de modo a estuda-lo e principalmente oferecer alternativas sustentáveis que contribuam para preservação do planeta.

O objetivo central do presente estudo consiste em demonstrar sobre o quanto a construção civil juntamente com a sustentabilidade podem representar uma nova era em termos de redução de impacto ao meio ambiente utilizando alternativas sustentáveis para edificação.

3.1 IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA ENGENHARIA

Não há o que se contestar sobre o fato de que toda nova edificação produz impactos, tais impactos poderão ser em âmbito social, econômico ou social, mas eles sempre estarão presentes em conjunto com a obra. Hodiernamente um dos maiores cuidados que se tem tido em relação as novas edificações concerne a fatores como baixos custos e sustentabilidade.

A construção civil é apontada hoje como uma das mais responsáveis por diversos reflexos relacionados a impactos ambientais proveniente de suas edificações, bem como pelo local e região onde se instala a obra, causados por suas atividades direta ou indiretamente. Importante destacar que é de inteira responsabilidade desta fatores que variam desde a produção do cimento, como também o transporte de materiais e até a formação de um lago por uma barragem ou alteração de uma área por terraplanagem.

Qualquer criação, implantação e intervenção realizada pelo ser humano poderá resultar em impactos ao meio ambiente estando dentro deste de forma acoplada fatores sociais e econômico, sendo influenciada pelo amplitude da obra, utilização e funcionalidade da mesma, a qual poderá variar entre dimensões mínimas e máximas.

Algumas obras podem causar impactos que influenciam o ecossistema podendo alterá-lo drasticamente ou até provocar sua extinção, por meio de inundação de grandes áreas, corte de vegetações, impermeabilização do solo e a sua fase de construção que acaba gerando ruídos, resíduos, etc. Os impactos, além de ambientais, também influenciam o meio social, econômico e visual. Como pode valorizar uma área, pode também desvalorizar, mediante poluição visual, sonora, sombreamento de área que necessita de insolação, empecilho para a ventilação, entre outros. Na construção civil há leis e diretrizes que regem e controlam os impactos gerados por meio de estudos de impacto de vizinhança e ambiental (SPADOTTO et al, 2011).

Conforme dispões a Lei n. 10.257, de Julho de 2001, Estatuto da Cidade, capítulo II, seção XII do estudo de impacto de vizinhança, art. 37. O EIV terá sua execução de modo que contemple efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade no que concerne à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise dos seguintes parâmetros: adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, utilização e ocupação do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte público, ventilação e iluminação e paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

É uníssono o reconhecimento de que o setor da construção civil possui papel de suma importância no que diz respeito ao desenvolvimento do país seja em nível econômico, social ou cultural e com isso se torna peça chave para o atendimento dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável, podendo ser este grande influenciador em questões voltadas a temática.

4. ENGENHARIA E SUSTENTABILIDADE

Considerando o tema central desse estudo é importante abordar sobre os termos sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, os quais embora muito utilizados na literatura científica, no setor privado e nas políticas públicas, ainda não possuem um consenso em termos de conceito. Na literatura, existe uma vasta diversidade de conceitos, relacionada, de forma predominante, com o desenvolvimento sustentável (LINDSEY, 2011). Porém, os significados destes termos variam na literatura em virtude do número de perspectivas e vinculações ao contexto e ao campo de atuação (STEPANYAN, LITTLEJOHN e MARGARYAN, 2013).

Essa diversidade de conceitos é explicada pela falta de clareza dos termos, o que também ocasiona um ponto de convergência das várias áreas epistemológicas (HARLOW, GOLUB e ALLENBY, 2013). Esses autores complementam que a definição é difícil e, mais ainda, a aplicação de sua práxis, o que tem gerado discussões consistentes na literatura (CIEGIS et al., 2009). Bolis, Morioka e Sznelwar (2014) salientam que a inviabilidade de traduzir o discurso de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável se dá em razão da polissemia do termo, o que tem prejudicado a sua credibilidade. Assim, os estudos sobre esses termos devem reconhecer a existência de várias formas de sua utilização, sendo esta dependente da orientação cognitiva (YOLLES e FINK, 2014).

No que diz respeito ao tema, PEREIRA (2018) corrobora:

O conceito Sustentabilidade deve ser levado em conta indiscutivelmente na fase de engenharia. Pois é nesta fase de projetos que se pode verificar e planejar com as diversas áreas da engenharia envolvidas no projeto, propostas e soluções para se puder executar uma obra dentro dos padrões de sustentabilidade exigidos pelo mercado e pela sociedade. O conceito de um Projeto Sustentável é um sistema que promove intervenções sobre o meio ambiente, sem esgotar os recursos naturais, preservando-os para as gerações futuras. Tal modelo de construção utiliza eco materiais e soluções tecnológicas inteligentes, que promovem a redução de resíduos gerados pela construção, utiliza de forma inteligente e econômica água e energia e proporciona aos usuários um conforto e melhor aproveitamento das áreas. É importante ressaltar que os critérios de sustentabilidade ambiental para o espaço construído, muitas vezes representam um investimento inicial alto, mas que ao longo da vida útil do empreendimento vão sendo minimizado, por meio dos ganhos com eficiência energética, uso racional da água e durabilidade da edificação.

Nesse contexto, a preocupação com a questão ambiental passou a ser levantada nos mais diversos setores da sociedade, promovendo a gradativa adesão dos diferentes setores mercadológicos. Em busca do equilíbrio entre o que é socialmente desejável, economicamente viável e ecologicamente sustentável, é usualmente descrita em função da chamada “triple bottom line”, que congrega as dimensões ecológica, econômica e social do desenvolvimento sustentável.

Ao direcionar para a construção civil, sabe-se que hoje a construção civil presencia diariamente uma época frutífera, as quais tem resultado em ganhos elevados, valorização de seus profissionais e expansão do mercado Contudo, há que se considerar que esta deve estar sempre atenta a possíveis crises econômicas, ambientais e com isso, assim como em todas as demais áreas, deve estar constantemente atento às demandas da sociedade na qual está inserida.

Salienta-se que nos últimos anos as questões ambientais têm ocupado, gradativamente, cada vez mais espaço nos problemas dos países, desenvolvidos ou não e algo que chama cada vez mais atenção é que o conhecimento sobre o assunto tem se alargado diariamente em escolas, universidades e na sociedade em geral. Insta informar que a quantidade de resíduos deixados por construções, cerca de cinco vezes maior do que de produtos, tornou-se um dos centros de discussões da sustentabilidade.

Com isso, percebe-se que a construção civil passa a ter grande responsabilidade no que diz respeito ao tema. Vale ressaltar que uma construção só pode ser considerada sustentável quando as diversas dimensões do desenvolvimento sustentável – ambiental, económica, social e cultural – são ponderadas durante a fase de projeto. Naturalmente, os parâmetros que servem de base à avaliação da sustentabilidade estão pautados de uma forma ou outra com os seguintes objetivos: redução da utilização de energia e materiais não renováveis; redução do consumo de água; redução da produção de emissões, resíduos e outros poluentes.

Nas diferentes metodologias de avaliação da sustentabilidade, normalmente é possível identificar os seguintes objetivos: optimização do potencial do local, preservação da identidade regional e cultural, minimização do consumo de energia, proteção e conservação dos recursos de água, utilização de materiais e produtos de baixo impacte ambiental, adequada qualidade do ambiente interior e optimização das fases de operação e manutenção.

Florim & Quelhas (2005) afirmam que a instalação e o funcionamento de empreendimentos habitacionais de forma inadequada (projetos mal concebidos, desconsideração dos condicionantes do meio físico, análise socioeconômica insuficiente, ausência de medidas de mitigação, entre outros aspectos) têm levado a situações de degradação ambiental no local de intervenção, causando prejuízos ao próprio empreendimento e gerando impactos ambientais que extrapolam a área do projeto. Isso acarreta redução da qualidade de vida da população e elevação se apercebam da gravidade da situação unicamente nos momentos em que, acuados, veem a ineficiência de suas ações preventivas (PINTO, 1999), motivo pelo qual se faz necessário e urgente falar sobre o tema e apresentar alternativas sustentáveis de edificações.

A busca por materiais alternativos e sustentáveis para a construção civil é um dos desafios que acompanha o crescimento deste mercado no país. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o setor consome 40% de toda energia, extrai 30% dos materiais do meio natural e gera 25% dos resíduos sólidos. Além disso, a indústria de insumos é uma das principais emissoras de gases do efeito estufa.

2 METODOLOGIA

Figura 1: Fluxograma do artigo

3 A ENGENHARIA CIVIL SUSTENTÁVEL COMO AGENTE TRANSFORMADOR DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Diversas mudanças têm ocorrido no ambiente de negócios dos últimos anos para cá. As requisições da sociedade, de órgãos ambientais e até mesmo do governo fizeram com que as empresas passassem a se preocupar não somente com seu resultado econômico, mas também com considerações de caráter social e político em suas tomadas de decisões. A partir disso, as empresas passam a ser vistas como instituições sociopolíticas e não somente como instituições econômicas. Consequentemente, suas preocupações também modificaram e estas passaram a se preocupar com os direitos dos consumidores, a proteção ambiental e a qualidade dos produtos em relação a sua relevância e o nível que poderá afetar o ambiente de negócios.

Desde os tempos antigos, a construção civil sempre existiu objetivando atender às necessidades básicas do ser humano, primeiramente sem preocupação com as técnicas seguidas e seus impactos ao meio ambiente, mirando apenas proteção e atingir seus objetivos de modo imediato. Não há o que se contestar quanto sua importância nos dias de hoje tendo em vista que as obras cada dia mais tomam conta das cidades. Com isso, considerando a tamanha influência da indústria da construção civil no desenvolvimento econômico e social do país, os impactos gerados por ela vem ganhando cada vez mais importância. Ao se abordar a participação do setor no quesito meio ambiente, no Brasil, a dificuldade de preservá-lo pode ser ainda ofendida devido aos grandes desafios que a indústria da construção deve enfrentar em termos de déficit habitacional e infraestrutura para transporte, comunicação, abastecimento de água, energia, saneamento, atividades comerciais e industriais.

Sobre este tópico discorre BLUMENSCHEIN:

O impacto causado pelo processo da indústria da construção civil envolve consumo de recursos e cargas ambientais causadas principalmente pelo uso indiscriminado de energia, geração e disposição inadequada de entulhos. Estes últimos são característicos de um contexto cultural que insiste em desconhecer os impactos da sua disposição clandestina e os benefícios de uma gestão adequada. O gerenciamento de resíduos sólidos permite a minimização dos impactos causados, à montante, na exploração de matérias-primas como areia e cascalho e à jusante, evitando a poluição de solos e de lençóis freáticos, bem como danos à saúde e gastos públicos desnecessários (BLUMENSCHEIN, 2004).

Os projetos de engenharia solicitam uma avaliação de seus impactos ambientais, propendendo cumprir os requerimentos legais situados em diversos países. Sem a presente avaliação, a qual é frequente e comum em países mais civilizados, não há como gerir da forma adequada suas obras e o empreendimento a que dão origem, depois de concluídas. Em nosso país não é diferente. Contudo, a forma normalmente utilizada precisa de mais suporte técnico-científico. Com isso, em 1986 foi desenvolvida a teoria da transformação do ambiente.

A partir da aplicação prática desta, se obtém como resultado duas ferramentas fundamentais à avaliação, as quais são capazes de estimar as ocorrências de impactos ambientais em uma dada região, com a implantação do projeto de engenharia – obras e operação do empreendimento decorrente. São elas, a HGSI e a Matriz de Impactos Ambientais que a representa em mais detalhes.

Ao somarmos estas informações com nosso tema principal podemos pode-se perceber a dimensão da importância da construção civil no meio ambiente. Deste modo, faz-se necessário uma breve explanação sobre meios os quais podem ser utilizados pela construção civil para que esta seja utilizadora ativa da tecnologia verde e sustentável e, consequentemente, transformadora de impactos ambientais.

Acredita-se que o ponto inicial é compreender que o empreendimento além de ser meramente favorável à natureza, deve se enquadrar no conceitode sustentabilidade e consequentemente seguir alguns parâmetros básicos. São eles: Ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e ser culturalmente aceito. Deste modo, empreendimentos baseiem-se nessas premissas e que se enquadrem no conceito de sustentabilidade já mencionado em linhas anteriores no corpo deste devem ser capazes de impactar positivamente os grupos humanos por ele afetados, imediatamente e principalmente nas gerações vindouras.

Considerando que o grande entrave para a criação dessa “visão sustentável” no setor de construção civil é a enorme dificuldade em relação aos custos, ainda elevados, de determinados elementos que permitirão o enquadramento do empreendimento no conceito de sustentabilidade percebe-se a importância de que as próprias agências reguladoras e a população em geral, sejam capazes de dar preferência aos empreendimentos que sigam as práticas e determinações da aplicação do conceito desustentabilidade. Deste modo, criam-se as forças imperiosas para reunir condições favoráveis para a concepção, o fomento e a concretização de uma visão empresarial mais consciente e atenta para as questões ligadas ao meio ambiente e ao impacto de seus empreendimentos nele. Alguns dos métodos utilizados para diminuir o impacto no meio ambiente relacionado a construções civis são: o uso de tintas sem solvente e materiais menos agressivos de forma geral, qualidade do ar e do espaço interno e redução de desperdícios com água e energia, como com um uso mais consciente dos ares condicionados, a inibição do uso desnecessário e simultâneo dos elevadores e a utilização de energia solar, podem fazer uma grande diferença e vem sendo pouco a pouco implementadas.

Insta informar que atuais pesquisas realizadas indicam aumento de cerca de 5% nos gastos no processo de construção caso sejam feitos investimentos em sustentabilidade, contudo, a economia a médio e longo prazo, que gira em torno de 30% nos gastos com água e energia, compensa os gastos extras.

Com isso percebe-se que além de a engenharia civil estar agindo como agente transformadora de impactos ambientais e consequentemente contribuindo de modo positivo para o futuro do planeta, poderá ainda ter seus lucros conforme desejado.

5. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS SUSTENTÁVEIS

Considerando o fato de que os impactos ambientais estão cada vez mais presentes na sociedade e que a engenharia civil está diretamente ligada a este acontecimento tendo em vista que é um dos setores que mais produzem insumos que causam impacto negativo no meio ambiente, nota-se que a adoção de medidas sustentáveis pode contribuir diretamente para evitar ou minimizar os impactos gerados por construções.

5.1.1 Tijolo Ecológico

Os tijolos ecológicos são de grande eficácia na construção de alvenarias estruturais externas, pois depois de secos adquirem uma alta resistência e ótimas propriedades acústicas deixando os imóveis esteticamente harmoniosos e rústicos, e um modelo de tijolo que promove impacto ambiental positivo, reduzindo o consumo de materiais diversos na área de construção e aplicando conceitos de sustentabilidade na sua fabricação e durante a execução da obra.

Atualmente, com o dilacerado crescimento da busca por produtos sustentáveis este tipo de material é facilmente encontrado no mercado da construção civil, com diversos formatos e tamanhos. Os tijolos ecológicos possuem saliências e rebaixos, permitindo dessa forma o perfeito encaixe entre as peças.

De acordo com Pisani (2005) “A produção de tijolos ecológicos, varia de acordo com os objetivos da sua utilização (resistências, aparentes ou para serem revestidos, peso, forma, cor, textura, componentes e outros) e de acordo com o processo a ser utilizado (processos manuais ou mecânicos).”

Fonte: conjunto habitacional

Segundo Bauer (2008), a primeira utilização do Tijolo ecológico, foi realizada
pelo engenheiro inglês H.E. Brook-Bradley, que aplicou o produto no tratamento de
leitos de estradas e pistas para veículos puxados a cavalo, ao sul da Inglaterra. O
uso pelos americanos ocorreu em 1917, pelo engenheiro T.H. Amies (SILVA, 1991).
Entretanto, Abiko (1988) afirma que o solo-cimento foi empregado pela primeira vez
pelo eng. Bert Reno, pavimentando uma rua com uma mistura de conchas marinhas,
areia de praia e cimento Portland, e que apenas em 1935 a PCA (Portland Cement
Association) deu início as pesquisas sobre o material.

A primeira obra de solo-cimento que se tem notícia no Brasil ocorreu em
1945, e consistia em uma casa de bombas do aeroporto de Santarém, Pará, de 4213
m², sendo seguido da construção de casas residenciais em Petrópolis e do hospital
Adriano Jorge em 1948, em Manaus (SILVA, 1991). Segundo a autora, até 1976 não
houve a necessidade de nenhum tipo de reparo, diferente dos outros materiais, que
tiveram que ser substituídos.

Materiais Componentes do tijolo-ecológico

1.2.1. Solo

Segundo Pinto (1998), os solos podem ser definidos por um conjunto de
partículas sólidas provenientes da desagregação de rochas por ações físicas e
químicas.

De acordo com Grande (2003), para se obter um solo-cimento de qualidade
se torna necessário conhecer bem o material de origem ao qual se esta trabalhando,
nesse caso, o solo. O solo deve ser de tal maneira que confira elevada resistência à
compressão à material e pequena contração durante a secagem, fatores estes que
dependem diretamente de uma mistura equilibrada de areia, silte e argila.

Segundo a Norma ABNT/NBR 10833:2012, o solo recomendado para a fabricação dos tijolos de solo cimento são os que possuem as seguintes características:

Passando na peneira ABNT 4,8 mm (Nº4) ………………………………………….100%

Passando na peneira ABNT 0,075 (Nº200) ……………………………………10 a 50%

Limite de liquidez…………………………………………………………………………….≤45%

Índice de plasticidade ……………………………………………………………………..≤18%

De acordo com Neves (2003) os solos mais indicados são os que predominam a fração areia em sua composição, recomendando, que o solo utilizado na fabricação dos tijolos ecológicos contenha entre 50% a 90% de areia, pois esse tipo de solo necessita de menores quantidades de cimentos na estabilização do que os argilosos e siltosos. Além disso, segundo Segntini e Alcântara (2010), a presença de grãos de areia grossa e pedregulho no tijolo ecológico e benéfica, pois são materiais inertes, com funções apenas de enchimento, favorecendo a liberação de maiores quantidades de cimento para aglomerar 15 grãos,

1.2.2. Cimento

Cimento Portland é um material pulverulento, constituído de silicatos e aluminatos complexos que, ao serem misturados com água, hidratam-se, resultando, no endurecimento da massa, que pode então oferecer elevada resistência mecânica (TARTUCE, 1990).

Segundo Mieli (2009), “o clínquer é o resultado da mistura de calcário, argilas e, em menor proporção, minério de ferro, submetida a um processo chamado clinquerização.” Quando reduzido a pó, o clínquer tem composição química específica e propriedades físicas de cimento, contendo basicamente uma série de
compostos anidros, dos quais pode-se destacar:

Silicato tricálcico, ou alita (CaO)3SiO2 ou pela formula usual C3S;

Silicato dicálcico, ou belita (CaO)2SiO2 ou pela formula usual C2S;

Aluminato tricálcico (CaO)3 Al2O3 ou pela formula usual C3A;

Ferroaluminato tetracálcico, ou ferrita (CaO)4 Al2O3Fe2O3 ou pela formula usual
C4AF;

De acordo com Mieli (2009), as propriedades dos principais componentes do cimento em hidratação são as seguintes…

C3A – reage nos primeiros minutos e ocasiona elevado calor de hidratação,
propicia pouco desenvolvimento de resistência e forte retração;

C3S – responsável pelo desenvolvimento da resistência nas idades iniciais (3
a 28 dias) e propicia alto desprendimento de calor, libera cerca de 40% em
massa de hidróxido de cálcio (Ca(OH)2);

C2S – proporciona o desenvolvimento da resistência em idades mais
avançadas (mais de 28 dias) com baixa liberação de calor, produz cerca de
18% em massa de Ca(OH)2;

C4AF – desenvolvimento lento e pequeno de resistência mecânica e boa
resistência ao ataque por sulfatos

Quando o agente estabilizador do solo é o cimento ocorrem reações de hidratação dos silicatos e aluminatos presentes no cimento formando um gel que preenche parte dos vazios da massa e une os grãos adjacentes do solo, conferindo a ele resistência inicial. Paralelamente a este processo, ocorrem reações iônicas que provocam a troca de cátions das estruturas argilominerais do solo com os íons de cálcio provenientes da hidratação do cimento adicionado. Devido a esta troca, o solo torna-se mais granular e a adesividade é reduzida (MIELI, 2009). Além destas modificações iniciais, Abiko (1988) afirmou que, ao longo do tempo, formam-se compostos cimentantes que contribuem para o melhoramento de propriedades do material, tais como resistência, durabilidade e estabilidade volumétrica.

Durante o processo de estabilização ocorrem ligações mecânicas e químicas entre o cimento e a superfície rugosa dos grãos. O cimento fixa através dos pontos de contato entre os grãos, dessa forma a cimentação é mais efetiva quanto maior a superfície de contato entre os grãos, logo, solos bem graduados propiciam melhores resultados. O endurecimento e o ganho de resistência do solo-cimento ocorre através de reações primárias (cimentação de partículas) e reações secundárias (predominante em solos argilosos) (MIELI, 2009).

1.2.2. Água- Compactação e Umidade ótima

A compactação e a umidade adequada da mistura são essenciais para a obtenção de um solo-cimento satisfatório, “pois somente uma boa compactação pode garantir que o material atinja um determinado peso específico, ou densidade aparente, que lhe confira resistência mecânica apropriada para um determinado fim”
(GRANDE, 2003).
“A compactação é o processo pelo qual as partículas são forçadas a agruparem-se mais estreitamente, através da redução dos vazios, geralmente por meios mecânicos.” (BLÜCHER APUD GRANDE, 2003). Após a compactação, o material adquire nova configuração e, esta, afeta significativamente as características mecânicas e, consequentemente, a porosidade e permeabilidade do material.
A umidade ótima é um parâmetro muito importante nos trabalhos realizados com solos, e esta é definida como o teor de umidade correspondente à massa específica seca máxima. Na verdade, a umidade ótima promove uma lubrificação das partículas, facilitando, quando se imprime uma energia de compactação, o preenchimento de todos os vazios possíveis, dessa forma propicia melhores condições de trabalhabilidade e máxima compactação do material, proporcionando maiores valores de densidade, resistência à compressão e maior durabilidade do material.

A densidade, que influenciará na resistência à compressão do mesmo, e que é função do teor de umidade no momento de compactação. Para uma energia de compactação constante, ao se adicionar água ao solo-cimento, sua densidade aparente aumentará até certo ponto, chamado umidade ótima. Ao acrescentar teores de umidade acima do ótimo, a densidade torna a reduzir, pois o excesso de água absorve parte da energia de compactação e redistribui ao sistema, afastando as partículas sólidas.

Figura 3.1 – Fluxograma das etapas de fabricação e utilização dos tijolos ecológicos

O tijolo ecológico é feito da compressão da mistura do solo com cimento e água, e não passa pelo processo de queima. Como temos uma grande diversidade de composição de solo é importante observar o comportamento do material para estabelecer o traço ideal da mistura, Mas o que faz o tijolo ecológico ser ecológico, de fato, é a ausência de queima em seu processo de fabricação, ou seja, ele não libera CO2 na atmosfera. O controle de qualidade pode ser verificado através dos ensaios propostos pelas normas de solo cimento: NBR12023:2012 com ensaios de compactação e NBR12025:2012 com ensaios de compressão.

Passos para Fabricação dos Tijolos Ecológicos

Será necessária uma Prensa Manual ou Semiautomática, um triturador de solo JAG ou peneira, solo areno argiloso (70% areia e 30% argila), cimento e água.

O número de pessoas que recomendamos na produção são 3 pessoas, uma para realizar a compactação dos tijolos, outro no preparo da matéria prima e outro para retirar o tijolo da prensa e empilhá-lo. Etapas de fabricação dos tijolos solo cimento (Atente-se à sua segurança todos os processos utilize EPI’s):

1 – Preparo do solo

Com uma mistura de 7 baldes de solo e 1 de cimento, você irá faze uma pré-mistura com uma enxada, e com o auxílio de um regador ou mangueira, chuviscar com um pouco de água.

Em seguida, pegue o material com uma pá e jogue na entrada superior do triturador JAG. Repita o mesmo processo mais uma vez e depois coloque o material em baldes.

2 – Regular a máquina para iniciar a produção.

Regule o equipamento de acordo com o modelo que será produzido, conforme a imagem abaixo.

3 – Compactação dos tijolos ecológicos.

Com os baldes de solo, coloque no silo sem tirar o balde, pois assim a umidade do equipamento não sera perdida de forma fácil.

4 – Como empilhar os tijolos ecológicos solo cimento recém compactados?

Empilhe os tijolos em palhetes na altura de um metro, para que depois possam ir para o procedimento de cura dos tijolos. Um detalhe importante no momento de empilhar que vemos com frequência no mercado é que colocam os tijolos com a sua face para baixo o que está incorreto o certo é o tijolo com a face aparente, com o macho para cima.

5 – Ajuste do equipamento para produzir outras peças.

De acordo com a sua necessidade, nesta quinta etapa, você pode trocar os moldes da prensa, para fazer a produção de outros modelos de tijolos como: meio tijolo, canaleta, tijolo modular liso, tijolo bico curvo, tijolo maciço com encaixe, tijolo maciço convencional, paver de solo cimento para decoração (ladrilho), pastilha de revestimento (decorativo) e tijolo tramela (decorativo).

6 – Como limpar a prensa de tijolos ecológicos?

Após o uso da prensa, no final do período, o equipamento deverá ser desmontado, lavado e lubrificado para preservar e manter sua eficiência na produção. Durante o período, a cada 5 a 10 tijolos deve-se limpar os moldes com uma escova de nylon tamanho médio para tirar o eventual acúmulo de material.

7- Como fazer a cura dos tijolos ecológicos solo cimento.

Um procedimento de grande importância é a etapa de cura. Imediatamente após a finalização de uma pilha de tijolos confeccionados, ela deverá ser coberta por uma lona ou um plástico para não perder a umidade que é fundamental para alcançar a perfeita cura.

1° Dia – Não molhar o tijolo, deixe apenas coberto com um plástico ou lona.

2° Dia – Leve pulverização com água.

3° ao 5° Dia – Molha bem os tijolos com uma mangueira.

6° Dia em diante – Estocar os Tijolos.

O tijolo ecológico pode ser utilizado na sua construção a partir do 15° dia.Para o transporte é recomendado a partir do 28° dia.

Vantagens do tijolo ecológico

A utilização de blocos cerâmicos ecológicos pode trazer as seguintes vantagens, considerados diferentes pontos de vista:

Redução da demanda energética: é um fator importantíssimo em termos de sustentabilidade, pois o setor de geração possui impacto enorme da produção de gases do efeito estufa. Muitas soluções sustentáveis, desde a arborização até o posicionamento de esquadrias e brises em relação às posições solares, busca influir em demanda de energia.

Aproveitamento de resíduos diversos: reduz problemas ambientais pela dificuldade de descarte de grandes volumes, recolocando esses resíduos na cadeia produtiva e gerando valor para os mesmos.Alguns desses resíduos, pela quantidade ou por sua natureza, poderiam se tornar contaminantes de água e de solo.

Geração de oportunidades locais: cada resíduo só será efetivamente útil para a produção de blocos com uso local, pois o preço dos tijolos convencionais é baixo frente a outras soluções, e o transporte poderia baixar sua competitividade

Contribuir na habitação popular: as soluções não convencionais em peças de alvenaria podem viabilizar assentamentos e melhorar as condições de vida de pessoas em habitações precárias.

Melhoria da produtividade: a eliminação de juntas de assentamento promove um ambiente de construção mais limpo e produtivo em paredes de alvenaria de vedação vertical que não possuem instalação elétrica ou hidrossanitária.

Facilidade de execução: os formatos de tijolos ecológicos com furação vertical são intuitivos, demonstrando claramente como devem ser encaixados.

Redução dos resíduos de construção: quando há a dispensa de cordões de argamassa vertical e horizontal. Não se dispensam, em alguns usos, os pilaretes de canto.

O tijolo de ecológico como conhecemos hoje é resultado de um processo evolutivo de milhares de anos. A construção mais antiga que se conhece utilizando uma técnica percussora a ela é a pirâmide de Quéops construída em 2600ac. Em sua produção, colocava-se em formas a mistura de terra, óleo de baleia, conchas e mariscos triturados e água.

Pirâmide de Quéops – Civilização Egípcia

A escolha deste varia de pessoa pra pessoa, contudo, em uma era a qual pondera a importância da sustentabilidade este vem ganhando diariamente um número de adeptos ainda maior, o que faz com que as empresas de produções deste aumentem e ganhem cada vez mais importância social.

Importante frisar que os tijolos ecológicos tem sido preferência nas escolhas de donos de bares ou lanchonetes em bairros mais sofisticados, tendo em vista que este passa a imagem e um ambiente moderno e ao mesmo tempo rústico o que resulta na atração visual que convida o cliente a entrar e conhecer. Nos Estados Unidos, desde o início do século XX o tijolo de solo-cimento é amplamente utilizado na construção civil. No Brasil, as primeiras pesquisas são de 1935, mas foi a partir da década de 1960 que seus estudos se intensificaram e desde de então seu processo de produção avança cada vez mais.

5.1.2 Cimento Ecológico

O cimento ecológico ou CP III foi originalmente desenvolvido visando sua aplicação em construções de barragens, tubulações e obras de saneamento (com aplicação em projetos de adutoras de água), contudo, a partir dos novos conceitos e procura pela sustentabilidade seu uso se tornou comum em obras residenciais e pequenas construções.

O cimento ecológico é desenvolvido a partir de resíduos provenientes de diversas indústrias – siderúrgica, de fundição, termelétrica e de carvão vegetal. A substituição do clínquer – material de argila e calcário utilizado na produção de cimento convencional – por estes materiais reduz em 95% as emissões de carbono e em 80% o gasto de energia em relação ao processo de produção tradicional. O CP III (Cimento Portland de Alto Forno), como é chamado, é um cimento de uso geral, que pode ser utilizado em todas as etapas da obra, e já representa mais de 17% do consumo do material no Brasil. Essa alternativa verde é fundamental para garantir a sustentabilidade do mercado de construção civil no médio e longo prazo, uma vez que, de acordo com projeções da indústria, a demanda pelo material deve mais do que dobrar até 2050 (VERDE, 2013).

Sua produção congrega cerca de 35 a 70% de resíduos oriundos dos altos fornos das siderúrgicas o que o diferencia dos tradicionais. No mais, esse material causa impacto ambiental reduzido, tendo em vista que sua emissão de gás carbônico é mínima durante seu processo de fabricação. Este tipo de cimento apresenta como vantagens: Maior impermeabilidade; Grande flexibilidade de aplicação, compatível com todas as etapas da obra; Maior resistência se comparado ao cimento comum, devido ao processo de hidratação mais lento; Menor probabilidade de fissuras térmicas e durabilidade 40% superior à do cimento CPII.

Apesar de ter revolucionado a construção, e ajudado no progresso da humanidade, o cimento tradicional é um dos grandes vilões para o futuro do planeta. O cimento é o segundo material mais usado pelo homem, perdendo apenas para a água. Segundo a ONU, a indústria do cimento é responsável por 5% da emissão de CO2 que vai para a atmosfera. Além disso, durante sua fabricação são liberados óxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e compostos de chumbo, sendo todos eles poluentes.

Além disso, duas das suas principais matérias primas são a argila e rochas calcárias. A extração destes materiais da natureza pode causar desmoronamentos em jazidas, erosões, aprofundamento do leito de rios, prejudicando a fauna e flora do local.

O elevado consumo de energia e emissão de poluentes durante o processo de fabricação de cimento motivou a busca por uma solução mais amigável ao meio ambiente, resultando no cimento sustentável. Saiba mais neste artigo sobre este material de construção sustentável, que está ganhando o mercado rapidamente.

Mas o que é cimento sustentável?

A base do cimento é uma mistura de calcário moído com argila. Após misturados, estes elementos aquecidos em fornos rotativos com temperaturas de até 1500ºC, resultando em um material granulado e duro, chamado clínquer, que é moído junto com outros materiais como a gipsita (gesso) para a obtenção do cimento.

A produção do clínquer necessita de muita energia elétrica, térmica e é a etapa de fabricação que mais emite poluentes. A produção de uma tonelada de clínquer gera em torno de 900 Kg de dióxido de carbono e queima entre 60 a 130 quilos de combustível fóssil.

No cimento sustentável parte do clínquer (entre 30% a 70% em alguns casos) é substituído por pela escória granulada de alto forno, um rejeito das indústrias siderúrgica, termelétrica, de fundição e de carvão vegetal, reduzindo as emissões de CO2 em até 95% e o gasto de energia em 80%.

Existem duas variações do cimento sustentável: CP III — Portland de alto forno e CP IV – Cimento Portland pozolânico, sendo a primeira a alternativa mais amigável ao meio ambiente.

 aplicações do cimento ecológico

De acordo com a NBR16697 de 07/2018, o cimento sustentável CP III é um material de uso geral que pode ser empregado em diversos tipos de obras e aplicações, Confira a lista abaixo:

  • Argamassa de assentamento de tijolos e blocos;
  • Colocação e rejuntamento de azulejos e ladrilhos;
  • Fabricação de concreto simples, magro, protendido, roldo, armado, dentre outras;
  • Elementos pré-moldados e artefatos de concreto;
  • Construção de barragens;
  • Fundações de máquinas;
  • Pilares, inclusive de pontes;
  • Obras em ambientes agressivos;
  • Tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais;
  • Concretos com agregados reativos;
  • Obras submersas;
  • Pavimentação de estradas e pistas de aeroportos;

 Vantagens do cimento Ecológico

A soma destes fatores resulta em um produto que está ganhando rapidamente o mercado e já representa 29% de todo o cimento consumido no Brasil, fazendo com que a nossa indústria cimenteira seja a mais sustentável do mundo.

  • Baixo calor de hidratação, gerando menos fissuras;
  • Maior durabilidade;
  • Resistente a sulfatos, podendo ser usado em ambiente com alto índice de corrosão, como obras marítimas e locais com líquidos agressivos como esgotos e efluentes industriais;
  • Maior a impermeabilidade;
  • Maior estabilidade;
  • Menor emissão de CO2 e outros gases poluentes durante a fabricação;
  • Menor uso de energia elétrica no processo de produção;
  • Menor uso de combustíveis fósseis durante a fabricação;
  • Menor custo de produção;

Cimento ecológico, uma alternativa ecológica na construção civil

John Harrison, especialista em tecnologia de Hobart, na Tasmânia (Austrália), calcula que seu cimento alternativo, baseado em carbonato de magnésio em lugar de carbonato de cálcio, seja capaz de reduzir o ritmo de alteração climática sem sacrificar o estilo de vida moderno. Trata-se de uma alegação ambiciosa, e Harrison está decidido a tentar convencer o setor de construção a adotar suas idéias.

“O Protocolo de Kyoto foi um bom esforço”, diz Harrison. “Mas errou ao presumir que as árvores eram a única coisa capaz de absorver o carbono presente no ar”. Em lugar disso, o plano que ele propõe é substituir o ubíquo cimento Portland por uma substância que ele chama de “ecocimento”. Esse material a base de magnésio, diz, “pode ser mais barato de fabricar doque o cimento Portland, mais durável e além disso seria também capaz de acumular CO2″. E, alega Harrison, caso o setor de construção decida ouvir o que ele tem a dizer, as cidades e seus subúrbios poderiam se transformar em mecanismos de absorção de dióxido de carbono tão eficientes quanto, por exemplo, a grama e matas naturais que elas substituíram.

Se temos por objetivo controlar o aquecimento global, não podemos permitir que essa situação persista. E, de acordo com Harrison, não é necessário que isso aconteça. A solução que ele propõe e que a pequena empresa que ele fundou, a TecEco, está levando ao mercado, envolve substituir o carbonato de cálcio, nos fornos de produção de cimento, por carbonato de magnésio -uma rocha que ocorre com freqüência elevada por conta própria, na forma do mineral magnesita, ou em misturas com o carbonato de cálcio, como a dolomita.

Há outras maneiras de usar as cidades para absorver poluição, tais como incorporar a natureza ao ambiente construído. Árvores e grama na beira das estradas absorvem não só o carbono mas muitos dos componentes do smog. E agora as filas de tráfego congestionado também poderiam ajudar.

Fábricas de carros como a Volvo e a Nissan começaram a equipar seus veículos com radiadores revestidos de um catalisador que converte o ozônio do ar em oxigênio. Melhor ainda, cientistas da Mitsubishi do Japão surgiram com um revestimento para pavimentação que devora a poluição. A idéia é revestir de dióxido de titânio os blocos de pavimentação, estradas e até mesmo as paredes dos edifícios.

Tinta de terra ecológica

Estas tintas ecológicas são fabricadas sem fazer uso de insumos derivados do petróleo. Estas são formuladas com matérias-primas naturais, de forma a minimizar os impactos ambientais, possuindo como seu principal componente a terra crua. Uma de suas principais características é o fato de esta ser material atóxico, ao contrário da maioria das tintas convencionais, preservando dessa forma o meio ambiente e a camada de ozônio.

A tinta de terra é uma das opções de tinta ecológica existentes no mercado, e pode ser feita diretamente no local onde será feita a pintura ou então encomendada pronta. Nas duas opções a tinta é preparada artesanalmente, com materiais naturais, em maior parte, e sem os aditivos sintéticos existentes nas tintas comuns e que podem fazer mal à saúde (FERNANDA, 2015).

A tinta ecológica apresenta as seguintes vantagens: Aplicação em paredes internas, o que proporcionada um ambiente mais saudável por não fechar os poros das superfícies, aplicação em paredes externas auxilia no isolamento térmico da construção diminuindo dessa forma os gastos com aparelhos climatizadores, produto disponível no mercado atual em sete cores: terracota, cerâmico, amarelo, verde, chocolate, preto e branco; Rendimento de um m² por litro com duas demãos e ainda por cima não desbotam.

Como Fazer?

Segundo O Projeto Cores de Terra, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Ela pode ser muito eficiente para evitar o uso da tinta comum, que contém grandes quantidades de produtos químicos.

Ingredientes

  • Uma lata vazia de tinta de 3,6 litros;
  • Terra argilosa (seis a oito quilos);
  • Água (dez litros);
  • Um quilo de cola branca;
  • Pigmentos como açafrão, urucum, pó de mica (se quiser brilho), areia ou as diversas tonalidades do próprio  podem ser usados para obter a cor desejada.

Modo de preparo

Misture a terra e a água, passe a mistura numa peneira fina, acrescente a cola e misture novamente. Após fazer isso, adicione a cor com a mistura de pigmentos escolhidos. Se você quiser obter uma tinta mais fina, passe a mistura pela peneira por mais de uma vez. Se quiser uma tinta grossa, a peneira não é necessária. Além de todas as vantagens ambientais, esse tipo de tinta é cerca de 70% mais barata que a tinta convencional. Uma lata de tinta cobre de 70 a 90 metros quadrados. Observação: não utilizar terra de formigueiro ou cupim.

Substituir tintas convencionais é necessário para evitar complicações ambientais — como problemas a qualidade do ar devido o uso de solventes — e a saúde que são causados por esses tipos de substâncias. Por serem feitas a base de água, as tintas naturais são mais ecológicas e seguras para o uso humano, devido a falta de metais pesados.

São encontradas, ainda, na opção para acabamento fosco e podem ser utilizadas em ambientes internos e externos. Por causa das propriedades dos materiais usados, as tintas ecológicas também diminuem a incidência de mofo e fungos.

Telhas Ecológicas: Eficiência e Sustentabilidade

Esses tipos de telhas são um grande achado. A preocupação com o meio ambiente faz crescer cada dia mais o aparecimento de produtos feitos com materiais reaproveitados. As telhas ecológicas são fabricadas com fibras naturais ou de materiais reciclados. Além de ser ecologicamente correta ela substitui com grande vantagem as tradicionais telhas de amianto. Segundo o autor Netto (2011) essas telhas podem ser produzidas com materiais como caixas tetra-pak e tubos de pasta de dente, garrafas pet e ainda as feitas com fibras naturais (inclusive papelão) cozidas em betume.

Existem inúmeros materiais usados na produção de telhas ecológicas, vamos entender um pouco mais sobre eles, e como se comparam aos materiais usados usualmente no mercado da construção civil.

Tubos de pasta de dentes são polietileno de baixa densidade, este material pode ser usado, para criação de telhas, as telhas feitas com base de tubo de pasta de dente, são 75% polietileno de baixa densidade, ou seja o seu tubo usado de pasta de dente, e 25% alumínio, o que a torna a telha muito resistente, além de totalmente impermeável, ela é leve, tem durabilidade, isolamento acústico e conforto térmico.

Outro material reciclado que tem propriedades incríveis quando aplicado para fabricação de telhas é a garrafa PET, a conhecida garrafa PET que já é usada dentre outras coisas para confecção de luminárias, tapetes, base de pufes e sistemas de aquecimento solar, ganha propriedades similares às da telha de barro e da telha de amianto. A telha de PET , além de deixar o é leve e geralmente é encontrada por um custo bem mais baixo, que as convencionais de barro e amianto. É possível encontrar telhas de PET em várias cores.

Outro destaque da reciclagem é a telha Tetra Pak, originada da reciclagem de embalagens essa telha se mostra ideal, para cobertura de galpões, canteiros de obras, barracões e até mesmo residências. As telhas Tetra Pak são muito resistentes podendo receber cargas de até 150kg/m², diminuem a temperatura do ambiente em 60%. A resistência da telha Tetra Pak é reafirmada quando o material é submetido a testes de impacto, ela não trinca mesmo quando jogada no chão.

Outra novidade nas telhas ecológicas, é a telha de fibra vegetal, que usa como material principal a fibra da celulose. Esse tipo de telha não contém amianto, e a celulose é obtida por várias maneiras, uma delas papel reciclado.. O processo de fabricação envolve alta tecnologia, não apresenta restrições de uso, sendo usada, em vários países, com climas variados.As telhas ecológicas preenchem uma demanda muito importante do mercado da construção, o controle de temperatura, e o reaproveitamento de materiais produzidos em larga escala pelo consumo humano, são fatores que fazem muitos acreditarem que a telha ecológica é o futuro da cobertura nas construções, tanto residencial quanto corporativa. Como vimos as telhas ecológicas não apresentam muitas restrições de uso, é importante encontrar profissionais qualificados, para ajudar você e definir qual tipo de telha ecológica se encaixa melhor em sua obra e orçamento, sempre respeitando as normas de uso e instalação de cada material, você pode economizar muito, e ainda diminuir o impacto da sua obra no meio ambiente.

5.1.8 Pisos de Bambu

O piso produzido com bambu apresenta diversas vantagens em sua aplicação quando comparado aos pisos convencionais de madeira, como: Maior resistência e durabilidade em comparação aos pisos de madeira comuns, maior facilidade de instalação e manutenção, apresenta diversas tonalidades diferentes, podendo de essa forma ser combinado com todos os tipos de projetos.

O piso de bambu é uma alternativa sustentável, durável, fácil de instalar e requer menos manutenção que o piso de madeira, sendo mais duro que o Jatobá e mais durável que o Eucalipto. O bambu cresce em larga escala (é considerado uma espécie gramínia) e pode ser colhido anualmente, sendo abundante e renovável. Além disso, sua taxa de absorção de carbono é altíssima, tornando-o uma excelente opção para renovação do ar que respiramos (ECOCASA, 2010).

No que concerne a esse tipo de piso, pode-se afirmar que uma das principais características dele é a imagem que este repassa de sofisticação. Há quem diga que o uso do piso de bambu é semelhante ao dos tijolos ecológicos tendo em vista a contribuição de ambos para a área estética da construção de qualquer ambiente, seja ele residencial ou comercial.

6 ESTUDO DE CASO

6.1 LÓCUS DA PESQUISA

O lócus do estudo de casa está divido em dois endereços distintos, isso porque primeiramente a casa teste foi elaborada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e posteriormente fora colocada em prática na Reserva Florestal Adolpho Ducke (km 26 da AM-010).

Figura 2: Imagens de Satélite do Campus INPA Aleixo I

Fonte: Santos e Cunha (2022)

Figura 3: Imagens de Satélite da Reserva Adolpho Ducke

Fonte: Sebastião (2021)

6.2 COLETA DE DADOS

Em 2004, o pesquisador Ruy Sá Ribeiro, Engenheiro civil, teve a ideia e a colocou em prática para criar uma casa ecologicamente correta, utilizando o bambu como base. O pesquisador utilizou essa madeira, por ser ela mais resistente e ao mesmo tempo mais leve, o que segundo ele são fatores de alto relevância para a engenharia, além de que este tem reprodução rápida.

O projeto foi colocado em prática no ano de 2006 com a construção do primeiro modelo desse tipo de casa no Bosque da Ciência e um ano depois o projeto se tornou mais amplo, passando a ser construída uma vila com casas do mesmo modelo dentro da Reserva Florestal Adolpho Ducke, apresentando-se de forma benéfica não somente em termos de sustentabilidade mais também de redução de custos. Afinal, esse projeto que utilizando materiais convencionais estava avaliado em R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais) com durabilidade de 50 anos, a Casa Ecológica possui 42 m², pode ser montado com painéis pré-moldados em 48 horas e seu custo mínimo é de R$9.000,00.,), utilizando materiais sustentáveis como o bambu.

As casas tem sua estrutura formada com painéis de bambu preenchidos com barro e lâminas de bambu na parte do forro. Ademais, as moradias possuem sistema de esgoto e captação da água da chuva. Sá explicou, durante o 1° Workshop Proamazônia, a representantes do Exército, aeronáutica e Marinha, que uma casa do programa Minha Casa Minha Vida, tem uma área 10 m² a menos que uma ecológica, e ela não possui varanda, captação e reutilização das águas das chuvas, e não possui estação de tratamento ecológico de esgoto,chegando a custar R$ 160.000,00 a mais.

Porque o bambu? O que o torna um material ideal para o meio ambiente?

O bambu é uma planta lenhosa que cresce em grande escala. De acordo com o Guinness Book , eles crescem de 60 à 90 cm por dia. Logo você tem plantas de 30 metros de altura em poucos meses. Dentro de 3 anos já teremos um material sensacional para ser usado na construção.

Por ser a planta de crescimento mais rápida que existe, é provavelmente a maneira natural e mais rápida de tirar CO2 (dióxido de carbono) da nossa atmosfera. Através da fotossíntese, ele pega esse CO2 e o transforma em açúcares e depois em fibra real, o mecanismo de armazenamento do carbono atmosférico. E isso é importante em termos de tirar o CO2 da atmosfera rapidamente. Como vimos as telhas ecológicas não apresentam muitas restrições de uso, é importante encontrar profissionais qualificados, para ajudar você e definir qual tipo de telha ecológica se encaixa melhor em sua obra e orçamento, sempre respeitando as normas de uso e instalação de cada material, você pode economizar muito, e ainda diminuir o impacto da sua obra no meio ambiente.

Diferente do ciclo normal de colher a árvore e em seguida ela morrer, com o bambu isso não ocorre, já que dele nascem vários troncos todos os anos, logo, você está colhendo apenas uma porcentagem deles e eles continuam crescendo, assim como a grama, inclusive, o bambu é a maior das gramíneas.

Não é novidade que o bambu é uma planta utilizada para construir casas, principalmente no continente asiático, mas até não havia caído nas graças dos ocidentais, devido a seu aspecto rustico e limitações no design. Mas isso mudou totalmente e agora esse tipo de construção está começando a virar tendência de moradia sustentável nos Estados Unidos e ao redor do mundo.

Uma das empresas responsáveis por essas moradias é Bamboo Living, sediada no Havaí, que já tem clientes famosos como o astro do rock Sammy Hagar, a atriz Barbara Hershey e o fundador da eBay, Pierre Omidyar.

O segredo da aderência a essas construções, está na combinação de técnicas modernas de design com o uso da tecnologia que torna totalmente possível, a construção de casas modernas, de dois ou mais andares, com paredes e revestimentos de uma casa comum.

6.3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ao analisar os benefícios da construção da casa ecológica utilizando materiais sustentáveis como o bambu, o pesquisador identificou que além da resistência e leveza proporcionada por este material, o mesmo apresenta como vantagem a redução de custos quando comparada com uma obra utilizando materiais convencionais, bem como redução de mão de obra e impacto sustentável.

O incentivo aos estudos acerca do bambu e suas aplicações vem crescendo, principalmente pelo viés da sustentabilidade, esse é um enorme atrativo pois impacta não apenas direta como indiretamente, já que melhora a imagem da empresa em questão, tornando-a mais atrativa tanto para os clientes quanto para angariar novos investidores. Infelizmente, no Brasil, o cultivo do bambu ainda é relativamente tímido, o que dificulta a aquisição e consequente popularização deste material. A tecnologia do uso do bambu não pretende substituir ou excluir modos construtivos atuais. Mas, se coloca como uma alternativa para aqueles que pretendem trilhar por caminhos mais conscientes, do ponto de vista ambiental, podendo trazer soluções para problemas de falta de moradias para camadas mais carentes da população, além de novos resultados plásticos nas edificações locais, caso se enxergue o potencial plástico-espacial deste material de grande versatilidade.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As construções sustentáveis mostram-se cada dia mais presentes na sociedade. Contudo, os índices de uso dela ainda são baixos quando comparado ao tamanho do mercado da Construção Civil no Brasil e no mundo, mesmo com a comprovação por diversos meios no que concerne aos seus benefícios nos mais amplos sentidos.

Conforme pôde ser contemplado no presente estudo, a engenharia civil pode contribuir significativamente como agente transformador de impactos ambientais e com isso, ainda pode obter vantagens social e financeiramente falando. Afinal, a partir da existência e construção de obras sustentáveis, possibilita-se a redução de impactos ambientais e ainda de custos. A Engenharia Civil não deveria ser prisioneira de valores tradicionais e formais, frutos de uma globalização de valores padronizados. Esses valores descontextualizados e dissociados da função podem conduzi-la à inadequação ambiental. Os paradigmas de desenvolvimento, os padrões de consumo e os conceitos de conforto e segurança necessitam ser revistos, na direção de um maior grau de sustentabilidade, dos recursos naturais.

O presente artigo trouxe como estudo de caso a utilização do bambu como material sustentável e mostrou que da teoria à prática é possível a construção de imóveis ecologicamente correto, principalmente dentro da zona em que o brasileiro reside, tendo em vista que a Amazônia é a maior fornecedora de materiais sustentáveis.

Deste modo, é importante que o presente estudo venha a reforçar a importância e os benefícios da adaptação a construções sustentáveis através dos materiais aqui apresentados, para que assim os índices com construções nessas modalidades aumentem e consequentemente os índices de impactos ambientais reduzam.

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Diego Diomedio Paes da Silva

Graduando/Engenharia Civil

Instituição: Universidade Nilton Lins

Endereço: Prof. Nilton Lins, 3259 – Flores, Manaus – AM, CEP: 69.058-030

E-mail: diomediodiego@gmail.com

Fone: 92 99294-0066

Reginaldo Beserra Alves

Engenharia Mecânica, Engenharia de Segurança do Trabalho e Gestor Ambiental

Instituição: Universidade Nilton Lins

Endereço: Prof. Nilton Lins, 3259 – Flores, Manaus – AM, CEP: 69.058-030

E-mail: balves.reginaldo@gmail.com

Erika Cristina Nogueira Marques Pinheiro

Engenharia Civil, Engenharia de Segurança do Trabalho e Licenciatura em Matemática

Instituição: Universidade Nilton Lins

Endereço: Prof. Nilton Lins, 3259 – Flores, Manaus – AM, CEP: 69.058-030

E-mail: erikamarquespinheiro@gmail.com