RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA ANALGESIA NO PARTO

PHYSIOTHERAPY RESOURCES FOR ANALGESIA IN DELIVERY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7931213


Rayele Pires Silva1
Kássya Maria Silva dos Reis2
Maria Evangelina de Oliveira3


Resumo

Introdução: O parto é considerado como um momento complexo na vida da mulher, sendo traumático e doloroso, gerando assim medo e ansiedade nas parturientes, sabendo que a dor pode gerar danos para mãe e o bebê, é necessário métodos para aliviá-la. Objetivo: realizar uma busca na literatura sobre os recursos fisioterapêuticos utilizados para analgesia no parto, assim como, verificar os efeitos positivos dessas técnicas . Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura utilizando as bases de dados  LILACS, Pubmed/Medline e Cochrane Libraly. Para seleção dos artigos foram utilizados critérios de inclusão: artigos científicos que contemplassem a temática, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, artigos originais e publicados no período de 2017 a 2022. E como critérios de exclusão artigos secundários, artigos duplicados, teses, dissertações, protocolos, relatórios e editoriais. Resultados: Após a identificação dos estudos nas bases de dados selecionadas, foram escolhidos sete artigos, ambos evidenciaram que os recursos fisioterapêuticos descritos, se mostraram capazes de aliviar a dor da parturiente. Conclusão: Conclui-se que os recursos fisioterapêuticos como: Hidroterapia, hidroterapia com banho quente, exercícios perineais com a bola, TENS, massagem, aplicação de calor, acupressão e fotobiomodulação são eficazes para aliviar o quadro álgico durante o parto.

Palavras-chave: gestantes; modalidades de fisioterapia; trabalho de parto.

Abstract

Introduction: Childbirth is considered a complex moment in a woman’s life, being traumatic and painful, thus generating fear and anxiety in parturients, knowing that pain can harm both mother and baby, methods are needed to alleviate it. Objective: to carry out a search in the literature on physiotherapeutic resources used for analgesia during childbirth, as well as to verify the positive effects of these techniques. Methodology: This is an integrative literature review using the LILACS, Pubmed/Medline and Cochrane Libraly databases. For selection of articles, inclusion criteria were used: scientific articles that covered the theme, published in Portuguese, English and Spanish, original articles and published in the period from 2017 to 2022. And as exclusion criteria secondary articles, duplicate articles, theses, dissertations, protocols, reports and editorials. Results: After identifying the studies in the selected databases, seven articles were chosen, both of which showed that the physical therapy resources described were capable of relieving the parturient’s pain. Conclusion: It is concluded that physiotherapeutic resources such as: Hydrotherapy, hydrotherapy with hot bath, perineal exercises with the ball, TENS, massage, heat application, acupressure and photobiomodulation are effective in relieving pain during childbirth.

Keywords: pregnant women; physiotherapy modalities; labor pain.

1. INTRODUÇÃO

A partir da década de 80, surgiu um movimento que tinha como um de seus propósitos promover avanços na qualidade da assistência prestada à parturiente, priorizando a redução do uso da tecnologia que poderiam comprometer a saúde da parturiente e do recém-nascido, este movimento ficou conhecido no Brasil, como parto humanizado (CANESIN et al., 2010; LONGO et al., 2010).

O Ministério da Saúde explica o parto humanizado como aquele que tem a fisiologia respeitada, com mínimas intervenções necessárias, favorecimento aos desejos e necessidades da mulher e do bebê, presença de um acompanhante de sua escolha e práticas cientificamente comprovadas como benéficas para o binômio, tais como: aleitamento na primeira hora de vida, contato pele a pele precoce (golden hour), clampeamento de cordão após cessar a pulsação, entre outros (BRASIL, 2014).

O parto é considerado um evento complexo, capaz de ser marcante no âmbito emocional da gestante ou até mesmo doloroso e traumático. O processo parturitivo pode ser descrito por alterações hormonais e mecânicas, que inicialmente ocorre com contrações uterinas e dilatação do colo, que consequentemente resulta em dores progressivas, findando-se na expulsão do feto. Reconhecendo que a dor pode causar prejuízos para mãe e bebê, é sabido atualmente que há a necessidade de aliviá-la (GALLO et al., 2011).

Historicamente, a dor causada pelo parto normal tem relação com a ideia de sofrimento, gerando assim medo e insegurança à mulher, entretanto, ela não deve ser vista como um estado patológico e sim, como uma função biológica. Ela pode ser descrita como orgânica, aguda, visceral e difusa, progredindo para somática e contínua, sendo resultado de estímulos provocados pelas contrações uterinas, podendo ser influenciada pelo estado emocional da parturiente e por fatores ambientais (ALMEIDA, MEDEIROS & SOUZA, 2012).

Este momento é caracterizado como de grande tensão, e a integração da fisioterapia através de técnicas e recursos é capaz de proporcionar melhores condições fisiológicas, intensificando a participação da mãe e ajudando na melhora da sensação da dor, colaborando significativamente na humanização do parto natural. (CASTRO et al., 2017).

O profissional fisioterapeuta deve estar inserido em uma equipe multidisciplinar de atenção à mulher grávida, e obter oferecer recursos para ajudá-las (SILVA et al., 2012; FREITAS et al., 2017). Onde segundo Bavaresco et al (2011) possibilitam um suporte eficiente e seguro que oferece analgesia durante todo o processo de trabalho de parto e parto natural.

Diante disso, o objetivo deste estudo foi verificar na literatura científica os recursos fisioterapêuticos utilizados para analgesia no parto, assim como mostrar a eficácia desses métodos.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL), de caráter exploratório e de abordagem qualitativa. De acordo com Sousa, et al.(2019) este tipo de  estudo pode e foi  operacionalizado por meio de seis etapas as quais estão intrinsecamente ligadas, sendo: definição da pergunta de revisão, busca e seleção dos estudos primários na literatura, extração dos dados coletados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa.

Para formular a questão de pesquisa da revisão, utilizou-se a estratégia PICo. P (População/problema) e este refere-se às gestantes, I (Intervenção) relacionado a recursos fisioterapêuticos e Co (Contexto) aos recursos fisioterapêuticos mais eficazes. Assim, a questão de pesquisa delimitada foi: Quais os recursos fisioterapêuticos utilizados para a analgesia no parto?

Para a busca na literatura foi utilizado a biblioteca virtual em saúde (BVS), envolvendo as bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Pubmed/Medline e a Biblioteca Cochrane Libraly.

Para o acesso à informação foi utilizada  a combinação de descritores controlados cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) e Medical Subject Headings (MESH) e palavras chaves com os operadores booleanos AND e OR. 

Dessa forma, as estratégias de busca que foram  empregadas em cada base de dados foram reunidas da seguinte maneira:LILACS: Gestantes OR Parturiente AND “modalidades de fisioterapia” AND “trabalho de parto”; COCHRANE LIBRALY: “Pregnant women” AND “Physical therapy modalities” AND “Complementary therapies” AND “Labor pain” OR “Labor pain relief”; PUBMED/MEDLINE: “Pregnant women” AND “Physical therapists” AND “Physical therapy modalities” AND “Complementary therapies” AND “Labor pain” OR “Labor pain relief” AND “labor, obstetric.

Quanto à seleção dos artigos foram utilizados como critérios de inclusão: artigos científicos que contemplassem a temática, publicados nos idiomas português, inglês e espanhol, artigos originais e publicados no período de 2017 a 2022. E como critérios de exclusão artigos secundários, artigos duplicados, teses, dissertações, protocolos, relatórios e editoriais.

3. RESULTADOS

Após a identificação dos estudos nas bases de dados selecionadas, foi possível categorizar, 358 artigos no pubmed/Medline, 60 artigos no Cochrane Libraly  e 05 artigos no LILACS, ficando um total de 423 estudos. Nenhuma publicação foi encontrada em outras bases de dados. 

Para seleção do material de pesquisa foi feita uma análise em três etapas sequenciadas: a primeira consistiu em uma pré-seleção de acordo com os critérios de inclusão e exclusão que foram analisados por meio da leitura dos títulos e resumos. Nesta etapa foram identificados 46 estudos duplicados e foram excluídos 27, permanecendo 19 estudos. Ficando assim, um total de 396 estudos para as análises posteriores. 

A segunda etapa consistiu em analisar os estudos escolhidos quanto ao potencial de inclusão na presente revisão, avaliando-se a sua capacidade de responder à pergunta norteadora, o tipo de pesquisa desenvolvido, objetivos, metodologia utilizada, delineamento da pesquisa e principais resultados. Nesta etapa foram excluídos 195 artigos, sendo que 129 não atenderam a temática, 49 tratavam-se de estudos de revisão e 17 sendo protocolos, reduzindo a amostra para 201 artigos. 

A fase final compôs-se em ler na íntegra as 201 publicações com o objetivo de coletar informações específicas para responder à presente revisão. Nesta etapa, 194 estudos foram excluídos, sendo que 144 não responderam à questão de pesquisa, 09 tratavam-se de tese, 13 eram relatórios e 28 não estavam disponíveis na íntegra. Ao final do processo, a amostra final tinha 7 artigos, como mostra o fluxograma que corresponde ao Quadro 1. 

Quadro 1 – Fluxograma representativo da inclusão dos artigos selecionados

Fonte: Elaboração própria.

Após a leitura dos artigos incluídos na revisão, foi feita a compilação e extração dos seguintes termos: autor e ano de publicação, amostra, recursos fisioterapêuticos e principais resultados (descritos no Quadro 2). 

Quadro 2 – Resumo dos estudos incluídos

Autor/AnoAmostraRecursos FisioterapêuticosPrincipais Resultados
A1Tuncay S, et. al. 201780 participantes, divididas em dois grupos: grupo experimental (n=40) e grupo de comparação equivalente (n=40)HidroterapiaOs escores da Escala Visual Analógica (VAS) do grupo experimental foram menores do que os do grupo de comparação equivalente quando a dilatação cervical foi de 6cm e 10cm.
A2Báez-Suárez A, et. al. 201863 Mulheres na fase ativa do trabalho de parto, divididas aleatoriamente em três grupos ( 21 por grupo: dois TENS ativos e um placebo.)TENSEm termos de quantificação da redução da dor  mostraram que ocorreu diminuição nos escores de dor das pacientes nos grupos TENS ativo em comparação com o grupo TENS placebo durante o procedimento.
A3Henrique AJ,  et. al. 2018128 mulheres durante o parto, divididas aleatoriamente em três  grupos: Hidroterapia com banho quente (GA) exercícios perineais com a bola (GB) e hidroterapia com banho quente combinado com exercícios perineais (GC)Hidroterapia com banho quente e exercícios perineais com bola.Houve diminuição na dor, ansiedade, e liberação de epinefrina e os níveis de endorfina aumentaram.
A4Báez Suárez, et. al. 201910 mulheres com apresentação pélvica do feto divididas aleatoriamente em três grupos: TENS1 (N=3) TENS2 (n=4) TENS placebo  (N=3)TENSO TENS2 foi o único grupo que obteve melhora com resultados significativos e também foi o que apresentou valores mais elevados em relação à satisfação das mulheres.
A5Türkmen H, et. al. 202090 gestantes divididas em três grupos: grupo aplicação de calor (n=30), grupo de massagem (n=30) e grupo controle (n=30)Massagem e aplicação de calorOs escores médios de dor foram significativamente menores no grupo de aplicação de calor e massagem do que no grupo controle.
A6Torkiyan H, et. al. 2021174 mulheres primíparas no primeiro estágio do parto divididas em três grupos: grupo de acupressão GB21 (n=58), grupo falso (n=58) e grupo de controle (n=58).Acupressão GB21A redução da dor foi significativamente maior no grupo GB21 em comparação com os outros grupos. 
A7Traverzim, et. al. 202129 mulheres divididas em dois grupos: G1 (grupo experimental –LED) e G2 (grupo controle banho quente)FotobiomodulaçãoHouve diferença estatisticamente significativa na redução da dor da dor evidenciado pela escala visual milimétrica, antes e após a aplicação do G1-LED.

Fonte: Elaboração própria

4. DISCUSSÃO

A dor durante o trabalho de parto é algo que traz medo, insegurança e ansiedade para as gestantes, fazendo com que esse momento se torne mais difícil e menos prazeroso para as mulheres. Com o intuito de mudar essa realidade vários estudos foram  feitos abordando as mais variadas técnicas a fim de amenizar a dor do parto. 

Uma dessas técnicas relatados nos estudos é a acupressão, caracterizada como um método não farmacológico, baseado na medicina tradicional chinesa (MTC) que considera o corpo humano como canais que conduzem energia através de pontos específicos localizados no corpo (meridianos), responsáveis pela regulação e restauração do bem estar (TORKIYAN et al., 2021).

Torkiyan et al., (2021) analisou o efeito da acupressão GB21 na intensidade da dor no primeiro estágio do trabalho de parto. O ponto GB21 localizado no ombro entre o acrômio e a sétima vértebra cervical mostrou resultado positivo e eficaz na redução da dor no trabalho de parto. Acredita-se que quando os pontos de acupressão são estimulados a liberação da endorfina, hormônio responsável pela diminuição do estresse, diminuição das tensões musculares e aumento do bem-estar, além de possuir efeito analgésico, tornando o parto mais agradável.  

A hidroterapia vem ganhando destaque e sendo muito utilizada durante o trabalho de parto para alívio da dor. Vários estudos  descrevem os benefícios dessa intervenção que proporciona conforto e relaxamento para as gestantes durante o parto, período considerado pelas mesmas difícil, angustiante e doloroso. Foi demonstrado em estudos que a hidroterapia reduz o  nível de vasopressina, aumenta a perfusão uterina e leva a contrações menos dolorosas. (TUNKAY; KAPLAN; MORALOGLU, 2019).

Há relatos que a hidroterapia com temperatura da água em torno de 37º C no trabalho traz conforto vasodilatação periférica redistribuindo o fluxo sanguíneo e induzindo o relaxamento muscular. Outros benefícios foram citados como a redução das catecolaminas, aumentando os níveis de endorfina e em consequência com a diminuição da ansiedade e trabalho de parto mais curto, além de possibilitar mudanças de posições e melhorando positivamente os sentimentos das puérperas  e promovendo o aumento do parto fisiológico (TUNKAY; KAPLAN; MORALOGLU, 2019).

Henrique et al.(2018) mostram intervenções não farmacológicas como a hidroterapia que utilizou terapia combinada em grupos com banho em água morna e exercícios com a bola (GC), grupo com banho em água morna (GA) e grupo com a bola (GB). Todos os grupos obtiveram resultados satisfatórios na redução da dor, ansiedade, aumento da liberação de endorfina e diminuição do cortisol. Entretanto, o GB se sobressaiu aos demais grupos, sendo seus resultados mais elevados comparados aos outros. 

Portanto, estratégias não farmacológicas como banhos quentes e exercícios perineais devem ser considerados como terapia adjuvante durante o trabalho de parto.

Traverzim et al., (2021) abordou em seu estudo o efeito da fotobiomodulação para o alívio da dor e nos resultados do parto. Foram colocadas uma placa de LED na região dorsal no nível de T10 a S4, em contato com a pele durante 10 minutos. Mostrou resultados significativos com a diminuição da dor e  que o mecanismo por trás do efeito analgésico é que a luz induz bloqueio neural periférico, suprime a atividade sináptica, modula neurotransmissores, reduz os espasmos musculares e edema intersticial e exerce efeitos anti-inflamatórios, fazendo assim, com que diminua a dor durante o parto.

O TENS é uma técnica de eletroterapia de baixa frequência, muito utilizada em patologia musculoesquelética, mas também passou a ser utilizada como tratamento optativo durante o trabalho de parto. (SUAREZ et al., 2018).      

Um estudo publicado por Suarez et al., (2018)   realizado com 63 mulheres, no início da fase ativa do trabalho de parto, dividida em três grupos, onde os parâmetros do grupo TENS 1 foi frequência constante de 100 Hz, 100 us, no grupo TENS 2 consistiu em uma variação de alta frequência (80 – 100 Hz), 350 us  e o grupo placebo foram conectados ao TENS sem estimulação elétrica, dois eletrodos autoadesivos  foram colocados paralelamente à medula espinhal (níveis T10 – L1 e S2 – S4). O grupo TENS 2 mostrou resultados satisfatórios para alívio da dor durante o trabalho de parto.

Outro estudo avaliou a eficácia da estimulação nervosa transcutânea durante o trabalho de parto em apresentação pélvica como o de  Suárez et al., (2019) que reuniu 10 mulheres com apresentação pélvica do feto,  aleatoriamente designadas em três grupos, o grupo TENS 1 foi utilizado um pulso assimétrico bifásico modificado, largura de pulso de 100 microssegundos e frequência de 100 Hz, o TENS 2 emitiu forma de onda quadrada assimétrica, balanceada e bifásica em uma frequência que variou aleatoriamente entre 80 e 100 Hz e largura de pulso de 350 microssegundos, e no terceiro grupo o TENS emite luz de som do indicador ativo, porém não entregou estimulação elétrica. O grupo TENS 2 foi o único que obteve melhora com resultados significativos em relação à diminuição da dor e a satisfação das mulheres. 

Todos os estudos mostraram resultados positivos e que o TENS quando utilizado com altas frequências e alta largura de pulso são eficazes para aliviar a dor durante o trabalho de parto.

Segundo Türkmen e Oran (2020), a dor do parto é um sinal fisiológico da progressão do trabalho de parto e se não for aliviada, pode afetar negativamente a saúde materna e fetal, em seu estudo no que diz respeito ao alívio da dor e conforto das parturientes, a massagem usando técnicas de effleurage e fricção aplicada nas partes laterais, direita e esquerda de 45 cm da linha média na região das vértebras sacrais  e a aplicação de calor na região das vértebras sacrais (S1 – S4)  mostraram eficácia, sendo o escore médio de dor pós- intervenção menor no grupo de aplicação de calor do que no grupo de massagem.

Desta forma, evidências científicas sugerem que estas técnicas não farmacológicas possam ser utilizadas no controle do quadro álgico da gestante durante o trabalho de parto.

5. CONCLUSÃO 

Os recursos fisioterapêuticos encontrados nesse estudo foram: Hidroterapia, Hidroterapia com banho quente, exercícios perineais com a bola, TENS, massagem, aplicação de calor, acupressão e fotobiomodulação.

A utilização desses recursos fisioterapêuticos para o alívio da dor durante o trabalho de parto foram eficazes, são métodos seguros e de baixo custo, além disso, proporcionam bem-estar físico e emocional nas parturientes. As técnicas descritas contribuem para a diminuição de uso de fármacos para analgesia e cesariana.

A fisioterapia obstétrica ainda é pouco conhecida pela maioria da população, portanto, é necessário a elaboração de mais estudos que mostrem e explorem a importância da assistência prestada às mulheres durante o parto. 

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1Acadêmica do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: rayellepires12@gmail.com
2Acadêmica do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: kassyamaria1999@gmail.com
3Fisioterapeuta. Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Fisioterapeuta do Hospital de Doenças Infectocontagiosas Natan Portela. Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: linalima28@gmail.com