O USO DE DROGAS LÍCITAS E ILICITAS POR GRADUANDOS DO CURSO DE MEDICINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

THE USE OF LICIT AND ILLICIT DRUGS BY MEDICINE GRADUATES: A LITERATURE REVIEW
EL USO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS POR GRADUADOS DE MEDICINA: UNA REVISIÓN DE LA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7931404


João Luiz Ramos de Souza1,Wanderson Alves Ribeiro2, Letícia Pires de Araújo3, Lucas da Silva Lemos4, Isabel Fernandes Lacerda5, Bianka Maria Salviano6, Monique Grazielle de Souza Alves7, Aline de Amorim da Silva8, Paula Letícia da Silva Leite Batista9, Patrícia dos Santos Mello 10, Maria Eduarda Gozzi de Faria11, Lucas de Oliveira Souza12


RESUMO

O ingresso na universidade, ainda que traga sentimentos positivos relacionados ao alcance de uma meta programada, por vezes pode se tornar um período crítico, de maior vulnerabilidade para o início e a manutenção do uso de drogas psicotrópicas. A prevalência do uso de drogas na população universitária, demonstraram que o consumo dessas é maior nesse grupo quando comparado aos estudantes do ensino médio e ao restante da população em geral. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e de abordagem qualitativa, com objetivo de identificar, na literatura, os riscos e malefícios do uso de drogas licitas e ilícitas por graduandos do curso de medicina. A partir dessa leitura preliminar, foram selecionados 19 artigos que mantinham coerências com os descritores acima apresentados e com os objetivos do estudo. Posterior à leitura reflexiva emergiram duas categorias: Impactos do curso de graduação de medicina na saúde do graduando; Riscos e malefícios do uso de drogas licitas e ilícitas por graduandos do curso de medicina; possíveis estratégias preventivas frente ao uso de drogas no curso de medicina. Portanto, os estudos apontam relevante prevalência de uso de drogas licitas e ilícitas entre os universitários da área da saúde no Brasil, estando ligado aos altos níveis de estresse e desenvolvimento de sintomas depressivos que são provocados pela carga horária exaustiva, fragilidade na rede de apoio familiar e social, redução dos momentos de lazer e frequente vivência de momentos de morte e sofrimento.

Descritores: Drogas ilícitas; Educação superior; Estudantes de medicina.

ABSTRACT

Admission to university, although it brings positive feelings related to the achievement of a programmed goal, can sometimes become a critical period, of greater vulnerability for the initiation and maintenance of the use of psychotropic drugs. The prevalence of drug use in the university population showed that drug use is higher in this group when compared to high school students and the rest of the general population. This is a bibliographic review study, with a descriptive character and a qualitative approach, with the objective of identifying, in the literature, the risks and harms of the use of licit and illicit drugs by medical students. From this preliminary reading, 19 articles were selected that were consistent with the descriptors presented above and with the objectives of the study. After the reflective reading, two categories emerged: Impacts of the undergraduate medical course on the health of the undergraduate; Risks and harms of the use of licit and illicit drugs by medical students; Possible preventive strategies against drug use in the medical course. Therefore, studies point to a relevant prevalence of licit and illicit drug use among university students in the health area in Brazil, being linked to high levels of stress and development of depressive symptoms that are caused by the exhaustive workload, fragility in the family support network and social, reduced leisure time and frequent experience of moments of death and suffering.

Descriptors: Illicit drugs; Higher education; Medical students.

RESUMEM

El ingreso a la universidad, si bien trae sentimientos positivos relacionados con el logro de una meta programada, a veces puede convertirse en un período crítico, de mayor vulnerabilidad para el inicio y mantenimiento del uso de psicofármacos. La prevalencia de consumo de drogas en la población universitaria mostró que el consumo de drogas es mayor en este grupo en comparación con los estudiantes de secundaria y el resto de la población en general. Se trata de un estudio de revisión bibliográfica, de carácter descriptivo y abordaje cualitativo, con el objetivo de identificar, en la literatura, los riesgos y perjuicios del uso de drogas lícitas e ilícitas por estudiantes de medicina. A partir de esta lectura preliminar, fueron seleccionados 19 artículos que coincidían con los descriptores presentados anteriormente y con los objetivos del estudio. Después de la lectura reflexiva, surgieron dos categorías: Impactos del curso de graduación en medicina en la salud del estudiante; Riesgos y daños del uso de drogas lícitas e ilícitas por estudiantes de medicina; Posibles estrategias preventivas frente al consumo de drogas en la carrera de medicina. Por lo tanto, los estudios apuntan para una prevalencia relevante del uso de drogas lícitas e ilícitas entre estudiantes universitarios del área de la salud en Brasil, relacionándose con altos niveles de estrés y desarrollo de síntomas depresivos que son causados ​​por la sobrecarga de trabajo, fragilidad en la red de apoyo familiar. y sociales, tiempo de ocio reducido y vivencia frecuente de momentos de muerte y sufrimiento.

Descriptores: Drogas ilícitas Educación superior; Estudiantes de medicina.

1 INTRODUÇÃO

O ingresso na universidade, ainda que traga sentimentos positivos relacionados ao alcance de uma meta programada, por vezes pode se tornar um período crítico, de maior vulnerabilidade para o início e a manutenção do uso de drogas psicotrópicas. Sabe-se que o uso e abuso de substâncias entre os universitários é muito difundido e o ambiente em que vivem e as pessoas com quem convivem têm profunda influência em seus hábitos de vida (DURIGAN; MACHADO, 2020).

Outros estudos também corroboram que, a entrada dos jovens na universidade leva a uma mudança de ambiente e costumes, tornando-se um período de grande vulnerabilidade para o uso de substâncias psicoativas. Os jovens que adentram as universidades possuem destaque no uso dessas substâncias. Contudo, há relatos de que a fase de preparação para entrada na faculdade, cursinho pré-vestibular, é um período perturbador para os estudantes, pois há um ritmo diferente de estudos, levando a níveis maiores de estresse e exaustão (SANTANA et al., 2020).

O ambiente acadêmico permite o crescimento pessoal e intelectual, sendo importante para estabelecer bases para uma vida profissional bem estruturada. Entretanto, esse ambiente é um grande estressor e pode facilitar ao abuso de várias drogas. Outro facilitador é o marketing de festas e comemorações que instigam o uso de drogas. (NÓBREGA et al., 2019).

A prevalência do uso de drogas na população universitária, demonstraram que o consumo dessas é maior nesse grupo quando comparado aos estudantes do ensino médio e ao restante da população em geral (ANDRADE et al., 2021). Entre os jovens universitários da área da Saúde, esse quadro é agravado pelo contato emocional próximo com diferentes pessoas e com a dor destas. Os estudantes são geralmente pessoas que fizeram a escolha de ajudar outros seres humanos a nascerem, vivenciarem (superar os problemas e as limitações) e morrerem dignamente (DURIGAN; MACHADO, 2020).

Apesar de a sobrecarga universitária ser um campo favorável ao desgaste e ao sofrimento psíquico, poucas são as instituições de ensino superior que contemplam o cuidado com a saúde mental. Nesse contexto, estudos revelam que cerca de 15 a 25% dos estudantes possuem algum tipo de transtorno mental, principalmente depressão e ansiedade (LIMA; BRITO, 2018) e assim, desenvolvem alguns vícios (RIBEIRO et al., 2018).

O período da graduação no curso de medicina é fundamental para a construção científica, psicológica e ética do futuro médico. O acadêmico de medicina vive uma completa mudança de realidade comparada à formação do Ensino Médio. Tais mudanças podem ter consequências catastróficas se não houver adequada condução do aluno e acompanhamento por parte da docência (FEIJÓ et al., 2018).

A construção social da profissão médica de uma atividade nobre que salva vidas, de uma escolha de doação, de uma carreira de sucesso e bem-sucedida geram pressões e expectativas muitas vezes contraditórias e distante da realidade, causando frustações. O estudo de Ward e Outram (2016) sinaliza a existência de uma toxicidade na cultura médica provocada por um estresse cronificado no exercício da profissão ao exigir uma excelência nas práticas e uma adoção de conhecimentos infalíveis

Na graduação de medicina tem se tornado cada vez mais comum o uso dessas substâncias, são como uma fuga para os problemas psicológicos provocados pela rotina estressante. O uso excessivo e prolongado de substâncias psicoativas pode causar dependência química, provocando a busca compulsiva, prejudicando o indivíduo pessoal e socialmente. Dentre as substâncias psicoativas mais usadas por estudantes de medicina, a mais consumida é o álcool, seguido por tabaco, maconha, solventes e tranquilizantes (GOMES et al., 2018; SILVA et al., 2020; CARDOSO et al., 2022).

A crescente prevalência do adoecimento durante a formação médica, ocorre por
diversos motivos: a alta cobrança pessoal, institucional e social, a extenuante carga horária do
curso, o contato intenso com pacientes de diversos diagnósticos e prognósticos, além da
agressividade de algumas intervenções (REYES CARMONA et al., 2017; LIMA; BRITO, 2018; DE ASSIS TRINDADE; VIEIRA DINIZ; REIS SÁ-JÚNIOR, 2018).

Algumas drogas, por influenciarem positivamente a concentração, como o metilfenidato e o dimesilato de lisdexanfetamina, dos quais normalmente o primeiro é indicado para o tratamento de narcolepsia, um raro transtorno do sono, e ambos para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), cujo diagnóstico é fundamentalmente clínico e necessariamente precisa de um médico especialista em conjunto com um psicólogo e terapeuta ocupacional para confirmar a suspeita, estão sendo desejadas por indivíduos que necessitam de uma maior concentração mesmo sem sofrerem estes transtornos. Sendo assim, estudantes de medicina estão utilizando estas e outras substâncias psicoestimulantes sem prescrição médica e de maneira indiscriminada por conta da carga horária e extenso conteúdo do curso sem se preocuparem com os efeitos colaterais (MINNITI et al., 2021).

São consideradas drogas substâncias que, quando utilizadas, tendem a causar alterações de comportamentos, pensamentos, agindo principalmente no Sistema Nervoso Central (FERNANDES et al., 2017). O uso de drogas sempre foi muito presente na sociedade, principalmente devido às suas propriedades capazes de modificar os mecanismos fisiológicos pré-existentes do ser humano. Substâncias psicoativas podem ser utilizadas por qualquer via de administração, alterando o humor, o nível de percepção ou ainda mesmo melhorando o potencial cognitivo, podendo ser legalmente prescritas ou ilícitas (MINNITI et al., 2021).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), droga é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. Quando é alterado o funcionamento cerebral, causando modificações no estado mental, são chamadas de drogas psicotrópicas ou substâncias psicoativas. A mesma substância pode ser tanto boa quanto ruim, o que diferencia é a situação em que será usada (BALAROTTI et al., 2021; LAMANA et al., 2021).

Em consonância ao contexto como um todo, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o uso abusivo de drogas é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Estima-se que 185 milhões de pessoas acima de quinze anos já consumiram drogas ilícitas, ou seja, 4,75% da população mundial (ONU, 2005). O Brasil está dentro da perigosa média mundial em relação ao número de usuários de drogas ilícitas. Cerca de 10% da população dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, independentemente da idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo, cenário que encontra equivalência no Brasil (RIBEIRO et al., 2018; SILVA FILHO et al., 2021).

O consumo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, tem aumentado nas últimas décadas. O referido consumo é responsável por cerca de 4% das mortes, 5% dos casos de doenças e 90% das internações hospitalares por dependência química e outras morbidades. O uso de drogas pode acarretar inúmeros prejuízos ao indivíduo e à sociedade, gerando problemas políticos, econômicos e sociais, afetando a qualidade de vida de todos os envolvidos (PEREIRA et al., 2020).

Um estudo realizado em 27 capitais brasileiras, com a participação de 12.294 estudantes universitários, que estavam entre o primeiro e o sexto ano de graduação, apontou que 90,3% dos participantes fizeram uso de álcool e 64,7% fizeram uso de pelo menos uma droga ilícita (CESAR et al., 2012). O estudo ainda identificou que, a maior parte dos universitários que fazem uso de drogas ilícitas eram os que moravam em casas de estudantes, repúblicas universitárias e que este uso se deu para auxiliar durante os momentos de estudo, aumentar a concentração, minimizar os sintomas de estresse e ansiedade provenientes da graduação (CESAR et al., 2012; BENETON; SCHMITT; ANDRETTA, 2021).

Corroborando ao contexto, esses estudos apontam que a droga lícita mais utilizada pelos universitários é o álcool, seguido do tabaco e entre as drogas ilícitas, a maconha é a primeira opção, seguida do ecstasy (FERNANDES et al., 2017; ZEFERINO et al., 2015). Quanto aos motivos relatados para o consumo de droga, além da diminuição dos sintomas citados anteriormente, estão à influência dos colegas, a necessidade de sentir-se aceito e a droga como um estimulante para manter a atenção nos estudos (FERNANDES et al., 2017; RODRIGUES JÚNIOR et al., 2020).

O uso de drogas por universitários da área da medicina gera preocupação, uma vez que estes serão os profissionais que cuidarão da saúde de outras pessoas e o uso indiscriminado de substâncias pode gerar dependência, dificultando e por vezes impossibilitando a realização de suas atividades profissionais (GONÇALVES; PEDRO, 2015; ZANETTI; CUMSILLE; MANN, 2019).

Esses dados justificam o aumento dos estudos realizados com esse grupo no intuito de elucidar os fatores de risco tanto sociais quanto individuais que venham a predispor a aquisição de comportamentos não adaptativos, a exemplo de: percepção negativa da realidade, negação dos sentimentos, a ingestão de drogas lícitas e ilícitas cuja finalidade varia desde melhorar o
desempenho acadêmico a aliviar o estresse psicológico, e consequentemente, a transtornos
psiquiátricos (LIMA; BRITO, 2018).

 Com base no supradito, este estudo tem como objetivo identificar, na literatura, os riscos e malefícios do uso de drogas licitas e ilícitas por graduandos do curso de medicina.

2 METODOLOGIA

Segundo Lakatos e Marconi (2017) o conhecimento científico determina a utilização de métodos científicos; por outro lado, não são todos os estudos que utilizam esse modelo é reconhecido como ciência.

Perante a certificação, pode-se deduzir que a aplicação de métodos científicos não é competência especifica da ciência, com tudo não existe ciência sem o uso de métodos científicos. Como tal característica, o método é a agregação de atividades sistemáticas e lógicas que, permite com total segurança e economia, atingir o objetivo, com estudos validos e verdadeiros, elaborando roteiros a seres seguidos, encontrando erros e contribuindo com soluções dos cientistas (LAKATOS; MARCONE, 2017).

Na atualidade têm-se uma farta e complexa quantidade de dados na área da saúde, fazendo assim, com que haja necessidade de desenvolvimento de artigos e pesquisas, com embasamento cientifico, para possibilitar melhor delimitação metodológica esclarecendo diversos estudos. Mediante a necessidade, utilizamos a revisão bibliográfica como uma forma de metodologia que possibilita um apanhado de conhecimentos e aplica-se em resultados de estudos concisos não pratico do profissional (MINAYO, 2013).

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e de abordagem qualitativa. A pesquisa científica é a atuação básica das ciências na sua indagação e construção da realidade, tornando-a uma atividade expressiva (MINAYO, 2013).

Abordagem qualitativa é aquela que não trabalha com informações numéricas, mas sim, que trabalha com conceitos, ideologias, processos de comunicação humana, entre outros. E apresenta facilidade de definir hipótese ou problema, de explorar a interação de certas variáveis, de compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, de apresentar mudanças, elaboração ou formação de posição de determinados grupos, e de permitir, em grau de profundidade, a interpretação dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos (GIL, 2008).

Foram realizadas buscas na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – Bireme, em março de 2022, nas bases de dados: Literatura Lática Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), Google Acadêmico (Google Scholar), Biblioteca Eletrônica Cientifica Online (SciELO).

Para a busca das referências foram utilizados os descritores “educação superior”; “drogas ilícitas”; “estudantes de medicina” advindos do sistema de Descritores em ciências da saúde (DeCS), utilizando o marcador “AND”. Para regaste dos artigos, consideramos como critérios para inclusão artigos publicados no período compreendido entre os anos 2018 a fevereiro de 2022 com textos completos em língua portuguesa. E os critérios de exclusão foram os artigos repetidos, publicações com textos não disponíveis, fora da língua vernácula e estudos com mais de dez anos de publicação.

Inicialmente foram pesquisados os descritores individualmente, sendo encontrados artigos científicos conforme Quadro 1, a seguir:

Quadro 1: Descritores Isolados

Diante do extenso número de publicações encontradas, realizou-se um refinamento na busca. Os descritores foram pesquisados de forma associada em dupla, utilizando o termo “and”, conforme Quadro 2:

Quadro 2 : Distribuição quantitativa das produções científicas encontradas nas bases de dados com descritores associados em dupla

Considerando ainda ser extensa a quantidade de produções científicas, optou-se pela busca com os descritores associados em trio. Os resultados dessa busca se encontram descritos no Quadro 3.

Quadro 3 : Distribuição quantitativa das produções científicas encontradas nas bases de dados com os descritores associados em trio

Finalizado esse percurso de busca, realizou-se a leitura dos resumos e os que apresentavam relevância para subsidiar a discussão do tema foram selecionados e lidos na íntegra.

Figura 1 : Fluxograma das referências selecionadas

Fonte: Construção dos Autores, 2022.

A partir dessa leitura preliminar, foram selecionados 19 artigos que mantinham coerências com os descritores acima apresentados e com os objetivos do estudo.

Uma vez criadas às categorias de análise, partira-se para a fase final de inferências dos dados obtidos, mediante o respaldo obtido através da articulação entre o conteúdo verificado nas produções científicas e a atitude crítico-reflexiva das pesquisadoras, através da qual irão emergir as categorias de análise e discussão dos resultados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Posterior à leitura reflexiva emergiram duas categorias: Impactos do curso de graduação de medicina na saúde do graduando; Riscos e malefícios do uso de drogas licitas e ilícitas por graduandos do curso de medicina; possíveis estratégias preventivas frente ao uso de drogas no curso de medicina.

3.1 Categoria 1 – Impactos do curso de graduação de medicina na saúde mental do graduando

Apesar de os temas abordados por cada um dos artigos eleitos apresentarem, muitas vezes, objetos de estudos diferentes para a mesma população, no geral, eles convergem para um ponto em comum, sendo essa relação direta ou não, que é a saúde mental dos estudantes de medicina e sua espantosa prevalência de transtornos mentais ao longo dos anos (DURIGA; SOUSA MACHADO, 2020).

Durante a graduação, os acadêmicos podem sofrer prejuízos no domínio psicológico, o que irá trazer importantes implicações para a saúde do futuro médico. A elevada exaustão emocional causa uma adaptação inadequada às dificuldades, levando a atitudes de indiferença e insensibilidade. Esse sentimento rotineiro leva a uma sensação de fracasso, e as atividades perdem o sentido. Em decorrência desse estresse e falta de motivação, alguns estudos mostram alta taxa de suicídio, depressão e uso de drogas em médicos e estudantes de Medicina, os quais podem afetar a relação médico-paciente (BÜHRER et al., 2019).

A depressão é um transtorno mental caracterizado pela perda de interesse e prazer (anedonia), diminuição da energia (anergia), sentimento de culpa ou baixa autoestima, distúrbios do sono e /ou apetite e falta de concentração, com uma prevalência global de episódios depressivos de 3,2%. Em todo o mundo, foi demonstrado que 25 a 90% dos graduandos de Medicina estão estressados, o que é um importante determinante da depressão, levando a uma maior prevalência de depressão entre estudantes de Medicina do que a população em geral (LORA et al., 2020).

Além disso, os estudantes aprovados para o curso de medicina, em vários casos, devido ao desgaste e dedicação pessoal para alcançar a vaga na universidade iniciam seus estudos esgotados, em que satisfação de passar em um dos cursos mais concorridos entrelaça-se com vários mitos e projeções pessoais e familiares do que vem a ser a formação e a profissão medica (FEIJÓ et al., 2018).

Nesse sentido, frustração com o curso de medicina foi evidente nesta pesquisa independente de fatores como sexo, idade, uso de drogas ou doenças, iniciando em períodos precoces do curso. O desânimo com a faculdade tem sido associado ao desenvolvimento de cinismo, pessimismo e burnout profissional precocemente, que constituem sérias consequências para o estudante, podendo necessitar de assistência médica (FEIJÓ et al., 2018).

Para Lora et al., (2020) as faculdades de Medicina são ambientes hostis, de muita competição. Além disso, o medo de falhar ou até frustrações quanto à realização profissional e reconhecimento são sentimentos comuns e que, se não forem bem administrados, podem trazer consequências ruins à saúde do médico, já que, frente ao erro, este pode ser tomado por sentimento de culpa pelo fracasso e aparente impotência. Por isso, em termos de saúde mental e devido às preocupações inerentes à profissão, a categoria médica constitui população de risco para vários distúrbios de comportamento, crises e tentativa de suicídio. Esse fato é comprovado pelo número crescente de acadêmicos de Medicina e médicos que optam pela interrupção de suas carreiras, e muitas vezes da própria vida, por causa de transtornos psíquicos.

Os transtornos mentais podem ter um grande impacto na vida do estudante de Medicina, afetando a capacidade de organizar as tarefas exigidas e as horas de estudo, além de afetar a capacidade de socializar. Isso pode afetar o atendimento ao paciente, uma vez que a empatia e o profissionalismo se encontram prejudicadas. A literatura relata que estudantes de Medicina exibem menor bem-estar psicossocial quando comparado aos pares da mesma idade e apresentam maior prevalência de depressão e burnout do que a população em geral, presumivelmente devido à intensa carga de estudos esperada (PACHECO et al., 2017).

Outra importante consequência em longo prazo é quanto à influência desses eventos durante o período de graduação na empatia do futuro profissional. Maioria dos estudos concorda que quando os alunos são expostos a mais sofrimento emocional e tem a qualidade de vida afetada pelo curso, há piora do cuidado ao paciente e diminuição da empatia (FEIJÓ et al., 2018).

Causas de estresse como, carga horária excessiva com grande responsabilidade de estudos e trabalho, o fato de lidar com a vida do outro (pacientes), cansaço, tentativa de melhorar o rendimento acadêmico e aliviar as tensões provavelmente contribuem para o início do uso de substâncias psicoativas (MEZES; MAIA, 2021; JESUS et al., 2021).

3.2 Categoria 2 – Riscos e malefícios do uso de drogas licitas e ilícitas por graduandos do curso de medicina

Vários são os problemas relacionados às exigências e dificuldade das demandas acadêmicas, sendo eles pessoais, interpessoais, sociais, além dos referentes à identidade individual e/ou coletiva que envolve esse processo. Nesse contexto, mais da metade dos estudantes que adentram a universidade revelam dificuldades pessoais e acadêmicas para se manter no meio. Esses fatores são frequentemente associados a situações como instabilidade emocional e psicológica, expondo o universitário a situações que colocam em risco sua saúde, muitas vezes associados ao consumo excessivo do álcool, tabaco e outras drogas (DURIGA; SOUSA MACHADO, 2020).

A personalidade dos alunos também é relatada como elemento importante no desempenho, o estudante de Medicina é classificado como perfeccionista, exigente e obsessivo, o que se relaciona a um baixo limiar para frustrações e aumento da insatisfação relacionada ao seu desempenho (OLIVEIRA et al., 2021).

Na análise dos resultados do estudo realizado por Silva et al., (2020) percebe-se que houve um aumento do uso de drogas por estudantes de medicina, especialmente de inalantes, álcool, tabaco e tranquilizantes. Percebe-se a prevalência do gênero masculino no consumo das drogas, exceto no uso de ansiolíticos. Dentre as drogas entorpecentes, a maconha é a mais consumida. Além disso, o uso sem indicação médica de metilfenidato é muito comum, a maioria relata que há melhora do raciocínio.

O ano de escolaridade médica associa-se com taxas mais elevadas de consumo de substâncias psicoativas devido aos diferentes níveis de pressão acadêmica e carga de trabalho, bem como à passagem para fases de maior contato com os pacientes. Além disso, o ano letivo influencia na redução do grau de aconselhamento dos pacientes quanto os efeitos e consequências do uso de álcool e outras drogas (RODRIGUES; LEÃO; MORAIS, 2020; OLIVEIRA et al., 2021).

A relação entre o ano no curso de Medicina e o uso de medicamentos estimulantes mostrou um resultado interessante. Na medida em que o aluno avança na faculdade, maior é a tendência de uso dessas substâncias. Esse resultado pode estar relacionado com a maior cobrança e carga horária que aumenta progressivamente nesse curso. Tendo em vista essa realidade, os estudantes sentem necessidade de se manterem com mais energia para poder suprir tais demandas. Nesse caso, essa energia é proveniente (DURIGA; SOUSA MACHADO, 2020).

Ademais, existe uma perpetuação e silenciamento do adoecimento dos sujeitos que estão inseridos em um contexto no qual os outros agentes vivem condições similares, e que, muitas vezes, não transparecem o sofrimento que é vivido. Isso ocasiona o desenvolvimento de estratégias individuais de enfrentamento, como o isolamento e a negação, a culpa ou racionalização sobre o acometimento, naturalizando a situação. Dessa forma, o estudante se torna prisioneiro em um ciclo vicioso de esgotamento que é tido como uma situação normal por ele e por aqueles que o cercam (OTTERO; DA CUNHA GONÇALVES, 2022).

3.3 Categoria 3 – Possíveis estratégias preventivas frente ao uso de drogas no curso de medicina.

Aprender a ser médico significa muitas vezes, perda e/ou diminuição do contato com o mundo não médico, especialmente em relação a lazer, ao contato com a família e outros significantes não relacionados ao mundo da medicina. Logo, é importante para o aluno saber gerenciar as demandas do curso e manter uma boa performance sem comprometer sua qualidade de vida e saúde (MONTEIRO et al., 2020).

Os universitários, dentre a população mais jovem, têm merecido destaque, ou pelos investimentos científicos que recebem ou pelas funções que exercerão na sociedade e consequentemente no desenvolvimento do país. Somado a isso, a determinação da “prevalência de uso e de opiniões sobre álcool e outras drogas, entre os universitários, é fonte potencial de informações sobre o comportamento e compreensão dessa referida população (EVANGELISTA et al., 2020; SIEBRA et al., 2020).

Evangelista et al., (2020) ainda ressalta a necessidade de uma política pública que forneça mudanças estruturais sinalizando reais oportunidades de uma vida mais digna aos jovens além de contemplar mudanças nos contextos de socialização e educação. O próprio ambiente acadêmico pode se tornar palco da discussão e reflexão para a elaboração de estratégias na educação preventiva ao uso e abuso de drogas (GRASSI et al., 2021).

Evangelista et al., (2020) destaca o apoio social como um recurso efetivo de enfrentamento no problema de uso de substâncias psicoativas devido ao efeito protetor sobre as relações interpessoais. O apoio social pode ser entendido como um dos alicerces que sustentam a superação de adversidades sendo um conceito que direciona certas funções de um grupo para com o indivíduo, que podem ser familiares, escolares, de amigos, dentre outros, sendo esse conjunto denominado de redes de relações ou apoio social.

A análise dos padrões de consumo e comportamentos relacionados ao uso e abuso de drogas é essencial para a realização de ações eficazes de promoção da saúde sobre a população universitária, assim como os efeitos do meio social na saúde dos indivíduos, pois estes concebem os laços sociais como influentes nos comportamentos em relação à saúde e à doença, afetando as capacidades adaptativas em diversas situações (VAZ et al., 2020).

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que, o uso de drogas licitas e ilícitas podem levar à dependência química e causar efeitos negativos para os estudantes, como modificação do raciocínio, humor e comportamento, diminuição da percepção e estresse. Esses efeitos colaterais provocam uma diminuição do desempenho acadêmico e podem gerar situações mais drásticas como transtornos psiquiátricos diversos.

Portanto, os estudos apontam relevante prevalência de uso de drogas licitas e ilícitas entre os universitários da área da saúde no Brasil, estando ligado aos altos níveis de estresse e desenvolvimento de sintomas depressivos que são provocados pela carga horária exaustiva, fragilidade na rede de apoio familiar e social, redução dos momentos de lazer e frequente vivência de momentos de morte e sofrimento.

Diante desse panorama, faz-se necessária a elaboração de programas de apoio psicológico e de conscientização dentro do ambiente universitário, por exemplo, por meio de entidades representativas estudantis, as quais permitem debates mais abertos e desvinculados da sala de aula, como grupos de apoio e rodas de conversa. Bem como, a atuação de psicólogos por meio de intervenções individuais ou coletivas baseadas em prevenção ou contenção de danos, físicos, cognitivos e psicológicos, mostra-se essencial para evitar consequências a longo prazo, possivelmente limitantes para o exercício pleno da profissão.

REFERÊNCIAS

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1Enfemeiro; Pós-graduado em Processos educacional na saúde com ênfase em Metodologia ativa IEP Sírio Libanês; Académico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: joaoluiz_100@yahoo.com.br.
2Enfermeiro. Mestre e Doutorando pelo PACCS/EEAAC pela Univesidade Federal Fluminense. Docente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Iguaçu; Pós-graduação em
CTI e Emergência; Neonatologia e Pediatria; Obstetrícia da Universidade Iguaçu – UNIG; Docente na Pós-graduação em Enfermagem em Terapia Intensiva na Faculdade Bezerra de Araújo – FABA; Docente na Pós-graduação em Estomaterapia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ; Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: enf.wandersonribeiro@gmail.com
3Enfermeira; Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: Leelapires@hotmail.com
4Enfermeiro; Mestrando profissional em ciências da saúde e meio ambiente. E-mail: lucas.sabayelly@gmail.com
5Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: draisabellacerda@gmail.com
6Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: biankasalviano@gmail.com
7Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: moniquegalves03@gmail.com
8Enfermeira pela Universidade Celso Lisboa. Acadêmica de Medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: alinedeamorimm@gmail.com
9Enfermeira pós graduada em Enfermagem Estética. Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: paulinhaleitte48@gmail.com
10Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: patti_mello@hotmail.com
11Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: faria4943@gmail.com
12Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail lucasoliveirajovita@gmail.com