ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

NURSING PERFORMANCE IN THE PREVENTION OF SEXUALLY TRANSMITTED INFECTIONS IN ADOLESCENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7920602


Verônica Diniz da Conceição1
Suellen Alves de Azevedo2
Fernando da Silva Oliveira3
Flávia Ferreira Monari4
Jhennyfer Barbosa de Oliveira Mantesso5
Arissane de Sousa Falcão6
Benedita Maryjose Gleyk Gomes7


RESUMO:

Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada. Assim, é imprescindível o auxílio do enfermeiro em práticas para orientações antes mesmo do início das práticas sexuais para ajudar os adolescentes a lidarem com a sua sexualidade de forma positiva e responsável, incentivando comportamentos de prevenção e de auto cuidado. Objetivo: Analisar as contribuições da enfermagem na educação social e sexual para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis na adolescência. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. Realizada nas bases de dados: LILACS, SciELO e PubMed, onde foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DECS): “Adolescent Health”, “Sexual Health”, “Health Education”, “Sexually Transmitted Diseases”, “Nursing”, ligados aos operadores booleanos AND e OR, publicadas no período de 2016 a 2023. Resultados: Nove artigos foram utilizados nesta revisão, permitindo analisar as contribuições da enfermagem, demonstrando que os enfermeiros podem desempenhar um papel essencial na promoção da saúde, no âmbito da educação sexual, dos adolescentes, contribuindo para os conhecimentos deles. Conclusão: Com base neste estudo concluiu-se que o enfermeiro e suas práticas de prevenção influenciam diretamente na educação sexual dos adolescentes, facilitando seu conhecimento sobre as infecções.

Palavras–Chave: Infecções sexualmente transmissíveis. Enfermagem. Educação em saúde. Adolescentes.

ABSTRACT:

Introduction: Sexually transmitted infections are transmitted mainly through sexual contact without the use of a condom with a person who is infected. Thus, it is essential to help the nurse in practices for guidance even before the beginning of sexual practices to help adolescents deal with their sexuality in a positive and responsible way, encouraging prevention and self-care behaviors. Objective: To analyze the contributions of nursing in social and sexual education for the prevention of sexually transmitted infections in adolescence. Methodology: This is an integrative review. Held in the databases: LILACS, SciELO and PubMed, where the Health Sciences Descriptors (DECS) were used: “Adolescent Health”, “Sexual Health”, “Health Education”, “Sexually Transmitted Diseases”, “Nursing”, linked to the Boolean operators AND and OR. Published in the period from 2016 to 2023. Results: Nine articles were used in this review, allowing the analysis of the contributions of nursing, demonstrating that nurses can play an essential role in the promotion of health, in the context of sex education, of adolescents, contributing to their knowledge. Conclusion: Based on this study it was concluded that the nurse and their prevention practices directly influence the sex education of adolescents, facilitating their knowledge about infections.

Keywords: Sexually transmitted infections. Nursing. Health education. Teenagers.

1 INTRODUÇÃO

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) estão associadas a mais de 30 microrganismos. Das oito ISTs mais comuns, quatro são curáveis, como a sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase. Entretanto, hepatite B, herpes, vírus da imunodeficiência humana (HIV) e vírus do papiloma humano (HPV) permanecem incuráveis apesar da existência de tratamento (CARVALHO et al., 2020). 

As ISTs são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de proteção com uma pessoa que esteja infectada. Ainda assim, há situações nas quais, mesmo com o uso do preservativo, acontece a transmissão, como em casos que há o rompimento da camisinha, ejaculação de sêmen na boca e contato em locais que o preservativo não protege. Nesse caso, a pele e revestimentos da mucosa, vagina e reto são portas de entrada para bactérias, vírus ou parasitas (MERENHQUE et al., 2020). 

Globalmente, a população de adolescentes é estimada em 1,2 bilhão e a maioria deles são sexualmente ativos. Muitas vezes, os adolescentes praticam sexo em condições degradantes que os tornam suscetíveis para contrair ISTs, Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e outras consequências relacionadas ao sexo inseguro (ODII, 2020). 

A adolescência tem o seu início com os primeiros sinais físicos da maturidade sexual e termina com a situação social de adulto independente. Sendo comum nessa fase acontecerem as primeiras relações amorosas e sexuais. Por isso, identificar o conhecimento que adolescentes têm sobre sexo seguro, prevenção de gestação e de infecções é imprescindível para que estratégias educativas, integrais e com informações seguras, possam ser implementadas (SILVA et al., 2020; VIEIRA et al., 2021).

Nessa perspectiva, alguns estudos, com adolescentes, sugerem que os profissionais de saúde precisam compreender as necessidades de saúde e tirar as dúvidas desse público que inicia a vida sexual, muita das vezes, de forma acelerada e sem conhecimento acerca de prevenção. Assim, é indispensável as orientações antes de iniciar as práticas sexuais para cuidarem da sua sexualidade com responsabilidade, estimulando comportamentos de prevenção e de auto cuidado (ALVES, 2020).

Aproximadamente 1 milhão de pessoas contraem uma ISTs em todo o mundo diariamente. O relatório de vigilância de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) do “Centers for Disease Control and Prevention” (CDC) de 2019 descobriu que os casos anuais de DSTs nos EUA continuaram a crescer, totalizando mais de 2,5 milhões de casos estimados de clamídia, gonorreia e sífilis; a sífilis congênita aumentou 279% entre 2015 e 2019. Apesar do avanço no diagnóstico, tratamento e prevenção, elas ainda são um desafio na saúde pública. As manifestações clínicas de parte dessas infecções contribuem para que haja uma disseminação silenciosa, em razão da falta de conhecimento da população, atrelada à baixa busca por auxílio médico (RIZZON et al., 2020; TUDDENHAM et al., 2022). 

Diante do crescimento de casos de IST e AIDS em adolescentes, bem como de gravidezes indesejadas, estudos que forneçam um diagnóstico situacional das vulnerabilidades dos adolescentes são importantes para subsidiar a criação de novas políticas de saúde. A identificação das sensibilidades individuais e sociais dos adolescentes pode direcionar as ações de saúde dos profissionais para esse público, seja nos espaços das unidades básicas de saúde e na escola (RODRIGUES et al., 2021). 

No Brasil, há uma estratégia de saúde chamada de Programa Saúde na Escola (PSE) instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286/2007 que possui uma temática para o público-alvo, no caso, adolescentes em idade escolar, enfatizando sobre a prevenção e práticas saudáveis explanadas nas escolas através de projetos que promovam conhecimento em saúde. Dessa forma, o programa incentiva o auto cuidado para que tenham consciência dos riscos a que estão expostos caso não usem os métodos preventivos de forma adequada (FRANCO et al., 2020; SILVA et al., 2021).

A atuação do enfermeiro através do Programa Saúde na Escola (PSE), permite a este profissional uma atuação crítica e transformadora, que contemple as demandas de saúde da população em ações específicas e coletivas. Já que uma de suas funções se dá por promover a formação do conhecimento em saúde individual e coletiva, de acordo com o contexto de vida de cada pessoa e grupo social. A presença desse profissional de saúde serve como estímulo para o autocuidado dos adolescentes pretendendo alcançar hábitos sexuais seguros (PINHEIRO et al., 2020).

Dessa forma, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e as práticas educacionais são essenciais para mudanças em comportamentos de risco em jovens e adolescentes, fornecendo um conhecimento científico, colaborando para uma vida sexual saudável e diminuindo a incidência de ISTs entre eles. Dessa maneira, o seu trabalho deve ser contínuo, através de estratégias diferentes de ensino e aprendizagem, independentemente do local, pois a educação sexual melhora a saúde do adolescente e fortalece o comportamento preventivo de ISTs (CARMO et al., 2020).

Diante do exposto, sendo apontado como um problema de saúde pública, as ISTs estão cada dia mais comuns em todo o mundo tornando os adolescentes mais vulneráveis. Por esse motivo o objetivo desse estudo é analisar as contribuições da enfermagem na educação social e sexual para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis na adolescência.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa. A pesquisa foi realizada por meio do modelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A questão norteadora foi elaborada através da estratégia PICO que se constitui em P= população (adolescentes), I= intervenção (atuação de enfermagem). C= controle (prevenção de infecções sexualmente transmissíveis) e O= desfecho (estudo secundário). Formulou-se a seguinte questão: “Como a atuação da enfermagem ajuda na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis entre os adolescentes?”.

A busca foi executada nas bases eletrônicas de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Public/publisher Medline (PubMed). A busca nas diferentes bases de dados, teve o intuito de ampliar o campo de pesquisa e minimizar possíveis erros na elaboração da revisão integrativa.

A estratégia de busca utilizada nas bases de dados, usando os operadores booleanos AND e OR, e os Descritores em Ciências da Saúde (DECS) foi: “Adolescent Health” AND “Sexual Health” OR “Health Education” AND “Sexually Transmitted Diseases” OR “Nursing” na SciELO e “Adolescent Health” OR “Sexual Health” OR “Health Education” AND “Sexually Transmitted Diseases” AND “Nursing” na LILACS e PubMed.

Como critérios de inclusão foram selecionados artigos disponíveis na íntegra, em português, inglês e espanhol, e publicados no período de 2016 a 2023. E, os critérios de exclusão foram artigos duplicados, artigos pagos, estudos de revisão integrativa, os que apresentaram outro tema e os que não responderam à questão norteadora. Por fim, baseado no modelo PRISMA 2020, construiu-se um fluxograma do processo de seleção dos artigos incluídos (Figura I).

Figura 1: Fluxograma do processo de seleção dos artigos incluídos na análise

Fonte: PRISMA, 2020.

3 RESULTADOS

A busca resultou em 255 artigos, destes, 99 foram removidos por apresentarem outros idiomas e 1 por não está disponível de forma completa na íntegra, após leitura dos temas e resumos 87 estudos foram excluídos, assim sobraram 68 artigos para avaliação por completo, onde 51 eram artigos pagos que foram removidos, em seguida 17 estudos foram lidos por completo na íntegra, sendo aplicado os critérios de elegibilidade. Depois de uma leitura minuciosa 02 estudos foram excluídos por conter intervenções que não eram voltadas para os adolescentes, 02 abordavam exclusivamente sobre as ISTs e 04 não responderam à questão norteadora. Por fim, 09 artigos foram incluídos e expostos no quadro a seguir com as seguintes informações: autores/ano, metodologia, recursos utilizados nas práticas de enfermagem e desfecho. (Quadro 1).

Quadro 1: Síntese dos artigos incluídos.

Autor/AnoMetodologiaRecursos utilizados nas práticas de enfermagemDesfecho
Ardente et al., (2021)Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo por meio de um relato de experiência.  – Roda de conversa; – 19 adolescentes de 12 a 18 anos do sexo feminino.O profissional da enfermagem precisou realizar uma escuta humanizada, acolhedora e que fosse capaz de entender o meio social que o jovem está inserido, assim possibilitando a formação de vínculos, por meio de uma abordagem sistemática e organizada garantindo o plano de cuidados a este público.
Cavalcante et al., (2019)Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, de abordagem qualitativa.– Atividade educativa propriamente dita com a explanação e troca de conhecimentos. – Em média, 12 adolescentes, estudantes do ensino médio e fundamental, com faixa etária que variou dos 10 aos 19 anos.Por meio das intervenções, foi permitido a troca de experiências, valores e saberes com adolescentes, motivando reflexão sobre os fatores de risco à saúde, estimulando os a adotar práticas saudáveis e a tomar decisões de forma consciente e segura.
Ermitão, Gonçalves e Costa (2020)Trata-se de um projeto de intervenção.– Foi aplicado um questionário para entender as necessidades e identificar os problemas da turma; – O projeto, interveio nos dois problemas mais pontuados com 8 sessões de educação em saúde diversificando os assuntos; – Participaram uma amostra de 16 estudantes do 9º ano, do ensino regular, com idade que varia entre 13 e 17 anos.Os resultados obtidos após a intervenção demonstraram que os enfermeiros podem desempenhar um papel essencial na promoção da saúde, no âmbito da educação sexual, nos adolescentes, contribuindo para os conhecimentos dos mesmos, acerca da sexualidade revelaram melhoria significativa nos conhecimentos sobre HIV/IST/preservativo, após a intervenção.
Farre et al., (2018)Pesquisa avaliativa participativa, com abordagem qualitativa.– O estudo foi desenvolvido por enfermeiros em um dos núcleos de um programa governamental de educação para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social; – Cerca de 50 adolescentes passaram pelo programa.O programa implementou metas de saúde por meio da arte. Assim, o grupo apresentou um olhar amplo para a execução das atividades e autodeterminação para a mudança. A arte-educação é um espaço potencial para o enfermeiro atuar na conscientização e empoderamento da saúde do adolescente na Atenção Primária à Saúde.
Ferreira e Silva (2020)Trata-se de um relato de experiência de uma atividade educativa sobre ISTs.  – Foi realizada uma dinâmica de grupo; – Explicação em slides com fotos e imagens; – 31 alunos, na faixa etária entre 12 e 16 anos, dos quais vinte e três eram do sexo feminino e oito do sexo masculino.A união entre Estratégia de Saúde da Família e Instituições de Ensino é uma parceria eficaz onde ambas tendem a ganhar. A educação em saúde intervém na ampliação do pensamento crítico reflexivo nos adolescentes, facilitando o entendimento da sua responsabilidade no autocuidado, alcançando assim comportamentos preventivos e minimizando riscos de infecções por IST/HIV.
Jiron et al., (2021)É um estudo multisítio e multifásico da viabilidade de uma intervenção.– Brief Sexuality-Related Communication (BSC): uma alternativa viável e eficaz para abordar problemas de saúde sexual e reprodutiva, avaliando comportamentos de risco e motivando os adolescentes a gerar mudanças comportamentais.Os profissionais de saúde consideraram a intervenção do BSC uma ferramenta potencialmente eficaz que pode contribuir na orientação e aconselhamento, principalmente com adolescentes em busca de um espaço onde possam obter respostas sobre sua sexualidade e saúde sexual reprodutiva sem medo de serem julgados. 
Nobre et al., (2017)Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência.– Exposições de materiais audiovisuais; – Oficinas temáticas; – Materiais autoexplicativos impressos e cartazes; – 64 alunos do primeiro ano do ensino médio.  As práticas extensionistas propiciou, ainda, a atuação da enfermagem como facilitadores nas oficinas de troca de conhecimentos, sempre estimulando a aprendizagem participativa e a criticidade dos adolescentes envolvidos nas atividades
Queiroz et al., (2021)Trata-se de uma pesquisa avaliativa, descritiva e quantitativa.– Visita domiciliar; – A amostra foi composta por 140 adolescentes de 12 a 18 anos e 70 enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF).Os atributos das orientações familiares e comunitárias foram avaliados negativamente pelos adolescentes atendidos pela ESF; entretanto, na perspectiva dos enfermeiros, ambos os atributos foram considerados satisfatórios.
Santarato et al., (2022)Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, com delineamento transversal e com abordagem quantitativa– Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado, anônimo e autoexplicativo; – 85 adolescentes do ensino fundamental II e médio com idade entre 10 e 19 anos.Detectou-se uma diversidade de práticas sexuais, associadas ao uso de substâncias, enfatizando a importância do papel do enfermeiro no planejamento e realização de intervenções de educação em saúde com os adolescentes e famílias.

Fonte: Autores, 2023.

4 DISCUSSÃO

As principais intervenções de enfermagem identificadas na presente revisão utilizadas na educação em saúde sobre infecções sexualmente transmissíveis para adolescentes foram: palestras em escolas, rodas de conversa, oficinas temáticas, dinâmicas em grupo, materiais autoexplicativos (panfletos, cartazes, exposições audiovisuais), visitas domiciliares, projetos com questionários e sessões de debate.

Os achados dessa revisão mostram que essas atividades influenciam diretamente no controle de casos de adolescentes infectados por alguma IST, pois possibilita o conhecimento do mesmo sobre a importância de se prevenir e entender sobre os riscos de iniciar a vida sexual tão cedo, fazendo com que esses indivíduos se sintam sensibilizados, e compreendam que eles são corresponsáveis pela sua própria saúde. Ainda assim, é notório que há poucos estudos tratando dessa temática em áreas educacionais no Brasil, por isso a pesquisa científica se torna indispensável para esse público.

No decorrer da adolescência, os jovens começam a explorar seus corpos e a desenvolver interesses sexuais. É fundamental captar esse público para fornecer educação sexual adequada, uma vez que a prática sexual sem proteção pode resultar em efeitos negativos, como ISTs, gravidez indesejada, desempenho escolar limitado e impactos na saúde mental (ARDENTE et al., 2021).

Segundo Santarato et al (2022) atualmente a abordagem da sexualidade ainda ocorre frequentemente com a centralidade nos aspectos biológicos e fisiológicos referentes à contracepção e prevenção de ISTs, como nos seguimentos educacionais, econômicos e na reputação do adolescente na comunidade, geralmente sendo apresentado com caráter impositivo e punitivo.

Os estudos evidenciam em seus resultados acerca da escassa compreensão dos adolescentes sobre anatomia e fisiologia do próprio corpo, principalmente no que tange as mudanças nos caracteres sexuais femininos. Sobre métodos de prevenção, os estudos demonstraram que o preservativo masculino, ainda é o método mais conhecido entre os jovens.

A orientação sexual é um aspecto importante da identidade humana que pode afetar a maneira como uma pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros. A família, como principal ambiente de socialização, tem um papel crucial na orientação sexual dos indivíduos. Quando as famílias não proporcionam um ambiente seguro e acolhedor para discutir sexualidade com seus filhos adolescentes, pode incentivar esses jovens a buscar informações inadequadas em ambientes desfavoráveis, o que pode levar a uma iniciação antecipada da vida sexual (SANTARATO, et al., 2022).

Essa procura inadequada de informação é mencionada por Freitas, Carvalho e Araújo (2017) que falam a respeito desta lacuna de comunicação iniciada na própria família pela desinformação, demonstrando que os adolescentes não enxergam suas famílias como fontes de informação. Tornando-os sujeitos a uma gravidez indesejada na adolescência e até mesmo os desenvolvimentos de ISTs.

Baseado no estudo de Alves (2019), as ISTs estão entre as causas mais frequentes de doenças no mundo. Diante desse fato, os jovens e adolescentes necessitam de informações claras, apoio e compreensão acerca da temática e por ter relação com à saúde sexual e reprodutiva devem ser abordadas de forma habitual por profissionais das áreas da saúde e educação. Para tornar isso possível, o enfermeiro é o principal profissional envolvido neste processo e pode utilizar-se de diversos recursos didáticos e tecnológicos, fundamentando-se em entendimento científico para troca de informações com o paciente e/ou familiar durante o atendimento de enfermagem ou em palestras organizadas com utilização de recursos audiovisuais na escola e comunidade (DALMOLIN et al., 2016).

Esta relação adolescente e profissional de enfermagem é defendida por Moreira et al. (2015) que afirma que os resultados dos estudos referentes à aplicação de métodos de educação, como oficinas e jogos, demonstram que os jovens adquirem grande quantidade de informações novas, além de terem mitos a respeito da saúde reprodutiva desmistificados durante as ações que são desenvolvidas pela escola e/ou profissionais da área da saúde.

As ações educativas podem ser desenvolvidas pela escola, contudo ela é bastante efetiva quando realizada por um profissional de saúde. Para Ardente et al. (2022) o vínculo entre escola e atenção básica como um todo é essencial para que as práticas educativas sejam apoiadas em discussões construtivas e com escuta qualificada. Pois, visam conscientizar os estudantes sobre a relevância da prevenção e fornecer informações precisas e confiáveis para que possam tomar decisões responsáveis em relação à sua vida sexual, evitando complicações no futuro.

A educação em saúde é uma estratégia fundamental para promoção de saúde através da sensibilização e conscientização do adolescente e a equipe de saúde deve ser preparado para acolher esse público, já que a ausência de acesso a serviços de saúde que ofereçam escuta qualificada e informações pertinentes, geram sentimentos de ansiedade, dúvida, culpa e medo, devido à escassez de oportunidade para conhecer sua sexualidade como algo natural e sem preconceitos. (BARBOSA et al., 2022), como afirma Brasil (2016) que a realização de atividades em grupo gera respostas positivas entre os jovens, já que eles se sentem acolhidos e têm a possibilidade de criar vínculos de confiança com os colegas, professores, família e equipe de saúde.

Por isso, é necessário conhecimento desses profissionais para desenvolverem práticas humanizadas gerando confiança e estimulando a participação desses adolescentes, possibilitando assim, reconhecer as exigências de cada usuário, expondo sobre as mais diversas formas de prevenção e impactando-os diretamente, tornando assim adolescentes e futuros adultos conscientes.

Notou-se então, que as intervenções com o uso de roda de conversa ou grupos de apoio ganha uma grande importância quando se trata de educação em saúde (ARDENTE et al., 2021). Visto que a participação popular permite a troca de experiências, a partilha de múltiplas visões dos participantes, sendo trabalhado o assunto proposto, dando visibilidade às práticas de promoção e prevenção em saúde.

Deste modo, Cortez e Silva (2017) ressaltam para importância de se elaborar ações como: Palestras sobre ISTs realizadas pelos profissionais de saúde, na escola; Educação permanente com os servidores, para incentivar o diálogo sobre ISTs, grupo de apoio a família e rodas de conversas sobre sexualidade com os adolescentes.

Por outro lado, sabe-se que os adolescentes constituem um público de difícil acesso, que procuram as UBS para tratar de patologias já existentes e não para preveni-las. Nesta mesma linha de raciocínio, o estudo revela que o sexo masculino tende a buscar menos atendimento desde sua adolescência, revelando uma fragilidade maior a essa categoria.

Atentando-se para o fato de que atrair e manter a atenção de adolescentes em ambiente escolar não é uma tarefa fácil, ainda mais quando se trata de profissionais que não fazem parte da sua rotina diária (FERREIRA e SILVA, 2020). Sendo assim, as práticas se fazem necessárias para que seja proporcionado conhecimento no auto cuidado cada vez mais cedo entre os jovens, uma vez que eles estão iniciando sua vida sexual precocemente e de forma desprotegida e sem orientações adequadas.

Diante da análise do estudo de Cavalcante et al. (2019) se torna evidente a eficácia de promover ações didáticas de promoção da saúde, com propósito de estimular os adolescentes a adotar práticas de auto cuidado. Tais práticas tão fundamentais para a qualidade de vida e prevenção de enfermidades, favorecendo o desenvolvimento pessoal e bem-estar. Deste modo, ajuda os adolescentes a refletir, de forma crítica, sobre as metas pessoais e os hábitos de vida, instigando, assim, o desejo de modificar as vulnerabilidades aos quais esses sujeitos estão expostos.

A partir das análises, pode-se perceber que o profissional enfermeiro, dentre os outros profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), apresenta-se como o mais atuante na função de educador em saúde em relação ao grupo e ao tema avaliado (GOTARDO E SCHMIDT, 2022). Notou-se, em vista disso, que o enfermeiro é um atuante ativo na atenção ao adolescente, mostrou que em visitas domiciliares houve hipótese de agravos na comunidade diante dos sintomas relatados em conversas.

Este achado corrobora com Ferreira et al. (2017) que destaca a atuação do enfermeiro na Atenção Primária em Saúde vem se constituindo como um instrumento de mudanças nas práticas de atenção à saúde no SUS, respondendo a proposta do novo modelo assistencial que não está centrado na clínica e na cura, mas sobretudo, na integralidade do cuidado, na intervenção frente aos fatores de risco, na prevenção de doenças e na promoção da saúde e da qualidade de vida.

Sobre a educação sexual, o enfermeiro tem um papel importância na conduta junto ao adolescente, auxiliando-os a tomar decisões conscientes e baseadas em informações claras. É importante que o enfermeiro leve em consideração as situações individuais de cada adolescente, seus sentimentos e necessidades, para que possam desfrutar de sua vida sexual de forma autônoma e segura (SEHNEM, 2019).

Além disso, o enfermeiro deve estar disponível para ouvir e aconselhar os adolescentes em relação a questões relacionadas à sua vida sexual, incluindo dúvidas sobre orientação sexual, pressão social, autoestima e relacionamentos. A orientação do enfermeiro pode ajudar a dissipar tabus e preconceitos que possam prejudicar o desenvolvimento saudável dos jovens (GOTARDO E SCHMIDT, 2022).

A pesquisa evidenciou, também, que durante as solicitações de autorização dos pais para realização das atividades com os menores de idade nas escolas, os pais tinham uma resistência em concordarem e assinarem o termo, pois relatavam que não era assunto adequado para os filhos. Sendo assim, mostra que ainda há um tabu em relação a sexualidade dos menores, o que facilita para transmissões pois adiam o entendimento sobre o assunto entre os adolescentes, fase que o conhecimento sobre diversos assuntos essencial para seu desenvolvimento saudável.

Os autores Queiroz et al., (2019); Cavalcante et al., (2019); Nobre et al., (2017) incentivam que para promoção da saúde e educação sexual, o atendimento à saúde deve contemplar todos os aspectos biopsicossociais da vida do adolescente, portanto, a orientação familiar deve ser sempre estimulada, buscando considerar também o contexto familiar. De acordo com uma pesquisa, quando os enfermeiros valorizam a participação das famílias nos cuidados de enfermagem após uma intervenção educativa, são observados impactos positivos nas práticas assistenciais (PALHONI E PENNA; 2017).

Gotardo e Schmidt (2022) apontam para a forma de abordagem com o público adolescente. Isso porque os métodos empregados nas atividades educativas devem instigar ao

questionamento, à reflexão, o pensamento crítico e à mudança de comportamento diante dos riscos à saúde. Nesse sentido Pereira et al. (2019) menciona que o enfermeiro pode utilizar-se de tecnologias educacionais para atrair a atenção desse grupo, de forma a facilitar o aprendizado e a desmistificação de ideias e conceitos. Entre essas tecnologias podem ser citadas: aplicativos digitais gratuitos, jogos online ou físicos, cartilhas, peças teatrais e dinâmicas que trazem situações do mundo real.

Souza et al. (2017) explicam em seu estudo que para garantir a eficácia das atitudes educativas, é importante que os temas abordados sejam diversos e que as abordagens metodológicas sejam diversificadas, de forma a favorecer o diálogo entre os envolvidos e respeitar as características da população. De acordo com o estudo, a construção do conhecimento é uma ação compartilhada entre pessoas, e isso só é possível a partir da interação social, uma vez que é a partir das relações sociais que convergem as funções mentais. Diante disso, é fundamental que as ações de educação em saúde sejam construídas a partir de diálogos horizontalizados entre profissionais e usuários, promovendo a emancipação do sujeito no desenvolvimento da saúde individual e coletiva.

De acordo com Baldoino et al. (2018), durante o período escolar, em que a maioria dos estudantes são adolescentes, o uso de estratégias educacionais pode desenvolver neles um senso crítico em relação às ISTs e como elas afetam a saúde de uma pessoa, tanto no contexto familiar quanto social. Os autores destacam que essa fase da vida é um fator de risco para a gravidez não planejada e uma alta possibilidade de contrair ISTs.

Segundo Ferraz e Martins (2013), para interromper a cadeia de transmissão de ISTs, é importante promover a mudança de maus hábitos para hábitos saudáveis. Além disso, é fundamental desenvolver métodos para prevenir, tratar, educar, aconselhar e informar sobre as consequências das ISTs na perspectiva da saúde. Os autores sugerem que uma estratégia eficaz para isso é incluir informações sobre ISTs nas consultas ginecológicas realizadas por enfermeiros nas Unidades Básicas de Saúde.

A partir dos estudos selecionados os profissionais de enfermagem, atuantes na atenção primária, devem realizar a busca ativa do público adolescente, ampliando os meios de chegada de informação e buscando formas de inclui-lo na elaboração dos planos e ações de saúde para que ele se sinta mais envolvido com sua própria saúde, garantindo assim sua autonomia e apoiando o trabalho do enfermeiro e de toda equipe de saúde, assim como sua relação familiar e escolar.

5 CONCLUSÃO

Mediante aos artigos encontrados foi possível analisar as contribuições da enfermagem na educação social e sexual para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis na adolescência, com a predominância de efetividade nas atividades temáticas em escolas e dentro da comunidade. Importante ressaltar que o público masculino em comparação ao feminino, é mais limitado e sua pouca adesão é resultante também das representações sociais sobre masculinidade que trazem prejuízos significativos e estão entre os fatores relacionados a baixa procura a serviços de saúde.

Com base neste estudo concluiu-se que o enfermeiro e suas práticas de prevenção influenciam diretamente na educação sexual dos adolescentes, facilitando seu conhecimento sobre as ISTs. No qual o Ministério da Saúde tem por responsabilidade promover campanhas que alcance um maior público, através da promoção de atividades educativas, instruindo a população quanto ao uso correto de preservativos e a importância desse uso para que com isso tenha uma diminuição nos índices de contaminação por essas infecções.

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1Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão – IESMA/Unisulma. E-mail: veronicadinizc@gmail.com
2Docente Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão UNISULMA/IESMA da Faculdade de Medicina de Açailândia – FAMEAC. E-mail: suellen.azevedo@unisulma.edu.br
3Docente da Faculdade de Medicina de Açailândia – FAMEAC. Email: fernandooliveirah@hotmail.com
4Docente da Faculdade de Medicina de Açailândia – FAMEAC. Docente da Faculdade de Impereatriz – FACIMP WYDEN. Email: flavia_monari@hotmail.com
5Docente da Faculdade de Medicina de Açailândia – FAMEAC e da Universidade CEUMA de Imperatriz. Email: jhennyfer_barbosa@hotmail.com
6Docente da Faculdade de Medicina de Açailândia – FAMEAC e Docente da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN. Email: arissanefalcao@gmail.com
7Docente da Faculdade de Medicina de Açailândia – FAMEAC; Docente da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN e Docente da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão UNISULMA/IESMA. Email: benedita.mggomes@gmail.com