PERCEPÇÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMEIROS NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR À PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA EGRESSOS DE INTERNAÇÃO PÓS-COVID-19 E EVOLUÇÃO DOS CASOS¹

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7909217


Ulisses Weriston Pereira2
Gismar Monteiro Castro Rodrigues3
Gabriela Zanim4
Beatriz Nasser Pereira5
Tobias Divino dos Santos6
Mariana Gondim Mariutti Zeferino7


Introdução: Algumas pessoas que tiveram infecção por COVID-19 podem ter comprometimento das funções respiratórias, fazendo com que ocorram sequelas, dentre essas a insuficiência respiratória necessitando de cuidados domiciliares. Objetivo: Conhecer a percepção dos cuidados de enfermeiros que atuam em Unidades de Saúde da Família de um município do interior de Minas Gerais, na assistência domiciliar à pessoa egressa de hospitalização apresentando insuficiência respiratória após a infecção por COVID-19 e a evolução dos casos. Metodologia: Trata- se de estudo de campo exploratório, descritivo de abordagem qualitativa. Participaram deste estudo 12 enfermeiros das Unidades de Saúde da Família. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada constituída por cinco questões norteadoras voltadas ao conhecimento e vivências do referido tema e a técnica de análise foi a de conteúdo de Bardin. Resultados e Discussão: A média de idade das entrevistadas foi de 30 anos, sendo todas do sexo feminino, casadas ou em união estável, com tempo de serviço no local, na maioria de pelo menos 1 ano e aproximadamente 14 anos do término da graduação, sendo que todas possuem pós-graduação.Sobre a percepção e sobre os cuidados domiciliares prestados aos pacientes são ainda de insegurança e de acordo com os enfermeiros, em se tratando da evolução dos casos, a maioria tem uma boa evolução; no entanto essa evolução pode levar a necessidade de cuidados por um longo período de tempo, podendo levar a sequelas gravíssimas e até ser fatal. Considerações Finais: A enfermagem é qualificada para promover a orientação, educação e ações no cuidado ao paciente, sendo importante um planejamento informativo sobre a doença e suas sequelas, tornando-se essencial a realização de treinamentos e capacitação dos profissionais. Diante disso, viu-se que é de suma importância um cuidado psicossocial e multiprofissional para enfrentamento após a internação para promover uma melhora no quadro do paciente e uma melhora na condição do trabalho do profissional.

Palavras-Chave: Assistência Domiciliar; Enfermagem; Coronavírus.

1.INTRODUÇÃO

O coronavírus foi identificado como um vírus comum entre alguns animais como morcegos, felinos e cães, sendo que os apresentados nos animais são a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-COV) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COVID), já o manifestado em humanos é o SARS-CoV-2, o qual foi identificado como primeiro caso na cidade de Wuhan na China apresentando alta transmissibilidade (BRASIL, 2021).

O Coronavírus (COVID-19) tem trazido preocupação à população mundial, devido a sua alta morbimortalidade e transmissibilidade, e se tornado um desafio para a equipe de saúde, por apresentar pessoas assintomáticas e quadros gripais que vão desde uma febre, tosse, dispneia, mialgias e fadiga até a perda de olfato (anosmia) e paladar (agesia), como também síndrome do desconforto respiratório agudo, podendo ocasionar um quadro de pneumonia, evoluindo em alguns casos para uma pneumonia grave (ESTEVÃO, 2020; MARCHON et al., 2020; TONIN et al., 2021; DANIEL et al., 2020). Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram identificados em nível mundial aproximadamente 6 milhões de casos confirmados da doença, com mais de 365 mil mortes associadas a esta patologia (BRITO et al, 2020; BRASIL, 2020).

Ainda de acordo com os autores acima citados foi observado que pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas e respiratórias têm uma probabilidade maior quanto à mortalidade, pois esses pacientes são mais suscetíveis à complicações do SARS-CoV-2, podendo ocorrer uma complicação mais grave por conta dos mecanismos fisiopatológicos, fazendo com que o fator trombolítico seja maior, justificando eventos como uma possível causa hemolítica em que a hemoglobina perde o ferro diminuindo sua capacidade de carregar oxigênio, sendo causa da dessaturação de oxigênio e hipoxemia refratária (MARCHON et al., 2020; TONIN et al., 2021; DANIEL et al., 2020).

Algumas pessoas que tiveram infecção por COVID-19 podem ter comprometimento das funções respiratórias com mais facilidade, fazendo com que ocorram sequelas, dentre essas a insuficiência respiratória necessitando de cuidados domiciliares.

A Insuficiência respiratória aguda é caracterizada pelo distúrbio funcional causado pela incapacidade do sistema respiratório em manter a necessidade de ventilação comprometendo o processo de hematose, podendo ser hipoxêmica ou hipercápnica, sendo a queixa principal a dispneia (BRASIL, 2021; ESTEVÃO, 2020; MARCHON et al., 2020).

O cuidado domiciliar é uma estratégia de atenção à saúde que visa enfatizar a
autonomia do paciente, bem como realçar habilidades funcionais em seu contexto no lar. A visita domiciliar do enfermeiro pode trazer benefícios à assistência da família, como a redução de custos, a aproximação com o paciente e sua família, a escuta atenta, o conhecimento de suas realidades e a identificação dos riscos no domicílio (ESTEVÃO, 2020; TONIN et al., 2021; DANIEL et al., 2020).

O enfermeiro juntamente com a equipe possibilita o apoio e a coordenação das ações ou atividades e o planejamento às intervenções de acordo com as necessidades do paciente, sendo que as principais ações no cuidado domiciliar são: cadastramento de famílias, orientações, vigilância à saúde e acompanhamento de casos clínicos conforme avaliação da equipe de saúde. Além dessas ações, os enfermeiros procuram acolher as demandas dos usuários (ESTEVÃO, 2020; TONIN et al., 2021; DANIEL et al., 2020).

Conhecer a vivência, os cuidados oferecidos e as dificuldades sentidas no desempenho desses cuidados por enfermeiros de Estratégia Saúde da Família (ESF) na assistência domiciliar à pessoa egressa de hospitalização com insuficiência respiratória após a infecção por COVID-19 pode melhorar a qualidade do atendimento feito a esses pacientes, podendo dar subsídios para intervenções.

O estudo pretendeu responder à seguinte questão: qual é a percepção dos cuidados de enfermeiros de ESF na assistência domiciliar ao paciente pós-COVID-19 com insuficiência respiratória e a evolução dos casos atendidos? 

É que, acredita-se que ações realizadas de maneira correta, adequada e precoce possam interferir na recuperação e na qualidade de vida desses pacientes, tanto psicologicamente como fisicamente.

Objetivou-se conhecer a percepção dos cuidados de enfermeiros que atuam em ESF de um município do interior de Minas Gerais, na assistência domiciliar à pessoa egressa de hospitalização apresentando insuficiência respiratória após a infecção por COVID-19 e a evolução dos casos dos pacientes atendidos.

2. METODOLOGIA

2.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo de campo, exploratório descritivo de abordagem qualitativa.

O trabalho de campo permite a aproximação do pesquisador da realidade sobre a qual formulou uma pergunta, mas também estabeleceu uma interação com os “atores” que conformam a realidade e, assim, constrói um conhecimento empírico importantíssimo para quem faz pesquisa social. É claro que a riqueza desta etapa vai depender da qualidade da fase exploratória, ou seja, depende da clareza da questão colocada, do levantamento bibliográfico bem feito que permita ao pesquisador partir do conhecimento já existente e não repetir o nível primário da “descoberta da pólvora”, dos conceitos bem trabalhados que viabilizem sua operacionalização no campo e das hipóteses formuladas (MINAYO; DESLANDES; GOMES, 2015, p.62).

O estudo descritivo é o estudo da descrição das características, propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada. Esses, assim como os exploratórios, favorecem na pesquisa mais ampla e completa, as tarefas da formulação clara do problema e da hipótese como tentativa de solução; buscando conhecer as diversas situações e relações que ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento humano, tanto do indivíduo tomado isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas (CERVO; BERVIAN, 2007).

A abordagem qualitativa tem o intuito de responder a questões particulares, trabalhando com o universo de significados, aspirações, crenças, valores e atitudes, preocupando-se com o espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos de uma realidade não quantificável (MINAYO, 2002).

Essa abordagem oferece a possibilidade de um estudo em que a observação e a fala dos envolvidos são instrumentos de trabalho, permitindo o aprofundamento e a compreensão do fenômeno.

2.2 CONTEXTO DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada em um município do interior de Minas Gerais. O município possui 18 ESF, onde foi realizada a pesquisa referente às visitas domiciliares. 

2.3 PARTICIPANTES

Foram convidados a participar do estudo, os 12 enfermeiros das ESF. Para a seleção dos participantes foram seguidos os seguintes critérios: os que atuam nas Unidades com maior número de casos de pacientes egressos de internação por COVID-19, acompanhando os pacientes em visitas domiciliares e que concordassem em participar da pesquisa, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

2.4 ASPECTOS ÉTICOS

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus de Passos, com n° de parecer 5 019. 886, atendendo a resolução 466/2012 do Ministério da Saúde (MS) com vistas à preservação dos aspectos éticos relacionados à pesquisa envolvendo seres humanos.

Os participantes foram esclarecidos quanto aos objetivos e a metodologia do estudo, sendo solicitada a assinatura do TCLE. O pesquisador comprometeu-se a manter sigilo sobre as informações dos sujeitos da pesquisa, os quais foram identificados por números.

2.5 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, a qual o pesquisador organizou um conjunto de questões sobre o tema que está sendo estudado. Esse instrumento permite, e às vezes incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão surgindo como desdobramentos do tema principal (PÁDUA, 2016, p.57). 

Primeiramente, a enfermeira coordenadora das ESF, entrou em contato com as enfermeiras responsáveis pelas Unidades do município que o pesquisador estava fazendo as entrevistas. Nos casos em que os enfermeiros estavam disponíveis, o pesquisador realizou a entrevista no mesmo momento, em outros, foi realizado o agendamento para outro dia, cujas entrevistas duraram de 20 minutos a 45 minutos. 

Dois enfermeiros das ESF não participaram, pois estavam de férias, 01 estava fora do município e os outros 03 estavam de licença.

Como já dito, o instrumento de coleta de dados foi uma entrevista semiestruturada seguindo os protocolos exigidos para prevenção da COVID-19 como uso de máscaras, distanciamento físico, lavagem das mãos e uso de álcool gel.

O instrumento foi composto por questões norteadoras voltadas para a percepção de cuidados de enfermeiros aos pacientes após COVID-19 com insuficiência respiratória e a evolução dos casos atendidos.

2.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 

A análise do trabalho foi realizada através da análise de conteúdo que de acordo com Bardin (1979) é:

Um conjunto de técnicas de análise de comunicação visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicações do conteúdo das mensagens, indicações (quantitativos ou não) que permitam a interferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens (BARDIN, 1979, p. 41 apud MINAYO, 2010, p. 303). 

Durante a análise e interpretação dos dados coletados e transcritos foram utilizadas as iniciais dos nomes, para preservar as entrevistadas. A primeira etapa foi à fase de pré-análise, a qual se relacionou a etapa de organização do material para ser analisado e na retomada das hipóteses e dos objetivos iniciais da pesquisa, o investigador participa e perguntou sobre as relações entre as etapas realizadas e elaborou indicadores que orientaram na compreensão do material e na investigação final. 

Essa primeira etapa inclui a leitura flutuante, sendo um conjunto das comunicações, havendo um contato direto do pesquisador com o material de campo, impregnado pelo seu conteúdo. A relação entre as hipóteses iniciais, hipóteses emergentes e as teorias relacionadas ao tema, podendo trazer sugestões que podem ser capazes de ultrapassar a sensação do caos inicial (MINAYO, 2010).

Fez parte ainda desta primeira fase de acordo com a mesma autora acima citada, a constituição do corpus, que constitui o universo estudado em sua totalidade seguindo as normas de validade qualitativa, chamada exaustividade, a qual, o material foi contemplado levando em consideração todos os aspectos levantados no roteiro. Acrescenta também a essa fase, a representatividade que incluiu as características essenciais do universo pretendido e homogeneidade, os quais são considerados preciosos critérios obedecidos, aos temas tratados e aos atributos dos interlocutores. A Pertinência também foi incluída, para que os documentos analisados fossem adequados, para dar respostas aos objetivos do estudo, consistindo na leitura e na constituição de núcleos de sentido observando a exaustividade, representatividade e homogeneidade.

A segunda fase tratou de uma exploração do material, visando alcançar o núcleo de compreensão do texto relacionado à caracterização, que consiste em um processo de resolução das palavras e expressões significativas, sendo uma etapa delicada com uma abordagem, densa e rica. A análise temática tradicional trabalha em primeira fase registrando palavras, frases, temas personagens e acontecimentos na pré-análise e em segundo lugar, a escolha de regras de contagem, por meio de codificações e índices quantitativos. E em terceiro lugar, classifica e agrega dados, ou seja, a terceira fase consiste no tratamento dos resultados obtidos e interpretações. Os resultados brutos são submetidos (tradicionalmente) a operações estatísticas simples (percentagens) ou complexas (análise fatorial) que colocam as informações obtidas em agrupamentos que foram analisados por análise temática (MINAYO, 2010).

A análise temática é bastante formal, mantendo sua crença na significação da regularidade, usando de conteúdo tradicional as raízes positivistas da análise de conteúdo tradicional, porém com variantes, trabalhando com significados em lugar investindo em interferências estatísticas, na principal valorização os significados é a modalidade de enunciação (MINAYO, 2010).

3 REFERENCIAL TEÓRICO  

3.1 HISTÓRIA DA COVID-19 E CONCEITO

Historicamente, outras pandemias já assolaram a humanidade, como por exemplo, a gripe espanhola que ocorreu no século XX, em 1908, mais conhecida na Europa como “a pneumônica” ou “a espanhola”, foi na maior parte dos países conhecida como a “gripe espanhola ou a senhora espanhola” (UZUNIAN et al., 2020; CASCELLA, 2021; BRITO et al., 2020; RIBEIRO; MARQUES; MOTA, 2020). A gripe espanhola foi uma das maiores pandemias que o mundo já tinha enfrentado.

No século XXI, a gripe H1N1 foi considerada a primeira pandemia do período.  Em 2019, eis que chegou a pandemia da atual COVID-19, com sintomas parecidos com a gripe espanhola, a qual, no contexto histórico pode-se ver que a doença ocorreu em três surtos epidêmicos apresentando infecções graves respiratórias como sequência de intensa contaminação, caracterizada por sintomas gripais e rapidamente podendo se agravar e levar o indivíduo a óbito (RIBEIRO; MARQUES; MOTA, 2020).

O agente causador da COVID-19 é um vírus da família Coronaviridae Ou SARS-cov2, da qual possui semelhança com o vírus causador do surto de SARS em 2003, SARS-COV 1. SARS-CoV sendo um vírus de alta transmissibilidade (UZUNIAN et al., 2020; CASCELLA, 2021; BRITO et al, 2020; NOGUEIRA; SILVA, 2020).

3.2 INCIDÊNCIA, TRANSMISSÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram identificados em nível mundial aproximadamente 6 milhões de casos confirmados da doença, com mais de 365 mil mortes associadas a esta patologia (BRITO et al, 2020; BRASIL, 2020).

No mesmo ano, a OMS apresentou oficialmente cerca de 470 mil casos confirmados (incidência de 221,5 por 100 mil habitantes) e quase 30 mil mortes por essa doença, com uma taxa de letalidade de 6% (taxa de mortalidade de 13,3 por 100 mil habitantes). No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 e a primeira morte oficial em 17 de março de 2020 (BRASIL, 2020).

Ressalta-se que o presente cenário se deve à adesão nacional ao protocolo de distanciamento social, recomendado pela OMS e adotado em 12 de março de 2020 e a vacinação, pois a taxa de detecção de casos tem mudado diariamente e pode ser acompanhada em tempo real no site (BRITO et al, 2020; BRASIL, 2020).

A COVID-19 pode ser transmitida diretamente ou indiretamente de pessoa para pessoa, por meio de aerossóis, ou gotículas, qualquer superfície contaminada é risco iminente de transmissão; ou quando uma pessoa tosse ou espirra a menos de 1 metro de distância da outra, o coronavírus pode ter como porta de entrada o nariz, a boca, os olhos e atingir a corrente sanguínea, podendo chegar ao sistema respiratório. Assim, o vírus pode se instalar no pulmão causando a morte das células que encontra pelo caminho e essa multiplicação pode continuar de modo acelerado, sendo que, por volta do quarto dia a pessoa se torna um transmissor, ou seja, mesmo sem sintomas (BRITO et al, 2020; WIERSINGA et al., 2020).

É interessante comentar que, a pessoa assintomática, ou não, pode infectar todas as pessoas que entram em contato com ela, contato direto ou indireto, por isso que alguns cuidados são importantes como uso da máscara, aplicação de álcool gel ao entrar em contato com superfícies nas quais tenham movimentação de pessoas (BRITO et al, 2020; WIERSINGA et al., 2020)

Os sintomas leves geralmente incluem febre, fadiga e tosse seca, perda de paladar (agesia) ou olfato (anosmia), congestão nasal, conjuntivite, faringite, cefaléia, mialgia, diferentes tipos de erupção cutânea, náusea ou vômito, diarreia, calafrios ou tonturas (BRITO et al., 2021; ISER et al., 2020). 

Já, entre os sintomas de quadros graves, estão dispneia com saturação baixa de oxigênio, perda de apetite (inapetência), confusão, dor persistente ou pressão no peito e alta temperatura corporal (acima de 38° C) (ISER et al., 2020).

Outros sintomas menos comuns são: irritabilidade, confusão, consciência reduzida (às vezes, associada a convulsões), ansiedade, depressão, distúrbios do sono, complicações neurológicas graves e raras, como acidentes vasculares cerebrais, inflamação do cérebro, delírio e danos aos nervos (ISER et al., 2020).

Além disso, pode trazer complicações que podem levar a morte como insuficiência respiratória, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse e choque séptico, tromboembolismo e/ou insuficiência de múltiplos órgãos, incluindo lesão cardíaca, hepática ou renal (BRITO et al., 2020; ISER et al., 2020).

3.3 POLÍTICA NACIONAL – NÍVEIS DE ATENDIMENTO DE SAÚDE VOLTADAS À COVID-19 E VACINAÇÃO

No Brasil, gráficos apresentando dados estratificados por sexo, faixa etária e região geográfica, são elaborados com frequência como subsídios para orientar medidas de controle e prevenção, assim como para o planejamento e alocação dos recursos necessários para operar os sistemas de saúde e diversas outras instituições que não sejam somente as de saúde. Os micro indicadores de morbidade não são desagregados até o nível da ocupação, o que não permite avaliar se, onde e em que circunstâncias os indivíduos testados positivos ou diagnosticados com a doença estavam trabalhando. Tampouco possibilita identificar focos de disseminação relacionados com atividades de trabalho e mostra a necessidade cada vez mais de políticas mais atuantes para a prevenção do vírus entre os trabalhadores de saúde, além da população em geral e o oferecimento de imunização para todos os grupos da população (BRASIL, 2021; CIMINI et al, 2020; FILHO et al., 2020).     

O Governo Federal adotou algumas medidas urgentes com o intuito de centralizar a atuação dos órgãos e instituições públicas na luta contra a pandemia, e facilitar o encontro dessas ações, como um painel do MS com formações dos casos da COVID-19, como exemplo nos informativos tem-se o número de óbitos, o índice de letalidade, a evolução dos casos confirmados por dia, leitos, equipamentos e variadas medidas que oferecem apoio a população (UNIÃO, 2020).

A vacinação é fundamental para o enfrentamento da pandemia, sendo seu acesso direito para todos, as quais têm o objetivo de expor o indivíduo a um antígeno, provocando resposta imunológica que pode bloquear ou matar o vírus quando o indivíduo é exposto ao mesmo. Existem pelo menos 15 tipos diferentes de vacinas sendo testadas e sendo usados 4 tipos: vetor viral, genéticas RNA, proteínas e virais inativadas (LIMA et al, 2021; BRASIL, 2021; JACKSON et al., 2020).

3.4 DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E COMPLICAÇÕES

Os critérios para diagnosticar os casos de COVID-19, são feitos a partir das manifestações clínicas e por exames laboratoriais, devendo o mesmo ser realizado em casos sintomáticos (em alguns casos) ou suspeitos assintomáticos, sendo esse o padrão mundial adotado (BEZERRA et al., 2020).

Em relação aos tipos de testes, o RT-PCR é considerado o teste padrão ouro. O exame é feito pela reação em cadeia de polimerase de transcrição reversa (RT-PCR), o qual detecta os ácidos nucleicos sequenciando o gene viral, a partir da coleta de materiais respiratórios, ou seja, amostras de secreções faríngeas ou nasofaríngeas (BEZERRA, 2020; SÁNCHEZ-ORO et al., 2020).

Os métodos convencionais, disponíveis no Brasil até o presente momento são a pesquisa de imunoglobulina G (IgG) e IgM por quimioluminescência e IgG e IgA por EnzymeLinked Immuno SorbentAssay (ELISA) que é um teste sorológico imunoenzimático (CARVALHO et al., 2020; BEZERRA, 2020; SÁNCHEZ-ORO et al., 2020).

O teste rápido de antígeno TR-AG é colhido por meio de uma amostra de secreção nasal ou nasofaríngeo por Swab, que é semelhante a um cotonete. A amostra é diluída em um líquido específico, assim, o TR-AG detecta a presença de uma proteína do vírus SARS-CoV-2, para identificar se a pessoa está infectada ou em uma fase de maior transmissibilidade. A amostra é colocado em um aparelho para o teste, que é parecido com teste de gravidez vendido nas farmácias, assim, o teste detecta a presença do vírus depois de um período de  15-30 minutos, se a fita que absorve apresentar uma risca no campo de teste representado pela letra “T”, mesmo que suave, significa que o resultado é positivo e a pessoa tem alta probabilidade de estar com uma infecção ativa, e se  aparecer uma risca no campo de controle representado pela letra “C” significa que o resultado é negativo, mas, caso não exista risca no campo “C”, o teste então é considerado inválido, se  ela apresentar duas riscas indica que o teste é positivo (BRASIL, 2021).

Em relação ao tratamento, até o momento, não existe uma medicação ou um tratamento específico caso o paciente seja diagnosticado com resultado positivo, ele é orientado a ficar o período de quarentena em casa repousando, hidratado, sendo tratado dos sintomas, com uso de medicação para os mesmos. Já, os pacientes que apresentarem manifestações clínicas mais graves como dispnéia, diminuição da saturação de oxigênio, abaixo de 90%, quadro severo da doença são em sua maioria das vezes encaminhados para hospitalização caso ocorram complicações(DIAS et al., 2020).

Sobre as complicações, as manifestações clínicas da doença em pacientes sintomáticos começam com menos de uma semana e, com sintomas de tosse, faringite, congestão nasal, hipertermia, perda de olfato e paladar, fadiga, dispneia, sendo que esses sintomas do trato respiratório podem evoluir para pneumonia em 75% dos pacientes, ou a um agravamento da pneumonia na segunda ou terceira semana, e esses pacientes apresentam diminuição da saturação de oxigênio, alterações no raio X ou tomografia (VELAVAN; MEYER, 2020).

A hospitalização prolongada em pacientes que utilizaram de ventilação mecânica ou não, podem levar a efeitos que debilitam e alteram a função normal do pulmão, e isso leva a uma fraqueza muscular adquirida. Pacientes com essas condições são indicados a realizar reabilitação pulmonar, a qual deve ser iniciada de forma individual e gradual, ou seja, após a alta hospitalar, com intuito de amenizar e reverter as consequências da doença. O ideal é que uma equipe multiprofissional possa conduzir essa reabilitação, para melhorar o prognóstico desses pacientes, sendo recomendada a reabilitação após a alta considerando que o treinamento físico também é viável e útil para a sobrevivência de doenças críticas (SANTANA et al., 2021)    

Após a alta dos cuidados agudos, os pacientes egressos das internações precisaram ser reabilitados, por isso a importância da avaliação após a internação pelo COVID-19. Dessa maneira, ficou evidenciado de acordo com a classificação internacional de funcionalidade, da incapacidade e saúde os cuidados com a parte respiratória no ambiente domiciliar, sendo importante na recuperação desse paciente, que cada um deve ser avaliado de acordo com as sequelas e suas comorbidades, devendo ser feito um plano de tratamento para o mesmo,  sendo que após um determinado tempo de internação hospitalar, o quadro clínico dele necessitará de um acompanhamento específico dentro da parte respiratória, com objetivo da recuperação funcional a médio e a longo prazo (SILVA et al., 2021).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO    

4.1 APRESENTAÇÃO DOS PARTICIPANTES

No Quadro 1 abaixo foi apresentado as características sócio demográficas dos enfermeiros: segundo a idade, sexo, estado civil, tempo de trabalho no local, anos de graduação em enfermagem, realização de pós-graduação e o número de pacientes crônicos egressos de internação pós-COVID-19 que atende mensalmente.

Quadro 1 – Dados sociodemográficos dos enfermeiros entrevistados

Fonte: Autoria Própria.

Em relação à faixa etária variou dos 29 aos 52 anos, predominando a média dos 30 anos de idade (58%). Todas as entrevistadas são do sexo feminino (100%), casadas ou em união estável (58%). Em relação ao tempo de serviço no local variou de 11 meses a 6 anos, sendo a maioria na média de 1 ano (58 %), com aproximadamente 15 anos do término da graduação (83%). Das enfermeiras, 75% possuem pós-graduação em Saúde da Família, as outras, 02 em oncologia, 02 em urgência e emergência e 01 em neonatal. Sobre o número de pacientes crônicos egressos de internação pós-COVID-19 atendidos variou de 02 a 66 pacientes por mês, sendo que a maioria atendeu de 02 a 15, somente 3 atenderam mais, como 15, sendo que 02 enfermeiros atenderam 40 e outros 66 pacientes.

A faixa predominante pode ser correspondente à rotatividade dos profissionais, devido ao fato de que trabalhar com a dor, sofrimento, alta demanda de pacientes levam os enfermeiros a um crescente cansaço físico, mental, nervosismo e estresse, decorrente do esforço, justificando assim a eclosão de profissionais mais jovens (LOPES; LEAL, 2018).

Em referência ao gênero, o sexo feminino como maior prevalência evidencia o fato de que na qualificação universitária em níveis médios e técnicos, fazendo parte do processo da parte histórica, isto é, que tem relação com a história de enfermagem, visto que o cuidar é de certa forma ainda uma atuação identitária feminina (LOPES; LEAL, 2018).

O estudo realizado por Lopes e Leal (2018), revelou que em 1987 a maioria do contingente de enfermeiros era do sexo feminino, padrão este, que se estende até os dias atuais. Portanto, tal situação ocorre há muitos anos na enfermagem com explicação pela história dessa profissão, mostrando que ainda é socialmente construída pelo gênero feminino. Por outro lado, no mesmo estudo é destacado que o número de enfermeiros do sexo masculino vem aumentando.

Quanto aos anos de tempo de serviço no local variou de 11 meses a 6 anos, sendo que a maioria na média de 01 ano (58 %), com aproximadamente 15 anos do término da graduação (83%). Pode-se perceber que o tempo de atuação é pouco para a maioria. E de acordo com Angerami (2000) e Villela et al. (2018), a saída do serviço pode ter variadas causas como aspecto profissional, como afinidade da área de atuação, aspectos familiares, salários baixos, falta de motivação e também falta de experiência no setor. 

Inclusive Mendes (2015) e Villela et al. (2018) acrescentam que, na década de 1980 a média de vida do trabalho do enfermeiro era em torno de dez anos, no entanto, a partir da década de 1990 vem ocorrendo mudanças, pois houve um aumento cada vez maior do número de Instituições de graduação, e em consequência uma saturação no mercado de trabalho; em contrapartida os profissionais que se encontram há um tempo maior de graduação no local, podem estar relacionados ao fator de concurso público e segurança em relação ao serviço e tempo de trabalho.

Das enfermeiras, 75% possuem pós-graduação em Saúde da Família, as outras, 02 em oncologia, 02 em urgência e emergência e 01 em neonatal. O trabalho executado na ESF é complexo, demandando um trabalho de muita sobrecarga, sendo assim os profissionais de enfermagem estão expostos a exigências solicitações dos usuários, médicos, familiares e instituições o que acaba levando-os a sentimentos de angústia, além das dificuldades relacionadas às complexidades técnicas de assistência aos usuários, o que se faz necessários conhecimentos específicos e uma educação continuada em busca de maiores conhecimentos para a melhoria cada vez mais na assistência e habilidade para lidar com esses pacientes. (VILLELA et al., 2018).

4.2 PERCEPÇÃO SOBRE OS CUIDADOS DOMICILIARES AOS PACIENTES E DA EVOLUÇÃO DOS CASOS.

De acordo com as enfermeiras, a percepção sobre os cuidados domiciliares prestados aos pacientes é ainda de insegurança que vai diminuindo à medida que o número de contaminados diminui e a vacinação avança e também de estresse pela demanda dessas pacientes principalmente no início da pandemia por conta das expectativas que estes depositam em cima do profissional, no entanto, visto como gratificante o que pode ser notado conforme mostram as falas seguintes:

“Não plenamente realizada, os pacientes criam muita expectativa em cima da gente, e não conseguimos suprir todas as necessidades, devido a demanda dos outros serviços também, a maioria desses pacientes já têm comorbidades, e isso é uma problemática para dar assistência de forma adequada a essas pessoas” (E 1).

A gente sente insegurança por uma doença contagiosa, medo…. mas se sente tranquila e grata em relação ao trabalho prestado a estes pacientes, principalmente depois de um tempo de atendimento e após a vacinação e de ver que muitos deles têm uma boa recuperação” (E 3).

“Na época do período crítico eu achei muito complicado estressante e o montante de serviço era tão grande que eu achei que não daria conta, mas graças a Deus consegui ter orientado os cuidados ajudar as pessoas isso é gratificante, Isso foi muito bom ter feito e agora ver a vacinação tendo efeito” (E 10).

“Pra mim como enfermeira ter trabalhado com esses pacientes foi muito bom teve um crescimento pessoal, mesmo com todas as lutas do trabalho tentando cuidar do psicológico, por conta do medo de adoecer quanto de levar doença para os familiares, posso dizer que estou satisfeito com tudo que foi realizado em um espaço de tempo curto com uma doença tão perigosa” (E 11).

A pandemia de COVID-19 no início teve um aumento expressivo de infectados e de mortes mundialmente, afetando o cotidiano de bilhões de pessoas, diante da ausência de vacinas e de tratamento comprovadamente eficaz, as estratégias de distanciamento social foram sido apontadas como as mais importantes condutas para o controle da doença. No entanto, para os profissionais de saúde, especialmente aqueles que estão no cuidado direto de pacientes em serviços de atenção primária, nas unidades de pronto-atendimento e nos hospitais, a recomendação de permanecer em casa não se aplica (TEIXEIRA et al., 2020, OMS, 2020).

Dessa forma, os profissionais de saúde constituem um grupo de risco para a COVID-19 por estarem expostos diretamente, além disso, estão submetidos ao estresse no atendimento a esses pacientes, muitos em situação grave, em condições de trabalho, frequentemente, inadequadas, com demanda alta (OMS, 2020).

Birolli (2020) ressalta que a força de trabalho em saúde não é homogênea, apresentando diferença de gênero, classe social e raça, e também da oportunidade de se inserir no mercado de trabalho.

Os profissionais de saúde envolvidos direta e indiretamente no enfrentamento da pandemia estão expostos diariamente, sendo que essa heterogeneidade leva a diferentes formas de exposição, tanto ao risco de contaminação quanto aos fatores associados às condições de trabalho, tais como fadiga, estresse, sendo importante estar atentos a esses profissionais, com o objetivo de evitar reduzir sua capacidade de trabalho e a qualidade da assistência que ele oferece(HIRATA, 2020; BIROLLI, 2020).

A percepção sobre os cuidados domiciliares prestados aos pacientes apesar da insegurança, como já mencionado é percebida como gratificante e também como um trabalho de destaque que, pelos relatos das entrevistadas, modificou após o enfrentamento da doença, o que pode ser notado conforme mostram as falas abaixo:

“Para mim como enfermeira foi bom, ter trabalhado com tanta intensidade, é satisfatório ver o trabalho feito, com tantas dificuldades que enfrentamos, me sinto realizada, depois de ter passado por tudo isso” (E 4)

“É satisfatório que você serviu as pessoas, que você interveio  a tempo, a pandemia serviu pra eles verem o serviço da enfermagem, o destaque que teve, a enfermagem nunca foi tão importante como foi agora, um serviço de destaque, quem fazia o primeiro entendimento a enfermagem, quem caminhava a enfermagem, quem acompanhava na internação enfermagem , na pós internação foi a enfermagem, para nós como profissão foi visto de uma outra forma com destaque, nosso trabalho foi muito importante nesse enfrentamento contra a COVID” (E 5).

A importância social e de atuação da enfermagem é hoje em dia reconhecida e destacada, principalmente na época da pandemia. O desempenho dos profissionais da enfermagem está voltado para a recuperação de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e também com sequelas relacionadas a este, sendo também que nos diversos cenários de trabalho, os enfermeiros são desafiados e mostram a importância do seu papel juntamente com a equipe (FREITAS et al., 2020; OMS, 2020; CIPRIANO, 2018).

Desde o início da atual pandemia da COVID-19, foi notória a preocupação das pessoas, da mídia e das organizações de saúde, diante de uma doença com alta transmissibilidade, gerando diferentes impactos na sociedade (FREITAS et al., 2020; OMS, 2020; CIPRIANO, 2018).

Diante do cenário de pandemia e de isolamento social, foram destacados no Brasil e no mundo o papel da mídia social, em todos os seus pilares, por meio de websites de revistas, jornais, blogs e outros formatos on-line; e a atuação do enfermeiro e da equipe de enfermagem, sendo considerada como um veículo de informações rápidas, em busca de atualizar e levar notícia à população, já a segunda, representada pelos profissionais da enfermagem desempenha seu papel fundamental no controle da pandemia e na assistência aos pacientes (DOMINGUES, 2020; OMS, 2020; CIPRIANO, 2018). 

Destaca-se que a enfermagem sempre marcou presença em contextos de pandemias e epidemias, tanto no Brasil quanto no mundo, sendo assim, é de suma importância reforçar que a preparação para uma possível crise de saúde pública deve fazer com que o profissional da enfermagem seja continuamente treinado, tendo recursos e apoio para estar disponível. Dessa forma, os países devem investir em enfermeiros, pois estes profissionais são fundamentais para o controle de uma pandemia e são vistos como destaques, pois estão contribuindo e evidenciando o protagonismo do seu trabalho, criando inclusive expectativa do paciente em relação à equipe de enfermagem, sendo que o paciente espera receber uma adequada assistência para sua recuperação (FREITAS et al., 2020; OMS, 2020; CIPRIANO, 2018; DOMINGUES, 2020).

De acordo com os enfermeiros a maioria tem uma boa evolução, e apesar das complicações e sequelas essas podem ser minimizadas ou evitadas dependendo do cuidado prestado a domicílio; levando em consideração tanto o cuidado prestado, quanto a adesão do paciente e apoio dos familiares em relação a essas intervenções e orientações destes, no entanto essa evolução também pode levar a sequelas gravíssimas e até ser fatal, como mostram as falas abaixo:

“Maioria dos casos o paciente evolui bem, mas com sequelas, além de sentirem algumas manifestações sendo as mais comuns são: dor nos olhos, queda de cabelo, perda de paladar, perda de olfato…todos esses variando o tempo de duração dessas manifestações” (E 2)  

“Eu percebi que evoluíram muito bem, eles tiveram uma melhora rápido, a maioria desses pacientes muito jovens, saíram do leito, e os que estavam com oxigenoterapia saíram do oxigênio, observei que muitos tiveram sequelas algumas mais temporárias como perda de olfato e paladar, os pacientes tiveram cansaço, fadiga queda de cabelo, alguns com sintomas de ansiedade, insônia, de um modo geral todos saíram da zona de perigo mas com sequelas subsequentes depois de um período de melhora em casa, as sequelas continuam, pode variar de acordo com o cuidado, a adesão e também a associação deles com outros doenças, a idade deste paciente…sua saúde em geral” (E 4).

“Esses pacientes apresentaram uma boa evolução alguns apresentaram uma melhora rápida outras um pouco mais demorada, dentre isso verificamos que uma grande perda da parte motora dificuldade para se locomover dores articulares, também conseguimos observar que eles tiveram perda de memória ansiedade, queda de cabelo, mas posso dizer que esses pacientes evoluem de uma certa forma mesmo com todas essas sequelas” (E 6).

Nota-se pelos relatos que, a evolução dos casos ocorre em sua maioria de maneira a levar a uma boa evolução e que apesar das complicações e sequelas, essas podem ser minimizadas dependendo do cuidado prestado a domicílio e também das morbidades associadas a ele, no entanto, essa evolução também pode levar a sequelas gravíssimas e até ser fatal.

Em relação às sequelas, o cenário e o que pode ocorrer a longo prazo, ainda é desconhecido e será necessário o monitoramento das sequelas e complicações nas vítimas da COVID-19, sendo importante avaliar o prejuízo respiratório demonstrado pela fadiga na prova de função pulmonar, seguido de um programa de reabilitação, um dispositivo de exercício respiratório é um programa de atividade, realizados a domicílio; sendo que essa reabilitação pode ser influenciada pelas condições do paciente, assistência recebida, apoio familiar, comorbidades associadas e adesão às intervenções orientadas, podendo assim o paciente evoluir bem de uma sequela leve ou grave, até realmente ser fatal (COMOLI, 2021).

De acordo com as enfermeiras, a evolução dos casos também podem levar a sequelas que continuam por um longo período de tempo, precisando de cuidados e orientações a longo prazo, sendo que algumas nem voltam ao normal, como mostra os relatos abaixo:

“Observei um grande número de sequelas nesses pacientes que retornaram dessas internações de todos os tipos, eles melhoraram após um período crítico de recuperação, mas vi que não recuperam a vitalidade motora, psicológica, o trabalho com esses pacientes ainda continua até hoje. Com menos gravidade, mas ainda estamos trabalhando nas sequelas que eles adquiriram após as internações” (E 10).

“Eu tive pacientes mesmo depois de um período ainda estavam com tosse o período de internação pra eles foi bem desgastante enfraqueceram muito a parte pulmonar, estão fatigados até hoje, pacientes retornaram com dores musculares apresentaram melhora, posso dizer que evoluem bem esses pacientes, o que eu acredito que vai demorar mais é tratamento da parte psicológica, pois desenvolvem ansiedade, crise do pânico, acredito por ter ficado com muito medo de virem a óbito nessas internações, eles apresentaram melhora, o trabalho continua com eles” (E 11).

“Eu observei que esses pacientes mesmo com todas as sequelas que vieram dessas internações, alguns estão sem sequelas, outros com sequelas até hoje, mas evoluindo bem; alguns mais lentos outros evoluem mais rápido conseguiram lidar melhor com tudo com as sequelas, o meu ver ainda tenho muito trabalho com esses pacientes, devido ao estrago mental feito a eles” (E 12).

Percebe-se que para uma boa evolução em alguns casos, esses cuidados levam ainda muito tempo e alguns pacientes terão que ter um acompanhamento e serem monitorizados, mostrando que o trabalho do enfermeiro pode continuar.

No contexto do processo fisiopatológico da Covid-1 evidenciou que, esta doença traz uma resposta inflamatória que atinge o trato respiratório principalmente os pulmões, mas os estudos têm demonstrado que a sequelas dessa doença não são limitadas ao sistema respiratório, mas podem atingir também o sistema cardiovascular, sistema nervoso central e periférico, também sequelas psicológicas e mentais. Dentro dessas sequelas, podem surgir casos de depressão e uma deterioração da saúde mental como esquecimento, falta de memória e fadiga muscular. A maioria dessas sequelas são temporárias, podendo durar até seis meses, assim, a pessoa que já teve Covid está em um processo de recuperação e é indicado que seja feito “check up” médico com mais frequência para o seu acompanhamento (LIMA et al., 2021).

E os sintomas pós COVID-19 podem ser persistentes mesmo nos casos leves e as sequelas dessa infecção incluem a fadiga, dispneia, e taquicardia com paciente que tem perda de massa muscular, e uma diminuição de sua capacidade funcional; quando esse paciente retorna para o seu domicílio a reabilitação cardiopulmonar pode melhorar sua capacidade funcional, bem como sua qualidade de vida.(TOZATO et al., 2020)

Pacientes que tiveram quadros mais complicados possuem uma necessidade maior de cuidado, como cuidados respiratórios como suporte de oxigênio, cuidados à saúde pulmonar com exercícios fisioterápicos, à traqueostomia, assim como as feridas, dificuldade de se alimentar, de realizar atividades mesmo aquelas simples, tosse crônica e de respirar ao esforço, fibrose pulmonar e bronquiectasia (AFONSO, 2021). 

Os enfermeiros podem realizar diversos exercícios, principalmente em ambiente domiciliar, sendo que esta ação deve ser coordenada com a equipe multidisciplinar. Deve-se assim, avaliar a condição respiratória do usuário sempre levando em consideração SPO2 superior a 94%, pois abaixo desse valor pode se ter uma resposta negativa às atividades; registrar a progressão ou regressão de SPO2 em repouso ou ao esforço; realizar atividades respiratórias coordenadas com a equipe multidisciplinar; estimular a respiração lenta e estabelecer junto à pessoa o limite necessário de atividade física, avaliando SPO2 em repouso e em movimento. A maioria dos pacientes melhora, podendo ter uma vida cotidiana normal, outros podem ter sequelas leves que não interferem no cotidiano ainda que precisem de um acompanhamento e monitorização por um período de tempo. No entanto, tem pacientes com sequelas que ainda terão um processo mais longo de assistência domiciliar, podendo permanecer com sequelas ao longo da vida (AFONSO, 2021).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo objetivou conhecer a percepção de cuidado de enfermeiros que atuam em ESF de um município do interior de Minas Gerais, na assistência domiciliar a pessoa regressa de hospitalização apresentando insuficiência respiratória após a infecção por COVID-19 e a evolução dos casos; mostrando que a média de idade das entrevistadas foi de 30 anos, sendo todas do sexo feminino, casadas ou em união estável, com tempo de serviço no local, na maioria com pelo menos 1 ano e aproximadamente 14 anos do término da graduação, sendo que todas possuem pós-graduação. Sobre o número de pacientes crônicos egressos de internação pós-COVID-19 atendidos, variou de 2 a 66 pacientes por mês.

 Foi possível identificar que a percepção sobre os cuidados domiciliares prestados aos pacientes é revelada pelas entrevistadas, ainda se encontra envolto de insegurança, a qual vai diminuindo à medida que o número de contaminados diminui e a vacinação avança. E de acordo com as enfermeiras, a evolução dos casos, a maioria tem uma boa evolução, no entanto, essa evolução pode levar a necessidade de cuidados por um longo período de tempo podendo ocasionar sequelas gravíssimas e até ser fatal.

Esse resultado mostra um comprometimento na qualidade de vida do profissional bem como na assistência prestada aos pacientes, família e comunidade. A atuação do enfermeiro interfere na vida dos pacientes com sequelas que estão recebendo cuidado domiciliar, sendo que a preparação dele em relação, não somente ao conhecimento teórico quanto de habilidades práticas e também ao preparo emocional em lidar com esses pacientes após internação também mostra o outro lado essencial, como também os pacientes aderirem e realizarem as orientações de maneira adequada e correta. Se faz necessário ações de políticas públicas que possam garantir a esses profissionais equipamentos e condições para que possam exercer esse cuidado de maneira que eles se sintam mais protegidos.

Contudo, a Enfermagem é qualificada para promover a orientação, educação e ações no cuidado ao paciente, sendo importante um planejamento informativo sobre a doença e suas sequelas, a partir de múltiplas estratégias, tornando-se essencial a realização de treinamentos e capacitação dos profissionais para o cuidado a eles e a família. Diante disso, viu-se que é de suma importância um cuidado psicossocial e multiprofissional para enfrentamento da doença e o pós-internação em cuidado domiciliar para promover uma melhora no quadro do paciente e uma melhor condição de trabalho para o profissional.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEN.Associação Brasileira de Enfermagem. Seção Minas Gerais (ABEn/MG). [internet]. Belo Horizonte: ABEn; 2020. É possível pensar em qualidade de vida no trabalho da enfermagem em tempos de Corona Vírus?. Disponível em: <https://abenmg.com.br/e-possivel-pensar-em-qualidade-de-vida-no-trabalho-da-enfermagem-em-tempos-de-corona-virus/.>. Acesso em: 02 mai. 2022.

AFONSO, T. de O. et al.  Síndrome de Guillain-Barré na síndrome pós-COVID-19: Revisão da literatura. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento. 2021. Disponível em: <https://pebmed.com.br/cuidados-de-enfermagem-na-sindrome-pos-COVID-19/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext>. Acesso em: 05 mai. 2022. 

ANGERAMI, E. L. S. et al. Estudo da permanência dos enfermeiros no trabalho. Revista Latino-Americana de Enfermagem, [S.L.], v. 8, n. 5, p. 52-57, out. 2000. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0104-11692000000500008. >. Acesso em: 09 jun. 2022.

AVILAR, C. T. de A. et al. Cuidados de enfermagem para banho no leito em pacientes com COVID-19: revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, Rio Branco, v. 75, n. 1, p. 1-10, 2022. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0704.>Acesso em:  20 nov. 2021.

BARROS, A. L. B. L. de et al. Contribuições da rede de pesquisa em processo de enfermagem para assistência na pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, n. 2, p. 1-12, 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0798>. Acesso em: 22 nov. 2022.

BEZERRA, V. de L. et al. SARS-CoV-2 como agente causador da COVID-19: epidemiologia, características genéticas, manifestações clínicas, diagnóstico e possíveis tratamentos. Brazilian Journal Of Health Review, v. 3, n. 4, p. 8452-8467, 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.34119/bjhrv3n4-097.>. Acesso em: 19 fev. 2022.

BIROLLI, F. Divisão Sexual do Trabalho e Democracia. 2016. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S001152582016000300719&lng=en&nrm=isso>. Acesso em: 05 mai. 2020. 

BOTTI, M. G. et al. dificuldades de profissionais de saúde de uma esf em lidar com pacientes pós COVID-19. XXVIII Seminário de Iniciação Científica. A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovação Para O Planeta, Ijui, p. 1-5, 26 out. 2021. Disponível em: < https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/21028/19739>. Acesso em: 02 fev. 2022.

BRASIL. Ministério da saúde. Coronavírus: COVID-19, 2021. Disponível em <https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e- covidhttps://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid>. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Coronavírus diagnósticos: como é feito o diagnóstico dos casos de COVID-19 no Brasil. como é feito o diagnóstico dos casos de COVID-19 no Brasil. 2021. Ministério da saúde. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/diagnostico.> Acesso em: 27 set. 2022.

BRITO, S. et al. Pandemia da COVID-19: o maior desafio do século XXI. Vigil. Sanit. Debate, vol 8, n° 2, p. 54-63, 2020. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/07/11032 09/2020_p-028.pdf>. Acessoem: 19 fev. 2022.

CARVALHO, V. et al. Serologicaltests for COVID-19: Interpretation Aid Practical Applications. The Journal of Infection, 2020. Disponível Em: <Serological-tests-for-COVID-19-Interpretation-and-practical-applications.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2022.

CASCELLA, M. et al. Features, evaluation and treatment of coronavirus (COVID-19). In: Stat Pearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32150360/>. Acesso em: 19 fev. 2022.

CERVO, A. L.; BERVIAN. P. A.; SILVA.R. da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

CIMINI, F. et al. A estratégia brasileira de combate à COVID-19: como vácuo de liderança minimiza os efeitos das políticas públicas já implementadas. Observatório de Política e Gestão hospitalar, 2020. Disponível em: < https://observatoriohospitalar.fiocruz.br/conteudo-interno/estrategia-brasileira-de-combate-COVID-19-como-o-vacuo-de-lideranca-minimiza-os>. Acesso Em: 19 fev. 2022.

CIPRIANO, P F. 100 years on: the Spanish Flu, pandemics and keeping nurses safe. Int Nurs Rev. 2018 [cited 2020 Jun 02];65(3):305-306. Disponível Em: <https://apps.who.int/iris/rest/bitstreams/1274201/>. Acesso Em: 26 fev. 2022.

COMOLI, E. Sequelas em pacientes recuperados de COVID-19 podem persistir por longo tempo. 2021. Disponível em:<https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/07/24/s Equela-em-pacientes-recuperados-de-COVID-19-podem-persistir-por-longo-periodo>.  Acesso em: 03 fev. 2022.

DAL’BOSCO, E. B. et al. A saúde mental da enfermagem no enfrentamento da COVID-19 em um hospital universitário regional. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73 (suppl 2), 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/reben/a/ck98YrXKhsh6mhZ3RdB8ZVx/?format=pdf&lang=pt.>. Acesso em: 05 mai. 2022.

DANIEL, C. R. et al. Estamos olhando para os indivíduos pós-Covid como deveríamos?Jornaus Baiana. V. 10, n. 4, 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v10i4.3238>. Acesso em: 27 nov. 2021.

DANZMANN, P. S. et al. Atuação do psicólogo na saúde mental da população diante da pandemia. Journal of Nursing and Health, v, 10, n. esp. 2020. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/07/1104058/2-atuacao-do-psicologo-na-saude-mental-da-populacao-diante-da-pandemia.pdf.>. Acesso em: 08 mai. 2022.

DIAS, V. M. de C. H. et al. Orientações sobre Diagnóstico, Tratamento e Isolamento de Pacientes com COVID-19. Official Journal Of The Brazilian Association Of Infection Control And Hospital Epidemiology, [S. L.], v. 9, n. 2, p. 1-20, 13 abr. 2020. Disponívelem: <https://infectologia.org.br/wp-content/uploads/2020/07/orientacoes-sobre-diagnostico-tratamento-e-isolamento-de-pacientes-com-COVID-19.pdf>. Acessoem: 09 jun. 2022.

DOMINGUES, P. H. S. et al. A enfermagem em destaque na pandemia da COVID-19: uma análise das mídias sociais. Enferm. Foco 2020; 11 (Esp. 2): 97-102. Disponível em: <http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/4000/990>. Acesso em: 09 jun. 2022.

ESTEVÃO, Amélia. COVID-19. Rev. Acta Radiológica Portuguesa. V. 32, n. 1, 2020. Disponível em: <https://revistas.rcaap.pt/actaradiologica/article/view/19800doi.>. Acesso em: 27 nov. 2021.

FILHO, J. M. J. et al. A saúde do trabalhador e o enfrentamento da COVID-19. Rev. bras. saúdeocup. [Internet]. 2020. May 05 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script =sci_a r t text&pid=S0303-7657 2020000 100100&lng=en.>. Acesso Em: 09 jul. 2022.

FREITAS, A. R R, et al. Assessing The Severity Of COVID-19. Epidemiol Serv Saúde. 2020. Jun 04. Disponível em: <https://doi.org/10.5123/s1679- 49742020000200008.>. Acesso em: 04 jun. 2022.

GALLASCH, S. H. et al. Prevenção relacionada à exposição ocupacional do profissional de saúde no cenário de COVID-19. Revista Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. 28, e49596, 2020. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/04/1094830/prevencao-relacio nada-a-exposicao-ocupacional.pdf. Acesso em: 03 mai. 2022.

HAMMERSCHMIDT, K. et al. Saúde do idoso em tempos de pandemia COVID-19. Cogitare Enfermagem: COMUNICAÇÃO LIVRE, Curitiba, p. 1-10, 23 abr. 2020. Disponível em: <http:// dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.72849.>. Acesso em: 03 jan. 2022. 

HIRATA, H. Globalização, Trabalho e Gênero. RevPolit Públicas [Internet]. 2005 Jul-Dez. Disponível em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/
3770>. Acesso em: 06 jan. 2022.

HONÓRIO, A. de C. et al. Orientações aos pacientes pós alta da unidade de tratamento de COVID-19 do Hospital Santa Casa de Caridade de Bagé. Educação e ciência para o mundo em reconstrução, bagé, v. 6, n. 1, p. 312-317, 29 out. 2021. Disponível em: < http://revista.urcamp.tche.br/index.php/congregaanaismic/article/view/4273/0>. Acesso em: 30 jan. 2022.

ISER, B. P. M. Definição de caso suspeito da COVID-19: uma revisão narrativa dos sinais e sintomas mais frequentes entre os casos confirmados. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 29(3):E2020233, 2020, Brasília, v. 3, n. 29, p. 1-11, 26 maio 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ress/a/9ZYsW44v7MXqvkzPQm66hhD/?format=pdf&lang=pt>. Acesso Em: 07 dez. 2021.

JACKSON, L. A et al. Vaccine against SARS-CoV-2 – Preliminary Report. N Engl J Med. 2020. Disponível em: <https://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa2022483>. Acesso em: 19 fev. 2022.

JÚNIOR, E. F.; DAVID, H.M.S.L. Trabalho de enfermagem e precarização: uma revisão integrativa. Enferm Foco [Internet]. 2018 [cited 2020 Jun 01]; 9 (4): 71-76. Disponível em: <https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/1325/481.>. Acesso em: 05 fev. 2022. 

LACERDA, M. R. et al. Brevidades sobre o cuidado domiciliar. Revista de Enfermagem da UFS, Santa Maria, p. 1-2, jun. 2015. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/18657>. Acesso em: 09 mar. 2022.

LAVRAS, C. Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saúde soc, v. 20, n° 4, 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sausoc/a/CrHzJyRTkBmxLQBttmX9mtK/?lang=pt>. Acesso em: 06 mar. 2022. 

LIMA, B. C. M.i et al. Fisioterapia pulmonar: reabilitação pulmonar e muscular pós COVID-19. Brazilian Journal Of Development, [S.L.], v. 7, n. 11, p. 107710-107722, 23 nov. 2021. Disponível em: <https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/40059>. Acessoem: 04 fev. 2022.

LIMA, E. J. F. et al. Vacinas para COVID – o estado da arte. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant, 21, 2021. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/hF6M6SFrhX7XqLPmBTwFfVs/?lang=pt#:~:text=As%20vacinas%20candidatas%20contra%20COVID,-CoV-2%20%C3%A9%20urgente>. Acesso em: 21 fev. 2022.

LOPES, M. J. M.; LEAL, S. M. C. A feminização persistente na qualificação profissional da enfermagem brasileira.Cadernos pagu, v. 24, n. 1, p. 105-125, 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cpa/a/W4mKrfz7znsdGBdJxMHsGPG/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 05 abr. 2022.

MARCHON, R. R. et al. Cuidados da fisioterapia no paciente oncológico como COVID-19. v. 66, n. 1, p. 35-38; 2020. Disponível em: <https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/articl/view/1031#:~:text=Com%20enfoque%20no%20paciente%20oncol%C3%B3gico,melhorar%20o%20status%20funcional%20do>. Acesso em: 27 nov. 2021. 

MINAYO, M.C.de S. O Desafio do conhecimento Pesquisa qualitativa em Saúde. 12 ed. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.

______. Pesquisa Social: Teoria Método e Criatividade.21 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

MINAYO, M. C. de. S. et al. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 34. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

NOGUEIRA, J. V. D.; SILVA, C. M. da. Conhecendo a origem do Sars-cov-2 (Covid 19). Revista Saúde e Meio Ambiente, Três Lagoas, 2020 p. 1-10, 9 out. 2021. Disponível em: <https://desafioonline.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/10321>. Acesso em: 08 nov. 2021.

OMS. Organização Mundial da Saúde. Folha informativa – COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus). Atualizada em 2 de junho de 2020. Disponível em: < https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875.> Acesso em: 09 mar. 2022. 

OMS. Organização Mundial de Saúde. Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Folha Informativa – Covid 19. Disponível em: < https://www.paho.org/bra/index.php?option=con=com_content&view=article&id=6101:covid19&Item id=875>. Acesso em: 30 jul. 2022.

PÁDUA, E. M. M. de. Metodologia da Pesquisa: abordagem teórico prática. [Livro eletrônico] Campinas-SP: Papirus, 2018. Disponível em: <https://ler-livros.com/ler-online-ebook-pdf-metodologia-da-pesquisa-abordagem-teorico-pratica-magisterio-formacao-e-trabalho-pedagogico-baixar-resumo/>. Acesso em: 09 ago. 2022.

RIBEIRO, A. C. R. de C. et al. A gripe espanhola pela lente da história local: arquivos, memória e mitos de origem em Botucatu, SP, Brasil, 1918. Interface – Comunicação, Saúde, Educação. [on-line], v. 24, mar.2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/icse/a/ k5Dpjj99BftNV6Q7CZ5VDSh/?lang=pt#:~:text=Considerando%20que%20a%20l%C3%B3gica%20da,sem%20tratamento%20arquiv%C3%ADstico%20e%20com>. Acesso em: 29 nov. 2021.

SÁNCHEZ-ORO, R. et al. La radiología el diagnóstico de la neumonía por SARS-CoV-2 (COVID-19). Medicina Clínica, [S.L.], v. 155, n. 1, p. 36-40, jul. 2020. Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1016/j.medcli.2020.03.004>. Acesso em: 19 fev. 2021.

SANTANA et al. Pulmonaryrehabilitationafter COVID-19. Jornal Brasileiro de Pneumologia, [S.L.], v. 47, n. 1, p. 20210034-20210034, 2021. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.36416/1806-3756/e20210034>. Acesso em: 08 mar. 2022. 

SANTIAGO, F. B.; SILVA, A. L. A. da. Utilização de Equipamento de Proteção Individual pela equipe de Enfermagem em Atenção Paliativa em tempos de COVID-19. Revista Pró-Universus, [S.L.], v. 11, n. 2, p. 184-188, 16 dez. 2020. Universidade Severino Sombra. Disponível em: <http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/view/235#:~:text=M%C3%A9todo%3A%20Trata%2Dse%20de%20Pesquisa,para%20toda%20a%20equipe%20de>. Acesso em: 20 mar. 2022.

SILVA, et al. Sequelas e reabilitação pós-Covid19: revisão de literatura. Revista das Ciências da Saúde e Ciências Aplicadas do Oeste BaianoHigia. Oeste Baiano-Higia., p. 169-184, 2021. Disponível em: < http://fasb.edu.br/revista/index.php/higia/article/download/67/571>. Acesso em: 30 mar. 2022.

SOUZA, N. V. D. O. et al. Trabalho de enfermagem na pandemia da COVID-19e repercussões para a saúde mental dos trabalhadores. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 42, p. 1-6, 2021.Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rgenf/a/MHPHGNFPtgYJgQzwyFQnZZr/?lang=pt>.Acesso em: 08 abr. 2022.

TEIXEIRA, C. F. S. et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 9, p. 3465-3474, 2020. Disponível em:< https://www.scielo.br/j/csc/a/6J6vP5KJZyy7Nn45m3Vfypx/?lang=pt.>. Acesso em: 01 mai. 2022.

TONIN, L. et al.Recommendations in COVID-19 times: a view for home care. Rev. Bras. Enferm. vol.73, supl.2 Brasília, 2020. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672020001400401&tlng=en. Acesso em: 27 nov. 2021.

TOZATO, C. et al. Reabilitação cardiopulmonar em pacientes pós-COVID-19: série de casos. RevBras Ter Intensiva., São Paulo, p. 1-5, 19 dez. 2020. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbti/a/FntTkxdNqVYYLfjv4HyY3RQ/>. Acesso em: 08 ago. 2022.

UNIÃO. Controladoria-Geral da União. Coronavírus: Ações do Governo Federal na luta contra a pandemia: gov.br. 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/cgu/pt- br/coronavirus/governo-federal. Acesso em: 26 jul. 2022.

UZUNIAN, A. Coronavírus SARS-CoV-2 e COVID-19. J. Bras. Patol. Med. Lab, vol. 56, n° 1, 2020. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/jbpml/a/ Hj6QN7mmmKC4Q9SNNt7xR hf/?lang=pt>. Acesso em: 19 fev, 2022.

VELAVAN, T. P.; MEYER, C. G. The Covid‐19 epidemic. Tropical Medicine & International Health, [S.L.], v. 25, n. 3, p. 278-280, 16 fev. 2020. Wiley. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1111/tmi.13383.>. Acesso em: 09 set. 2022.

VILLELA, L.de C. M. et al. Tempo de atuação do profissional enfermeiro – Minas Gerais. Artigo Original, Minas Gerais, p. 1-3, 23 nov. 2018. Disponível em: < http://revista.cofen.go v.br/index.php/enfermagem/article/view/194#:~:text=O%20tempo%20de%20atua%C3%A7%C3%A3o%20do,entre%2011%20a%2020%20anos.> Acesso em: 09 jun. 2022.

WIERSINGA, W. J. et al. Pathophysiology, Transmission, Diagnosis, and Treatment of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). Jama, [S.L.], v. 324, n. 8, p. 782, 10 jul. 2020. American Medical Association (AMA). Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1001/jama.2020.12839>. Acesso em: 19 fev. 2022.


1Artigo submetido em 29/04/2023 e apresentado à Libertas – Faculdades Integradas.
2Graduado em Enfermagem pela Libertas – Faculdades Integradas – E-mail: bianarcizo21@gmail.com
3Diretora da Libertas – Faculdades Integradas. Doutora em biotecnologia, Coordenadora dos cursos da área da saúde na Libertas Faculdades Integradas – E-mail: gismarrodrigues@libertas.edu.br
4Professora. Mestre em Ciências da Saúde pela EERP-USP. Docente na Libertas – Faculdades Integradas – E-mail: gabriela.zanim@libertas.edu.br
5Professora Mestre em Promoção à Saúde pela UNIFRAN. Docente na Libertas – Faculdades Integradas – E-mail: beatriznasser@libertas.edu.br
6Professora. Mestre em Ciências da Saúde pela EERP-USP. Docente na Libertas – Faculdades Integradas – E-mail: tobiassantos@libertas.edu.br
7Professora-orientadora. Doutora em Ciências da saúde, Docente na Libertas – Faculdades Integradas – E-mail: mgmariutti@yahoo.com.br