DOR LOMBAR CRÔNICA E COVID-19

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7902881


Alexandre Pereira Sant’ana¹


RESUMO

Em março de 2020, com à rapidez da transmissão e a gravidade da doença (COVID-19), a Organização Mundial da Saúde a qualificou como uma pandemia impondo o “lockdown”. A dor lombar crônica é uma condição complexa com vários contribuintes à dor e à incapacidade associada, incluindo fatores psicológicos, fatores sociais, fatores biofísicos, comorbidades. O presente artigo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica referente ao tema de dor lombar crônica e COVID-19, utilizando artigos que abordam esses assuntos simultaneamente. Para a pesquisa foram utilizados 17 artigos no total, todos com menos de 5 anos de publicação. Durante o período de pandemia pode ser observado um aumento na sintomatologia da dor lombar, com exacerbação de componentes emocionais, sintomas ansiosos, depressivos. Outros fatores importantes foram a redução da atividade física, de tratamentos não farmacológicos e tratamentos intervencionistas em dor.

Palavras-chave: Dor lombar; crônica; COVID-19; lockdown.

1 INTRODUÇÃO

Em março de 2020, devido à rapidez da transmissão da nova cepa de síndrome respiratória aguda grave corona vírus 2 (SARS-CoV-2) e a gravidade da doença, a Organização Mundial da Saúde qualificou a doença COVID-19 como uma pandemia. O Governo Brasileiro, assim como outras nações, declarou estado de emergência sanitária impondo ao país o “lockdown” para forçar a população brasileira a ficar em casa, restringindo seus movimentos a fim de minimizar a exposição e a disseminação dessa doença altamente transmissível (AMELOT et al., 2022; OMS, 2020).

O contexto da pandemia de COVID-19 gerou preocupações quanto a saúde, e também está associada a várias mudanças de comportamento e estilos de vida, particularmente devido ao confinamento prolongado. Embora o distanciamento social continue sendo uma solução não farmacológica para desacelerar a transmissão rápida do vírus, é provável que gerou consequências negativas na saúde mental e no estilo de vida. Assim, estudos recentes demonstraram que o “lockdown” pode impactar drasticamente as atividades diárias, incluindo a participação em esportes e atividades físicas diárias (RASSU et al., 2021; YAMADA et al., 2021; GALBUSERA; CÔTÈ; NEGRINI, 2021).

A dor lombar crônica (DLC) afeta 15-30% da população e é a principal causa de incapacidade em todo o mundo. Uma pesquisa nacional brasileira em 2013 relatou que 18,5% da população brasileira apresenta dor lombar crônica. Há relatos que a dor está entre os principais fatores que contribuem para a ausência no trabalho e da aposentadoria precoce no Brasil. A DLC é uma condição complexa com vários contribuintes à dor e à incapacidade associada, incluindo fatores psicológicos, fatores sociais, fatores biofísicos, comorbidades e mecanismos de processamento da dor (RASSU et al., 2021; DAVID et al., 2020; CIEZA et al. 2020; MALTA et al., 2017).

Pacientes afetados pela DLC requerem manejo multidisciplinar de longo prazo, sobretudo durante uma pandemia. Fatores psicológicos variáveis ​​como o medo do abandono, ansiedade e depressão podem aumentar nesse período de isolamento social e agravar as condições de dor. Além disso, em certos eventos (desastres naturais, guerras, pandemias), a percepção da dor têm sido ser muito impactada pelo estado psicológico (AMELOT et al., 2022; DAVID et al., 2020).

2 OBJETIVO

O presente artigo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica referente ao tema de dor lombar crônica e COVID-19, utilizando artigos que abordam esses assuntos simultaneamente.

3 METODOLOGIA

Essa revisão bibliográfica foi realizada com artigos referentes à dor lombar crônica e COVID 19. A pesquisa utilizou a biblioteca eletrônica da “PubMed Medline”, em junho de 2022, utilizando os termos ou palavras-chave “chronic” AND “low” AND “back” AND “pain”  “COVID”. Adicionalmente, foram selecionadas as opções artigos disponíveis em “Full text” e publicações inferiores há 5 anos.

A pesquisa sugeriu 27 artigos no total, todos no idioma inglês. Foram excluídos os trabalhos que não abordavam o tema, como assuntos diferentes do proposto, ou artigos que incluíam apenas dor lombar crônica ou COVID-19, de maneira não simultânea, pois foram julgados como não pertencentes ao escopo o qual o presente artigo pretende abordar. Os artigos selecionados, conforme a metodologia, totalizaram 17 trabalhos.

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Estudo do The Global Burden of Disease de 2010 definiu a dor lombar (DL) como sendo “dor na área na face posterior do corpo da margem inferior da décima segunda costela até as pregas glúteas inferiores com ou sem dor referida, em um ou ambos os membros inferiores que dura pelo menos um dia, essa definição é também aceita pela International Association for the Study of Pain (IASP) (HOY et al., 2014; IASP, 2021).

A dor pode ser entendida como sendo uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual real ou potencial, ou descrita como o dano. Muitas vezes a dor serve como um sinal de alerta de uma condição médica ou lesão. Nesses casos, o tratamento da condição médica subjacente é crucial e pode resolver a dor. No entanto, a dor pode persistir apesar do tratamento bem-sucedido da condição que a causou inicialmente ou porque a condição médica subjacente não pode ser tratada com sucesso. A dor crônica é a dor que persiste ou se repete por mais de três meses. Essa dor, muitas vezes, pode se tornar o problema clínico único e predominante em algumas pessoas (IASP, 2019; IASP, 2011).

A dor pode ser secundária a uma condição subjacente (por exemplo, osteoartrite, artrite reumatoide, colite ulcerativa, endometriose). A dor primária crônica não tem uma condição subjacente clara ou é desproporcional a qualquer lesão ou doença observável. As decisões sobre a busca de qualquer lesão ou doença que possa causar a dor ou seu impacto são questões para julgamento clínico em discussão com o paciente. A dor crônica também pode ser primária. São exemplos a fibromialgia (dor crônica generalizada), síndrome de dor regional complexa, cefaleia primária crônica e dor orofacial, dor visceral primária crônica e dor musculoesquelética primária crônica. Todas as formas de dor podem causar angústia e incapacidade, mas essas características são particularmente acentuadas em apresentações de dor primária crônica (NICE, 2021).

A experiência relacionada à dor crônica pode ter como interferentes a qualidade do sono e a capacidade de controlar a dor, que podem se exacerbam devido às perturbações da vida causadas pela pandemia de COVID-19, e exacerbando em maior gravidade e em grau para aqueles que experimentam uma maior perturbação na vida (RASSU et al., 2021).

Em estudo multicêntrico CONFI-LOMB, as restrições e bloqueios associados com a pandemia de COVID-19 ocasionaram em indivíduos afetados com lombalgia crônica uma piora na percepção de dor. As descobertas revelam que a dor lombar permaneceu inalterada ou piorou para a maioria dos pacientes durante o confinamento. Experiência ruim de confinamento, a baixa ou diminuição dos níveis de atividade física apareceram como os principais fatores associados para piora da lombalgia (BAILLY et al., 2022).

Em um estudo realizado no Japão, pacientes que relataram sentir um aumento no isolamento social durante a pandemia de COVID-19 eram mais propensos a serem mais jovens e obesos, ter baixa escolaridade, viver sozinho, estar desempregado e viver na pobreza, ter diminuído o nível de atividade durante a pandemia de COVID-19, dormir menos de seis horas por noite, ter depressão e outras doenças mentais associadas (YAMADA et al., 2021).

O estudo de Bailly et al. (2022), destacaram uma experiência de “lockdown” ruim em quase metade dos pacientes, confirmando que o distanciamento social durante o bloqueio foi associado a pessoas menos satisfeitas. Pacientes com dor crônica são mais susceptíveis a sofrerem de auto-isolamento e podem alterar a percepção de dor durante esse período. Além disso, a amplificação de sensações corporais ou a sintomatologia de estar doente impacta na experiência de dor crônica e foi recentemente demonstrado ser exacerbado pela atual pandemia, particularmente em populações vulneráveis. Enfim, a má experiência geral está associada a mudanças no comportamento de saúde, em particular ao consumo de tabaco e o uso indevido de álcool.

O local com maior incidência de dor conforme estudo de Yamada et al. (2021), no qual os participantes relataram sentir dor durante a pandemia de COVID-19 foi pescoço ou/e ombros, seguido por dor lombar. Do total de participantes, 6,3% relataram histórico de dor crônica anterior, e 10,4% apresentavam dor crônica no momento.

A solidão alterou a percepção e o aumento do isolamento social durante a pandemia de COVID-19 e foram positivamente associados à prevalência e incidência de todos os tipos de dor, intensidade da dor e prevalência de dor crônica passada e presente (GALBUSERA; CÔTÈ; NEGRINI, 2021).

O bloqueio devido COVID-19 causou mudanças significativas no estilo de vida dos indivíduos e tem sido razão da diminuição do número de vezes por semana dedicadas a participar de atividades físicas e, consequentemente, aumentar o tempo gasto sentado, sem atividades com maior gasto energético. Este efeito negativo parece afetar uma grande proporção de pessoas em todo o mundo e em todos os níveis de intensidade de atividades físicas (forte, moderada e leve), e a um aumento de 16 para 40% das pessoas gastando mais de 8 horas por dia em atividades sedentárias pode ser observado. O declínio geral relatado em atividades físicas é provavelmente uma consequência do distanciamento social, restrições de viagem, fechamento de locais habituais de exercício. Além disso, estudos recentes relataram uma menor prevalência de lombalgia entre os indivíduos que praticam atividades físicas regularmente e na intensidade da lombalgia em comparação a quem permanece muito tempo sentado. Os resultados demonstram concordar com esses achados. De fato, a diminuição percebida nos níveis de atividade física parece estar independentemente relacionada às percepções de aumento da dor e à inatividade física promove descondicionamento físico que exacerba a lombalgia (BAILLY et al., 2022).

Durante estudo de Rassu et al. (2021), os participantes indicaram preocupações com alterações em sua situação financeira familiar, preocupações com finanças, preocupações com sua capacidade de comprar alimentos e outras necessidades, sua capacidade de cobrir as despesas necessárias, a forma como sua situação financeira foi afetada pela pandemia, preocupações sobre ter moradia estável nos próximos meses, interrupções em atividades diárias e emprego.

Algumas referências destacaram a importância da catastrofização na população com dor crônica durante a resposta a situações de alto estresse. Na dor crônica, pacientes com lombalgia e catastrofização contribuem para hipervigilância e medo relacionado à dor e resulta na evitação e diminuição de atividades (BAILLY et al., 2022).

Estudo polonês de Gałczyk et al. (2021) revelou que se sentar em frente ao computador ou smartphone influencia a dor nas costas. Apresentando uma relação, principalmente, com à dor cervical para ambos os sexos, mas a força da correlação é maior para os homens. Para mulheres há uma relação entre o vício em internet e a dor na região lombossacral.

Períodos prolongados de limitação na atividade física, sedentarismo e isolamento têm um impacto negativo na depressão e no sentimento de ansiedade e medo. Pode também estar associada à diminuição da imunidade e ao comportamento de risco (HAWKLEY; THISTED; CACIOPPO, 2009).

Deve-se notar que a atividade física regular fortalece as funções imunológicas dos o corpo, o que pode contribuir para reduzir o risco de infecção. Os efeitos negativos da a pandemia de COVID-19 e o bloqueio prolongado com o contato social restrito podem ter consequências duradouras. (GAŁCZYK et al., 2021).

O ambiente doméstico é provável que esteja mal preparado, em muitos aspectos, principalmente devido à ausência de ergonomia das instalações de escritório em casa, e podem impedir a adoção de uma postura saudável, o que pode promover o aparecimento de distúrbios musculoesqueléticos. O trabalho em casa pode causar também estresse e isolamento, que influenciam a eficácia no trabalho, o bem estar e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Os resultados do estudo CONFI-LOMB demonstraram que o teletrabalho parece afetar significativamente a dor lombar (DL). Em primeiro lugar, o efeito do teletrabalho na DL poderia ter sido subestimado nesse estudo porque os sujeitos neste tipo de trabalho poderiam estar por um período muito curto para produzir os efeitos adversos (MORETTI et al., 2020; BAILLY et al., 2022).

Em segundo lugar, a natureza multifatorial de lombalgia e, em particular, fatores psicossociais (estresse, satisfação, isolamento) poderia ter desempenhado um papel na DL e essa pode ser a razão pela qual o teletrabalho não apareceu como um risco associado em separado pela análise multi-variada.

Conforme estudo do Lambert et al. (2020), foi observado que a incidência de lombalgia foi de cerca de 2,5 vezes maior entre os trabalhadores recém-colocados em teletrabalho.

Durante estudo de Amelot et al. (2022), antes do “lockdown”, 26% dos pacientes praticavam uma atividade física regular e durante o confinamento 56% realizavam atividade física moderada como caminhar ao ar livre. Alguns pacientes, que se beneficiaram da fisioterapia prévia a pandemia, 96%, tiveram que pará-la e 70,3% continuaram a realizar os alongamentos e exercícios que lhes foram ensinados, e realizados por eles mesmos. Os exercícios de alongamento foram principalmente hiperextensões dos músculos eretores da coluna (inspirados pelo método McKenzie), rotações e flexões do tronco, fortalecimento da cintura abdominal e reequilíbrio da pélvis (músculos psoas, adutores, quadríceps, isquiotibiais, rotadores externos e glúteos). 42% dos pacientes ganharam em média 1,9 kg durante o confinamento. (AMELOT et al., 2022).

A utilização de terapia de exercícios, massoterapia e manipulação da coluna vertebral para dor lombar diminuiu durante a pandemia. No entanto, não houve alteração significativa na utilização de AINEs ou opioides para dor lombar durante a pandemia. Os achados do estudo indicam que utilização de tratamentos não farmacológicos de primeira linha recomendados para dor lombar crônica (ou seja, terapia de exercícios e manipulação da coluna vertebral) diminuiu durante os primeiros 3 meses da pandemia. O uso de massoterapia como tratamento não farmacológico de primeira linha para dor crônica também diminuiu durante a pandemia. No geral, não houve evidência de aumento do uso de AINEs ou opioides durante a pandemia para compensar diminuição da utilização de tratamentos não farmacológicos (LICCIARDONE, 2021; QASEEM et al., 2017).

Os resultados indicam que o distanciamento social durante a os estágios iniciais da pandemia de COVID-19 impactaram significativamente a aceitação dos tratamentos não farmacológicos recomendados para a lombalgia crônica (LICCIARDONE, 2021).

Dados obtidos de Manchikant et al. (2022), refletem o fato de que devido à pandemia de COVID-19 entre 2019 a 2020 a utilização geral de procedimentos invasivos em coluna diminuiu 18,7% nos Estados Unidos, com uma diminuição de 17,5% para intervenções na articulação facetaria e bloqueios na articulação sacroilíaca e 25,4% diminuição para procedimentos em discos vertebrais e outros tipos de bloqueios nervosos.

O exercício físico regular pode reduzir o risco de transtornos mentais que ocorreram durante a pandemia e, portanto, diminuir os componentes emocionais e psicológicos da dor. Nesse estudo foi identificado que exercícios regulares em casa melhoraram a dor lombar crônica, em conformidade com a literatura, que relata que as rotinas de exercícios físicos em adultos têm se mostrado mais eficazes na redução da dor em comparação com tratamentos sem exercício. Da mesma forma, meta-análises pareadas examinando tipos específicos de exercícios mostraram que exercícios como o pilates, a estabilização do controle motor e yoga podem ser mais eficazes na redução da dor quando comparado a treinamento sem exercícios físicos (BAILLY et al., 2022).

A aplicação de tecnologia e aplicativos de smartphone para o manejo da dor crônica também se mostra promissora em reduzir o uso de opioides (GALBUSERA; CÔTÈ; NEGRINI, 2021). Exemplos de tais modalidades de intervenções incluem aplicativos de smartphone com diário eletrônico da dor, ferramentas educacionais para pacientes baseadas na Internet enfatizando o autogerenciamento, aplicativos via internet para terapia cognitivo-comportamental e regimes de tratamento combinados usando tecnologia para fornecer educação, o suporte, informações. O auxílio da tecnologia para o acompanhamento remoto também pode ser usado para facilitar utilização de tratamentos não farmacológicos como terapia de exercícios e ioga em um ambiente doméstico (LICCIARDONE, 2021).

Um trabalho de Fiani et al. (2020), utilizando um programa de realidade virtual (RV) com uso de habilidades de alívio da dor auto-administrado em casa por 8 semanas parece eficaz em reduzir a intensidade da dor e a interferência nas atividades. O treinamento virtual terapêutico apresentou altos índices de engajamento e satisfação do usuário. Estudos adicionais são necessários para determinar os efeitos em populações demograficamente diversas e em outras condições de dor. Os dados sugerem que a RV terapêutica não está operando por meio de mecanismos tradicionais de enfrentamento da dor. Como tal, pesquisas adicionais são necessárias para caracterizar os mecanismos dos efeitos do tratamento e durabilidade dos efeitos. A RV baseada em casa parece fornecer tratamento não farmacológico para DLC.

5 CONCLUSÃO

Durante o período de pandemia, pode ser observado um aumento na sintomatologia de dor lombar, devido a relação com exacerbação do componente emocional, gerado pelo isolamento, que ocasionou sintomas ansiosos, depressivos, e incremento no quadro de dor.

Outro fator determinante no aumento de sintomas álgicos para a população foi a redução da atividade física, com aumento da permanência nos lares, redução do deslocamento, atividades de lazer e esportivas de competição.

As condições de teletrabalho como a falta de correta preparação quanto a ergonomia das instalações em lares, o aumento de tempo sentado, contribuiu para o aumento dos sintomas de dor lombar.

Durante a pandemia de e COVID-19 foi observada uma redução de serviços não farmacológicos, como massoterapia, fisioterapia, yoga, ocasionando acréscimo em quadro álgico e uso de medicamento. Pode ser observado, também, durante o período de lockdown, uma redução em serviços médicos de intervenção em dor lombar, que podem contribuir negativamente em quadros de dores.

A manutenção de atividades físicas foi importante para a redução do quadro de dor durante a pandemia, e o uso de ferramentas tecnológicas (em computador ou smartphones) podem ser utilizadas como recurso para aumentar a realização de atividades físicas em lares.

Mais estudos são necessários para avaliar o impacto da dor lombar crônica e COVID-19 na sociedade.

REFERÊNCIAS

AMELOT, Aymeric et al. Chronic low back pain during COVID-19 lockdown: is there a paradox effect?. European Spine Journal, v. 31, n. 1, p. 167-175, 2022.

BAILLY, Florian et al. Effects of COVID-19 lockdown on low back pain intensity in chronic low back pain patients: results of the multicenter CONFI-LOMB study. European Spine Journal, v. 31, n. 1, p. 159-166, 2022.

CIEZA, Alarcos et al. Global estimates of the need for rehabilitation based on the Global Burden of Disease study 2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. The Lancet, v. 396, n. 10267, p. 2006-2017, 2020.

DAVID, Caroline Nespolo de et al. The burden of low back pain in Brazil: estimates from the Global Burden of Disease 2017 Study. Population health metrics, v. 18, n. 1, p. 1-10, 2020.

FIANI, Brian et al. Telerehabilitation: development, application, and need for increased usage in the COVID-19 era for patients with spinal pathology. Cureus, v. 12, n. 9, 2020.

GALBUSERA, Fabio; CÔTÈ, Pierre; NEGRINI, Stefano. Expected impact of lockdown measures due to COVID-19 on disabling conditions: a modelling study of chronic low back pain. European Spine Journal, v. 30, n. 10, p. 2944-2954, 2021.

GAŁCZYK, Monika et al. Chronic back condition and the level of physical activity as well as internet addiction among physiotherapy students during the COVID-19 pandemic in Poland. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 18, n. 13, p. 6718, 2021.

HAWKLEY, Louise C.; THISTED, Ronald A.; CACIOPPO, John T. Loneliness predicts reduced physical activity: cross-sectional & longitudinal analyses. Health psychology, v. 28, n. 3, p. 354, 2009.

HOY, Damian et al. The global burden of low back pain: estimates from the Global Burden of Disease 2010 study. Annals of the rheumatic diseases, v. 73, n. 6, p. 968-974, 2014.

IASP – International Association for the Study of Pain. Classification of Chronic Pain Second Edition (Revised). 2011. Disponível em: https://www.iasp-pain.org/PublicationsNews/Content.aspx?ItemNumber=1673&navItemNumber=677. Acesso em: 03 de ago. 2022.

IASP – International Association for the Study of Pain. Definitions of Chronic Pain Syndromes. 2019. Disponível em: https://www.iasp-pain.org/advocacy/definitions-of-chronic-pain-syndromes/. Acesso em: 03 de ago. 2022.

IASP – International Association for the Study of Pain. The Global Burden of Low Back Pain. 2021. Disponível em: https://www.iasp-pain.org/resources/fact-sheets/the-global-burden-of-low-back-pain/. Acesso em: 03 de ago. 2022.

LAMBERT, Anne et al. How the COVID-19 epidemic changed working conditions in France. Population Societies, v. 579, n. 7, p. 1-4, 2020.

LICCIARDONE, John C. Demographic characteristics associated with utilization of noninvasive treatments for chronic low back pain and related clinical outcomes during the COVID-19 pandemic in the United States. The Journal of the American Board of Family Medicine, v. 34, n. Supplement, p. S77-S84, 2021.

MALTA, Deborah Carvalho et al. Factors associated with chronic back pain in adults in Brazil. Revista de saúde publica, v. 51, 2017.

MANCHIKANTI, Laxmaiah et al. COVID-19 Pandemic Reduced Utilization Of Interventional Techniques 18.7% In Managing Chronic Pain In The Medicare Population In 2020: Analysis Of Utilization Data From 2000 To 2020. Pain physician, p. 223-238, 2022.

MORETTI, Antimo et al. Characterization of home working population during COVID-19 emergency: a cross-sectional analysis. International journal of environmental research and public health, v. 17, n. 17, p. 6284, 2020.

NICE – National Institute for Health and Care Excellence. Chronic pain (primary and secondary) in over 16s: assessment of all chronic pain and management of chronic primary pain. England: Nice, 2021. Disponível em: https://eikelandfysio.no/onewebmedia/Referanser/g-acupuncture-for-chronic-primary-pain-pdf-9071987012.pdf. Acesso em: 15 mar. 2022.

OMS, OPAS. OMS afirma que COVID-19 é agora caracterizada como pandemia. 2020. Disponível em https://www.paho.org/pt/news/11-3-2020-who-characterizes-covid-19-pandemic. Acesso em: 02 ago. 2022.

QASEEM, Amir et al. Noninvasive treatments for acute, subacute, and chronic low back pain: a clinical practice guideline from the American College of Physicians. Annals of internal medicine, v. 166, n. 7, p. 514-530, 2017.

RASSU, Fenan S. et al. The relationship between neighborhood deprivation and perceived changes for pain-related experiences among US patients with chronic low back pain during the COVID-19 pandemic. Pain Medicine, v. 22, n. 11, p. 2550-2565, 2021.

YAMADA, Keiko et al. Loneliness, social isolation, and pain following the COVID-19 outbreak: data from a nationwide internet survey in Japan. Scientific reports, v. 11, n. 1, p. 1-16, 2021.


¹Discente do curso de avaliação e tratamento Interdisciplinar em dor: 2021-2023, Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.FMUSP