CONDUTAS, PROTOCOLOS E CUIDADOS NO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PEDIÁTRICO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7868738


Ludimila Queiros Rodrigues1
Larissa Cristina Clementino Lara Caiado2
Ana Carolina Rodrigues Borges3
Brenda Mariê Sant’Ana Hernandes4
João Paulo Hernandes5
Diego Magalhães Cunha6
Thiago Melanias Araújo de Oliveira7
Laura Vilela Buiatte Silva8
Edú Santfer Bonito9
Bruna Freitas Guimarães10
Mariana Soerger11
Lauren Soares Luz12
Maria Eduarda Ferreira Passos13
Amanda Santos Zafani14
Lênio Airam De Pinho15
Amanda Barbosa Ribeiro16
Raphael Ulhoa Florêncio de Morais17
Wanessa Flores de Paiva18
Diuliane Ferreira Couto19
Juliana Doufem Silva Kato20
Carlos Eduardo Andrade Khouri21
Lucas Angelo22
Larissa Mendonça Wanzeler23
Giuliana Solha24
Natacha Ward Sá25
Ana Carolina Amâncio26
Micheli de Souza Pedro27
Stephane Cardoso Garcia28
Beatriz Vollmer29
Letícia Mara Alves30
Priscila Cardoso Leal31
Lara Cândida de Sousa Machado32


RESUMO

INTRODUÇÃO: O atendimento de urgência e emergência, no que tange ao atendimento pediátrico, requer uso de protocolos específicos e com medidas diferentes do atendimento do adulto. O trauma é a principal causa da entrada de crianças e adolescentes, sendo o primeiro atendimento via ambulância, essencial para o prognóstico desse paciente pediátrico. OBJETIVO: Analisar as condutas, tipos de protocolos e cuidados especiais no atendimento de urgência pediátrico. METODOLOGIA: Esse artigo se enquadra no tipo de revisão integrativa de literatura. Para a composição da escrita do artigo foram utilizados os bancos de dados de artigos científicos dentre eles estão:US National Library of Medicine(PubMed) e Scientific Electronic Library Online(SciELO) Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) de dados científicos até 10 de Março de 2023, em inglês, português e espanhol. Como critério de inclusão os artigos utilizados são do período de 2010 a 2023. Para a busca foram utilizado os unitermos “Emergência” AND “Pediatria” AND “Protocolos”. Foram excluídos teses de conclusão de curso e resumos simples e expandidos publicados em congressos. RESULTADO E DISCUÇÃO: existem três sistema de classificação para a emergência pediátrica, no que tange a traigem no primeiro atendimento. Eles são: Triângulo   de   Avaliação Pediátrica(TAP); Sistema   de   Triagem   de Manchester(STM); e Clariped.  Dentro dessa análise, é visível que há uma semelhança   entre   STM   e Clariped, a diferença é com base no tempo máximo para atendimento médico sendo maior  a partir da classificação   amarelo (urgente),  verde(pouco urgente)  e  azul (não urgente).Todos os protocolos possuem notoriamente importância   e   aplicabilidade   nos sitemas de saúde. CONCLUSÃO: Porém, é de supra importância que os profissionais, de toda a equipe hospitalar, saibam classificar adequadamente com base nos protocolos de ação.

Palavras-chave: Emergência, Urgência; Pediatria

ABSTRACT

INTRODUCTION: Urgent and emergency care, with regard to pediatric care, requires the use of specific protocols and with different measures from adult care. Trauma is the main cause of admission of children and adolescents, and the first assistance via ambulance is essential for the prognosis of this pediatric patient. OBJECTIVE: To analyze conducts, types of protocols and special care in pediatric emergency care. METHODOLOGY: This article fits into the type of integrative literature review. For the composition of the writing of the article, the databases of scientific articles were used, among them are: US National Library of Medicine (PubMed) and Scientific Electronic Library Online (SciELO) Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) and Virtual Library in Health (VHL) of scientific data until March 10, 2023, in English, Portuguese and Spanish. As inclusion criteria, the articles used are from the period 2010 to 2023. The keywords “Emergency” AND “Pediatrics” AND “Protocols” were used for the search. Course completion theses and simple and expanded abstracts published in congresses were excluded. RESULTS AND DISCUSSION: There are three classification systems for pediatric emergencies, in terms of trauma in the first consultation. They are: Pediatric Assessment Triangle (TAP); Manchester Triage System (STM); and Clariped. Within this analysis, it is visible that there is a similarity between STM and Clariped, the difference is based on the maximum time for medical care being greater from the yellow (urgent), green (little urgent) and blue (non-urgent) classification. the protocols are notoriously important and applicable in health systems. CONCLUSION: However, it is extremely important that professionals, from the entire hospital team, know how to properly classify based on action protocols.

Keywords: Emergency, Urgency; Pediatrics

INTRODUÇÃO

Cerca de 28 milhões, o que representa 27% das consultas anuais de emergência nos Estados Unidos são via atendimento em crianças com menos de 19 anos. Devido a fatores de gravidade aproximadamente 7% dessas crianças adentram ao hospital via por serviços médicos de emergência (EMS). Esse primeiro atendimento é crucial pois as EMS fornecem os cuidados mais importantes e de primeiro atendimento, sendo determinante para um bom prognóstico (Shenoi RP, Timm N; 2020).

Por se tratar de um cuidado especial, cerca de 84% dos hospitais dos Estados Unidos envia, via transporte intra-hospitalar, esses pacientes pediátricos que necessitem de cuidados intensivos para outro hospital e centro de experiência especializado. Devido as diferenças de protocolos, o atendimento de emergência pediátrica nos Estados Unidos se demostra padronizado, via condutas, sendo obrigatório que todos os profissionais de saúde, principalmente médicos e socorristas que são responsáveis por crianças gravemente doentes ou traumatizadas conheçam com detalhes os protocolos. Sendo necessários atualizações sobre os medicamentos usados, mudanças nas dosagens e indicações de medicamentos (Shenoi RP, Timm N; 2020).

Um dos maiores desafios dos últimas décadas é a superlotação nas emergências pediátricas, é encontrar soluções para o aumento da superlotação dos hospitais de pronto atendimento, principalmente na pediatria. Uma das estratégias executadas em várias partes do mundo para lidar com esse problema foi a implementação de sistemas de triagem, que consiste em classificar o grau de urgência do paciente clínica de cada após sua entrada no Departamento de Emergência (SU), estabelecendo uma lista de atendimento baseada no risco clinico de morte. Alguns desses parâmetros são: A Australian Triage Scale (ATS), a Canadian Triage & Acuity Scale (CTAS), o Manchester Triage System (MTS) e o Emergency Severity Index (ESI) que consistem em ferramentas de triagem, usados em diversos serviços de emergência em vários países (MAGALHÃES-BARBOSA, M. C. DE . et al,2016). 

O objetivo desse artigo é analisar, de forma geral, como funciona o atendimento, os protocolos e as condutas no atendimento de urgência de pacientes pediátricos.

METODOLOGIA

Para a elaboração desse artigo que se enquadra em uma revisão integrativa de literatura, cujo o objetivo dessa obra é reunir e sintetizar resultados de pesquisas elaboradas sobre o assunto sobre abordagem na emergência pediátrica, de maneira a elaborar uma linha de raciocínio e gerar resultados sobre o tema abordado. (Mendes; Silveira & Galvão,2008). Para a pesquisa foram utilizadas as determinadas bases de dados dentre elas: Scientific electronic library online (scielo), Us national library of medicine (pubmed) e Latin american and caribbean literature in health sciences (lilacs) e Biblioteca virtual em saúde (BVS). Os artigos utilizados para a revisão foram selecionados em Janeiro de 2023 e Abril de 2023. Foram selecionados estudos publicados entre 2000 e 2023, com o objetivo de manter o artigo mais atualizado e com pesquisas mais recentes, oferecendo mais credibilidade ao estudo (Whittemore r, knafl k.,2005). O perfil dos artigos encontrados estão presentes no gráfico 1 mostra que ao total foram encontrados 53 obras que se encaixavam na temática e nos critérios te inclusão e exclusão (detalhados no tópico 2.1), foram encontrados 63 artigos e utilizados 27 artigos para a composição dessa obra.

Fonte: Autores,2023

2.1 Estratégia de pesquisa

Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “urgência” AND “emergência” AND “pediatria”. Para a pesquisa foi utilizado o operador booleno AND entre os unitermos para a busca dos artigos relacionados a pesquisa. Para a seleção dos artigos os critérios de inclusão foram: artigos publicados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Us National Library Of Medicine (PUBMED) e Latin American And Caribbean Literature In Health Sciences (LILACS) E Biblioteca Virtual Em Saúde (BVS) entre 2000 e 2023. Foram escolhidos obras nos idioma (português, inglês ou espanhol). E como critérios de exclusão, não foram incluídos teses de conclusão de curso.

2.2 Seleção e extração dos artigos

O padrão de pesquisa realizado seguiu três fases de seleção: I- a leitura dos resumos dos artigos, já dentro dos critérios de inclusão II- Foi realizada uma etapa da leitura e avaliação na íntegra dos estudos selecionados na primeira etapa III- Com base na etapa II se o artigo se enquadrava nos critérios ele foi selecionado para a composição dessa obra. O método citado está descrito no fluxograma 1. 

Fluxograma I: Seleção dos artigos com base em três etapas

Fonte: Autores,2023.

RESULTADO E DISCUSSÃO

No Brasil, o sistema de classificação para pacientes pediátricos de risco, que dão entrada na emergência, desenvolvido pelo Ministério da Saúde no Programa Qualisus possui somente quatro categorias de emergência, chamado CLARIPED, exclusivo para emergências pediátricas (MAGALHÃES-BARBOSA, M. C. DE . et al,2016).

Dados atuais comprovam que o quantitativo de óbitos decorrentes de eventos adversos em saúde é alarmante. Estima-se que aproximadamente 400 mil pacientes morrem periodicamente em função dos eventos adversos evitáveis, e entre 2e 4 milhões de eventos adversos geram graves consequências à saúde do paciente, mas não levam a óbito. Quando diagnosticados aos adultos, as crianças hospitalizadas aumentaram em três vezes a probabilidade de sofrer danos (James, 2013; Patterson, 2013).

Dessa forma, como forma de combater esses erros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) buscou desenvolver políticas mundiais que melhorassem a assistência oferecida nos serviços de saúde, e revertes esta situação drástica. Para tal medida, em 2004 foi criado o programa The World Collusion for Quiet Security, onde descrevia medidas de a segurança do paciente (World Health Organization (WHO).

Quando um paciente da entrada na emergência, as ferramentas mais usadas para triagem ou classificação de risco (CR) de crianças em todo o mundo é denominada Manchester Triage System (MTS), a versão pediátrica da Canadian Pediatric Triage and Acuity Scale (PedCTAS), o Emergency Severity Index (ESI) e o Escala de Triagem Australiana (ATS). Essas ferramentas foram originalmente projetadas para adultos e desde então foram adaptadas para crianças, que compõem seus 20 a 40% atendidos em serviços de emergência em todo mundo (MAGALHÃES-BARBOSA, M. C. DE . Et al 2018).

Já no Brasil, com o objetivo de atender a essas demandas no atendimento pediátrico, uma equipe de especialistas em SEP foi responsável por desenvolver um sistema de classificação de risco para emergências pediátricas(CLARIPED), uma ferramenta simples e que segue os passos de forma objetiva, de fácil treinamento e utilização e execução.  Os protocolos que seguem o ATLS é um dos mais usados no Brasil, sempre importante ressaltar as diferenças importantes do pediátrico e do adulto (MAGALHÃES-BARBOSA, M. C. DE. Et al 2018).

Os traumas na infância, são bastantes comuns no atendimento pediátrico, principalmente as luxações e fraturas, na emergência pediátrica (UPA) de todo país. Diversos estudos, realizados em várias universidades do mundo, mostrou que o uso de analgesia e sedação para reduzir os danos causados por luxações ou fraturas fechadas são subcontroladas no atendimento de crianças. Para uma maior eficácia, O sedativo e analgésico de primeira escolha para esses procedimentos deve ser de início rápido, seguro e de fácil administração, com o intuito de gerar efeitos de amnésia e relaxamento muscular. Essa conduta, na emergência pediátrica, é feita sobre a responsabilidade do médico de emergência pediátrico, que devido a tantas opções disponíveis devem escolher a melhor opção, conhecendo as propriedades farmacológicas, efeitos esperados, efeitos colaterais e principalmente saber como antagonizar o medicamento, via antídoto, se necessário, afinal crianças são mais suscetíveis que os adultos a desenvolverem reações a medicações, principalmente intravenosas (BARCELOS, A. et al.2015)

Dentre os remédios de redução para a dor mais eficientes, os opióides, a morfina, fentanil são os mais amplamente utilizados na emergência pediátrica, devido à sua eficácia e grande disponibilidade. Sua eficácia limitada e baixa de efeitos colaterais tornam esses opióides a tornam a droga de escolha para muitas cirurgias pediátricas.Um outro medicamento, que ainda precisa de mais estudos é a cetamina usado especificamente em emergências ortopédicas (BARCELOS, A. et al.2015).

Um dos procedimentos mais realizados nas emergências pediátricas é a punção de acesso venoso, por meio dessa intervenção que os fluidos e medicamentos poderão ser administrados, via intravenosa. No atendimento pediátrico, esse procedimento é tecnicamente mais difícil, devido alguns motivos como: a agitação da criança, à própria anatomia e principalmente à resposta hemodinâmica em crianças, que são muito mais instáveis que os adultos (SÁ, R. A. R. DE . et al 2012)

Para evitar erros, em pacientes pediátricos, em estado crítico, a via intraóssea apresenta-se como a melhor alternativa por ser mais rápida e segura, além de se tratar como um acesso vascular não colapsável, ou seja sofre pouca influência sobre o estado hemodinâmico que a criança se apresenta, em contrapartida  o acesso vascular realizado em veias periféricas, possuem maior probabilidade de sofrem vasoconstrição diante de situações clínicas críticas  e traumáticas que podem evoluir para um choque, o que irá impossibilitar a punção e a manutenção de uma via adequada para a conduta. A via intraóssea só oferece benefícios, como a infusão de medicamentos, soluções hidroeletrolíticas e hemoderivados, que são executadas diretamente no plexo venoso ósseo, que possui uma absorção e o tempo de ação igual a de um acesso venoso periférico ou central (SÁ, R. A. R. DE . et al 2012)

Estudos realizados demostraram que a realização da punção intraóssea tem uma eficácia de mais de 90% de sucesso dos casos em que é indicada, para sua execução ser mais eficiente o tempo médio para sua obtenção pode ser inferior a 2 minutos, geralmente é realizada via um profissional mais experiente. Dessa maneira, o acesso intraósseo é a melhor opção para a infusão de fluidos na falha do acesso venoso periférico em pacientes pediátricos e também em adultos. Por mais que os estudos mostrem um processo eficiente, ainda é uma temática pouco explorada nos cursos de graduação na área da saúde SÁ, R. A. R. DE . et al 2012)

Um estudo realizado na   Emergências Médicas Pediátricas (SEM-P) do Hospital Vall d’HebronDurante demostraram que no período do estudo, 67 (0,9%) pacientes (de um total de 7.348 que sofrearam transferências intra-hospitalares sofreram de Taquicardia ventricular durante o transporte. Durante o transporte  houve  a ocorrência de choque cardiogênico, ou seja hipoperfusão (baixa perfusão) tecidual sistêmica mesmo com adequado volume intravascular, tal fato ocorre devido à incapacidade do músculo cardíaco em disponibizar o débito adequadoao que o corpo precisa.Em geral, o tempo médio de estabilização desses pacientes pediátricos foi de 35 min. Um dos fatores de risco apresentado foi a idade dos pacientes inferiores a 1 ano de idade (Sabaté, et al., 2020).

Se tratando das emergências neurológicas, elas atuam representando cerca de um terço dos códigos dos casos de maior gravidade dentro da emergência pediátrica. As manifestações clínicas mais prevalentes com cerca de 75% dos atendimentos com sintomas neurológicos agudos são:convulsões, cefaléia ou outros eventos paroxísticos, que se assemelham com crises epiléticas sem descargas elétricas no cérebro (Mastrangelo M, Baglioni V, 2021). 

Como exposto, existem três sistema de classificação para a emergência pediátrica, no que tange a traigem no primeiro atendimento. Eles são: Triângulo   de   Avaliação Pediátrica(TAP);   Sistema   de   Triagem   de Manchester(STM); e Clariped. O STM  e  no  Clariped existe uma  classificação baseada em níveis de emergência e no tempo máximo para atendimento.Se tratando do sistema de TAP, o protocolo para  o  atendimento  ocorre imediatamente apartir de uma avaliação rápida para averigar a presença de anormalidades    importantes    no aspecto do paciente como: respiração, cor da pele e estado neurológico. (Borges; Santos; Oliveira., 2021)

O Sistema  de STM, possui um sistema de atendimento baseada em um critério de cinco  categorias baseada em cores para facilitar o atendimento. A primeira dele, e mais grave, é a emergente   (vermelho),que necessita de uma   avaliação   imediata pelo     médico;  a segunda é classificada como   muito     urgente   sendo representada pela cor laranja, que é necessário uma avaliação médica no tempo máximo de         até    dez    minutos;  a terceira classificação é a amarelo, cujo critério é  urgente sendo necessário atendimento em até 60 minutos; a pouco urgente, representado pela cor verde, o atendimento pode ser realizado em até duas   horas;   e por último os casos   não   urgente, sendo representado pela cor azul, onde o atendimento pode ser feito em até  quatro horas (Borges; Santos; Oliveira., 2021)

Já o sistema de Clariped, possui as mesmas cinco categorias, alterando o tempo máximo de atendimento. O    risco    iminente    de  vida (vermelho), deve ser realizado o atendimento    imediato;    muito urgente    (laranja),   o tempo máximo de avaliação é de  dez minutos;  urgente  (amarelo),  a intervenção deve ser feita em até trinta minutos após a entrada no atendimento hospitalar; pouco  urgente  (verde) pode se aguardar até 90  minutos para o atendimento;  e,  não urgente (azul) até três horas de espera. (Borges; Santos; Oliveira., 2021)

Cada país, e as vezes cada unidade de atendimento de urgência, possui necessidades e demandas diferentes. Por isso, a necessidade de diferentes protocolos. Baseados no nível de complexidade e tempo necessário para atendimento em cada situação, dependendo da gravidade e recursos hospitalares.  Dentro dessa análise, é visível que há uma semelhança   entre   STM   e Clariped,  a diferença é com base no tempo máximo  para  atendimento  médico  sendo maior  a partir da classificação   amarelo (urgente),  verde(pouco urgente)  e  azul (não urgente).Todos os protocolos possuem notoriamente importância   e   aplicabilidade   nos sistemas de saúde. Porém, é de supra importância que os profissionais, de toda a equipe hospitalar, saibam classificar adequadamente com base nos protocolos de ação (Borges; Santos; Oliveira., 2021).

CONCLUSÃO

O atendimento na emergência pediátrica é mais delicado, devido à instabilidade da hemodinâmica desses pacientes, sendo necessário uma ação rápida e ser executada por médicos especialistas. Por se tratar de anatomia e fisiologia diferentes, o atendimento pediátrico necessita de uma abordagem especializada. Os diferentes protocolos ao redor do mundo tem sua aplicação conforme as necessidades e diferentes demandas da região.

Para se evitar erros no primeiro atendimento, é necessário que os profissionais seguem à risca os protocolos estabelecidos em cada unidade de saúde. É necessário manter a visão sistemática das diferentes peculiaridades que abrange o atendimento pediátrico dentre elas: vias aéreas, o processo de ventilação, o controle de hemorragias, caso pacientes do trauma, realizar um exame minineurológico detalhado e se atentar ao adequado do transporte pré-hospitalar e inter-hospitalar caso haja necessidade. Reduzindo a quantidade de óbitos e deixando o prognóstico mais eficaz.

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1Médica pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil

2Médica pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil. Especialista em Clínica Médica – UniRV; Pós graduada em Medicina Intensiva – AMIB; Mestranda em Ciências Aplicadas à Saúde – UFJ

3Médica pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil. Residente em pediatria Universidade de Rio Verde

4Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil

5Médico pela Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

6Médico pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil

7Médico pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil

8Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

9Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

10Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

11Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

12Acadêmico de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

13Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Goianésia, Brasil

14Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Goianésia, Brasil

15Médico pela Universidade Vale do Rio Verde, Belo Horizonte, Minas Gerais

16Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

17Acadêmico de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

18Acadêmica de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

19Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

20Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

21Acadêmico de Medicina pela Universidade de Rio Verde, Rio Verde, Brasil

22Acadêmico de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

23Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

24Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

25Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

26Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

27Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

28Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

29Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

30Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

31Acadêmica de Medicina pela Universidade de São Paulo (Unicid), Brasil

32Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Brasil