ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA ANEMIA MATERNA SOBRE O PESO AO NASCER DO  RECÉM-NASCIDO 

ANALYSIS OF THE INFLUENCE OF MATERNAL ANEMIA ON THE BIRTH WEIGHT OF  THE NEWBORN

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.7844964


Ana Florise Morais Oliveira1
Francilene Maria Morais1
Jonathas Morais Oliveira1
Camila Morais Cavalcante1
Marineide Mendonça Pereira1
Ana Clere Alves1
Iara Danielle Pereira Souza1
Warlen Miiler Rocha Araújo2
Wemerson da Silva Agostinho2


RESUMO 

A anemia é a alteração hematológica mais diagnosticada durante a gravidez com  consequências que podem levar a alterações no crescimento fetal, como baixo peso  ao nascer e parto prematuro. O objetivo deste presente estudo foi investigar a  relação entre a anemia materna e o baixo peso ao nascer. Tratou-se de uma  pesquisa bibliográfica na forma de Revisão Integrativa nas bases de dados SciELO,  LILACS e PubMed. Definiram-se os seguintes critérios de inclusão: artigos empíricos  qualitativos e quantitativos publicados em português, inglês ou espanhol, dentro do recorte temporal de 2018 á 2022. Foram excluídos monografias, livros, editoriais, comentários, relatos de experiência, revisões bibliográficas, dissertações e artigos  que não atenderam a temática, além de artigos não gratuitos, incompletos ou  duplicados. De 462 artigos encontrados, 8 foram utilizados para esta revisão. Foi  evidenciado que a prevalência da anemia é maior em mulheres jovens, com menor  instrução educacional, da zona rural e que apontaram estado nutricional deficiente.  Verificou-se que a associação do baixo peso ao nascer tem relação estreita com a  anemia, principalmente no estado grave. Melhorias nos programas de estratégia da  saúde e no estado nutricional das gestantes podem contribuir para prevenção das  consequências dessa doença. Em virtude dos dados encontrados, sugere-se o  desenvolvimento de novas pesquisas que identifiquem outras possíveis condições  associadas com a anemia materna para promover controle, prevenção e qualidade  de vida.  

Palavras-chaves: Gravidez. Peso ao nascer. Anemia. Estado nutricional. 

SUMMARY 

Anemia is the most diagnosed hematological alteration during pregnancy, with  consequences that can lead to changes in fetal growth, such as low birth weight and  premature delivery. The aim of this present study was to investigate the relationship  between maternal anemia and low birth weight. It was a bibliographic research in  the form of an Integrative Review in the SciELO, LILACS and PubMed databases.  The following inclusion criteria were defined: qualitative and quantitative empirical  articles published in Portuguese, English or Spanish, within the time frame from  2018 to 2022. Monographs, books, editorials, comments, experience reports,  bibliographic reviews, dissertations and articles that did not meet the theme, in  addition to non-free, incomplete or duplicate articles. Of 462 articles found, 8 were  used for this review. It was evidenced that the prevalence of anemia is higher in  young women, with less educational instruction, from rural areas and who indicated  a deficient nutritional status. It was found that the association of low birth weight is  closely related to anemia, especially in severe cases. Improvements in health  strategy programs and in the nutritional status of pregnant women can contribute to  preventing the consequences of this disease. Due to the data found, it is suggested  the development of new researches that identify other possible conditions  associated with maternal anemia to promote control, prevention and quality of life. 

Keywords: Pregnancy. Birth weight. Anemia. Nutritional status. 

1 INTRODUÇÃO 

A anemia é a alteração hematológica mais diagnosticada durante a  gravidez, no qual o número de glóbulos vermelhos no corpo cai abaixo do normal,  reduzindo a capacidade do sangue de transportar oxigênio no corpo (SHI et al, 2022). No entanto, para combater, prevenir, tratar e controlar esse problema é  necessário o empenho e compromisso político, econômico e social como uma  prioridade no sistema de saúde (SAFIRI et al, 2021).  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a anemia é uma  condição na qual o número de eritrócitos ou a concentração de hemoglobina dentro  deles é menor do que o normal (LI et al, 2019). Constitui um importante problema  de saúde pública dada a sua prevalência e as suas múltiplas etiologias (CHAPARRO et al,2019).  

A anemia é uma doença hematológica que pode ser fatal se não for tratada  adequadamente (TOMAS et al,2022). Em termos gerais, as mulheres são mais  propensas do que os homens a ter baixo estoque de ferro devido à perda de  sangue na época da menstruação, como também por outros processos biológicos  (JIMENEZ et al, 2022). 

O aparecimento de anemias durante a gravidez é frequente, principalmente  devido à falta de ferro no organismo, uma vez que, nessa circunstância o corpo  exige uma quantidade maior desse mineral para o desenvolvimento do feto e da  placenta (DE SANTIS, 2019; SINHA et al,2021).  

A principal causa de anemia durante a gravidez é a deficiência de ferro proveniente pela ingestão alimentar inadequada (MARSHALL et al, 2022). Contudo, a falta de uma alimentação adequada também envolve outros  determinantes como estilo de vida, nível de instrução escolar e situação socioeconômica e ambiental (CARPENTER et al, 2022). 

A anemia, ao lado da desnutrição, afeta o estado nutricional da criança,  provocando consequências deletérias para a saúde do bebê e da mãe (AYENSU  et al, 2020). O baixo peso ao nascer costuma estar associado a situações que  interferem na circulação placentária, devido a alterações na troca mãe-feto, e tendo  como possível desfecho crianças prematuras ou com retardo de crescimento  (AMIRI et al, 2023). 

A quantidade de ferro acumulada pelo feto na fase intrauterina é  proporcional ao seu aumento de peso. Assim, quanto menor o peso de nascimento  mais baixa é a quantidade de ferro orgânico (FIGUEIREDO et al, 2019). Por outro  lado, as variações fisiológicas que ocorrem durante uma gravidez normal também  causam uma diminuição lógica nos níveis de hemoglobina (KUMAR et al, 2022).  

A concentração de hemoglobina (Hb) tem sido considerada um indicador de deficiência de ferro e amplamente recomendada como critério  para indicação de ferroterapia em gestantes, principalmente em localidades com  poucos recursos (AZHAR et al, 2021). Esta constitui uma condição bastante  preocupante devido às consequências para o bem-estar da mãe e do recém-nascido(SURYANARAYANA et al, 2017). 

Dependendo da duração da gravidez, o feto deve atingir um crescimento dentro dos valores de normalidade (MADENDAG et al, 2019), embora haja  variações de acordo com a etnia, sexo e circunstâncias ambientais, aqueles recém nascidos que não atingem o peso ou comprimento mínimo esperado são  considerados pequenos para a idade gestacional e enquadram-se na categoria de  risco (SHAOHUA et al, 2022). Além de ser reflexo das condições nutricionais da  grávida e do recém-nascido.  

Em recém-nascidos, a anemia materna está associada com baixo peso ao  nascer, prematuridade e aumento da mortalidade perinatal e natimortos (SMITH et  al, 2019). Além de desenvolvimento cognitivo prejudicado e aumento do risco de  doenças crônicas (BIKS et al, 2021). Nesse sentido, este presente estudo teve  como objetivo investigar por meio de publicações científicas a influência da anemia  materna e o baixo peso ao nascer de recém-nascidos. 

2 METODOLOGIA 

Tratou-se de um estudo exploratório de Revisão integrativa da literatura. A revisão integrativa de literatura é um método de investigação e obtenção de dados a  partir da aplicação de técnicas científicas sobre fontes acadêmicas relevantes que permitam uma avaliaçãocrítica de referenciais teóricos sobre um determinado campo de estudo (LAKATOS, 2021). A elaboração desta revisão integrativa seguiu sete  etapas, como visto no quadro 1. 

Quadro 1: Etapas da elaboração da revisão

Etapas
1Determinação da questão norteadora
Elaboração da introdução
Seleção do tema, formulação da pergunta e do objetivo
Definição e descrição do método empregado e estabelecimento dos  critérios de elegibilidade
Seleção dos artigos nas bases, análise crítica e interpretação dos  estudos revisados
Interpretação e discussão dos resultados
Divulgação da revisão
Fonte: Autores, 2023. 

2.1 ESTRATÉGIA DE BUSCA E QUESTÃO NORTEADORA 

Para responder ao objetivo proposto foram consultadas as seguintes bases  de dados: Medical Publications (PubMed), Literatura Latino-americana e do Caribe  (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Na construção da estratégia  de busca foram seguidos passos sistemáticos. Para cada base indexadora foi  realizada uma adaptação dos termos/descritores utilizados na operacionalização da  busca, dadas as características particulares de cada indexador.  

Essas fontes de indexação foram selecionadas por agruparem produções da  área da saúde e estudos multidisciplinares. Esta presente pesquisa teve como  questão norteadora: “Anemia gestacional pode afetar no baixo peso em recém  nascidos? Para tanto, foi utilizado o modelo PVO, que contempla os seguintes  elementos: P: situação problema, participantes e contexto (Mulheres grávidas); V:  variáveis dos estudos (Anemia gestacional); O: desfecho ou resultados (Baixo peso  dos recém-nascidos). Esse modelo, por sua vez, foi adaptado da estratégia PICO – acrônimo que designa Paciente, Intervenção, Comparação e Outcomes –, usualmente  utilizada em revisões sobre intervenção. (MOULLIN et al., 2020). 

2.2 SELEÇÃO DOS ESTUDOS E EXTRAÇÃO DE DADOS 

A operacionalização desta pesquisa iniciou-se com uma consulta ao conjunto de descritores consistentes com as bases escolhidas. Foram utilizados os seguintes  termos nas bases de dados: “Anemia”, “gravidez” e “baixo peso ao nascer” e seus  semelhantes em inglês e espanhol: “Anemia”, “pregnancy” and “low birth weight” e  “anemia”, “embarazo” y “bajo peso al nacer”, disponíveis nas Seções de Assuntos  Médicos (MeSH) e nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os  descritores foram utilizados de maneira combinada em português com o conector  aditivo “e”, e em buscas em inglês com o conector aditivo “and ”. 

Definiram-se os seguintes critérios de inclusão dos estudos na revisão: artigos  empíricos qualitativos e quantitativos publicados em português, inglês e/ou espanhol.  Dentro do recorte temporal de 2018 a 2022. Foram excluídos monografias, livros,  editoriais, comentários, relatos de experiência, revisões bibliográficas, dissertações e  artigos que não atenderam a temática. Também foram excluídos estudos que  focalizam pacientes e suas vivências, além de artigos não gratuitos, incompletos ou  duplicados. O processo de busca e seleção dos artigos foi realizado de forma  independente pelos pesquisadores. Dúvidas ou inconsistências foram discutidas  posteriormente, até que se estabelecessem o consenso. A busca foi operacionalizada  no mês de setembro de 2022 a março de 2023. Em uma primeira fase foram avaliados  os títulos e resumos dos artigos para, na sequência, ser realizada a leitura dos textos  completos dos estudos selecionados. 

2.3 ANÁLISE DOS DADOS 

A análise dos dados ocorreu mediante a separação dos artigos segundo os  critérios de inclusão de forma que permitisse uma descrição exata das características  pertinentes do conteúdo. A codificação se deu com recorte das unidades de registros  de ordem semântica que mais tem característica com o tema estudado. Os recortes  de registros foram analisados e interpretados por categorias onde foram classificadas  de acordo com a temática e o objetivo da pesquisa. 

Após a releitura de cada um dos artigos, os dados de interesse foram  extraídos. Onde foi preenchido por meio de quadro com as seguintes informações: número de ordem e base de dados, autores, ano de publicação, revista, local, tipo de  estudo e principais evidências encontradas. Conforme preconizam as diretrizes para  o desenvolvimento de revisões integrativas, foram sintetizados os principais  resultados dos estudos, com foco nos dados que dialogavam com o objetivo da revisão. Todos os princípios éticos relacionados ao processo de construção de uma  revisão integrativa de literatura foram observados, sendo que os estudos revisados e  outros que foram incorporados ao manuscrito foram citados e referenciados 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A figura 1 ilustrou o processo de captação dos artigos nas bases de dados  analisadas. Onde foram encontrados 462 publicações, sendo (n= 241) em inglês,  (n=172) em espanhol e (n=49) em português, foram publicados prevalentemente, no  ano de 2022. Em relação a base de dados, os artigos estudados (n=4) foram  publicados na base de dados PubMed. Após aplicação dos critérios de inclusão e  exclusão filtrados e que contemplasse a temática do estudo e a questão norteadora,  foram selecionados 8 artigos para a discussão do conteúdo. Observou-se que (n=3)  artigos analisados eram estudos transversais com (n=1) caso controle, configurando  nível de evidência IV e VI (GALVÃO, 2006) 

Figura 1: Fluxograma do processo de seleção dos estudos para a revisão integrativa

Fonte: Autores, 2023.

Dos 8 artigos selecionados para análise, sete foram elaborados em outros  países, a saber: Etiópia, Bangladesh, Indía, Equador, Cuba e Colômbia. Os oito  artigos analisados foram publicados em inglês e espanhol. Destacam-se as revistas  da área médica (n= 3) com as maiores quantidades de artigos publicados na  temática desta revisão. Como também a base de dados eletrônicas PubMed (n=4)  apresentou maior quantidade de trabalhos científicos que contemplaram essa  abordagem temática. 

Os estudos foram descritos no quadro 2, mostrando autores, ano de  publicação, local da pesquisa, revista publicada, tipo de pesquisa e as principais evidências encontradas. A partir dos resultados, evidenciou-se a importância de discutir se há evidências cientificas da associação entre a anemia materna e o  baixo peso ao nascer de recém-nascido, demonstrando as complexidades das  questões que permeiam a saúde da mulher. Dessa forma, destaca-se o artigo de  Fite (2022), que serviu como base de análise, possibilitando a relação entre os dados  e o aprofundamento na literatura a fim de se responder à pergunta norteadora. 

Dentre os artigos selecionados, todos apresentam autoria múltipla, (n=2)  apresentam delineamento descritivo transversal, (n=2) coorte prospectivo, (n=2)  estudo de base populacional, (n=1) coorte transversal alinhado ao estudo coorte  prospectivo, (n=1) caso controle. Os estudos foram publicados entre o ano de  2019 e 2022; realizados predominantemente na América Latina (04), países  africanos(2) e asiáticos(02).  

Quadro 2: Apresentação da síntese dos artigos selecionados 

Nº DE ORDEM E BASEAUTOR/ ANOREVISTA/LOCAL/ TIPO DE PESQUISAPRINCIPAIS EVIDÊNCIAS DOS  ESTUDOS
1 PubMedFite, M. B.,  et al /2022BMC Nutrition volume /  Etiopia/Estudo de coorte prospectivoA prevalência de recém-nascido  com baixo peso ao nascer foi  maior entre mãe desnutridas,  anemicas e raquiticas.
2 PubMedEngidaw,  M. T., et  al/2022Sci. Rep./Etiópia/Estudo descritivo transversalMulheres grávidas que tiveram  anemia durante o final da gravidez  tiveram 4,19 vezes mais chances  de ter um recém-nascido com  baixo peso do que aquelas que  não tiveram anemia.
3 PubMedCarpenter,  R. M., et  al./2022Am. J. Trop. Med.  Hyg/  Bangladesh/Estudo de base populacionalHb materna alta foi associada a um  risco duas vezes maior de baixo  peso ao nascer quando detectado  com uma hemoglobina normal.
4 PubMedGnanasekar an, S., et  al/2019IJCP/India/Estudo de  base populacionalCerca de 85% dos bebês com  baixo peso ao nascer nasceram de  mães com anemia materna grave.
5 LILACSDíaz Granda,  R., et  al/2019Rev. Méd. Hosp. José  Carrasco Arteaga /Equador/Estudo  descritivo transversalA prevalência de anemia gestacional foi associada à prematuridade. Não foi encontrada relação estatística entre anemia e baixo peso ao nascer.
6 LILACS Santana,  M. de S.,  et al/2019Rev. Baiana Saúde  Pública/Brasil/ Estudo  de coorte transversal  aninhado ao estudo  coorte prospectivoAnemia materna apresentou associação direta com o desfecho do peso ao nascer.
7 SciELO Rojas, N.  H., et al/2022Medisan/Cuba/Estudo  analítico observacional do tipo caso-controleHouve relação significativa entre o aparecimento de recém nascido de baixo peso e a presença de doenças associadas a gestação, com maior percentual a anemia.
8 SciELOMadrid Pérez, C.,  et al/2021Rev Bras. Saude Mater Infant/Colômbia/  Estudo analítico  observacional  transversaEncontrou-se uma relação direta entre o baixo peso ao nascer de recém-nascidos e anemia em gestantes.
Fonte: Autores, 2023. 

A anemia por deficiência de ferro é um tipo comum de anemia, um distúrbio  no qual o sangue não possui glóbulos vermelhos saudáveis suficientes. (AMIRI et  al, 2023). Sem o ferro necessário, o organismo não consegue produzir a quantidade  suficiente de hemoglobina, substância presente nos glóbulos vermelhos que lhes  permite transportar oxigênio, tendo assim, como principal consequência a perda  sanguinea. (KUMAR et al., 2022).  

Durante a gravidez, o volume de sangue no corpo aumenta, assim como a quantidade de ferro necessária (JAMES et al, 2021). Entretanto, a gestante utiliza  desse ferro para produzir mais sangue para fornecer oxigênio ao bebê (GARZON  et al, 2020). Essa demanda fetal por ferro aumenta progressivamente durante as  semanas gestacionais (DUARTE et al, 2021). 

Por isso as mulheres grávidas são mais propensas a sofrer de anemia  (SINHA et al,2021). Essa explicação é consistente com os trabalhos de Fite (2022)  e Santana (2019), que sugerem risco significativo as gestantes com anemia  ferropriva. Uma vez que, essa doença interfere no crescimento normal e o  desenvolvimento cerebral do feto (MARSHALL et al, 2022).  

Por outro lado, no estudo apresentado pelos autores Diaz-Granda(2019),  mesmo em circunstâncias de deficência nutricional não verificou-se associação  determinante entre a anemia e peso ao nascer no começo da gestação. Contudo,  foi observada associação entre desnutrição no final da gravidez e baixo peso ao  nascer. 

Segundo Shi (2022), se a anemia da gestante for leve não afetará muito o  feto, contudo, se ela for grave afetará o suprimento de oxigênio, podendo levar o  feto ao baixo peso ou mesmo a prematuridade. Além de provocar na gestante sintomas como tontura, fadiga, dispnéia e irritabilidade (MALINOWSKI et al,2021).  

A anemia gestacional pode ocorrer em todas as faixas etárias, porém, o  problema é mais prevalente entre as mulheres jovens com menos de 30 anos; com  menos instrução educacional e maior vulnerabilidade socioeconômica (OYELESE  et al, 2021; GIBORE et al, 2020). Dados similares foram encontrados por Engidaw  (2022); Madrid-Peréz (2021). 

As mulheres grávidas precisam ingerir 27mg de ferro por dia, uma vez que  o ferro ajuda a criar células sanguíneas e prevenir a anemia (BRANNON et al, 2017).  Por um período suficiente para normalizar os valores da hemoglobina (MARTINS  et al, 2017). Entretanto, a ingestão excessiva pode afetar na absorção de cálcio e  vitamina E(DE OLIVEIRA et al, 2021). Isso também pode diminuir o suprimento de  oxigênio da gestante e do bebê, o que pode resultar em aborto espontâneo,  problemas no parto e mal formações (NG et al, 2019).  

No estudo de Engidaw (2022), gestantes que tiveram histórico de ingestão  de ferro com suplementação inadequada e incapacidade de tomar dose  recomendada estão associadas direta ou indiretamente com baixo peso do recém nascido. Neste sentido, os profissionais da saúde habilitados podem durante o pré nata orientar a gestante sobre a importância da alimentação rica em ferro  (LINHARES et al,2022) sendo que o inicio da suplementação começa a partir do  conhecimento da gravidez até o terceiro mês após parto (GEORGIEFF et al, 2020).  Alguns fatores limitam os efeitos esperados pelo uso de suplementos de ferro,  especialmente, tempo de suplementação, a baixa adesão na terapia e o desinteresse em monitorar dose correta desse nutriente (TEGODAN et al, 2021). 

A anemia desempenha um papel importante na ocorrência de  complicações na gravidez e no parto (GARZON et al, 2020). Muitas vezes, ocorre  quando o nível de hemoglobina é inferior a 11,0 g/d (AMIRI et al, 2023). Conforme  Agarwal (2021), os exames de diagnóstico e rastreio de doenças hematológicas  como a anemia, dependem principalmente de sua precisão e avaliação clínica  cuidadosa. 

Um importante panorama de avaliação da qualidade de saúde infantil é a  analise do peso ao nascer, que influencia no crescimento e desenvolvimento  saudável das crianças (BIKS et al, 2021). Nesta perspectiva, o baixo peso é uma das causas de mortalidade nos primeiros anos de vida, como encontrados pelos  autores Granasekarian (2019), Madrid-Pérez (2021) e Santana (2019).  

Se no caso de anemia grave os vários estudos parecem unânimes, no caso  de anemia leve ou moderada, essa associação é bastante debatida (FITE et al,  2022). Contudo, quando a anemia é causada por sangramento intenso, a perda de  sangue, se não for interrompida a tempo, pode levar à morte (KAROOPONGSE et  al, 2022). 

Segundo Engidaw (2022) e Fite (2022), a Etiópia é um dos países que  considera a anemia um problema de saúde pública, principalmente entre gestantes.  Preocupações similares foram encontrados pos pesquisadores da região latino americana (MADRI PÉREZ et al, 2021). Possivelmente, isso se deve pois essa  condição médica pode provocar baixo peso no recém nascido, parto prematuro e  mortalidade materna em diversas regiões do planeta, essencialmente, em países  em desenvolvimento ou emergentes (AWAL et al, 2022). 

De acordo com Engidaw (2022) há maior prevalência de anemia nas áreas  rurais. Uma vez que, constatou-se nessa população há maior disparidade de carga  nutricional em relação a população da zona urbana (ABATE et al, 2021). Portanto, é pertinente salientar que é necessário uma adequação dos programas nutricionais  do governo voltada para realidade local, a fim de que se possa alcançar as  mulheres que não estão em contato com os serviços de saúde durante a gravidez  (SHI et al, 2022). Por isso, a necessidade de expandir a cobertura dos cuidados  pré-natais e do sistema de saúde (TOMAS et al,2022). 

A anemia materna é geralmente detectada durante os últimos estágios da  gravidez, principalmente no terceiro trimestre, pois nesse período reflete na  expansão do volume plasmático materno (AZHAR et al, 2021). Aumentando o risco  de trabalho de parto prematuro (DÍAZ GRANDA et al, 2019). Além do risco de baixo  peso ao nascer ou até mesmo da criança antes ou após o nascimento (ROJAS et  al, 2022; SANTANA et al, 2019). 

Alta concentração de hemoglobina, hematócrito elevado e aumento dos  níveis de ferritina sérica no final da gravidez foram associados ao aumento do parto  prematuro e baixo peso no recém-nascido (JAMES et al, 2021). O reconhecimento de padrões diagnósticos gerais pode agilizar o diagnóstico (KUMAR et al., 2022). 

Os resultados demostraram que a prevalência de anemia em gestantes tem  aumentado ao longo dos anos, especialmente em mulheres com anemia grave em  diversos países (SURYANARAYANA et al, 2017). Isso pode ser explicado devido a  múltiplas causas da anemia entre as mulheres em idade reprodutiva estarem  provavelmente interligadas (KARAMI et al, 2022). Dessa forma, em consonância  com o estudo de Safiri (2021), esta situação pode ser agravada quando a anemia  é prolongada ou quando há presença de outras deficiências nutricionais. 

Conforme Rojas(2022), outros elementos, como a consulta clínica  periódica e o diagnóstico preciso reduziria as consequências da anemia  gestacional e o baixo peso ao nascer dos récem-nascidos. Sendo este um  problema de saúde materno-infantil devido às suas implicações clínicas e sociais  (MEKONNEN et al, 2018; OYELESE et al, 2021). Observou-se que crianças com  baixo peso ao nascer apresentam maior incidência de déficits neurológicos,  distúrbios de crescimento, problemas cognitivos e doenças crônicas não  transmissíveis (ZAVADENKO et al, 2019; BIKS et al, 2021). 

Essa situação pode ser superada se houver compromisso político e uma  atenção especial nas estrategias nutricionais, com intervenções multiprofissionais  que reconheçam e abordem em conjunto as causas e consequências da anemia e  tentem promover sáude com ações que melhorem a qualidade de vida da gestante  e incidem no desenvolvimento saúdavel do bebê (ARINGAZINA et al, 2021). 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Os resultados do presente estudo evidenciam que a anemia é uma  complicação frequente na gravidez; que pode se manifestar nos sintomas clínicos  da gestante e do recém-nascido, constituindo assim um problema de saúde coletiva.  Dentre as formas mais perigosas, a anemia grave, possui maior relação com parto  prematuro e baixo peso ao nascer. 

A prevalência da anemia é maior em mulheres jovens, com menor instrução  educacional, da zona rural e que apontaram estado nutricional deficiente. Isso ocorre talvez, por desconhecimento da morbimortalidade associada à anemia nesse  período ou por outras condições como culturais e socioeconômicas. Portanto, é  importante a mobilização de esforços que permitam modificar essa condição. Desse  modo, essas medidas requerem um conjunto de outras contribuições como:  científicas, sociais, económicas e políticas. 

Diante disso, sugere-se o desenvolvimento de novas pesquisas que  identifiquem outras possíveis condições que estão associadas com a anemia  materna, a fim de que se possa solidificar o conhecimento sobre a temática e  promover controle, prevenção e qualidade de vida.  

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1 Mestranda em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do  Piauí – UFPI. Possui especialização em Farmácia Clínica e Hospitalar pelo Centro  Universitário Internacional – UNINTER. Possui graduação em Biomedicina pelo  Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU e Graduação em Farmácia  pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão – UNIFACEMA.  Graduanda em Administração pelo UNINTER. ORCID://https:https://orcid.org/0000- 0001-8565-780X

1Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Possui especialização em Saúde Pública pela Universidade  Federal do Maranhão – UFMA. Possui especialização em Saúde da Família pela  UFMA. ORCID://https:https//orcid.org/0000-0001-9915-1199 Universidade Estadual  do Maranhão- UEMA. 

1Graduação em Ciências da Compuação pelo Centro Universitário  UniFacid Wyden – UniFacid. Pós-graduação em Desenvolvimento de Aplicativos  pelo Instituto de Ensino Superior em Brasília – IESB.. ORCID://https://orcid.org/0000-0002-2982-3698 

1 Graduanda em Serviços Sociais pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER. ORCID:// https://orcid.org/0009-0004-9233-5832. 

1Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do  Maranhão – UFMA. Possui Formação para Docência pela Universidade Estadual  do Maranhão – UEMA. Possui especialização em Língua Portuguesa e Literatura pelo Instituto de Ensino de Superior Franciscano – IESF. ORCID:  https://orcid.org/0009-0003-9360-1947 

1 Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário de Ciências e  Tecnologia do Maranhão – UNIFACEMA ORCID:// https://orcid.org/0009-0003- 4941-2962 

1 Graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Maranhão  – UNICEUMA. ORCID:// https://orcid.org/0000-0002-3389-5491

2 Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São  José do Rio Preto –FAMER. Possui graduação em Farmácia pelo Centro  Universitário de Rio Preto – UNIRP. Pós-graduação em Farmácia Clínica e Atenção  Farmacêutica pelo UNIRP, Pós-graduação em Aprimoramento Profissional em  Farmácia Hospitalar pelo UNIRP. Graduando em Medicina pela União das  Faculdades dos Grandes Lagos- UNILAGO. ORCID:// https://orcid.org/0000-0003- 4936-3681

2 Graduação em Farmácia pela Universidade Federal de  Pernambuco – UFPE. Atua como residente na Residência Multiprofissional em  Atenção Básica e Saúde da Família do Município de Jaboatão dos Guararapes.  ORCID:// https://orcid.org/0009-0004-4252-8994