IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NO COMPORTAMENTO DE CRIANÇAS DO TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA – (TEA) EM IDADE ESCOLAR

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7837910


Karoliny Mendonça de Aragão¹
Prof.ª Karen Celiane das Chagas Cardoso²


RESUMO

O presente artigo apresentar estudo direcionado para crianças com transtorno espectro autista-TEA definido como um conjunto de distúrbios e desordem no neurodesenvolvimento que afeta diretamente o comportamento social e cognitivo, quanto na interação no contexto familiar. O portador de autismo depois da confirmação de diagnostico precisa de um tratamento apoio diretamente por uma equipe de profissionais multidisciplinar composto por profissionais qualificados como Médico, Nutricionista, Psicólogo Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta, Otorrinolaringologista, Psicopedagogo, ressaltando que o autismo possuem direito ao tratamento que e oferecido no pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após análise do conteúdo, observou se que a maioria dos artigos associou a seletividade alimentar de crianças com TEA e o tratamento de seletividade alimentar. Os estudos demostram que a intervenção precoce Nutricional contribuir para minimizar as consequências da seletividade alimentar.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista, TEA em idade escolar, Alimentação, Terapia Nutricional.

ABSTRACT

This article presents a study aimed at children with autism spectrum disorder-ASD and defined as a set of neurodevelopmental disorders and disorders that directly affect social and cognitive behavior, as well as interaction in the family context. The person with autism, after confirmation of the diagnosis, needs treatment directly supported by a team of multidisciplinary professionals composed of qualified professionals such as a Doctor, Nutritionist, Psychologist, Speech Therapist, Physiotherapist, Otorhinolaryngologist, Psychopedagogue, emphasizing that autism has the right to the treatment that is offered in the Unified Health System (SUS). After analyzing the content, it was observed that most of the articles associated the food selectivity of children with ASD and the food selectivity treatment. Studies show that early nutritional intervention helps to minimize the consequences of food selectivity.

Keywords: Autistic Spectrum Disorder, ASD at school age, Food, Nutritional Therapy.

METODOLOGIA

Para a construção deste trabalho, as buscas por material tiveram início em no dia 25 de fevereiro de 2023.  Foram utilizadas publicações em língua portuguesa e inglesa, com as palavras-chave transtorno do espectro autista, TEA em idade escolar, alimentação do TEA, terapia nutricional. Como critério de inclusão foram utilizados artigos publicados entre 2019-2023, cujas temáticas estivessem relacionadas aos assuntos abordados no presente estudo.

Quanto aos critérios de exclusão, foram desconsiderados artigos que não tinham relação direta com seletividade alimentar com criança espectro autista em ambiente escolar, artigos com conteúdo repetitivos que não tinham relação direta com nutrição, somente com autismo, relação comportamentais e alimentar, mas não voltado a nutrição no ambiente escolar.

Para pesquisa foram utilizados o mecanismo virtuais como Google acadêmico e a base de dados do Scielo, PubMed e Lilacs. Dos resultados foram identificados 65 artigos, após a leitura do título e resumo de artigos, aqueles que não se tratavam de assuntos especifico a pesquisa foram excluídos, sendo no total de 35 artigos por não atenderem os critérios de elegibilidade. Por tanto, 30 artigos foram avaliados para compor.  

JUSTIFICATIVA

     Crianças com TEA são muito seletivas, resistentes à inserção de novos alimentos, criam grandes barreiras a novas experiências alimentares, além de serem propensas a carências nutricionais.

     Dados da literatura indicam que 10 crianças com TEA, seis apresentaram mudanças comportamentais negativas, após a ingestão de industrializados e ultra processados (Silva et al., 2021).

     Analisando toda as informações a respeito do Espectro Autista, e perceptível que a nutrição ajudaria de forma direta no processo de amenização dos sintomas na seletividade alimentar e no contato social do indivíduo. (Cruz et al.,2019)

      Portanto, compreender o comportamento alimentar dessas crianças é de suma importância para o desenvolvimento de ações e políticas públicas de saúde que visem a suprir as carências alimentares de pacientes infantis com TEA.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

     Avaliar e reconhecer a importância da alimentação no desenvolvimento de crianças nascidas com TEA, nos últimos anos e o papel fundamental do Nutricionista no auxílio da alimentação, no ambiente escolar para a construção de estratégias das condutas nutricionais para este público. 

Objetivos Específicos

  • Ajustar as opções de alimentação que favoreçam a interação nutricional para TEA, melhorando sintomas comportamentais, para conscientizar os responsáveis.
  • Destacar o impacto que aumenta a cada ano de crianças com TEA podendo alertar as famílias a entender a inclusão desses indivíduos no ambiente social e escolar
  • Discutir sobre o diagnóstico e tratamento alimentar do Transtorno Espectro Autista de maneira que possa reconhecer os alimentos enfatizando o auxílio do Nutricionista na alimentação em crianças com seletividade em idade escolar.   

INTRODUÇÃO   

A organização mundial da saúde (OMS) define o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo como um transtorno mental que causa alterações, tanto no comportamento, quanto no desenvolvimento cognitivo do indivíduo, em 1% do número total da população estima-se que há 70 milhões de autista em todo o mundo, sendo 2 milhões diagnosticados só no Brasil (PAIVA et al., 2020).

O TEA pode acometer indivíduos de diferentes faixas etárias, sexo, raça, gênero caracterizados por atraso na interação social e na aquisição da linguagem, bem como déficits nas habilidades e padrões comportamentais antes dos 3 anos de idade (FERREIRA et al.,2022).

A causa real do autismo ainda é desconhecida, mas dados da literatura científica vêm demonstrando que fatores genéticos e ambientais podem estar relacionados aos casos de pessoas nascidas com TEA (MAGAGININ et al., 2021).

De acordo com Silva et al.(2020) o diagnóstico e dado por observação clínica e entrevista dos responsáveis com aplicação de teste de rastreamento para o transtorno. Entretanto, dados epidemiológicos correspondem aproximadamente a 1 a 5 casos em cada 10.000 crianças em uma proporção entre 2 a 3 homens para uma 1 mulher (SANTANA et al.,2022).

    A Importância da alimentação no comportamento de crianças com TEA, Dovey, et al. (2019) reforça que crianças com seletividade alimentar apresentam maior dificuldade de expor os problemas de origem comportamental.  Nos últimos anos, estudos têm demonstrado que a alimentação esta agregada as carências nutricionais ao organismo, pois a ingestão de macro e micronutrientes está diretamente relacionado com a ingestão de energia para um bom funcionamento do organismo.

      A nutrição exerce um papel fundamental na manutenção da vida de todos e qualquer indivíduo de modo geral. Desta forma, a criança precisar está bem nutrida, consequentemente com uma flora intestinal saudável para que consigo desenvolver novas habilidades o organismo depende de uma nutrição adequada uma vez que já se sabe da conexão direta que existe intestino e o cérebro. Também se faz necessário ainda, citar o aumento de obesidade especialmente desse público (SOARES et al., 2022).

    Segundo Bittar et al. (2022) uma alimentação adequada na infância, desde o nascimento até o primeiro ano de vida é importante para garantir o crescimento e desenvolvimento normal da criança, quando se tratar de crescimento das crianças está associado ao crescimento ósseo refletindo na altura e em todo sistema de desenvolvimento do organismo dependendo de uma nutrição adequada, portanto o comportamento alimentar de um paciente autista é de grande importância.

    Colocando em vista toda a complexidade e riscos nutricionais da doença nesta população, a avaliação do comportamento alimentar é de extrema importância, visto que o aparecimento frequente de comportamentos afetará diretamente no consumo alimentar influenciando no estado nutricional. Sendo assim o assunto teve em vista analisar o comportamento alimentar em crianças com TEA em idade escolar.

 CRONOGRAMA

O cronograma deste projeto apresenta as atividades realizadas do primeiro semestre de 2023 em ordem cronológica de fevereiro a junho, do início a finalização desde projeto, conforme o Quadro 1.

Quadro 1 : Cronograma de Atividades

Fonte: Própria Autora, 2023.

Cronograma desenvolvido de acordo com os procedimentos utilizados no desenvolvimento do trabalho. Esses tipos de cronogramas são comuns quando se e realizado um projeto, sendo um estudo de casos ou análise técnica, no eixo vertical se encontra todas as etapas que foram realizadas, na horizontal estão as datas de começo e fim do projeto e dentro de cada quadro azul a duração em meses.

DESENVOLVIMENTO

História do Autismo

 O autismo, conhecido como transtorno do espectro autista TEA, é um dos mais conhecidos entre os Transtornos Invasivos de Desenvolvimento, é caracterizado pelo atraso no desenvolvimento das habilidades sócias, comunicativas e cognitivas.

 De acordo com que foi descrito por Dias (2015), os primeiros estudos sobre o que posteriormente seria classificado como Autismo foram publicados em 1943 por um Psiquiatra Austríaco chamado Leo Kanner. Inicialmente. Estudos feitos por ele, o distúrbio foi chamado de ‘‘Distúrbio Autístico do Contato Efetivo’’ no qual os indivíduos com essa condições apontavam características comportamentais especificas, o artigo de Kanner relatar casos de crianças com solidão excessiva, relações afetivas comprometidas diretamente comprometiam a linguagem, verbal e não verbal, ainda apresentavam dificuldades na adaptação de novas rotinas.

Os primeiros sinais foram apresentados pelas crianças estudadas ainda na primeira infância e por este motivo foi denominado por Kanner como ‘‘Autismo Infância Precoce’’. Em 1994, o pediatra também Austríaco Hans Asperger escreveu sobre a predominância de casos de crianças do sexo masculino e nomeou de ‘‘Psicopatia Austística Infantil’’.

     A luta da classe científica para entender as possíveis causas do autismo e suas complexibilidades se estendeu até o séculos XXI e, hoje em dia, o TEA é descrito com alguns graus de classificação que podem variar de acordo com as dependências física e emocional do indivíduo (EVÊNCIO; FERNANDES, 2019).

O autismo é estudado em todo o mundo há quase 80 anos, suas causas são pouco conhecidas. Desde 1952, começaram a surgir manuais com o intuito de disponibilizar informações que ajudassem a compreender as necessidades de pacientes autistas e assim, indicar ações efetivas para o tratamento precoce do autismo. Outros manuais foram elaborados no decorrer dos anos, para diagnóstica e classificar o TEA nos dias atuais. O autismo é considerado uma incógnita pelos estudiosos, apesar de várias pesquisas relacionadas ao tema, ainda existem muitas lacunas a serem preenchidas.        

Diagnóstico e Dados Epidemiológicos do Autismo

      O TEA ainda é um problema de difícil aceitação, tanto pela sociedade, quanto pelos próprios familiares principalmente os pais de crianças com essas condições, mas é necessário aceitação para que seja dado o primeiro passo para que o indivíduo possa aderir o tratamento, que deve ser iniciado o mais rápido possível após o diagnóstico da doença.    

O diagnósticos são realizados pela observação de sinais e sintomas nos quais ao longo dos anos se manterão visíveis, como: interação social, comunicação, e um padrão restrito de repetições. Fernandes (2020) citou que o diagnóstico do TEA tende a considerar dois ou mais sintomas na área de comportamentos restritos, repetitivos e estereotipados.

Estudos Epidemiológicos na Inglaterra em 1960, mostram os números de casos sofreram uma crescente considerável, atualmente existem muitas pessoas com TEA, de acordo com dados recentes a prevalência é de uma para cada 160 crianças no mundo com essas condições. Diante do contexto visto, a OMS sinaliza que poderá haver aumento significativo dos casos nos próximos anos, o que resultará em um grave problema de saúde pública mundial (NEVES et al.,2020).     

Comorbidades de pacientes com autismo

     Dados informam que 70% de pessoas que apresentam TEA possuem alguma morbidade relacionadas a transtornos psicológicos. Um dos maiores desafios para análise correta leva em contas cada paciente que demostra de 2 a 5 comorbidades de acordo com DSM-5(FERREIRA et al.,2022).

      Dentre essa condições destacam-se: Déficit de Atenção, Hiperatividade (TDAH), Bipolaridade, Transtorno Obsessivo e Compulsivo (TOC), Esquizofrenia, Ansiedade, Transtorno Opositivo Desafiador, Transtornos Alimentares, Obstáculos de conduta entre outros (NUNES et.al.,2019).

 Acompanhamento Nutricional e Seletividade Alimentar no TEA

     Os fatores Nutricionais e ambientais possuem um papel importantíssimo para o TEA, estudos comprovam que uma boa alimentação contribui de forma positiva e direta, melhorando os sintomas e atitudes, o acompanhamento de pediatras, nutricionistas e fonoaudiólogos e de extrema importância. (CARVALHO,2020).

     O nutricionista e o profissional mas qualificado para intervenção dietética, sendo responsável por avaliar cada caso, aplicando dietas e suplementações de acordo com as necessidades de cada paciente com autismo (GOMES et.al.,2022).    

     A seletividade e a recusa alimentar são particularidades comuns do desenvolvimento de toda criança, sendo ela atípica ou não, tem maior frequência na primeira infância, no período de introdução alimentar em que são ofertados novos alimentos com texturas sabores diferentes (BOTTAN et. al 2020). De acordo com Rocha(2019), crianças com TEA manifestam mais seletividade que as crianças típicas.

         Baixo apetite, recusar e o desinteresse alimentar formam a tríade da seletividade. Esse contexto pode provocar um limitação nas variedades de alimentos ingeridos, provocando mudanças comportamentais, resistência à introdução alimentar de novos alimentos (CAMPELLO et al.,2021). 

     Características mais comumente presentes em crianças com TEA é associada à desordem em relação área sensorial tátil, podendo afetar diretamente a aceitação de alimentos com texturas, cor, sabor e cheiro, diferentes. Segundo Gama(2020), o TEA se nega a tocar, lambear e não comer, representando as questões sensórias existentes (MURATTI et al.,2021).

     De acordo com Rocha (2019) crianças com TEA podem ser justificadas por não saberem realizar com eficiência certas atividades motoras, por apresentar distúrbios no processamento sensorial, que podem acarretar a escolher por alimentos com baixo teor nutricional.  

     A permeabilidade intestinal e alergia alimentar e outro ponto que contribuir na seletividade. De acordo com Oliveira et.al (2021) cerca de 12% da população portadora de autismo apresentam problemas gastrointestinal, podendo assim interferir diretamente na quantidade e qualidade do sono, favorecendo o recusar na alimentação

      Uma investigação adequada durante a anamnese é fundamental para avaliar este indivíduo, contribuindo para o diagnóstico clinico e nutricional (SILVA et al.,2021).

 Comportamento alimentar

     Os problemas alimentares é uma realidade entre os autistas, que afeta negativamente a qualidade de vida das crianças com TEA, assim surgiu a importância do acompanhamento nutricional desde cedo, para que seja elaborado um plano alimentar nutritivo e equilibrado (BOTTAN et al.,2020).

     Os pacientes podem apresentar distúrbios gastrointestinais como: dor abdominal, azia, bruxismo, perda de peso, irritabilidade, constipação, excesso de apoides cerebrais, por alta absorção intestinal, alterações na permeabilidade da mucosa gástrica e defeitos enzimáticos, que podem ser causa da chamada eteropatia artística. Estas apresentações clínicas, muitas vezes desconhecidas por seus responsáveis, impactam na alimentação destas crianças (FARIAS,2019).

     Os fatores intrínsecos nos alimentos podem interferir no comportamento alimentar, exemplo de textura, cor, sabor, forma, temperatura dos alimentos, bem como o formato e cor da embalagem, a apresentação do prato e utensílios utilizados (CAETANO et al.,2019).

Malefícios da alimentação inadequada do TEA

     Os alimentos ultra processados passam por muitas etapas de processamento e apresentam ingredientes com sal, açúcar, óleos, gorduras e aditivos alimentares. Esses aditivos têm a função de aumentar a duração dos alimentos, colorir da sabor, aroma e textura que os tornem muito atraentes e prejudicais a saúde. (MARQUES,2021).

     Existem vários motivos para evitar o consumo dos   ultra processados em indivíduos com   autismo.

     Estudos mostram que os aditivos alimentares nesse tipo de alimentos especialmente existem conservantes, corantes, xarope de milho rico em frutoses adoçantes artificias, estão ligados ao comprometimento do autismo, essas substâncias podem causar desequilíbrios minerais baixos níveis de zinco, fosforo, altos níveis de cobre (ZIMMER et al.,2020)

    O aumento significativo do número de crianças e adolescentes com alimentação inadequada e muito grande muitos são portadores de sobrepeso ou obesidade, uma vez que, na sua alimentação, há baixos consumo de frutas e vegetais e consumo excessivo de alimentos industrializados, ricos em sal, açúcar e gordura. Nesse caso, o nutricionista é responsável por promover a educação alimentar e nutricional para a formação de hábitos alimentares saudáveis, a fim de prevenir doenças relacionadas ao excesso de peso (MORAES et al.,2021).

Nutrientes benéficos para melhoria de vida do espectro autista 

     A ruptura de uma composição equilibrada da microbiota intestinal, denominada desvios, um desequilíbrio de bactérias pode causar inflamação intestinal crônica, que pode estar relacionada ao TEA (Moura et al.,2021). O sistema imunológico também atua como uma das rotas para comunicação intestino- cérebro.

     A dieta demostrou ser um dos fatores ambientais mais influentes que modulam a composição da microbiota intestinal, o cérebro e comportamento, dados clínicos e pré-clínico mostraram como diferentes fatores de dietas afetam significativamente a composição da microbiota intestinal e o humor em indivíduos diagnosticados com transtornos como do espectro autista(CRYAN,2019).

    Normalmente as deficiências nutricionais mais comuns em TEA são de ômega-3, vitaminais do complexo B, minerais e aminoácidos que são essenciais na formação de neurotransmissores e responsáveis por trazer equilíbrio no sistema nervoso central. Uma suplementação com probióticos, vitaminas B6 (piridoxina), juntamente com a suplementação de magnésio, vitaminas B9 (ácido fólico), vitaminas B12, vitamina C, vitamina D, zinco, ferro e ômega- 3 tem vindo mostrar efeitos positivos na melhoria de alguns dos sintomas do autismo (MENDES et al.,2020). 

Exames complementares

     Segundo Gomes(2020), terapias alternativas têm sido apontadas como coadjuvante no tratamento para crianças com TEA. Dentre elas as dietas livres de glúten e caseínas, em conjunto a suplementação de vitaminas e mineiras probióticos e antioxidantes, como também enzimas digestivas para minimizar os problemas GI comumente presentes nessa demanda. Contudo, é necessário a investigação com exames bioquímicos a fim de confirmar tais distúrbios usuais identificados em crianças autistas são alterações GI, hipovitaminoses, carências de minerais e dificuldades nos processos de destoxificação e metilação.

     Nos estudos de Bavykina et al (2019) crianças com TEA apresentam intolerância ao glúten e a caseína, essa sensibilidade ocorre em 50% deste público. Para comprovar tal diagnóstico, analises foram realizadas a fim de determinar anticorpos IgG específicos para caseína e gliadina, foi realizada por imunoensaio enzimáticos. Também foi dosado o nível de IgA total para excluir deficiências seletivas.

     No resultados da investigação de Bavykina (2019), a maioria das crianças com autismo (79,5%) tinha níveis aumentados de anticorpos IgG específicos para caseína. O aumento de anticorpos foi determinado em 19% das crianças que não seguem uma dieta sem glúten, e anticorpos anti-peptídeos gliadina Ig examinados não foram detectados em nenhum paciente. Este fato demostra que antes de iniciar uma dieta de exclusão de qualquer alimentos para crianças com TEA, e necessário realizar uma dieta de exclusão de qualquer alimento para crianças com autismo, é necessário realizar pesquisa para esclarecer a natureza da intolerância. Este estudo mostra a importância e a necessidade de exames específicos e individualizamos para escolha de táticas ideias de dietoterápica.

CONCLUSÃO

Objetivo deste artigo foi identificar, por meio uma revisão sistemática, artigos que abordassem de uma forma experimental, Importância da alimentação no comportamento de crianças do transtorno espectro autista (TEA) em idade escolar, verificando-se um escasso número de estudos, e apesar dos mesmos descreveram com clareza as intervenções em termos de metodologia, técnicas e recursos, por outro lado, a ausência de detalhamento acerca do perfil dos participantes, dos aplicadores e incluísse ausência de referências sobre a importância da alimentação do autista em idade escolar deixaram a desejar.

Os resultados obtidos, nos artigos analisados alçaram efeitos positivos quanto a seletividade alimentar os comportamentos inadequados, a rejeição alimentar. Esses dados e poucos artigos encontrados, indicam a necessidade de mais pesquisa encontradas, indicam a necessidade de mais pesquisas sobre o tema, tendo em vista a extrema relevância do tema, da importância alimentar do autista em idade escolar como indicar o presente trabalho. Estudos de caráter prospectivo, que tragam um número de amostra maior, e que tenham acompanhamento intenso durante as intervenções nutricionais, registrando-as e indicando as possíveis evoluções e métodos com a maior eficácia seja de uma alternativa para delinear novos caminhos para o TEA que apresentar seletividade alimentar principalmente em idade escolar.   

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¹Discente da Universidade Nilton Lins- Curso de Graduação em Nutrição.
²Orientadora.