PREVALÊNCIA DA AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

PREVALENCE OF SELF-MEDICATION IN UNIVERSITY STUDENTS IN THE HEALTH AREA: AN INTEGRATIVE REVIEW 

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7810991


Ayara Almeida Souza Cabral1
Roberta Jamilly dos Santos Araújo2
Maria Cecília Ferreira dos Santos de Santana3
Janiélson José de Barros4
Sâmela da Silva Sousa5
Rayssa Natasha de Lima e Silva6
Rodrigo Soares Braga7
Maelly Elisabete de Farias8
Matheus Severo Lima de Almeida9
Dallynne Bárbara Ramos Venancio10


RESUMO 

Introdução: Existem diversas causas para a automedicação em todo o mundo, o uso muitas vezes irracional de medicamentos traz sérias consequências. Nesta revisão, objetivou-se a avaliação da prevalência da automedicação, mormente, entre os universitários da área da saúde, suas motivações e dinâmica geográfica. Objetivo: Identificar, sumarizar e avaliar evidências científicas nacionais e internacionais disponíveis sobre a automedicação por universitários da área da saúde. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados científicos LILACS, MedLine, Índice Bibliográfico Español em Ciências de la Salud (IBECS), dentre outras bases de dados, foram incluídos trabalhos escritos em português e inglês que abordassem os descritores em saúde, no período de 2018 a 2023. Resultados: Seguido o processo avaliativo, foram selecionados 12 trabalhos para a amostra final que abordam um panorama dos índices, frequência e causas que contribuem para a automedicação por universitários da área da saúde. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, observa-se que o tema ainda necessita de estudo e discussão entre os universitários da área da saúde, pois verifica-se que ainda existe um alto percentual de automedicação entre os mesmos. 

PALAVRAS- CHAVE:  Automedicação; Universitários; Saúde. 

ABSTRACT 

Introduction: There are several causes for self-medication around the world, the often irrational use of medicines has serious consequences. In this review, the objective was to assess the prevalence of self-medication, especially among university students in the health area, their motivations and geographic dynamics. Objective: To identify, summarize and evaluate national and international scientific evidence available on self-medication by university students in the health area. Methods: An integrative review of the literature carried out in the scientific databases LILACS, MedLine, the Índice Bibliográfico Español em Ciências de la Salud (IBECS), among other databases, including articles written in Portuguese and English that addressed health descriptors in the period from 2018 to 2023. Results: Following the evaluation process, 12 works were selected for the final sample that address an overview of the rates, frequency and causes that contribute to self-medication by university students in the health area. Coclusion: Based on the results obtained, it is observed that the subject still needs study and discussion among university students in the health area, as it appears that there is still a high percentage of self-medication among them. 

KEYWORDS: Self-medication; University students; Health. 

1 INTRODUÇÃO  

Define-se fármaco como sendo toda substância química com capacidade de alterar as funções biológicas, alterações essas que são resultados da interação dos receptores e moléculas (KATZUNG, 2010). O inadequado uso dos fármacos é algo enraizado culturalmente, desde a colonização ganhando força até os dias atuais. Habitualmente a automedicação pode ter como resultado positivo a melhora de sintomas, mas também pode camuflar problemas de saúde ou até ocasionar intoxicação (GALATO, 2012). Posto que existem medicamentos que podem ser vendidos sem prescrição médica, a população precisa tomar consciência de que há um controle de hora e dosagem para tal, não usando-o como convém. É indispensável o princípio de que nenhuma substância farmacológica ativa é inócua ao organismo, tornando a automedicação um problema não só da saúde individual, mas coletiva (NETO et al., 2016). 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), automedicação é a escolha e o uso de medicamentos, sejam eles chás e/ou produtos tradicionais, para tratar sintomas diversos ou doenças autodiagnosticadas. Grande parte das pessoas que fazem uso dessas medicações são influenciadas por familiares que já fizeram uso de determinadas substâncias. Quando se entra no âmbito do uso das substâncias farmacológicas por estudantes de saúde leva-se em consideração as situações de estresse diante da alta demanda que a universidade propõe atrelado a influência de terceiros com resultados satisfatórios. Tais fatos gera uma preocupação mundial e um alerta para a cultura médico – farmacêutica. 

Nesta pesquisa, contudo, avaliou-se a prevalência da automedicação por estudantes universitários da área da saúde. Sendo realizada objetivando descrever, avaliar, levantar dados e consubstanciar o tema supracitado, buscando motivações, fontes de medicamentos e frequência da automedicação, além da obtenção e uso de medicamentos isentos de prescrição médica. Dentre as principais causas podem-se destacar a custosa acessibilidade aos sistemas de saúde, o conhecimento prévio de certos fármacos e influência do uso de fármacos por terceiros. Os resultados demonstram um carecimento de atendimento adequado por parte dos serviços de saúde, e necessidade de práticas educacionais objetivas voltadas para os universitários a respeito da automedicação, haja vista que embora eles detenham algum conhecimento prévio, acabam fazendo o uso indiscriminado de medicamentos (NAVES et al., 2010). 

2 METODOLOGIA  

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, de caráter descritivo e exploratório, que busca identificar, selecionar, avaliar e sintetizar informações de cunho científico sobre a temática. Essa abordagem metodológica é indispensável porque admite a liberdade aos pesquisadores de obter uma visão geral dos estudos nos anos pesquisados e identificar pontos que ainda não tiveram tanta atenção na sua abordagem em outros estudos, o que pode guiar a definição de novas questões de pesquisa e perspectivas importantes (PEREIRA et al., 2018). Por esse motivo, essa metodologia foi escolhida para ser o traço desse estudo, ela permite ao pesquisador ter uma visão integral dos estudos. 

O problema de pesquisa, diante de todo esse quadro que se busca descortinar, foi reformulado na seguinte pergunta norteadora: Quais circunstâncias ainda há prevalência da automedicação em universitários da área da saúde?  

Este estudo foi conduzido a partir de fontes secundárias, por meio da pesquisa bibliográfica em bancos e bases de dados científicos, incluindo Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), MedLine, Índice Bibliográfico Español em Ciências de la Salud (IBECS) e outras bases de dados. Foram utilizandos os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Automedicação”, “Estudantes”, “Medicamentos sem Prescrição” e operadores AND, na janela temporal de 2018 a 2023. Os critérios de inclusão para a seleção de artigos foram: estudos disponíveis gratuitamente e completos, que abordam a temática, publicados em inglês e português e indexados nas bases de dados mencionadas. Os critérios de exclusão incluíram: trabalhos duplicados em mais de uma base de dados, aqueles que não correspondiam ao objetivo proposto e artigos em outros idiomas. Após a realização da busca, pelo levantamento bibliográfico foram encontrados 610 artigos. Com a realização da leitura dos títulos e resumos ficaram 389 estudos selecionados em artigo em inglês (337) e português (52) com a leitura na íntegra, selecionou-se 12 trabalhos para compor a amostra final. 

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

Autores e ano de publicaçãoTítuloObjetivo
VENANCIO et al., (2023).Automedicação e vida acadêmica.Determinar a incidência da automedicação em Universitários, evidenciando suas principais causas.
COSTA, et al. (2021).Uso irracional de antibióticos, quais os fatores envolvidos?Identificar a partir de uma análise na literatura a causa principal do uso irracional de antibióticos, apontar o principal agravante do uso indevido dessa classe e enfatizar a importância do papel do farmacêutico neste cenário.
KAWUMA et al., (2021).Conhecimento, uso (mau uso) e percepções de analgésicos de venda livre na África subsaariana: uma revisão.  Realizar uma revisão de escopo dos usos e abusos de analgésicos de venda livre na África subsaariana, para informar estratégias para o uso correto.
NOGUEIRA et al., (2020).O problema começa no começo? Conhecimento e crenças de estudantes de medicina sobre antibióticos e resistência: uma revisão sistemática  Identificar o conhecimento, as crenças e as atitudes dos estudantes de medicina em relação ao uso e resistência a antibióticos e se eles mudam ao longo de seu tempo na faculdade de medicina.
BEHZADIFAR et al., (2020).Prevalência de automedicação em universitários: sistematização revisão e meta análiseDeterminar a prevalência de automedicação em estudantes por meio de uma revisão sistemática e meta-análise de estudos sobre a prevalência da automedicação em estudantes de todo o mundo.
TORRE et al., (2019).Evidências de fatores que influenciam a automedicação com antibióticos em países de baixa e média renda: uma revisão sistemática de escopo  A automedicação com antibióticos (SMA) é uma prática de preocupação global com maior incidência nos países de baixa e média renda (LMICs).
FEREIDOUNI et al., (2019).Vivências de automedicação entre pessoas: uma meta-síntese qualitativa.  Analisar, reinterpretar e sintetizar os estudos qualitativos existentes sobre percepções e experiências de automedicação entre pessoas ao redor do mundo.
XU, et al., (2019).Automedicação com antibióticos entre estudantes universitários em LMIC: uma revisão sistemática e meta-análise  Analisar a automedicação com antibióticos (SMA) é comum entre estudantes universitários em países de baixa e média renda (LMICs).
SISAY et al., (2018).Epidemiologia da automedicação na Etiópia: uma revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais  Estimar quantitativamente a prática de automedicação e possíveis razões para isso na Etiópia.
BOBROVITZ et al., (2018).Medicamentos que reduzem internações hospitalares de emergência: um panorama de revisões sistemáticas e priorização de tratamentos  Identificar estratégias para reduzir as taxas de admissão de emergência é uma prioridade fundamental.
SEUBERT et al., (2018).Intervenções para melhorar a comunicação eficaz durante as consultas de venda livre no ambiente da farmácia comunitária: uma revisão sistemática  Identificar intervenções destinadas a melhorar a comunicação entre os consumidores e o pessoal da farmácia durante as consultas de venda livre no ambiente da farmácia comunitária.

Fonte: Autores (2023)

KAWUNA et al., 2021, descreveu que dos1381 artigos identificados, 35 artigos de 13 países foram elegíveis para inclusão. A maioria eram estudos transversais quantitativos, dois eram estudos de métodos mistos e um usava apenas métodos qualitativos. Cerca de metade (n= 17) os estudos registraram prevalência de uso de medicamentos OTC acima de 70%, incluindo não analgésicos. Dor de cabeça e febre foram as doenças mais comuns para as quais os medicamentos OTC foram tomados. As principais fontes de medicamentos OTC foram farmácias e drogarias, e familiares, amigos e parentes, bem como sobras de medicamentos de tratamentos anteriores. As principais razões para o uso de medicamentos isentos de prescrição foram dificuldades no acesso aos serviços de saúde, percepção da doença como menor e conhecimento adquirido com o tratamento de uma doença anterior. As informações sobre automedicação vieram de familiares, amigos e vizinhos, farmácias e folhetos de leitura distribuídos na comunidade ou em instituições de ensino. O uso de drogas de venda livre tendeu a ser mais comumente relatado entre mulheres, pessoas com escolaridade inferior ao nível secundário e participantes com idade ≥50 anos. 

NOGUEIRA et al., 2020, relatou que dos 509 estudos recuperados, 22 preencheram os critérios de inclusão. Enquanto os estudantes de medicina percebiam a resistência como um grande problema de saúde pública, tanto no mundo quanto em seus próprios países, os alunos dos dois últimos anos do curso estavam mais atentos à prescrição excessiva de antibióticos em geral e de amplo espectro em seu hospital de ensino. Houve uma considerável falta de conhecimento sobre o tratamento de infecções de alta incidência, e infecções do trato respiratório superior em particular (41-69% dos participantes acreditavam que os antibióticos seriam úteis para tratá-las), sem diferenças por ano de curso. Os alunos estavam conscientes de suas deficiências pessoais e, portanto, mostraram-se dispostos a melhorar sua educação. 

BEHZADIFAR et al., 2020, um total de 89 estudos foram incluídos na análise, abrangendo 60.938 alunos. A prevalência geral de a automedicação em universitários foi de 70,1% (IC 95%: 64,3–75,4%). Estudantes do sexo feminino se automedicam com mais frequência do que estudantes do sexo masculino: razão de chances = 1,45 (95% CI%: 1,17–1,79). A prevalência de automedicação em estudantes de medicina (97,2%) foi maior do que em estudantes não médicos (44,7%). o I2 teste indicou alta heterogeneidade estatisticamente significativa. A análise de sensibilidade mostrou que os resultados foram estáveis. 

VENANCIO et al., 2023, apresentou algumas limitações, tendo em vista que a prática da automedicação é muito rotineira na vida acadêmica, e ainda falta estudos que devem ser realizados com outras metodologias para chegar a resultados mais consistentes e conscientizar os universitários sobre os problemas resultantes dessa prática. Não somente pela expressiva prevalência, mas pelo uso pessoal de medicamentos que podem causar danos, além da indicação dos medicamentos a terceiros, e sobretudo, pela falta de conhecimento dos riscos dessa prática. É preocupante acreditar que estes universitários, orientem seus pacientes a fazer o uso racionalizado e adequado, bem como conscientizá-los dos danos que podem causar a saúde. Contudo,  isso vem não apenas dos universitários, mas de um legado cultural que são passados de pais para filhos desde o início da história da humanidade, ficando essa responsabilidade também para as instituições de ensino, que tem feito poucas ações educativas relacionadas ao combate da automedicação (AME), não deixando de citar também da indústria farmacêutica com suas propagandas exageradas, que em geral visam demasiadamente lucros e pouco fomentam o bem-estar, a longo prazo, dos consumidores. 

Quinze estudos preencheram os critérios de inclusão. Os estudos incluíram participantes dos seguintes países de baixa e média renda: Guatemala, Índia, Indonésia, Quênia, Laos, Nepal, Nigéria, Paquistão, Sri Lanka e Iêmen. Os achados da revisão enfatizaram uma prevalência consideravelmente alta de AME, variando de 8,1% a 93%, com associação com o nível de escolaridade, renda mensal e sexo dos participantes. Acessibilidade, baixo custo e condições das unidades de saúde, bem como o comportamento de busca por saúde, são fatores que influenciam a AME em países de baixa e média renda. Condições de saúde como dor de garganta, resfriado comum, tosse, dor de cabeça, dor de dente, sintomas semelhantes aos da gripe, alívio da dor, febre, corrimento nasal, dor de dente, infecções do trato respiratório superior, e infecção do trato urinário foram as principais queixas que levaram à prática da AME (TORRE et al., 2019). 

Segundo COSTA et al., 2021 foi possível identificar a partir da análise na literatura um número relevante de fatores que levam a automedicação de antimicrobianos com destaque para praticidade, alívio rápido de sintomas, uso de prescrição antiga e dificuldade de acesso à serviço de saúde. Diante desses agravantes foi possível evidenciar também, a principal consequência do uso indevido desta classe que são os aumentos dos casos de resistência bacteriana que atualmente vem se tornando um problema de saúde pública. 

Os achados desta primeira metassíntese forneceram uma compreensão abrangente das percepções e experiências de automedicação em todo o mundo. Os achados mostraram que as experiências de automedicação podem ser classificadas em categorias pessoais, sociais, organizacionais e culturais. Essas descobertas podem ajudar os formuladores de políticas a abordar essas percepções e experiências no planejamento de saúde eficaz (FEREIDOUNI et al., 2019). 

A prevalência agrupada de AME dos estudos gerais incluídos foi de 46,0% (IC de 95%: 40,3% a 51,8%). A África teve a maior prevalência agrupada de AME entre estudantes universitários (55,30%), enquanto a América do Sul teve a menor prevalência (38,3%). Entre os LMICs individuais, a prevalência de AME entre estudantes universitários variou de 11,1% no Brasil a 90,7% no Congo (Xu, et al. 2019). 

Um total de 27 estudos com 9586 participantes foram incluídos para o estudo. A prevalência agrupada de automedicação na Etiópia foi de 44,0% (intervalo de confiança de 95% [IC]: 35,1, 52,8). A análise de subgrupo de base geográfica revelou que a maior prevalência foi observada na capital da Etiópia, Adis Abeba, 62,8% (IC 95%: 42,3, 83,2). A análise de base populacional indicou que profissionais de saúde e estudantes foram os principais praticantes da automedicação. Além disso, a prevalência da prática de automedicação em gestantes é de aproximadamente 22,9% (IC 95%: 9,8, 36). Os motivos mais comuns para praticar a automedicação foram experiência anterior de clientes e/ou familiaridade com tratamentos, 31,3% (IC 95%: 21,5, 41,1) e percepção de leve gravidade da doença, 31,1% (IC 95%: 26,0, 36,2) (SISAY et al., 2018). 

Identificamos 140 revisões sistemáticas, que incluíram 1.968 ensaios clínicos randomizados únicos e 925.364 pacientes. As revisões continham 100 medicamentos testados em 47 populações. Identificamos evidências de qualidade alta a moderada para 28 medicamentos que reduziram as admissões. Desses medicamentos, 11 foram apoiados por diretrizes clínicas nos Estados Unidos, Reino Unido e Europa. Essas 11 terapias foram para pacientes com insuficiência cardíaca (inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores dos receptores de angiotensina II, antagonistas dos receptores de aldosterona e digoxina), doença arterial coronariana estável (terapia intensiva com estatinas), exacerbações de asma (corticosteróides inalados precocemente no departamento de emergência e anticolinérgicos) (BOBROVITZ et al., 2018). 

Dos 4.978 registros identificados, 11 estudos preencheram os critérios de inclusão. As intervenções avaliadas foram: treinamentos presenciais (n = 10); encenações (n = 9); um programa de tomada de decisão de software (n = 1); e visitas simuladas do paciente (SP) seguidas de feedback imediato (n = 1). Os resultados foram medidos usando: metodologia SP (n = 10) e uma pesquisa (n = 1), com a maioria (n = 10) relatando um nível de melhoria em alguns comportamentos de comunicação (SEUBERT et al., 2018). 

4 CONCLUSÃO  

A automedicação em universitários vem crescendo cada vez mais, principalmente no que se refere aos acadêmicos das áreas da saúde, devido a intensidade elevada dos cursos que afetam de alguma maneira a saúde mental dos mesmos, onde encontram nos fármacos uma maneira de aliviar seus estresses diários. Perante o exposto, é fundamental que as Universidades busquem estratégias para orientar e prevenir o uso desenfreado da automedicação para que os possíveis danos não sejam desenvolvidos. Outrossim, percebe-se que o tema, também necessita de estudo e discussão entre os universitários da área da saúde.

REFERENCIAS  

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1Universidade Federal do Pará – UFPA
2Centro Universitário da Vitória de Santo Antão – UNIVISA
3Universidade Federal do Piauí – UFPI
4Centro Universitário Unifavip Wyden – UNIFAVIP
5 Anhanguerra – UNIDERP
6Centro Universitário Facol – UNIFACOL
7Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN
8Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
9Biomédico pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU
10Biomédica pelo Centro Universitário da Vitória de Santo Antão – UNIVISA