PROCESSO DE ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE: SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRA REFERÊNCIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) DO ESTADO CEARÁ

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7799860


Francisco Antonio Nascimento1
Francisco Rodrimar Rolim Lins2
Fernando Rodrigues Nascimento3
Larissa Torres Ferreira4
Marcos Antonio Maia Lavio de Oliveira5
Tony Thiago Souza Ferreira6
Francisco Dário de Oliveira Arruda7
Cleuton Veras de Medeiros8
Antonio Claudiano Matias Oliveira9
Elaine Ribeiro de Oliveira10


RESUMO

O presente artigo trata da importância da integralidade da assistência no SUS e da necessidade de um sistema para facilitar a troca de informações entre profissionais de saúde de diferentes níveis de atenção. O estudo propõe o desenvolvimento desse sistema, com levantamento de funcionalidades e descrição de fluxos de utilização. A pesquisa é do tipo exploratória com abordagem qualitativa e participativa com coleta de dados com dois profissionais na Policlínica Regional de Quixadá realizada, o material utilizado foi entrevista semiestruturada com desenvolvimento de protótipo a partir das análises dos participantes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.  Propõe-se, assim, o desenvolvimento de uma plataforma web dotada de módulos destinados a médicos e demais profissionais da saúde, bem como a profissionais administrativos envolvidos no fluxo de pacientes entre as unidades. Por fim, conclui-se que a falta de suporte às funções de referência e contrarreferência no Sistema Único de Saúde representa um problema que pode impactar negativamente tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes. O desenvolvimento de um sistema que facilite o compartilhamento de informações e o acompanhamento dos pacientes surge como uma solução importante para garantir a integralidade da assistência, com benefícios diretos para a qualidade do atendimento prestado e a prevenção de doenças. A implementação do sistema pode trazer impactos significativos na alocação de recursos e na formulação de políticas de prevenção mais efetivas, contribuindo para a promoção da saúde da população atendida.

Palavras-chave: integralidade da assistência, Sistema Único de Saúde, troca de informações, sistema web.

ABSTRACT

This article discusses the importance of comprehensive care in the Brazilian Unified Health System (SUS) and the need for a system to facilitate the exchange of information between healthcare professionals of different levels of attention. The study proposes the development of such a system, with a survey of functionalities and description of usage flows. The research is exploratory with a qualitative and participatory approach, with data collection performed through semi-structured interviews with two professionals at the Regional Polyclinic of Quixadá, and the prototype development based on the participants’ analysis. The study was approved by the Research Ethics Committee. Thus, it is proposed to develop a web platform equipped with modules for physicians and other healthcare professionals, as well as administrative professionals involved in the patient flow between units. Finally, it is concluded that the lack of support for reference and counter-reference functions in SUS represents a problem that can negatively impact both healthcare professionals and patients. The development of a system that facilitates information sharing and patient monitoring emerges as an important solution to guarantee comprehensive care, with direct benefits to the quality of care provided and disease prevention. The implementation of the system can bring significant impacts to resource allocation and the formulation of more effective prevention policies, contributing to the promotion of the population’s health.

Keywords: comprehensive care, Brazilian Unified Health System, information exchange, web system.

1 INTRODUÇÃO

A Lei Orgânica de Saúde (LOS), em seu artigo 7º, determina como um dos princípios básicos do SUS a Integralidade de Assistência, descrita como um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. Este princípio da integralidade, demanda que os diversos níveis de atenção à saúde sejam organizados de forma a garantir ao indivíduo a proteção, promoção e recuperação da saúde, de acordo com cada necessidade em qualquer nível de complexidade. Evidencia-se então, que a contrarreferência de pacientes entre os níveis de complexidade de atendimento em saúde, se constitui como um dos instrumentos técnicos que auxiliam no cumprimento do referido princípio da integralidade. Porém, esse fluxo de informações não é consolidado entre as unidades e profissionais de saúde envolvidos, trazendo uma clara dificuldade na ida e vinda destes dados, além da precariedade na qualidade da informação em si. Contextualizando, o termo Contra referência pode ter algumas interpretações acerca de seu significado, nesse artigo, porém, ele será entendido como a ação do profissional de saúde responder o encaminhamento do paciente vindo da atenção primária, como é o caso de Postos de Saúde e Unidades Básicas de Saúde (UBS), essa resposta pode ser por meio de um relatório de alta, um plano terapêutico ou documento semelhante que configure recomendações sobre o segmento do usuário e respostas as hipóteses levantadas pelo profissional de saúde que o encaminhou.

Figura 1: Fluxograma de atendimento e fluxo de dados entre a unidade primária e secundária.

Fonte: Elaborado pelo autor

Atualmente, porém, essa função de contra referência ainda não se encontra-se consolidada, com raras exceções, o paciente que chega referenciado ao serviço de atenção especializada retorna a atenção básica com a informação sobre o atendimento e atenção prestada nesse nível, e, quando retorna, essa informação não chega com a qualidade e rapidez necessária, muitas vezes com a informação se dando de forma oral ou manuscrita, suscetíveis a desinformação ou perda. Essa ausência de sistemas logísticos que deem suporte a essa troca de informação acaba por prejudicar o atendimento integrado do paciente, o que acaba fazendo com que esse tema seja amplamente citado como um gargalo entre os profissionais de saúde.

Para Protasio et al. (2014), visualizam que, a existência de problemas no fluxo, causados pela falta de planejamento e estrutura consolidada, aumenta o tempo médio de espera, gerando insatisfação dos usuários. É perceptível a dificuldade de acesso dos pacientes dos níveis de atenção iniciais ao serviços especializados, especialmente nos interiores do país, onde a oferta de médicos especialista é escassa, logo, cada atendimento deve ser valorizado, trazendo o máximo de resolutividade possível ao pacientes, evitando também o retorno desse paciente ao fluxo inicial. 

O compartilhamento de informações entre os diversos serviços de saúde é fundamental, e deve prover mecanismos que garantam uma atenção continuada e integral, é o que argumenta Haux (2006).

Para Fittipaldi Neto et al. (2018), que avaliou a comunicação entre médicos a partir da referência e contrarreferência é importante que o profissional de saúde participe deste processo e interaja com outros profissionais, buscando sempre o melhor alinhamento, para facilitar a troca de informações. 

Na região do Sertão Central, atualmente, não existem soluções concretas e integradas que abordem esse ponto específico do fluxo, quando muito, os médicos, como iniciativas individuais, escrevem manuscritamente, ou por meio de editores de textos digitais, na esperança que o paciente leve essas informações de volta à atenção primária. 

Existem sistemas que possibilitam a comunicação entre unidades de saúde, como por exemplo, o FastMedic, sistema disponibilizado pelo Governo do Estado do Ceará para regulação de vagas entre as unidades de saúde e municípios, porém, esse sistema aborda apenas a etapa da regulação, onde unidades de saúde disponibilizam vagas via sistema e que utilizadas pelos municípios, não fazendo parte da rotina de atendimento dos profissionais de saúde. Algumas iniciativas municipais implantaram sistemas internos, utilizados nos postos de saúde, buscando facilitar esse processo, porém, são sistemas limitados, que não possuem conexão com os outros níveis de atenção, portanto, não recebem nem compartilham informações com outros entes.

O objetivo deste estudo é propor uma solução digital, por meio do desenvolvimento de um sistema web, para aprimorar o fluxo de comunicação entre os profissionais de saúde em diferentes níveis de atenção, focando principalmente as funções de referência e contrarreferência. Para alcançar esse objetivo, as etapas do estudo incluem: a) revisão bibliográfica sobre o problema no sistema de encaminhamentos, b) descrição do fluxo de informações entre os profissionais de saúde envolvidos, c) identificação das funcionalidades necessárias para a construção do sistema, e d) elaboração e documentação do suporte para o desenvolvimento do referido sistema, visando aprimorar a integralidade assistencial do Sistema Único de Saúde.

Este   artigo   está   organizado   em   cinco   seções, sendo   a   primeira   esta introdução.  Na segunda seção, é abordado o referencial bibliográfico.  Na terceira, apresenta-se a metodologia desta pesquisa.  Na quarta, são analisadas a solução proposta, e por fim, na quinta, tecem-se as considerações finais.

2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

 2.1 Sistema de Encaminhamentos 

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são definidas como “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”, logo, essas redes viabilizam a operacionalização do SUS, MINISTÉRIO DA SAÚDE (2011).

Um dos itens dessa operacionalização, Ministério da Saúde (2011), são os Sistemas de Referência e Contrarreferência, também chamados de Sistemas de Encaminhamento, que são mecanismos para o estabelecimento da comunicação entre as entidades de saúde e seus profissionais.

O Sistema de Referência e Contrarreferência, faz parte dos sistemas que buscam fornecer uma organização do trânsito de informações de cada paciente acompanhado, logo, durante seu fluxo de atendimento, essas sistema devem fornecer ferramentas para o compartilhamento de informações entre os profissionais envolvidos nessa assistência. São estas inserções, consultas e compartilhamentos de informações dos usuários entre os serviços que compõem a Rede de Atenção à Saúde, assim como das pessoas e produtos entre os serviços que compõem as redes, que estabelecem uma comunicação eficaz, em busca do cumprimente o princípio da integralidade da assistência de cada usuário da rede MENDES (2011).

O Sistema de Encaminhamentos, que aborda as funções de Referência e Contrarreferência, busca prover um cuidado compartilhado entre o Médico Generalista, da Atenção Primária, e o Médico Especialista, da Atenção Secundária, de modo a integrar as informações sobre os cuidados do paciente entre os diversos níveis de atenção no sistema de saúde. 

Mendes (2011), aponta que, no ato de referenciar, o profissional de saúde da atenção primária, além do encaminhamento padrão, deve estabelecer os motivos e hipóteses que o levam a realizar esse encaminhamento, logo, deve realizar perguntas ao usuário, como, por exemplo, estilo de vida, histórico familiar e uso de medicação, e deve informar suas observações. Todas essas informações irão enriquecer o conhecimento do médico especialista, e, além de dar um melhor suporte para diagnosticar e preencher a contrarreferência, irá ampliar o conhecimento que a rede de saúde tem daquele determinado usuário, tornando mais prático seus futuros atendimentos na rede. 

Vê-se que o funcionamento apropriado desse sistema não melhora apenas o fluxo do atendimento atual do paciente, mas todo seu histórico médico, que pode ser melhor utilizado pelos diversos profissionais da rede em quaisquer ocasiões. Também fornece uma importante plataforma de dados, otimizando indicadores de saúde e dando um melhor suporte para decisões de gestão, alocação de recursos e incremento de profissionais. 

Segundo Finkelsztejn et al. (2009) estudou os encaminhamentos da atenção primária para avaliação neurológica em Porto Alegre, esse modelo de integração funciona utilizando um formulário chamado “Ficha de Referência e Contrarreferência”, no qual o médico generalista preenche campos informando dados do caso atendido e encaminha ao nível secundário, onde o médico especialista, ao retornar o paciente, preencher no formulário o diagnóstico e a conduta a ser realizada no nível primário. Esse é um tema bastante relevante, segundo Molini-Avejonas et al. (2018) que estudou os sistemas de referência e contrarreferência em um serviço de fonoaudiologia de alta complexidade em São Paulo, o fluxo de referência e contrarreferência nos serviços de saúde são imprescindíveis na soma de esforços para o aperfeiçoamento das unidades de média complexidade. 

Conforme Arrais Neta (2018) que propôs um sistema de referência e contrarreferência na Estratégia Saúde da Família do município de Canto do Buriti – PI, as articulações entre diversos serviços devem estar sincronizadas e voltadas ao alcance de um objetivo comum de modo que distintas intervenções do cuidado sejam percebidas e vivenciadas pelo usuário de forma contínua. O principal elemento para a integração das redes de saúde é um efetivo sistema de referência e contrarreferência, entendido como mecanismo de encaminhamento mútuo de pacientes entre os diferentes níveis de complexidade dos serviços. O Ministério da Saúde define este sistema como um dos elementos-chave de reorganização das práticas de trabalho que devem ser garantidas pelas equipes de saúde da família. A referência acontece quando um serviço de menor complexidade encaminha clientes a um serviço de maior complexidade, acompanhando-o e marcando seu atendimento. A contrarreferência acontece quando a situação é resolvida e o cliente é encaminhado novamente ao serviço de procedência para continuar o seu acompanhamento. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contrarreferência entre os serviços de saúde, maiores serão sua eficiência e eficácia e sua não efetivação pode ser considerada uma deficiência importante no contexto do SUS, já que compromete a qualidade e continuidade da assistência prestada.

2.2 Sistemas de Informação na Saúde 

A área da saúde, nos últimos anos, demonstrou uma grande necessidade de incorporar mecanismos para organização, armazenamento e processamento de seus dados. Para suprir essas demandas, surgiram os sistemas de informação em saúde (SIS), que buscam contribuir para uma assistência eficiente ao paciente, bem como fornece informações vitais para o planejamento e gestão em saúde, além de pesquisas clínicas na área de bioestatística e epidemiologia HAUX (2006).  

Os dados coletados na área da saúde conforme Haux (2006), tanto eletronicamente, como tradicionalmente manuscritos, são partes importantes do fluxo geral de atendimento, e impactam tanto na assistência, como na gestão destes setores. Com o crescimento do volume de dados a serem processados e armazenados, além da necessidade de obter esses dados ou informações provenientes destes de forma rápida e eficaz, é notório que os SIS podem contribuir de forma crucial para a melhoria da qualidade da assistência médica oferecida ao paciente, fornecer aos gestores de saúde uma base de dados única, organizada e completa sobre a população atendida e reduzir custos de armazenamento e gerenciamento de registros HAUX et al. (2002).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define os SIS como um conjunto de componentes, atuando de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão de informação. Essa atuação fornece suporte para os processos de tomada de decisões no Sistema de Saúde, MORAES (1994).

. Outra definição, também da OMS, aponta que os SIS são ferramentas cujo objetivo é analisar e selecionar dados pertinentes aos usuários desses sistemas. Já a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) define os SIS como conjunto de componentes que atuam de forma integrada e produzem informação necessária, veloz e acessível, buscando auxiliar os processos de decisões nos sistemas de serviços de saúde ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (1984).

2.3 Arquitetura de Software 

A arquitetura de software é definida como um conjunto de componentes de um software, seus relacionamentos e as normas que regem os projetos e a evolução dos softwares CARVALHO (2006). Pode-se também definir a arquitetura de software como o conjunto de componentes e seus relacionamentos, que devem satisfazer os requisitos funcionais e não funcionais do sistema. 

A UML (Unified Modeling Language) é a linguagem mais utilizada para descrever arquiteturas de softwares, é uma linguagem padrão para elaborar projetos de software, e objetiva prover uma melhor visualização dos componentes, seus relacionamentos, fluxos e especificações BOOCH et al. (2005).

Neste estudo, selecionaremos uma arquitetura de software, para dar suporte à proposta e futuro desenvolvimento. A arquitetura de software de um sistema são as estruturas do sistema, que abrangem componentes, propriedades e suas relações PRESSMAN (2011). 

. Segundo Pressman (2011), existem vários estilos de arquitetura. As mais difundidas são: a arquitetura centralizada em dados, arquitetura orientada a objetos, arquitetura em camadas e arquitetura MVC. Nesse estudo utilizaremos a arquitetura MVC. 

2.4 Arquitetura de Software MVC 

A principal característica do MVC é trazer ao usuário a visualização e manipulação de diferentes informações, assim, o usuário poderá ver o mesmo elemento do modelo em diferentes situações REENSKAUG (1978). A arquitetura MVC auxilia os desenvolvedores a construir aplicações separando seus principais componentes, a manipulação e armazenamento dos dados, as funções que irão trabalhar com as entradas dos dados e a visualização do usuário. A arquitetura MVC específica onde cada tipo de lógica deve estar localizada na aplicação SANTOS et al. (2010). O componente Model é o objeto de aplicação, a View é a interface visualizada pelo usuário e o Controller trabalha em relação às entradas de uma View e como as mesmas irão reagir.

Em termos de funcionamento, segundo Zemel (2009) a camada Model, é o componente em que a comunicação com os dados armazenados serão visualizados na View, podendo estar armazenado em um banco de dados, por exemplo, ou em outros meios com a mesma funcionalidade. É na Model onde as operações de CRUD, básicas para manipulação de dados em um banco, podem ocorrer. Já na View, a camada de apresentação da aplicação, será mostrada o que será visualizado pelo usuário final, independentemente de como, ou de onde tenham vindo essas informações, já que, a View trata apenas de como serão exibidas estas informações. Por fim, a Controller, é responsável por administrar todo o fluxo da aplicação, onde a lógica trabalha com os dados recebidos e seleciona qual operação utilizará na modelagem destes dados na camada Model.

2.5 Engenharia de Requisitos

 A engenharia de requisitos é uma das principais fases da Engenharia de Software, responsável por descobrir, analisar e documentar quais funcionalidades o sistema deve ter e as restrições para seu funcionamento SOMMERVILLE (2005). 

A Engenharia de Requisitos tradicional é definida por Sommerville (2006) como um instrumento que permite captar necessidades e objetivos do cliente, analisando e buscando soluções coerentes validando a especificação e gerenciando os requisitos em todo processo de construção de um software funcional e condizente com as expectativas do cliente.

2.5.1 Elicitação de Requisitos.

 Nesta fase, é iniciado o processo de Engenharia de Requisitos. Seu principal objetivo é obter dados e informações sobre o problema do cliente através de conversas com diferentes partes interessadas, onde coleta-se funcionalidades desejadas, com quais possíveis sistemas este deve interagir, regulamentações a serem implementadas e políticas da organização a serem respeitadas. É também definido os requisitos funcionais e não-funcionais do Software. Os requisitos de sistema não apenas especificam os serviços ou as características necessárias ao sistema, mas também a funcionalidade necessária para garantir que esses serviços/características sejam entregues corretamente SOMMERVILLE (2011).

2.5.2 Diagramas de Casos de Uso. 

Para completude do sistema, foi elaborado o diagrama de caso de uso que abrange as funcionalidades e comportamento do sistema. Esse diagrama apresenta o que o sistema faz do ponto de vista do usuário. Descreve as principais funcionalidades do sistema e a interação dos usuários com essas funcionalidades. A estrutura básica do diagrama é composta por uma elipse, um ator ou atores envolvidos, a indicação do fluxo da ação e o fluxo alternativo, quando necessário. Booch define caso de uso como uma descrição de um conjunto de sequência de ações, inclusive variantes, que um sistema executa para produzir um resultado de  BOOCH et al. (2005).

2.5.3 Diagramas de Atividade. 

Existem dois tipos de modelos UML: os que representam a estrutura estática e as representações comportamentais BOCK (2003). Os diagramas de atividades estão no grupos que representam comportamentos e aspectos dinâmicos de um sistema de software. Segundo Bezerra (2006) os diagramas de atividades podem ser utilizados em alguns casos específicos, neste estudo, será utilizado para representar a descrição de um caso de uso, com demonstrações das ações dos fluxos principais, alternativos e possíveis exceções. Nesse contexto, uma atividade representa um elemento de modelagem de comportamento, composta por ações ou outras atividades. Sua representação, assim como na ação, se dá por um retângulo com os cantos arredondados, com um identificador e uma marca de “tridente”, indicando a existência de outro diagrama detalhando as informações SILVIA (2007).

3 TRABALHOS RELACIONADOS

Thomas.et all (2001), realizaram um estudo de revisão sobre os desafios na assistência à saúde, com foco no sistema de referência e contrarreferência nos serviços de saúde, baseada na Metodologia Problematizadora (MP), com o objetivo de subsidiar possíveis hipóteses resolutivas para essa questão. As hipóteses formuladas envolvem principalmente a melhor comunicação entre os diferentes pontos da atenção primária, e a implantação de um prontuário eletrônico buscando minimizar o problema. Neste trabalho, o autor faz um estudo interessante, coletando opiniões dos principais atores do fluxo: os profissionais da saúde, e chega a conclusões que condizem com outras pesquisas e opiniões semelhantes, porém, não avança ao esboçar ou propor características sobre o prontuário eletrônico que menciona em suas conclusões, deixando esse ponto 

Yoshiura. (2015) buscou desenvolver e implantar um sistema de informação para gestão de pacientes com transtornos mentais. No projeto, foi desenvolvido um sistema web, utilizando as tecnologias PHP, HTML, Java Script e CSS, além de banco de dados MySQL e servidor Apache. Nele, o autor permitiu acompanhar consultas, solicitações de internações e suas informações, bem como a movimentação do paciente na rede de saúde pública mental de uma área específica. Após um teste piloto, o sistema entrou em funcionamento definitivo. Verificou-se uma taxa de quase 55 por cento de contra referências nas altas dos pacientes monitorados, o autor relatou que essa quantidade pode contribuir para a continuidade do tratamento nos níveis mais iniciais do sistema de saúde. O Autor, em sua pesquisa, desenvolve e implanta uma importante ferramenta de auxílio no acompanhamento de pacientes com transtornos mentais, com resultados que podem contribuir para a continuidade integral do tratamento destes pacientes. Seria interessante, porém, a expansão desse sistema para outras enfermidades, principalmente voltadas aos casos dos próprios pacientes, já que, ao focar apenas nos transtornos mentais, outras especialidades podem ser deslocadas do tratamento, dificultando o entendimento e acompanhamento correto, bem como a adesão dessa ferramenta pelos profissionais envolvidos.

Para Morato (2017) que buscou formular e analisar estratégias para a implantação de um sistema eletrônico de referência e contrarreferência em uma Unidade de Saúde da Família(USF) em um município goiano. A autora realizou um estudo em três USFs, com grupos experimentais e de controle, com intervenções e orientações a profissionais e pacientes utilizando-se de instrumentos apropriados. O estudo demonstrou, com uma taxa de encaminhamentos padrão, a dificuldade de acesso a consultas especializadas, além de um baixo número de retorno de pacientes à USF de origem. Por fim, a autora conclui ser importante a implantação de um sistema eletrônico de referência e contrarreferência, que permita uma melhor comunicação entre os profissionais envolvidos, trazendo uma maior integração entre os níveis de atenção à saúde. Canuto, neste estudo, analisou o fluxo atual de encaminhamentos entre unidades de saúde específicas, demonstrando as deficiências e prejuízos ao fluxo de atendimento o atual fluxo e concluindo que é necessária a implantação de um sistema eletrônico. Porém, a autora também não busca indicar características deste referido sistema, deixando esse item em aberto em seu estudo.

4 METODOLOGIA 

A pesquisa é do tipo exploratória com abordagem qualitativa e participativa com coleta de dados com dois profissionais na Policlínica Regional de Quixadá realizada, o material utilizado foi entrevista semiestruturada com desenvolvimento de protótipo a partir das análises dos participantes.

De acordo com Gil (2019), a pesquisa exploratória é utilizada para compreender e descrever fenômenos ainda pouco conhecidos, explorando as percepções e experiências dos participantes da pesquisa. Além disso, a pesquisa participativa busca envolver os participantes de forma ativa no processo, permitindo que suas vozes e opiniões sejam ouvidas e consideradas, conforme defendido por Reason e Bradbury (2008).

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica. De acordo com Fink (2014), o estudo bibliográfico é uma técnica de pesquisa que se baseia em fontes documentais como livros, artigos, teses, dissertações e outros documentos para coletar, analisar e interpretar informações sobre um determinado tema de pesquisa. Essa técnica é utilizada quando o objetivo é obter uma visão abrangente e atualizada sobre um assunto específico, permitindo a identificação de lacunas de conhecimento e o aprofundamento teórico do tema.

Ainda segundo Fink (2014), o estudo bibliográfico é uma técnica fundamental para a construção de bases teóricas sólidas em pesquisas acadêmicas, permitindo que o pesquisador se aproprie do conhecimento já produzido sobre o tema em questão. 

Com base em uma revisão bibliográfica do tema e na realização de entrevistas com profissionais da Policlínica Regional de Quixadá, estabelecimento de atenção secundária, procedemos a um levantamento de requisitos fundamentado nas funcionalidades demandadas pelos distintos usuários do sistema. Propõe-se, assim, o desenvolvimento de uma plataforma web dotada de módulos destinados a médicos e demais profissionais da saúde, bem como a profissionais administrativos envolvidos no fluxo de pacientes entre as unidades. O objetivo central consiste em disponibilizar uma plataforma que viabilize a troca de informações entre os profissionais que acompanham determinados pacientes, possibilitando que esses profissionais insiram informações correspondentes a seu nível de atendimento. Na plataforma, é possível inserir e consultar dados referentes ao estado médico do paciente, hipóteses diagnósticas, encaminhamentos e tratamentos indicados, além de seu histórico médico.

O próximo capítulo deste trabalho apresentará os resultados obtidos a partir da aplicação da metodologia descrita anteriormente. Serão descritas e analisadas as informações coletadas e os dados obtidos, que permitirão a identificação de padrões e tendências relacionadas ao objeto de estudo. Além disso, os resultados serão comparados com as informações teóricas apresentadas na revisão bibliográfica, visando a compreensão e a interpretação dos dados.

5 RESULTADOS

Durante o estudo, foram elaborados alguns artefatos para encorpar a proposta do sistema. Abaixo, está uma tabela, ilustrando qual ação o usuário irá tomar, em qual etapa essa ação será realizada, e uma pequena descrição referente a ação. Os usuários estão divididos em 4 tipos: Médico da Atenção Secundária (MED POLI), Médico da Atenção Primária (MED UBS), Funcionário Administrativo da Atenção Secundária (ADM POLI) e da Atenção Primária (ADM UBS). Na coluna ETAPAS, estão divididas entre os momentos antes do atendimento: Ações de recepção antes do atendimento; durante o atendimento: Consultas e Inserções de informações médicas do paciente; E após o atendimento, com os encaminhamentos necessários e complementos de informação. 

Na Coluna AÇÃO, estão denominadas as ações básicas que cada usuário vai tomar durante a utilização do sistema, inserções, consultas e edições de dados. Na coluna final,

DESCRIÇÃO, estão descrições básicas sobre o que o usuário irá fazer durante aquela ação.

Sugerimos a utilização da arquitetura MVC para o desenvolvimento do referido software, especialmente pela sua facilidade de desenvolvimento e rapidez para correções e atualizações, levando em conta que se trata de uma área onde uma resolutividade veloz é crucial para a adesão e utilização plena pelos profissionais envolvidos.

Figure 2: Fluxograma de atendimento e fluxo de dados entre a unidade primária e secundária.

Fonte: Elaborado pelo autor

Também foram elaborados dois diagramas de casos de uso. O primeiro, demonstrando as ações tomadas pelos profissionais de saúde ao atender o paciente, e outro, com as funcionalidades utilizadas pelos profissionais administrativos, que oferecem suporte durante os atendimentos. 

O caso de uso da figura 3, representa as ações que o profissional de saúde pode tomar durante o atendimento. Inicialmente, o profissional pode acessar o histórico do paciente, com a opção de visualizar exames que o paciente possa ter realizado anteriormente, também pode realizar solicitações e encaminhamentos, e, dentro destas opções, redigir a referência ou a contrarreferência, por fim, também pode inserir anamneses e registro de evolução do atendimento, a fim de registrar quaisquer novas informações importantes. 

Figure 3: Fluxograma de atendimento e fluxo de dados entre a unidade primária

Fonte: Elaborado pelo autor

Na figura 4, as opções que os profissionais administrativos possuem: realizar os cadastros dos pacientes, editar informações e inserir dados e registros importantes para o melhor complemento do histórico médico.

Figure 4: Fluxograma de atendimento e fluxo de dados entre a unidade primária e secundária.

Fonte: Elaborado pelo autor

Por fim, dois diagramas de atividades, demonstrando mais precisamente o percurso das ações que os dois principais usuários, profissionais de saúde e administrativo, irão tomar durante sua completa utilização do sistema. 

A figura 5 acima, ilustra o diagrama de atividades de usuário profissional de saúde, descrevendo todos os percursos possíveis que o usuário poderá percorrer durante o atendimento de um paciente, desde a consulta do paciente, visualização de documentação anterior, inserção de informações decorrentes da atual consulta, e, por fim, as solicitações e encaminhamentos decorrente deste atendimento.

Figura 5: Fluxograma de atendimento e fluxo de dados entre a unidade primária e secundária.

Fonte: Elaborado pelo autor

Na figura seguinte, o diagrama de atividades demonstra o percurso percorrido pelo profissional administrativo, que participa ativamente de várias etapas do fluxo de atendimento. Sua principal função é gerenciar as informações não-médicas do paciente, bem como incorporar informações importantes de atendimentos e exames anteriores, além de zelar pela qualidade das informações inseridas

Figura 6: Fluxograma de atendimento e fluxo de dados entre a unidade primária e secundária.

Fonte: Elaborado pelo autor

O próximo capítulo deste trabalho apresenta uma síntese das principais informações e resultados obtidos ao longo da pesquisa. Foi abordado o problema da falta de suporte às funções de referência e contrarreferência, apresentando uma solução que visa auxiliar no cumprimento do princípio da integralidade da assistência, fundamental para a qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde. A implantação do sistema proposto pode trazer benefícios significativos para os profissionais de saúde, pacientes e gestores, permitindo o acesso rápido e prático às informações dos pacientes, a formação de indicadores de saúde e a alocação mais eficiente de recursos. 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste estudo foi evidenciar a relevância do tema proposto, a falta de suporte às funções de referência e contrarreferência, na promoção da integralidade da assistência no Sistema Único de Saúde. Considerando que essas funções são fundamentais para garantir a continuidade do cuidado ao paciente, a ausência de suporte pode acarretar em prejuízos tanto para os profissionais de saúde quanto para os próprios pacientes. Nesse sentido, a proposta de um sistema que visa facilitar o fluxo de informações e o acompanhamento dos pacientes surge como uma iniciativa importante para solucionar esse problema.

Os impactos da implementação desse sistema seriam diversos. Os profissionais de saúde teriam acesso rápido e prático às informações dos pacientes, permitindo que eles possam tomar decisões mais informadas e embasadas. Com a confiança nas informações recebidas, haveria um aumento na qualidade do atendimento prestado, reduzindo-se erros e equívocos diagnósticos. A possibilidade de inserir e consultar dados referentes ao estado médico do paciente, hipóteses diagnósticas, encaminhamentos e tratamentos indicados, além de seu histórico médico, também possibilitaria um acompanhamento mais efetivo de sua condição.

Por sua vez, os pacientes seriam diretamente beneficiados com um fluxo mais ágil de atendimento, com a redução das filas e da espera por atendimentos especializados. A melhoria na comunicação e compartilhamento de informações entre os profissionais de saúde também contribuiria para a prevenção de doenças, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, evitando complicações desnecessárias e reduzindo custos com internações e tratamentos prolongados.

Além disso, como os dados armazenados permitiriam a formação de indicadores das regiões onde os pacientes residem, os gestores de saúde teriam possibilidade de identificar padrões e tendências, possibilitando uma melhor alocação de recursos e políticas de prevenção mais eficazes. Por meio do monitoramento das informações coletadas, seria possível realizar ações mais assertivas e direcionadas, com resultados mais efetivos para a população atendida.

Portanto, a implementação do sistema proposto contribuiria significativamente para a melhoria da assistência em saúde, promovendo a integralidade da atenção e otimizando os recursos disponíveis. Espera-se, assim, que as funcionalidades levantadas e as ações sugeridas possam inspirar o desenvolvimento de outras iniciativas similares, com o objetivo de aperfeiçoar a assistência aos pacientes que buscam esses serviços.

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1Graduado em Matemática pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA (2011). Especialista em Gestão Escolar pela Faculdade Ieducare e MBA em Gestão e Políticas Públicas Municipais. Mestrado com pesquisas na área de tecnologia aplicada a educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente estuda doutorado na área de pesquisa em Avaliação da Efetividade e do Desempenho da Aprendizagem com Análise Multidimensional e Multilinear, em Engenharia de Teleinformática (UFC). Membro do Grupo de Pesquisa em Telecomunicações sem Fio (GTEL/UFC). Membro do Grupo de Estudos Tecendo Redes Cognitivas de Aprendizagem (G-TERCOA/UFC), Membro do Laboratório de Pesquisas e Avaliações Métricas e Cultura Digital Maker (LABPAM/CDMaker)
https://orcid.org/0000-0001-7867-8143
E-mail: professortoinhonasc@gmail.com

2Licenciado em Informática e Letras. Mestrando em Engenharia da Computação (UFC). Professor Língua Estrangeira Inglesa, Pós graduado em Psicopedagogia pela UNIQ e Pós graduado em CyberSecurity e Cibe crimes pela Unopar.
https://orcid.org/0009-0004-5194-0606
E-mail: rodrimarlins@gmail.com

3Licenciado em Matemática e Mestrando em Engenharia Elétrica e de Computação (UFC)
e-mail. Fernandorodrigues0007@gmail.com

4Graduada em Análise de Sistemas pela Faculdade Integrada do Ceará e em Gestão em Logística pela Universidade Metodista, com Pós-Graduação MBA em Administração e Marketing pela Faculdade Integrada do Ceará e Mestrado em Educação pela EIKON University. Mentora de novos negócios l Executiva de parcerias l Coordenadora de pós graduação l Profissional de Marketing e tecnologia l Marketing Digital l Gestão em Marketplace e Omnichannel l Docente l Curadora l Conteudista.
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7778-7305
E-mail: larissa_tf@hotmail.com

5Pós-Doutorando em Administração na UNINOVE – Universidade Nove de Julho. Doutor e Mestre em Administração. Pós-graduado em Logística, Engenharia de Segurança do Trabalho e em Gestão Pública. Graduado em Administração, Logística, Engenharia de Produção, Gestão Pública, Gestão da Qualidade, Ciências Econômicas e Formação Pedagógica em Matemática. Professor Universitário e Consultor na área de Logística e Transportes. Membro Fundador do Grupo de Excelência Cadeias Produtivas e Logística Empresarial do Conselho Regional de Administração-SP (CRA/SP). Experiência de vinte anos na docência, em coordenações de cursos no Ensino Superior e como diretor de instituições públicas de Ensino Superior desde 2013. Atualmente é Diretor da FATEC Bragança Paulista Jornalista Omair Fagundes de Oliveira e Professor Mediador das disciplinas de Logística e Planejamento de Marketing do CST em Gestão Empresarial – EAD da FATEC. Avaliador de Cursos Superiores de Graduação, Graduação Tecnológica e de Instituições de Educação Superior, pelo INEP/MEC. Consultor Especialista do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE/SP). Autor do livro: Gestão Estratégica de Materiais: Planejamento, Compras e Estoques – Editora SENAC São Paulo. Autor de capítulos de livros e de diversos artigos científicos. Atuou durante 14 anos em Instituição Financeira.
ORCID Id: https://orcid.org/0000-0001-7640-7059
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8808755400489060
E-mail: marcos.maia@fatec.sp.gov.br

6Mestre em Engenharia Agrícola; Tecnólogo em Recursos Hídricos; Graduando em Matemática; Professor do Ensino Médio, nas disciplinas de Matemática e física (2009 – 2016); Professor em disciplinas de exatas no ensino superior (2012 – 2016) Secretário Municipal de Educação de Jijoca de Jericoacoara (2017-2020), Secretário Municipal de Educação de Jijoca de Jericoacoara (2021 aos dias atuais).
E-mail: tony_thiago@hotmail.com

7Licenciado em Matemática e Ciências (UVA). Cientista Astrobiólogo com especialização em Gestão Educacional, Serviço Social e Políticas Públicas.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7548-0948
E-mail: darioarruda@hotmail.com

8Graduado em Letras – Português / Inglês e pós graduado em gestão escolar e gestão de liderança. Atualmente sou coordenador pedagógico na escola Francisco Sales de Carvalho no município de Jijoca de Jericoacoara.
E-mail: Cleutonmedeiros9@hotmail.com

9Possui Especialização em Mídias na Educação pela Universidade Federal do Ceará (2013), Bacharelado em Sistemas de Informação pela Universidade Federal do Ceará (2014) e Licenciatura Plena em Português e Inglês pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2005). Atualmente compõe o corpo docente do Ensino Médio Integrado (EMI) do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) e também com a Coordenação de Curso Técnico em Informática da EEEP Antônio Rodrigues de Oliveira, Pedra Branca – CE
E-mail: claudiomatias.3c@gmail.com

10Pós-Doutorado em Administração na UFPB (2018-2019), Doutora em administração pela PUC/SP (2017) e Mestre em Administração pela PUC/SP (2011). Mestre em administração – gestão em negócios pela Universidade Vale do Rio Verde (2001). Especialização em Gerência Financeira- UNINCOR (1995), Graduação em ciências Contábeis pela Universidade Vale do Rio Verde (1994), Graduação em administração pela Universidade Vale do Rio Verde (1991) . Tem experiência como docente na área da Administração e coordenação . Foi editora gerente da Revista Administração em Diálogo (RAD) PUC/SP (2013/2016). Experiências em pericias em administração e contábeis. Avaliadora do INEP/MEC e do CEE/MG. Interesse em pesquisas nas áreas : Marketing; Comportamento do consumidor; Cultura de Consumo e Transformative Consumer Research (TCR) , Service Dominant Logic – ( LDS) e Transformative Service Research ? TSR.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3556-4239
E-mail: eribeirooliveira@yahoo.com.br