PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO CLÍNICO DE PACIENTES COM PÉS DIABÉTICO QUE SOFRERAM AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES EM HOSPITAIS DA REDE DE SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2023

SOCIODEMOGRAPHIC CLINICAL PROFILE OF PATIENTS WITH DIABETIC FEET WHO SUFFERED LOWER LIMB AMPUTATIONS IN HOSPITALS OF THE BRAZILIAN PUBLIC HEALTH NETWORK BETWEEN THE YEARS 2013 AND 2023

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7794620


Aline Mota Prado
Bruno de Oliveira Ferreira
Járede Carvalho Pereira1
Walquiria da Costa Batista2


RESUMO

Considerando a gravidade do Diabetes Mellitus (DM) tanto para o sistema público de saúde, como para a população acometida por esta doença, que aumentou e continua aumentando, na atualidade. Este estudo objetivou apresentar o perfil sócio demográfico clínico de pacientes com pés diabético que sofreram amputações de membros inferiores em hospitais da rede de saúde pública brasileira entre os anos de 2013 e 2023. Metodologia: Revisão de literatura integrativa, construída por artigos localizados na Biblioteca Virtual em Saúde Brasil (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), publicados no período condizente aos anos de 2013 e 2023. Resultados e discussão:  As amputações em pés diabéticos decorrem do agravamento do diabetes mellitus. O perfil sócio demográfico clínico de pacientes com pé diabético que sofreram amputações, consiste em homens idosos, desfavorecidos socioeconomicamente, que recebem pouco atendimento da saúde pública, apresentam pouco conhecimento sobre a própria complicação, não procuram atendimento apropriado, fazem uso inadequado de medicamentos e não realizam o autocuidado dos pés. Porém confia-se que os problemas que permeiam a saúde pública também contribuem significativamente para tais condições. Os achados revelam ainda os danos pós-cirúrgicos como a incapacidade, e a predominância do diabetes mellitus tipo 2, em nosso país, pois esta manifestação da doença é responsável por até 95% da incidência, que atinge principalmente a região Norte. As descobertas provocaram ainda organizar e demonstrar estratégias preventivas a esta grave enfermidade. Considerações finais:  São necessárias ações voltadas à prevenção e controle da diabetes, para que ela não evolua em complicações. Levando em conta que o Norte brasileiro apresenta os maiores índices desta doença, entende-se a necessidade de ações de cuidado e controle do DM nesta região. Portanto, a realização de uma pesquisa de campo visando obter a caracterização epidemiológica das amputações de pé diabéticos no estado de Rondônia, a fim de explicitar as complicações que resultaram em cirurgias de remoção, e ainda a origem destas complicações em se tratando do tipo de DM, é imperiosa, pois acredita-se que os conhecimentos a serem obtidos nesta investigação científica, poderão ser utilizados para diversas finalidades, inclusive para subsidiar formas de prevenir o diabetes. 

Palavras – chave: Diabetes Mellitus. Pé diabético. Amputações de membros inferiores

ABSTRACT

Considering the severity of Diabetes Mellitus (DM) for both the public health system and the population affected by this disease, which has increased and continues to increase, nowadays. This study aimed to present the socio-demographic clinical profile of patients with diabetic feet who suffered lower limb amputations in hospitals of the Brazilian public health network between the years 2013 and 2023. Methodology: Integrative literature review, based on articles located in the Virtual Health Library Brazil (VHL) and Scientific Electronic Library Online (SciELO), published between 2013 and 2023. Results and discussion: Amputations in diabetic feet result from the worsening of diabetes mellitus.However, we trust that the problems that permeate public health also contribute significantly to such conditions. Findings also reveal post-surgical damages such as disability, and the predominance of type 2 diabetes mellitus in our country, as this manifestation of the disease is responsible for up to 95% of the incidence, which mainly affects the North region. The findings also provided an opportunity to organize and demonstrate preventive strategies for this serious disease. Final considerations: Actions aimed at the prevention and control of diabetes are necessary, so that it does not evolve into complications. Taking into account that the North of Brazil has the highest rates of this disease, it is understood the need for care and control actions of DM in this region. Therefore, the realization of a field research aimed at obtaining the epidemiological characterization of diabetic foot amputations in the state of Rondônia, in order to explain the complications that resulted in removal surgeries, and also the origin of these complications in terms of the type of DM, is imperative, because it is believed that the knowledge to be obtained in this scientific investigation, may be used for various purposes, including to subsidize ways to prevent diabetes. 

Keywords: Diabetes Mellitus. Diabetic Foot. Lower limb amputations.

1 INTRODUÇÃO 

O Diabetes Mellitus (DM), é apresentado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD 2019), como um grave problema de saúde pública que aumentou na contemporaneidade, de forma a apresentar altos índices de morbidade e mortalidade e ainda complicações, cujos resultados refletem negativamente nos aspectos socioeconômico e psíquico, comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos que desenvolvem a DM e de seus familiares. A prevalência desta doença, sobretudo, nos países em desenvolvimento é decorrente da junção de diferentes fatores, entre eles, alteração no estilo de vida, predomínio de dietas excessivamente calóricas e o processo de envelhecimento rápido populacional.

A Associação Americana de Diabetes (ADA, 2019), afirma existirem quatro categorias de diabetes mellitus, sendo elas: DM tipo 1 (tipo 1 A e 1 B), DM tipo 2 (DM 2), diabetes mellitus gestacional e diabetes secundário a outras doenças. 

Entretanto, cabe destacar que o presente estudo versará sobre as manifestações da diabetes mellitus, concernentes ao tipo 1 (DM1) e, sobretudo, ao diabetes mellitus tipo 2 (DM 2). Isso porque, conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes mellitus tipo 1 consiste em uma doença autoimune, poligênica, ocorrida em razão da destruição das células β do pâncreas, que resulta na ausência total da produção de insulina. Ao passo que, o   diabetes mellitus tipo 2 consiste em uma patologia, cuja etiologia é complexa e envolve múltiplos fatores, dentre eles, elementos genéticos e ambientais. Ademais, esse tipo de DM representa 90 a 95% de todos os casos abrangidos por esta enfermidade (SBD, 2019). 

Geralmente, caracteriza-se o diabetes mellitus sem especificar categorias, sendo apresentada como uma doença incurável prevalente, associada a incontáveis complicações, dentre as quais a neuropatia periférica diabética prevalece, pois acomete 50% dos diabéticos, todavia, não é sempre diagnosticada. Esta desordem provoca a falta de sensibilidade distal e adulterações nos pés, predispondo-os a ulcerações que podem resultar no pé diabético com risco de amputação. 70% das amputações de membros são atribuídas ao diabetes mellitus (SANTOS et al. 2015).  

Lopes e colaboradores (2022), explicam que entre as complicações do diabetes mellitus encontra-se o pé diabético, responsável pela inaptidão de diabéticos e por altos custos à saúde pública. O pé diabético corresponde “a um termo designado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos, cujo resultado desta complicação é um elevado custo humano e financeiro” (LOPES et al., 2022, p. 377). 

O pé diabético, conforme Lima e colaboradores (2022), constitui uma das principais complicações do diabetes mellitus, caracterizada por   contaminações, feridas e/ou estrago dos tecidos profundos, relacionadas a irregularidades neurológicas, diversas condições doentias vasculares periféricas e escasso controle da glicemia. 

Portanto, o cuidado com o pé diabético é um dos alicerces do autocuidado da DM. Todavia, a maioria dos pacientes com a referida complicação, não possuem conhecimentos quanto a esta condição clínica e menos ainda quanto ao termo: pé diabético. Fato este que pode acrescentar os casos dessa complicação, já que há correlação entre desconhecimento e o aumento dos casos desta doença (LIMA et al., 2022). 

Este cenário é preocupante, pois conviver com o pé diabético é desafiador, em razão dos aspectos negativos desta condição. A maioria destas complicações resulta em amputações, cujos gastos são elevados para a saúde pública. Além das limitações dos pacientes para locomover-se e pela demanda de apoio de terceiros para cuidados básicos, que eram realizados pelos próprios pacientes antes deste quadro clínico (LOPES et al., 2021). 

O exposto até aqui revela que o Diabetes Mellitus abrange diversos e graves problemas, por isso, é uma questão de saúde pública extremamente preocupante que aumentou nos últimos anos e continua crescendo, vitimando diversos indivíduos. Constituindo sérios danos e uma enorme carga ao Sistema Único de Saúde-SUS. Considerando ainda que dentre as complicações do DM, encontra-se o pé diabético, responsável por altos índices de amputações e as muitas implicações envolvendo-o, surgiu o interesse de compreender as principais condições de vida de pacientes com pés diabéticos que sofreram remoções nas extremidades inferiores.  

Portanto, este estudo tem por objetivo apresentar o perfil sócio demográfico clínico de pacientes com pés diabético que sofreram amputações de membros inferiores em hospitais da rede de saúde pública brasileira entre os anos de 2013 e 2023. Assim, o presente trabalho especifica: as condições sócio demográficas e clínicas destes pacientes; Os agravos pelas referidas amputações e o tipo de DM a que elas foram atribuídas; A região brasileira que apresenta maior incidência do diabetes mellitus e ainda estratégias de prevenção a esta doença. 

Espera-se que este estudo contribua em conhecimentos para ciências da saúde e demais ciências, em se tratando de agregar saberes clínicos e ainda subsidiar pesquisas com temáticas voltadas ao diabetes mellitus. Confia-se também que sua divulgação seja relevante na esfera social, sobretudo, no que concerne a conhecimentos para a população que sofre de DM, a fim de que pacientes com esta doença possam obter melhores qualidade de vida.    

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, a qual segundo a explicação de Ercole, Melo e Alcoforado (2014), é um método cujo alvo consiste em sintetizar resultados alcançados em pesquisas sobre determinado tema, de modo ordenado e amplo. Denomina-se integrativa pelo fato de agregar conhecimentos ao tema abordado compondo, de tal modo, uma associação de conhecimento. Sua construção requer que o tema seja identificado e que a problematização e os objetivos da pesquisa sejam apresentados. Demanda ainda, a determinação de critérios para incluir e excluir estudos na investigação da literatura, a definição de como pretende-se encontrar as informações, a classificação dos estudos, a análise dos estudos incluídos, a explicação dos resultados e a exposição da revisão, manifestada pela síntese dos conhecimentos adquiridos. 

A coleta de dados ocorreu por meio de buscas nas Bibliotecas:  Virtual em Saúde Brasil (BVS) e Eletrônica Científica Online, cuja denominação em inglês é: Scientific Electronic Library Online (SciELO), por meio da aplicação dos termos de busca, formados pelos descritores e o boleando AND, sendo eles:   Diabetes mellitus AND Pé diabético; Diabetes Mellitus AND Brasil; Pé diabético AND Amputação. 

       Os critérios para selecionar os materiais foram: artigos científicos gratuitos e disponíveis por inteiro, publicados entre os anos de 2013 e 2023 nos idiomas inglês e português. Por sua vez, os critérios de exclusão consistiram em artigos originários de revisões da literatura; livros online; dissertações de mestrado e teses de doutoramento. E ainda um de cada artigo duplicado. 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Ao aplicar os termos de busca na base de dados SciELO, obteve-se um retorno de 107 resultados. Já na base BVS, obteve-se 32 publicações.  Após o emprego dos critérios de exclusão retornaram 23 artigos na base SciELO, e cinco estudos na base BVS. Os quais tiveram seus títulos e resumos lidos, sendo possível observar que dois artigos se apresentaram em ambas as fontes, caracterizando a repetição de textos. Após esta etapa, foram incluídos nesta revisão, oito artigos científicos que foram lidos integralmente, pelo fato de atenderem aos objetivos e discernimentos aqui propostos, sendo, portanto, eleitos para este estudo, correspondendo a publicações entre os anos de 2013 a 2021. 

Algumas informações dos artigos classificados, encontram-se na tabela a seguir. 

Tabela 01: Elementos dos Artigos Selecionados.

Tabela elaborada pelos autores deste trabalho.

Por meio da tabela, acima, é possível verificar dentre outros dados que, a maioria dos estudos são originados de pesquisas realizadas na região Sul (quatro artigos), seguida pela região Nordeste (dois estudos), havendo uma pesquisa no Sudeste e outra abrangendo todas as regiões brasileiras. Como não foram encontradas pesquisas realizadas nas regiões Centro-oeste e Norte do Brasil, considerou-se os achados proporcionados pela investigação realizada sobre as cinco Grandes Regiões do país. 

A leitura integral dos artigos selecionados que formaram esta revisão, propiciou a identificação de diferentes tópicos e a categorização deles. Desta forma, a seguir encontra-se a primeira categoria analisada. 

3.1 ALGUMAS CONDIÇÕES SÓCIO DEMOGRÁFICOS DE PESSOAS DIAGNOSTICADAS COM PÉS DIABÉTICOS SUBMETIDAS À   AMPUTAÇÃO 

Em se tratando dos fatores sócio demográficos para amputação dos membros inferiores de pacientes com pé diabético, o estudo de Santos e colaboradoras (2013), comprovou que, entre 107 indivíduos submetidos à amputação, 50% deles tinham idades superiores a 60 anos, sendo 58,9% homens. 64,5% da amostra possuía entre zero e quatro anos de escolarização. Ao passo que 92,5%, tinham renda mensal de um salário mínimo.  

Gontijo e colaboradores (2020), realizaram um estudo transversal com 134 pacientes de ambos os sexos, com diabetes mellitus, com alto risco de amputação devido ao pé diabético, no Nordeste brasileiro, cuja faixa etária da amostra era em média 63,5 anos, sendo 52,2% homens. 

Nesse sentido, uma bacteriologia nas culturas de tecidos fundos das lesões e amputações supra ao tarso do pé de 189 pacientes, com pé diabético e úlcera infectada, demonstrou que 64,6% dos pacientes eram homens e possuíam idade aproximada de 62 anos (CARDOSO et al., 2017).

MUZY e colaboradores (2021), realizam uma pesquisa sobre as complicações da diabetes mellitus em todo o território brasileiro e apontaram que a maior parte de pessoas com esta doença que sofreram amputações devido ao pé diabético, corresponde a homens idosos e aposentados. 

A publicação de Santos e demais pesquisadores (2018), construída pela avaliação de dados envolvendo amputações em homens e mulheres, no Sul do Brasil, evidencia a incapacidade de 93% da amostra, como sequela destes procedimentos.  Este dado, admite a interpretação no sentido de danos causados pelas remoções, cuja origem reside no diabetes mellitus, mas também consiste em uma condição social e demográfica. 

Os achados científicos, acima destacados, permitem o entendimento que, as amputações de membros inferiores em decorrência do pé diabético, tem prevalecido em homens idosos, com baixa escolarização, cuja renda mensal é de aproximadamente um salário mínimo. Constituindo assim, os fatores sócio demográficos relacionados às amputações por complicação do pé diabético. Acrescenta-se a isto, a condição de inaptidão neste público. 

 Desta forma, esses dados corroboram os já alçados por Santos e colaboradores (2019), que após avaliarem 22 pacientes que sofreram amputações de membros inferiores em decorrência do pé diabético, constataram que a maioria da amostra correspondia à população idosa do gênero masculino que moravam sozinhos e eram aposentados com um salário mínimo.  E, Volpato e colaboradores (2022) que afirmam a prevalência de amputações nos pacientes de pés diabéticos de homens, aposentados, com poucos anos de escolarização e nível socioeconômico baixo, sendo habitantes da região Sul do Brasil. 

O aspecto sócio demográfico da presente revisão, reside no fato dos estudos demonstrarem classe social, renda, níveis de escolarização de grupos pertencentes a diferentes regiões, permitindo assim, identificar determinados fatores sociais e demográficos da população brasileira que sofreu amputação, não traumática, delimitando o fato desta população ser diagnosticada com diabetes mellitus e, sobretudo, ter sofrido remoções de membros periféricos em decorrência da complicação desta doença, denominada: pé diabético. Em síntese: homens idosos, com baixo poder aquisitivo e pouca escolarização.

3.2 FATORES CLÍNICOS RELACIONADOS ÀS AMPUTAÇÕES DECORRENTES DO PÉ DIABÉTICO 

No que concerne ao fatores clínicos atribuídos às amputações, Santos e colaboradoras (2013), observaram que 107 pacientes com pé diabético,  amputados, apresentavam fatores de risco, principalmente, antes de serem operados, constituídos pelo fato  que,  não examinavam os pés, não recebiam orientações sobre os devidos cuidados com os pés diabéticos durante as consultas, não utilizavam medicamentos para controlar o DM segundo a prescrição médica e, consequentemente, apresentavam descontrole glicêmico. 

Nesse sentido, OLIVEIRA e colaboradores (2013), constataram a presença de ulceração, em pacientes com pés diabéticos e afirmaram tratar-se de uma condição preocupante, já que que o pé diabético constitui fator primordial para amputação. 

Outro fator de risco para cirurgias de membros inferiores corresponde à neuropatia nestes membros, constituindo uma das complicações do diabetes mellitus que tem como consequências o desenvolvimento do pé diabético, responsável pela amputação deste, e demais partes periféricas (ROQUE; CAUDURO; MORAES, 2017). 

Cardoso e colaboradores (2017), publicaram um trabalho resultante de uma pesquisa que consistiu em uma avaliação bacteriológica, com base nas culturas de tecidos fundos das lesões e amputações acima ao tarso do pé, de 189 pacientes com pé diabético e úlcera infeccionada, que haviam sofrido amputações importantes, em um hospital do Sudeste brasileiro, e concluíram que havia um elevado número de culturas positivas 86,8%, sobretudo, as mono microbianas que consistiu em 72% dos casos. Ao passo que, as bactérias que mais se apresentaram nas referidas úlceras foram:  Acinetobacter spp.  e Klebsiella spp., sendo, portanto, as principais causadoras de remoções importantes. 

Gontijo e colaboradores (2020), afirmam que a amputação dos pés acontece em razão da intensificação do comprometimento destes membros inferiores. E ainda que o tempo de diagnóstico da referida doença, forma uma fator de risco para a aludida complicação do DM, devido a diminuição do autocuidado com o passar do tempo.  

Ademais, ao avaliarem complicações do diabetes mellitus tipo 2, em todo o território nacional MUZY e colaboradores (2021), constataram a predominância do pé diabético que decorre em amputações. 

Os dados acima se assemelham aos achados encontrados no estudo de Volpato e colaboradores (2022), realizado com 22 pacientes do sexo masculino, em se tratando da piora do pé diabético em razão da falta de avaliação profissional dos pés, e, consequentemente, a defasagem nos cuidados destes membros. Assim, 80,6% da amostra apresentava úlcera, anterior à amputação.  88,9% dos pacientes com pés amputados haviam sido diagnosticados com DM, entre cinco e 10 anos, ocorrendo o agravamento da doença em conformidade com o tempo de diagnóstico. 

Dados semelhantes no que diz respeito à neuropatia, já haviam sido apontados por Sacco e colaboradores (2008), no sentido que a neuropatia diabética provoca desordens ortopédicas e funcionais ocasionadas pela desestruturação musculoesquelética do pé diabético, tendo como consequência a destruição de seu arco longitudinal mediano. 

Em se tratando das bactérias encontradas no pé diabético, Cadenas e colaboradores (2020), apoiam esse dado, afirmando que em nosso país as bactérias Acinetobacter spp.  e Klebsiella spp. , são as  mais difíceis de serem controladas, e que o diabetes mellitus é uma das principais causas de morte da  atualidade.  

Portanto, tem-se que, os riscos clínicos para que, principalmente, pés diabéticos sejam amputados, correspondem à falta de acompanhamento por profissionais da saúde e pela carência de orientação nos postos de saúde pública, e a falta de rigor medicamentosa que resulta no descontrole do diabetes mellitus e da glicemia. Os riscos clínicos correspondem ainda a dores e ao comprometimento funcional do organismo, à neuropatia periférica e às bactérias mono microbianas. Isto significa que, em linhas gerais, as amputações são decorrentes do agravamento do DM, sendo este agravo formado por tais riscos. 

Considerando todo o exposto, compreende-se que, o não acompanhamento ou o pouco acompanhamento do diabetes mellitus por profissionais da saúde, a ausência de exatidão medicamentosa, o descontrole da doença abrangendo à glicemia, as ulcerações podais, as dores nos pés diabéticos, o mau funcionamento do organismo, a neuropatia periférica e o acúmulo de determinadas bactérias levam à amputação do pé diabético e, em menor grau, de outros membros inferiores. 

Entende-se, portanto, que pés diabéticos amputados, resultam de atitudes de pacientes diagnosticados com diabetes mellitus, constituídas pela não procura de atendimento em saúde que procede no pouco entendimento sobre a referida patologia, cujos efeitos podem constituir-se pela adesão medicamentosa inapropriada, que leva ao descontrole desta doença, e isto significa o surgimento de várias complicações, como as expostas acima que interferem no agravamento do pé diabético e sua consequente amputação. 

Isto denota que, geralmente, as amputações em pés diabéticos são decorrentes do agravamento do diabetes mellitus desenvolvido por tais riscos. Daí a associação dos fatores e forma como eles inter-relacionam-se. 

Todavia, compete acrescentar que, acredita-se que problemas envolvendo a saúde pública podem representar um importante fator de risco para altas complicações diabéticas. 

3.3 DANOS CAUSADOS PELA AMPUTAÇÃO DE PÉS DIABÉTICOS E A ATRIBUIÇÃO DESTA OCORRÊNCIA AOS DIFERENTES TIPOS DE DIABETES 

Outros resultados foram considerados relevantes na presente revisão, como os danos em decorrência das amputações de pés diabético ou de suas partes, formados pela incapacidade e mortalidade, para isto cita-se mais um vez o estudo Santos e colaboradores (2018). Esses autores avaliaram dados cirúrgicos sobre amputações de 1.183 pessoas dos gêneros feminino e masculino, diagnosticadas com diabetes mellitus, que tiveram pés amputados no período equivalente aos anos de 2008 a 2013, e ratificaram que essas amputações implicou na inabilidade de 93% das pessoas submetidas a estes procedimentos, ao passo que o número de mortes sucedidas, logo após sua realização, consistiu em 7% da amostra. 67,6% dos homens permaneceram vivos por mais tempo, após serem amputados, porém inábeis.  Por sua vez, o público feminino apresentou índices de mortes mais elevados, tempos depois da referida cirurgia, compondo 61% da população avaliada. Sendo que 79,20 % das cirurgias foram atribuídas ao DM tipo 1, por sua vez o DM 2 conferiu 20,80%. 

Compete esclarecer que o dado concernente a maior atribuição de amputação ao diabetes mellitus 1, não condiz com os outros achados encontrados na mesma base de dados, visto que o diabetes mellitus tipo 2 prevaleceu para a ocorrência destas cirurgias em quatro dos oito estudos analisados (OLIVEIRA et. al., 2013; SANTOS et al., 2013; GONTIJO et al., 2020 MUZY et al. 2021). Sendo que esses últimos autores, realizaram uma investigação a nível nacional e descobriram que complicações como cegueira e casos de pé diabético, amputação, adulterações renais foram atribuídas ao diabetes mellitus 2(MUZY et al. 2021)

Cabe ressaltar ainda que, dos oito estudos avaliados, três não especificaram o tipo de diabetes, mas aludiram ser voltados ao diabetes mellitus tipo 2, quatro estudos especificaram esta manifestação da doença, e apenas um, atribuiu a maioria das condições cirúrgicas diabéticas ao DM tipo 1, assim conclui-se que o DM tipo 2 prevalece na população brasileira, sendo responsável também pela amputação de pés diabéticos. 

Dado este, já confirmado em 2019, pela Sociedade Brasileira de Diabetes, ao descrever o diabetes mellitus tipo 2 como uma doença etiologicamente complicada, devido aos vários fatores de ordem genética e ambiental, constituindo uma categoria que abrange até 95% de todos os casos de DM (SDB, 2019).  Portanto, no Brasil, o diabetes mellitus tipo 2, predomina, entre as outras manifestações da doença.  

3.4 REGIÕES BRASILEIRAS MAIS ATINGIDAS PELO DIABETES MELLITUS

Em estudo para avaliar a prevalência do diabetes mellitus a nível nacional, Muzy e colabores (2021), demonstraram que a doença é mais prevalente na região Norte, segundo o alto percentual de subnotificações desta patologia. Isso porque, a média de notificações em todo o país foi de 42,5%, ao passo que o Norte brasileiro apresentou a 72,8%. 

Curiosamente, não foi encontrado nenhum estudo publicado na região Norte, ao menos, nas bases de dados escolhidas, responsáveis pelos materiais que guiaram este estudo. Assim recorreu-se a base de dados Google Scholar, e isto possibilitou localizar dois estudos oriundos de pesquisas realizadas nesta região. 

Um deles, corresponde a experiência relatada por um residente de enfermagem, sobre o cuidado de um paciente indígena idoso com diabetes mellitus que havia sofrido amputação de membro inferior esquerdo a altura transtibial, por complicações do DM, tendo retornado ao hospital semanas após a remoção do membro, em razão de um quadro de contaminação na corte cirúrgico, e obtido melhora do quadro após a intervenção de profissionais da saúde, sobretudo deste profissional de enfermagem (ARAÚJO et al., 2022). 

O texto de Liberato e colaboradores (2021), decorreu de uma investigação realizada em um Hospital que é referência hospitalar, localizado no interior de Rondônia. A pesquisa constitui-se pela avaliação de dados de 169 pacientes que sofreram amputações por diferentes causas, entre os anos de 2013 e 2015.  Sendo possível verificar que 66,3% deles pertenciam ao gênero masculino e 33,7% ao gênero feminino.  Os pacientes operados tinham idades de aproximadamente 59 anos. 84,02% deles sofreram amputações de extremidades inferiores, e somente 5,33% da amostra passou pela remoção de membros superiores ou suas partes. Sendo que, 10,65% das remoções não possuíam descrição. As cirurgias para retiradas de membros inferiores foram 20,42% transfemorais, 14,08% transtibiais, 11,97% transmetatarsianas, 29,58% de hálux, 23,94% de podotáctiles, correspondendo a 142 operações.

A interpretação deste estudo permite compreender que 65,49% das cirurgias em extremidades inferiores aconteceram em decorrência de complicações nos pés, e embora os autores não tenham explicitado o diabetes mellitus como a causa principal, por meio da leitura do texto é possível inferir que essas operações foram atribuídas à complicações do DM. Já que mencionaram esta doença várias vezes ao longo do estudo. Sofreram amputações das extremidades inferiores, 76 operados, constituindo 45% de toda a amostra.  

Embora reconheça-se a importância dos estudos acima, considera-se imprescindível a realização de uma pesquisa voltada a caracterização epidemiológica das amputações de pé diabéticos no estado de Rondônia, com base em prontuários de pacientes que sofreram esta amputações, sobretudo após o ano de 2015, especificando as devidas complicações que resultaram nas condições cirurgias. Como também o tipo de diabetes mellitus. A fim de atualizar conhecimentos a esse respeito, mas não apenas atualizar, pois acredita-se que uma investigação desta natureza poderá produzir conhecimentos valiosos sobre o estado de Rondônia e a região Norte, que poderão ser empregados aqui e em todo o Brasil.  

3.5 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO AO DIABETES MELLITUS 

Considerando toda a problemática envolvendo o diabetes mellitus, apresentada ao longo deste trabalho, apreciou-se a importância de demonstrar algumas formas para prevenir a amputação dos pés diabéticos. 

Nessa direção, Santos e colaboradores (2015) afirmam a importância de profissionais da saúde avaliarem o nível da neuropatia em pés diabéticos por meio de escores, pois isto admite a homogeneização diagnóstica, sua quantificação e prevalência, a fim de elaborar ações que promovam a prevenção e a saúde.  

Para isto, é indispensável intensificar análises e projetos voltados à táticas em educação e saúde, a fim de prevenir a condição de pé diabético, face às suas complicações, principalmente, para a população masculina idosa (SANTOS et al., 2018). 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Objetivando apresentar o perfil sócio demográfico clínico de pacientes com pé diabético, que sofreram amputações de membros inferiores em hospitais da rede de saúde pública brasileira nos últimos 10 anos, realizou-se uma revisão de literatura integrativa, por meio de estudos oriundos das bases de dados científicas:  BVS e Scielo. As descobertas expressaram que todas as pesquisas ocorreram em estabelecimentos da saúde pública, sendo a maioria delas realizadas na região Sul. Além disso, os achados   permitiram formar as condições sócio demográficas dos pacientes acometidos por essas intervenções, a saber: homens idosos, pobres e pouco escolarizados. 

Encontrou-se também fatores clínicos relacionados à amputação do pé e outros membros por complicações do pé diabético, cuja origem reside no diabetes mellitus. Assim sendo, compreende-se que as amputações em pés diabéticos decorrem do agravamento da DM, desenvolvido por tais riscos. Formando a associação e inter-relação destes fatores. 

Desta maneira, o perfil sócio demográfico clínico de pacientes com pé diabético que sofreram amputações, consiste em homens idosos, desfavorecidos socioeconomicamente, que recebem pouco atendimento da saúde pública, apresentam pouco conhecimento sobre a própria complicação, não procuram atendimento apropriado, fazem uso inadequado de medicamentos e não realizam o autocuidado dos pés. Alcançado assim, o objetivo proposto e a resposta para a questão norteadora. 

Porém, confia-se que os problemas da saúde pública são responsáveis em partes por tais condições. 

Os achados permitiram constatar ainda agravos causados pelas remoções de pés diabéticos, como incapacidade e morte; Que o diabetes mellitus tipo 2 é prevalece em nosso país, alcançando até 95% da incidência, sendo o Norte, a região mais atingida por esta doença; Oportunizou ainda organizar e demonstrar estratégias preventivas a esta grave enfermidade. 

Entretanto, considera-se que esta revisão possui limitações, decorridas dos poucos estudos encontrados que atenderam aos objetivos aqui propostos, as condições sócio demográficas dos pacientes poderiam ser mais consistentes, todavia, apesar de quase todos os autores especificarem as cidades e estados, nos quais realizaram suas pesquisas, não afirmaram se as populações que compuseram suas amostras, residiam nos locais em que as investigações foram concretizadas, assim a questão demográfica quanto à residência, representa uma inferência e, por isso, não foi acrescentada ao perfil dos indivíduos operados em razão do  pé diabético. 

Além disso, o fato de não ter encontrado pesquisas na região Norte, ao menos, nas bases de busca científicas selecionadas e, deste modo, primordiais à presente revisão, constitui outra limitação.  

Portanto, sugere-se a realização de uma pesquisa de campo visando obter a caracterização epidemiológica das remoções de pé diabéticos no estado de Rondônia, tomando por base dados em instituições públicas de saúde, sobretudo após o ano de 2015, explicitando as complicações e ainda origem delas em se tratando do tipo de DM. Confiando que esta é uma forma de contribuir em vários aspectos para diminuir o sofrimento da população acometida por diabetes mellitus, que reside neste e em outros estados e regiões do Brasil. 

REFERÊNCIAS

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1Acadêmicos do curso de Medicina – Faculdade Metropolitana (UNNESA) – Porto Velho/RO.
2Professor (a) no Curso de Medicina – Faculdade Metropolitana (UNNESA) – Porto Velho/RO.