IMPACT OF PHYSIOTHERAPY ON CHILDREN WITH CEREBRAL PALSY IN THE SCHOOL CONTEXT
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7779263
João Paulo Alves do Couto1
Tami Portugal de Magalhães2
Gessica Marques Moura3
Wagner Santos Araujo4
Rodrigo Gonçalves dos Santos5
Priscila Silva Fadini6
RESUMO
A Paralisia Cerebral (PC) é provavelmente uma das patologias mais estudadas na área da reabilitação e acarreta maioritariamente alterações ao nível motor, perceptivo e ou sensorial, limitando a participação do aluno nas atividades pedagógicas. Objetivo: Revisar na literatura o impacto da assistência fisioterapêutica no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com paralisia cerebral no contexto escolar. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, que foram realizadas buscas por artigos científicos nas seguintes bases de dados: MedLine (Literatura Internacional em Ciências e Saúde), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências e Saúde), Scielo e PubMed. Utilizando como descritores os termos: Paralisia Cerebral, Inclusão Escolar, Fisioterapia. Resultados e Discursões: Verificou-se por meio dos estudos, a necessidade do fisioterapeuta no ambiente escolar devido sua atribuição quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor do aluno com PC, avaliando, indicando e/ou desenvolvendo adaptações do espaço físico/mobiliário escolar, equipamentos de tecnologia assistiva, atividades e materiais pedagógicos promovendo a participação dos alunos com PC nas rotinas escolares. Conclusão: Conclui-se que profissional de fisioterapia exerce importante impacto sobre a mobilidade e participação das crianças com PC no contexto educacional.
Palavras-chave: Paralisia Cerebral. Inclusão Escolar. Fisioterapia.
ABSTRACT
Cerebral Palsy (CP) is probably one of the most studied pathologies in the field of rehabilitation and mainly causes alterations at the motor, perceptual and/or sensory levels, limiting the student’s participation in pedagogical activities. Objective: To review in the literature the impact of physical therapy assistance on the neuropsychomotor development of children with cerebral palsy in the school context. Methodology: This is an integrative review, which searches for scientific articles in the following databases: MedLine (International Literature in Science and Health), LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Science and Health), Scielo and PubMed . Using as descriptors the terms: Cerebral Palsy, School Inclusion, Physiotherapy. Results and Discourses: It was verified through the studies, the need of the physiotherapist in the school environment due to its attribution regarding the neuropsychomotor development of the student with CP, evaluating, indicating and/or developing adaptations of the physical space/school furniture, assistive technology equipment, activities and teaching materials promoting the participation of students with CP in school routines. Conclusion: It is concluded that physiotherapy professionals have an important impact on the mobility and participation of children with CP in the educational context.
Keywords: Cerebral Palsy. School Inclusion. Physiotherapy.
1 INTRODUÇÃO
A paralisia cerebral (PC), também denominada Encefalopatia Crônica da Infância (ECI) pode ser definida como um grupo de desordens motoras, que implica em alterações do tônus e incoordenação da função motora causadas por lesões não progressivas do encéfalo em fase de maturação estrutural e funcional, que consequentemente causa dificuldade da criança em manter e realizar movimentos normais (DIAS, 2007).
Essas alterações podem interferir no desempenho de atividades ligadas diretamente à funcionalidade, pois uma das consequências que a criança com PC pode desenvolver é a restrição na amplitude do movimento, como a marcha, o brincar, a escrita, limitando sua participação social, escolar e familiar (FOWLER et al. 2007, UMPHERED et al., 2007 e GUERZONI et al. 2008).
Conforme o grau de comprometimento a paralisia cerebral pode causar sérias limitações e comprometer o desempenho das atividades diárias da criança no âmbito escolar. Outra dificuldade que pode ser causada pela PC são problemas de visão e audição, condições que dificultam ainda mais no seu processo ensino- aprendizagem. Neste sentido, quando se trata de incluir a criança com PC no contexto escolar, SCHWARTZMAN (2011) enfatiza, que uma das grandes barreiras enfrentadas pela criança com paralisia cerebral na escola regular é o grande despreparo para recebê-las pois muitas escolas não estão preparadas no seu aspecto arquitetônico e nem seus professores capacitados para trabalhar com a inclusão dessas crianças.
Surge então a necessidade de os envolvidos no âmbito educacional entender e conhecer a realidade dessa doença para assim com uma equipe multidisciplinar desenvolver práticas mais adequadas para o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. É na equipe multidisciplinar que se insere o fisioterapeuta, tendo total respaldo pelo código de ética profissional para atuar nas escolas e creches (DURCE et al. 2006).
É de fundamental importância a atuação do fisioterapeuta nesse processo de adaptação/integração escolar de crianças com paralisia cerebral pois dominam e identificam as necessidades e limitações que elas apresentam realizando intervenções que estarão diretamente ligadas não só na educação/orientação dos alunos com PC mais também para os funcionários da escola e para a família(MORAES, 2004 apud DURCE et al. 2006).
Devido à escassez de pesquisas nesta área faz-se necessária uma investigação sobre essa temática na busca de responder quais são as evidências científicas sobre os resultados da atuação dos fisioterapeutas em âmbito escolar. Portanto, a presente pesquisa tem por objetivo revisar na literatura sobre o impacto da assistência fisioterapêutica no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com paralisia cerebral no contexto escolar.
2 METODOLOGIA
2.1 Tipos de Estudo
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura.
2.2 Estratégias de Busca
Para essa revisão foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e SCIELO durante o ano de 2021. Os seguintes descritores foram empregados na busca: paralisia cerebral, inclusão escolar, fisioterapia, nos idiomas português e inglês. Os seguintes passos do método da revisão integrativa da literatura foram seguidos: 1) formulação da pergunta pesquisa; 2) definição dos critérios de inclusão e exclusão; 3) coleta de dados; 4) análises dos estudos selecionados; 5) interpretação dos resultados; e 6) apresentação, de forma clara a evidência encontrada.
2.3 Critérios de Elegibilidade
2.3.1 Critérios de Inclusão
Os estudos foram incluídos caso respondessem positivamente aos critérios de inclusão. Já os critérios de exclusão resumiram-se: estudos que não atendessem os critérios de inclusão mencionados e artigos duplicados.
A pesquisa teve início após a identificação dos artigos científicos, na base de dados BVS, PubMed e SCIELO, através de uma leitura exploratória dos resumos. Em seguida, selecionamos os artigos que apresentaram aspectos que respondiam à questão norteadora: Como o fisioterapeuta pode atuar durante o processo de inclusão escolar de crianças com paralisia cerebral (PC)?. Após a pré-seleção, foram extraídos os conceitos abordados em cada artigo e de interesse da pesquisadora.
Os estudos encontrados foram avaliados dentro dos seguintes critérios de inclusão: a) texto redigido na língua portuguesa e inglesa, b) estudos relacionados à inclusão de crianças com paralisia cerebral em escolas regulares, c) possíveis contribuições do fisioterapeuta no âmbito escolar, d) artigos que estiveram disponíveis na íntegra e publicados entre os anos de 2008 e 2021, e) trabalhos originais dentro dos descritores supracitados.
2.3.2 Critérios de Exclusão
Trabalhos não disponíveis de forma gratuita na íntegra, artigos fora do contexto do objetivo do presente estudo e trabalhos secundários.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após realizar um levantamento bibliográfico nas bases de dados sobre o tema, foram encontrados 32 estudos no total. Dos artigos encontrados foram excluídos 9 por duplicidade nas fontes de pesquisa, após leitura do título e do resumo foram excluídos mais 10 artigos. Foi realizada leitura na íntegra de 13 artigos para identificação de correlação com o tema, sendo removido 8 artigos por critério de elegibilidade, resultando em 5 artigos para uso neste trabalho científico, sendo 1 em inglês e 4 em português (figura 1).
Figura 1 – Fluxograma do processo de revisão para a seleção de artigos.
Fonte: Própria, 2021.
Os resultados foram agrupados por autor e ano, métodos, objetivo, resultados e conclusão, conforme descrito no quadro 1.
PC= Paralisia Cerebral
De acordo com a revisão realizada, tendo em vista que a PC envolve inúmeras condições neurológicas resultantes do desenvolvimento anormal do controle motor e postural que causam limitações expressivas no desempenho de atividades e restrições na participação social, abrangendo aspectos de mobilidade, autocuidado, alcance educacional e relações sociais, a atuação do profissional fisioterapeuta tem o intuito de promover a mobilidade e a funcionalidade dessas crianças. (KETELAAR ET AL. 2001)
Segundo ROTHSTEIN (2001), cabe ao fisioterapeuta: diagnosticar e facilitar o desenvolvimento motor e melhorar as habilidades físicas e funcionais; restaurar, manter e promover a função e aptidão físicas, o bem-estar e a qualidade de vida; prevenir o surgimento de sintomas e a progressão de deficiências, limitações funcionais e incapacidades que podem resultar de doenças/condições/lesões. Além de prescrever através da ergonomia adequação do mobiliário escolar e adaptação de recursos pedagógicos que ampliem a funcionalidade e participação ativa desse público no ambiente escolar.
ALPINO (2008) realizou um estudo propondo uma abordagem funcional/ecológica, cujo direcionamento partiu da interação entre o indivíduo e o ambiente. De acordo com PALISANO et al. (2003) e TIEMAN et al. (2004) é por essa perspectiva que os fisioterapeutas devem avaliar o desempenho na mobilidade da criança com PC, levando em consideração os diferentes contextos/cenários significativos em sua rotina diária, a fim de conhecer efetivamente sua habilidade e identificar as características ambientais que possam favorecer ou impedir sua mobilidade.
Em sua pesquisa ALPINO (2008) verificou os efeitos de uma proposta de consultoria colaborativa promovida por fisioterapeutas junto às professoras de cinco alunos com PC do gênero masculino, matriculados em classe regular do ensino público. Quatro deles tinham quadriplegia espástica (um com componente atetóide) e apresentavam comprometimento funcional grave (GMFCS IV e V); apenas um dos alunos tinha hemiplegia espástica e comprometimento moderado (GMFCS II). Essas crianças por sua vez, apresentaram dificuldade em todos os aspectos considerados relevantes para sua participação no contexto escolar, chamando a atenção para a dificuldade em manter postura ereta e estável, quando sentados em suas cadeiras e carteira comuns – inadequadas quanto às dimensões e apoios necessários aos usuários, aumentando assim o déficit de coordenação motora fina e de equilíbrio (ALPINO 2008).
Os resultados demonstraram também que a assistência colaborativa do fisioterapeuta, fundamentada nas demandas dos alunos e dos educadores, contribuiu de forma significativa, uma vez que com as adaptações de atividades, recursos de tecnologia assistiva, mobiliário escolar (adaptação da cadeira, carteira, assento esculpido em espuma e apoio dos pés), adaptações de materiais pedagógicos (lápis JUMBO, ábaco, E.V.A) e espaço físico, houve melhora da independência, postura, coordenação motora fina e estabilidade dos alunos promovendo a participação dos mesmos em todas as atividades em sala (oral, escrita, desenho, pintura, trabalhos em grupo), bem como a melhora da “segurança e autoestima”, manifestada pela mudança no comportamento de um dos alunos, que passou a “babar menos” e “pedir menos ajuda. (ALPINO 2008).
SILVA et.al (2011), realizou um estudo de caso sobre as contribuições da fisioterapia na inclusão de alunos com PC no ensino fundamental, realizado em três escolas públicas da Cidade de Curitiba, com a amostra composta por três alunos com diagnóstico de Paralisia Cerebral, classificados como hemiparéticos, com o cognitivo preservado, alfabetizados e com idades entre nove e 16 anos, constatou também que ao estabelecer intervenções fisioterapêuticas de acordo com a relação/ambiente e necessidades específicas dos participantes obteve resultados satisfatórios. A elaboração de um laudo com propostas de adequação da mobília e do espaço físico da escola, resultou em melhora da independência, postura e estabilidade, com a adaptação da cadeira, carteira, e apoio dos pés. Confirmando assim, que o posicionamento adequado da criança facilita a realização das atividades escolares. (SILVA, SANTOS E RIBAS, 2011).
Uma boa coordenação motora fina é importante para o desempenho nas atividades escolares, e no caso de crianças com PC, de acordo com CODOGNO, (2011) além da necessidade de um mobiliário adequado é necessário conhecer o grau de comprometimento do aluno e o grau de complexidade da atividade que se pretende aplicar. Nesse sentido os resultados apontados por SILVA et.al (2011) mostraram que o uso do lápis com engrossador e a tala de punho confeccionada, proporcionou uma melhora do padrão flexor do punho direito de um dos alunos, o que facilitou a participação do mesmo nas aulas de Educação Física e no desenvolvimento das atividades de escrita.
Em um estudo experimental para determinar o efeito imediato do uso da tala de posicionamento de punho e dedos, na performance de atividades efetuadas bimanualmente em crianças com paralisia cerebral, LOUWERS et al. (2011) também constatou que as atividades com a tala melhoraram significantemente, em comparação com as atividades sem tala, havendo uma melhora da posição funcional da mão.
Ao investigar o efeito de diferentes modelos ergonômicos de mesa e dos padrões de pega do lápis sobre o desempenho na escrita de crianças com paralisia cerebral hemiplégica e de crianças saudáveis que frequentavam escolas regulares locais, KAVAK E BUMIN G. (2009) inferiu que as crianças com PC tiveram melhores desempenhos nas mesas com 20º de inclinação no que se refere aos parâmetros velocidade e tamanho, e as crianças saudáveis mostraram melhores desempenhos com relação ao parâmetro velocidade. Considerou que uma mesa inclinada é mais apropriada para oferecer melhor organização visomotora.
Segundo KAVAK E BUMIN G. (2009) os resultados da pesquisa mostraram ainda que a superfície da mesa recortada oferece um desempenho significativamente melhor do que a mesa padrão em crianças com PC hemiplégica. O mesmo sugere que seja utilizada a mesa recortada para oferecer maior apoio dos membros superiores durante as atividades de escrita para estudantes com PC, para que o desempenho na caligrafia e o sucesso escolar das crianças sejam assim aprimorados, podendo adaptar-se ao mesmo currículo dos colegas saudáveis.
SARAIVA e MELO (2011) ao avaliar a Participação do Fisioterapeuta na Prescrição do Mobiliário Escolar utilizado por Alunos com Paralisia Cerebral em Escolas Estaduais da Rede Regular de Ensino, cujo delineamento da pesquisa é um estudo exploratório com base em uma análise descritiva, traz um resultado semelhante ao de SILVA et.al (2011), pois aborda de forma incisiva as inferências em relação a participação e permanência dos alunos com PC em escola regular. O trabalho envolveu, cinco alunos com paralisia cerebral, com idades entre seis e vinte e oito anos, dos quais quatro eram do gênero masculino, todos com grau de acometimento motor moderado.
É atestado que uma postura instável ao sentar-se, associada ao controle inadequado do tronco e musculatura proximal, pode influenciar negativamente o desenvolvimento e refinamento do controle motor nas extremidades superiores de crianças com PC (McCLENAGHAN; THOMBS; MILNER, 1992 apud ALPINO 2011). Ou seja, o mal posicionamento, além de impossibilitar a função da mão, pode prejudicar o desenvolvimento do sentar e provocar ou agravar posturas anormais (LEVITT, 2001 apud ALPINO 2011).
SARAIVA e MELO (2011) durante a avaliação dos educandos envolvidos, constatou que apenas um aluno apresentou controle cervical insuficiente, e dois alunos possuíam controle deficitário de tronco e um outro aluno não possuía funcionalidade dos membros superiores. Concernente ao controle cervical e de tronco, observou que os alunos que apresentaram controle insuficiente com relação aos itens avaliados, foram aqueles que necessitavam de uma intervenção mais urgente no sentido de garantir um sistema de posicionamento no mobiliário escolar afim de minimizar as dificuldades motoras desses educandos, visando uma postura adequada para favorecer o desenvolvimento das atividades (SARAIVA e MELO 2011).
Ao concluir SARAIVA et.al (2011) ratificou que a falta de um mobiliário escolar adequado que atenda as especificidades do aluno com Paralisia Cerebral acarretam sérios problemas que dificultam no processo de aprendizagem e pode trazer implicações para a saúde dos mesmos, tais como: deformidades osteomusculares, dor, desconforto, déficit de atenção, entre outros.
Já MELO et.al (2017) realizou uma pesquisa transversal, do tipo descritivo com abordagem quantitativa, com o intuito de identificar a atuação do fisioterapeuta no processo de inclusão escolar de alunos com deficiência física. Participaram da pesquisa 47 fisioterapeutas atuantes na área de neuropediatria de cinco centros de reabilitação (públicos e privados) da cidade de João Pessoa, Paraíba. Quando questionados sobre a sua participação no processo de inclusão escolar de crianças e adolescentes com deficiência física, 19 (40,4%) disseram que atuam, enquanto 28 (59,6%) não. A pesquisa mostrou que dos 47 participantes, apenas, oito cursaram alguma disciplina específica voltada ao atendimento educacional da pessoa com deficiência física em sua graduação enquanto os outros 35 profissionais disseram que não participaram de nenhuma formação continuada voltada para a temática
Os resultados do estudo de MELO et.al (2017) reforça a necessidade de também incluir no currículo de fisioterapia no Brasil, conteúdos e práticas em contextos escolares, para que os profissionais desenvolvam competências e habilidades que lhes permitam trabalhar junto à equipe na perspectiva da inclusão escolar de pessoas com deficiência física. Corroborando com a pesquisa de ALPINO (2008) enfatizou que o modelo de consultoria colaborativa encontra viabilidade para execução tendo como foco o atendimento das necessidades dos alunos com deficiência física no ensino regular, inclusive como forma de intervenção do fisioterapeuta no ambiente escolar.
Os referidos estudos demonstraram que um dos maiores problemas encontrados foram as barreiras mobiliares e arquitetônicas, segundo (SILVA, SANTOS E RIBAS, 2011), a eliminação das mesmas, “não só promove acesso, mas também dá condições para interação, pois, a impossibilidade de estar e fazer o que os outros alunos fazem, leva a uma diminuição da auto-estima”.
Apesar de existir uma Lei7 que assegura e regulamenta a inclusão de alunos NEEs (Necessidades Educacionais Especiais) em escolas regulares, esse público ainda é minoria, e esta ausência pode estar ligada a falta de informação dos pais e carência de preparação das escolas no que diz respeito a existência de um profissional capacitado no caso o fisioterapeuta, para atender as demandas específicas, à acessibilidade e a comodidade desse público. Sendo estes, um dos principais aspectos, que dificultam a participação do aluno com PC no ensino regular (SILVA et. al, 2011).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do presente estudo pode-se inferir que a fisioterapia no contexto escolar oferece às crianças estímulos para o melhor desenvolvimento neuropsicomotor, aprimorando suas habilidades indispensáveis ao processo de aprendizagem, dentre eles: coordenação motora fina, equilíbrio, propriocepção, e força muscular.
Portanto conclui-se que a presença do fisioterapeuta no ambiente escolar é imprescindível pois auxilia no processo de inclusão de crianças com PC eliminando e minimizando as barreiras arquitetônicas, promovendo a acessibilidade, desenvolvendo estratégias de intervenção ergonômica ou adaptação de mobiliários que permite ao aluno uma postura estável, diminuindo dores musculares e desvios posturais.
5 LIMITAÇÕES
Pode-se observar que ainda são poucos os estudos relacionados ao impacto da fisioterapia em crianças com paralisia cerebral no contexto escolar.
Entretanto por meio dos artigos encontrados evidencia-se a necessidade de mais estudos sobre essa temática.
REFERÊNCIAS
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1terapia e-mail: jcouto@unesulbahia.br
2Discente do Curso de Fisioterapia da UNESULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA, e-mail: tamiportugaldemagalhaes@gmail.com.
3,2Discente do Curso de Fisioterapia da Docente da UNESULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA, Fisioterapeuta, e Coordenador do Curso de FisioUNISULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA e-mail: gessicamarquesm@outlook.com
4Docente da UNESULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA, Fisioterapeuta, e Doutor em Medicina e Saúde Humana e-mail: wagner@unece.br
5Docente da UNESULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA, Fisioterapeuta, e Doutor em Medicina e Saúde Humana e-mail: wagner@unece.br
6Docente da UNESULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA, Fisioterapeuta, e Mestre em Novas Tecnologias Digitais em Educação e-mail: rsantos.eus@unesulbahia.edu.br
6Docente da UNESULBAHIA, Rede UniFTC de Eunápolis/BA, Médica, e Residência em Clínica Médica e-mail: priscilafadini@hotmail.com