SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ: UMA ABORDAGEM SOBRE O DIAGNÓSTICO E AS FORMAS DE TRATAMENTO. 

GUILLAIN BARRÉ SYNDROME: AN APPROACH ON DIAGNOSIS AND FORMS OF TREATMENT.

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7709453


Fernando José de Morais Silva1
Maria Eduarda Dias Arouca2
Kalliny Luiza Dias Arouca3
Anderson Guilherme de Lima Soares4
Julia Cristina Martins Dantas5
Vitória Dantas Lino6
Maria Clara Oliveira Sabóia de Meneses7
Jéssica Fernanda Mateus Noronha8
Watina Rodrigues Dias9
Karen Natany Costa de Oliveira10
Dalilla Viana Moreira11
Myrella Evelyn Nunis Turbano12
Mylla Christie Nunes Turbano13
Yuri Samuel Nunes Turbano14
Thayná Grasielly de Campos Melo Santos Rodrigues15
Caio Vinicius de Araújo Marques16
Hugo Araújo Salis17 
Vânia da Silva Oliveira18


RESUMO

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) afeta diferentes grupos sociais em todo o mundo, principalmente pessoas entre 20 e 40 anos, sendo a incidência no mundo de 1 a 4 casos por 100 mil habitantes por ano. OBJETIVO: Conhecer os sintomas e as principais formas de tratamento da SGB. MÉTODOS: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, foi realizado um levantamento bibliográfico de caráter descritivo e exploratório, através das bases de dados: Medline e Lilacs, utilizando os descritores: “Síndrome de Guillain-Barré” OR “Guillain-Barré Syndrome” OR “Síndrome de Guillain-Barré”, “Sinais e Sintomas” OR “Signs and Symptoms” OR “Signos y Síntomas”e Terapêutica OR Therapeutics OR Terapéutica. RESULTADOS: A SGB é uma doença bem severa, sendo importante seu diagnóstico prévio e o estabelecimento de um tratamento eficaz, evitando a progressão da doença, sendo o tratamento de escolha a injeção de anticorpos saudáveis que atuam contra os anticorpos que estão causando a doença. CONCLUSÃO: Portanto, a SGB além de uma enfermidade grave que atinge os membros inferiores e superiores das pessoas, pode atingir a face e podendo levar a óbito se não for devidamente tratada. 

Palavras-chave: Síndrome de Guillain-Barré, sintomatologia, tratamento.

ABSTRACT

INTRODUCTION: The Guillain-Barré Syndrome (GBS) affects different social groups around the world, mainly people between 20 and 40 years old, and the incidence worldwide is 1 to 4 cases per 100,000 inhabitants per year. OBJECTIVE: To know the symptoms and main forms of treatment of GBS. METHODS: This study is an integrative literature review, a descriptive and exploratory bibliographic survey was conducted using the following databases: Medline and Lilacs, using the descriptors: “Guillain-Barre Syndrome” OR “Guillain-Barre Syndrome” OR “Guillain-Barré Syndrome”, “Signs and Symptoms” OR “Signs and Symptoms” OR “Signos y Síntomas” and Therapeutics OR Therapeutics OR Therapeutics. RESULTS: GBS is a very severe disease, and it is important to diagnose it early and establish an effective treatment to prevent disease progression, the treatment of choice being the injection of healthy antibodies that act against the antibodies that are causing the disease. CONCLUSION: Therefore, GBS is not only a serious disease that affects the upper and lower limbs of people, but it can also affect the face and can lead to death if not properly treated. 

Keywords: Guillain-Barré syndrome, symptomatology, treatment.

1. Introdução

A síndrome de Guillain-Barré é uma patologia que acontece quando o nosso sistema imunológico começa a fazer uma reação autoimune, atacando assim os neurônios do nosso sistema nervoso, levando a inflamação dos nervos por destruição da bainha de mielina e por consequência diminuição da propagação dos impulsos nervosos, assim sendo provocará fraqueza muscular. Essa síndrome geralmente ocorre após o desenvolvimento de uma pequena infecção, como gastrointestinal ou pulmonar, desaparecendo a sintomatologia da infecção começam a aparecer os sintomas da síndrome de Guillain-Barré. O indivíduo afetado por essa síndrome possui seu sistema imune comprometido por um excesso de anticorpos que auto destroem a camada de mielina dos axônios, razão pela qual seus reflexos motores se tornam lentos(WILLISON; JACOBS; VAN DOORN, 2016). 

Essa patologia ocasionalmente pode ocorrer em conjunto com infecções virais, tais como: mononucleose, lúpus sistêmicos, AIDS, herpes simples, ou algumas infecções bacterianas. A trajetória clínica da doença possui 3 estágios: progressão, estabilização e regressão. Grande parte dos casos ocorre de maneira esporádica, sem sazonalidade e com letalidade entre 5 e 15% (LIMA & CAVALCANTI, 2020). Essa síndrome trata de uma doença autoimune caracterizada por polirradiculoneurite aguda, bem como se refere a uma síndrome neurológica considerada rara e tem como sinal principal a progressão de dormência ou formigamento nas extremidades dos membros inferiores e superiores, afeta diferentes grupos sociais em todo o mundo, principalmente pessoas entre 20 e 40 anos, sendo a incidência no mundo de 1 a 4 casos por 100 mil habitantes por ano (MORALES, et al., 2019). A trajetória clínica da doença possui 3 estágios: progressão, estabilização e regressão. Grande parte dos casos ocorre de maneira esporádica, sem sazonalidade e com letalidade entre 5 e 15% (GITTERMANN, et al., 2020). A SGB não tem cura, mas, possui tratamento que ameniza seus sintomas clínicos e consequentemente pode proporcionar uma qualidade de vida normal aos pacientes afetados. (SOUZA & SOUZA, 2007).

Assim sendo, considerando a prevalência dessa doença em nosso meio, é importante os principais achados clínicos em pacientes portadores da SGB, analisando os tratamentos que mais possam propiciar uma melhor qualidade de vida desses pacientes. Este estudo teve como objetivo principal conhecer os sintomas e as principais formas de tratamento da SGB, no intuito de levar mais informações para as pessoas portadoras dessa síndrome.

2. Metodologia

O presente estudo trata -se de uma revisão integrativa da literatura realizada no mês de fevereiro de 2023, que se utiliza de uma metodologia exploratória e descritiva. (PEREIRA, et al., 2018).

Inicialmente, foram pesquisados estudos nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline). Inicialmente foram selecionados os seguintes descritores: “Síndrome de Guillain-Barré” OR “Guillain-Barré Syndrome” OR “Síndrome de Guillain-Barré”, “Sinais e Sintomas” OR “Signs and Symptoms” OR “Signos y Síntomas”e Terapêutica OR Therapeutics OR Terapéutica. Utilizando o operador booleano “AND”. Os dados foram organizados durante a revisão de literatura de forma a elencar os estudos relacionados à temática em questão, a filtragem dos artigos encontrados teve como critério de inclusão, artigos nos últimos 5 anos (2018 a 2023), nos idiomas: inglês e alemão, sendo os tipos de documentos: estudo observacional; estudo de etiologia, estudo diagnóstico, estudo prognóstico, estudo de fatores de risco; estudo de rastreamento e ensaio clínico controlado; e como critério de exclusão, foram descartados os artigos que não contemplassem a pergunta de pesquisa, publicações de teses e dissertações,  artigos em outros idiomas, textos antes de 2018, e artigos de revisão . Além disso, foi realizada uma pesquisa no Google acadêmico, utilizando os mesmos descritores, mas sem delimitação temporal. Após essa filtragem ficou disponível 86 artigos, sendo que após leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 12 artigos que mais se encaixavam na proposta desse estudo para compor a presente revisão, ademais foi realizado e excluído textos em duplicação.

O estudo dispensou submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa, por tratar-se de uma pesquisa com dados secundários e de domínio público, assim, não envolvendo nenhuma pesquisa clínica com seres humanos e animais. 

Figura 1- Fluxograma esquematizando a metodologia do estudo


Fonte: Autores

Quadro 1- Distribuição dos dados da pesquisa em relação à base de dados e ano da publicação. 

ArtigoBase de dadosAno de publicação
ANCHATUÑA, José Raúl Morocho; TOASA, Ana Gabriela Niola; ROBLES, Maria. Síndrome de Guillan-Barré: diagnóstico e tratamento de uma neuropatia imunomediada. Journal of American Health , v. 6, n. 1, 2023.MEDLINE2023
CLÍNICO, Protocolo; TERAPÊUTICAS, Diretrizes. Síndrome de Guillain-Barré.GOOGLE SCHOLAR2009
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LEONHARD, Sonja E. et al. Diretrizes Baseadas em Evidências Diagnóstico e manejo da Síndrome de Guillain–Barré em dez etapas. Revista Neurociências, v. 29, p. 1-52, 2021.MEDLINE2021
LIMA, Cássia Lorrany Gonçalves; CAVALCANTI, Daniella da Silva Porto. SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ: uma abordagem sobre os sintomas e principais formas de tratamento da doença. Saúde & Ciência Em Ação, v. 6, n. 1, p. 1-15, 2020.LILACS2020
LUIJTEN, Linda WG et al. Síndrome de Guillain-Barré após infecção por SARS-CoV-2 em um estudo de coorte prospectivo internacional. Cérebro , v. 144, n. 11, pág. 3392-3404, 2021. See MoreMEDLINE2021
MORALES, Óscar Phillips et al. Actualización en el síndrome de Guillain-Barré. Revista Médica Sinergia, v. 4, n. 11, p. e290-e290, 2019.GOOGLE SCHOLAR
PEREIRA, Gabriel Henrique et al. Cuidados de enfermagem ao paciente portador da Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão sistemática da literatura. Research, Society and Development, v. 12, n. 2, p. e25712240306-e25712240306, 2023.LILACS2023
RIGO, Denise de Fátima Hoffmann et al. Síndrome de Guillain Barré: perfil clínico epidemiológico e assistência de enfermagem. Enfermería Global, v. 19, n. 1, p. 346-389, 2020.GOOGLE SCHOLAR2020
SHAHRIZAILA, Nortina; LEHMANN, Helmar C.; KUWABARA, Satoshi. A síndrome de Guillain-Barré. A lanceta , v. 397, n. 10280, pág. 1214-1228, 2021. See MoreMEDLINE2021
SOUZA, AV de; SOUZA, MAF de. Síndrome de Guillain-Barré sob os cuidados de enfermagem. Revista Meio Ambiente Saúde, v. 2, n. 1, p. 89-102, 2007.GOOGLE SCHOLAR2007
WILLISON, H. J.; JACOBS, B. C.; VAN DOORN, P. A. Guillain-Barré syndrome. Lancet, 388, n. 10045, p. 717-727, 2016/03 2016.GOOGLE SCHOLAR2016

Fonte: Autores

3. Revisão de literatura

3.1 Sintomatologia

Essa síndrome trata de uma doença autoimune caracterizada por polirradiculoneurite aguda, bem como se refere a uma síndrome neurológica considerada rara e tem como sinal principal a progressão de dormência ou formigamento nas extremidades dos membros inferiores e superiores (ANCHATUÑA; TOASA; ROBLES).

O quadro clínico se caracteriza por diminuição da sensibilidade dos pés e mãos acompanhada de fraqueza muscular progressiva, reflexo osteotendinoso reduzido e lento, dor moderada a severa, quadra de pressão arterial, arritmias, em alguns casos retenção urinária. Os sintomas iniciais são caracterizados por parestesia em membros, fraqueza muscular geral, dor lombar ou em membros inferiores. A síndrome apresenta alguns sinais de emergência, onde o indivíduo deve buscar ajuda imediata, tais como: dificuldade para deglutir, dificuldade respiratória, incapacidade para respirar profundamente, sentir vertigem a se levantar, babar e desmaiar. (LIMA & CAVALCANTI, 2020).  As lesões predominantes em portadores dessa síndrome resultam do infiltrado multifocal da bainha de mielina por células mononucleares ou da destruição da bainha de mielina mediada por anticorpos autoimunes (SOUZA & SOUZA, 2007). Dessa forma, os indivíduos com SGB produzem anticorpos contra sua própria mielina dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos. Como resultado deste processo inflamatório, existirá um severo acometimento muscular, levando à paralisia destes, atonia muscular, déficit de força distal, perda dos reflexos, diminuição da sensibilidade da pele na porção inferior da perna e nas mãos (SOUZA & SOUZA, 2007).

3.2 Complicações

Podemos ter várias complicações, como: maior risco para o desenvolvimento de infecções, pressão arterial baixa ou instável, paralisia permanente, aspiração de alimentos ou líquidos para dentro do pulmão, pneumonia, desenvolvimento de úlceras, dificuldade para respirar (insuficiência respiratória), trombose venosas profunda (coágulos sanguíneos que se formam quando o paciente fica inativo ou confinado no leito) e contratura das articulações ou outras deformidades. (SHAHRIZAILA, e et al., 2021).

A diminuição dos impulsos nervosos, e acometimento dos nervos podem acarretar em contraturas musculares involuntárias. As contraturas ocorrem porque os músculos estão finos, uma vez que não estão sendo utilizados. Como os músculos estão finos, atrofiados, e contraindo e relaxando involuntariamente, isto acarreta em uma exaustão muscular (SOUZA & SOUZA, 2007). De modo geral, a SGB pode levar a Polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante aguda (PDIA), a Neuropatia Axonal Sensitivo-Motora Aguda (NASMA), a Neuropatia Axonal Motora Aguda (NAMA), a Síndrome de Miller-Fisher (SMF), Polinevrite Craniana, Pandisautonomia aguda e a Variante Cervicobraquial (GITTERMANN, et al., 2020).

3.3 Diagnóstico

Na ausência de biomarcadores suficientemente sensíveis e específicos para a doença, o diagnóstico da SGB se baseia no histórico e exame físico, possui diagnóstico clínico, sendo importante serem feitas investigações adicionais para confirmação. A análise do LCR se faz importante para exclusão de outras causas. Na análise do LCR, devemos ter a clássica dissociação albumino-citológica onde teremos uma contagem normal de células com um aumento desproporcional de proteínas. No entanto devemos lembrar que especialmente quando determinado na primeira semana após o início da doença podemos encontrar um nível normal de proteínas, não sendo um fator para excluir a síndrome, além disso, poderá ser feito hemogramas completos e exames de sangue para glicose, eletrólitos, função renal e enzimas hepáticas, na tentativa de excluir causas infecciosas ou disfunções metabólicas e eletrolíticas. Caso o número de linfócitos no líquido cefalorraquidiano (LCR) exceda 10 células/mm3 deve-se suspeitar de outras causas de polineuropatia, tais como sarcoidose, doença de Lyme ou infecção pelo vírus HIV (LEONHARD, et al., 2021)

Clinicamente, pacientes com essa síndrome deverão apresentar de forma inequívoca graus de fraqueza em mais de um segmento apendicular de forma bilateral e simétrica, incluindo a musculatura craniana, além disso os reflexos miotáticos distais devem estar alterados. Concomitante a isso, a cronologia dos sintomas é de suma importância, não podendo ultrapassar 8 semanas e a recuperação ocorre em 2-4 semanas após a fase de platô. Alguns achados como febre são pouco frequentes, levantando a suspeita de uma etiologia alternativa, de causa provavelmente infecciosa. (SHAHRIZAILA, e et al., 2021).

O eletroencefalograma não é obrigatório para diagnóstico da SBG, mas é muito útil no diagnóstico principalmente em pacientes com quadros atípicos. Desse modo, os exames eletrofisiológicos em pacientes com SGB revelarão uma polineuropatia ou polirradiculoneuropatia sensitivo-motora, sinalizada por velocidades de condução reduzidas, amplitudes reduzidas do potencial evocado somatossensitivo e motor, dispersão temporal anormal e/ou bloqueios parciais da condução motora. (LEONHARD, et al., 2021).

A Ressonância magnética (RM) pode ser útil para a exclusão de diagnóstico diferenciais, como infecção no tronco encefálico, acidente vascular cerebral, inflamação da medula espinhal ou das células do corno anterior, compressão de raiz nervosa ou doença maligna leptomeníngea, sendo que a presença de realce de raiz nervosa na RM com gadolínio é uma característica inespecífica, mas sensível, da SGB, corroborando em diagnóstico da síndrome, especialmente em crianças pequenas, nas quais a avaliação clínica e eletrofisiológica é mais problemática. Outra nova e importante ferramenta diagnóstica é o ultrassom dos nervos periféricos, que revela raízes nervosas cervicais aumentadas no início do curso da doença, indicando a importância da inflamação da raiz espinhal como um mecanismo patológico precoce. (LEONHARD, et al., 2021).

Texto

Descrição gerada automaticamente

FONTE: Protocolo Clínico e Diretrizes (2015).

Tabela

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

FONTE: LEONHARD, Sonja E. et al. Diretrizes Baseadas em Evidências Diagnóstico e manejo da Síndrome de Guillain–Barré em dez etapas. Revista Neurociências, v. 29, p. 1-52, 2021.

3.4 Tratamento

Quanto ao tratamento, existem dois tipos na SGB, sendo que o primeiro se baseia na antecipação e o controle das comorbidades associadas ao tratamento da progressão dos sinais e sintomas visando a um menor tempo de recuperação e minimização de déficits motores, já o segundo, os indivíduos acometidos devem passar por uma rigorosa observação e serem acompanhados por uma equipe de profissionais que saibam as necessidades especiais dos pacientes com SGB (LIMA & CAVALCANTI, 2020).

É importante ter atenção ao que for explicado na beira do leito, explicando a natureza dos procedimentos aos pacientes, com o intuito de diminuir a ansiedade gerada. É de extrema importância que o manejo das complicações seja feito por uma equipe multidisciplinar, podendo ser incluso: enfermeiros, fisioterapeutas, especialistas em reabilitação, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e nutricionistas. (LEONHARD, et al., 2021)

O paciente pode receber infusão endovenosa de imunoglobulina venosa e intravenosa, como também pode receber tratamento por meio de fisioterapias para reabilitar a musculatura dos membros inferiores e superiores e nos casos em que houve o comprometimento facial. (LIMA & CAVALCANTI, 2020).

4. Considerações finais

A SGB é uma doença de difícil diagnóstico e manejo, sendo que sua apresentação clínica é heterogênea e seu prognóstico é bastante variável. Além disso, seu manejo pode ser desafiador em casos desencadeados por doenças infecciosas, como o Zika vírus

O manejo da SGB pode ser especialmente desafiador durante os surtos desencadeados por doenças infecciosas. A SGB é uma doença bem severa, sendo importante seu diagnóstico prévio e o estabelecimento de um tratamento eficaz, evitando a progressão da doença. O tratamento com a imunoterapia é o mais utilizado nos pacientes com SGB: tanto a plasmaférese quanto a IgIV são extremamente eficazes no tratamento dessa doença.

Referências

ANCHATUÑA, José Raúl Morocho; TOASA, Ana Gabriela Niola; ROBLES, Maria. Síndrome de Guillan-Barré: diagnóstico e tratamento de uma neuropatia imunomediada. Journal of American Health , v. 6, n. 1, 2023.

CLÍNICO, Protocolo; TERAPÊUTICAS, Diretrizes. Síndrome de Guillain-Barré.

DE OLIVEIRA, Geisemara Rosario et al. Tratamento fisioterapêutico na síndrome de Guillain-Barré. Research, Society and Development, v. 11, n. 9, p. e4111931446-e4111931446, 2022.

GITTERMANN, LM Trujillo; FERIS, SN Valenzuela; VON OETINGER GIACOMAN, A. Relación entre COVID-19 y síndrome de Guillain-Barré en adultos. Revisión sistemática. Neurología, v. 35, n. 9, p. 646-654, 2020.

LEONHARD, Sonja E. et al. Diretrizes Baseadas em Evidências Diagnóstico e manejo da Síndrome de Guillain–Barré em dez etapas. Revista Neurociências, v. 29, p. 1-52, 2021.

LIMA, Cássia Lorrany Gonçalves; CAVALCANTI, Daniella da Silva Porto. SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ: uma abordagem sobre os sintomas e principais formas de tratamento da doença. Saúde & Ciência Em Ação, v. 6, n. 1, p. 1-15, 2020.

LUIJTEN, Linda WG et al. Síndrome de Guillain-Barré após infecção por SARS-CoV-2 em um estudo de coorte prospectivo internacional. Cérebro , v. 144, n. 11, pág. 3392-3404, 2021. See More

MORALES, Óscar Phillips et al. Actualización en el síndrome de Guillain-Barré. Revista Médica Sinergia, v. 4, n. 11, p. e290-e290, 2019.

PEREIRA, Adriana Soares et al. Metodologia da pesquisa científica. 2018.

PEREIRA, Gabriel Henrique et al. Cuidados de enfermagem ao paciente portador da Síndrome de Guillain-Barré: uma revisão sistemática da literatura. Research, Society and Development, v. 12, n. 2, p. e25712240306-e25712240306, 2023.

RIGO, Denise de Fátima Hoffmann et al. Síndrome de Guillain Barré: perfil clínico epidemiológico e assistência de enfermagem. Enfermería Global, v. 19, n. 1, p. 346-389, 2020.

SHAHRIZAILA, Nortina; LEHMANN, Helmar C.; KUWABARA, Satoshi. A síndrome de Guillain-Barré. A lanceta , v. 397, n. 10280, pág. 1214-1228, 2021. See More

SOUZA, AV de; SOUZA, MAF de. Síndrome de Guillain-Barré sob os cuidados de enfermagem. Revista Meio Ambiente Saúde, v. 2, n. 1, p. 89-102, 2007.

WILLISON, H. J.; JACOBS, B. C.; VAN DOORN, P. A. Guillain-Barré syndrome. Lancet, 388, n. 10045, p. 717-727, 2016/03 2016.


1,4,7,8, 10, 12, 16, 18Graduando em Medicina pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí-FAHESP-Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba-IESVAP, Parnaíba-PI, Brasil
2Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC), Araguaína -TO, Brasil.
3Médica graduada pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí-FAHESP-Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba-IESVAP, Parnaíba-PI, Brasil.
5, 6Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC), Araguaína -TO, Brasil. 
9,11,15Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Tocantins – Unitins, Augustinopolis-TO, Brasil.
13, 14Graduando em Medicina pela Universidade Tres Fronteiras- UNINTER- Paraguai.
17Enfermeiro graduado pela Universidade Estadual do Tocantins – Unitins, Augustinopolis-TO, Brasil.