PROPOSTA DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE ELABORAÇÃO DE UM HERBÁRIO COMO PRÁTICA FACILITADORA PARA A APRENDIZAGEM EM BOTÂNICA

PROPOSAL FOR A DIDACTIC SEQUENCE FOR PREPARING A HERBARIUM AS A FACILITATORY PRACTICE FOR LEARNING IN BOTANY

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7539112


Dr. Tiago Maretti Gonçalves
Dra. Klenicy Kazumy de Lima Yamaguchi


Resumo:

O ensino de botânica permeia conteúdos muito importantes para a formação dos alunos, podendo ser apresentado conteúdos enriquecedores, como a conservação, sustentabilidade e ciências ambientais como um todo. No entanto, verifica-se na literatura que comumente esses conteúdos acabam ficando restritos ao espaço físico da sala de aula e com conteúdos que se restringem ao livro didático. O objetivo deste trabalho é apresentar uma sequência didática investigativa para facilitar a aprendizagem em Botânica. A metodologia consiste no diagnóstico sobre os conhecimentos prévios dos alunos, apresentação dos temas, aula de campo e oficinas. Espera-se que a construção e o uso dessa sequência metodológica possam impactar de forma positiva na aprendizagem dos discentes, aprofundar o conhecimento e a compreensão dos conteúdos de botânica e de seus termos técnicos, além de contribuir com o desenvolvimento dos alunos em relação ao conhecimento sobre a importância do meio ambiente.

Palavras-chave: Angiospermas; Aprendizagem significativa; Oficina didática; Metodologia ativa.

Abstract:

The teaching of botany permeates very important content for the training of students, and enriching content can be presented, such as conservation, sustainability and environmental sciences as a whole. However, it appears in the literature that these contents commonly end up being restricted to the physical space of the classroom and with contents that are restricted to the textbook. The objective of this work is to present an investigative didactic sequence to facilitate learning in Botany. The methodology consists of a diagnosis of the students’ prior knowledge, presentation of the themes, field classes and workshops.It is expected that the construction and use of this methodological sequence can have a positive impact on students’ learning, deepen their knowledge and understanding of botany content and its technical terms, in addition to contributing to the development of students in relation to knowledge about the importance of the environment.

Keywords: Angiosperms; Significant learning; Didactic workshop; Active methodology.

1. INTRODUÇÃO

A Botânica, é uma das áreas mais fascinantes da Biologia, no entanto, por possuir um aporte teórico bastante extenso e termos novos, pode desmotivar a aprendizagem dos discentes, sendo considerada por Borges et al. (2019), como uma das áreas mais difíceis de se aprender pelos alunos. Neste sentido, Souza e Garcia (2019, p. 112), destacam que:

[…] a Botânica passa a ser desconsiderada também pelos estudantes que, mais tarde, em sua formação, acabam apresentando incompreensões sobre a importância ecológica das plantas. O desconhecimento acerca dos motivos pelos quais os vegetais dominam os ecossistemas, diretamente relacionados às histórias de vida desses seres vivos, é um fato ainda visível na escola. (SOUZA E GARCIA, 2019, p. 112).

Atrelada a essa dificuldade, na literatura, vários autores relatam a existência do que é chamado de “cegueira botânica”, termo cunhado por Wandersee e Schussler (2001),. Esse termo remete-se à incapacidade dos alunos em perceber a importância das plantas no nosso dia a dia, e o quanto elas são úteis. Assim, segundo Ursi (2022, on-line):

[…] as pessoas com  tal cegueira podem apresentar as seguintes características: dificuldade de perceber as plantas no seu cotidiano; enxergar as plantas como apenas cenários para a vida dos animais; incompreensão das necessidades vitais das plantas; ignorar a importância das plantas nas atividades diárias; dificuldade para perceber as diferenças de tempo entre as atividades dos animais e das plantas; não vivenciar experiências com as plantas da sua região; não saber explicar o básico sobre as plantas da sua região; não perceber a importância central das plantas para os ciclos biogeoquímicos; não perceber características únicas das plantas, tais como adaptações, coevolução, cores, dispersão, diversidade, perfumes etc (URSI, 2022, on-line).

Ainda pode-se destacar outra problemática, relacionada ao uso excessivo de aulas tradicionais expositivas. Esse tipo de metodologia de ensino, torna o aluno incapaz de ser ativo no processo de ensino e a aprendizagem, tornando-o mero reprodutor do conhecimento. Nesta ótica, Krasilchik (2019), relata que as aulas tradicionais expositivas causam um aumento no déficit de atenção dos alunos, impactando negativamente a sua aprendizagem.

No intuito de ultrapassar os obstáculos e facilitar a aprendizagem em Botânica, o uso de metodologias de ensino diferenciadas que articulam o conhecimento teórico, a prática e a valorização dos conhecimentos dos alunos vem sendo reportados como práticas exitosas nas aulas de Ciências/ Biologia. 

A proposta de alternativas de se educar, se despontam como uma tarefa de grande aplicabilidade e impacto no processo de ensino e aprendizagem. Assim, segundo Santana, Silva e Landim (2016, p. 1), “a aprendizagem dos conhecimentos biológicos pode contribuir para um efetivo exercício da cidadania, sendo a utilização de recursos didáticos variados, de forma contextualizada, de grande valor para o sucesso desse processo”. Um desses recursos, pode ser a proposta de construção e uso de um herbário didático, utilizando-se espécimes vegetais coletadas pelos próprios alunos, em consonância com explicações prévias do professor, sendo caracterizado como uma oficina experimental.

Nesse sentido, o desenvolvimento de herbários didáticos vem contribuindo para a facilitação do processo de aprendizagem em botânica, despertando o interesse em relação aos conteúdos e sendo uma estratégia para o interesse e a motivação discente (NUNES et al., 2016; AMORIM et al., 2020). 

De acordo com Oliveira e Freixo (2019), herbários escolares são coleções botânicas didáticas, que têm a função de aproximar a flora local dos discentes, permitir que possa haver a vinculação dos conteúdos teóricos com a realidade dos indivíduos e tornam o ensino de botânica mais lúdico.

Verifica-se que embora os alunos tenham certo conhecimento sobre plantas, principalmente as consideradas medicinais, os processos de coleta e herborização das espécies nem sempre estão presentes. Além disso, cita-se que a aplicação dos conhecimentos práticos se mostra bastante motivadores para os estudantes e contribuem para a assimilação dos termos técnicos (OLIVEIRA; FREIXO, 2019).

Um Herbário, segundo Peixoto e Maia (2013), provém “do latim herbarium, sendo o nome empregado para designar uma coleção de plantas ou de fungos, ou de parte desses, técnica e cientificamente preservados”. Os espécimes, são então “desidratados” e posteriormente fixados em uma cartolina, em conjunto com uma ficha que deve conter os dados de coleta e informações da planta coletada, compondo o que é chamado de uma exsicata. Neste rico espaço, é possível o professor explorar diversas áreas da Biologia, como a Botânica, abordando tópicos de Morfologia Vegetal, chamando a atenção sobre a diversidade morfológica de partes das plantas, bem como seus ciclos reprodutivos, e até mesmo aspectos de Taxonomia vegetal, enfocando os nomes científicos, famílias, gêneros e grupos vegetais que podem coletados pelos próprios alunos.

O herbário didático, também se desponta como uma rica atividade educativa permitindo ao professor discutir com os alunos temas relacionados ao conhecimento tradicional associado (de tribos indígenas, quilombolas, povos locais) ligado a sabedoria popular das plantas, como por exemplo, as plantas com poderes curativos e medicinais, além de conteúdos ambientais como sustentabilidade e conservação. 

Na literatura, Brandão et al. (2014), implementaram uma atividade alternativa de ensino sobre tópicos de Botânica aos alunos do 2º ano na disciplina de Biologia do Ensino Médio. Os autores, em conjunto com os alunos, construíram um jardim botânico didático com o objetivo de observar características morfológicas de diversas espécies do grupo das Angiospermas, unindo-se à teoria na prática. Como principal resultado dessa metodologia alternativa, os autores relataram que propostas alternativas de ensino, se despontam como recursos de grande impacto, permitindo-se somar na construção do conhecimento pelos alunos, aumentando consideravelmente a aprendizagem efetiva dos mesmos. 

Já, Nunes et al. (2015), desenvolveram uma atividade alternativa no ensino de Botânica aos alunos da 2º série do Ensino Médio, na disciplina de Biologia. A intervenção efetuada foi a construção de um herbário didático, como ferramenta diferenciada no ensino e aprendizagem. Como principal resultado, os autores constataram que o herbário promoveu uma vivência diferenciada no que tange ao conteúdo de Botânica, e permitiu unir a teoria na prática, facilitando-se o binômio ensino-aprendizagem.

Dessa forma, o objetivo deste trabalho é apresentar uma sequência didática investigativa para facilitar a aprendizagem em Botânica por meio de aulas teóricas, práticas e valorização da cultura e conhecimento dos alunos. Para tanto, a construção e uso de um herbário didático propõe oficinas, uso de espaços não formais e uso de materiais simples, de baixo custo e acessíveis.

2. PERCURSO METODOLÓGICO

A elaboração do herbário poderá ocorrer no formato de pesquisa de ação, permitindo que os alunos possam ser ativos no processo de construção do aprendizado. Nessa metodologia os participantes do projeto tornam-se participantes do processo e o desenvolvimento da atividade refletem a realidade do que meio em que os indivíduos estão inseridos.  As etapas da proposta didática são apresentadas na tabela 1 e terão duração média de, pelo menos, 180 minutos.

A oficina experimental, será dividida em 4 momentos: 1) coleta e identificação dos materiais, 2) prensagem e secagem dos materiais, 3) montagem das exsicatas e catalogação dos espécimes coletados e 4) discussão dos resultados obtidos. (Tabela 1).

Tabela 1. Momentos da atividade proposta.

Etapa MetodologiaAtividadeDuração 
1) Diagnóstico Investigativa Averiguar o conhecimento prévio dos alunos sobre botânica, plantas, sustentabilidade, herbário e assuntos correlacionados. A atividade poderá ocorrer em uma roda de conversa e debates em sala de aula.30 minutos 
2) Apresentação do tema Aula expositivaApresentação do conteúdo teórico sobre botânica, o meio ambiente e a flora. Pode-se realizar uma visita aos arredores da escola para verificar as plantas do entorno.30 minutos
3) Coleta Aula de campo Obtenção das matérias primas que serão utilizadas para a elaboração do herbário. Pode ocorrer ao redor da escola em equipes, ou os alunos podem disponibilizar baseado no meio onde residem.30 minutos
4) Preparação da exsicataOficina didáticaElaboração das exsicatas utilizando matérias primas vegetais.60 minutos 
5) Elaboração do herbário Oficina didáticaExposição das exsicatas. Atividade observacional que poderá ocorrer na aula ou como momento extras sala de aula, envolvendo outras turmas.30 minutos

Fonte: Autores (2023).

2.1.  PREPARAÇÃO DAS EXSICATAS

A seguir, estão dispostos os materiais utilizados para a condução da atividade prática e ilustrados na Figura 1. 

 Figura 1 – Materiais utilizados na atividade proposta.

• Jornais;
• Vários retângulos de papelão medindo aproximadamente 45 cm x 30 cm; (pode ser utilizado restos de caixas de papelão, que deverão ser recortadas nas medidas supracitadas);
• Tesoura sem ponta;
• Amostras de diversas espécies vegetais coletadas pelos alunos;
• Cartolinas brancas;
• Lápis e borracha;
• Linha de Pipa (nº 10);
• Agulha (nº 06);
• Caderno para anotação dos registros de coleta das plantas e outras informações úteis;
• Vários livros que serão utilizados como (peso) prensa;
• Smartphone (será utilizado como GPS das amostras coletadas pelos alunos);• Pequenos envelopes;

Fonte: Autores (2023).

2.2. COLETA E IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL

Na coleta pode-se efetuar utilizando plantas pertencentes a diversos grupos vegetais, em locais de fácil acesso, no entorno da escola, no bairro, praças ou áreas verdes, ou até mesmo em outros domicílios. Para coleta, os espécimes vegetais deverão ser obtidos preferencialmente com partes de plantas vistosas e saudáveis, dando preferência para as que possuam galhos com flores desenvolvidas.

Para cada espécie coletada, preencher a ficha de coleta (Figura 2) com os dados, no que tange ao local de coleta e suas informações de classificação botânica – nome científico, grupo vegetal a qual pertence, sua família, etc. Registrar esses dados também no caderno, como segurança, caso a ficha seja perdida. Lembrando que cada espécime coletado terá um código de letras com números criados pelos coletores, por exemplo: HB01. 

Figura 2 – Ficha de coleta

Fonte: Autores (2023).

Inicialmente coloca- se as luvas para não haver contato direto com as amostras. 

Posteriormente o material será retirado para a seleção, sendo feita com base na aparência, cor, presença de frutos, flores, condições das folhas e ausência de contaminações.

Após, deve-se retirar as sujeiras e possíveis patógenos, acondicioná-los envoltos por meio de jornais, que também poderão ser identificados com um código de coleta criado. 

2.3. PRENSAGEM E SECAGEM DOS MATERIAIS COLETADOS

Após a coleta e identificação dos materiais, proceder a prensagem do material, que poderá ser feita em casa ou em ambiente com ar circular na escola. Colocar os espécimes vegetais envoltos nos jornais dentro de camadas de papelão (cortados a dimensão de 45 cm x 30 cm), com o objetivo de absorver a umidade da planta. Colocar vários livros (pesos) sob o material coletado. 

Armazená-lo em local seco, de preferência ensolarado durante pelo menos 3 dias. Realizar a troca dos jornais que por ventura estiverem úmidos, pelo menos uma vez ao dia. Sugere-se que os materiais fiquem prensados sob os livros e em jornal e papelão por no máximo 7 dias, ou até estiverem completamente secos. Após estarem secos, armazenar em local longe de umidade, procedendo-se para a próxima etapa que será realizada em sala de aula, por meio da mediação do professor.

2.4. CONFECÇÃO DAS EXSICATAS E CATALOGAÇÃO DOS MATERIAIS NAS FICHAS DOS DADOS DE COLETA

Cada material coletado, será agora “fixado” nas cartolinas brancas, cortadas no tamanho de 50 cm x 30 cm. Posicionar cada espécime vegetal, no centro da cartolina, realizando furos por meio da agulha, lado a lado do caule na cartolina. Passar no furo da agulha, a linha de pipa, e introduzi-la no furo feito na cartolina, de modo que abraça o caule. Realizar a amarração por meio de 3 nós, no objetivo de deixar o material fixo, para não se soltar da cartolina. Fazer esses furos na cartolina e as amarrações com nós, em pelo menos duas extremidades do caule da planta (um mais abaixo da cartolina e outro mais acima, para que o mesmo esteja firme e não se solte). Na etapa da catalogação, cada exsicata receberá uma ficha de coleta já preenchida. Nessa etapa, as fichas devem ser coladas na cartolina, preferencialmente no canto inferior direito, utilizando a cola escolar. No canto superior direito, poderá ser fixado por meio da cola escolar, os envelopes pequenos.

Ao final da atividade, no intuito de potencializar a aprendizagem e gerar discussões e problematizações aos alunos, é sugerido algumas questões, dispostas na figura 3.

Figura 3 – Questões propostas pelo professor aos alunos.

Fonte: Autores (2023).

Na figura 4, o professor encontra disponível, no objetivo de facilitar a sua correção, as respostas esperadas das questões propostas.

Figura 4 – Respostas esperadas das questões propostas.

Fonte: Autores (2023).

3. RESULTADOS ESPERADOS E DISCUSSÕES NO ESCOPO DA BIOLOGIA

Abaixo, estão dispostos os resultados esperados da sequência didática proposta. Na figura 5, está representada a exsicata da planta de Azaleia (Rhododendron simsii), Melissa (Melissa officinalis) (Figura 6) e da Samambaia Kunth’s (Thelypteris kunthii) (Figura 7).

A atividade experimental proposta, permitirá ao professor discutir as espécies coletadas pelos alunos, no que tange ao seu uso cotidiano, tanto no quesito alimentar, cultural ou medicinal (plantas medicinais). Nessa parte da aula, o professor poderá comentar com os alunos sobre a importância do conhecimento tradicional associado das plantas no cotidiano das tribos indígenas (como é o caso por exemplo da mandioca de mesa para fins nutricionais), dos quilombolas (capim dourado, na confecção de artesanatos diversos), e outros povos com sua sabedoria popular de grande importância. É importante ressaltar aos alunos que esses conhecimentos populares tradicionais andam lado a lado com a Ciência, sendo fontes de informação complementares para o conhecimento acerca de cada espécie de plantas, trazendo a toda sociedade muitos benefícios.

Poderá ainda, ser resgatado, tópicos de Botânica, como morfologia vegetal (características gerais das suas partes estruturais como caule, folhas, flores, frutos e sementes), reprodução das plantas pertencentes aos diversos grupos vegetais (Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas), e até mesmo conceitos sobre taxonomia no que tange a gênero, espécie e família por exemplo. A atividade proposta, ainda permite ao professor, relembrar aos alunos aspectos voltados à Fisiologia Vegetal, como Fotossíntese, Respiração e até mesmo Hormônios Vegetais.

Figura 5 – Resultados esperados da aula experimental proposta. Exsicata da planta de Azaleia (Rhododendron simsii).

Fonte: Autor (2023).

Figura 6 – Resultados esperados da aula experimental proposta. Exsicata da planta de Melissa (Melissa officinalis).

Vaso de flores

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Fonte: Autor (2023).

Figura 7 – Resultados esperados da aula experimental proposta. Exsicata da planta de Samambaia Kunth’s (Thelypteris kunthii).

Uma imagem contendo pássaro, planta, flor

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Autor (2023).

O uso de metodologias alternativas de ensino como a apresentada nesse artigo, incluindo  atividades teóricas, investigativas, aulas experimentais ou oficinas didáticas, se despontam como recursos muito valiosos e de grande impacto, permitindo facilitar o binômio ensino e aprendizagem, tornando as aulas de botânicas mais atraentes e prazerosas.

Como perspectivas futuras, o professor poderá propor aos alunos, a construção e uso de um banco didático de sementes, aplicando na prática o que foi contextualizado em aulas teóricas de Botânica na Biologia, além de valorizar a sabedoria popular e o conhecimento tradicional associado, principalmente no que tange ao conhecimento de povos indígenas e quilombolas em plantas com sementes de milho, feijão (GONÇALVES, 2021) e outras.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio da elaboração do herbário didático tem-se uma estratégia para aprofundar o conhecimento e a compreensão dos conteúdos de botânica e colaborar com a proatividade e autonomia dos alunos. Além disso, pode-se trabalhar conteúdos ambientais e de sustentabilidade que colaboraram com a formação crítica e reflexiva dos alunos e do meio em que eles estão inseridos.

A proposta didática permite o uso de estratégias para melhoria do Ensino de Ciências e poderá ser utilizada tanto no ensino básico, Fundamental e Médio, quanto poderá ser adaptada para o ensino superior, em disciplinas da área biológica, quanto de forma interdisciplinar, como química, geografia, entre outras.

REFERÊNCIAS 

AMORIM, G. S.; PIRES, C. S.; SANTOS, C. R.; NASCIMENTO, A. D.; ALMEIDA JR, E. B.;  VALLE, M. G. Herbários como espaços facilitadores para o processo de ensino e aprendizagem. Revista Trópica: Ciências Agrárias e Biológicas, v. 11, n. 1.

BORGES, B. T.; VARGAS, J. D.; OLIVEIRA, P. J. B.; VESTENA, S. Aulas práticas como estratégia para o ensino de botânica no ensino fundamental. ForScience: revista científica do IFMG, v.  7,  n.  2, p. 1-14. 2019. Disponível em: http://forscience.ifmg.edu.br/forscience/index.php/forscience/article/view/687/285 Acesso em: 24 de outubro de 2022.

BRANDAO, R. T.; BARROS, T. de J. C.; NUNES, M. de J. M.; LINS, R. P. M.; LEMOS, J. R. Implantação de um jardim didático em uma escola de ensino médio em Parnaíba, norte do Piauí. Revista Didática Sistêmica, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 59–72, 2015. Disponível em: https://periodicos.furg.br/redsis/article/view/4620 Acesso em: 25 out. 2022.

FREIRE, G. S.; BANDEIRA, R. P. C.; ARAUJO, Y. L. F. M. Alfabetização científica para o ensino de botânica através da criação de um mini-herbário. HOLOS, [S. l.], v. 8, p. 1–16, 2021. DOI: 10.15628/holos.2021.5641. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/5641 Acesso em: 6 jan. 2023.

GONÇALVES, T. M. Ensinando os Recursos Genéticos por meio de um banco didático de Germoplasma de Feijão. Revista RG News, v. 7, n. 1, p. 44-54, 2021. Disponível em: http://www.recursosgeneticos.org/Recursos/Arquivos/6_Ensinando_os_Recursos_Gen_ticos_por_meio_de_um_banco_did_tico_de_Germoplasma.pdf Acesso em: 6 jan. 2023.

KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia, 4ª ed, EDUSP, 2019.

NUNES, M. J. M.; FONTENELE DE OLIVEIRA, T.; BRANDÃO SOUZA, R. T.; RODRIGUES LEMOS, J. Herbário didático como ferramenta diferenciada para a aprendizagem em uma escola de ensino médio em Parnaíba, Piauí. Momento – Diálogos em Educação, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 41–56, 2015. Disponível em: https://periodicos.furg.br/momento/article/view/4609 Acesso em: 25 out. 2022.

OLIVEIRA, J. F. C.; FREIXO, A. A. Contribuições de um herbário escolar para o ensino de ciências no contexto da Educação do Campo. Ciência & Desenvolvimento-Revista Eletrônica da FAINOR, v. 12, n. 2, 2019.

PEIXOTO, A. L; MAIA, L. C. (ORGS). Manual de procedimentos para herbários. Editora Universitária, UFPE, Recife, 2013. Disponível em: https://ahim.files.wordpress.com/2014/04/manual_procedimientos_herbarios_portuges_2013.pdf Acesso em: 24 de outubro de 2022.

SANTANA, S. E. C.; SILVA, T. S.; LANDIM, M. F. Aulas práticas no ensino de botânica: relato de uma experiência no contexto do PIBID em uma escola da rede estadual em Aracaju, SE. Scientia Plena. v. 12, n. 1, p. 1-8, 2016. Disponível em:  https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/2814/1573 Acesso em: 24 de outubro de 2022.

SOUZA, C. L. P.; GARCIA, R. N. Uma análise do conteúdo de Botânica sob o enfoque Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS) em livros didáticos de Biologia do Ensino Médio. Ciência & Educação, v. 25, n. 1, p. 111-130, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/RbhwWYJkbPqRsnZWR9HxJGk/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 24 de outubro de 2022.

URSI, S. (2022). Cegueira Botânica Você sabe o que é? Disponível em: http://botanicaonline.com.br/site/14/pg13.asp Acesso em: 24 de outubro de 2022.

WANDERSEE, J. H.; SCHUSSLER, E. E. Toward a theory of plant blindness. Plant Science Bulletin, v. 47, n. 1, p. 2-9, 2001.