AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES, ANSIEDADE E QUALIDADE DO SONO EM COLABORADORES DO SETOR TÉCNICO ADMINISTRATIVO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR NO MUNICÍPIO DE PICOS-PI

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7474241


Juçara Barroso Leal1
Maria Viviane da Silva Carvalho2
Renata Rodrigues Pio3


RESUMO: Dentre os diversos setores de trabalho, o corpo técnico administrativo de uma empresa está relacionado aos colaboradores que executam tarefas múltiplas na sua rotina. Estes profissionais estão muitas vezes submetidos a um ambiente estressante, sobrecarga física e emocional, o que quando associado a maus hábitos de vida, pode apresentar sintomas e distúrbios musculoesqueléticos. Desta forma, este estudo tem como objetivo analisar a presença de sintomas osteomusculares, ansiedade e qualidade do sono em colaboradores do setor técnico administrativo em uma instituição de ensino superior no município de Picos-PI. A pesquisa foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2022. Trata-se de uma pesquisa de campo transversal, explicativa e quantitativa com a participação de 19 colaboradores do setor técnico administrativo de uma instituição de ensino superior no município de Picos-PI. Foram incluídos: colaboradores técnico administrativos (setor de recursos humanos, coordenações de graduação e pós-graduação, portaria, biblioteca e serviço de limpeza), ambos os sexos, que realizem sua respectiva função há mais de 6 meses. Foram excluídos: gestantes, professores que não façam parte do corpo técnico administrativo e estagiários. Para alcançar os objetivos, foram utilizado os questionários: Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, Inventário de Ansiedade Traço-Estado, Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth e um Formulário de dados sociodemográficos e de rotina de trabalho. Foi encontrada elevada prevalência de queixas musculo esqueléticas (94%) nos participantes da pesquisa. sendo relatados com mais frequência das regiões: punho/mãos/dedos (26%), região lombar (26%), pescoço e ombros (21%). Os participantes apresentaram um baixo traço de ansiedade (52,6%) e baixo estado de ansiedade (42,4%). Em relação à qualidade do sono, 89% dos participantes apresentaram qualidade ruim, e 64% apresentaram distúrbios do sono. Espera-se que os dados deste estudo forneçam informações sobre a necessidade de estratégias interventivas prevenir o surgimento de queixas osteomusculares nesta população, sejam essas estratégias utilizadas no ambiente de trabalho ou fora dele

Palavras-Chave: Dor musculoesquelética, ansiedade, qualidade do sono, saúde do trabalhador.

INTRODUÇÃO 

O ambiente de trabalho está ligado ao resultado dos seus colaboradores. Dentre os diversos setores de trabalho, o corpo técnico administrativo de uma empresa está relacionado aos colaboradores que executam tarefas múltiplas na sua rotina. Estes profissionais estão muitas vezes submetidos a um ambiente estressante, sobrecarga física e emocional, o que quando associado a maus hábitos de vida, pode apresentar sintomas e distúrbios musculoesqueléticos (LIMA et al, 2020).

A análise acerca dos distúrbios osteomusculares, constatam uma grande prevalência relacionada a doenças ocupacionais adquiridas pelo uso repetitivo de grupos musculares, a diminuição do tempo de recuperação, longos períodos de trabalho com posturas inadequadas são os principais aspectos que causam dor (SIVA et al, 2021). Fadiga, parestesias, sensações de pesos, cansaço mental e queixas musculoesqueléticas como dores nos ombros, cotovelos, coluna, quadril, joelhos e tornozelos são sintomas deferidos que influenciam diretamente na execução de atividades, afastamento da profissão habitual e problemas na vida pessoal (LIMA et al, 2020).

Alguns estudos relacionaram a presença de sintomas osteomusculares também ao comprometimento da qualidade do sono e a ansiedade (MARCELINO et al, 2021; SIVA et al, 2021; KIRMIZI, YALCINKAYA e SENGUL, 2021), sendo essas variáveis importantes de serem investigadas no ambiente de trabalho, visto que uma baixa qualidade do sono, é também causa frequente de acidentes de trabalho resultantes da sonolência diurna excessiva que os acompanha. Uma baixa qualidade do sono acarreta prejuízos nas atividades diárias do indivíduo, afetando o rendimento no trabalho e a qualidade de vida em geral (TAVAREZ et al, 2013). 

Evidências sugerem que pessoas com ansiedade apresentam maior prevalência de sintomas musculoesqueléticos e vice-versa, com aumento do custo dos cuidados de saúde, taxas de incapacidade e perda de produtividade no trabalho. Além disso, os fatores psicossociais, incluindo a ansiedade, têm sido tipicamente recomendados para serem abordados no manejo da dor musculoesquelética (SALIHU, KWAN e WONG, 2021; KIRMIZI, YALCINKAYA e SENGUL, 2021).

De acordo com Axén (2016), alterações no sono pode se caracterizar como má qualidade do sono, redução da eficiência do sono, tempos de sono total reduzidos, retardo no início do sono, fragmentação do sono, dentre outros. Vários estudos como os de Water, Eadie e Hurley (2011) e Kelly et al. (2011), examinaram a associação de dor e distúrbios do sono e encontraram evidências de associações de dor com qualidade do sono, redução do tempo de sono, pouca eficiência de sono e mais despertares.

Portanto, como visto previamente, a literatura tem apresentado a relação entre sintomas osteomusculares, ansiedade e qualidade do sono com a qualidade de execução do trabalho. Desse modo, a definição do objeto deste estudo gera questionamentos na tentativa de desvendar a dinâmica que envolve o trabalhador e a complexidade do ambiente de trabalho, dando destaque à harmonia dos diversos fatores que o influenciam e os determinantes das condições de saúde. Desta forma surgiram algumas questões de pesquisa: Há uma elevada prevalência de sintomas osteomusculares em colaboradores técnico-administrativo em uma instituição de ensino superior? Há uma relação entre a presença de sintomas musculoesqueléticos com ansiedade e qualidade do sono nestes trabalhadores?

A relevância desse trabalho se dá em decorrência do elevado número de trabalhadores que se queixam de dores musculoesqueléticas, ansiedade e distúrbios do sono, e por estes serem um dos principais fatores para diminuição de qualidade de vida e produção no trabalho. Dessa forma, contribuem diretamente para que haja uma modificação expressivamente negativa na vida de cada indivíduo.

O corpo técnico-administrativo em instituições de ensino superior tem na sua rotina de trabalho o contato direto com pessoas de diferentes personalidades e angústias, sofre pressões e sobrecargas de trabalho extenuantes, e são submetidos a posturas sedentárias repetitivas por longas horas. Portanto, é importante o profissional Fisioterapeuta estar atento às queixas e dúvidas relatadas por estes indivíduos, a fim de propor condutas adequadas para reduzir ou cessar tais incômodos. Estudos e pesquisas nessa área são importantes para melhor entender seus fatores desencadeantes, uma vez que se verifica ainda uma carência de evidências que abordam a relação entre a variáveis que compõe a saúde no ambiente de trabalho. 

Considerando a complexidade desse tema, levanta- se a hipótese de que há uma elevada prevalência de sintomas osteomusculares, ansiedade e distúrbios do sono em colaboradores do setor técnico administrativo.

Este estudo tem como objetivo analisar a presença de sintomas osteomusculares, ansiedade e qualidade do sono em colaboradores do setor técnico administrativo em uma instituição de ensino superior no município de Picos-PI.

2 SEÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 

2.1 Referencial teórico

2.1.1 Ambiente de trabalho

O ambiente de trabalho é caracterizado como o local para o exercício da profissão, no qual é um espaço responsável para o desenvolvimento de qualidades, aptidões e liderança do trabalhador, entretanto, quando o mesmo está inserido em condições precárias ou promotoras do processo saúde-doença gera perdas na produtividade e na saúde. Esses fatores causam desconforto, aumentam o risco de danos consideráveis à saúde física, psicológica e emocional (MAZIERO et al., 2018).

Além disso, o ambiente de trabalho apresenta complicações advindas da prática laboral como o estresse emocional, alterações psicológicas e pelos movimentos repetitivos e monótonos que predispõe ao desenvolvimento dos distúrbios Relacionados ao Trabalho. Dessa forma tais complicações decorrentes das condições do trabalho, pela sua organização ou por relações socioprofissionais e de reconhecimento profissional influenciam toda a logística de qualidade de vida no ambiente de trabalho, reduzindo a progressão e o rendimento almejado (FERREIRA, 2015).

O esboço das condições de saúde e trabalho dos trabalhadores admite a caracterização dos processos laborais e delineiam o perfil de adoecimento da classe trabalhadora, avaliando possíveis associações entre ocupação e saúde. A literatura sugere que muitos problemas de saúde ocupacional estão adjuntos com a constância da postura em pé e inúmeras são as ocorrências de trabalho que promovem a conservação desta postura por um longo período de tempo, sendo tomada em vários postos de trabalho da indústria e do comércio (BERENGUER; SILVA, CARVALHO, 2011).

O termo Ergonomia está associado ao ambiente de trabalho e se caracteriza como a condição de manter e estabelecer o bem-estar funcional e de qualidade de vida da classe trabalhadora, ou seja, os profissionais em geral que por alguma causa são afetados diretamente na execução da sua função no ambiente de trabalho passam a necessitar das modificações nos sistema trabalhista para a harmonia das atividades presentes quanto às características, habilidades e limitações das pessoas visando o desempenho eficiente, confortável e protegido (BARBOSA; MARSAL, 2016).

Nesse sentido, a Ergonomia engloba diferentes áreas e pontos de estudo que segundo a International Ergonomics Association (IEA) compreende em uma classificação composta pela ergonomia física, cognitiva e organizacional. Diante disso, a ergonomia física é relacionada à estrutura ostemioarticular com o ambiente de trabalho, visa corrigir as inadequações fisiológicas agravadas e amplificadas pelo trabalhão. Adiante, a ergonomia cognitiva trata dos aspectos mentais (ansiedade, estresse e outros) integrado ao trabalho sobre sua funcionalidade e no pensamento do trabalhador na consecução de suas tarefas, já a ergonomia organizacional é direcionado as normas que estruturam a organização das funções e atuação profissional (FREITAS; MINETTE, 2014).

2.1.2 Sintomas osteomusculares 

     Os sintomas osteomusculares estão muitas vezes associados à realização de uma atividade de forma inadequada tendo uma relação com questões emocionais, e quando esse emocional está afetado aprimora o aparecimento de dores, perda de força, fadiga, falta de disposição e de coragem.  Sendo assim estas morbilidades são representadas por problemas de saúde dos trabalhadores podendo causar perda na eficiência no trabalho e comprometer a qualidade de vida (JULIO et al, 2022).    

Em virtude da percepção de dores musculoesqueléticas, destaca-se a região lombar da coluna vertebral como a principal estrutura corporal afetada, aspecto esse que desencadeia a improdutividade, sofrimento pessoal, sofrimento social e sofrimento emocional gerando afastamento de suas devidas profissões. Os níveis de dores crônicas na região lombar se classificam em baixo, médio e alto, com a duração de 7 dias a 12 meses (SIVA et al.2020).

  Em contrapartida o local onde os indivíduos realizam seu trabalho diário e a maneira como são executadas influenciam positivamente ao aparecimento de dores, fadiga, formigamento, fraqueza, cansaço mental e físico. Posturas inadequadas, tempo de realização mínimo, movimento repetitivos de longa duração causam um sobrecarregamento nas articulações que envolve  ligamentos, tendões, bursas, cartilagens e ossos. O ambiente de trabalho deve ser humanizado e suprir as necessidades dos trabalhadores para garantir uma harmonia nas relações de trabalho e a saúde (GUIMARÃES et al, 2022).

2.1.3 Ansiedade no ambiente de trabalho

A ansiedade é compreendida como um sentimento assinalado por um aviso tensional e fisicamente extenuante, direcionado em um perigo ou emergência iminente e inevitável, embora não objetivamente real, com uma improbabilidade dolorosa sobre a possibilidade de resolutividade da situação (MOTTA et al., 2015).

Sendo assim, a nomenclatura “alterações psicossociais” é a mais utilizada para especificar os fatores que podem abordar a saúde de um indivíduo, correlacionando fatores psicológicos (traços temperamentais e emoções, estresse, ansiedade e distúrbios do humor) e sociais (trabalho, estado civil, cultural e condições econômicas, comportamentos sociais e expectativas) (CABRAL, 2015).

Com base nos índices de trabalhadores acometidos pela ansiedade, observa-se que a patologia afeta a qualidade e o rendimento da produtividade desses trabalhadores, interferindo no seu ambiente de trabalho como na questão social e familiar. A pressão no trabalho, relações pessoais, ambiente e o número de atividades diárias auxiliam na intensificação da ansiedade consequentemente no aparecimento de seus sintomas, fazendo-se importante a análise a respeito da condição psicológica de cada trabalho (LELIS et al, 2020).       

2.1.4 Qualidade do sono

Ao observar o sono destaca-se sua grande importância na manutenção fisiológica do corpo humano, o sono funciona como um reparador a medida em que ele não é suprido de maneira correta causa consequências como cansaço, tensão, baixa autoestima, ansiedade, depressão, dores musculares e sonolência. O sono é de alta importância para realização de atividades diárias e trabalhos. Uma pessoa com uma boa qualidade de sono automaticamente ela terá uma boa qualidade de vida e uma maior efetividade em suas funções (BRITO et al.2021)

O organismo humano para a realização plena de suas atividades deve passar pelo processo de reposição de energias e a qualidade do sono é relevante para manutenção da integridade e funcionalidade dos sistemas orgânicos. Dessa forma, quando não realizado o sono reparador o indivíduo predispõe ao aumento da morbidade relacionado à disfunção autonômica, distúrbios psiquiátricos, acidentes automobilísticos e de trabalho, envelhecimento precoce, depressão, insuficiência renal, intolerância à glicose, hipercortisolemia; e com a diminuição da eficiência laboral e outros (ARAÚJO et al., 2013).

Alterações na qualidade do sono refletem diretamente no bem-estar mental e físico do paciente, proporcionando o desenvolvimento de variados distúrbios do sono que alteram as relações interpessoais, o rendimento diário e acometimento patológico do organismo. Contudo, a má integridade do sono perfaz como fator causal para estabelecimento de diversas prognóstico, pois, evita a conservação de energia e proteção imunológica individual (NEVES; MACEDO; GOMES, 2017).

2.2 Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, explicativa e de natureza quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma instituição privada de ensino superior no município de Picos PI. Participaram deste estudo, 19 colaboradores do corpo técnico administrativo na referida instituição de ensino superior. Inicialmente foi solicitado à Direção, o número de colaboradores que compõem o corpo técnico administrativo, e baseado nestes dados, os voluntários foram escolhidos aleatoriamente e convidados a participar da presente pesquisa.

Adotou-se como critérios de inclusão: colaboradores técnico administrativos (setor de recursos humanos, coordenações de graduação e pós-graduação, portaria, biblioteca e serviço de limpeza), ambos os sexos, que realizem sua respectiva função há mais de 6 meses. E como critérios de exclusão: gestantes, professores que não façam parte do corpo técnico administrativo e estagiários. 

Inicialmente foi solicitada à direção da referida instituição a liberação para a pesquisa com entrega do cronograma de todas as etapas da pesquisa. A coleta foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2023, em dia e horário agendado, em que foi realizada uma apresentação do projeto aos possíveis participantes, em que os mesmos foram informados de todas as etapas da pesquisa e convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em duas vias, uma do pesquisador e outra do participante. 

A pesquisa foi realizada com a entrega dos questionários e em dia a ser combinado, os pesquisadores retornaram para a devolução dos mesmos. Como instrumentos de pesquisa foram utilizados quatro questionários.

O Questionário Nórdico de Sintomas osteomusculares é internacionalmente utilizado e foi traduzido e validado em 2003 em versão brasileira por Barros e Alexandre (2003). Este instrumento permite identificar a prevalência de sintomas osteomusculares nas diversas regiões anatômicas e sua relação com a incapacidade de realizar atividades de trabalho, domésticas e de lazer, assim considerando os últimos 12 meses e os 7 dias anteriores à entrevista (LEGAULT et al., 2017). 

Para avaliar o nível de ansiedade foi usado o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). O IDATE validado e moldado para o Brasil por Biaggio, Natalício, Spielberger (1977), é um dos instrumentos mais usados para calcular componentes subjetivos associados à ansiedade. Esse inventário mostra uma escala que avalia a ansiedade enquanto estado (IDATE-E) e outra que acessa a ansiedade enquanto traço (IDATE-T) (SOUSA; MOREIRA; SANTOS, 2016).

Para avaliar a qualidade do sono foi utilizado o Índice de qualidade do sono de Pittsburg, que trata-se de um questionário padronizado que avalia a qualidade do sono ao longo de um intervalo de tempo de um mês e pode ser facilmente compreendido. O mesmo é composto de 19 questões de auto avaliação, divididas em 7 componentes: qualidade subjetiva do sono, latência, duração, eficiência, distúrbio do sono, uso de medicação para dormir e disfunção durante o dia, estes são classificados em uma pontuação que varia de 0 a 3. A soma das pontuações para estes 7 componentes resulta em uma pontuação global, que varia de 0 a 21, onde a maior pontuação indica pior qualidade do sono. Este instrumento foi desenvolvido por Buysse et al. em 1989 e validado para a população brasileira por Bertolazi et al. em 2008. 

Para avaliar o sono ainda foi utilizado o Questionário de sonolência de Epworth que é autoaplicável de rápido preenchimento que avalia a probabilidade de cochilar em oito situações envolvendo atividades diárias sendo respectivamente: sentado e lendo, assistindo TV, sentado, quieto, em um lugar público, andando de carro por uma hora sem parar, como passageiro, sentado quieto após o almoço sem bebida de álcool e em um carro parado no trânsito por alguns minutos. O indivíduo deverá fornecer uma nota de 0 a 3, quantificando sua tendência a cochilar em: 0 = nunca cochilaria, 1 = pequena probabilidade de cochilar, 2 = probabilidade média de cochilar e 3 = grande probabilidade de cochilar. O escore global varia de 0 a 24, sendo que os escores acima de 10 sugerem o diagnóstico da sonolência diurna excessiva. Essa escala foi elaborada por Johns em 1991 e validada para uso no Brasil em 2008 por Bertolazi et al.

Foi ainda aplicado um formulário de variáveis sociodemográficas e de rotina de trabalho, elaborado pelos pesquisadores, abordando questões sobre: idade, sexo, estado civil, escolaridade, horas semanais de trabalho, tempo de trabalho na instituição e principal posição no decorrer do dia de trabalho.

Os dados foram analisados no programa Excel 2020e as variáveis foram apresentadas em frequência absoluta e relativa, expostos em tabelas. Este estudo tem como base a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que determina no Brasil os aspectos éticos das atividades de pesquisas em seres humanos (BRASIL, 2012). 

2.3 Resultados e Discussão

  A pesquisa foi realizada de acordo com calendário institucional. Inicialmente foi realizada uma visita aos colaboradores do setor técnico-administrativo da instituição da pesquisa, momento este em que os participantes foram convidados a colaborar com a pesquisa. Os pesquisadores explicaram os objetivos da pesquisa e os instrumentos de coleta. Aos participantes que aceitaram colaborar, foi entregue os instrumentos da pesquisa, e assinado duas vias do termo de consentimento. Em momento posterior, os pesquisadores retornaram para a coleta dos instrumentos de pesquisa. 

  Ao todo foram entregues 30 questionários, porém só houve a devolutiva de 21 questionários, destes, 03 foram eliminados em virtude os critérios de exclusão da pesquisa (02 participantes eram estagiários e 01 participantes estava a menos de 06 meses na instituição).

19 participantes compuseram a amostra da pesquisa, destes, 68,4% (n=13) eram do sexo masculino e 31,6% (n=06) eram do sexo feminino, como pode ser observado na Tabela 01. Quanto ao cargo que exercem, 36,5% atuam na função de auxiliar administrativo, 10,5% como técnico em informática, 21,5% na coordenação de curso, 21,5% como serviços gerais. Quando questionados sobre o tempo de serviço, 47,3% relataram entre 01 e 5 anos na instituição. Sobre as horas de trabalho, 58% possuem carga horária entre 6 a 8 horas diárias.

Tabela 1 – Variáveis demográficas, características de trabalho e prevalência de sintomas osteomusculares (n=19)

Variáveln%
Sexo
Masculino1368,4%
Feminino0631,6%
Cargo/função
Assessor015%
Bibliotecário015%
Auxiliar Administrativo0736,5%
Técnico em informática0210,5%
Coordenador0421,5%
Serviços gerais0421,5%
Tempo de serviço
6 meses a 1 ano0421,3%
1 a 5 anos0947,3%
5 a 7 anos0315,7%
Mais de 7 anos0315,7%
Horas de trabalho
Menos de 1 hora000%
1 a 2 horas000%
2 a 4 horas0421%
4 a 6 horas0421%
6 a 8 horas1158%
Mais de 8 horas000%
Presença de sintomas1894%
FONTE: o autor, 2022.

Os participantes da pesquisa foram investigados quanto à presença de sintomas osteomusculares, sendo que 94% (n=18) dos participantes relataram pelo menos uma região corporal com sintomas nos últimos 12 meses. Na tabela 02, estão expostas as regiões corporais com relato de queixas osteomusculares. As regiões mais prevalentes de sintomas nos últimos 12 meses foram: pescoço (90%), região lombar (90%), região dorsal (84%), ombros (73%) e punho/mãos/dedos (73%). O questionário nórdico de sintomas osteomusculares nos permite ainda questionar sobre as regiões corporais cujos sintomas resultaram em impedimentos na realização das atividades normais nos últimos 12 meses, sendo relatados com mais frequência das regiões: punho/mãos/dedos (26%), região lombar (26%), pescoço e ombros (21%).

Tabela 2 – Prevalência de sintomas osteomusculares por região corporal (n=18)

FONTE: o autor, 2022

Resultados semelhantes foram encontrados por Lima et al (2020) que realizaram uma pesquisa que buscou investigar sobre a presença de queixas osteomusculares em trabalhadores técnicos administrativos e observaram que esses trabalhadores apresentam altos índices de queixas de dores osteomusculares (77,1%), sendo estas distribuídas em diversas regiões do corpo, em especial na região lombar (36%).

Cardioli Junior et al (2020) destaca que esses sintomas geralmente são causados ​​pela execução de tarefas de trabalho intensivo de maneira extenuante, sem pausas, com movimentos repetitivos e posturas incorretas, situações frequentes em trabalhadores em ambiente administrativo. Os autores ainda destacam que esses sintomas aparecem sem entidade clínica específica, sendo os mais frequentes relacionados a dor, parestesia, perda de força e amplitude de movimento.

Devido às suas condições de trabalho, como, por exemplo, passar a maior parte do tempo no trabalho, esse público pode apresentar sintomas e déficits musculoesqueléticos por permanecer sentado, realizar movimentos repetitivos e posicionar – se de forma inadequada durante a jornada de trabalho (LIMA et al, 2020). Além disso,  dor na coluna lombar e no pescoço tem uma estreita associação com atividades administrativas (LIMA et al, 2020) e no computador (GUIMARÃES et al, 2022).

A presente pesquisa buscou também investigar as variáveis ansiedade e qualidade do sono e sua relação com as queixas osteomusculares. Na tabela 03, estão expostos os resultados dos questionários de ansiedade TRAÇO e ESTADO. Pode-se observar que os participantes apresentaram um baixo traço de ansiedade (52,6%) e baixo estado de ansiedade (42,4%). Estes resultados nos mostram que os participantes da pesquisa tendem a apresentar uma boa propensão a lidar com ansiedade ao longo da vida, visto que o traço de ansiedade se refere a um aspecto mais estável relacionado à propensão do indivíduo lidar com maior ou menor ansiedade ao longo de sua vida. Já o estado de ansiedade cogita uma reação transitória diretamente relacionada a uma situação de diversidade que se apresenta em dado momento. 

Tabela 3 – Nível de ansiedade Traço e Estado (n=19)

ClassificaçãoAnsiedade
TRAÇOESTADO
Baixo (20 a 40 pontos)10 (52,6%)8 (42,4%)
Médio (41 a 60 pontos)08 (42,4%)6 (31,6%)
Alto (61 a 80 pontos)01 (5%)5 (26%)
FONTE: o autor, 2022

Porém cabe destacar que boa parte dos participantes da pesquisa também apresentaram classificação média no traço de ansiedade (42,4%) e no estado de ansiedade (31,6%).   Em relação à qualidade do sono, 89% dos participantes apresentaram qualidade ruim, e 64% apresentaram distúrbios do sono, como pode ser visto na tabela 04. 

Tabela 4 – Qualidade do sono (n=19)

ClassificaçãoQualidade do sono
n%
Qualidade do sono 
Boa0210%
Ruim1580%
Muito ruim0210%
Sonolência
Distúrbio do sono1264%
Normal0736%
FONTE: o autor, 2022

A presente pesquisa buscou ainda investigar a relação da presença de sintomas osteomusculares com o nível de ansiedade e qualidade do sono, como pode ser observado na tabela 05. Foi encontrado que 75% dos participantes que relataram queixas osteomusculares em pelo menos uma região do corpo, apresentaram qualidade do sono ruim e 64% apresentaram distúrbio do sono. Quanto à ansiedade, 36% dos participantes com queixas osteomusculares apresentaram traço de ansiedade média e 43% apresentaram baixo estado de ansiedade.

Tabela 5 – Relação dos sintomas osteomusculares com nível de ansiedade, sonolência e qualidade do sono (n=19)

ClassificaçãoPresença de sintomas
Sim (n=18)Não (n=1)
Qualidade do sono n (%)n (%)
Boa02 (10%)00 (0%)
Ruim14 (75%)01 (5%)
Muito ruim02 (10%)00 (0%)
Sonolência
Distúrbio do sono12 (64%)00 (0%)
Normal06 (31%)01 (5%)
Ansiedade (TRAÇO)
Alto01 (5%)00 (0%)
Médio07 (36%)01 (5%)
Baixo 10 (54%)00 (0%)
Ansiedade (ESTADO)
Alto05 (26%)00 (0%)
Médio05 (26%)01 (5%)
Baixo08 (43%)00 (0%)
FONTE: o autor, 2022.

Ao associar os sintomas osteomusculares com as variáveis demográficas (Tabela 06), observou-se que 42% dos participantes com queixas osteomusculares tinham faixa entre 20 a 30 anos, 64% são do sexo masculino, 21% trabalham entre 02 a 04 horas diárias, e 63% tem entre 06 meses a 05 anos de trabalho na instituição. 

Tabela 6 – Associação da presença de sintomas osteomusculares com as variáveis demográficas e características de trabalho (n=19)

VariáveisPresença de sintomas
Sim (n=18)Não (n=1)
Faixa etárian (%)n (%)
20 a 30 anos08 (42%)01 (5%)
31 a 40 anos07 (36%)00 (0%)
Mais de 40 anos03 (17%)00 (0%)
Sexo
Masculino 12 (64%)01 (5%)
Feminino 06 (31%)00 (0%)
Horas de trabalho
02 a 04 horas04 (21%)00 (0%)
04 a 06 horas03 (17%)01 (5%)
06 a 08 horas11 (57%)00 (0%)
Tempo de trabalho
06 meses a 01 ano04 (21%)00 (0%)
01 a 03 anos04 (21%)01 (5%)
03 a 05 anos04 (21%)00 (0%)
05 a 07 anos03 (16%)00 (0%)
Mais de 07 anos03 (16%)00 (0%)
FONTE: o autor, 2022.

Quando associado as variáveis sociodemográficas com a ansiedade (Tabela 07), observou-se que o traço médio de ansiedade foi encontrado em participantes de 20 a 30 anos (26%), do sexo masculino (26%), que trabalham entre 06 a 08 horas (26%) e que tem entre 01 a 03 anos (16%) e entre 05 a 07 anos (16%) na instituição.

Já o médio estado de ansiedade foi mais prevalente entre 20 a 30 anos (21%), no sexo masculino (26%), em participantes com 06 a 08 horas de trabalho diário (16%) e que tem mais de 07 anos na instituição (11%). Cabe destacar que o estado de ansiedade se apresentou alto nos participantes com idade mais de 40 anos (17%), do sexo feminino (17%), que trabalham entre 06 a 08 horas diárias (21%) e que estão a mais de 03 anos na instituição.

Tabela 7 – Associação do nível de ansiedade com as variáveis demográficas e características de trabalho (n=19)

VariáveisAnsiedade
TraçoEstado
Faixa etáriaMédia AltaMédiaAlta
20 a 30 anos05 (26%)00 (0%)04 (21%)02 (11%)
31 a 40 anos01 (5%)01 (5%)02 (11%)00 (0%)
Mais de 40 anos02 (11%)00 (0%)00 (0%)03 (17%)
Sexo
Masculino 05 (26%)00 (0%)05 (26%)02 (11%)
Feminino 03 (16%)01 (5%)01 (5%)03 (17%)
Horas de trabalho
02 a 04 horas02 (11%)00 (0%)02 (11%)00 (0%)
04 a 06 horas01 (5%)00 (0%)01 (5%)01 (5%)
06 a 08 horas05 (26%)01 (5%)03 (16%)04 (21%)
Tempo de trabalho
06 meses a 01 ano01 (5%)00 (0%)01 (5%)00 (0%)
01 a 03 anos03 (16%)00 (0%)02 (11%)00 (0%)
03 a 05 anos01 (5%)00 (0%)00 (0%)02 (11%)
05 a 07 anos03 (16%)00 (0%)01 (5%)02 (11%)
Mais de 07 anos00 (0%)01 (5%)02 (11%)01 (5%)
FONTE: o autor, 2022.

Os transtornos de ansiedade afetam significativamente a vida do indivíduo diagnosticado, bem como dos demais com quem convive, comprometendo as atividades diárias, as relações sociais e outros aspectos da vida, dentre eles o ambiente de trabalho (DE SOUSA et al, 2013). 

A literatura ainda é escassa ao estudar a relação entre os transtornos de ansiedade e o surgimento de queixas osteomusculares, porém o que se conhece é que os transtornos de ansiedade e estresse podem causar malefícios quando acometem os trabalhadores, como sofrimento intenso, disfunção ocupacional, dificuldade para realizar tarefas cotidianas e efeitos negativos nas interações interpessoais, familiares e cognitivas (JULIO et al, 2022).

Os resultados deste estudo corroboram com a literatura, pois alguns estudos encontraram uma relação entre os sintomas osteomusculares e qualidade do sono (BATISTA et al, 2022; SILVA et al, 2022). 

Alterações no padrão de sono de um indivíduo podem resultar em fadiga, exaustão mental, tensão, declínio da função cognitiva, sintomas de depressão, ansiedade, sonolência diurna e muito mais. As interrupções do sono são frequentemente acompanhadas por comportamentos noturnos ineficazes, que repercutem negativamente como déficits de atenção e acuidade, reduções na capacidade de planejamento estratégico, comprometimento motor leve e reduções no desempenho físico, mental e social (SILVA et al, 2021) .

Associado a estes fatores, o estresse decorrente das demandas cotidianas do trabalho, que levam a uma maior propensão ao desgaste físico e mental, pode provocar alterações na qualidade do sono, um fenômeno vital, necessário para a manutenção da existência humana. O sono é uma condição comportamental essencial para a manutenção da saúde física e psicológica do corpo (MARCELINO et al, 2021). 

Além disso, hoje se reconhece que as doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas as doenças relacionadas ao trabalho, impactam significativamente a qualidade do sono em ambos os sexos, com associação mais forte para o sexo masculino (LIMA et al, 2022).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados deste estudo, pode-se afirmar que os trabalhadores técnicos administrativos apresentam altos índices de queixas osteomusculares, distribuídos por várias regiões do corpo, especialmente em pescoço e região lombar. Quanto à ansiedade, nota-se que se apresentou em nível médio em trabalhadores mais jovens, porém com carga horária diária mais elevada. A qualidade do sono apresentou-se ruim e com elevada proporção de distúrbios do sono.

Espera-se que os dados deste estudo forneçam informações sobre a necessidade de estratégias interventivas prevenir o surgimento de queixas osteomusculares nesta população, sejam essas estratégias utilizadas no ambiente de trabalho ou fora dele. Desta forma nota-se a necessidade de realizar estudos experimentais para melhor avaliação clínica e observância de outros fatores que podem interferir na qualidade deste ambiente de trabalho.

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1Mestre em Ciências, docente do curso de Fisioterapia, orientadora bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá

2 Acadêmica do curso de Fisioterapia, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá

3Acadêmica do curso de Fisioterapia, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá