PREVALÊNCIA DE DOR OSTEOMUSCULAR EM PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA NO MUNICÍPIO DO CENTRO-SUL DO PIAUÍ

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7472605


Anaita de Sousa Rocha Neta1
Mirelly da Rocha Moura2
Vitória Maria Pereira Lacerda2

1 Docente Orientadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
2Discentes de Fisioterapia e Bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá


RESUMO:
A atividade laboral de professores está diretamente relacionada ao surgimento de dores osteomusculares, sendo estas mais reportadas nas regiões de membro superior e costas. A qualidade de vida desses indivíduos decai em razão das dores osteomusculares, imposições demasiadas e circunstâncias prejudiciais no trabalho. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de dor osteomuscular em professores universitários de uma instituição de ensino superior privada no município do centro-sul do Piauí. Trata-se de uma pesquisa de campo, observacional, transversal, de abordagem quantitativa, realizada com docentes do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, no município de Picos-PI, em novembro de 2022. A amostra foi estabelecida de forma não probabilística, sendo determinada a participação de no mínimo 20 professores. Foram incluídos professores efetivos ou substitutos com mais de 01 ano de docência, que concordaram em participar voluntariamente da pesquisa e assinaram o TCLE – termo de consentimento livre e esclarecido, e sem especificidade de gênero. Foram excluídos os docentes que estavam afastados da instituição durante o período da pesquisa e que estavam em tratamento para sintomas dolorosos osteomusculares, além dos docentes que não responderam aos questionários no período determinado para coleta dos dados. Os dados foram coletados através do Questionário Sociodemográfico e o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos (QNSM), e posteriormente analisados de forma absoluta e relativa. Após analisados, os dados foram apresentados em forma de gráficos e tabelas, onde foi identificado que 84% dos docentes apresentaram dores musculoesqueléticas, evidenciando que as regiões mais acometidas foram o ombro, onde 60% dos participantes relataram sentir dor, no pescoço relatado por 60% dos participantes, punho e mão (40%), e coluna lombar (40%), já com relação ao tempo de surgimento das dores foi observado que 80,95% dos participantes apresentaram dores nos últimos 12 meses.  Conclui-se diante das informações colhidas que, os professores de ensino superior do presente estudo apresentam uma alta prevalência de dores musculoesqueléticas, em quadros crônicos, tendo como regiões anatômicas com maior predominância de algias, ombros, pescoço, punho e mão, e coluna lombar.

Palavras-Chave: Dor. Osteomuscular. Docente.

INTRODUÇÃO 

A atividade laboral é responsável por proporcionar uma qualidade de vida ao empregado, tendo em vista o princípio do qual com sua execução o indivíduo e sua família podem ter uma fonte de renda, conseguir acesso a uma saúde de qualidade, educação e redes de apoio. Em contrapartida ele também é um grande causador de enfermidades e aflições, pois rotineiramente os servidores são expostos a condições de riscos para a sua saúde, gerando consequências como as dores musculoesqueléticas, que repercutem sobre ossos, músculos, articulações e regiões próximas, sendo um dos motivos de ausência de colaboradores de diversas áreas do seu local de trabalho. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Uma classe trabalhista significativamente afetada pelo ambiente laboral são os professores, pois estes exercem funções que geram sobrecarga corporal, a exemplo do ritmo intenso de trabalho e realização de atividades repetitivas, como corrigir provas e utilizar diariamente dispositivos eletrônicos, por vezes não permitindo descanso apropriado, que geram exaustão e por consequência, os deixa mais vulneráveis ao aparecimento de dores e demais alterações musculoesqueléticas. (SUDA et al., 2011; WESCHENFELDER et al., 2011). 

A inatividade física é também um fator contribuinte para o aparecimento de dores osteomusculares, uma vez que a não realização destas ocasionalmente gera fraqueza muscular e diminuição da capacidade de suportar as sobrecargas exigidas no âmbito profissional da docência, tal qual, se posicionar por longos períodos de tempo em ortostatismo. Essa inatividade pode ser justificada pela ausência de tempo, uma vez que, a maioria desses profissionais tem excessivos horários de trabalho semanalmente, o que os impossibilita de reservar tempo para praticar exercícios (SANCHEZ et al., 2013).

Diante disso, a atividade laboral de professores está diretamente relacionada ao surgimento de dores osteomusculares, sendo estas mais reportadas nas regiões de membro superior e costas. Ademais, estas estão associadas não tão somente a sua ocupação e os esforços físicos por ela exigida, fatores como características sociodemográficas e psicossociais também apresentam importante contribuição (CEBALLOS et al., 2015). A soma destas razões quando unidas às demandas excessivas destinadas a estes profissionais, manifestam íntima relação com o absenteísmo destes, acarretando assim, consequências pessoais e coletivas. (RIBEIRO et al., 2016). 

Com isso, é possível observar que as características oriundas de determinada atividade laboral produzem efeitos prejudiciais à saúde dos trabalhadores. A qualidade de vida desses indivíduos decai em razão das dores osteomusculares, imposições demasiadas e circunstâncias prejudiciais no trabalho (CARDOSO et al., 2011). Interferindo diretamente à sua saúde física, psicológica e gerando déficits no seu rendimento profissional. Perante isso, questiona-se: Qual a prevalência de dor osteomuscular em professores do ensino superior? 

O tema em questão torna-se passível de consideração para o aprofundamento da pesquisa científica, uma vez que as características ocupacionais de determinadas atividades laborais, incluindo a docência, influenciam diretamente no aparecimento de diversas patologias, sendo necessário redefinir ações de atenção à saúde dessa classe trabalhista. Sabendo que o surgimento de dores musculoesqueléticas pode estar diretamente relacionado a sobrecargas no ambiente de trabalho que exigem maior desempenho físico, os professores representam um grupo ocupacional de alta suscetibilidade ao desenvolvimento dessas alterações, uma vez que estes desenvolvem atividades cotidianas, geralmente por tempo prolongado, ocasionalmente associadas a uma estrutura física no ambiente de trabalho desfavorável para execução destas.

Logo, torna-se relevante a discussão desse tema, dado que o aparecimento dessas dores interfere diretamente na qualidade de vida e bem-estar, associados a diminuição de produtividade desses profissionais. A partir dos dados obtidos no presente estudo, será possível desenvolver meios de orientação para estes professores, de forma a prevenir o surgimento das dores, além de nortear os profissionais que atuam diante dessa problemática, tais quais, médicos e fisioterapeutas, apresentando, dessa forma, relevância científica e social.

Assim, o presente estudo apresenta como objetivo geral analisar a prevalência de dor osteomuscular em professores universitários de uma instituição de ensino superior privada no município do centro-sul do Piauí. Além disso, os objetivos específicos incluem: Ilustrar o perfil sociodemográfico dos participantes do presente estudo; identificar a região anatômica mais acometida por dor osteomuscular nos docentes; verificar o tempo de aparecimento dos sintomas dolorosos presentes nos docentes; 

2 DESENVOLVIMENTO 

2.1 Referencial Teórico

As atividades laborais desenvolvidas cotidianamente por seres humanos, são por vezes, grandes responsáveis pelo seu desenvolvimento e do ambiente em que este está inserido. Ademais, muito além de retorno financeiro, o trabalho permite que o homem carregue consigo um título empregatício, sendo responsável por demarcar sua identidade, gerando-lhe prestígio e dignidade dentro da sociedade em que se encontra (SILVEIRA, 2009). 

Apesar das importantes contribuições oriundas da prática trabalhista, esta pode trazer danos à saúde física e psíquica dos trabalhadores, deixando-os cada vez mais vulneráveis ao desenvolvimento das chamadas “tecnopatias”, geralmente decorridas da repetição de atividades cotidianamente no ambiente de trabalho (MONTEIRO, 2017). A união das mais variadas condições, tais quais, físicas, técnicas, psicológicas, além da organização estrutural do meio, sobrecarga e excesso de horas trabalhadas, favorecem o aparecimento dos mais diversos distúrbios de saúde, trazendo significativos comprometimentos a vida do trabalhador (ROSSETE, 2015). 

Uma das formas de adoecimento mais comentadas atualmente relacionadas ao ambiente de trabalho são os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), sendo estes geralmente resultado da realização de atividades repetitivas associadas a diminuição do tempo de descanso, ocasionando, por consequência, alta fadiga e maior propensão ao risco de lesões. Além dos fatores inerentes ao ambiente de trabalho, estes distúrbios podem ser agravados quando condições não ocupacionais, como sedentarismo e presença de doenças degenerativas se fizerem presentes. A grande problemática ao desenvolver esses distúrbios, se dá na negligência ao tratamento, permitindo que o trabalhador fique cada vez mais suscetível ao desenvolvimento de dores crônicas, tendo problemas permanentes para desenvolver suas atividades trabalhistas, levando-o, muitas vezes, à necessidade de afastamento das suas ocupações. (DE MEDEIROS; SEGATTO, 2012). 

Dados epidemiológicos apontam que entre os anos de 2007 e 2013 foram notificados mais de 17.000 mil casos de LER/DORT entre trabalhadores industriais no Brasil, sendo predominantemente acometido o sexo masculino, com idades entre 36 e 59 anos. Os sinais e sintomas dos pacientes acometidos por DORT são variáveis, sendo que queixas como dores musculoesqueléticas, diminuição do movimento e fraqueza muscular representam números maiores (VIEGAS; ALMEIDA, 2016).

Os docentes recebem a tarefa de propagar conhecimentos, serviço árduo que exige desses profissionais uma formação contínua, sempre atualizada sobre os conteúdos, com enfoque em buscar diferentes maneiras de repassar para os alunos seus saberes, também se espera dos docentes desenvolver comunicação com pais de alunos, colegas de profissão, e realizar pesquisas científicas, com o propósito de melhor desempenhar sua atuação. Além disso, é depositado a estes profissionais muitas vezes o dever de não apenas instruir sobre conhecimentos teóricos, mas também na construção de princípios morais e saberes sobre integração ao âmbito social, produzindo assim profissionais habilitados para as demandas do mercado de trabalho. No entanto, ao passo que há um alto índice de deveres e expectativas depositadas a esses profissionais, também por muitas vezes surgem adversidades comprometendo suas atividades, tais quais ambiente laboral e condições trabalhistas precárias.  (PEREIRA, ANJOS, 2014; CANDAU, 2014; PRADO et al., 2013). 

Ainda durante o exercício do seu trabalho, os docentes realizam frequentemente atividades que induzem a prolongado tempo em postura sentado, em ortostatismo, a esforços físicos demasiados, carga horária semanal alta, trabalhando em mais de uma instituição muitas vezes, além do uso excessivo de aparelhos eletrônicos em posicionamento inadequado, fatores estes, que contribuem para o desenvolvimento de distúrbios osteomusculares. Somado a isso, a estrutura ergonômica do local de trabalho destes profissionais, ocasionalmente, não favorece a execução das suas funções de maneira correta (ARÁUJO, CARVALHO, 2009; KRAEMER, MOREIRA, GUIMARÃES, 2021).

Além do mais, vale enfatizar a íntima relação entre a sobrecarga emocional sofrida por estes profissionais, como consequência das elevadas cobranças e responsabilidades depositadas sobre eles, como agente potencializador ao aparecimento de dores musculoesqueléticas, uma vez que a fadiga emocional gera diminuição do estado geral de saúde do indivíduo, deixando-o mais vulnerável ao desenvolvimento de alterações físicas, como a citada anteriormente (SUDA et al., 2011).

 Uma pesquisa sobre o afastamento do local de trabalho desencadeado por fatores ocupacionais, apresentou, resultados onde cerca 70% dos professores relataram considerar que o local laboral oferecia risco, e quase 40 % julgaram esses riscos como sendo ergonômicos e psicossociais. Ademais problemas osteomusculares se mostraram entre as principais causas de absenteísmo desses profissionais, evidenciando o quanto esses fatores interferem na sua qualidade de vida e diminuição do rendimento das suas atividades laborais (SILVA et al., 2016). 

2.2 Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de campo, observacional, transversal, de abordagem quantitativa. A pesquisa de campo foi empregada por que é uma técnica na qual há coleta de dados de uma pessoa, grupos de pessoas, instituições, ou outras esferas, possibilitando o seu uso por diversas áreas de estudos científicos, sendo muito utilizada para o levantamento de informações relevantes sobre determinados problemas, podendo estas também serem aplicadas em outras pesquisas. (MARCONI; LAKATOS, 2017). 

Além disso foi realizado de forma observacional pois não foram empregados procedimentos que possam modificar o curso dos resultados finais, mas ao mesmo tempo foi feita a coleta de dados dos participantes. (FONTELLES et al., 2009). Quanto ao estudo transversal sua aplicação ocorreu por ser importante para a análise dos dados em determinado momento temporal fixo, observando sua prevalência, em virtude disso também podem ser conhecidos como estudos de prevalência. Além disso são acessíveis para aplicação e utilizados com frequência no âmbito da saúde em diversos países. (BONITA; BEAGLEHOLE; KJELLSTRÖM, 2010). A abordagem quantitativa, onde tudo pode ser quantificável, o que exprime transpor em números opiniões e informações para organizá-las e investigá-las. Passível de mensuração das informações e análise vigorosa. (FONTELLES et al., 2009).

A pesquisa foi realizada no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, universidade privada que se localiza na BR 316, bairro Altamira, CEP: 64.602-000, Picos – Piauí Brasil, município no qual o censo demográfico IBGE 2010 identificou ser a terceira cidade do Piauí com maior população, contando com 73.414 habitantes. E desenvolvida entre os meses de setembro a dezembro de 2022.

Participaram do estudo docentes ativos do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, que conta com profissionais nas áreas de Administração, Ciências contábeis, Ciências da computação, Direito, Fisioterapia, Jornalismo, Pedagogia, Serviço Social e Psicologia. Trata-se de um número (N) de 73 professores no segundo período letivo de 2022.2, segundo os dados encontrados na coordenação geral da instituição. 

Foram incluídos professores efetivos ou substitutos com mais de 01 ano de docência, que concordaram em participar voluntariamente da pesquisa e assinaram o TCLE – termo de consentimento livre e esclarecido e sem especificidade de gênero. Foram excluídos os docentes que estavam afastados da instituição durante o período da pesquisa e que estavam em tratamento para sintomas dolorosos osteomusculares, além dos docentes que não responderam aos questionários no período determinado para coleta dos dados. 

A pesquisa foi desenvolvida após o envio do projeto à plataforma Brasil e permissão do Comitê de Ética de Pesquisa — CEP. Os professores foram convidados a participarem do projeto e todos os que concordaram tiveram que assinar o TCLE, ressaltando que todos os dados obtidos foram utilizados somente para fins acadêmicos e produção da pesquisa, além de resguardado o direito de liberdade de participar ou desistir a qualquer momento do estudo, sem que em nenhum momento sejam identificados. Teve como base a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que determina os aspectos éticos às atividades de pesquisa em seres humanos (BRASIL, 2013).

Todos os dados coletados na presente pesquisa foram cuidadosamente resguardados, minimizando todos os riscos de exposição e garantindo o anonimato. Além disso, todas as informações coletadas foram utilizadas somente para fins acadêmicos. Sobre os benefícios, uma vez realizada uma nova coleta de dados, tornando-se possível o desenvolvimento de meios de orientação para os docentes, de forma a prevenir o surgimento das dores, além de nortear os profissionais que atuam diante dessa problemática, tais quais, médicos e fisioterapeutas, apresentando, dessa forma, relevância científica e social.

A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um Questionário Sociodemográfico, elaborado pelos autores do projeto, construído de forma estruturada com perguntas objetivas, que avaliou fatores específicos como dados pessoais que incluem idade, sexo, estado civil, ocupação e tempo de serviço. Além disso, foram questionados acerca das condições de saúde e tratamento para sintomas musculoesqueléticos. Foi ainda utilizado o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos (QNSM), um questionário padrão desenvolvido por um Conselho de Ministros Nórdicos, com o intuito de detectar os principais pontos de dor osteomusculares associadas ao ambiente laboral. Neste, o entrevistado teve a possibilidade de indicar se apresenta quadro de dor em 9 segmentos corporais, sendo estes, pescoço, ombros, cotovelos, punhos e mãos, coluna dorsal, coluna lombar, quadril ou coxas, joelhos e tornozelos ou pés. Deve-se levar em consideração o aparecimento de dor nos últimos 12 meses e os 7 dias que antecedem a entrevista, além de esclarecer se em algum momento os sintomas o impediram de dar continuidade às suas atividades laborais. (KUORINKA et al.,1987; PINHEIRO, 2002)

Inicialmente, foi solicitado a autorização para realização do estudo no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, através do Termo de Autorização Institucional, seguido da aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, junto aos docentes participantes, visando o esclarecimento dos procedimentos que seriam realizados e autorização da coleta dos dados, a fim de proteger a integridade dos participantes da pesquisa. Em seguida, empregou-se o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos (QNSM), para obtenção dos dados a respeito da prevalência de dores osteomusculares associadas ao ambiente laboral na população em questão. 

Os dados foram analisados de forma absoluta e relativa. Após analisados, estes foram apresentados em forma de gráficos e tabelas, objetivando uma melhor análise e discussão destes.

2.3 Resultados

Foram convidados a participar da pesquisa, todos os docentes do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, um total de 73. Participaram de todas as etapas da pesquisa, atendendo aos critérios de inclusão, 25 docentes, de ambos os sexos, que concordaram com o TCLE a eles apresentado, demonstrando assim, fidedignidade no estudo e se colocando à disposição para participarem do mesmo. 

Na avaliação do perfil sociodemográfico, foi verificado que a maioria dos participantes eram do sexo feminino, compondo 64% (n=16) da amostra, sendo apenas 36% (n=9) do sexo masculino. As faixas etárias compostas por professores com idades entre 25 e 35 anos, e superior a 45 anos apresentaram igualdade no percentual, sendo ambas representadas por 32% (n=8), e aqueles com idade entre 35 e 45 anos, compuseram 36% (n=9). Além disso, no que diz respeito aos hábitos de vida, foi observado que a maioria deles são praticantes de atividades físicas 72% (n=18), e apenas 28% (n=7) são sedentários (Tabela 1).  

Tabela 1 – Perfil sociodemográfico dos docentes de uma Instituição de Ensino Superior.

Variáveisn%
Sexo
Feminino1664
Masculino936
Idade
Entre 25 a 35 anos832
Entre 35 a 45 anos936
Superior a 45 anos832
Hábitos de Vida
Sedentarismo728
Praticante de atividade física1872

Fonte: Próprio autor, 2022.

Com relação ao perfil ocupacional dos representantes da pesquisa, 52% (n=13) apresentam grau de titulação acadêmica de mestre, 40% (n=10) intitularam-se especialistas, e 8% (n=2) possuem doutorado. Sobre o tempo de docência na instituição, 44% (n=11) da amostra é representada por docentes que atuam há mais de 10 anos, 32% (n=8) desempenham suas atividades laborais nesta instituição num período de tempo entre 5 e 10 anos, e aqueles que estão há um tempo inferior a 5 anos, foram equivalentes a 24% (n=6). 

Além de atuarem como docentes, 72% (n=18) dos participantes apresentam outra ocupação profissional e no que diz respeito à carga horária de trabalho semanal total, 84% (n=21) trabalham entre 20 e 40 horas, e 16% (n=4) tem expediente superior a 40 horas. (Tabela 2).

Tabela 2 – Perfil ocupacional dos docentes de uma Instituição de Ensino Superior.

Variáveisn%
Grau de titulação acadêmica
Especialista1040
Mestre1352
Doutor28
Tempo de instituição
Entre 1 e 5 anos624
Entre 5 e 10 anos832
Superior a 10 anos1144
Carga horária de trabalho semanal
Entre 20 e 40 horas2184
Mais de 40 horas416
Outra ocupação além da docência
Sim1872
Não728

Fonte: Próprio autor, 2022.

Foi realizada uma análise objetivando identificar a prevalência de dor musculoesquelética nos docentes do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, evidenciou-se que 84% (n=21) dos docentes participantes da pesquisa referiram sentir dores musculoesqueléticas e 16% (n=4) disseram que não.

Em seguida, foram analisados os principais pontos de dor osteomuscular associadas ao ambiente laboral, segundo o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos (QNSM), sendo avaliadas as regiões de pescoço, ombros, cotovelos, punhos e mãos, coluna torácica, coluna lombar; quadril e coxas, joelhos, tornozelos e pés, onde os participantes poderiam marcar mais de uma região anatômica estudada, e foi observado que, todos os docentes que se queixaram de dores, as tinham em mais de um segmento corporal.  

 Foi constatado também que as regiões anatômicas mais frequentemente acometidas por dores nos docentes participantes da pesquisa foram: região de ombro e pescoço, representados por 60% (n=15). Seguidos das regiões de punho e mão, e coluna lombar, que corresponderam a 40% (n=10), em ambos os segmentos. As regiões de cotovelo, quadril e coxas, apresentaram percentuais um pouco menos significativos, expressados por 8% (n=2), cada, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2: Regiões anatômicas acometidas por dores osteomusculares segundo o QNSM.

Fonte: Próprio autor, 2022.

Com relação ao tempo de surgimento das dores osteomusculares foi observado que, naqueles que relataram presença de algias em algum dos segmentos corporais, tiveram, em sua maioria, o aparecimento das dores já crônicas, nos últimos 12 meses, totalizando 80,95% (n=17) dos participantes. Os demais, 19% (n= 8), relataram que o aparecimento das dores ocorreu nos últimos 7 dias, dados demonstrados no gráfico 3.

Gráfico 3: Tempo de sintomatologia dolorosa nos docentes que apresentam queixas. 

Fonte: Próprio autor, 2022.

Apesar de a maior parte dos profissionais apresentarem alguma queixa de dor, quando questionados a respeito da necessidade de se abster do seu ambiente laboral devido à presença dessa sintomatologia, 100%, n=25, disseram que não, nenhum deles relatou haver precisão. Assim, fica evidenciado que os participantes não sentiram a necessidade de se ausentar das suas atividades laborais decorrentes de quadros de alterações musculoesqueléticas.

2.4 Discussão

Ao analisar e interpretar o perfil sociodemográfico dos participantes da presente pesquisa evidenciou-se que grande parte dos professores eram do sexo feminino e praticavam atividades físicas , o que corrobora quanto a prevalência do sexo feminino, com a pesquisa de Rocha et al. (2020), no qual em seu estudo em uma escola pública da rede estadual no município de Guaíba/RS, de 24 docentes 62,5% eram mulheres, embora a frequência da realização de exercícios se mostrou baixa, e ainda nessa linha a pesquisa exercida por Kraemer et al. (2020), com professores do Campus São Bento do Sul do Instituto Federal Catarinense (IFC), obteve resultados contrários a esse, onde continha 72% dos participantes do sexo masculino e 64% integrantes eram ativos fisicamente.

Em continuidade tratando-se da existência de outra ocupação profissional fora à docência e a faixa de idade dos mesmos, diferente dos resultados colhidos durante a pesquisa, o trabalho de Jardim et al. (2022) ressaltou que entre 39 professores de um Instituto federal de ensino superior no interior do Nordeste, simplesmente 5 realizavam outras atividades trabalhistas, já a média de idade apresentou-se com semelhança, sendo 36 anos. Ainda, no estudo de Gabani et al. (2022), teve similaridade quanto ao perfil dos profissionais, no qual de 958 professores, 73% trabalhavam em outros locais e 54% possuíam idade superior a 40 anos. 

Baseado nos resultados do QNSM, foi observado que 84% dos docentes queixaram sentir algum tipo de dor osteomuscular, sendo mais comumente acometidas as regiões de pescoço e cervical, e ombros, que equivalem a 60%, cada. Realizando uma comparação com os resultados encontrados em um estudo realizado por Junior e Silva (2014) que também avaliaram os membros do corpo docente de uma Instituição de Ensino Superior, é possível observar que houve concordância no que diz respeito a presença de sintomatologia osteomuscular, uma vez que eles verificaram que 85,7% dos docentes avaliados, apresentaram alguma queixa. Entretanto, quando comparadas às regiões anatômicas mais comumente acometidas, foi observado por estes autores, que a região lombar foi mais prevalente (54,8%), seguida da região cervical.

A grande incidência de acometimento das regiões de pescoço e ombro entre professores,  pode ser confirmada por um estudo onde foram verificadas as queixas de dor nessas regiões, entre docentes de instituições de nível fundamental e  médio, onde foi visto que a prevalência autorrelatada de dor no ombro e/ou pescoço foi de 57,3%, sendo esta justificada por diversos fatores associados ao ambiente laboral desses profissionais, como a adoção de determinadas posturas por tempo prolongado e condições trabalhistas oferecidas. 

Ainda sobre a presença de quadro álgico em professores e o segmento corporal mais atingindo o estudo de Aldukhayel et al. (2021), realizado com docentes da Arábia Saudita, mostrou que de 503 docentes, 458 positivaram em relação a essa sintomatologia, referindo semelhança quanto ao resultado das regiões mais acometidas ombro e pescoço, divergindo apenas quanto a presença do membro inferior, perna, entre as três mais relatadas. Além disso, foi descrito que cerca de 80% da amostra apresentou dor nos últimos 6 meses.

Em concordância com os dados colhidos no presente estudo, uma análise transversal de distúrbios musculoesqueléticos em docentes realizada por Althomali (2022), verificou que essa classe trabalhista têm alta suscetibilidade ao desenvolvimento de dores osteomusculares em mais de uma região do corpo, sendo essa variável, representada por 85,2% da sua amostra. Além disso, assim como exposto nos resultados aqui encontrados, Althomali  verificou que a maior parte dos participantes desenvolveram dores musculoesqueléticas nos últimos 12 meses, e que apenas uma minoria (6,37%), havia apresentado quadro álgico somente nos últimos 7 dias. 

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das informações coletadas, observou-se que os professores de ensino superior do presente estudo são em sua maioria do sexo feminino, com idade entre 35 e 45 anos, praticantes de atividades físicas, e que estes exercem outras atividades laborais além da docência.  Ademais, houve uma alta prevalência de dores musculoesqueléticas, equivalente a 84% da amostra, em quadros crônicos, uma vez, que a maior parte deles, queixou o aparecimento de dor nos últimos 12 meses, tendo como segmento corporais mais acometidos, as regiões de ombros, pescoço, punho e mão, e coluna lombar.

Dessa forma, o estudo tornar-se relevante pelo delineamento de achados, que podem promover ações de prevenção e promoção de saúde de professores universitários, gerando melhora do bem-estar pessoal, favorecendo o exercício da profissão sem limitações, devido às dores osteomusculares que acomete os docentes durante suas longas jornadas de trabalho e esforço físico. 

REFERÊNCIAS

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