A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NO PRÉ-NATAL PARA  REDUÇÃO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO:  UMA REVISÃO INTEGRATIVA 

THE IMPORTANCE OF PHYSIOTHERAPEUTIC ASSISTANCE IN PRENATAL CARE TO REDUCE PAIN IN LABOR: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7457439


Milena dos Santos Martins
Vitória Gabriela Martins  
Orientadora: Prof. Esp. Paula M. Chirnev Braga


RESUMO  

A gestação é um ciclo que ocorre naturalmente nas mulheres, sendo o momento do  parto o seu encerramento e por ser um processo fisiológico tem-se empregado cada  vez mais a prática dos exercícios fisioterapêuticos no pré-natal, pois além de muitos  benefícios, temos em destaque o alívio da dor na hora do parto. O objetivo dessa  revisão foi abordar a atuação do fisioterapeuta no trabalho de parto, onde a  fisioterapia utiliza-se de vários recursos para auxiliar a gestante durante o parto,  proporcionando assim um momento mais agradável possível, enfatizando a saúde e  bem-estar de mãe e bebê. Este trabalho de pesquisa foi realizado em modo  qualitativo por meio de revisão bibliográfica em artigos científicos e periódicos  eletrônicos, visando mostrar uma revisão integrativa da importância do profissional  fisioterapeuta que através de uma relação direta com a gestante, proporcionou  conforto emocional além do alívio da redução do tempo e dor do parto. Tudo isso foi  possível atingir com as técnicas respiratórias, recursos externos como massagens e  termoterapia. Desta forma o objetivo deste trabalho é destacar os métodos e  vantagens publicados acerca do tema, mostrando resultados satisfatórios no que diz  respeito ao alívio da dor, com um parto seguro e tranquilo.  

Palavras chaves: Gestação; Parto; Fisioterapia 

ABSTRACT  

Pregnancy is a cycle that occurs naturally in women, the moment of delivery being  the end of it and, as it is a physiological process, the practice of physiotherapeutic  exercises in prenatal care has been increasingly used, because in addition to many  benefits, we have in highlight pain relief at the time of childbirth. The objective of this  review was to address the role of the physiotherapist in labor, where physiotherapy  uses various resources to assist the pregnant woman during childbirth, thus providing  the most pleasant moment possible, emphasizing the health and well-being of the  mother and drinks. This research work was carried out in a qualitative way through a  bibliographical review in scientific articles and electronic journals, aiming to show an  integrative review of the importance of the physiotherapist professional who, through  a direct relationship with the pregnant woman, provided emotional comfort in addition  to the relief of the reduction of the time and pain of childbirth. All this was possible to  achieve with breathing techniques, external resources such as massages and  thermotherapy. In this way, the objective of this work is to highlight the methods and  advantages published on the subject, showing satisfactory results with regard to pain  relief, with a safe and peaceful delivery.  

Keywords: Pregnancy; childbirth; Physiotherapy 

1. INTRODUÇÃO  

Os tipos de parto são: o vaginal, sendo ele com menores intervenções  médicas e a cesariana, tendo várias interferências cirúrgicas.  

O parto normal ocorre em duas fases: na primeira etapa ocorrem as  contrações uterinas, propiciando a dilatação gradativa do colo do útero; na segunda  etapa temos a expulsão fetal, na qual as contrações e a dilatação uterina se tornam  mais intensas permitindo a passagem e saída do bebê pelo canal vaginal.  

O temor da dor durante a concepção influencia na escolha do tipo de parto de  muitas mulheres. O parto vaginal sendo um processo fisiológico mais seguro que a  cesariana, reduz o tempo de internação e é mais benéfico para a saúde da mãe e do  bebê.  

Neste trabalho, de forma qualitativa através de uma revisão integrativa  analisar e pesquisar proposta da assistência fisioterapêutica no processo parturitivo  demonstrar os procedimentos para preparação da gestante que permita facilitar o  parto com menos dores. Oferecendo monitoramento e controle preventivos no  processo de gestar e parir, com a participação ativa da mulher que promoverá  confiança e saúde no nascimento do bebê, tornando a experiência do parto  satisfatória para a gestante.  

A importância para o trabalho de parto normal, ter acompanhamento  fisioterapêutico durante a gestação, ganha grande apoio e influência da Organização  de Saúde do Brasil, pois tem influenciado na diminuição do medo da dor durante o  parto das gestantes, que muitas vezes optam por um parto cesariana.  

Os profissionais fisioterapeutas trabalham durante a gestação até a hora do  parto, proporcionando a gestante conhecimento relacionado à fisiologia  osteomuscular de como agir na hora das contrações abdominal, diminuindo a  percepção da dor com exercícios respiratórios e da musculatura perineal, visando  facilitar a expulsão do bebê.  

Assim o presente trabalho, tem como objetivos exemplificar a notoriedade do  fisioterapeuta na preparação da gestante para que na hora do parto, os cuidados e  orientações recomendadas, sejam seguidas, para que haja uma boa interação entre  corpo e mente. Demonstrando a eficácia do tratamento fisioterapêutico na  concepção, amenizando os desconfortos da parturiente, intensificando a felicidade materna. 

2. OBJETIVOS  

2.1 OBJETIVO GERAL  

Assistência fisioterapêutica no pré-natal, acolhendo a gestante desde o início  da gravidez, promovendo maior consciência e controle corporal, através de  exercícios, promover relaxamento da musculatura, com técnicas de relaxamento e  alongamento. Assegurando o nascimento de uma criança de forma humanizada com  bem estar materno e neonatal.  

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO  

  • Identificar na literatura científica, os programas existentes sobre assistência  fisioterapêutica no pré-natal para redução das dores do parto;  
  • Destacar a importância do fisioterapeuta na preparação do pré-natal e parto;
  • Contribuir para incentivar adesão da fisioterapia na assistência e preparação  no pré-natal.  

3. JUSTIFICATIVA  

Este trabalho tem como proposta demonstrar o conceito da importância da  assistência fisioterapêutica na preparação da gestante, apontando suas  contribuições às parturientes na redução das dores do parto. O estudo poderá  propiciar um melhor entendimento das representações e práticas dos profissionais  da fisioterapia, com uma assistência para um parto com menos dores, visando não  só um melhor resultado na assistência da gestante, como também maior satisfação  e benefícios através da preparação no pré-natal e no parto da gestante.  Proporcionando para a gestante uma gravidez que transcorra com segurança,  oferecendo os cuidados necessários que devem ser realizados pela assistência de  um fisioterapeuta. Assim sendo contribuir com esse trabalho de pesquisa aos  profissionais fisioterapeutas que auxiliam desde o pré-natal até o parto com um  enfoque pautado em teoria que tem se mostrado na prática cada vez mais  importante, na redução das dores do parto na parturiente. 

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  

A base dos materiais da fundamentação teórica de procedimentos de  fisioterapia na gestação, busca conhecer o trabalho fisioterapêutico que prepara as  gestantes para um parto com redução das dores. As pesquisas realizadas destacam  a importância da intervenção fisioterapêutica na assistência obstétrica como parte  de toda rotina da equipe durante o processo de pré-natal e parturição, que mostra  toda interação de fatores fisiológicos, psicológicos, culturais que exige um trabalho  importante da fisioterapia dentro da equipe de pré-natal até o parto.  

4.1 Abordagem e atuação do Fisioterapeuta com a Gestante.  

A gestação e o parto são fenômenos naturais e geradores de sonhos e  expectativas, por isso a equipe do processo de pré-natal é fundamental, pois a  gestante torna-se apreensiva à espera do novo ser que chegará. Durante os nove  meses a rotina modifica-se e os laços de afetividade tendem a se estreitar. Muitas  mudanças acontecem na estrutura física e psicológica da mulher surgindo condições  especiais necessitando assim de acompanhamento por profissionais de saúde.  

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por vários ajustes hormonais e  biomecânicos, resultando em mudanças nos sistemas do corpo, que permitem um  desenvolvimento normal e seguro do feto (SOUZA et al., 2015).  

Na gestação ocorrem alterações no padrão da marcha, devido ao ganho de  massa corporal e edema. A fisioterapia através da atividade física proporciona  melhora do equilíbrio, manutenção do tônus e força muscular e previne quedas  (LEANDRO; SILVA; SILVA, 2017).  

O objetivo da fisioterapia intraparto é abreviar o tempo do período de  dilatação, tornando-o mais tranqüilo, bem como preparar o períneo para o período  expulsivo. No processo do parto é importante que haja progressivamente o  relaxamento da musculatura do assoalho pélvico (FERREIRA, 2011).  

Conforme Ferreira (2011), a abordagem de uma grávida que fez  acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação é diferente de outra em que o  primeiro contato com a fisioterapia ocorre durante o parto. Sendo assim, é  necessário que se estabeleça um vínculo entre o fisioterapeuta e a parturiente que  gere confiança, que diminua as reações de defesa em relação ao estresse desse momento e que estimule a parturiente a tentar novas posturas e movimentos durante  o primeiro período de parto.  

Diniz (2005). constatou que o trabalho de parto e principalmente o parto  vaginal é uma tarefa que exige muito da parturiente, principalmente no que diz  respeito ao aspecto psicomotor, podendo levar a um grande desgaste, dependendo  da evolução deste processo.  

A atuação da fisioterapia no parto contribui para uma participação mais ativa  da mulher no nascimento de seu filho, o que está alinhado com as condutas  preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e com o Programa de  Humanização do Parto e Nascimento do Ministério da Saúde. O fisioterapeuta  orienta e favorece o adequado posicionamento da parturiente para que ela “faça  bom uso de seu corpo no processo do parto” (FERREIRA, 2011).  

Segundo Stepherson (2004). durante o atendimento da gestante, o  fisioterapeuta deve ter em mente que quanto mais dirigir a atenção a esse processo  e enfatizar o relaxamento com exercícios que irão facilitar a dilatação, melhor será a  evolução e maior será a qualidade de vida proporcionada à parturiente e ao bebê.  Na primeira fase do trabalho de parto o fisioterapeuta orienta a parturiente sobre as  formas de diminuir as tensões musculares, com posturas que propiciam a dilatação.  Já na segunda fase é de suma importância a participação da parturiente, pois esta  fase engloba a expulsão do feto que exigirá da mesma uma postura e respiração  adequadas para o nascimento do bebê.  

Durante o trabalho de parto, a parturiente requer mobilidade pélvica e o uso  intensivo da musculatura do abdômen, do períneo e do diafragma respiratório. O  fisioterapeuta, exatamente por estudar todos os movimentos das articulações do  corpo humano e o funcionamento muscular, auxiliando na contração e no  relaxamento, é um dos profissionais capacitados a contribuir qualitativamente no  atendimento à parturiente, pois trabalha otimizando a fisiologia humana (CANESIN,  2010).  

Durante o período gestacional e no puerpério, a fisioterapia promove a  prevenção de complicações, desconfortos, disfunções musculoesqueléticas e  uroginecológicas, alívio das dores, orientação postural, orientações na 9  amamentação, nas atividades da vida diárias (AVDs) e na promoção da qualidade  de vida (SANTOS; ANDRELLO; PERESSIM, 2017). 

Os exercícios físicos auxiliam na prevenção do diabete mellitus, na  incontinência urinária, no alívio dos desconfortos intestinais, na melhora da  circulação sanguínea, no controle da pressão arterial, melhora o equilíbrio e a  postura, através da elaboração e execução de um programa de exercícios para cada  gestante (REBESCO et al., 2016).  

4.2 Técnicas de Fisioterapia durante o Pré-natal.  

De acordo com Ramos et al. (2018), a técnica de respiração indicada no  processo de trabalho de parto é a respiração abdominal, onde a parturiente distende  o abdômen na inspiração e contrai o abdome na expiração, através dos movimentos  respiratórios lentos, ao mesmo tempo que realizam freno labial lento e progressivo,  produzindo uma pressão externa no abdômen contribuindo para a expulsão do feto.  

Os exercícios respiratórios reduzem a ansiedade, melhora os níveis de  saturação sanguínea materna de O2 e os exercícios de liberação diafragmática 10  permite a modulação dos tônus musculares o que facilita a reeducação dos  movimentos e diminuem a dor (CARDOZO; CUNHA, 2019).  

A deambulação e a posição vertical no primeiro estágio do trabalho de parto  são recomendadas e não se associam com aumento de intervenções médicas ou  efeitos negativos para mães e seus filhos. Destaca-se que as mulheres devem ser  encorajadas a descobrir a posição mais confortável (PORTO, 2010).  

De acordo com Mamede (2006), em um estudo realizado sobre o efeito da  deambulação na fase ativa do trabalho de parto, onde (n=80) das parturientes eram  estimuladas a deambular, constatou que a quantidade de deambulação durante as 3  primeiras horas do trabalho de parto está diretamente relacionada ao encurtamento  deste processo. Comprovou também que o uso da ocitocina e a ruptura da bolsa  amniótica não influenciaram na duração da fase ativa nem para menos nem para  mais.  

O método de respiração tem como protagonistas Read e Lamaze, que  utilizam o princípio da teoria de Pavlov e visa construir um novo reflexo condicionado  à parturiente: respiração-relaxamento no momento da contração uterina. Desviando  a atenção para a respiração consciente, permite que a parturiente se distraia das  dores e das contrações uterinas e passe a se concentrar na respiração e  relaxamento (NILSEN, 2009). 

Segundo Brasil (2001), o Ministério da Saúde e a OMS recomendam as  mobilizações e as posturas verticais durante o trabalho de parto, pois os mesmos  resgatam técnicas mais naturais que evitam o uso de intervenções desnecessárias,  beneficiando, tanto a parturiente quanto o bebê.  

Dentre as numerosas técnicas de percepção respiratória, uma das mais  conhecidas é a mais segura a nível fisiológico para o binômio mãe/filho, é a  respiração profunda ou abdominal, na qual a parturiente realiza uma inspiração  expandindo a parede abdominal descontraída, abaixando o diafragma. Logo em  seguida, expira lentamente, contraindo os músculos abdominais, tendo os lábios em  posição como se estivesse apagando uma vela. Tal exercício controla a velocidade  da expiração, facilitando a contração dos músculos abdominais. No período de  expulsão do feto a parturiente respira fundo e realiza uma apnéia, fazendo força  para expulsar o bebê relaxando a musculatura perineal (MAZZALI, 2008).  

De acordo com Angelo et al. (2016), durante o momento do parto as dores,  além dos eventos ocorridos nessa fase, aumentam devido a ansiedade da  parturiente, o fisioterapeuta realiza um trabalho para diminuir a dor e promover o  bem-estar físico à gestante.  

Dentre as práticas fisioterapêuticas, o Método Pilates se apresenta como  bastante eficaz para melhora da região lombo pélvica, diminuição da progressão da  diástase abdominal, diminuição da fadiga, aumento da força abdominal e do AP,  melhora da flexibilidade dos músculos isquiotibiais, da estabilização lombo pélvica,  da postura, capacidade funcional e da QV e bem estar social das gestantes  (MENDO; JORGE, 2021).  

O Assoalho Pélvico é formado por um conjunto de estruturas musculares,  onde sua função é suportar órgãos pélvicos, manter a continência fecal e urinária e a  função sexual, estudos mostram que o músculo puborretal é significativamente  alongado durante o parto vaginal, podendo levar a traumas do pavimento pélvico,  como lacerações espontâneas, que são rupturas que ocorrem no tecido perineal  durante o parto (LATORRE et al., 2016).  

Partos naturais estão são incentivados pela OMS e o fisioterapeuta é um  profissional que tem grande importância na vivência da parturiente durante um  trabalho de parto menos doloroso (ABREU et al., 2013). 

Atividades físicas são importantes em todas as fases da vida, embora seja  muito questionado quanto a sua prática durante a fase gestacional em relação à duração, intensidade, freqüência e tipo de atividade (CORDERO et al., 2014).  

Estudos relacionados ao aparelho locomotor mostram que o exercício físico  durante o período gestacional pode ser realizado com segurança, não só prevenindo  o ganho excessivo de peso nessa fase, mas também a hipertensão e o diabetes  gestacional, sendo identificada como um fator muito importante para mulheres de  todas as faixas de peso (CORDERO et al., 2014).  

4.3 Importância do Profissional Fisioterapeuta para a Gestante.  

De acordo com Bavaresco (2009), o fisioterapeuta é de suma importância no  processo do parto ativo, pois o mesmo é um profissional que dispõem de  conhecimentos e técnicas que auxiliam no suporte da parturiente de forma eficiente  e segura, respeitando a sua individualidade, utilizando-se de métodos não farmacológicos, proporcionando alívio da dor e relaxamento.  

Segundo Mazzali (2008), durante uma análise realizada sobre o tratamento  fisioterapêutico e a redução da dor no trabalho de parto, pôde-se observar que os  estudos com as técnicas e exercícios terapêuticos ainda são limitados, e que há  uma enorme escassez deste profissional na assistência às parturientes.  

Bio (2006) destacou que o movimento e a orientação a respeito das posturas  verticais foram estudados e mostraram-se muito eficazes, favorecendo a fase ativa e  o parto vaginal em comparação com parturientes que permaneceram sem  movimentar-se e em postura horizontal. O parto é uma tarefa que exige muito do  aspecto psicomotor da parturiente, sendo necessária, portanto, a assistência do  fisioterapeuta e os devidos esclarecimentos. Movimentar-se durante o trabalho de  parto mostra-se fisiologicamente benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê  comparando-se com parturientes que ficam paradas e deitadas. Devido aos seus  benefícios a deambulação é muito utilizada, por este movimento favorecer com que  o útero possa realizar contrações ainda mais eficazes proporcionando uma dor de  menor intensidade, aumento do fluxo sanguíneo que chega ao bebê e ainda um  trabalho de parto em um menor período de tempo. Estudos demonstraram que a  deambulação, o ato de sentar, ortostatismo e cócoras são movimentos realizados  durante o trabalho de parto em que se mobiliza pelve, acelera a atividade uterina e  reduz o período da fase ativa do trabalho de parto. 

Marques (2011) relata que atualmente há diversas formas de utilizar a  respiração, mas deve-se priorizar a realização durante as contrações uterinas e o  conforto da parturiente, e sempre evitar a hiperventilação materna, que pode trazer  efeitos adversos tanto para o feto como para o trabalho de parto. Técnicas  respiratórias são muito utilizadas e difundidas pelos profissionais fisioterapeutas, que  as utilizam não apenas com parturientes, mas também em diversas técnicas e  recursos utilizados pelos mesmos. No que diz respeito ao trabalho de parto, a  mesma é utilizada para proporcionar relaxamento, concentração, diminuição do risco  de trauma perineal e melhorar a oxigenação sanguínea da mãe e do bebê.  

As técnicas fisioterapêuticas e as posturas adotadas pelas parturientes  mostram-se cada vez mais eficazes, não apenas para os profissionais  fisioterapeutas, mas também para toda a equipe multidisciplinar, tornando possível a  inclusão deste profissional nesta equipe. 

5. METODOLOGIA  

Esta pesquisa será realizada do tipo exploratória, classificando-se como uma  revisão de literatura. Com uma revisão integrativa, pesquisas em livros e artigos  científicos e bases de dados da saúde. Utilizando para a busca as palavras  exercícios durante o trabalho de parto, benefícios da fisioterapia, parto normal,  deambulação na redução das dores do parto. Os trabalhos escolhidos vai abordar a  fisioterapia e sua ação durante o trabalho de parto com técnicas fisioterapêuticas  para o alívio da dor, como a deambulação durante a fase ativa do trabalho de parto,  exercícios ativo com a bola suíça, exercícios respiratórios durante a fase de  expulsão e as posturas adequadas em cada fase.  

A Natureza deste estudo vai ser como estratégia de pesquisa para o presente  estudo será conduzida uma revisão integrativa de literatura, onde por meio de  pesquisas serão coletados dados a fim de estudar, comparar, discutir e comprovar  os resultados da intervenção fisioterapêutica durante a gestação, tendo como  questão norteadora, qual a influência da fisioterapia desde o pré-parto até o  intraparto.  

Rother (2007) conceitua que a revisão integrativa de literatura é um método  que tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema  ou questão, de maneira sistemática, ordenada e abrangente. É denominada  integrativa porque fornece informações mais amplas sobre um assunto/problema,  constituindo, assim, um corpo de conhecimento.  

Os artigos serão categorizados por sua relevância entre os termos  pesquisados, salientando estudos que abordem intrinsecamente a atuação do  profissional fisioterapeuta durante o parto e pré-natal sua contribuição para o  atendimento humanizado da parturiente. Os dados foram contextualizados dos  pontos principais como origem de estudo, metodologia e resultados. Assim, nossa  revisão integrativa selecionou técnicas fisioterapêuticas que ajudam o alívio da dor  durante a gestação e no parto. 

6. RESULTADOS ESPERADOS  

Contribuir e elucidar para a valorização do papel do fisioterapeuta obstétrico,  no acompanhamento e assistência em todas as fases da gestação, desde a  descoberta da gravidez até a hora do parto, garantindo à essas mulheres, conforto e  segurança.  

O acompanhamento do fisioterapeuta durante o trabalho de parto é  importante para orientar e conscientizar a mulher pra que ela desenvolva o parto  segura e confiante, o que torna o momento menos doloroso e traumático  

Enfatizar as mudanças durante o período de gestação que geram  desconfortos como enjoos, câimbras, inchaço, dores, entre outros. E podem durar a  gestação inteira, dependendo do organismo de cada mulher, devido a grande  mudança decorrente desse processo. Com todas essas mudanças e  acontecimentos, as emoções das gestantes sofrem variações que se estendem até  o momento do parto, que é temido por muitas e envolve a responsabilidade de  cuidar de uma nova vida. No caso tem que ser uma equipe multiprofissional que  será fundamental durante esse processo, para acompanhar e auxiliar a gestante e  seu acompanhante, desde a sua entrada na maternidade.  

Mostrar a integração da equipe composta por vários profissionais da área da  saúde, dentre eles o fisioterapeuta, da sua atuação de um momento muito complexo  que envolve emoções, sensações e principalmente a dor que é inexplicável para  quem não a vivenciou. Essa equipe se tornou indispensável, pois esse trabalho em  conjunto demonstrou ter resultados benéficos e eficazes.  

O trabalho do fisioterapeuta junto com a equipe acompanha e visa a evolução  desse momento tão delicado que é o parto normal. O profissional fisioterapeuta  preparar um treinamento planejado e ordenado de movimentos corporais, posturas  ou atividades físicas, cujo objetivo é proporcionar ao paciente tratar ou prevenir  comprometimentos, reduzir fatores de riscos ligados à saúde, melhorar ou restaurar  a função física, otimizando o estado de saúde geral, preparando o estado físico e  mental, atuando na prevenção da redução da dores no parto.  

Por fim, destaca-se que, levando em consideração a satisfação das pacientes  neste momento singular de suas vidas, o fisioterapeuta tem sua conduta vista como  uma adição benéfica a equipe obstétrica, no entanto, este fato deveria ser melhor  difundido e assistido por leis no território nacional. 

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS  

O presente trabalho teve como norte a revisão de trabalhos nacionais da área  escolhida, apresentando a integração de diferentes técnicas e a importância da  fisioterapia durante o trabalho de parto. Os estudos escolhidos integram de  diferentes maneiras as técnicas relatadas, atingindo com sucesso e atrás de  evidências as teorias propostas. A busca por um parto humanizado, mais relaxado e  buscando a diminuição da dor, favorece um parto vaginal sem uso excessivo de  fármacos ou intervenções cirúrgicas. As pesquisas apresentadas demonstram  técnicas de boa eficácia e viabilidade, porém necessitam de mais estudos que  demonstram como a fisioterapia pode compor de maneira ativa a equipe de  obstetrícia, favorecendo a qualidade do serviço oferecido e garantindo o respeito e  segurança durante o parto. Ficou claro que de todo material analisado, que o  suporte físico e emocional promovido pela assistência do fisioterapeuta contribuiu  para a humanização e bem estar físico da parturiente, pois favoreceu, através das  técnicas utilizadas, redução da dor e da ansiedade, contribuindo para um parto com  menos dores. Este estudo reafirma que é de suma importância a presença deste  profissional nas salas de parto normal, favorecendo um atendimento obstétrico  acolhedor, respeitando a individualidade para garantir satisfação tanto para a mãe  quanto para o bebê. Esta pesquisa aponta, ainda, a necessidade de realizar mais  estudos que possibilitem uma maior percepção tanto das parturientes quanto dos  gestores de saúde, para a inserção deste profissional na equipe multidisciplinar, que  só tem a acrescentar não só à unidade hospitalar quanto às parturientes que  precisam desses acompanhamentos para ter um parto mais satisfatório no ponto de  vista fisioterapêutico.  

Conclui-se então, que os multiprofissionais que acompanham a parturiente, é  essencial o papel do fisioterapeuta, e torna-se fundamental para o maior conforto da  mesma, nesse momento tão crucial. Pois, a orientação do profissional pode  aumentar a tolerância à dor, e reduzir o tempo de sofrimento do parto normal. 

REFERÊNCIAS  

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