REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7414209
Rafaela Milani
Orientador: Alex Sandro Rodrigues Baiense
RESUMO
Sabemos o quanto a mídia influencia hoje em dia a sociedade e com isso os mesmos acabam recorrendo-se à prática da automedicação ou do auto prescrição, as quais envolvem, respectivamente, na utilização de medicamentos isentos de prescrição sem nenhuma orientação pelo farmacêutico, ou a utilização de medicamentos que deveriam ser vendidos sob prescrição médica, mas que são adquiridos de maneira incorreta. O objetivo geral deste trabalho é estimar, através de referências e artigos científicos, os impactos causados pela mídia e pelas publicidades de medicamentos. Os objetivos específicos são: identificar fatores que aumentam a prática de automedicação; identificar os riscos de saúde que a mesma pode ocasionar na população; evidenciar as desvantagens da automedicação. O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, baseada a partir de um estudo bibliográfico, a pesquisa foi abordada no período compreendido entre 2017-2022, publicado cuja metodologia adotada permite obter evidências relevantes em relação à temática proposta.
Palavras-chave: “Automedicação”; “propaganda”; “influência da propaganda”; “medicamentos.”
SUMMARY
We know how much the media influence society today and with that they end up resorting to the practice of self-medication or self-prescription, which involve, respectively, the use of over-the-counter medicines without any guidance from the pharmacist, or the use of drugs that should be sold under medical prescription, but which are acquired incorrectly. The general objective of this work is to estimate, through references and scientific articles, the impacts caused by the media and drug advertisements. The specific objectives are: to identify factors that increase the practice of self-medication; identify the health risks that it can cause in the population; highlight the disadvantages of self-medication. The present study is an integrative literature review, based on a bibliographic study, the research was addressed in the period between 2017-2022, published whose adopted methodology allows obtaining relevant evidence in relation to the proposed theme. The thought for this article was, through strong will, it profoundly changed people’s lives, affecting their personal relationships, work, family dynamics and exposed various social and economic problems.
Keywords: “Self-medication”; “advertising”; “propaganda influence”; “medicines.”
1. INTRODUÇÃO
Sabemos o quanto a mídia influencia hoje em dia a sociedade e com isso os mesmos acabam recorrendo- se à prática da automedicação ou da autoprescrição, as quais envolvem, respectivamente, na utilização de medicamentos isentos de prescrição sem nenhuma orientação pelo farmacêutico, ou a utilização de medicamentos que deveriam ser vendidos sob prescrição médica, mas que são adquiridos de maneira incorreta. Essa é uma atividade que vem se tornando cada vez mais comum por diversos fatores, entre eles a dificuldade de acesso a serviços básicos de saúde para a população, falta de fiscalização na venda de medicamentos principalmente os isentos de prescrição, onde sintomas como dores de cabeça e no corpo, enjoo, e alergias são comuns em diversas patologias, o que ocasiona no aumento dessas práticas (COSTA et al., 2022).
Segundo a OMS, a palavra “automedicação” refere-se ao consumo de medicamentos pelo usuário para o tratamento de sintomas reconhecidos; ou seja, tomar remédio sem receita médica. Esse comportamento é influenciado por fatores como grau de escolaridade, desconhecimento das consequências, conselhos de amigos e familiares, bem como da mídia, etc. É importante abordar esse problema, uma vez que a automedicação é uma prática muito comum entre as pessoas, com isso na época da pandemia os pacientes utilizaram muito por este método (SILVA et al., 2022).
Nos tempos de crise global devido à forte pandemia que o país sofreu, as pessoas são facilmente tentadas a tomar medidas “preventivas” por sua própria iniciativa ou mal aconselhadas por terceiros, ignorando a variedade de reações adversas que poderiam causar em pessoas com doenças subjacentes, alergias, etc. Apresentando a automedicação como uma faca de dois gumes devido ao desconhecimento de suas consequências (OLIVEIRA, 2022).
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Estimar, através de referências e artigos científicos, os impactos causados pela mídia e pelas publicidades de medicamentos.
2.2 Objetivos Específicos
- Identificar fatores que aumentam a prática de automedicação;
- Identificar os riscos de saúde que a mesma pode ocasionar na população;
- Evidenciar as desvantagens da automedicação.
3. METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura integrativa, baseada a partir de um estudo bibliográfico, que tem como objetivo alcançar profundo entendimento de um determinado fenômeno com base em estudos anteriores. Portanto, elaborou-se a seguinte questão: Qual o lado negativo da mídia na automedicação da população? A finalidade do estudo bibliográfico será de colocar o investigador em contato com o que já se produziu sobre o tema da pesquisa. Trata-se de uma descrição acerca da temática voltada para a automedicação influenciada pela mídia no Brasil.
A pesquisa está sendo realizada no ano de 2022 e as bases de dados utilizadas foram: Scientific Eletronic Library Online(Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (Bvs), Google Acadêmico. A pesquisa utilizou os operadores booleanos “AND” e “OR” e os descritores: “automedicação”; “propaganda”; “influência da propaganda”; “medicamentos.”
Os critérios de inclusão dos artigos definidos, inicialmente, para a presente revisão integrativa foram: artigos publicados em português e inglês, com os resumos disponíveis nas de dados selecionados, no período compreendido entre 2017-2022, publicado cuja metodologia adotada permita obter evidências relevantes em relação à temática proposta.
Foram excluídas publicações que se caracterizavam como cartas ao leitor, capítulos de livro, artigos que não estavam disponíveis para leitura gratuita, que não se enquadraram no período estipulado de publicação e os estudos que não apresentaram aspectos que contribuíssem com o objetivo desta pesquisa.
Os artigos foram avaliados por meio da leitura na íntegra, análise e apresentação dos dados estão explanadas por meio de um quadro descritivo constando: autor e ano de publicação, tipo de estudo e objetivos.
4. JUSTIFICATIVA
O pensamento para este artigo, foi mediante a forte vontade de modificar a vida das pessoas, afetando suas relações pessoais, de trabalho, a dinâmica familiar e expondo diversos problemas sociais e econômicos. Diante de um vírus novo e o grande número de óbitos causados por ele, conforme destacam, isso predispõe as pessoas a buscarem formas rápidas e fáceis de prevenirem ou controlarem a doença, logo, a automedicação torna-se uma prática corriqueira. No entanto, não há fármacos eficientes disponíveis para gerar resposta ao tratamento da Covid-19. Assim, a automedicação é uma prática capaz de gerar sintomas leves, como prurido e diarreia, ou sintomas graves como a cardiotoxicidade. Em virtude do pouco material disponível sobre o assunto, este trabalho reveste-se de relevância e contribui para a reflexão sobre o uso racional de fármacos.
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5.1 A propaganda e a comercialização
Corroborando com o autor supracitado, Porto e colaboradores(2020) afirmam que essa prática tem se tornado bastante comum e tem sido propagandeada principalmente pelas redes sociais, onde públicos como influenciadores digitais e Youtubers divulgam informações sobre seus benefícios alcançados com o uso de drogas que muitas vezes podem ser usadas até mesmo para fins estéticos, tornando a causa atual de diversos problemas. O uso de medicamento sem prescrição, orientação médica ou farmacêutica pode causar problemas como intoxicação, reações alérgicas, podendo levar à morte
A publicidade televisiva é uma ferramenta do marketing que só acarretará problemas se o objetivo comercial ultrapassar os limites éticos delimitados pela legislação. Muitos pesquisadores afirmam que a publicidade de medicamentos, enquanto estratégia representa risco sanitário, caso não se comprometa com a divulgação de informação correta e segura
Essas atividades comerciais exercidas nas publicidades de medicamentos fazem parte da economia mundial, geram um cenário complexo e de grande importância, definindo padrões de mercado e de comportamento para a sociedade, incentivando o consumo e criando uma nova necessidade, desempenhando um impacto concreto nas atividades terapêuticas (CARSONI; JUNIOR, 2018).
Oferecidos como mero produto do marketing industrial, os medicamentos são destaque em uso de recursos publicitários e possuem uma forte manifestação de persuasão. Estes recursos conciliam a marca do medicamento ao slogan publicitário, induzindo o telespectador à aquisição do “produto” divulgado. Sendo a mídia televisiva é a mais utilizada por fornecer maior retorno financeiro à indústria e por abranger maior número de telespectadores(CARSONI; JUNIOR, 2018).
5.2 Automedicação no Brasil
Automedicação é a prática na qual o indivíduo, por iniciativa própria ou por aconselhamento de terceiros, faz uso de medicações para tratar ou aliviar sintomas. Ela envolve todas as classes de medicamentos; sejam os isentos de prescrição (MIP’s), ou os que necessitam de receituário médico. Assim, automedicação consiste em adquirir o medicamento sem receita médica,compartilhar medicamentos com outros membros da família ou do círculo social, utilizar sobras de prescrições, reutilizar antigas receitas, descumprir a prescrição profissional, prolongar ou interromper precocemente o tratamento(CARSONI; JUNIOR, 2018).
Corroborando com os autores supracitados, o estudo de Porto e colaboradores(2020) mostra dados em que a automedicação no Brasil representa 35% do consumo de fármacos, sendo que 27% das intoxicações medicamentosas e 16% dos óbitos são resultantes dessa prática. Os hospitais gastam em média de 15 a 20% de seus orçamentos para lidar com as complicações causadas pelo uso indevido dos mesmos.
Para Torres, Serrano, Coêlho (2018) vale destacar que a automedicação é praticada desde os primórdios da civilização, em que os povos usavam ervas de modo empírico para cura de alguma enfermidade. A venda de medicamentos no Brasil é regulamentada pela Anvisa. Os medicamentos só podem ser adquiridos em farmácias, mas a receita é retida apenas para determinados tipos de medicamentos (por exemplo, medicamentos psicotrópicos) (Correiaet al., 2020).
Entretanto, Porto e colaboradores(2020) evidenciam que a mídia influencia na venda de todos os outros medicamentos de livre acesso e que não exigem receita médica, como remédios anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, dentre outros. Deste modo, o comprador pode simplesmente mostrar a receita, mas ela não fica retida na farmácia (JUNIOR; OLIVEIRA; AMORIM, 2022).
No Brasil, pelo menos 35% dos medicamentos são consumidos sem receita médica, ou seja, para cada dois medicamentos um é adquirido com base na própria experiência, pelo conselho de amigos ou vizinhos ou ainda com base em propagandas publicitárias. E, em relação aos idosos a média de medicamentos utilizados por essa classe de indivíduos é bastante elevada(JUNIOR; OLIVEIRA; AMORIM, 2022
Estudos realizados revelam que os idosos consomem em média três a sete medicamentos por dia, isso se dá devido ao grande número de patologia crônicas e agudas que os idosos adquirem ao longo da vida, assim não é de se estranhar que quase ¼ dos idosos receba no mínimo um fármaco impróprio(JUNIOR; OLIVEIRA; AMORIM, 2022).
5.3 A automedicação e o farmacêutico
O farmacêutico desempenha a função de prestador de serviços de saúde, fornece ao consumidor informações importantes sobre medicamentos, tais como: métodos de manejo para evitar interação com alimentos e outras drogas, detenção, na maioria dos casos, para evitar reações adversas, interações medicamentosas, possível negligência, aproximando-se do quadro saúde do paciente, é importante um profissional de saúde, treinado para informar o consumidor sobre o risco forte relacionado ao uso de medicamentos de venda livre (AMORIM et al., 2022).
A Assistência Farmacêutica vem a constituir um dos sistemas mais importantes de apoio das redes de atenção à saúde, juntamente com o sistema de apoio diagnóstico e terapêutico e os sistemas de informação em saúde, com foco na garantia do acesso e do uso racional dos medicamentos à população. Compreendem-se como componentes da Assistência Farmacêutica:a gestão técnica da assistência farmacêutica e a gestão clínica do medicamento.
Os processos de implantação da gestão clínica e técnica do medicamento à assistência farmacêutica são importantes para obtenção de serviços mais eficientes nos processos de cuidado à saúde, onde o olhar clínico do farmacêutico pode contribuir para otimização do uso do medicamento e da terapêutica, objetivando atingir as reais necessidades dos pacientes que fazem uso de terapias medicamentosas, possibilitando melhores resultados na saúde.
O trabalho da atenção farmacêutica junto à população no momento da dispensação do medicamento é de grande relevância, pois é nesse momento em que o paciente vai receber as orientações sobre como usar o medicamento, a dose correta, o tempo de tratamento, riscos ou benefícios, muitas vezes sendo orientado a procurar um serviço de saúde especializado para que haja sucesso no real diagnóstico.
5.4 A importância do profissional farmacêutico no acompanhamento farmacoterapêutico
O profissional farmacêutico é de suma importância e prescrição farmacêutica inclui a seleção de opção terapêutica, destacando-se aqui as farmacológicas e não-farmacológicas, a oferta de serviços farmacêuticos ou outras intervenções relativas ao cuidado da saúde do paciente, visando promoção, prevenção e recuperação da saúde, conforme resolução 585 do Conselho Federal De Farmácia.
É de total responsabilidade do farmacêutico a prescrição de quaisquer medicamentos, proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, como resposta ou não à apresentação de uma receita elaborada por um profissional legalmente autorizado, de acordo com o medicamento em questão. Nesse ato, o farmacêutico deve informar e orientar o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São pontos importantes da orientação, entre outros, o alerta no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos quando existe, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos
A segurança e o bem-estar do paciente devem ser os principais fatores, com o farmacêutico utilizando do seu conhecimento, somando com outros profissionais da área da saúde e ao da população na promoção da saúde. A atuação na defesa do uso racional de medicamentos é de extrema importância, sendo o farmacêutico responsável em desempenhar seu papel na sociedade com um serviço de farmácia de qualidade, tendo como o acompanhamento e orientação farmacêutica. Devendo também ser efetivamente incluído às equipes de saúde multiprofissionais para a melhoria e engajamento da utilização dos medicamentos na sua forma adequada e segura
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ato de se medicar é um fenômeno que vem crescendo com frequência nos últimos tempos, embora alguns benefícios da automedicação devessem ser analisados, os riscos também estão presentes neste processo, pois a falta de conhecimento por parte do consumidor pode ocasionar graves consequências à saúde individual e coletiva da população.
Essa prática sofre muita influência pela facilidade que o paciente tem de comprar o medicamento sem prescrição médica, pois muitos dos medicamentos são de venda livre e até mesmo tarjados mas sem a retenção de receita.
Muitos adquiriram informações relativas aos fármacos que utilizavam em sites de internet, bulas, familiares ou amigos sem uma prévia orientação médica, e qualquer informação sobre os riscos à saúde.O farmacêutico, normalmente é o profissional de saúde que primeiro mantém contato com o paciente, seja pela busca de medicamentos isentos de prescrição ou até mesmo para esclarecer dúvidas relacionadas a algum problema de saúde, antes mesmo de procurar um atendimento médico.
Dentro de suas atividades clínicas apresenta um papel de extrema importância: orientando de maneira adequada e coerente sobre o uso racional de medicamentos. Sendo o canal de maior informação e segurança sobre os medicamentos, principalmente a maior parte da população que carece de informações sobre saúde.
Farmácia figurando o papel de um estabelecimento de saúde, configura ainda mais a autoridade sanitária do farmacêutico em ser profissional referência sobre os medicamentos, deixando de ser um mero dispensador e passando ao envolvimento e aproximação em todo o processo saúde doença do paciente, diminuindo assim os problemas relacionados aos medicamentos e a automedicação.
7. REFERÊNCIAS
AMORIM FILHO, H. de O. L.; CAVALCANTI, J. T. F.; SILVA, T. F. M. G. da; SANTANA, G. M. F. de; LIMA, J. R. de; DA SILVA CANDIDO, T. R.; LINS, U. M. de B. L.; SILVA, C. T. da. The pharmacist’sclinicalattributions in thereductionofdrug-relatedproblems in the face of self-medicationwith over-the-counterdrugssold in drugstores. BrazilianJournalof Science, [S. l.], v. 1, n. 8, p. 24–32, 2022. DOI: 10.14295/bjs.v1i8.133. Disponível em: https://brazilianjournalofscience.com.br/revista/article/view/133. Acesso em: 6 nov. 2022.
CARSONI, M. M.; JUNIOR, A. D.Marketing farmacêutico: relação das publicidades televisivas com a automedicação. Visão Acadêmica, Curitiba, v.19n.4, Out. -Dez./2018-ISSN 1518-8361. Disponível em:https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/61111/37826. Acesso em 20 de out. 2022
COSTA JUNIOR, V. S.; OLIVEIRA, A. L. R. de .; AMORIM, A. T. Media-influenced self-medication in Brazil . Research, Society andDevelopment, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e11011830678, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.30678. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30678. Acesso em: 24 aug. 2022.
OLIVEIRA, N. S. Automedicação, influências e todos seus efeitos durante o período da pandemia do Covid 19. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências da Saúde Curso de Graduação em Farmácia, 2022.
SILVA MACIEL, L. .; VAZ DE SOUZA, S. F. .; PEREIRA MARQUES, D. .; GOMES SKRIVAN, A.; LOPES COELHO, A. .; SILVA CORRÊA, D. .; GONÇALVES BAHIA, E. .; NUNES COSTA, F. .; DIAS DOS SANTOS, G. .; SOUSA SANTOS, J. .; SILVEIRA CELESTINO, K. R.; MONTEIRO DA SILVA, M. C. .; DE ALBURQUEQUE, M. E. .; CAVALCANTE LIMA, P. .; FIDELIS PACHECO HARTCOPFF, P. .; LADEIRA DO CARMO SCHMALTZ, R. M. .; PADILHA DOS SANTOS, R. .; PINTO SILVA, R. .; RODRIGUES ANTUNES, S. .; DOS SANTOS BACHINSKI, G. R. . Automedicação por anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs). REVISTA CIENTÍFICA FAMAP, [S. l.], v. 3, n. 03, 2022. Disponível em: https://revistacientifica.faculdadefamap.edu.br/revista/article/view/42. Acesso em: 24 AGO. 2022.