CONTRIBUTING FACTORS TO STRESS IN THE LIFE OF DENTISTRY ACADEMICS – EXPERIENCE REPORT
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7409479
Adrieli Mireli Cavalcante1
Ana Luiza Leite Vasconcelos1
Josué Junior Toledo de Oliveira1
Laiane Cunha Barzotto1
Maira Danila Ferreira Dantas1
Chimene Kuhn Nobre2
Daniele Simone Dantas da Silva2
Maria Fernanda Borro Bijella2
RESUMO
A premissa que durante a graduação surgirão desafios e que poderão alterar a qualidade de vida dos alunos gerando sentimento de ansiedade, estresse, depressão e outros decorrentes, interagem os futuros profissionais em sua pré-formação. Por trás dos bastidores da vida acadêmica, surgem duelos que entrelaçam e transpõem os aspectos pessoais e profissionais. Os relatos aqui deliberados buscam transmitir a realidade e os desafios de cada acadêmico para alcançar este tão almejado diploma e seguir com sua carreira profissional. Assim, mesmo diante de subjetivismos pessoais de cada futuro acadêmico de odontologia e seus desafios, as manifestações emocionais e psicológicas se homogeneizam características em comum, o estresse em seu cotidiano acadêmico.
Palavras-chave: Acadêmicos de Odontologia. Desafios. Ansiedade. Estresse acadêmico.
ABSTRACT
The premise that challenges will arise during graduation and that may change the quality of life of students, generating feelings of anxiety, stress, depression and others arising, interact with future professionals in their pre-training. Behind the scenes of academic life, duels arise that intertwine and transpose the personal and professional aspects. The reports deliberated here, seek to convey the reality and challenges of each academic to achieve this much-desired diploma and continue with their professional career. Thus, even in the face of personal subjectivism of each future academic in dentistry and its challenges, emotional and psychological manifestations homogenize common characteristics, stress in their academic daily life.
Keywords: Dentistry academics. Challenges. Anxiety. Academic stress.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva relatar o estresse na vida acadêmica do estudante de odontologia. Assim, os estudos percorrem através das mudanças e conceitos que impactam as alterações de rotinas e que geram respostas biológicas e psicológicas, que possivelmente possam impedir a adaptação do estudante a ter um estilo de vida saudável.
A mudança de rotina pode ser correlacionada a um fator de impacto no emocional do estudante, pois ela causa a adrenalina que consequentemente proporciona o sentimento de inquietude – o ingresso no ensino superior é um marco para a vida adulta.
Essas mudanças e adaptações a uma nova rotina ela é o maior fator estressor, onde o indivíduo começa a conviver com os episódios irritação e ansiedade, tentando manter a homeostase, pois junção do período de transição e a consolidação da conquista unida ao desempenho de ter novas posturas podem gerar respostas negativas no estilo de vida (ANDRADE, 2010). O acadêmico ao atingir a esta fase de exaustão, podem apresentar doenças graves, como: a depressão, dentre outras manifestações psicológicas e biológicas. Acadêmicos de odontologia têm transparecido que o nível de estresse durante o curso é bastante elevado, pois existem muitas expectativas sobre ele, como por exemplo, as rotinas clinicas, a conquista do diploma, o ingresso no mercado de trabalho, gerando assim a ansiedade no início das atividades clínicas e no futuro, mas, além disso, tem outros fatores que o ocasionam, como o estado socioeconômico, ambiente familiar, entre outros (PANI; MANOLOVA, 2011).
Diante de tais afirmativas, pode-se dizer que em momento oportuno, o estresse estará intimamente ligado ao risco de futuras depressões, diminuição no desempenho pré-acadêmico e a diversos problemas psicológicos e, até mesmo, no desenvolvimento de patologias orais como aftas, herpes, bruxismo, e etc. Em face de tais premissas é de extrema importância este relato de experiência, para que acadêmicos fiquem atentos aos sinais de estresse, que poderão se agravar e transformar em doenças que afetem a sua vida pessoal e profissional pós-acadêmica.
MÉTODO
Trata-se de um estudo descritivo e empírico (relato de experiências) onde se detectam os fatores contributivos no surgimento do estresse e a relação dessa etapa com o desenvolvimento de alterações psicológicas na vida dos acadêmicos de odontologia da faculdade Uniron de Porto Velho-RO.
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Durante a formação acadêmica para se tornar um profissional da odontologia, alunos passam por vários processos e adaptações que exigem: responsabilidades, maturidade e principalmente a capacidade de administrar a vida pessoal, profissional e acadêmica.
Há vários desafios e adaptações que o ingresso do curso de odontologia perpassa, dentre eles temos a conciliação do trabalho com o estudo acadêmico; listas de materiais custeados pelos alunos de alto valor econômico (considerando que poucos cursos superiores exigem materiais em sua pré-formação); mudanças no estilo de vida que consequentemente atingem a vida de familiares das quais também recaem altos custos; e, inclusive mudanças domiciliares distantes, partem como grande percalço diante destas adaptações. O fato de alguns estudantes morarem distantes dos pais pode ocasionar estresse, as novas experiências como morar sozinho e longe de casa, fazer novos amigos e se adaptar às novas abordagens representam potencial estressor (BRITO; PINHEIRO; RAMOS, 2021).
A mistura desses sentimentos aliados ao medo do desconhecido, tem forte influencia nas respostas fisiológicas e psicológicas. Além disso, a junção dos fatores: família, filhos, trabalho, estudos e estágios, acabam prejudicando uma vez ou outra a saúde e a mente desses acadêmicos, uma vez que repentinamente teve que adaptar toda essa pressão no seu dia a dia. Somados, muitas vezes, com a falta de apoio dos pais ou de familiares neste complexo mundo estudantil, esta nova rotina pessoal e social, ainda tende a contribuir com as adversidades na trajetória acadêmica como a baixa qualidade de vida aos padrões desejados pelos estudiosos e órgãos governamentais. Além destes fatores, existem estudos de qualidade de vida (QV), que é realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), acostado ao contexto da cultura e sistemas de valores nos quais se vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Porém, embora tenha uma definição oficial, a QV se trata de uma construção complexa, com indicadores diversos que vão além de questões emocionais, também incluem aspectos financeiros e espirituais (RODRIGUES; FROTA; TEIXEIRA; 2019).
Deste modo, o impacto repentino, mesmo reconhecendo como necessário para o caminho de um excelente profissional, afeta de certa forma negativamente os estudantes e geram um estado emocional turbulento, que pode causar consequências psicológicas, ansiedade, insônia, crises de choro, dentre outras crises. Ainda, também podem causar respostas fisiológicas como: manifestações orais como DTM, herpes, alterações na gengiva e até mesmo doenças periodontais. Foi verificado que parte desses acadêmicos, fazem terapia com psicólogo. Conforme relatos, não possuem problemas mentais, mas precisam de ajuda psicológica para que saibam como administrar suas emoções durante essa jornada, como também apontam os estudantes da universidade brasileira no RJ, onde relatam sobre os sofrimentos, adoecimentos, e disturbios emocionais, e como são ajudados perante esses problemas durante o processo do curso superior, e como a faculdade se impõe para ajudar esses acadêmicos. (ASSIS; BOTTARO, 2010).
CONCLUSÃO
Diante dos argumentos expostos nesta temática, foram apresentadas como extremamente válidas em ressaltar a importância da promoção à saúde dentro do campo universitário. Tais fatores em nível equilibrado geram um bom desempenho aos estudantes durante essa árdua passagem pela graduação. Contudo, é aconselhado que houvesse um acompanhamento psicológico durante a graduação para que o pré-formando obtenha uma melhor adaptação nessa nova rotina, pela qual demanda muito equilíbrio emocional.
Salienta-se também que hábitos saudáveis como respeitar o horário de descanso, educação alimentar e a prática esportiva, contribuem para evitar futuras sequelas patológicas, emocionais e fisiológicas. Assim, em um contexto amplo sobre o que foi mais agradável para os estudantes nesse período, podemos constatar a descoberta da capacidade de superação e a certeza de que, por mais que haja obstáculos, a sensação de estar mais perto da conquista do ensino superior é gratificante. Diante disso, estresse, ansiedade, medo, sequelas emocionais, psicológicas e fisiológicas, antagonicamente vem de frente como desafios para acadêmicos de odontologia nessa árdua caminhada pré-profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, C. (2010). Transição para a idade adulta: Das condições sociais às implicações psicológicas. Disponível em: <https://doi.org/10.14417/ap.279 https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/89332/alves_co_me_bauru.pdf?sequence=1 >. Acesso em 19/11/2021.
ASSIS, A. D.; BOTARRO, A. G. B. Vida universitária e Saúde Mental: Atendimento às demandas de saúde e Saúde Mental de estudantes de uma universidade brasileira. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health.·. Disponível em: < https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/68464>>. Acesso em 20/11/2021.
BRITO, J. F. S; PINHEITO, C. J; RAMOS, T. M., & Mania; (2021). O estresse e fatores socioeconômicos associados em graduandos de Odontologia. Revista Da ABENO. Disponível em: <https://doi.org/10.30979/rev.abeno.v21i1.1158>. Acesso em 21/11/2021.
PANI; MANOLOVA. Fatores relacionados ao estresse entre universitários de odontologia: Revisão sistemática da literatura. Disponível em: <https://45.238.172.12/index.php/ries/article/view/1070/688>. Acesso em 21/11/2021.
RODRIGUES,M.I.Q.; FROTA,L.M.A.; FROTA,M.M.A.; TEIXEIRA, C. N. G. Fatores de Estresse e Qualidade de Vida de Estudantes de Odontologia. Artigo apresentado na Universidade Federal do Ceará em 2019. Disponível em: <https://revabeno.emnuvens.com.br/revabeno/article/view/620/529>. Acesso em 23/11/2021.
1Acadêmico (a) do curso de Odontologia da UNIRON, Porto Velho, RO, Brasil.
2Docente do curso de Odontologia da UNIRON, Porto Velho, RO, Brasil.