TERAPIAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO E RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS DE COCAÍNA E SEUS DERIVADOS: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7386950


Linna Monara Magalhães Gomes1
Orientador: Prof.ª Dr.ª Ione Cristina de Paiva Pereira2


RESUMO 

INTRODUÇÃO: Os problemas de saúde pública causados pela dependência química e física da cocaína e seus derivados, impactam negativamente tanto o indivíduo quanto a sociedade em geral. Entretanto, ainda não se tem um protocolo clínico que possa ser eficaz o suficiente para suprir as necessidades no tratamento e recuperação do dependente químico, mas existem formas de reabilitação que pode ser associada ao tratamento farmacológico, para que possa reduzir o desejo de consumir essas substâncias. 

OBJETIVO: Dessa forma o objetivo deste trabalho, foi avaliar os métodos de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, direcionados à reabilitação de dependentes químicos da cocaína e seus derivados e mostrar os riscos que acometem a vida do usuário. 

MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio de levantamentos bibliográficos, artigos e pesquisas. Utilizou-se como descritores de busca, os termos sobre substâncias psicoativas e tratamentos farmacológicos voltados para os dependentes químicos de cocaína, tanto em português quanto em inglês. Como critérios de inclusão, foram consideradas as pesquisas publicadas entre os anos de 2012 a 2021. 

RESULTADOS: Este trabalho pesquisou base de dados eletrônicas, o conhecimento atual sobre terapias farmacológicos e não farmacológicos destinadas a usuários de cocaína e seus derivados. Com o levantamento bibliográfico artigos pré-selecionados e após leitura minuciosa foram selecionados apenas 15 artigos, pois eram os que atendiam aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos na metodologia. 

CONCLUSÃO: O estudo revelou que são necessárias mais pesquisas e publicações para abordar esta questão, levando em consideração a importância da contribuição para a área de farmácia, e o bom tratamento destes pacientes. 

Palavras-chave: Problemas sociais. Drogas de abuso. Estratégias farmacológicas. 

ABSTRACT 

INTRODUCTION: Public health problems caused by chemical and physical dependence on cocaine and its derivatives negatively impact both the individual and society in general. However, there is still no clinical protocol that can be effective enough to meet the needs in the treatment and recovery of the chemical dependent, but there are forms of rehabilitation that can be associated with pharmacological treatment, so that it can reduce the desire to consume these substances. 

OBJECTIVE: Thus, the objective of this study was to evaluate the methods of pharmacological and non-pharmacological treatments aimed at the rehabilitation of chemical addicts of cocaine and its derivatives and to show the risks that affect the user’s life. 

METHODS: This is a literature review conducted through bibliographic surveys, articles and research. The terms on psychoactive substances and pharmacological treatments for cocaine drug addicts were used as search descriptors, both in Portuguese and in English. As inclusion criteria, we considered the studies published between 2012 and 2021. 

RESULTS: This study researched an electronic database, the current knowledge about pharmacological and non-pharmacological therapies aimed at cocaine users and their derivatives. With the bibliographic survey pre-selected articles and after thorough reading, only 15 articles were selected, as they met the inclusion and exclusion criteria established in the methodology. 

CONCLUSION: The study revealed that more research and publications are needed to address this issue, taking into account the importance of the contribution to the pharmacy area, and the good treatment of these patients. 

Keywords: Social problems. Drugs of abuse. Pharmacological strategies. 

1 INTRODUÇÃO 

A relação entre o homem e o consumo de drogas, para variadas finalidades, é remota. Com o crescimento da população e a chegada de novas tecnologias e modernização, foi possível a invenção de inúmeros fármacos que obtiveram vários benefícios, a partir delas. Em contrapartida, algumas dessas substâncias contribuíram para graves complicações de saúde pública, em consequência, do seu uso inadequado e abusivo. Dentre estas inúmeras drogas, existe a cocaína e seus derivados, cujos estudos mostram que o consumo é elevado por milhares de pessoas em todo o mundo, o que a torna uma das drogas mais consumidas em escala universal e, o Brasil já ocupa a segunda posição, atrás somente dos Estados Unidos (ALMEIDA; FERNANDES, 2019). 

A cocaína já era usada na antiguidade em cerimônias, ou para afugentar 

a fome, sede e o frio. Sua denominação vem da língua aymara, que significa planta ou árvore. No período colonial ficou bastante comum o seu uso entre os índios, apesar da contraposição da igreja católica. As grandes civilizações pré-colombianas já faziam o uso e conheciam a folha extraída da planta Erythroxylon coca (família Erythroxylaceae) ou coca boliviana. Ela é ilegal em vários países, porém, é cultivada legalmente na Bolívia, Colômbia e Peru. A planta se desenvolve na forma de arbustos ou em árvores ao leste dos Andes e acima da Bacia Amazônica, e é cultivada em clima tropical com altitudes que sofrem mudanças entre 450 m e 1.800 m superior ao do nível do mar. No Brasil, o consumo se iniciou com muitas tribos da Bacia Amazônica que tinham o hábito de mascar, seguido depois por formas de preparo que a transformavam em pó (FERREIRA, MARTINI, 2001).  

O princípio ativo da cocaína, metilbenzoilecgonina ou éster do ácido 

Benzoico é uma substância psicoativa pertencente às chamadas drogas estimulantes do SNC, levando ao aumento das concentrações de monoaminas, especialmente a dopamina na fenda sináptica que alteram o funcionamento do cérebro, deixando-o mais ativado. A cocaína tem afinidade pelos transportadores de dopamina, noradrenalina e serotonina, e também é capaz de se ligar a canais iônicos, o que produz seu efeito anestésico local (ALVES, 2010). 

A pasta-base é um intermediário do processamento de extração e 

purificação da cocaína. Contudo, é possível refinar produtos em pó (cloridrato de cocaína), sólidos (crack) ou pastosos (merla).  A cocaína refinada é ácida e por isso pouco volátil e sujeita à degradação em altas temperaturas, já a pasta e o crack, de natureza básica, têm pontos de ebulição mais baixos e podem ser fumados. Com o objetivo de aumentar a massa e assim o lucro na venda, são misturadas à cocaína substâncias variadas, os adulterantes, que são substâncias que apresentam muitos efeitos farmacológicos, podendo potencializar ou assemelhar-se a algum dos efeitos da cocaína (SANTIAGO; MELO, 2018). 

O crack é a forma da cocaína mais viciante, é o resultado da conversão do cloridrato de cocaína em base livre (pasta base) através da mistura com bicarbonato de sódio e água, além de éter, acetona H2SO4, HCL, NH3, gasolina e querosene. A merla, é o subproduto da cocaína, originada das folhas da coca após o refino, onde se adiciona alguns solventes como, querosene, gasolina, ácido sulfúrico, metais pesados. Já o oxi, é o produto da oxidação por permanganato de potássio, cal virgem, querosene, amoníaco e acetona (CHASIN; SILVA; CARVALHO, 2014). 

O crack é uma droga com alto poder de tornar a pessoa dependente, 

tendo grande associação a criminalidade, com envolvimento em atos ilícitos para manutenção do consumo, como roubos e furtos, e participação no tráfico de drogas. Apesar de suas graves consequências, os conhecimentos atuais sobre o uso dessa substância ainda não são suficientes, tanto para o atendimento eficaz às pessoas que fazem uso nocivo dessa droga, como para nortear políticas públicas de prevenção (ALMEIDA et al., 2018). 

As vias de administração da cocaína e seus derivados são a intranasal, 

por inalação e intravenosa, uma vez que o cloridrato é solúvel em água. Os efeitos por uso abusivo de cocaína, depende do usuário, do seu ambiente, da dose da droga e da via de administração. Por insuflação nasal pode gerar irritação da mucosa nasal, causando sinusite e perfuração do septo. A droga pode provocar alucinações visuais, auditivas, euforia, sensação de bem-estar, redução de apetite, ansiedade (BASTOS, 1988). Estudos têm relatado consistentemente os efeitos agudos da cocaína no coração, como taquicardia, vasoconstricção, hipertensão aguda, arritmia e infarto agudo do miocárdio por meio de mecanismos multifatoriais (GAZONI et al., 2006). 

A dependência química é classificada entre os transtornos psiquiátricos 

sendo, portanto, considerada uma doença crônica que pode ser tratada e controlada simultaneamente como doença e como problema social (OMS, 2001). Estudos mostraram grande eficácia no tratamento da dependência química e transtornos psiquiátricos, com as teorias e técnicas da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) que tem o seu foco prioritariamente nos pensamentos, crenças, sentimentos e circunstâncias, como base de comportamentos disfuncionais, a TCC se fundamenta na relação entre os comportamentos e as diversas situações reais. Ela procura desfazer os elos disfuncionais que levam à dependência. Todas estas modalidades de terapia têm uma recomendação unânime para que sejam aplicadas por profissionais com formação e que conheçam os preceitos teóricos que as embasam (SILVA, SERRA, 2004). 

Um dos mecanismos hoje, que se usa para levar esses pacientes ao 

tratamento é a internação. A lei brasileira, nº 10.216/2001 introduzida no Código Penal no Art. 6o, classifica três tipos de internações psiquiátricas: Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário, mantendo o direito de pedir alta no momento que o desejar; a involuntária, aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro, e a internação compulsória, aquela que é determinada pela Justiça (BRASIL, 2001).  

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM), em acordo com o Ministério da Saúde, lançou as Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Crack – um guia que visa orientar médicos e profissionais da área a proceder corretamente com usuários dependentes químicos de cocaína e crack (CFM, 2011). 

O tratamento das drogas de abuso ou dependência química costuma 

contemplar um modelo de atenção biopsicossocial, cujo foco não está somente nas questões orgânicas e psíquicas do indivíduo, mas também nos seus contextos sociais, político, econômico e cultural, os quais influenciam o processo de drogadição, que é dependência física e psicológica de drogas, sendo, portanto, um fenômeno multifatorial (OCCHINI; TEIXEIRA, 2006). 

Atualmente não existem medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos para tratar a dependência por cocaína, porém, existem diversos estudos na busca do melhor tratamento para a dependência. A princípio, a dopamina tem sido o principal neurotransmissor, alvo de tais análises, contudo, puderam observar que a cocaína também induz mudanças no cérebro relacionadas a outros neurotransmissores, incluindo serotonina, GABA, noradrenalina e glutamato (SHORTER; DOMINGO; KOSTEN, 2015). 

As estratégias farmacológicas mais promissoras incluem o uso de agonistas da dopamina, como anfetamina e modafinil de ação prolongada ou agentes glutamatérgicos e GABAérgicos, como o topiramato (CASTRO et al., 2015). Embora certos medicamentos sejam utilizados no tratamento desses pacientes, seu uso é “off-label” e não foi regulamentado, portanto, são necessárias mais pesquisas sobre esse tema. Estudos recentes mostraram que a cetamina, um anestésico dissociativo, possui propriedade antidepressiva no tratamento do dependente. Nos últimos anos foram realizadas, pesquisas sobre a Cetamina, demonstrando ser bastante eficaz não somente no alívio dos sintomas depressivos, mas também na validade terapêutica na abordagem dos sintomas relacionados às síndromes de dependência e abstinência de substâncias (PEREIRA, 2020). 

Segundo Pratta e Santos (2009), a droga é uma realidade social, 

portanto, é preciso que todos estejam cientes dos danos e riscos que elas podem causar à saúde mental e física do indivíduo exposto. Por ser um tema de muita relevância, a informação sobre o uso indevido de drogas deve passar a ser abordada pelas áreas médicas e jurídicas, visando sempre a prevenção e o acolhimento do dependente químico, tendo em vista uma possível recaída.. 

2 METODOLOGIA 

O presente estudo foi desenvolvido através de uma pesquisa de revisão 

integrativa, método que permite criticar e sintetizar o conhecimento produzido de forma ordenada e sistemática, com a finalidade de gerar um todo consistente e significativo por meio de achados oriundos de estudos diversos e representativos sobre determinado tema, fazendo uso de publicações com características metodológicas diferentes, contudo, sem ir de encontro ao perfil epistemológico dos estudos empíricos pesquisados, contribuindo para o avanço da ciência à medida que permite o levantamento de lacunas a serem preenchidas para o aprofundamento do tema (SOARES et al., 2014). 

A pesquisa ocorreu entre os meses de março a novembro de 2022, na 

coleta de dados foram utilizadas as bases de dados eletrônicas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO); National Library of Medicine (PUBMED), e o buscador Google Acadêmico, com um recorte temporal de 2012 a 2022. Utilizando nas bases de dados foram combinados os seguintes descritores: Dependência química e tratamentos farmacológicos para usuários de cocaína e seus derivados. 

Os artigos pré-selecionados tiveram seu conteúdo analisado na íntegra, 

de modo a verificar seus subsídios para construção das novas reflexões acerca do tema. Após essa primeira triagem foi feita uma segunda triagem, combinando faixa temporal, tema e objetivos sendo selecionados 15 artigos (figura 1).

Figura 1 – Fluxograma e critérios de seleção e inclusão dos artigos 

Fonte: Autoria própria (2022).

3 RESULTADOS 

Todos os 15 trabalhos selecionados tiveram seu conteúdo analisado na 

íntegra, de modo a verificar seus subsídios para construção das novas reflexões acerca do tema. No quadro 1 estão presentes os artigos que atendiam às especificações acima e que contribuíram para o enriquecimento teórico da pesquisadora na faixa terapêutica utilizada no tratamento e recuperação da dependência química da cocaína e seus derivados. Para a escolha dos artigos foi realizada uma análise de dados que ocorreu com leitura minuciosa, para determinar as que seriam excluídas e as que seriam usadas no presente estudo. 

Abaixo está uma tabela de resumo dos artigos em destaque, onde as informações foram organizadas e apresentadas com: Procedência, Título do Trabalho, Autores, Tipo de estudo e Aspectos pontuais.

Quadro 1 – Artigos utilizados nesta revisão integrativa 

Procedência Título do Trabalho Autores Tipo de estudo  Aspectos pontuais  
GOOGLE ACADEMICO A reinserção social do dependente de substâncias psicoativas: Um debate contemporâneo. Olenski, e Chaves (2014) Pesquisa bibliográfica Abordar a história de vida dos dependentes de substâncias psicoativas, compreender como se articulam, no processo de reinserção social, as histórias de vida pessoais, o percurso na dependência química, os estilos de vida, perspectivas de futuro, analisar as facilidades e dificuldades enfrentadas.  
GOOGLE ACADEMICO Representações sociais de pessoas em situação de rua sobre e moradores de rua que fazem o uso de drogas. Campos et al. (2019) Pesquisa qualitativa Conhecer a estrutura das representações sociais de pessoas em situação de rua acerca do morador de rua que usa drogas. 
GOOGLE ACADEMICO Abandono de tratamento de adolescentes com uso abusivo de substâncias que cometeram ato infracional.Andretta, Limberger e Oliveira (2014) Pesquisa qualitativa  Verificar fatores relacionados ao abandono precoce do tratamento de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto encaminhados para tratamento por uso de drogas 
PUBMED Avaliação da composição da cocaína de rua apreendida em duas regiões do Brasil.  Magalhães et al. (2013)  Estudo descritivo Estudo da pureza da cocaína e da presença e concentração de adulterantes e constituintes inorgânicos é importante, pois estes últimos podem ter efeitos deletérios à saúde 
GOOGLE ACADÊMICO   Crack: farmacocinética, farmacodinâmica, efeitos clínicos e tóxicos.  Castro, et al. (2015)  Revisão bibliográfica  Mostrar que o crack possui como substâncias ativa a cocaína, independente da sua forma de consumo, aborda também os efeitos tóxicos a partir de seus principais metabolitos. 
GOOGLE ACADÊMICO   Correlação entre o uso de cocaína e crack com transtornos psicóticos ou neuropsicológicos.  Almeida e Fernandes. (2019) Revisão bibliográfica  Apresenta sobre a interrelação do uso de cocaína e crack com distúrbios psicóticos ou neuropsicológicos. 
GOOGLE ACADÊMICO  Adulterantes na Cocaína e outras drogas e os possíveis riscos para o organismo: Análise em Almenara – MG Nascimento et al. (2022) Revisão bibliográfica  Discutir as substâncias que promovem a adulteração na cocaína e outras drogas e os riscos para o organismo. 
SCIELO  Avaliação de amostras de cocaína apreendidas nas ruas do estado do Rio de Janeiro. Sant’Ana. et al. (2019) Estudo descritivo  Avaliar amostras de cocaína quanto à pureza, presença de diluentes inorgânicos e de açúcar e concentração de adulterantes farmacologicamente ativos.   
PUBMED  Medicamentos para transtornos por uso de substâncias.Douaihy, Kelly e Sullivan. (2013) Pesquisa bibliográfica  O papel da adesão à medicação e tratamentos comportamentais e a integração de intervenções comportamentais e farmacoterapêuticas.
SCIELO Reflexões sobre as relações entre drogadição, adolescência e família: Pratta e Santos (2006) Revisão bibliográfica Demonstrar essa expansão do uso de drogas relaciona-se com o aumento da dependência química está relacionado ao desencadeamento de transtornos mentais sérios da atualidade. 
PUBMED  Transtorno por uso de substâncias refratárias ao tratamento: foco em álcool, opióides e cocaína.  Soyka M, Mutschler J. (2016) Revisão bibliográfica Novos tratamentos farmacológicos e outros para pacientes com transtornos por substâncias. 
GOOGLE ACADÊMICO  Tratamento da dependência à cocaína: uma revisão da literatura. Gonçalves., (2021) Revisão bibliográfica  Identificar e avaliar as substâncias mais promissoras no que toca ao tratamento da dependência a esta substância; assim como guiar futuras investigações, de forma a agilizar e ajudar na procura de substâncias eficazes para o tratamento da dependência à cocaína.   
GOOGLE ACADÊMICO  Uso da Cetamina no tratamento de transtornos por uso de cocaína e derivados Pereira, (2020) Dissertação Mostrar a eficácia da cetamina age no alívio dos sintomas depressivos, e também no tratamento do Transtorno Depressivo Maior: sendo capaz de induzir, após a administração parenteral em dose única da medicação, a rápida remissão dos seus sintomas, inclusive da ideação suicida. 
SCIELO Assistência Farmacêutica na Saúde Mental: um diagnóstico dos Centros de Atenção Psicossocial  Silva e Lima. (2017) Estudo quantitativo Estudo sobre o CAPS, como instituições de referência para a Saúde Mental no tratamento e atendimento de crises e urgências, que têm o uso de medicamentos como uma atividade comum e inerente ao plano terapêutico. 
GOOGLE ACADÊMICO  Exercício físico aeróbico como ferramenta auxiliar no tratamento dos dependentes químicos de cocaína, associado às terapêuticas psicológicas. Rocha e Ribeiro (2022) Pesquisa qualitativa Apresentar os efeitos neurofisiológicos causados pela prática regular de exercício físico aeróbico, com a finalidade de evidenciar a utilização dessa prática esportiva como ferramenta aliada às práticas terapêuticas da Psicologia para tratamento de dependentes químicos de cocaína. 

4 REVISÃO INTEGRATIVA 

4.1 Discussão 

Segundo Olenskie e Chaves (2014), o uso de substâncias psicoativas ou drogas existe em nossas sociedades desde que os seres humanos começaram a coexistir, em que os recursos naturais são utilizados para se adaptar às mudanças e dificuldades do meio em que vivem. O significado das substâncias psicoativas e como elas são usadas mudou em diferentes culturas mundiais ao longo dos anos, o que antes era considerado um fenômeno comum entre as pessoas, na sociedade contemporânea, o uso abusivo de drogas tornou-se um problema de saúde pública, causando preocupação social. Hoje o uso de substâncias psicoativas está associado a comportamentos de risco à saúde individual e coletiva e por analogias com a violência e a criminalidade. 

A falta de moradia e o uso de drogas são fenômenos globais e multifatoriais que acompanham o desenvolvimento humano. A situação de rua e o uso de drogas são comportamentos permeados de estigma e preconceito, levando à exclusão social. Enquanto um comportamento nem sempre está diretamente relacionado a outro, o ambiente de rua pode promover ou reforçar o uso de substâncias psicoativas (SPA). (CAMPOS et al., 2019). 

Andretta, Limberger e Oliveira (2014) aborda que o uso de drogas por adolescentes é considerado um problema complexo de saúde pública global e vários fatores podem trabalhar juntos, para não adesão aos tratamentos recomendados. Num estado emocionalmente vulnerável, o uso de substâncias psicoativas pode ser um refúgio ao estresse, ansiedade, dor, medo vivenciados nesta fase, e também a influência e contato com pessoas de reputação duvidosa. 

A cocaína vendida ilegalmente nas ruas, aparece com um aspecto de pó branco, muitas vezes contém cloridrato de cocaína, base livre e várias outras substâncias como contaminantes, adulterantes e diluentes. Alguns desses contaminantes vêm de processo de refino. Portanto, a cocaína de rua raramente é 100% pura, essas impurezas podem ser produzidas a partir de compostos presentes nas folhas da planta de coca (qualquer uma das quatro plantas cultivadas pertencentes à Erythroxylaceae, nativa do oeste da América do Sul), nomeadamente cis e trans-cinamoil-cocaína, hidroxicocaína, tropocaína, trimetoxicaína e trucilina, ou adicionados intencionalmente à cocaína para aumentar o volume utilizável, diluir o ingrediente ativo e/ou alterar os efeitos farmacológicos do produto final (MAGALHÃES et al., 2013). 

A cocaína é uma substância psicoativa ilegal com alto potencial. O crack se origina da pasta base de cocaína associada com várias substâncias impuras, o objetivo é reduzir custos e ser menos eficaz, seus efeitos duram cerca de 6 a 8 segundos, para o usuário sentir a necessidade de buscar a SPA com mais frequência (CASTRO et al., 2015). 

Como já foi citado os principais efeitos do uso da cocaína incluem: euforia, aumento da atividade motora, irritabilidade, aumento do estado de alerta e prazer. Inicialmente, o uso da droga era na forma de sal, consumido por inalação ou injetado. Desde então a forma livre (crack) tornou-se mais comum hoje, com efeitos psicológicos e físicos imediatos (ALMEIDA et al., 2018). 

Almeida (2019) ressalta que a cocaína é um estimulante do SNC, que é administrada principalmente por via aérea superior, inclui narinas, fossas nasais, faringe e laringe, mas ainda pode ser administrada por via oral associado à ingestão de álcool. Por via pulmonar na forma de crack, que é fumado, e ainda pode ser usado endovenosamente. Os métodos de administração afetam a toxicocinética e subsequentemente interferem na velocidade de absorção da substância, concentração plasmática, biodisponibilidade, metabolismo e outros fatores. 

A concentração plasmática máxima da cocaína na forma de sal é atingida após 60 minutos e pode permanecer no corpo por até 6 horas. Visto que a meia vida da biodistribuição plasmática e a de eliminação da substância diferem de acordo com sexo, idade e peso, o que afeta a forma como a droga é administrada (ALMEIDA, 2019). A cocaína tem meia-vida até 1 a 5 horas, enquanto o crack tem de 3 a 6 horas.    

Para Nascimento et al. (2022), é importante destacar que o princípio ativo do crack é semelhante ao da cocaína, diferenciado apenas pelo modo de administração. A cocaína e seus adulterantes podem afetar todos os sistemas do corpo e sistema nervoso central, as manifestações clínicas podem ser causadas principalmente pela toxicidade dos órgãos. As complicações mais graves no SNC incluem convulsões, acidente vascular cerebral hemorrágico e isquêmico, lesão renal aguda, infarto agudo do miocárdio, dissecção de aorta, rabdomiólise, isquemia mesentérica e falência múltipla de órgãos alterações estruturais irreversíveis no cérebro, coração, pulmões e outros órgãos como fígado e rim. A cocaína é um anestésico local que age bloqueando a despolarização dos canais de sódio, em consequência impossibilita a propagação do impulso nervoso. Como resultado, a droga causa vasoconstrição por inibição do local de recaptação da noradrenalina. O bloqueio da receptação de catecolaminas dopamina, noradrenalina e serotonina no SNC e SNP causando um alto potencial de toxicidade, destacando-se o efeito eufórico, que é causado pelo bloqueio da recaptação de dopamina no SNC (SANT’ANA et al., 2019). 

A farmacoterapia desempenha um papel cada vez mais importante no tratamento da dependência, pois os medicamentos são usados como um complemento à terapia psicossocial. O papel da terapia medicamentosa no tratamento do abuso de substâncias psicoativas (PAS) depende do tipo específico de droga. Assim, os fármacos podem ter como objetivo facilitar o manejo da síndrome de abstinência por meio da desintoxicação, reduzir o desejo de usar droga (fissura), prevenir a recorrência, e reduzir os danos (DOUAIHY; KELLY; SULLIVAN, 2013). 

Alguns antidepressivos e ansiolíticos ajudam a aliviar alguns dos sintomas de abstinência associados ao vício em cocaína e seus derivados, para o tratamento. Geralmente também podem ser utilizados o topiramato, que age na modulação do sistema de recompensa cerebral e o modafinil, que é um antagonista dos canais de cálcio (PRATTA; SANTOS, 2009). 

Soyka e Mutschler (2016) relataram na sua revisão sobre tratamento de dependentes químicos que os melhores resultados são o modafinil (MDF), metilfenidato (MTP) e dissulfiram, que apresentaram as melhores evidências, tornando-se as substâncias mais promissoras a serem sancionadas para o tratamento da dependência por cocaína. O dissulfiram por exemplo parece ser o agente mais promissor até agora, visto que mostrou um prognóstico inicial melhor no tratamento da dupla dependência, já a cocaína e álcool, em relação ao MTP que é conhecido por ter efeitos de reforço semelhantes aos da cocaína e, como tal, tem potencial para abuso e dependência. 

Gonçalves (2021), em sua revisão sobre à dependência de cocaína, abordou estratégias recentes no tratamento direcionado a perturbação por consumo de cocaína (PCC), relatando que o tratamento medicamentoso deve ser considerado um complemento à psicoterapia, e o isolamento não é eficaz. O autor também apresentou que vários psicoestimulantes foram estudados para a “terapia de substituição”, como o modafinil que mostrou resultados positivos em usuários de cocaína (exceto aqueles com dependência de crack, onde não foi capaz de ser confirmado). Eles também mencionaram que o topiramato (anticonvulsivante) pode ser usado para tratamento dos sintomas de craving, o desejo de usar novamente a droga. 

Também, um estudo sobre a Cetamina realizado por Pereira (2020), com dose única usual de 0,5mg/kg, no tratamento do transtorno por uso de cocaína e derivados em pacientes provenientes de serviços de tratamento. A motivação dos participantes em abdicarem do uso foi medida através da Escala URICA e a evolução de seus sintomas psiquiátricos, através da Escala EAS-40. Após o estudo, observaram-se que houve um aumento da motivação para mudança, no sentido de abandonar consumo da droga ou manter a abstinência, com apenas uma única aplicação da Cetamina, o que levou a uma melhora significativa rápida e duradoura, não havendo piora no estado de saúde mental dos participantes, mas sim o inverso. 

Moukbel (2021) mencionou que segundo levantamento epidemiológico realizado pelo UNODC em 2021, houve um aumento substancial do consumo nos últimos anos de drogas psicotrópicas. De acordo com a pesquisa, cerca de 269 milhões de pessoas no mundo usam drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida, o que equivale a 5,4% de toda a população mundial adulta durante esse período. Entre eles, cerca de 35,6 milhões de pessoas fazem uso abusivo de drogas, tornam-se dependentes e tem a necessidade de um tratamento.  

Silva e Lima (2017) aborda sobre a relevância da Assistência Farmacêutica enquanto uma prática profissional, que visa no progresso do paciente durante o período de recuperação para a administração dos fármacos, entretanto, o farmacêutico possui um papel eficaz na psicoterapia. A administração de medicamentos é uma oportunidade não apenas de identificar, reduzir ou corrigir os riscos associados à terapia medicamentosa, mas também de notificar e educar os usuários, o que é um fator importante para o sucesso do tratamento. Ressalta-se que ainda há pouca prática de atendimento diferenciado e intervenções farmacêuticas para usuários de saúde mental tanto nas farmácias da atenção básica quanto nos CAPS em todo o país. 

Por se tratar de uma substância que traz muito prazer ao usuário, proporcionando um rápido pico de euforia e sensações, a cocaína define-se como uma droga que é suscetível de causar forte dependência nos usuários. É de extrema importância que os profissionais envolvidos na área de tratamento de dependentes químicos continuem a investigar possibilidades e ferramentas que podem ser úteis no tratamento de pacientes adictos (ROCHA, RIBEIRO, 2022). 

5 CONCLUSÃO 

Os fármacos que são uma opção para contribuir no tratamento de pacientes dependentes químicos são as anfetaminas, modafinil, topiramato e cetamina.  Contudo, as Terapias Cognitivo Comportamentais (TCC) colaboram para o avanço na melhora dos resultados diante do tratamento do dependente. Porém, os estudos demonstram que os tratamentos não são totalmente eficazes, de modo que superem os danos e riscos. Sendo assim, é de extrema importância conscientizar as pessoas sobre o uso irracional e indiscriminado de cocaína e crack.  

Portanto, é imprescindível que os usuários tenham acesso a equipe multidisciplinar que possa transmitir as informações adequadas sobre os efeitos tóxicos relacionados ao uso de drogas, propondo terapias farmacológicas e não farmacológicas.  

Com base em seu papel na comunidade, farmacêuticos comunitários podem se conectar diretamente com indivíduos viciados em cocaína, podendo assim ser capaz de usar a oportunidade para motivá-los e integrar programas de desintoxicação e participar de ensaios clínicos, investigando possíveis tratamentos para dependência de substâncias. Além disso, os farmacêuticos pesquisadores que estudam a dependência de cocaína têm papéis-chave, uma vez que usam seu conhecimento e experiência para descobrir e pesquisar sobre possíveis tratamentos para a dependência de cocaína e derivados. 

REFERÊNCIAS 

ALMEIDA, D. J. C. Análise dos adulterantes encontrados em amostras de cocaína apreendidas no Rio Grande do Norte no período de Janeiro a Junho de 2019. Orientador: Victor Anastácio Duarte Holanda. 2019. 42 f. Monografia (Curso de Biomedicina) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, 2019. 

ALMEIDA, G. B.; FERNANDES, D. R. F. Correlação entre o uso de cocaína e crack com transtornos psicóticos ou neuropsicológicos: revisão de literatura. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 62– 70, 2019. Disponível em: https://revista.faema.edu.br/index.php/RevistaFAEMA/article/view/790. Acesso em: 19 out. 2022. 

ALMEIDA, R. B. F et al. O tratamento da dependência na perspectiva das pessoas que fazem uso de crack. Interface – Comunicação, Saúde, Educação [online], v. 22, n. 66, p. 745/756, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/GyStmWYvqMZD9mD6R57FhTm/?lang=pt#.  Acesso em: 21 out. 2022. 

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1Acadêmico do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA. 
2Docente do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.