ANÁLISE DE LESÕES ESPORTIVAS EM ATLETAS PRATICANTES DE VOLEIBOL DE QUADRA E VOLEIBOL DE PRAIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ANALYSIS OF SPORTS INJURIES IN ATHLETES PLAYING COURT VOLLEYBALL AND BEACH VOLLEYBALL: A SYSTEMATIC REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7377889


Guilherme Nunes de Goes1
Seânia Santos Leal2


Resumo

Introdução: O voleibol é um esporte que vem crescendo constantemente, e inovando no século XXI, sendo utilizado não somente para aspectos referentes à competividade, mas também para a saúde, a estética, o condicionamento físico e a recreação. O voleibol foi criado nos Estados Unidos por volta do ano de 1895 em Massachussetts na Associação Cristã de Moços, tendo como criador Willian Morgan, ja o vôlei de praia é um esporte com origem nas praias da Califórnia por volta do ano 1920, se desenvolvendo no Brasil mais tarde, por volta dos anos 50. Metodologia: foram incluídos Ensaios Clínicos Randomizados (ECR), relacionados ao tema proposto e que atendiam aos critérios de inclusão e exclusão, com termos de intersecção de busca, lesões no voleibol, programas de prevenção. Resultados: A estratégia de pesquisa descrita possibilitou localizar 04 artigos com a temática abordada, resultando para o estudo geral, e específicos no que tange à pratica do esporte mencionado. Conclusão: Evidenciou-se nos estudos analizados, que as intervenções e programas de prevenção a lesões foram positivos em todos. Sendo assim, torna-se importante planos de prevenção e acompamhamento profissional nas arenas de vôlei, possibilitando a formulação de estratégias que atendam essa população que praticam voleibol.

Palavras-chave: Lesões. Voleibol. Prevenção

Summary

Introduction: Volleyball is a sport that is constantly growing, and innovating in the 21st century, being used not only for aspects related to competitiveness, but also for health, aesthetics, physical conditioning and recreation. Volleyball was created in the United States around 1895 in Massachusetts at the Young Men’s Christian Association, having as its creator William Morgan, beach volleyball is a sport with origins on the beaches of California around the year 1920, developing in the Brazil later, around the 1950s. Methodology: Randomized Clinical Trials (RCTs) were included, related to the proposed theme and that met the inclusion and exclusion criteria, with search intersection terms, volleyball injuries, prevention programs. Results: The research strategy described made it possible to locate 04 articles with the theme addressed, resulting for the general study, and specific ones regarding the practice of the mentioned sport. Conclusion: It was evidenced in the analyzed studies that the interventions and injury prevention programs were positive in all. Therefore, prevention plans and professional monitoring in volleyball arenas become important, enabling the formulation of strategies that serve this population who play volleyball.

Keywords: Injuries. Volleyball. Prevention.

1 INTRODUÇÃO

O Voleibol é um esporte coletivo nascido nos Estados Unidos por volta do ano de 1895 em Massachussetts na Associação Cristã de Moços, tendo como criador Willian Morgan. O Vôlei de Praia (VP) e o Voleibol de quadra possuem inúmeras semelhanças, já que o VP surgiu baseado nas regras do voleibol de quadra. Entretanto, a modalidade jogada nas areias apresenta diversas diferenças com relação ao voleibol de quadra, sendo elas: as regras, o estilo de jogo, o número de jogadores e até os aspectos climáticos (JUNIOR, 2012). Sendo assim, o vôlei de praia é um esporte com origem nas praias da Califórnia por volta do ano 1920, se desenvolvendo no Brasil mais tarde, por volta dos anos 50. O voleibol de Praia se popularizou de forma mundial, sendo reconhecido como esporte olímpico em Atlanta no ano de 1996. Atualmente, conta com grandes competições a nível Estadual, Nacional e Mundial, disputadas em forma de Circuitos ou grandes torneios (MEDEIROS et al., 2014).

Praticar esporte é um componente fundamental para que o indivíduo possa ter um estilo de vida saudável e ativo, isso faz com que os ricos de aparecimentos de possíveis doenças relacionadas ao sedentarismo e a falta de atividade física sejam minimizadas. No entanto, práticas esportivas devem-se ter acompanhamentos por profissionais para que não haja uma sobrecarga física, tornando assim uma prática mais suscetível a lesões (ALVES, 2014). Tarefas específicas do voleibol como, arremessar, saltar, aterrissar, bloquear e atacar a bola precisam ser combinadas com movimentos rápidos e precisos, o que exige muito do sistema musculoesquelético do atleta. Em decorrência a isso, os jogadores de voleibol estão expostos a um risco frequente de lesões musculoesqueléticas (Bere et al., 2015 ).

O vôlei de quadra assim como o vôlei de praia, são esportes que demandam excessivamente das estruturas dos jogadores, pois relacionam movimentos de extremo vigor físicos e coordenação motora. Sendo assim, torna-se necessário conhecer todos os fatores, internos e externos, que influenciam no corpo humano para a realização dos movimentos (BIZZOCCHI, 2013). De acordo alguns pesquisadores todos os atletas já sofreram algum tipo de lesão durante o treinamento ou competição, onde as regiões mais acometidas foram colunar vertebral, ombro e tornozelo, posteriormente todos os atletas apresentaram queda em seu rendimento quando não foram levados a se afastar dos treinamentos devido a lesão (SILVA, JÚNIOR,OLIVEIRA, 2016 ).

Nesse sentido, é de extrema importância estudos voltados a lesões esportivas, pois as informações neles contidas faz com que medidas preventivas sejam desenvolvidas. Com isso, faz-se necessário estudos que possam contrastar o perfil das injúrias em praticantes de vôlei de praia, apontando as principais lesões de acordo com o tempo de prática, nível de exposição ao treinamento e competições disputadas. Portanto, o objetivo deste estudo é analisar a incidência de lesões em atletas de elite e amadores de vôlei de quadra e vôlei de praia. Este trabalho será benéfico para comunidade acadêmica e leitores, pois trará conhecimento acerca dos riscos de lesões durante uma competição ou nos treinos, com isso, poderão ser adotadas medidas de intervenções, com orientações, na tentativa de prevenir tais lesões, melhorar o desempenho e a capacidade física desses atletas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Esse estudo foi registrado no International System Review Prospective Register (PROSPERO) (CRD42022367946).

2.1  Tipo de estudo

O presente artigo caracteriza-se uma revisão sistemática, que tem como objetivo responder o problema da pesquisa: Qual o perfil das lesões e métodos de prevenção, nos atletas praticantes de voleibol de quadra e voleibol de praia?. A caracterização deste estudo foi feita a partir do reconhecimento do tema e da problemática citada, da busca do material bibliográfico, a decisão quanto aos critérios de inclusão e exclusão, o método da pesquisa, leitura e avaliação dos artigos pré-selecionados.

2.2  Estratégia de busca

Desenvolvida com produção científica indexadas nas seguintes bases eletrônicas de dados: Physiotherapy Evidence Database (PEDro), Cochrane Library, Nacional Library of Medicine (PUBMED). Por meio da pesquisa avançada nas bases de dados, será utilizada uma estratégia de busca incluindo os descritores relacionados à temática proposta, dessa forma, os termos “injuries”, “volleyball”, serão utilizados nessa busca. Essa forma de pesquisa consiste na coleta e análise de dados de estudos que serão incluídos na revisão. Apartir da estratégia Pico (tabela 1), que se deu a partir de : (Qual o perfil das lesões e métodos de prevenção, nos atletas praticantes de voleibol de quadra e voleibol de praia?) estruturou-se em : P– atletas praticantes de volei de quadra e volei de praia; I- Acompanhamento profissional/ treinamento; C- nenhum; O- reducão de lesões.

Tabela 1 – Estratégia Pico

PAtletas de elide e amadores praticantes de volei de quadra e volei de praia.
IAcompanhamento profissional/ treinamento
CNenhum
ORedução de lesões

2.3  Qualidade Metodológica

Buscou-se utilizar artigos que abordam os temas de maior relevância acerca do tema proposto, os quais incluem lesões no voleibol de quadra e voleibol de praia. Os artigos selecionados eram de interesse para o estudo, ou seja, aqueles que faziam referência em seus dados e aspectos relacionados aos descritores utilizados. Para serem incluídos os estudos deveriam compreender em Ensaios Clinicos Randomizados (ECR) e quanto a qualidade metodologica feita por meio da Escala PEDro, escala essa que permite aos pesquisadores a avaliação da qualidade da metodologia de estudos do tipo Ensaios Clínicos Randomizados (ECR), por meio de critérios que pontuam o artigo de acordo com a correspondência de cada item, com os seguintes pontos; 1. OS Critérios de elegibilidade Foram Especificados; 2. OS Sujeitos Foram AleatoriaMENTE Distribuís POR GRUPOS (Num Estudo Crossover, OS Sujeitos Foram Colocados em Grupos de Forma Aleatória de Acordo com O Tratamento Recebido); 3. A Distribuição dos Sujeitos para Cega; 4. importantes, os grupos importantes no diz aos indicadores de prognóstico mais; 5. todos os sujeitos participaram de forma cega no estudo; 6. todos os fisioterapeutas que administram a terapia fizeram-no de forma cega; 7. Todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave, fizeram-no de forma cega; 8 resultados; 9. Os sujeitos a quais se apresentam a análise de resultados a partir do tratamento ou condição quando todos não foram a dos dados para pelo um dos resultados-chave “intenção de tratamento”; 10. os resultados das comparações estatísticas entre grupos foram descritos para pelo menos um resultado-chave; 11. o estudo apresenta tanto medidas de precisão como medidas de variabilidade para pelo menos um resultado-chave. Apresentados na Tabela 2

Tabela 2 – Escala PEDro: qualidade metodológica

ESCALA PEDROMIZOGUCHI, Y. et al. 2022TRAJKOVIĆ, N.; BOGATAJ, Š. et al. 2020ESHGHI,S. et al. 2020FOSS, K.D.B. el al. 2018
1: Critérios de elegibilidade Foram EspecificadosSIMSIMSIMSIM
2: OS Sujeitos Foram Aleatoriamente Distribuís POR GRUPOS (Num Estudo Crossover, OS Sujeitos Foram Colocados em Grupos de Forma Aleatória de Acordo com O Tratamento Recebido);SIMSIMSIMSIM
3:A Distribuição dos Sujeitos para Cega;SIMSIMSIMNÃO
4:Importantes, os grupos importantes no diz aos indicadores de prognóstico maisSIMSIMSIMSIM
5:Todos os sujeitos participaram de forma cega no estudoNÃONÃONÃONÃO
6: Todos os fisioterapeutas que administram a terapia fizeram-no de forma cegaNÃONÃOSIMNÃO
7:Todos os avaliadores que mediram pelo menos um resultado-chave, fizeram-no de forma cegaNÃONÃONÃOSIM
8: ResultadosSIMSIMSIMSIM
9: Os sujeitos a quais se apresentam a análise de resultados a partir do tratamento ou condição quando todos não foram a dos dados para pelo um dos resultados-chave “intenção de tratamentoSIMNÃONAOSIM
10: Os resultados das comparações estatísticas entre grupos foram descritos para pelo menos um resultado-chaveSIMSIMSIMSIM
11: O estudo apresenta tanto medidas de precisão como medidas de variabilidade para pelo menos um resultado- chave.SIMSIMSIMSIM
TOTAL08070808

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na busca realizada em todas as bases de dados referidas, foram encontrados n= 198 artigos, e revisão sistemática que se da como um estudo que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar estudos sobre determinado tema, restando um total de n= 4 estudos.

O processo de seleção é mostrado em um fluxograma PRISMA ( Figura 1).

Figura 1: Fluxograma metodológico

3.1  Características dos estudos selecionados

Quatro estudos foram incluidos na pesquisa. As características desses estudos estão resumidas na Tabela 3.

Tabela 3: Informações gerais quanto ao ano, autores, objetivos, metodologias, população amostra dos estudos e resultados encontrados.

Autor/ Ano Objetivos Metodologia Amostra Resultados 
MIZOGUCHI, Y. et al. 2022 Um  programa de prevenção que poderia diminuir a incidência de lombalgia em jogadoras de voleibol do ensino médio. Foram randomizados em bloco, 8 equipes de voleibol do ensino médio.compostas   por 70 jogadores com idades entre 15 e 17 anos nos grupos de intervenção   (4 equipes, 34 jogadores)  e controle    (4 equipes, 36 jogadores). O grupo de intervenção teve uma incidência 
significativamente menor de lombalgia (8,8%) do que o grupo controle (33,3%)
TRAJKOVIĆ, 
N.; BOGATAJ, 
Š. et al. 2020
Testar  os efeitos de 10 semanas de 
treinamento neuromuscular em testes de competências motoras.
Jogadoras de 
voleibol feminino há dois ou mais anos e 
nao tinham experiência no treinamento neuromuscular, divididas aleatoriamente 
em grupo de intervenção e grupo controle.
Um total de 66 jogadoras divididas em: Intervenção (n= 32); Controle 
(n= 34)
O treinamento neuromuscular promove ganhos significativos na competencia 
motora e no desempenho 
fisico em jovens jogadoras de voleibol.
ESHGHI,S. et 
al. 2020
Examinar os
efeitos de um
tratamento de
oito semanas,
sobre força
isocinetica do
ombro em
jovens do sexo
masculino
jogadores de
volei.
Grupo de 
intervençao realizou o 11 + S como aquecimento antes do treino pelo menos três vezes por 
semana durante oito semanas.
Dois grupos, intervençao  e controle contendo n= 14 em ambos. 
Totalizando n= 
28.
Foram observados efeitos para melhora da força do ombro, melhoraram  o desequilibrio muscular glenoumeral ao aumentar a taxa de desaceleraçao funcional dos musculos do ombro em jovens jogadores de 
voleibol masculino.
FOSS, K.D.B. 
el al. 2018
Determinar  os efeitos de um programa   de treinamento neuromuscular baseado    na escola  (NMT), na incidencias de    lesoes relacionadas   a 3 esportes.Dois grupos
divididos
aleatoriamente, grupo de intervençao (CORE) e um grupo controle (SHAM),  o grupo CORE constituiu  em exercicios focados em tronco e membros inferiores e  o SHAM em 
corridas resistidas com faixas elasticas.
Participantes desta investigação no voleibol foi um total de n = 137A participaçao no
programa de intervençao CORE reduziu a incidencia de lesoes em comparaçao com a participaçao em uma intervençao SHAM.

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo, MIZOGUCHI, Y. et al. 2022 com seu estudo; Eficácia de exercícios semi-personalizados na prevenção da dor lombar em jogadores de voleibol do ensino médio: um estudo controlado randomizado, buscou analisar a reducão em lesões (lombalgia) em atletas jogadoras de vôlei a partir de um programa de prevenção, onde a intervenção se constituia em testes de função física, além de 1 ou 2 exercícios preventivos autosselecionados, incluindo mobilidade torácica dinâmica, exercícios de estabilização de tronco e alongamento estático, realizados durante o aquecimento. Ambos os grupos foram acompanhados por 4 semanas, durante as quais a incidência de lombalgia foi registrada, o grupo de intervenção teve uma incidência significativamente menor de lombalgia (8,8%) do que o grupo controle (33,3%). Sendo assim, os resultados confirmam que o estudo obteve resultado positivo quanto ao programa de prevenção desenvolvido e aplicado nos atletas.  

Segundo TRAJKOVIĆ, N.; BOGATAJ, Š. et al. 2020 abordando em seu estudo “Efeitos do Treinamento Neuromuscular na Competência Motora e Desempenho Físico em Jovens Jogadoras de Voleibol” teve como mecanismo de estudo Testar os efeitos de 10 semanas de treinamento neuromuscular em testes de competências motoras. O voleibol é um dos esportes anaeróbios mais intensos que inclui uma combinação de movimentos explosivos com curtos períodos de recuperação. No voleibol, o desempenho físico desempenha um papel essencial, pois as ações neste esporte incluem uma variedade de mudanças de direção nos planos sagital e frontal, sprints frequentes e diferentes tipos de saltos. Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em grupo de treinamento neuromuscular (GTN; n = 32) ou grupo controle (CON; n = 34). Foi realizado durante 10 semanas treinamentos neuromuscular em testes de competência motora, sprint de 10 m, velocidade de mudança de direção (teste T modificado), arremesso de bola medicinal e capacidade de salto (salto contra movimento). Pré-testes e pós-testes foram realizados em dois dias consecutivos, antes e após o período de intervenção de 10 semanas. Os achados deste estudo indicam que o treinamento neuromuscular promove ganhos significativos na competência motora e no desempenho físico em jovens jogadoras de voleibol. Nossos resultados apoiam o fato de que os jovens no esporte devem primeiro construir uma base importante desenvolvendo a competência do movimento e, em seguida, construir e enriquecer conjuntos de habilidades específicas do esporte.  

No estudo realizado por ESHGHI,S. et al. 2020 “O efeito do programa de prevenção de lesões no ombro na força isocinética do ombro em jovens jogadores de voleibol masculino”, buscou-se examinar os efeitos de um tratamento de oito semanas, sobre força isocinética do ombro em jovens do sexo masculino jogadores de vôlei. Os jogadores foram distribuídos aleatoriamente em grupos de intervenção (14 jogadores) e controle (14 jogadores). O grupo intervenção realizou o 11+S como aquecimento antes do treino pelo menos três vezes por semana durante oito semanas. O método utilizado para analisar a força do ombro dominante foi medida usando um dinamômetro isocinético a 60°/s e 180°/s. A razão de desaceleração funcional (FDR) foi calculada como um perfil de força funcional. Ao finalizar o estudo, observou-se que o programa de aquecimento 11 + S melhoraram o desequilíbrio muscular glenoumeral ao aumentar a taxa de desaceleração funcional (FDR) dos músculos do ombro em jovens jogadores de voleibol masculino. Sendo assim, o estudo se mostrou eficaz quanto ao seu programa de prevenção de lesões no voleibol.  

Na mesma linhagem, FOSS, K.D.B. el al. 2018 em seu estudo “Um Programa de Treinamento Neuromuscular Escolar e Incidência de Lesões Relacionadas ao Esporte: Um Ensaio Clínico Controlado Randomizado Prospectivo”, foi baseado em um programa de treinamento neuromuscular em diferentes esportes, incluindo o voleibol, focando particularmente em lesões de joelho e tornozelo. Os participantes foram divididos em grupo intervenção (CORE) e um grupo controle (SHAM), o grupo CORE constituiu em exercícios focados em tronco e membros inferiores e o SHAM em corridas resistidas com faixas elásticas. Cada protocolo foi implementado no início da temporada e continuou até a última competição. Desde o primeiro dia de treino em equipe até a primeira competição, as equipes foram orientadas a realizar o treinamento por 20 a 25 minutos, 3 vezes por semana. Observou-se que dos 137 atletas de voleibol, 24 dos 85 (28%) atletas do grupo CORE e 23 dos 52 (44%) atletas do grupo SHAM estavam lesionados. No entanto, em relação as lesões de joelho O voleibol foi o único esporte individual com redução nas lesões gerais (taxa = 2,80 versus 8,70 lesões/1000 EAs; F 1.149 = 13,59, P < 0,001) e uma redução ainda maior no ensino médio (taxa = 1,31 versus 17,70 lesões /1000 AEs; F 1,47 = 26,78, P < 0,001) para o grupo CORE versus SHAM. Com isso, Dadas essas taxas e riscos aumentados de lesões, o estudo mostrou a importância em traçar estratégias de prevenção nos esportes.

4 CONCLUSÃO

É comprovado que o voleibol oferece diversos benefícios relacionados à saúde no seu conceito multifatorial para quem pratica. No entanto, faz-se necessário o conhecimento acerca dos riscos de lesões que acometem essa população, e que sejam praticadas com auxilio de um profissional. Ao chegar a essa constatação, conclui-se a necessidade de planos de prevenção de lesões em praticantes de voleibol, seja em âmbito escolar, ou em grandes competições, a partir de medidas de intervenções, orientações, na tentativa de prevenir tais lesões, melhorar o desempenho e a capacidade física dos praticantes.

REFERÊNCIAS

1- JUNIOR, Nelson K. M. História do voleibol na areia. EFDesportos, Revista Digital, N˚ 171, Agosto de 2012. Disponível em: . Acessado em 03 de maio de 22.

2- MEDEIROS, A. I. A. et al. Revisão sistemática sobre a performance desportiva no voleibol de praia a partir da análise do jogo. repositorio.ufc.br, 2014

3- ALVES, Vera L. dos S.; JÚNIOR, Aires D. Fisioterapia nas lesões do ESPORTE. São Paulo; Editora ATHENEU, 2014

4- BERE, T. et al. Injury risk is low among world-class volleyball players: 4-year data from the FIVB Injury Surveillance System. British Journal of Sports Medicine, v. 49, n. 17, p. 1132–1137, 20 jul. 2015.

5-BIZZOCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. Barueri: Manole, 2013.

6- SILVA, Adriana P.; JÚNIOR, José R. A. N.; OLIVEIRA, Daniel V. Características das Lesões Musculoesqueléticas segundo a percepção de atletas de vôlei de praia profissional. Revista Pesquisa em Fisioterapia, [S.l.], v. 6, n. 1, mar. 2016. ISSN 2238-2704. Disponível em: . Acesso em: 03de maio de 2022. doi:http://dx.doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v6i1.792

7- MIZOGUCHI, Y. et al. Efficacy of semi-customized exercises in preventing low back pain in high school volleyball players:   A   randomized   controlled trial. Medicine, v. 101, n. 36, p. e30358, 9 set. 2022.

8- TRAJKOVIĆ, N.; BOGATAJ, Š. Effects of Neuromuscular Training on Motor Competence and Physical Performance in Young Female Volleyball Players. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 5, p. 1755, 8 mar. 2020.  

9- ESHGHI, S. et al. The Effect of Shoulder Injury Prevention Program on Shoulder Isokinetic Strength in Young Male Volleyball Players. Research in Sports Medicine, p. 1–12, 17 dez. 2020.

10- FOSS, K. D. B. et al. A School-Based Neuromuscular Training Program and Sport-Related Injury Incidence: A Prospective Randomized Controlled Clinical Trial. Journal of Athletic Training, v. 53, n. 1, p. 20–28, jan. 2018.


1Graduando em Fisioterapia Centro Universitário Santo Agostinho, Teresina, PI Brasil, Email: gn78463@gmail.com
2Mestre em Bioengenharia pela Universidade do Vale do Paraíba, Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Santo Agostinho, Teresina, PI Brasil Email: seaniasantos@hotmail.com